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REPÚBLICA DE ANGOLA
À
SUA EXCELÊNCIA MINISTRO DE ESTADO
E CHEFE DA CASA DE SEGURANÇA DO
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
LUAN DA
ANTONJÇLÓARIoS DO AMARAL
"ENENTE-GENERAL** :
,4^
SUA EXCELÊNCIA
MINISTRO DE ESTADO E CHEFE DA CASA DE
SEGURANÇA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
GENERAL-DE-EXÉRCITO (RF) FRANCISCO
PEREIRA FURTADO
=LUANDA=
.MDNVP/08.1/202
Excelência,
MINiSIRO
•u . I CJ»'
P * t i At £.^^ I i;mo i)i. mindeiivp.gov..in
. HuU i r.» . u .1 .1 k' inií.i
ANGOLA ! \Ministono cl.i nt-íos."! N.-idon.i! i--
•'UT.iiios lia 1'áíria.
À
SUA EXCELÊNCIA
MINISTRO DE ESTADO E CHEFE DA CASA DE
SEGURANÇA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
GENERAL PEDRO SEBASTIÃO
=LUANDA=
/GAB.MDNVP/08.1/2021
Excelência,
J
Of.MON/2
Das discussões, ficou assente e esclarecido o seguinte:
t,xcelêncio.
Em resumo, o Conselho oe Defeso Nacional, deu o seu
ovo! positivo às propostos de oiteroçõo opreciodos,
oconseihondo que o M.nistro do Defeso Nocional e
Veteronos do Pátrio, cumpra com os passos subsequentes
conducentes o suo oprovoçõo finai, to! como proposto no
ofício n.° 4875/GMJDH/2020, do Ministro do Justiça,
Coordenodor do Comissão de Reforma do Justiço e do
Direito(CRJD).
O MINISTRO
L. Of.vDr,
REPÚBLICA DE ANGOLA
SUPREMO TRIBUNAL MILITAR
1 - ENQUADRAMENTO HISTÓRICO.
^ ABREU, Jorge Luís de - in Direito Administrativo Militar, Ed. Método 2010, São Paulo, p.35.
disciplina, bem como no próprio trabalho diário que lhe impõe o
manuseio e a utilização de equipamento bélicol
^ RIBEIRO, Manuel Garcia - In A Disciplina das Forças Armadas Angolanas, Polícia Nacional, Órgãos de
Segurança e Ordem Interna, Colecção de Teses de Mestrado, Luanda, Editora WhereAngola, 2015, p.81.
necessidade de cria ^áo de leis próprias, que alicercem um espaço de
actuação de uma ustiça de jurisdição especializada, assente em
valores alinhados coim o Estado Democrático de Direito.
orgânicas.
B) Brasil
V-CONSIDERAÇÕES FINAIS
I
Trata-se de uma unificação por pertinência temática, uma vez que, tanto o
crime militar quanto a infracção disciplinar ferem os princípios basilares da
hierarquia e da disciplina;
O recurso contencioso sobre actos administrativos está garantido nos
termos do art.° 177" da CRA.Para concretizar este desiderato no foro militar
impõe-se a alteração dos art."s 2" e T da Lei em análise, uma vez que,
tratando-se de actos que emergem de leis e regulamentos militares, o justo
é impugná-los em sede desta jurisdição;
b) Art." 19"{Ano Judicial): A alteração deste artigo visa apenas uniformizar o
início do ano judicia] com o período estabelecido a nível do foro comum;
c) Art." 24° {Definição): A alteração deste artigo, visa materializar a extensão
da competência do Supremo Tribunal Militar no domínio administrativo
disciplinar (cfr. as alterações dos artigos 2° e T).
República de Angola
A Assembléia Nacional aprova a alteração dos artigos 2°, 7°, 19 e 24° da Lei
25/19, de 23 de Setembro,Lei Orgânica dos Tribunais de Jurisdição Militar.
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Artigo 1°
(Objecto)
(...)
Artigo 2"
(Definição)
I . Os I l iluiiuiis Mi lilares
são t^rgàos ^obcranja íoin L^ompeleiuia
k'spt\ iaii./aJc) pare» administrar a jusiica ponal mililai' em nome do Povo.
ri)) i otiEH'inii.iai.k' ■ . om a Ç onsli tui^.ao o a loi
p!S'jui/(> do disposto no nuinoi"o anlortor i' 'supivino Iril^unal
\ hl il i l' I . o .]\l ]K Ia o \ on t i'oE' I! I i t • d !■. r. a 1 ! 1 - o! o i o - s 1 id a d! "-i i p li n a o
1
ciplif-cultis cios iiieiiibrtis l'oi"ças Arnuidas o da bolicia Nacional t: aos
aclos administrativos respeita nies a sua nomeação, exoneração,
tran.steréncia, prcmioçao, despromoção, p,i-adiiação, desj^raduaçâo,
reforma e demissão.
Artigo 3°
(Independência dos Tribunais Militares)
(...)
Artigo 4°
(Objectivos dos Tribunais Militares)
(...)
Artigo 5°
(Divisão Judicial Militar)
(...)
Artigo 6°
(Limites e extensão de competência)
(...)
Artigo 7"
(Competência em razão da matéria)
Os Tribunais Militares são competentes para conhecer todos os processos de
crimes militares e de natureza militar, bem como os actos administrativos
previstos no número 2 do artigo 2" da presente lei.
Artigo 8°
(Competência em razão da hierarquia)
(...)
Artigo 9°
(Competência em razão do território)
1. (...)
2. (...)
Artigo 10"
(Proibição de desaforamento)
(...)
Artigo 11"
(Colegialidade dos Tribunais Militares)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
4 ( •)
Artigo 12°
(Imperatividade das decisões dos Tribunais Militares)
(...)
Artigo 13°
(Publicidade e imparcialidade das audiências)
(...)
Artigo 14°
(Garantias do processo criminal e de presunção de inocência)
1. (...)
2. (...)
Artigo 15°
(Dever de fundamentação)
1. (...)
2. (...)
Artigo 16°
(Execução das penas)
(...)
Artigo 17°
(Dever de cooperação)
(...)
Artigo 18°
(Representação do Ministério Público)
(...)
Artigo 19°
(Ano Judicial)
í 1! !< ' v i -' ;l i n ! I I I J Iv !.l! j\! t vi O-- I !'Í I Mi n.! 1 - ^ h 1 ! i - i !• ^ \ 1 !! 1! vi! . ' i M i lv \. \<' - - li 1 1 - -
; I !i l i - J- - . l i 11' I í i J h. iI i i do {VIi 1 1 V ( 1! nli ni
Artigo 20°
(Acompanhamento do funcionamento dos Tribunais Militares)
3
(...)
Artigo 21°
(Autonomia Administrativa e financeira dos Tribunais Militares)
1. (...)
2. (...)
CAPÍTULO II
Categorias, Organização e Competências
dos Tribunais Militares
Artigo 22°
(Categoria dos Tribunais Militares)
1. (...)
a) (...)
b) (...)
2. (...)
3. (...)
Artigo 23°
(Regra geral sobre competência)
(...)
CAPÍTULO III
Supremo Tribunal Militar
Artigo 24°
(Definição)
O Supremo Tribunal Militar é o órgão superior da hierarquia dos Iribunais
N4ilitares, com competôncia especializada para, em nome do povo, administrar a
justiça penal militar e evercer o controlo jurisdicional sobre medidas
disciplinares aplicadas aos membros das torças Armadas e da Policia Nacional
e aos acto^ administraLi\'os respeitantes à sua nomeação, exoneração,
transferência, [uomoção, despi'omoção, graduação, tiesgradiiação, leloima e
demissão.
Artigo 25°
(Composição,organização, competência e funcionamento)
(...)
CAPÍTULO IV
Tribunais Militares de Região
SECÇÃOI
Definição,Sede e Composição dos Tribunais Militares de Região
Artigo 26°
(Definição e Jurisdição)
1. (...)
2. (...)
Artigo 27°
(Sede dos Tribunais Militares)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
Artigo 28°
(Composição dos Tribunais Militares)
(...)
Artigo 29°
(Afectação temporária de Juizes)
1. (...)
2. (...)
SECÇÃO II
Competência dos Tribunais Militares
Artigo 30°
(Competência dos Tribunais Militares de Região)
(...)
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h) (...)
i) (...)
Artigo 31°
(Competência do Juiz Militar Presidente)
1. (...)
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
2. (...)
Artigo 32°
(Competência dos Juizes Militares)
(...)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
Artigo 33°
(Direcção)
(...)
Artigo 34°
(Equiparação)
(...)
Artigo 35°
(Juiz Militar Jubilado)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
4. (...)
SECÇÃO III
Defensores Oficiosos e Secretarias Judiciais
Artigo 36°
(Defensores oficiosos)
1.
2.
3.
4.
5.
Artigo 37°
(Secretarias Judiciais)
(...)
Artigo 38°
(Instalações dos Tribunais)
(...)
CAPÍTULO V
Quadro de Pessoal
Artigo 39°
(Quadro do Pessoal)
1. (...)
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
i)
b)
1)
m)
n)
o)
P)
q) (•••)
r) (...)
s) (...)
2. (...)
Artigo 40°
(Competência disciplinar sobre o pessoal de apoio)
(...)
Artigo 41°
(Revogação)
(...)
Artigo 42°
(Dúvidas e omissões)
(...)
Artigo 42°
(Entrada em Vigor)
(...)
CAPÍTULO 1
Disposições Gerais
Artigo 1°
(Objecto)
(...)
Ailigo 2."
(Doí iniçao do I ributial)
O Su[ii(.'nui I ribunat Militar ó o órgão superior da hierartjuia dos
íribunais Militares, com competcncia especiali/ada para, em nome do
po\o, administrar a justi(;a penai militar e exercer o controlo
jurisdicionai sobre meelidas disciplinares aplicadas aos membros das
í'orças Ai"madas e da Policia Nacional e aos actos administrativos
respeitai"!tes à sua nomeação, exoneração, transferência, promoção,
despromoção, graduação, desgraduaçào, reforma e demissão.
Artigo 3°
(Jurisdição)
(...)
Artigo 4.°
(Sede)
(...)
Artigo 5P
(Imperatividade das decisões do Supremo Tribunal Militar)
(...)
Artigo 6°
(Poderes de cognição)
(...)
Artigo 7."^
(Publicação das decisões)
(...)
Artigo 8.°
(Representação do Ministério Público)
(...)
Artigo 9.°
(Dever de cooperação dos demais tribunais e autoridades)
(...)
Artigo 10."
(Independência e imparcialidade)
(...)
Artigo 11.
(Férias)
1. As lórias jiidiciaiis para os Tribunais Jn luris^liçao Miülais dctoi ivm
no período rompreendido enUX' 22 de 1 )e/i'mltro a 1 de Março.
2. (...)
3. (...)
Artigo 12.°
(Autonomia administrativa,financeira e patrimonial)
(...)
CAPÍTULO II
Composição Do Tribunal
Artigo 13.°
(Composição)
1. (...)
2. (...)
Artigo 14.°
(Requisitos para Juizes Conselheiros)
(...)
a) (...);
b) Possuir licenciaUira em Direitc» iee,aimenle roconheeida e exercer
a Magistratura Judicial Militar há, pelo menos 15 anos, com
a\'aiiação de bom nos últimos 3 anos;
c) l-\ercício da magistratura do Ministério Público Militar há, pelo
menos 20 anoíp, com avaliação de bom nos últimos 3 anos;
d) (...)
e) (...)
f) (...)
Artigo 15.°
(Processo de nomeação e designação dos Juizes Conselheiros)
(...)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
d) (...)
e) (...)
í) (...)
Artigo 16.°
(Inamovibilidade)
(...)
Artigo 17.°
(Direitos e regalias dos Juizes Conselheiros)
(...)
Artigo 18.°
(Magistrados Jubilados)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
4. (...)
CAPÍTULO III
Competências Do Supremo Tribunal Militar
Artigo 19.°
(Competências Genéricas do Tribunal)
1. ,'\o Supremo Tribun.il Militar compele, em geral, administrar
superiormente, no domínio penai militar:
a) (...)
b) (...)
c) (...)
d) (...)
e) (...)
f) (...)
g) (...)
h) (...)
i) (...)
j) (...)
k) (...)
2. (...)
t. C ompete aind,! ao Supremo Tribunal Militar, exercer controlo
jurist.1 ivlona! sobre nrediLlas disciplinai'es aplircirlax aoc membios
das l-orcas ,\i'm.ulas e da Policia Nacional ^e o.- aao-
adminislialo os pre\ istos no art da presenle 1 ei
Artigo 20.°
(Competência interna do Tribunal)
(...)
a)(
b)(
c) (
d)(
Artigo 21.°
(Julgamento no Supremo Tribunal Militar)
1. (...)
2. (...)
CAPÍTULO IV
Organização, Competência e funcionamento dos Órgãos
Artigo 22.°
(Órgãos do Tribunal)
1. (...)
2. Sào órgãos do Supremo I ribunal Militar;
a) Ü i^lenãrio,
b) O Presidenta;
c) Câmara dos Crimes Militares;
d) Câmara do Contencioso Administrativo Militar;
e) O Conselho de Disciplina da Magistratura Judicial Militar.
3. (...)
4. As Câmaras previstas nas alíneas c) e d) do número 2 sào instaladas
por deliberação dc' Plenário, sob proposta do Presidente do tribunal,
quando o \'cdume processual o justifique.
5. Pnquanlo não lorem instaladas as Câmaras, o Supremo I ribunal
Militar .->erã compe tente para conhecer de tt)dos os processos,
6. A composição, atr buições e o modo de luncio]iamento elas( àmaras
do Supremo Iri "^Linal Militar, são delinidas {Mir iegulament^"»
próprio a[^ro\\KÍo pelo I 'lenáiio.
Artigo 23.°
(Funcionamento)
1. (...)
2. (...)
Artigo 24.°
(Sessões)
1. (...)
2. (...)
Artigo 25.°
(Deliberações)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
Artigo 26.°
(Competências do Plenário)
(...)
a) Conhecer os recursos interpostos das decisões dos processos
julgados em primeii-a instância pelo Supremo Tribuna! Militar.
b) (...)
c) (...)
d) (...)
e) (...)
f) (...)
g) (•••)
h) (...)
i) (...)
j) (•■•)
k) Apreciar eni recurso as decisões da Câmara do Contericioso
Administrativo Militar, julgadas pelo Supremo Tribunal
Militar,
1) hxercer as demais funções que lhe sejam conferidas pela
Constituição e pela Lei.
Artigo 27.°
(Presidente)
1. (...)
2. (...)
3. (.
4- (
5. (
6. (
Artigo 28.°
(Duração de Mandato)
1. (...)
2. (...)
Artigo 29.°
(Competência do Presidente)
1. (...)
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
i)
k)
1)
m)
n)
o)
P)
q)
r)
2. (...)
Artigo 30.°
(Competência do Vice-Presidente)
(...)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
Artigo 31.°
(Competência dos Juizes Conselheiros)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
7
Artigo 32.°
(Conselho de Disciplina da Magistratura Judicial Militar)
(...)
Artigo 33.°
(Competência e composição)
1. (...)
2. (...)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
d) (...)
3. (...)
4. (...)
5. (...)
CAPÍTULO V
(lospecção Judicial, Secretaria Judicial e Serviços de Apoio)
Artigo 34.°
(Inspecção Judicial)
!.(...)
2. (...)
Artigo 35.°
(Secretaria Judicial)
(...)
Artigo 36.°
(Serviços de Apoio)
1. (...)
a) (.
b) (
c) (
d) (
e) (
f) (
g) (
8
h) (...)
i) (...)
2. O quadro do po ^soai miiilai- dos Serviços do apoio, ó dcíiitidu d
iKordo o t{uadro orgániro aprovado pulas !-orças Armadas.
3. (...)
4. O pj-ovimcnto dt pessoal nao militar dos serviços de apoio técnico e
administrativo do Supremo 'íribunal Militar compete ao Juiz
Presidej-tte do í ribunal.
Artigo 37°
(Gabinetes de Apoio do Presidente, do Vice-Presidente e dos Juizes
Conselheiros)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
4. (...)
CAPÍTULO VI
Regime Financeiro Do Supremo Tribunal Militar
Artigo 38.°
(Orçamento)
(...)
Artigo 39.°
(Receitas próprias)
1. (...)
a) (...)
b) (...)
2. (...)
Artigo 40.°
(Gestão financeira)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
Artigo 41.°
(...)
Quarta-feira, 25 de Setembro de 2019 I Série-N.° 125
angola
ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 220,00
Toda a conre^pondência, quer oiicial. quer íATORA
ASSINAITJRA o preço dc cada linha publicada nos Diários
relativa a anúncio c assinabiras do <d)iário
Ano da Rqiública 1.' e 2.* serie cdeKz: 75.00 c para
da Rq)úbiica», deve ser dirieida à Imprensa
. . , . " As três séries
Astrèsséri Kz
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734159.40 a 3.* série Kz: 95.00. acrescido do respectivo
Nacional - E.P.. cm Luanda, Rua l^nrique de
Cai-valho n.® 2, Cidade Alta. Caixa Postal 1306. Al.*série
^ Kz:433 524.0C
Kz:433 524.00 imposto do selo. dependendo a publicação da
www.iniprensanacional.gov.ao • End. tclcg.; Al'série Kz: 226 980.00 3.'scricdcdcpósitoprévioacfcctuarnatcsouraria
rclmpraisa». A 3.'série Kz: 180133.20 daImprcnsaNacional-E F
Annadas Angolanas» que pode delegar fimções num dos ARTIGO 15.'
Juizes Conselheiros, incluindo o Juiz Presidente e o Juiz 1. Os Juizes Conselheii"os do Supremo Tribimal Militar,
Vice-Presidente. cuja refonna não seja proveniaite de sanção disciplinar, são
2. O provimento dos lugares dos Juizes Consellieiros consid^ados Magistrados Jubilados.
previsto no núma"0 anterior pode obedecer ao principio do 2. Os Juizes Conselheii os Jubilados continuam vincula
gradualismo, tendo em atenção as necessidades de serviço. dos aos deveres estatutários e ligados ao Tribunal, gozam
AMTQO 14» dos titulos, honias, regalias e imunidades conesponden-
|(ll&(iiilslt08 íiiú'a jüUcs Conselheiros) tes à sua categoria e podem assistir de üaje profissional às
São requisitos cianulativos para ser designado Juiz cerimônias solenes que se realizam no referido Tribunal e
Conselheiro do Supremo Tribunal Militai": tomam lugar à direita dos Magistrados em serviço activo.
cú Ser Oficial Superior do Quadro Pennanente das 3. Os Juizes ConseUieii"os do SupremoTribimal Jubilados
Forças Annadas Angolanas no activo; não sofrem qualquei"redução dos seus proventos salariais.
I SÉEdE -N.® 125-DE 25 DE SETEMBRO DE 2019
6Í77
4. Os Juizes Consellieiros do Supremo Tribunal Militar. b) Api ovai- a proposta de orçamento anual do Tribu
sah'o disposição em conti-áiio. jubilani quando complelain nal;
65 anos de idade,35 anos de sei-viço na Magistratura Militar, c) Fixar no início de cada ano de instmção e pi epam-
ou quando for declai-ada incapacidade completa ou parcial
ção combativa das tiopas, os dias e horas em que
porjunta médica militar estando em exei"cício de funções ou
se realizam as sessões ordinárias:
por causa delas.
d) Definir o quadio de pessoal não militar da sua
CAPÍTULO ni Secretaria Judicial, Inspecção Judicial e seiviços
Competências do Supremo Tribunal Militar de apoio técnico e administi-ativo.
ARTIGO 19." ARTIGO ZI,"
(Conçetêncins genériciur do Trlboiinl) (JulspHDfato no Supremo Tribuiinl MDllar)
1. Ao Supremo Tríbimal Militar compete,em geral, admi 1. O julgamento no Supremo Tribunal Militar é efec-
nistrar superiormente a justiça penal militar, nomeadamente: tuado por ti-ês Juizes, cabendo a um dos Juizes a função de
w Julgar em primeira instância os pmcessos sujeitos à Relator e aos outros as de Adjiuitos, salvo quando reunido
jmisdição militar em quesejam réus Oficiais Gene em Plenário.
rais e Alinii^aníes das Forças Annadas Aigolanas. 2.A intervenção dos Juizes nojulgamento é feita nos tei--
Oficiais Comissái-ios do Sistema de Segiu-ança mos da lei do processo.
Nacional ou equivalentes eMagistiados Militares;
b) Conhecei- dos conflitos de jm isdição e competên CAPÍTULO IV
cias suscitados entre os Tribunais Militares e Organização, Competência e Funcionamento
entre estes e as autoridades judiciárias militares; dos Órgãos
c) Apreciar em recui*so as decisões profei-idas pelos
ARTIGO 22."
Tribunais Militares de Região; (Órgãos do Tribuna!)
di Coníiecei- dos recursos de revisão e cassação dos
1. O Supremo Tribunal Militar é constituído pelo
acórdãos profeiidos pelos Tribunais Militares de
Juiz Conselheiro Presidente, pelo Juiz Coiisellieiro Vice-
R^ião;
e) Ordenai; quando conhecer dos recui*sos de revisão -Presidente e pelos demais Juizes Conselheiros.
e cassação, a suspensão das sentenças condena- 2. São órgãos do Supremo Tribunal Militar:
tórias; a) O Plenário;
J) Suspenda- a execução de qualquer decisão profe b) O R-esidente;
rida pelos Tribunais Militares de Região, quando c) O Conselho de Disciplina da Magisti-atura Judicial
se tivei- promo-vido procedimento ci-iminal por Militar.
suborno ou feita conti-a algum dos Juizes que 3. Sem prejuízo do númei-o anterior, no Supremo
inteiviei-amna decisão; Tribunal Militar funciona o Conselho de Direcção, órgão de
g) Concedei- a providência de habeas coipus nos ter consulta que tem por fmição analisar e pronunciar-se sobre
mos da Constituição e da lei; questões denatiu-eza administi-ativa dos Tribunais Militaies,
h) Julgar os processos de refonna de autos que se cuja composição, funcionamento e ati-ibuiç5es são objecto
tenliam peidido em Tríbiuial;
de regulamento intemo.
i) Aprovar a proposta de Orçamento do Supremo
ARTIGO 23.'-
Tribunal Militar e dos Tribunais Militares de
(Fimcítmamento)
Região e remetê-la ao Executivo;
j)Executar o Orçamento do Supremo Tribunal Militar; 1. O Plenário é constituído por todos os Juizes do
k)Exercei- as demais fimções que Uie sejam aüibuídas Supremo Tribunal Militar e só pode funcionai- com a pre
pela Constituição epela lei. sença da maioria dos seus membros em efectividade de
2. Sem prejuízo do disposto no niimei-o anteiioi; julgar fruições e em confonnidade com a lei do processo.
em primeira instância outi-os agentes de crimes militares em 2. Os Juizes tomam assento, altemadameiite, à direita e
caso de compaiticipação com os agentes enmneiados na alí á esquerda do Pi-esidente, segiuido a ordem de precedâicia.
nea a)do númei-o antei-ior. ARTIGO 24.°
ARTIGO 20.'- (Sessões)
(CompetêiicÍ!) mternn do-I^ibunnl)
1. As sessões do Pl^iário têm lugar segimdo a agenda,
Sem prejuízo do disposto na presente Lei, o Supremo devendo a data e a hora das audiências constar de tabela
Tribunal Militai- tem competência pai-a definir as regras fixada com antecedência.
e procedimentos da sua organização e fiuicionamento, 2. O Plenário reime oi-dinariamente segundo a pmodici-
nomeadamente: dade a definir no regulamento intemo e exü-aoi dinai-iamente
a) Elaborar os regulamentos intenios necessái-ios ao sempre que o Juiz Pi-esidmíe o convocar, por iniciativa pró
seu bom funcionamento; i pria ou a requei-imento de. pelo menos,três dos seus Juizes.
DIÁRIO DA REPÚBLICA
6178
ARTIGO 41."
2. O Juiz Conselheiro Pi"esidente, o Juiz Consellieiro (Instsdações)
Vice-Presidente eos deinais Jiuzes Conselheiros do Siçremo
Tribunal Militai* dispõem de Gabinetes de Apoio Técnico e As instalações do Suprano Tribunal Militar constituem
Administi-ativo integrados por assessores, em número de até aicai go directo do Estado.
ti"ês pam cada Juiz, e pessoal administrativo piópiio, nao CAPÍTULO VII
militar, a definir no regulamento intenio. Disposições Finais e Transitórias
3. Os membros dos gabinetes são nomeados e exonera
dos pelo Juiz Consellieiro Pi*esidente do Supremo Tribiuial artigo 42."
(Revogação)
Militai; mediante proposta do Juiz interessado, com dis
pensa de visto prévio do Tribunal de Ccxitas. É revogada toda a legislação que conti-ai-ie o disposto na
4. O Presidente do Supremo Tribunal Militai- pode ainda presente Lei.
nomear especialistas e pessoal para prestai colaboração artigo 43."
aos Gabinetes ou realizai- tarefas de cai-ácter eventual ou ^úvidas e omissSes)
extraordinário, por despacho que detei-mine,nomeadamente
As dúvidas e as omissões resultantes da interpretação e
a duração da missão e a respectiva remiuiei-ação.
da aplicação da presente Lei são resolvidas pela Assanbleia
CAPÍTULO VI Nacional.
Regime Financeiro do Supremo Tribunal Militar artigo 44"
(Entrada em vigor)
artigo 38."
(Orçamento) A presente Lei aitia an vigor à data da sua publicação.
0Supremo Tribimal Militai- apresenta o projecto do seu Vista e aprovada pela Assanbleia Nacional, em Luanda,
orçamento ao Executivo nos pi-azos detenninados pai-a pei- aos 21 de Junho de 2019.
mitir a elaboração da proposta de Lei do Orçamento Geral do O Presidente da Assembléia Nacional, Fermoich da
Estado, a submeta- à Assembléia Nacional, devendo ainda Piedade Dias dos &oúos.
fomeca- os elanentos que esta lhe solicite sobre a matéria. Promulgada aos 6 de Setembro de 2019.
ARTIGO 39." Publique-se.
(Receitas próprias)
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
1. Além das dotações do Orçamaito Ga-al do Estado,são Lourenço.
receitas próprias do Supremo Tribunal Militar:
cú O produto da venda de publicações por ele edita
das ou de sa-viços prestados pelo seu núcleo de Lei n." 27/19
de 25 de Setembro
apoio documental;
b) Quaisquer outras que llie sejam aü-ibuídas por lei, Considaando quea oiganização demoa-ática doEstadoobe-
conti-ato ou ouü o título. dece ao piincipio da descentralização político-administrativa,
1 O produto das receitas próprias refaidas no númao Havaido necessidade de se definii- o sistema o-gani-
anta-ior pode sa- aplicado na realização de despesas conen zativo e funcional das Autai-quias Locais com base nos
tes e de capital que,em cada ano,não possam ser supoi-tadas pi-incípios e regi-as constitucionais e legais que balizam a
pelas verbas inscritas no Orçamaito Ga-al do Estado, de institucionalização das Autarquias Locais nos municípios,
despesas resultantes da edição de publicações ou da pres com possibilidade de consagração de entidades supramum-
tação de sa-viços pelo núcleo (ie apoio documaital e, bem cipais e inframunicipais;
assim, de despesas dei-ivadas da realização de estudos, aná Considerando que legislai- sobre a Organização e o
lises e outios ti-abalhos exti-aordinários. Funcionamaito das Autarquias Locais constitui um passo
ARTIGO 40." fundamental para a materialização do pi-incípio da descai-
(Gestão fiiisinceira)
ti-alização administi-ativa;
1. CJabe aoSupremoTribunal Militai;relativamente à exe AprovadasaLei Oigânica doPoderLocaleaLei Oigânica
cução do seu orçamento, a comp^ência minista-ial comum sobre a Oiganização e Funcionamaito das Comissões de
em matéria de administi-ação financeiia, nomeadamaite a Moradores,tonia-se necessái-ia a criação de um quadio jiu í-
prevista na Legislação sobre a Execução Orçamentai. dico-legal próprio à in^ilementação das Autarquias Locais e
2. Cabe ao JuizPi-esidaite doTribiuial autorizai- a realiza an pai-ticular das Autarquias Municipais que são a catego-
ção de despesas até aos limites estabelecidos na Legislação ria-tipo estabelecida pela Constituição;
sobre a Execução Orçamentai, podendo delegá-la, quanto a Ataidendo o estabelecido no a'* 2 do artigo 213.® e no
ca-tas despesas e daiti-o dos limites fixados no correspon artigo 217.'» e s^intes da Constituição da República de
dente despacho, a qualqua- responsável que inta-vailia na Angola;
gestão financeira do Ti-ibunal.
A Assembléia Nacional aprova, por mandato do povo,
3. As despesas que, pela sua natiu eza ou montante, ulti-a- nos tennos das disposições combinadas da alínea í) do
passem a competàicia referida no niunero anta-ior e, bem artigo 164.® e da alínea b)do n.® 2 do aitigo 166.®, ambos da
assim, as que o Pi esidente aitaida submeta-lhe,são autori Constituição da República de Angola, a seguinte:
zadas pelo Plenário do Tribunal.
SERIE-N." 123-DE 23 DE SETEMBRO DE 2019 6163
O Presidente da Assembléia Nacional, Fernando da A Divisão Judicial Militar deve, sempre que possível,
Piedade Dias dos Santos. coincidir com a Divisão Administrativa Militar.
Promulgada, aos 6 de Setembro de 2019. ARTIGO 6."
(Limites c extensão dc competência)
Publique-se.
A competência dos Tribunais Militares é repartida em
O Presidente da República. JoÀo Manuei. Gonçalves
razão da matéria, da hierarquia e do território.
Lourenço.
ARTIGO 7.'
(Competência em ruão tia matêri^
Lei n.® 25/19 Os Tribunais Militares são competentes para conhecer
de 23 dc Setembro
todos os processos de crimes militares e de natureza militar,
Nos tennos dos artigos 176." e 183." da Constituição da como tais definidos na lei.
República de Angola foram institucionalizados o Supremo
ARTIGOS."
Tribunal Militar e os Tribunais Militares de Região, cuja (Competência em razão da hierarquia)
composição, organização, competências e funcionamento
são estabelecidos por lei própria; Os Tribunais Militares hierarquizam-se para efeitos de
Com vista a materializar tais pressupostos e adopiar o recurso e de acordo com as regras da organização judicial
regime jurídico do funcionamento do Supremo Tribunal militar.
Militar e da sua articulação com os Tribunais Militares de ARTIG09."
Região; (Competência em razão do território)
A Assembléia Nacional aprova, por mandato do povo, 1. O Supremo Tribunal Militar exerce a sua jurisdição
nos tennos da alínea h)do artigo 164."e da alínea b)do n.°2 do em todo o território nacional.
artigo 166.", ambos da Constituição da Repúbl ica de Angola, 2. Os Tribunais Militares de Região exercem a sua juris
a seguinte; dição nas Regiões Militares em que estão instalados.
ARTIGO 10."
ARTIGO 3.°
(iinpcrntividade das decisões dns Tribunais .Militares)
(Independência dos Tribunais Militares) As decisões dos Tribunais Militares são de cumprimento
No exercício da limçâo jurisdicional os Tribunais Militares obrigatório para todas as entidades militares, públicas, priva
são independentes, imparciais e apenas estão sujeitos à das e cidadãos em geral e prevalecem sobre as de quaisquer
Constituição e a lei. autoridades militares.
DIÁRSO DA REPÚBLICA
ARTIGO 20.»
ARTIGO 13."
(Publicidade c imparcialidade das audiências) (Acumpinhanuinto do foncionatnento do< Tribunais Militares)
Todos OS agentes sujeitos ao foro militar têm direito a O funcionamento dos Tribunais Militares de Região,
um julgamento imparcial e público, salvo quando a lei ou bem como a qualidade e a eficiência dos serviços presta
'dos, são acompanhados por Juizes Conselheiros do Supremo
o próprio Tribunal decida que o julgamento se realize sem 'Tribunal Militar, indicados pelo Juiz Presidente, sem pre
publicidade ou o restrinja, para salvaguarda do respeito pela juízo da avaliação do desempenho técnico-profissional dos
hierarquia, do sigilo militar, do segredo dc estado, da ordem Magistrados Judiciais Militares.
pública, ou por outras razões ponderosas. ARTIGO 21."
ARTIGO 14.» (Autonomia adminhtrativa c financeira dos Tribunais Militares)
(Caraotiu.s do processo crimiitul c da presunção dc inocência)
1. Os Tribunais Militares gozam de autonomia admi
\. Nenhum agente sujeito ao foro militar pode ser detido, nistrativa e financeira nos termos da Constituição, da lei e
preso ou submetido a julgamento, senão nos termos previs demais legislação aplicável.
tos na Constituição e na lei. 2. O Supremo Tribunal Militar é a unidade orçamen
2. Os Tribunais Militares asseguram as garantias do tai que submete ao Executivo os orçamentos de todos os
processo penal militar, nomeadamente a legalidade das Tribunais Militares.
detenções e prisões, a presunção da inocência até trânsito CAPÍTULO U
em julgado das decisões, o princípio do contraditório e a Categorias, Organização e Competências
legalidade na obtenção e valoração das provas. dos Tribunais Militares
ARTIGO 15.» ARTIGO 22."
(Dever de fundumentiação) (Categoria dos Tribunais Militares)
1. As decisões dos Juizes Militares, seja por via de acór 1. Existem as seguintes categorias de Tribunais de
dãos ou por meros despachos,são sempre fundamentadas. Jurisdição Militar:
2. A fundamentação não pode consistir na mera evoca a) Supremo Tribunal Militar;
ção de uma norma legal, nem na adesão, por parte do Juiz bj Tribunal Militar de Região.
Militar,às razões e alegações evocadas por qualquer das par 2. Quando a Região Militar for constituída por mais de
tes, incluindo o Ministério Público. uma Província ou a extensão territorial, o volume ou com
ARTIGO 16.»
plexidade do serviço o justificarem, podem ser instalados
(Execução das penas) mais de um Tribunal Militar numa mesma Região.
Compete aos Tribunais Militares, a jurisdição em matéria 3. A instalação dos Tribunais Militares referidos no
número anterior, é feita por despacho do Chefe do Estado
de execução das penas aplicadas pelos mesmos,e a decisão
Maior General das Forças Armadas Angolanas,sob proposta
sobre a modificação ou a substituição das referidas penas.
do Plenário do Supremo Tribunal Militar e são integrados na
ARTIGO 17."
(Dever de cooperação)
Orgânica da respectiva Região Militar.
ARTIGO 23.®
Todos os demais tribunais, entidades militares, entidades (Regra geral sobre competências)
públicas e privadas e os cidadãos em geral têm o dever de Todas as causas militares devem ser instauradas nos
cooperar e de apoiar os tribunais militares na realização da Tribunais Militares da Região, sem prejuízo do disposto na
justiça penai militar. lei quanto à competência,em primeira instância,do Supremo
ARTIGO 18.' Tribunal Militar.
(Representação do Ministério Público)
CAPÍTULO Ili
1.0 Ministério Público é representado junto do Supremo Supremo Tribunal Militar
Tribunal Militar pelo Vice-Procurador Geral da República
artigo 24."
para a Esfera Militar e Procurador Militar, que pode delegar (Definição)
as funções aos seus Adjuntos.
2. Nos Tribunais Militares de Região o Ministério Públicot O Supremo Tribunal Militar é o órgão superior da hierar-
é representado pelos Procuradores Militares de Região ou1 quiadosTribunais Militares,comcoinpetència especializada
seus Adjuntos. para administrar a justiça penal militar, em nome do povo.
ARTIGO 25.»
O inicio do ano judicial para os Tribunais Militares5 A composição, organização, competências e ftinciona-
coincide com o início do ano de instrução e preparação com - mento do Supremo Tribunal Militar são estabelecidos em lei
bativa das tropas. própria.
I SERÍE - N." 123 - DE 23 DE SETEMBRO DE 2019 6165
O Tribunal Militar de Região é composto por um Juiz d)Garantir o correcto funcionamento dos ser\ iços do
Tribunal;
Militar Presidente e por Juizes Militares em número a deter
minar pelas necessidades de serviço, sem prejuízo do que e) Elaborar e propor o programa anual do Tribunal e o
constar no respectivo quadro orgânico. relatório das actividades desenvolvidas;
f) Elaborar e propor o orçamento do Tribunal;
ARTIGO 29.°
(Afectação temporária de Juizes) g) Exercer as demais atribuições conferidas por lei.
2. Ao Juiz Militar, quando colocado para dirigir um
1. Sempre que a necessidade de ser% iço ou o volume de
Tribunal numa província da sua área dejurisdição,é-lhe atri
processos de um Tribunal o justifique, pode ser a este afec-
buída a competência de Juiz Militar Presidente.
tado, temporariamente, um ou mais Juizes de outros Tribunais
de Região, para coadjuvarem os Juizes do tribunal em causa. ARTIGO 32.°
(Competência dos Juizes Militares)
2. .A afectação temporária é efectuada por Despacho
do Chefe do Estado Maior General, após deliberação do Compete aos Juizes Militares:
Plenário do Supremo Tribunal Militar. a) Intervir no julgamento das causas que lhes forem
SECÇÂO II
atribuídas nos termos da lei do processo;
Competência dos Tribunais Militares b) intervir nas reuniões do Tribunal:
c) Exercer as demais atribuições que lhes forem aco
ARTIGO 30.'
(Competências dos Tribunais .Militares de Região) metidas por lei.
Compete aos Tribunais Militares dc Região: ARTIGO 33.°
(Dirccção)
a) Preparar e julgar todos os processos criminais sujei
tos a jurisdição militar em que sejam arguidos O Tribunal Militar de Região é dirigido por um Juiz
membros das Forças Armadas .Angolanas com a Presidente que, no exercício das suas funções é coadjuvado
patente até Coronel ou Capitão de Mar e Guerra; por Juizes Militares.
b) Preparar e julgar todos os processos criminais ARTIGO 34."
sujeitos ã jurisdição militar em que sejam (Equiparação)
arguidos membros do Sistema de Segurança Para efeitos de direitos e regalias, o Juiz Miliiar equipara-
Nacional, com a patente até Superintendente -se ao Juiz do Tribunal de Comarca,gozando igualmente das
Chefe ou equi\ alente; mesmas prerrogativas protocolares.
DIÁRIO DA REPUBLICA
6166
ARTIGO 2.®
{Direito subsidiário)
consenaçào do mobiliário e equipamento recebido, devendo O Juiz Presidente,o Juiz Vice-Presidente e os demais Juizes
comunicar qualquer ocorrência de forma a manter-se actua- Conselheiros do Supremo Tribunal Militar são nomeados pelo
lizado o inventário.
Presidente da República de entre magistrados militares.
ARTIGO 21."
3. O Magistrado Judicial Militar pode pedir a substitui
(Nomeação dos Inspectores c dos Juizes Militares)
ção ou reparação do mobiliário ou equipamento que se tome
1. O Inspector-Chefe do Supremo Tribunal Militar é
inadequado para o seu uso normal,definido em regulamento nomeado pelo Presidente da República sob proposta do Chefe
aprovado pelo Plenário do Supremo Tribunal Militar. do Estado Maior General, mediante deliberação do Plenário.
4. Em caso de perda do direito de atribuição da casa, o 2. O Presidente e os demais Juízas dos Tribunais Militares
Magistrado ou seus familiares de\em proceder à sua resti de Região são nomeados pelo Chefe do Estado Maior
tuição. após inventário, no prazo que for fixado, mas nunca General, sob proposta do Juiz Presidente, mediante delibe
ração do Plenário.
inferior a 60 dias.
ARTIGO 22."
ARTIGO 17." (Posse)
(Suspcn^üi) e cessação de funções)
Têm competência para conferir posse aos Magistrados
1. As funções de Magistrados Judiciais Militares podem Militares as seguintes entidades:
ser suspensas em virtude de exercício de cargo legalmente a) Juizes Conselheiros do Supremo Tribunal Militar.
incompatível com o e.xercício das suas funções. o Presidente da República;
DiÁR.10 DA HEPÚBLICA
ARTIGO 29."
b) Inspector Chefe,o Chefe do Estado Maior General; (Magistrados Jubiíados)
c)Juizes Militares, o Presidente do Supremo Tribunal
1. Os Magisu-ados Judiciais Militares cuja refonna não
Militar.
seja proveniente de sanção disciplinar, são considerados
ARTIGO 23.^
Magistrados Jubilados.
(Jtiramento dos Magistrados Judiciais Militares)
2. Os Magistrados Judiciais Militares jubilam, quando
No aclo de posse, os Magistrados Judiciais Militares completarem as Idades estabelecidas na Lei das Carreiras
prestam o seguinte juramento: dos Militares das Forças Armadas Angolanas, de acordo
«Juro por minha honra cumprir e fazer cumprir a com oposto militar que ostentam.
Constituição e as leis da República de Angola,desempenhar 3. Os Magistrados Judiciais Militares Jubilados con
com toda a dedicação e responsabilidade as funções em que tinuam vinculados aos deveres estatutários e ligados ao
fico investido». Tribunal, gozam dos títulos, honras, regalias e imunidades
ARTIGO 24.»
correspondentes à sua categoria e podem assistir de traje
(Inicio de funções) profissional às cerimonias solenes que se realizem no res
Os Magistrados Judiciais Militares iniciam funções após
pectivo Tribunal e tomar lugar à direita dos Magistrados em
serviço activo.
o respectivo empossamento.
4. Os Magistrados Judiciais Militares Jubilados não
ARTIGO 25.'
sofrem qualquer redução dos seus proventos salariais.
(Transferência por conveniência de serviço)
A transferência por conveniência de serviço dos Juizes capítulo IV
dos Tribunais Militares de Região pode ocorrer sempre que Avaliação do Mérito Profissional
razões ponderosas de serviço assim o Justifiquem, indepen ARTIGO 30.'
dentemente do tempo decorrido após a sua colocação, nos (Promoção c graduação)
1. Sem prejuízo do estabelecido nos regulamentos mili Em matéria disciplinará,ainda,aplicável aos Magistrados
tares. a avaliação do mérito profissional dos Magistrados Judiciais Militares, subsidiariamente, e com as necessárias
Judiciais Militares obedece à seguinte classificação: adaptações, o Regulamento de Disciplina Militar, o Código
a) Muito Bom; de Processo Penal e o Código de Processo Civil, desde que
b) Bom; não contrariem a presente Lei.
c) Regular; ARTIGO 40."
(Conceito dc infracção disciplinar)
d) Deficiente.
2. A classificação atribuída, nos termos do número ante É considerada infracção disciplinar todo o compona-
rior, é dada a conhecer ao Magistrado a quem se refere, de mento adoptado por Magistrado Judicial Militar, ainda que
forma confidencial.
meramente culposo ou por omissão, que viole os regula
3. Contra o Magistrado a quem for atribuída a classi mentos militares, os deveres profissionais e o que, pela sua
repercussão social, seja incompatível com a dignidade indis
ficação de deficiente, deve ser instaurado procedimento
pensável ao e.xercício das suas funções.
disciplinar.
ARTIGO 41."
ARTIGO 35." (Autonomia da jurisdição disciplinar)
(Reclamação)
1. O procedimento disciplinar é independente do proce
1. O Magistrado que não se conformar com a classifica
dimento criminal que pode, eventualmente, caber à conduta
ção que lhe for atribuída pode reclamar para a Comissão de
adoptada.
Avaliação, criada nos termos do n.° I do artigo 31.° da presente
2. Sempre que em processo disciplinar, o instrutor cons
Lei, no prazo de 30 dias, devendo apresentar, desde logo,
tate a existência de infracção criminal, dá conhecimento
os fundamentos e as provas que reputar necessárias para a
decisão.
imediato ao Conselho de Disciplina da Magistratura Judicial
Militar.
2. A Comissão pode promover as diligências que julgar
pertinentes ao esclarecimento dos factos, após o que decide SECÇÀO II
Medidas Disciplinares
da reclamação, comunicando ao reclamante a classificação
definitiva. ARTIGO 42."
4. Os Magistrados Judiciais Militares punidos com as 2. O efeito da reincidência verifica-se, ainda que a
medidas previstas nas alíneas b) e c) do presente artigo não medida disciplinar da primeira infracçâo tenha sido pres
podem ser promovidos ou nomeados para posto ou categoria crita ou perdoada.
superior durante um período de 3 anos. 3. Em caso de reincidência a medida disciplinar aplicá
ARTIGO 43.'
vel nunca é inferior à medida anteriormente aplicada.
(Repreensão) ARTIGO 50.'
(Concurso dc Infracções)
A medida disciplinar de repreensão consiste na mera
chamada de atenção ao Magistrado, feita em particular, de 1.Tem lugaro concurso de infracçõcs quando o Magistrado
que a sua acção ou omissão pode perturbar o exercício das comete mais de uma infracçâo na mesma ocasião, ou várias
funções ou nela se repercutir de forma incompatível com a
infracções em ocasiões diversas, antes de se tomar inimpug-
nável a sanção aplicada por qualquer delas.
dignidade que lhe c exigível.
2. No concurso de infracções aplica-se uma única
ARTIGO 44.' medida disciplinar a determinar de acordo com a gravidade
(Repreensão agravada)
das infracções.
A medida disciplinar de repreensão agravada consiste ARTIGO 51.'
em declaração idêntica à prevista no artigo anterior, mas (Substituição das medidas disciplinares aplicadas aos jubilados)
feita na presença de Magistrados do mesmo nível. 1. Para os Magistrados jubilados ou que, por quaisquer
ARTIGO 45.' outras razões,se encontrem fora de actividade, a medida dis
(Transferência)
ciplinar da alínea c)do n." 1 do artigo 42." da presente Lei é
A medida disciplinar de transferência consiste na coloca substituída pela perda de 1 /4 das pensões ou vencimentos de
ção do Magistrado em cargo da mesma categoria fora da área qualquer natureza, por tempo a determinar, em medida não
de jurisdição do Tribunal ou serviço em que exerce funções. superior a 12 meses.
ARTIGO 46.' 2. Se a infracçâo disciplinar for considerada de extrema
(Reforma compuhha) gravidade pela sua repercussão social, à medida disci
A medida de reforma compulsiva consiste na passagem plinar imposta pode ser acrescida a perda da condição de
coerciva do infractor a reforma e implica a imediata desvin Magistrado Jubilado.
culação dos serviços, perda do estatuto de Magistrado e dos ARTIGO 52.'
correspondentes direitos. (Não promoção dc Magistrados arguidos)
ARTIGO 47.' Enquanto durar o processo criminal ou disciplinar, o
(Demissão) Magistrado não pode ser promovido a patente ou categoria
A medida disciplinar de demissão consiste no afasta superior, devendo sê-lo com efeitos retroactivos, se o pro
mento definitivo do Magistrado e implica a perda do estatuto cesso for arquivado, a decisão condenatória revogada ou
de Magistrado e dos correspondentes direitos, sem prejuízo aplicada uma das medidas disciplinares que não seja a trans
de outras conseqüências definidas por lei e regulamentos ferência, a reforma compulsiva ou a demissão.
militares. ARTIGO 53.'
ARTIGO 48."
(PrcMrrição das medidas disciplinares)
(Aplicação dc medidas disciplinares) A partir da data em que a decisão se toma impugnável,as
Na aplicação e determinação da medida disciplinar medidas disciplinares prescrevem no prazo de 3 meses para
atende-se: a repreensão agravada,6 meses para a transferência e 1 ano
a) À categoria do infractor; para a reforma compulsiva e a demissão.
h) À gravidade do facto, à culpa do agente: ARTIGO 54."
(Dever de participação)
c} À personalidade do infractor;
d) Às testemunhas que deponham a favor do infractor O Comandante Militar da área de jurisdição de um
ou contra si; Tribunal Militar de Região deve participar ao Juiz Presidente
e) Ao grau de responsabilidade que a acção ou omis do Supremo Tribunal Militar sempre que tome conhecimento
são do infractor mereça, atendendo à dignidade de um facto que constitua infracçâo disciplinar cometido por
da função que exerce e aos resultados perturba um Magistrado Judicial Militar.
dores da disciplina militar. SECÇ.ÀOlll
órgão de Disciplina
ARTIGO 49.'
(Reincidência) ARTIGO 55.'
(Conselho de Disciplina da Magistratura Judkiai Militar)
1. Tem lugar a reincidência quando o Magistrado comete
nova infracçâo, antes de decorridos 2 anos sobre a data em O Conselho de Disciplina da Magistratura Judicial
que praticou a infracçâo anterior, cuja medida disciplinar Militar é o órgão de disciplina da Magistrawra Judicial
lenha sido cumprida total ou parcialmente. Militar, sendo os seus membros designados por delibera-
I SERIE - N." 123 - DE 23 DE SETEMBRO DE 2019 6161
4. Das decisões do Conselho de Disciplina da Magistratura Finda a instrução do processo,deve o instrutor,se houver
Judicial Militar cabe recurso para o Plenário do Supremo matéria para tal e no prazo de 10 dias, formulara acusação,
Tribunal Militar. da qual conste necessariamente:
5. A competência disciplinar em relação aos Juizes Conse a) Os factos imputados ao arguido que considere
lheiros do Supremo Tribunal Militar é exercida por este Tribunal, provados;
nos termos a definir no seu Regulamento aprovado pelo h) A descrição das circunstâncias de tempo, modo e
Plenário. lugar da sua prática;
c) A indicação dos preceitos legais infringidos.
SECÇÃO IV
Processo Disciplinar ARTIGO 63."
(Notificação da acusação)
SUBSECÇÃO I 1. Da acusação extrai-se cópia que é entregue ou reme
Normas Processuais
tida ao arguido com indicação do prazo para a apresentação
ARTIGOS?." da defesa, que não pode ser inferior a 10 nem superior a
(Forma dc processo) 15 dias, conforme a complexidade do processo.
O processo disciplinar é escrito e secreto até a acusação 2. Se o arguido se encontrar ausente, em parte incerta e
ser notificada ao arguido e cabe ao instrutor averiguar da não for possível contactar o seu advogado, procede-se à sua
existência da infracçào, das suas circunstâncias, da respon notificação por meio de edital a ser afixado no local onde exer
sabilidade do infractor e recolher a prova necessária. ceu funções em último lugar, dando-se-Ihe o prazo de 15 dias.
contados da data de afixação, para apresentar a sua defesa.
ARTIGO 58."
3. Ao arguido ausente é nomeado um defensor oficioso
(Prazo de instrução)
que o representa nos ulteriores termos do processo.
1. A instrução e a conclusão do processo disciplinar
ARTIGO 64."
deve ocorrer no prazo de 30 dias, podendo ser prorrogado, (Defesa)
por mais 15 dias, quando a complexidade do caso ou outro
1. Durante o prazo para apresentação da defesa, o arguido
motivo justificado o determinem.
ou defensor oficioso nomeado pode examinar o processo,sem
2. O procedimento disciplinar caduca no prazo de 60 dias
pre na presença do instrutor ou de pessoa por este designada,
a contar da data em que o titular do poder disciplinar teve indicar testemunhas,juntar documentos e requerer diligências.
conhecimento da infracçào. 2. Pode o instrutor recusar a realização de diligências
ARTIGO 59." que sejam manifestamente desnecessárias ou dilatórias.
(Competência para a instrução)
ARTIGO 65."
Recebida a participação, o Juiz Presidente do Supremo (Relatório)
Tribunal Militar ordena o seu registo e encaminha-a ao Terminada a produção da prova, o instrutor elabora, no
Conselho de Disciplina da Magistratura Judicial Militar, que prazo de 10 dias, um relatório, individualizando os factos
designa como instrutor um Magistrado de categoria igual ou que considere provado.s, a sua gravidade e conseqüências e
superior á do arguido. as circunstâncias que concorreram para a determinação do
DIÁRIO DA REPÚBLICA
6162
grau de culpabilidade do infractor,seu comportamenlo ante 3, Quando o relator entender que se verifica extempora-
rior e propõe a medida disciplinar que considere justa, salvo neidade, ilegitimidade ou manifesta ilegalidade do recurso,
se entender que a acusação é improcedente, caso em que faz uma breve e fundamentada exposição e apresenta o pro
propõe o arquivamento dos autos. cesso na sessão que marcar, prescindindo de vistos, se assim
ARTIGO 66.' o entender.
(Decisão) ARTIGO 73."
(Prosseguimento «Io recurso)
Feito o relatório, o instrutor remete o processo ao
Conselho de Disciplina da Magistratura Judicial Militar, 1. Quando o recurso deva prosseguir, o relator ordena
onde correm os vistos pelo prazo de 48 horas, findo o qual o as diligências que repute indispensáveis, requisita os docu
Presidente convoca os seus membros, para no prazo de mentos que considere necessários ou notifica as partes para
15 dias, proferir a decisão. os apresentar.
ARTIGO 67." 2, Os autos correm em seguida, pelo prazo de 48 horas,
(Notificação da decbão)
aos vistos de todos os Magistrados, após o que voltam ao
A decisão é desde logo notificada ao arguido, ao seu relator que marca a sessão para julgamento, nos 10 dias
advogado ou defensor oficioso e comunicada ao Tribunal em seguintes.
que o arguido esteja colocado para conhecimento.
ARTIGO 74."
ARTIGO 68." (Revisão)
(Execução da.s decisões)
1. É admitido a todo tempo o pedido de revisão para o
As medidas disciplinares aplicadas são comunicadas aos Plenário do Supremo Tribunal Militar, com o fundamento
órgãos competentes para sua execução.
em meio de prova susceptível de determinar a modificação
ARTIGO 69."
ou anulação do sansão aplicada, cuja utilização foi impossí
(Nulidadcs insupríveis)
vel no decurso do processo.
Constitui nulidade insuprível de todo o processo: 2. O requerimento a pedir a revisão deve ser funda
a) A falta de audição do arguido nos termos do mentado, indicar a prova oferecida e ser acompanhado dos
artigo 61." da presente Lei; documentos que se queiram juntar,
h) A falta de notificação do arguido nos termos do
ARTIGO 75."
artigo 63." da presente Lei; (Legitimidade para interposição do recurso de revisão)
c) A ocorrência de caducidade para a instauração do
1. A iniciativa da revisão compete tanto ao Magistrado
processo disciplinar, previstas no artigo 58." da sancionado quanto ao seu superior,
presente Lei.
2. Sendo a iniciativa da revisão do superior hierárquico
SUBSECÇÃO II do Magistrado, ele deve promovê-la logo que tome conheci
Recursos
mento dos meios de prova referidos no artigo anterior.
ARTIGO 70."
ARTIGO 76."
(Recurso ordinário) (Processamento da revisão)
Das decisões do Conselho de Disciplina da Magistratura 1. A revisão é processada por apenso ao processo onde se
Judicial Militar cabe recurso para o Plenário do Supremo proferiu a decisão que deve ser revista.
Tribunal Militar.
2,Aplica-se ao recurso de revisão o disposto nos artigos 72."
ARTIGO 71.'
e 73," da presente Lei, na parte aplicável.
(Prazo)
ARTIGO 77."
1.0 prazo de interposiçào de recurso é de 10 dias a con (.Admissão de revisõo)
tar da data de notificação da decisão, devendo constar do
1. A decisão que concede ou negue a revisão é sempre
requerimento os argumentos de facto e de direito e a formu
fundamentada.
lação clara do pedido.
2. Autorizada revisão, o processo é distribuído a outro
2. A data de interposição do recurso é fixada pelo registo
Magistrado, nos termos do artigo 59." da presente Lei.
de entrada do requerimento nos Serviços Gerais do Supremo
ARTIGO 78."
Tribunal Militar, ou pela data da sua remessa pelo con*eio.
(Prazo de decisão dos recursos)
quando o requerente residir fora da capital do País, podendo
dar entrada no Tribunal Militar da Região, Os recursos interpostos das medidas disciplinares devem
ser decididos no prazo de 90 dias, contados da data da
ARI IGO 72."
(Questões previas) interposição.
ARTIGO 79.®
I. Distribuído o recurso, o Magistrado a quem o mesmo
(Rcvugnçilo)
couber passa a ser o relator.
2.0 relator deve convidar o requerente a corrigir as insu É revogada toda a legislação que contrarie o disposto na
ficiências do requerimento. presente Lei.
mm ■
\ «90911. J'
REPÚBLICA DE ANGOLA
SUPREMO TRIBUNAL MILITAR
ASSEMBLÉIA NACIONAL
A Assembléia Nacional aprova a alteração dos artigos 2°, 15°, 18° e 26° da
Lei 24/19 de 23 de Setembro, Lei Orgânica Sobre o Estatuto Dos
Magistrados Judiciais Militares.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1°
(Âmbito de aplicação)
(...)
Artigo 2"
(Direito Subsidiário)
Artigo 3°
(Magistratura Judicial Militar)
1. (...)
2. (...)
Artigo 4°
(Função da magistratura)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
Artigo 5°
(Relação entre Magistrados Judiciais)
(...)
Artigo 6°
(Independência dos Magistrados Judiciais)
(...)
Artigo T
(Não responsabilização dos Magistrados Judiciais)
(...)
Artigo 8°
(Inamovibilidade dos Juizes)
(...)
CAPÍTULO II
Incompatibilidades, Deveres e Direitos
Artigo 9°
(Incompatibilidades e impedimentos)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
4. (...)
Artigo 10°
(Domicilio e ausência)
(...)
(...)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
3. (...)
Artigo 11°
(Traje profissional)
1. (...)
2. (...)
Artigo 12°
(Deveres dos Magistrados Judiciais Militares)
1. (...)
a) (.
b) (.
c) (■
d) (.
e) (.
2. (...)
Artigo 13°
(Imunidades)
1. (...)
2. (...)
Artigo 14°
(Exercício de advocacia)
(...)
Ai-tig("> 13'
(Direilos, regalias e pensão de sobrevivência)
1. (...)
a) (...)
b) (...)
2. (...)
3. (...)
4. \im caso de morte do Magistrado Judicial Militar, o cônjuge, enquanto
se mantiver no estado de viuves, os filhos menores ou incapazes, os
filhos maiores que estejam a freqüentar o ensino superior até a
conclusão e os ascendentes ao seu cargo, têm direito em conjunto,
uma pensão mensal de \'a!or igual ao que for estabelecido na lei e no
Estatuto para os Magistrados dos tribunais de jurisdição comum.
Artigo 16°
(Responsabilidade pelo mobiliário)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
4. (...)
Artigo 17°
(Suspensão e cessação de Funções)
1. (...)
2. (...)
a)(
b)(
c) (
d)( )
3. (...)
4. (...)
5. (...)
CAPITULO III
Provimento Na Magistratura Militar
Artigo 18°
(Ingresso na Magistratura)
O ingresse) na Magi.strcilLiivi Judii idi MiiiUir e' \c\io inedianle inlegra^àe de
Oficiais do Quadro l^^rmanente das horças Ai-niadas no activo,
habilitados com cursos de promoção, cjiu^ se^jam licenciados em Direito,
após curso de formação e* estágio específico.
Artigo 19°
(Curso de carreira militar e profissional)
(...)
Artigo 20°
(Nomeação dos Juizes Conselheiros)
(...)
Artigo 21°
(Nomeação dos Inspectores e dos Juizes Militares)
1. (...)
2. (...)
Artigo 22°
(Posse)
(...)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
Artigo 23°
(Juramento dos Magistrados Judiciais Militares)
(...)
Artigo 24°
(Inicio de funções)
(...)
Artigo 25°
(Transferência por conveniência de serviço)
(...)
2(V
2. (...)
Artigo 27°
(Segurança social)
(...)
Artigo 28°
(Reforma por incapacidade)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
Artigo 29°
(Magistrados Jubilados)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
4. (...)
CAPITULO IV
Avaliação do Mérito Profissional
Artigo 30°
(Promoção e graduação)
(...)
Artigo 31°
(Avaliação profissional)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
Artigo 32°
(Critérios de avaliação)
(...)
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
Artigo 33°
(Elementos para avaliação)
(...)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
d) (...)
Artigo 34°
(Classificação)
1. (...)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
d) (...)
(...)
(...)
Artigo 35°
(Reclamação)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
Artigo 36°
(Efeitos da reclamação)
(...)
Artigo 37°
(Recurso)
(...)
CAPÍTULO V
Regime Disciplinar dos Magistrados Judiciais Militares
SECÇÃOI
Disposições Gerais
Artigo 38°
(Âmbito de aplicação)
(...)
Artigo 39°
(Direito subsidiário)
(...)
Artigo 40°
(Conceito de infracção disciplinar)
(...)
Artigo 41°
(Autonomia da jurisdição disciplinar)
1. (...)
2. (...)
SECÇÃO II
Medidas Disciplinares
Artigo 42°
(Medidas disciplinares)
1. (...)
a) (.
b) (.
c) (.
d) (.
e) (.
2. (...)
3. (...)
4. (...)
Artigo 43°
(Repreensão)
(...)
Artigo 44°
(Repreensão agravada)
(...)
Artigo 45°
(Transferência)
(...)
Artigo 46°
(Reforma compulsiva)
(...)
Artigo 47°
(Demissão)
(...)
Artigo 48°
(Aplicação de medidas disciplinares)
(...)
a)
b)
c)
d)
e)
Artigo 49°
(Reincidência)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
Artigo 50°
(Concurso de infracções)
1. (...)
2. (...)
Artigo 51°
(Substituição das medidas disciplinares aplicadas aos jubilados)
1. (...)
2. (...)
Artigo 52°
(Não promoção de Magistrados arguidos)
(...)
Artigo 53°
(Prescrição das medidas disciplinares)
(...)
Artigo 54°
(Dever de participação)
(...)
SECçÃom
Órgão de Disciplina
Artigo 55°
(Conselho de Disciplina da Magistratura Judicial Militar)
(...)
Artigo 56°
(Competência e Composição)
1. (...)
2. (...)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
d) (...)
3. (...)
4. (...)
5. (...)
SECÇÃOIV
Processo Disciplinar
SUBSECÇÃO I
Normas Processuais
Artigo 57°
(Forma de processo)
(...)
Artigo 58°
(Prazo de instrução)
10
1. (...)
2. (...)
Artigo 59°
(Competência para a instrução)
(...)
Artigo 60°
(Suspensão preventiva do arguido)
1. (...)
2. (...)
Artigo 61°
(Audição do arguido)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
Artigo 62°
(Acusação)
(...)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
Artigo 63°
(Notificação da acusação)
1. (...)
2. (...)
3. (...)
Artigo 64°
(Defesa)
1. (...)
2. (...)
Artigo 65°
(Relatório)
(...)
Artigo 66°
(Decisão)
1 1
(...)
Artigo 67°
(Notificação da decisão)
(...)
Artigo 68°
(Execução das decisões)
(...)
Artigo 69°
(Nulidades insupríveis)
(...)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
SUBSECÇÃO II
Recursos
Artigo 70°
(Recurso ordinário)
(...)
Artigo 71°
(Prazo)
Artigo 72°
(Questões prévias)
Artigo 73°
(Prosseguimento do recurso)
1.
2.
Artigo 74°
(Revisão)
1.
2.
Artigo 75°
12
(Legitimidade para interposição do recurso de revisão)
1.
2.
Artigo 76°
(Processamento da revisão)
1.
2.
Artigo 77°
(Admissão de revisão)
Artigo 78°
(Prazo de decisão dos recursos)
(...)
Artigo 79°
(Revogação)
(...)
Artigo 80°
(Dúvidas e omissões)
(...)
Artigo 41°
(Entrada em vigor)
Promulgada em / /2020.
Publique-se.
13