Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Novembro 2011
1
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Copyright © 2004
Instituto Superior de Engenharia do Porto
Porto PORTUGAL
www.isep.ipp.pt
Endereço electrónico: rdc@isep.ipp.pt
Brief quotation from this paper is allowable without special permission, provided
that accurate acknowledgement of source is made. Requests for permission for
extended quotation from or reproduction of this manuscript in whole or in part
may be granted by the head of the major department or the Dean of Graduate
College when his or her judgement the proposed use of the material is in the
interests of scholarship. In all other instances, however, permission must be
obtained from the author. E-mail: rdc@isep.ipp.pt
2
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
3
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
4
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
C Carbono 0.24%
P Fósforo 0.05%
S Enxofre 0.05%
N Azoto 0.012%
CE Carbono 0.45%
equivalente
Quadro 1 – Percentagens máximas constituintes em aço de varão soldável
CE %C
% Mn %Cu % Ni %Cr % Mo %V
6 15 15 5 5 5
(Mn – Manganês; Cu – Cobre; Ni – Níquel; Cr – Crómio; Mo – Molibdeno;
V – Vanádio.)
5
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Tipos de soldadura
As soldaduras podem classificar-se sob diferentes pontos de vista. As
classificações mais usadas dependem da forma geométrica e da posição e em
função da penetração na zona a ligar (Quadro 2 e Quadro 3).
soldaduras de ângulo
penetração total
– Em função da penetração
penetração parcial
6
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
7
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Não sendo possível realizar a soldadura pelas duas faces, dever-se-á executar
um cordão em forma de U ou utilizar uma contra-chapa (backup) que permita
efectuar a soldadura com as arestas inferiores dos chanfros devidamente
afastadas.
8
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Cordões de ângulo
Podem considerar-se como sendo cordões de ângulo quando as faces da
soldadura que ligam os elementos formam um ângulo entre 60º e 120º.
9
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
10
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Cordões em T ou em Cruz
Os cordões em T ou em cruz, como o nome indica, são os que permitem a
transmissão de esforços transversais em que peças a ligar fazem ângulos
perpendiculares ou aproximadamente perpendiculares entre si (Figura 11).
11
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
12
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
13
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
14
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Verificação da segurança
15
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
equiv
fu fu
w Mu Mu ;
sendo:
fu – Tensão nominal de resistência à tracção do elemento ou peça mais fraca
M u – Coeficiente parcial de segurança por soldaduras tomado com o valor
1,25;
w – Factor de correlação que depende do tipo de aço e que se reproduz no
Quadro 4.
16
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
17
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
fvwd ;
FSd
a l
em que:
fvw,d
fu
Mw
1
3
e para o valor do esforço resistente na soldadura:
FRd a l
fu
3 w Mw
Cordões de ângulo (ligações por sobreposição) cordões laterais
As soldaduras com cordões de ângulo ditos laterais realizam a transferência de
um esforço axial F aplicado à ligação numa direcção paralela ao comprimento
dos cordões.
18
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Fy
A cada cordão da soldadura está associada uma força (Figura 15), pelo
2
que aplicando o método de tensão média tem-se para cada cordão:
Fy fu
2a l 3 w Mw
A espessura de um cordão é assim determinada:
Fy w Mw Fy w Mw
a 0, 866
3
2 fu l fu l
Aplicando o método alternativo.
Como só existe esforço axial, apenas a componente / / é considerada pelo que
(Figura 14):
0 e a tensão equivalente vem igual a:
eq 02 3 ( 2 02 ) 3
19
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Por exemplo, como se ilustra na Figura 15, a ligação dos dois elementos
solicitados em tracção deve ser tal que a soldadura tenha uma resistência que
satisfaça a condição:
2 a l fuw
Ap fsy
3 w Mw
em que:
Ap – área da secção da peça de ligação
a w Mw
3 A fsy
2 l fuw
20
Ligações em T
A resistência de uma ligação, em T com 2 cordões de soldadura de penetração
parcial, pode ser considerada como sendo de topo (penetração total) desde
que se verifiquem as seguintes condições (Figura 17):
a nom ,1 a nom ,2 t ;
c nom t / 5 3 mm
Tal facto não acontece nas soldaduras extensas, pois a redistribuição plástica
não se verifica ao longo de todo comprimento dos cordões.
Para atender a este facto, no Eurocódigo 3 especifica-se que o
dimensionamento de uma soldadura extensa em ligações de continuidade com
sobreposição deve ser corrigido para ter em conta que os cordões apenas
plastificam nas extremidades sendo a rotura progressiva com um valor inferior
ao dos cordões mais curtos.
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
por um factor Lw para ter em conta a distribuição não uniforme das tensões
Assim o valor de cálculo da resistência das soldaduras deve ser multiplicado
LW1 1, 2 1
0, 2 L j
150 a
onde
Lj – comprimento da soldadura na direcção da actuação da força;
a – espessura do cordão.
Para cordões de soldadura com comprimento superior a 1,7 metros que ligam
LW2 1, 1
Lw
0, 6 LW2 1, 0
17
22
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
onde:
d0 e d1 – diâmetro dos furos conforme figura 3;
L – comprimento da secção recta da furação ovalizada;
Os restantes parâmetros seguem a simbologia do EC3 para as soldaduras.
23
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
24
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
3 F
fu
2a l w Mw ;
donde resulta para a espessura de cada cordão:
Fy w Mw
a
3
2 fu l
25
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
1 1 ;2 0
F 2
4 a l
12 3 12
fu
w Mw
donde:
3 F2
F2 fu
8 a2 l2 8 a2 l2 w Mw
a w Mw
2 F
2 fu l
a condição deverá ser ainda ter tida em conta:
1
F 2 fu
4 a l w Mw ,
pelo que viria para a espessura do cordão a seguinte condição adicional:
a w Mw
F 2
4 l fu
valor que é metade do calculado no parágrafo anterior.
26
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Cordões oblíquos
As duas condições de solicitação atrás descritas ocorrem frequentemente. Um
cordão de ângulo pode também estar sujeito a uma solicitação oblíqua.
fv 3 a l
Frd
w Mw
equ 1 2 3 ( 12 2 2 )
fu
w Mw
A relação entre a espessura (a ) do cordão calculada com recurso ao método
alternativo e a espessura (a ' ) necessária recorrendo ao método da tensão
2 cos2
a'
a 3
Esta expressão está representada no gráfico da Figura 23.
27
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Figura 23 – Relação entre espessuras para cordões oblíquos – Método alternativo vs Tensão Média
235MPa
hv hv
fy
w px 628cm 3 628000 mm 3
hv 300 m
628000 235
T 491933N 491.9 KN
300
Cálculo da espessura necessária para a alma do nó.
e hc 491.933N
135.67 MPa
1 235
3 fy 3
e 12.08 mm twb 7.1mm
491.933
135.67 300
28
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Fn cos fy n cos
T F Fn cos tw h p fy n cos
n
1221.37
610.68 N
n
2 2
en 75
2
en 8.14 mm
610.68
75
adoptar e = 10 mm
29
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
30
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
F fu
2l a 3 w Mw
31
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Cordão de ângulo
a w Mw
3 F
fu l
360 MPa
2
fu
w 0, 8
Mw 1, 25
l 278, 6 mm
F 491933N
a 0, 8 1, 25 4, 24 mm 3 mm
3 491933
2 360 278, 6
(O.K.)
32
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Soldadura b
33
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
34
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
O valor do esforço de tracção que pode ser transferido sem reforço do pilar
depende da resistência nesta zona da ligação tendo presente diversas
configurações de rotura: pelo banzo do pilar, pela alma do pilar ou pela
soldadura.
35
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
T Ft 1 Ft 2
36
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Para esta parte adopta-se um modelo de cálculo que considera o banzo como
uma placa (laje) apoiada em 3 bordos e solicitado com uma carga de faca a
meio vão.
37
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
beff bw 2rc 7
fyc t fc 2
fyb t fb
fyc – tensão de cedência do aço do pilar
Nervuras de Rigidez
Nos casos em que esta condição não é satisfeita a ligação deve ser reforçada
por nervuras de rigidez tal como se indica na Figura 29.
38
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
39
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
beff t fb 2 2 ab 5(t fc rc )
40
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Ft 1389, 4 KN
333, 47
0.4
41
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Ffrontal =347.5 KN
42
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
Flateral =347.5 KN
a front 0, 8 1, 25 6, 31 mm
2 347500
2 360 108
Ao manter a mesma espessura para os cordões laterais – o que é conveniente
em obra – virá para o comprimento dos cordões de soldadura laterais a
seguinte dimensão mínima:
l 0, 8 1, 25 132, 5 mm
3 347500
2 360 6, 31
43
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
44
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
t ref 18, 9 mm
990500
226, 3 235
No caso presente com duas chapas a espessura de cada uma é
18,9mm/2 > 7,5mm.
Adopta-se duas chapas de reforço de 10mm cada e será tref =2 x 10=20 mm.
t
A espessura total efectiva de reforço deve ser:
t
Se usar uma placa de cada lado, a espessura total efectiva de reforço:
45
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
pelo que
FRTd 235 226, 3 2 1116, 8 kN
Este valor é inferior ao valor necessário (1389,4 kN), pelo que os critérios de
segurança não são satisfeitos, sendo necessário recorrer a outro tipo de
reforço através de nervuras de rigidez oblíquas.
46
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
47
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
48
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
TECNOLOGIA DE LIGAÇÕES DE ESTRUTURAIS
pelo que:
tn 22 mm
648250
125 235
49