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FATEC - FACULDADE DE TECNOLOGIA DE JAHU

Aurivan Luiz Galdino


Bruno Andrade Silva
Fernando Ottoboni
Rogério M. Gigliotti

TELEFONIA MÓVEL NO BRASIL:


Análise Estratégica

JAÚ – SP
2010
Aurivan Luiz Galdino
Bruno Andrade Silva
Fernando Ottoboni
Rogério M. Gigliotti

TELEFONIA MÓVEL NO BRASIL:


Análise Estratégica

Trabalho de Conclusão da Disciplina:


Conceitos Fundamentais de Gestão e
Estratégia, para a Pós-Graduação de
Inteligência de Negócios da Faculdade
de Tecnologia de Jahu.

Professores:
Prof. Ms. Carlos Alberto Pavanelli
Prof. Ms. José Renato Luchini

JAÚ – SP
2010
RESUMO

Este projeto de pesquisa visa destacar as estratégias das quatro maiores empresas
do ramo de telefonia móvel no Brasil: Vivo, Claro, Tim e Oi. O mercado de telefonia
móvel nos últimos anos sofreu um processo brutal de transformação e consolidação
no país. Empresas se uniram e formaram novas empresas, concessões foram
vendidas e novas foram adquiridas e o mercado se fortaleceu. O Brasil tem hoje
mais telefones celulares em uso do que telefones fixos. A principal proposta desse
trabalho é observar quais as ações e estratégias que as empresas de telefonia
móvel utilizam para aumentar sua receita e aumentar a sua participação no
mercado. Esse trabalho focou suas pesquisas em dados disponíveis sobre as
empresas em seus sites oficiais, dados relativos à quantidade de clientes, dados
sobre a qualidade de serviços prestados e reclamações disponíveis na Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Palavras-chaves: Telefonia Móvel, Tecnologias

ABSTRACT

This research project aims to highlight the strategies of the four largest companies in
the field of mobile telephony in Brazil: Vivo, Claro, Tim and Oi. The mobile market in
recent years suffered a brutal process of transformation and consolidation in the
country. Companies got together and formed new companies and new concessions
were sold were acquired and the market strengthened. Brazil today has more
cellphones in use than landlines. The main purpose of this study is to observe what
actions and strategies that the mobile phone companies use to increase your
revenue and increase their market share. This work has focused his research on
data available for companies in their official sites, data on the quantity of customers
data on the quality of services rendered and claims available in the National
Telecommunications Agency (Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel).

Keywords: Mobile, Technology


SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ................................................................................................... 6

1. SEGMENTO E EMPRESAS ESCOLHIDAS ....................................................... 7

2. MISSÃO E VISÃO ................................................................................................ 8

3. PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS .......................................................... 10

4. OPORTUNIDADES E AMEAÇAS ....................................................................... 12

4.1. Mercado Atual .............................................................................................. 12


4.2. Market Share ................................................................................................ 13
4.3. Desempenho Operacional ............................................................................ 13
4.3.1. Celulares (milhares)............................................................................... 13
4.3.2. Receita média mensal por usuário (R$) ................................................ 14
4.3.3. Taxa percentual de clientes desligados (%) .......................................... 14
4.3.4. Resultados das Operadoras em 2009 ................................................... 15
4.3.5. Resultados das Operadoras em 2008 ................................................... 15
4.3.6. Divisão de Mercado por Tecnologia ...................................................... 16
4.4. Futuro ........................................................................................................... 16
4.5. Análise estrutural do setor de telefonia móvel .............................................. 17
4.6. Ameaças Ambientais:................................................................................... 20
4.7. Novas Oportunidades:.................................................................................. 20
5. COMO AS OPERADORAS SE DIFERENCIAM ................................................. 22

5.1. Market share em 2009 e 2010 ..................................................................... 22


5.2. Informações de Cada Operadora de Telefonia Celular ................................ 24
5.3. Preços da Internet 3G .................................................................................. 26
5.4. Planos Pré-Pago em 2009 ........................................................................... 28
6. TECNOLOGIAS .................................................................................................. 32

6.1. Primeira Geração (1G) ................................................................................. 33


6.2. Segunda Geração (2G) ................................................................................ 33
6.3. Segunda Geração e meia (2,5G) ................................................................. 34
6.4. Terceira Geração (3G) ................................................................................. 34
6.5. Quarta Geração (4G) ................................................................................... 36
6.6. O Futuro das Tecnologias de Telefonia Móvel ............................................. 37
6.6.1. Alertas inteligentes ................................................................................ 38
6.6.2. Realidade aumentada............................................................................ 38
6.6.3. Multidões conectadas tornam-se a tendência atual ............................... 38
6.6.4. Sensores em todos os lugares .............................................................. 39
6.6.5. Ferramenta para desenvolvimento ........................................................ 39
6.6.6. O dispositivo à prova do futuro .............................................................. 39
6.6.7. Software mais seguro por meio de confiança e verificação ................... 40
6.7. Sistemas de Transmissão ............................................................................ 40
6.8. Utilização das Tecnologias pelas Operadoras ............................................. 47
7. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 49

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 50

9. ANEXO ............................................................................................................... 52

9.1. A caminho da liderança ................................................................................ 52


LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Distribuição de aparelhos e market share das operadoras de celular ....... 13

Tabela 2: Quantidade de celulares por trimestre em 2008 e 2009 ............................ 13

Tabela 3: Receita média mensal por usuário por trimestre em 2008 e 2009 ............ 14

Tabela 4: Percentual de clientes desligados por trimestre em 2008 e 2009 ............. 14

Tabela 5: Resultado das operadoras em 2009.......................................................... 15

Tabela 6: Resultado das operadoras em 2008.......................................................... 15

Tabela 7: Divisão de mercado por tecnologia ........................................................... 16

Tabela 8: Análise estrutural do setor de telefonia móvel ........................................... 17

Tabela 9: Market Share Brasil ................................................................................... 22

Tabela 10: Diferença entre as operadora .................................................................. 23

Tabela 11: Diferença entre TIM e OI - Fonte: Anatel................................................. 23

Gráfico 12: Evolução das tecnologias ....................................................................... 32


7

1. SEGMENTO E EMPRESAS ESCOLHIDAS

Segmento escolhido: Telefonia Móvel

Empresas alvo do estudo:


• Vivo
• Claro
• Tim
• Oi
8

2. MISSÃO E VISÃO

VIVO

Missão

Criar condições para que o maior número de pessoas possa se conectar, a qualquer
momento e em qualquer lugar, possibilitando viver de forma mais humana, segura,
inteligente e divertida.

Visão

Acreditamos que na sociedade em rede o indivídulo vive melhor e pode mais.

TIM

Missão
Estar próximo ao cliente, oferecendo possibilidades inovadoras de conectividade,
focando em suas expectativas e necessidades diversificadas, contribuindo como
agente de evolução social por meio de uma gestão sustentável.

Visão
Ser a escolha número um dos clientes, oferecendo serviços inovadores e de alta
qualidade, tornando-se referência de rentabilidade do mercado de telecomunicações
no Brasil.

CLARO

Missão

Ser a líder em inovação no mercado brasileiro de telefonia móvel.


9

Visão

Excelência em qualidade do atendimento ao cliente, oferta de serviços inovadores,


criativos e de última geração

OI

Missão

Estar sempre apta a oferecer o que existe de melhor no mundo das


telecomunicações, satisfazendo não só as necessidades dos clientes, mas também
superando o crescente nível de exigência do mercado.

Visão

Empresa que aposta na inteligência como diferença. Nossa bússola está apontada
para o cliente, para o mercado: não para regras e fórmulas.
10

3. PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS

VIVO

Pontos fortes Pontos fracos


1. Tem a maior cobertura de internet de 1. Possui uma rede EVDO (tecnologia
terceira geração (3G), com cerca de terceira geração (3G)) com cobertura
594 cidades no país; limitada e que deve ser
2. Possui a maior fatia de mercado descontinuada no futuro;
(Market Share) em telefonia móvel; 2. Não possui planos de acesso a
3. Dentre as quatro principais internet de terceira geração (3G) que
operadoras, é a última colocada no seja limitado ou que não cobre o
ranking de reclamações em telefonia excedente;
móvel, segundo a Anatel; 3. Não aderiu ao plano de vender
celulares desbloqueados, sendo
obrigada a fazer após a criação de
um projeto de lei regulamentado pela
Anatel;

TIM

Pontos fortes Pontos fracos


1. Possui o melhor plano de acesso a 1. Tem a menor cobertura de internet
internet de terceira geração (3G); de terceira geração (3G) dentre as
2. Tem foco em inovação e qualidade, principais operadoras;
realizando constantes investimentos 2. Não possui planos de acesso a
em tecnologia e otimizando as internet de terceira geração (3G)
sinergias com o grupo por meio do com modem grátis;
compartilhamento de experiências e 3. Não aderiu ao plano de vender
adoção de política de melhores celulares desbloqueados, sendo
práticas; obrigada a fazer após a criação de
3. Desenvolve serviços e ofertas para um projeto de lei regulamentado pela
atender aos mais diversos perfis de Anatel;
clientes;
11

CLARO

Pontos fortes Pontos fracos


1. Tem a segunda maior cobertura de 1. Dentre as quatro principais
internet de terceira geração (3G), operadoras, é a líder em
com cerca de 396 cidades no país; reclamações em telefonia móvel,
2. Líder em inovação no mercado segundo ranking da Anatel;
brasileiro de telefonia móvel; 2. Não aderiu ao plano de vender
3. Pioneira na oferta de serviços de celulares desbloqueados, sendo
terceira geração (3G); obrigada a fazer após a criação de
um projeto de lei regulamentado pela
Anatel;
3. Garante em contrato apenas 10% da
velocidade dos serviços de internet
de terceira geração (3G), pois existe
uma variação que se dá de acordo
com as condições que o cliente se
encontrar;

OI

Pontos fortes Pontos fracos


1. Oferece planos sem multa; 1. Tem poucas cidades com cobertura
2. Primeira empresa a vender celulares de internet de terceira geração (3G)
desbloqueados (portabilidade); com cerca de 168 cidades;
3. Pelo segundo ano consecutivo 2. Não possui planos de acesso a
integrante do Índice de internet de terceira geração (3G)
Sustentabilidade Empresarial (ISE) da com modem grátis;
Bovespa refletindo o alto grau de 3. A taxa de desligamento de clientes
comprometimento da companhia com da Oi é a maior entre as principais
a responsabilidade social e a adoção operadoras;
de práticas gerenciais sustentáveis;
12

4. OPORTUNIDADES E AMEAÇAS

4.1. Mercado Atual

Em 2007, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações


(Anatel), o Brasil ultrapassou a marca de 120 milhões de habilitações na telefonia
móvel, isso representa um crescimento de 21,08% em relação a 2006.

Já no final de 2009, a telefonia móvel no Brasil obteve quase 174


milhões de acessos e registrou mais de 4,2 milhões de habilitações no Serviço
Móvel Pessoal (SMP), o que representa 2,48% a mais que em novembro. Os dados
são relativos a ligações, serviço de banda larga, e toda espécie de transmissão de
dados por meio de aparelhos móveis.

O crescimento, de mais 23 milhões de acessos móveis, fez com que


2009 chegássemos ao posto de segundo melhor ano da série histórica. Foi o
terceiro melhor desempenho para um mês de dezembro, só ficando atrás de
dezembro de 2007, com 4,6 milhões de acessos e de dezembro de 2004, com 4,4
milhões.

No Brasil, o número de acessos por grupo de 100 habitantes, chamado


de teledensidade, foi de 90,55, o que correspondeu a um crescimento de 2,4% em
relação a novembro. O maior crescimento do índice ocorreu nos estados do Norte e
Nordeste.

O Rio Grande do Sul superou a barreira de um celular por habitante.


No fim do ano, com mais de 10 milhões de acessos móveis, o estado tem o índice
de 100,49 acessos por grupo de 100 habitantes. São Paulo, Rio de Janeiro e Mato
Grosso do Sul superaram a marca em julho do ano passado e o Distrito Federal, em
maio de 2005. A seguir serão apresentadas informações estatísticas do mercado:
13

4.2. Market Share

Existe 7 grupos de operadoras de celular no Brasil:

Celulares
Operadora Controlador Market Share
(Milhares)

1ª Vivo Telefônica/Portugal Telecom 52.905 29,93%

2ª Claro América Móvil 45.072 25,50%

3ª Tim Telecom Italia 41.798 23,65%

4ª Oi Telemar 36.341 20,56%

5ª CTBC CTBC 552 0,31%

6ª Sercomtel Prefeitura Londrina Copel 82 0,05%

7ª Aeiou Unicel 20 0,01%


Tabela 1: Distribuição de aparelhos e market share das operadoras de celular
Fonte: Anatel

4.3. Desempenho Operacional

4.3.1. Celulares (milhares)

Milhares 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09


Vivo 38.309 40.435 42.277 44.945 45.641 46.819 48.847 51.744
Claro 31.182 33.112 35.668 38.731 39.587 40.486 42.278 44.401
TIM 32.533 33.814 35.206 36.403 36.097 37.826 39.600 41.102
Oi 23.315 25.314 27.113 29.995 31.835 33.932 34.818 36.112
CTBC 387 406 432 447 456 467 491 511
Tabela 2: Quantidade de celulares por trimestre em 2008 e 2009
Fonte: Anatel

Nota: Celulares ativos na operadora no final do trimestre, conforme


divulgado em seus relatórios trimestrais.
14

4.3.2. Receita média mensal por usuário (R$)

R$ 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09


Vivo 29,5 28,8 29,4 29,1 27,0 26,3 26,4 26,1
Claro 26,0 26,0 25,0 25,0 23,0 23,0 23,0 22,0
TIM 29,5 29,8 30,1* 29,9 26,0 26,6 26,5 27,0
Oi 23,9 24,7 24,8 25,0 21,1 21,0 22,2 22,5
ARPU Brasil 27,5 27,5 27,5 27,1 24,5 24,3 24,6 24,4
Tabela 3: Receita média mensal por usuário por trimestre em 2008 e 2009
Fonte: Anatel

Nota: obtida dividindo-se a receita líquida de serviços pelo número


médio de celulares no período e pelo número de meses do período.

4.3.3. Taxa percentual de clientes desligados (%)

1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09


Vivo 2,8% 2,6% 2,6% 2,4% 2,4% 2,7% 2,5% 2,5%
Claro 2,8% 2,6% 2,7% 2,6% 2,5% 2,8% 2,9% 3,0%
TIM 2,6% 2,8% 3,1% 3,3% 3,8% 2,9% 3,6% 3,8%
Oi 2,3% 2,5% 2,8% 3,9% 2,3% 3,5% 3,8% 3,2%
Churn Brasil 2,7% 2,6% 2,8% 3,0% 2,7% 2,9% 3,1% 3,1%
Tabela 4: Percentual de clientes desligados por trimestre em 2008 e 2009
Fonte: Anatel

Nota: Taxa percentual de clientes desligados durante um determinado


período, obtida dividindo-se o total de cancelamentos no período pelo número de
celulares no início do período.
15

4.3.4. Resultados das Operadoras em 2009

Milhões de R$ Vivo TIM Claro Oi


Receita Bruta 22.872 18.079 15.789 12.609
Receita Líquida 16.363 13.058 12.016 9.063
EBITDA 5.218 3.063 2.906 1.989
Margem EBITDA 31,9% 23,5% 24,2% 21,9%
Lucro (prej.) Líquido 858 232 1.735 392
Investimentos 2.369 2.149 1.491 2.430
Divída Líquida 3.786 1.684 N.D. N.D.
Tabela 5: Resultado das operadoras em 2009
Fonte: Anatel

4.3.5. Resultados das Operadoras em 2008

Milhões de R$ Vivo TIM Claro Oi


Receita Bruta 22.212 18.321 16.363* 11.316
Receita Líquida 15.819 13.147 11.528 7.633
EBITDA 4.868 2.899 2.724 2.011
Margem EBITDA 30,8% 22,1% 23,6% 26,4%
Lucro (prej.) Líquido 390 180 977 523
Investimentos 2.818 2.032** 2.015 2.290
Divída Líquida 5.302 1.670 N.D. N.D.
Tabela 6: Resultado das operadoras em 2008
Fonte: Anatel
16

4.3.6. Divisão de Mercado por Tecnologia

Mar 2010
Dezembro
Tecnologia Cresc. Cresc.
2009* Nº Celulares
mês ano*
GSM 156.581.825 158.284.473 88,37% 1.916.179 1,27%
WCDMA 4.090.659 8.706.634 4,86% 606.441 272,74%
CDMA 8.397.905 6.832.623 3,81% (331.060) (12,29%)
TDMA 311.304 236.991 0,13% (31.536) (6,44%)
AMPS 3.891 1.269 0,00% (1.790) (22,71%)
Term.
4.573.784 5.047.811 2,82% 180.529 70,43%
Dados
Total 173.959.368 179.109.801 100,00% 2.338.763 3,42%
Tabela 7: Divisão de mercado por tecnologia
Fonte: Anatel

4.4. Futuro

1. Estudo da 3G Americas prevê que até o fim de 2010, o país contará com 29
milhões de usuários de banda larga, sendo 15 milhões de 3G e 14 milhões
das redes fixas. Dentro de cinco anos, um em cada quatro assinantes de
telefonia móvel no Brasil terá um smartphone. A previsão é de um estudo
realizado pela 3G Americas, associação que reúne provedores de serviços e
fabricantes de telecomunicações da América Latina. O relatório foi divulgado
nesta quarta-feira (28/4). Segundo a entidade, até 2014 a taxa de penetração
dos terminais 3G chegará a 25% dos usuários móveis. Em 2009, esse índice
era de 8% da base de mais de 173 milhões de assinantes móveis que
havia no país em dezembro do ano passado.

2. Aparelho celular será seu companheiro 24 horas por dia (um estudo recente
de clientes de telefonia móvel na China mostrou que a maioria dos usuários
dorme a uma distância de um metro de seus telefones), um dispositivo bem
potente, com ótimos sensores, e o ponto interessante é, outras pessoas
17

também terão esta companhia, aumentando a possibilidade de abertura de


um gigante leque de serviços possíveis.

3. A substituição fixo-móvel é uma forte realidade do mercado hoje e ocorre


tanto em termos de acessos quanto em tráfego, e aumentará no futuro

4. O setor de telefonia móvel também enfrentará alguns obstáculos. tanto o


tráfego quanto a base de clientes aumentaram mais rápido do que as
receitas. "Isso mostra a crescente competição no setor de telefonia móvel
brasileiro, uma vez que o preço por minuto encontra-se em queda. Nos
próximos anos, a expectativa é que essa tendência siga afetando os balanços
das empresas do setor".

4.5. Análise estrutural do setor de telefonia móvel

Tabela 8: Análise estrutural do setor de telefonia móvel

A ameaça de novos entrantes é reduzida em função das elevadas


barreiras de entrada e da possibilidade de retaliação pelos atuais concorrentes do
setor. As elevadas barreiras de entrada explicam-se:
18

• Pela necessidade de escala, caracterizada por uma peculiaridade do


setor de telecomunicações.

• Menor custo per capita da instalação da tecnologia de rede em função


da densidade populacional.

• Pela necessidade de capital para aquisição das licenças de exploração


do serviço (cujos valores arrecadados pela Anatel nas licitações do
SMC e SMP ultrapassaram os R$ 20 bilhões, denotando um valor
médio de R$ 749,5 milhões por licença adquirida), implantação da rede
de comunicação, impactada pela extensão das áreas geográficas
ampliadas pelo SMP (Resolução Anatel no 235/2000 e subsequentes),
aquisição de novos clientes em face de uma taxa de penetração do
serviço móvel de 53,61% e os subsídios nos aparelhos celulares como
estímulo à adesão de novos clientes.

Considerando-se os valores investidos nas licitações e o investimento


em ativos de baixa liquidez é possível inferir que as operadoras necessitam de
recursos substanciais para financiar suas operações, daí emergindo um maior
comprometimento e possíveis retaliações.

A rivalidade entre os concorrentes é intensa em função de altos custos


demandados pela estrutura da rede de comunicação, independentemente do
número de acessos que dela fazem uso,da concentração do mercado em que quatro
operadoras respondem por 90% da base de clientes e da baixa diferenciação dos
serviços.

As operadoras atendem aos mesmos tipos de clientes (além de


oferecer preços menores para chamadas de longa distância efetuadas com o código
de seleção da operadora pertencente à operadora de telefonia fixa controlada pelo
mesmo grupo, quando comparadas às operadoras independentes).

A ameaça de produtos substitutos existe, tanto com o ofertado pelas


operadoras Embratel e Brasil Telecom, que são transmitidos via IP, voz e dados em
uma mesma rede sem fio, também observadas nas experiências internacionais da
Inglaterra, Estados Unidos, Japão e Coréia quanto com o trunking, que tem como
19

principal operadora a Nextel, porém é preciso que haja uma aceitação pelo mercado
de tais tecnologias. Por outro lado, existem uma restrição regulatória que limita a
prestação do trunking somente a clientes corporativos, tornando a força de
substituição de tais produtos limitada.

O poder de negociação dos compradores (usuários do serviço de


telefonia móvel) foi considerado moderado em função de:

• Dos custos de mudança para o cliente decorrentes do custo de


conexão, tal qual a necessidade de um aparelho celular específico ao
padrão tecnológico da operadora (CDMA, TDMA ou GSM);

• Da portabilidade numérica, a possibilidade de o cliente mudar de


operadora, mantendo o mesmo número que utilizava;

• Das externalidades em rede, em função das quais um usuário


beneficia-se com a adesão de mais usuários à rede móvel, estes
últimos amenizados por meio de determinações regulatórias;

• Moderado nível de informação dos clientes sobre os produtos ofertados


pelas operadoras, uma vez que a comparação das ofertas e preços
institucionais das operadoras é plenamente possível elas
disponibilizam ao público informações sobre seus produtos e a
composição dos seus pacotes de serviços e respectivos preços, seja
por meio de suas lojas ou dos sites institucionais na internet, porém tal
comparação é bastante complexa.

O poder de negociação dos fornecedores, sejam eles fornecedores de


aparelhos ou de infra-estrutura de rede, demonstrou-se intenso em função:

• Da relevância dos aparelhos tanto para atrair o cliente de outra


operadora, quanto para fidelizá-lo, com a tecnologia GSM sendo um
padrão tecnológico adotado por 80% da base de usuários no mundo,
atrai fornecedores de aparelhos, que atuavam no mercado
internacional, para o mercado brasileiro reduzindo a concentração no
setor e o poder de negociação dos fornecedores que aqui se
encontravam, criando inclusive a possibilidade de importação de
20

aparelhos pelas operadoras móveis. Como exemplos da expansão do


número de fornecedores no mercado nacional, Motorola, Nokia,
Siemens, Samsung, Sony, LG, HP e Pantech são citados nos relatórios
anuais do setor (Anuário Telecom, 2003, 2004, 2005, 2006). Por fim, as
relações tecnológicas quase verticais nesse setor, em que a tecnologia
adotada pela operadora determinará quem serão seus fornecedores,
associada à expansão da tecnologia GSM no país.

4.6. Ameaças Ambientais:

1. Novos conceitos de relacionamento com o cliente: Novos entrantes que


criam novas formas de relacionamento com o cliente que tornam a forma que
a operadora se relaciona com os clientes obsoleta. Ex: Extinção de multas
contratuais realizado pela OI.

2. Desvalorização da marca: Problemas com a imagem da empresa pelos


clientes devido a problemas no atendimento e qualidade dos serviços.

3. Atraso na adoção de novas tecnologias: A empresa acaba ficando atrás de


outros players do mercado, quando não consegue seguir as tendências de
mercado em tempo hábil, perdendo a fidelização dos clientes.

4.7. Novas Oportunidades:

1. Internet por banda larga: Com mais de 173 milhões de celulares em uso no
Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), só
8% são utilizados para navegar na internet, revela o estudo realizado pela 3G
Americas, associação que reúne provedores de toda a América Latina. Com
isso surge a principal oportunidade das operadoras, que é aumentar o uso de
internet para os celulares, para isso deve baratear os preços de seus serviços
e aumentar a escala de utilização.

2. Pagamento pelo celular: O uso do celular como forma de pagamento,


substituindo plásticos (cartões) e papéis (moeda). O foco inicialmente deverá
21

ser em micro-pagamentos. São transações de alto volume e baixo valor com


ganho de escala e presença em segmentos como transportes, vendas porta-
a-porta, serviços de entrega, programas de benefícios e até pagamentos
entre pessoas. Para aproveitar esta oportunidade, as operadoras necessitam
se aliar com administradores de cartões de crédito e débito, alem de investir
em infra-estrutura para realizar a conexão de suas redes de telefonia com as
plataformas de pagamento.

3. TV por assinatura: Numa pesquisa realizada pela Qualcomm ao Yankee


Group revelou que a TV é um dos principais itens de desejo dos usuários de
celular. A maior parte considera de 10 a 20 canais um pacote adequado para
o celular, sendo que 50% acreditam que metade desse conteúdo deve ser
"premium", ou seja, pago. Os conteúdos preferidos são futebol e seriados.
Nesta oportunidade as operadoras podem aumentar seu portifólio de serviços
fornecendo pacotes de programação a seus clientes, se aliando com
operadoras de televisão por assinatura.

4. Serviços Push to Talk: Uma tecnologia não tão moderna, já utilizada por
operadoras especializadas com Nextel, que consiste na utilização do serviço
de rádio-comunicador a partir do celular. Esse serviço é muito utilizado pelas
empresas, mas apenas a Nextel possui um market share de 95% neste
segmento. A oportunidade das operadoras está em adentrar nesse segmento,
com uma gama maior de serviços integrados do que a Nextel.
22

5. COMO AS OPERADORAS SE DIFERENCIAM

5.1. Market share em 2009 e 2010

O quadro de market share do celular no Brasil permaneceu estável em


2009.

Tabela 9: Market Share Brasil


Fonte: Anatel

A Oi foi a única das 4 maiores operadoras a ganhar market share em


2009, graças ao seu desempenho no estado de São Paulo. Ela ganhou market
share no primeiro semestre do ano e perdeu no 2º semestre (base novembro).

Vivo, Claro e Tim apresentaram o movimento inverso. Perderam


market share no 1º semestre e recuperaram no 2º semestre. Vivo e Claro
consolidaram suas posições em 2009, apesar da perda de market share.

A líder Vivo aumentou a diferença em quantidade de celulares que a


separa da Claro de 6,2 milhões em 2008 para 7,0 milhões em 2009. O mesmo
ocorreu com a Claro (2ª colocada) que aumentou sua diferença em relação à Tim (3ª
colocada) de 2,3 para 2,8 milhões de celulares.
23

Tabela 10: Diferença entre as operadoras


Fonte: Anatel

A Vivo deve continuar como líder de market share em 2010. Mesmo


que a Claro venha a disputar de forma mais agressiva a 1ª colocação, dificilmente
ela conseguirá reverter a distância que a separa da Vivo no período de um ano.

Apesar de ser possível para a Tim reduzir a distância que a separa da


Claro e brigar pela 2ª colocação, é pouco provável que isto aconteça em 2010. A
Claro ultrapassou a Tim em 2007 e vem aumentando paulatinamente a sua
vantagem.

A Tim, por sua vez, não deve ser também ultrapassada em 2010. Com
a queda no desempenho da Oi no 2º semestre de 2009 a briga pela 3ª colocação (Oi
x Tim) só esquentará em 2010 se a Tim apresentar uma queda em seu
desempenho. A oferta de 3G pode fazer a diferença, assim como a disputa pelo
mercado de São Paulo.

Tabela 10: Diferença entre a TIM e OI


Fonte: Anatel
24

5.2. Informações de Cada Operadora de Telefonia Celular

www.vivo.com.br

Empresa Joint venture: Telefonica (50%) e Portugal Telecom (50%).

Grupo Fixo: Telefônica, Celular: Vivo, Banda Larga: Telesp, TV: TVA

Cobertura Cobertura nacional. 3.499 municípios.

Tecnologia Voz: CDMA/GSM. 3G: WCDMA/HSDPA a partir de Nov/2007.

3G Municípios: 579 em 2009 e 594 em 2010/1T.

Assinantes 2009: 51.744 e 2010/1T: 53.949

www.claro.com.br

Empresa Subsidiária da América Móvil para o Brasil.

Grupo Fixo: Embratel, Celular: Claro, Banda Larga: Net/Embratel, TV:


Net/Embratel

Cobertura Cobertura nacional em Abr/2009. 3.346 municípios.

Tecnologia Voz: GSM. Dados: GPRS/EDGE. 3G: WCDMA a partir de Nov/2007.

3G Municípios: 389 em 2009 e 396 em 2010/1T.

Assinantes 2009: 44.401 e 2010/1T: 45.583


25

www.tim.com.br

Empresa A Tim Participações é uma subsidiária da Telecom Italia.

Grupo Fixo: TIM, Celular: TIM

Cobertura Cobertura nacional desde 2005. 2.922 municípios.

Tecnologia Voz: GSM. Dados: GPRS/EDGE. 3G: WCDMA a partir de Abr/2008.

3G Municípios: 55 em 2009 e 73 em 2010/1T.

Assinantes 2009: 41.115 e 2010/1T: 42.368

www.oi.com.br

Empresa A OI é controlada pela Telemar Participações e adquiriu a Brasil


Telecom em 2009.

Grupo Fixo: OI, Celular: OI, Banda Larga: OI, TV: OI

Cobertura Cobertura nacional: 2.516 municípios.

Tecnologia 3G: a partir de Mai/2008.

3G Municípios: 168 em 2009, 168 em 2010.

Assinantes 2009: 36.054 e 2010/1T: 36.555


26

5.3. Preços da Internet 3G

O acesso à internet pelo celular é quase impraticável devido aos altos


custos. Nos últimos três anos, o número de usuários desse setor praticamente não
cresceu no Brasil, enquanto no mundo inteiro o mercado aumentou em 148% só em
2009. Em 2010 houve mudança em todos os planos de 3G nas operadoras,
compare:

VIVO

2009 Avulso - Custa R$ 4,90 por MB.

50MB - Disponível apenas para smartphones, custa R$ 24,90 mensais.

250MB - Custa R$ 49,90 mensais e R$ 0,18 por cada MB excedente.

500MB - Custa R$ 79,90 e R$ 0,07 por MB excedente.

1GB - Custa R$ 89,90 e R$ 0,06 por MB excedente.

2010 Plano de R$ 49,90, limite de tráfego de 250MB. Ao passar deste limite a


velocidade cairá para 128kbps. Neste plano será de R$ 0,18 por cada 1MB
de dados transferidos adicionalmente.

Plano VIVO INTERNET BRASIL 2GB. Este plano tem tráfego ilimitado, mas
continua a redução da velocidade para 128kbps quando passar de 2GB de
tráfego. Custa R$ 119,90 mensais.

CLARO

2009 Sob Medida - O plano oferece ao cliente a possibilidade de montar um


pacote de dados de acordo com o perfil de navegação. Custa a partir de R$
50.

10MB - Pacote fixo que fornece 10MB de dados durante um mês. Custa R$
27

9,90 e R$ 0,55 por MB excedente.

40MB - Custa R$ 19,90 por mês e R$ 0,50 por MB excedente.

100MB - Custa R$ 29,90 por mês e R$ 0,30 por MB excedente.

250MB - Custa R$ 49,90 por mês e R$ 0,25 por MB excedente.

500MB - Custa R$ 69,90 por mês e R$ 0,20 por MB excedente.

1GB - Custa R$ 79,90 por mês e R$ 0,15 por MB excedente.

2010 Plano 3G 600kbs custa R$ 89,90 / mês.

Plano 3G 1MB custa R$ 119,90 / mês.

São planos 3G com tráfego ilimitado mas existe uma queda na velocidade
se a quantidade de dados ultrapassar a franquia de 1GB para 128kbps.

TIM

2009 Pacote Diário - Com R$ 2,90 e até 40MB de transmissão de dados.


(Também pré-pagos).

100MB - Disponível para celulares do tipo pré e pós-pago, o plano custa


apenas R$ 9,90.

Ilimitado - O pacote ilimitado da TIM custa R$ 49,90 e fornece velocidade de


300 Kbps.

RingEmail - Navegação por 5 contas de e-mail e messengers por 7 dias.


Custa R$ 3,99.

2010 Plano 3G TIM de 300kbps que custa R$ 59,90, com dados ilimitados.

Plano 3G TIM de 600kbps que custa R$ 89,90, com dados ilimitados.

Plano 3G TIM de 1MB que custa R$ 119,90, com dados ilimitados.


28

Oi Velox

2009 300kbps - Custa R$ 69,90 por mês, limite de 1Gb.

600Kbps - Custa R$ 89,90 por mês, limite de 2Gb.

1MB - Sem limite de dados, velocidade de 1MB para celular ou modem 3G.
R$ 119,90/mês.

2010 Plano 3G de 300kbps, limite de tráfego de 2GB e custa R$ 69,90.

Plano 3G de 600kbps custa R$ 89,90 e limite de 5GB.

Plano 3G de 1MB de velocidade custa R$ 119,90 e limite de tráfego de


10GB.

Quanto custa ?

25 Kbytes - É a quantidade de banda consumida para ler ou enviar um e-mail.

250 Kbytes - É a quantidade média consumida para abrir uma página da web.

5.4. Planos Pré-Pago em 2009

• Vantagem para quem realiza poucas ligações durante o mês.

• Para mais de 30 minutos por mês já se torna vantajoso um pós-pago.

• O preço do minuto dos planos pré-pagos são mais caros que em planos pós-
pagos.

• Todos os preços mostrados a seguir são com base nas tarifas cobradas em São
Paulo, no final de 2009.

• Existem diversos estados onde o valor cobrado pelo minuto de ligações pré-
pagas em celulares é bem inferior ao cobrado em São Paulo podendo existir
uma grande diferença de preço entre as operadoras dependendo do estado.
29

VIVO

• Plano Vivo Escolha: sempre que comprar e consumir de R$ 20,00 a R$ 49,99 de


créditos, recebe automaticamente R$ 20,00 em créditos para falar no mês
seguinte. Se usar acima de R$ 50,00 acaba recebendo mais R$ 50,00 para falar
no outro mês. O custo do minuto da Vivo para São Paulo é de R$ 1,37.

• Plano Boa Hora: oferece tarifa reduzida para uma determinada hora do dia.
Você pode cadastrar 5 números de amigos, conhecidos e parentes que também
sejam da Vivo para ter 50% de desconto nas ligações feitas para eles. A tabela
de preço fica assim para São Paulo no Vivo Boa Hora Toda Hora: Vivo
Favoritos: R$ 0,64/minuto, De Vivo para Vivo: R$ 1,29/minuto, De Vivo para fixo:
R$ 1,42/minuto, De Vivo para outros celulares: R$ 1,42/minuto.

• Plano Boa Hora Noite e Dia: possui preços diferenciados para ligações feitas
durante a noite ou durante o dia, necessita consultar tabela.

CLARO

• Plano Toda Hora Claro: plano básico oferecido para quem tem celular GSM e
3G. Paga um valor fixo pelo minuto em qualquer hora do dia, não importa se vai
ligar para telefone fixo ou celular, a tarifa sempre é uma só. O valor desta tarifa
única é de R$ 1,39/minuto para quem está em São Paulo.

• Plano Toda Noite Claro: possui uma tarifa reduzida quando as ligações são
feitas durante a noite, nos fins de semana e feriados. A tarifa reduzida é de R$
0,82 e a tarifa fora do horário da reduzida é de R$ 1,61/minuto.

• Plano Pré-Pago Especial Claro: destinado apenas a deficientes auditivos e da


fala que custa R$ 2,50/minuto.

Regularmente a Claro lança promoções para quem tem chip pré-pago, mas estas
promoções e condições diferenciadas não duram para sempre.
30

TIM

• Plano Meu Jeito TIM: divide em 5 outros planos diferentes. Suas diferenças
estão em tarifas mais baratas dependendo do horário do dia que você realiza
ligações. O plano tem uma tarifa única para qualquer dia e horário. Em São
Paulo a tarifa deste plano é de R$ 1,36/minuto. Nos demais planos o valor das
ligações é de R$ 1,59 e dentro do horário reduzido fica por R$ 0,85/minuto.

• Plano TIM + 25: vantajoso para quem costuma gastar R$ 25,00 ou mais em
créditos para ligações através do pré-pago. Quando faz uma recarga igual ou
superior a R$ 25,00 ganha mais R$ 25,00 em créditos para falar usar durante 30
dias. É o mesmo que comprar R$ 25,00 em créditos e receber o equivalente a
R$ 50,00. O valor dos minutos deste plano para quem mora em SP é de R$
1,45. Também pode usar seus créditos para enviar torpedos e fazer downloads.

• Plano 1 da TIM: para quem liga realmente pouco. Ele aceita recargas de R$ 1,00
ou mesmo 3 e 5 reais. Cada recarga de 1 real permite falar por 5 minutos para 3
números TIM ou fixo que cadastrar como sendo seus números prediletos. E
cada vez que falar 30 segundos ganha um torpedo gratuito para enviar para
quem desejar. O valor da tarifa é igual todos os dias da semana e horários. Se
fizer ligações para números que não fazem parte da sua lista de números
prediletos o valor da tarifa é de R$ 1,55/minuto para quem mora em São Paulo.

• Plano Infinity Pré: melhor plano pré-pago para quem costuma fazer ligações para
pessoas que também possuem planos da TIM ou telefone fixo da TIM, só paga o
valor equivalente a 1 minuto de ligação e fica falando a vontade por tempo
quase ilimitado. Existe um limite de 10.000 minutos por mês que equivale a 166
horas de ligação. Seria o mesmo que falar no telefone por 5 horas todos os dias
com outros usuários da TIM. A tarifa é igual todos os dias da semana e horários.

É importante destacar que todas as contas pré-pagas da Tim possui um recurso


chamado “predileto” onde você pode cadastrar 4 números de telefone TIM ou 3
números TIM e 1 fixo para onde você deseja ligar com desconto de tarifa. É
importante escolher bem quais serão estes números já que depois da configuração
feita será cobrada uma tarifa para atualizar estes números.
31

Quem é usuário do pré-pago da TIM por mais e 1 ano recebe 1 minuto extra gratuito
para falar para cada R$ 1,00 gasto em recargas. Dessa forma você sempre falará
em dobro. Outra vantagem oferecida é cobrança de tarifa local quando você efetuar
ligações DDD do seu telefone TIM para outro telefone TIM de outros lugares do
Brasil.

OI

• O chip pré-pago da Oi custam R$ 20,00 e pode ser comprado na internet, em


lojas da Oi e até em farmácias e bancas de jornal. É permitido recargas de
valores pequenos a partir de R$ 1,00. Eles oferecem ligações DDD com o
mesmo preço de ligação local de celular quando o usuário utiliza o 31 para
ligação de celular para celular OI ou para qualquer fixo.

• Para quem mora em São Paulo o valor do minuto é de R$ 1,36. O envio de


torpedos ou mensagens SMS custa R$ 0,39. A Oi não possui diversos planos
diferenciados para pré-pago como ocorre na TIM e na Claro.
32

6. TECNOLOGIAS

Há diferentes tecnologias para a difusão das ondas eletromagnéticas


nos telefones móveis, baseadas na compressão das informações ou na sua
distribuição:

• Primeira geração, também conhecida como 1G é totalmente analógica e foi


desenvolvida no início dos anos 1980. Possui os sistemas NMT e AMPS.

• Segunda geração, também conhecida como 2G, é digital e foi desenvolvida


no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Possui os sistemas GSM,
CDMA e TDMA;

• Segunda geração e meia, conhecida como 2,5G, é uma evolução da 2G, com
melhorias significativas em capacidade de transmissão de dados e na adoção
da tecnologia de pacotes e não mais comutação de circuitos, presente nos
sistema GPRS, EDGE, HSCSD, EVDO e 1xRTT.

• Terceira geração, 3G, é digital e está em desenvolvimento desde o final dos


anos 1990. Possui recursos como o UMTS.

• A quarta geração, ainda está em desenvolvimento. Ainda não existe nenhuma


definição da 4G.

Gráfico de evolução das tecnologias

Gráfico 12: Evolução das tecnologias


33

6.1. Primeira Geração (1G)

Os telemóveis de primeira geração (ou 1G) são analógicos, já que


enviam a informação sobre ondas cuja forma varia de forma contínua. Estes
somente podem ser usados para comunicação por voz e têm uma qualidade de
ligação altamente variável devido à interferência. Outra desvantagem é a baixa
segurança que proporcionam, já que é relativamente simples escutar ligações
alheias através de um sintonizador de rádio assim como a usurpação de frequência
podendo creditar as ligações na conta de um terceiro. O padrão 1G AMPS é ainda o
mais popular nos Estados Unidos embora não se utilize em nenhum outro pais. Além
da AMPS, existem outras tecnologias 1G, como a DECT, que foi muito utilizada na
Europa no início das tecnologias celulares.

6.2. Segunda Geração (2G)

A telefonia móvel de segunda geração (2G) não é um padrão ou um


protocolo estabelecido, é uma forma de nomear a mudança de protocolos de
telefonia móvel analógica para digital.

A chegada da segunda geração de telefonia móvel foi por volta de


1990 e seu desenvolvimento deriva da necessidade de poder ter um maior número
de ligações simultâneas praticamente nos mesmos espectros de radiofreqüência
assinados à telefonia móvel. Foram então introduzidos protocolos de telefonia digital
que além de permitir mais conexões simultâneas com a mesma largura de banda,
permitiam integrar outros serviços, que anteriormente eram independentes, no
mesmo sinal, como o envio de mensagens de texto (SMS) e capacidade para
transmissão de dados entre dispositivos de fax e modem.

A segunda geração abarca vários protocolos distintos desenvolvidos


por várias companhias e incompatíveis entre eles, o que limita a área de uso às
regiões com companhias que deram suporte.
34

6.3. Segunda Geração e meia (2,5G)

É considerada o degrau de transição entre as tecnologias 2G e 3G,


embora o termo "2,5G" tenha sido definido pela mídia, e não oficialmente pela União
Internacional de Telecomunicações (UIT).

Esse termo foi criado na verdade para descrever serviços de


transmissão mais rápida de dados (banda larga) oferecidos ainda pela tecnologia
2G, como as tecnologias EDGE (para o padrão GSM) e 1xRTT (para o padrão
CDMA).

Tem velocidades superiores à 2G e, através de tecnologias de pacotes,


permite um acesso à internet mais flexível e eficiente. Utiliza tecnologias como
GPRS, EDGE, 1XRTT e HSCSD. O EDGE (também conhecido como 2,75G) é uma
versão de maior banda do GPRS (e por isso muitos o chamam de E-GPRS), e
permite velocidades máximas de até 384 Kbps.

6.4. Terceira Geração (3G)

É baseado na família de normas da União Internacional de


Telecomunicações (UIT), no âmbito do Programa Internacional de
Telecomunicações Móveis (IMT-2000).

As tecnologias 3G permitem às operadoras da rede oferecerem a seus


usuários uma ampla gama dos mais avançados serviços, já que possuem uma
capacidade de rede maior por causa de uma melhora na eficiência espectral. Entre
os serviços, há a telefonia por voz e a transmissão de dados a longas distâncias,
tudo em um ambiente móvel. Normalmente, são fornecidos serviços com taxas de 5
a 10 Megabits por segundo.

Até dezembro de 2007, 190 redes 3G já operavam em 40 países e 154


redes HSDPA operavam em 71 países, segundo a Global Mobile Suppliers
Association. Na Ásia, na Europa, no Canadá e nos Estados Unidos, as empresas de
comunicações utilizam a tecnologia W-CDMA, com cerca de 100 terminais
designados para operar as redes 3G.
35

Na Europa, os serviços 3G foram introduzidos a partir de Março de


2003, começando pelo Reino Unido e Itália. O Conselho da União Européia sugeriu
às operadoras 3G cobrirem 80% das populações nacionais européias até ao final de
2005.

A implantação das redes 3G foi tardia em alguns países devido a


enormes custos adicionais para licenciamento do espectro. Em muitos países, as
redes 3G não usam as mesmas freqüências de rádio que as 2G, fazendo com que
as operadoras tenham que construir redes completamente novas e licenciar novas
freqüências; uma exceção são os Estados Unidos em que as empresas operam
serviços 3G na mesma freqüência que outros serviços. Os custos com licença em
alguns países europeus foram particularmente altos devido a leilões do governo de
um número limitado de licenças e a leilões com propostas confidenciais, além da
excitação inicial sobre o potencial do 3G. Outros atrasos se devem a despesas com
atualização dos equipamentos para os novos sistemas.

Em Junho de 2007, o assinante 3G de número 200 milhões foi


conectado. Se comparado aos 3 bilhões de assinantes de telefonia móvel no mundo,
esse número corresponde apenas a 6,7%. Nos países onde a 3G foi lançada
inicialmente (Japão e Coréia do Sul), mais da metade dos assinantes utilizam 3G.
Na Europa, o país líder é a Itália, com um terço dos seus assinantes tendo migrado
para a 3G. Outros países líderes na migração para a 3G são o Reino Unido, a
Áustria e a Singapura, com 20% de migração. Uma estatística confusa está
computando clientes de CDMA 2000 1x RTT como se fossem clientes 3G. Se for
utilizada essa definição de caráter disputado, o total de assinantes 3G seria de 475
milhões em Junho de 2007, 15,8% dos assinantes de todo o mundo.

A característica mais importante da tecnologia móvel 3G é suportar um


número maior de clientes de voz e dados, especialmente em áreas urbanas, além de
maiores taxas de dados a um custo incremental menor que na 2G.

Ela utiliza o espectro de radiofrequência em bandas identificadas,


fornecidas pela UTI para a Terceira Geração de serviços móveis IMT-2000, e depois
licenciadas para as operadoras.
36

Permite a transmissão de 384 kbits/s para sistemas móveis e 7


Megabits/s para sistemas estacionários. Espera-se que tenha uma maior capacidade
de usuários e uma maior eficiência espectral, de forma que os consumidores
possam dispor de roaming global entre diferentes redes 3G.

6.5. Quarta Geração (4G)

Ainda não existe nenhuma definição da 4G, mas pode-se antecipar em


que consistirá baseado no já estabelecido.

A 4G será baseada totalmente em IP sendo um sistema de sistemas e


uma rede de redes, alcançando a convergência entre as redes de cabo e sem fio
assim como computadores, dispositivos eletrônicos e tecnologias da informação
para prover velocidades de acesso entre 100 Mbps em movimento e 5 Gbps em
repouso, mantendo uma qualidade de serviço (QoS) de ponta a ponta (ponto-a-
ponto) de alta segurança para permitir oferecer serviços de qualquer tipo, a qualquer
momento e em qualquer lugar.

No Japão está se experimentando com as tecnologias de quarta


geração, com a NTT DoCoMo à vanguarda. Esta empresa realizou as primeiras
provas com sucesso absoluto (alcançando 100 Mbps a 200km/h) e espera lançar
comercialmente os primeiros serviços de 4G no ano 2010.

O conceito 4G vai muito além de telefonia móvel, já que não pode ser
considerada uma evolução dos padrões de telefonia celular, tais como as existentes
no mercado até 3G. As novas tecnologias de redes banda larga móvel (sem fio)
permitirão o acesso a dados em dispositivos que operam com IP, desde handsets
até CPEs (equipamentos para conversão de dados para uso em equipamentos finais
tais como TVs e telefones). Atualmente há duas tecnologias que são mais
exploradas na indústria: WiMAX e LTE (Long Term Evolution), ambas ainda
passíveis de definições de uso por questões regulatórias por parte de governos e
padronizações nas indústrias de hardware.

Os grandes atrativos do 4G são a convergência de uma grande


variedade de serviços até então somente acessíveis na banda larga fixa, bem como
37

a redução de custos e investimentos para a ampliação do uso de banda larga na


sociedade, trazendo benefícios culturais, melhoria na qualidade de vida e acesso a
serviços básicos tais como comunicação e serviços públicos antes indisponíveis ou
precários à população.

A quarta geração está sendo desenvolvido prevendo oferecer serviços


baseados em banda larga móvel tais como Multimedia Messaging Service (MMS),
video chat, mobile TV, conteúdo HDTV, Digital Video Broadcasting (DVB), serviços
básicos como voz e dados, sempre no conceito de uso em qualquer local e a
qualquer momento. Todos os serviços deverão ser prestados tendo como premissas
a otimização do uso de espectro, troca de pacotes em ambiente IP, grande
capacidade de usuários simultâneos, banda mínima de 100 Mbit/s para usuários
móveis e 1 Gbit/s para estações fixas, interoperabilidade entre os diversos padrões
de redes sem fio.

6.6. O Futuro das Tecnologias de Telefonia Móvel

Hoje em dia os telefones móveis são mais predominantes do que


carros (cerca de 800 milhões de veículos registrados no mundo) e cartões de crédito
(1,4 bilhão). Embora tenha levado 100 anos para os telefones de comunicação por
terra se difundirem para mais de 80% dos países do mundo, seus descendentes
sem fio fizeram isso em 16. Hoje, menos adolescentes estão usando relógios, pois
ao invés de relógios eles usam seus telefones para saber as horas. Desse modo, é
seguro dizer que o telefone móvel pode ser o produto ao consumidor mais prolífico
já inventado.

O telefone que você levamos bolso, mochila ou na bolsa é


provavelmente dez vezes mais potente do que o computador que ficava em nossas
mesas somente 8 ou 9 anos atrás (assumindo que você teve um computador; a
maioria dos usuários de aparelhos móveis nunca tiveram). Ele tem uma variedade
de sensores que deixaria orgulhoso até mesmo um marciano que viesse para a
Terra. Nos telefones mais básicos: um relógio, um sensor para verificação de como
está a carga da bateria, termômetro (pois as baterias carregam mal em temperaturas
baixas) e um medidor de luz (para determinar a luz de fundo da tela); e nos modelos
38

mais avançados: um sensor de localização, acelerômetro (detecta o vetor e a


velocidade de movimento), e talvez até mesmo uma bússola. E ainda mais
importante, por sua própria natureza está sempre conectado.

Projete essas tendências por outros dez anos. Estaremos carregando,


24 horas por dia, um dispositivo bem potente, com ótimos sensores. E o ponto
interessante é, todos as outras pessoas também. Aí vem a pergunta: O que faremos
com um celular no futuro que já não está fazendo agora? Aqui estão algumas
possibilidades:

6.6.1. Alertas inteligentes

O telefone será inteligente com sua situação e vai alertá-lo quando algo
precisar de sua atenção. No futuro as aplicações vão ficar mais inteligentes,
pacientemente monitorando suas preferências personalizadas (que serão
armazenadas na própria rede) e fornecendo somente as informações que você
desejar. Um cenário muito útil: seu telefone sabe que você está indo para o centro
da cidade para jantar e o alerta sobre as condições do trânsito ou os melhores
lugares para estacionar.

6.6.2. Realidade aumentada

O telefone usa seu arsenal de sensores para entender sua situação e


lhe oferecer informações que podem ser úteis. Por exemplo, você quer realmente
saber quanto custa determinado produto na vitrine? Seu telefone, com seu GPS e
bússola, sabe o que você está olhando, e pode lhe dizer antes de você perguntar.
Além das características do produto, a melhor maneira de utilizá-lo.

6.6.3. Multidões conectadas tornam-se a tendência atual

O telefone é seu microfone onipresente no mundo, uma forma de


publicar fotos, e-mails, textos, twitters e entradas de blogs. Quando todos estão
fazendo o mesmo, você tem uma realidade onde as pessoas de todos os cantos do
planeta estão vendo suas experiências em tempo real. Essa quantidade maciça de
conteúdo é arquivada, selecionada e reenviada para outras pessoas em novas e
interessantes formas. Pergunte à web sobre os locais mais interessantes em sua
vizinhança e seu telefone mostra críticas e imagens que as pessoas adicionaram
39

sobre atrações próximas. Você gostou do que viu? Seu telefone envia as instruções
de como chegar lá.

6.6.4. Sensores em todos os lugares

O telefone sabe muito sobre o mundo ao seu redor. Se você pegar


essa inteligência e combiná-la com a inteligência de todos os outros telefones,
teremos uma imagem incrível do que está acontecendo no mundo naquele
momento. Atualizações metereológicas podem ser baseadas não em centenas de
sensores, mas centenas de milhões deles. Relatórios sobre o trânsito podem se
basear não em helicópteros e sensores de estradas, mas na densidade, velocidade
e sentido dos telefones (e pessoas) presos em congestionamentos.

6.6.5. Ferramenta para desenvolvimento

O telefone pode ser mais do que apenas uma conveniência, ele pode
ser seu meio de vida. Isso já é verdade para as pessoas em muitas partes do
mundo: no sul da Índia, os pescadores usam mensagem de texto para encontrar os
melhores mercados para a pescaria diária; na África do Sul, produtores de açúcar
podem receber mensagens de texto aconselhando sobre quanto irrigar os cultivos; e
na região sub-Saara da África empreendedores com telefones móveis tornam-se
operadoras telefônicas, levando a comunicação para seus vilarejos. Essas
inovações vão só aumentar no futuro, à medida que os telefones móveis tornam-se
a chave para um maior desenvolvimento econômico.

6.6.6. O dispositivo à prova do futuro

O telefone vai se abrir, como a Internet já o fez, assim será fácil para as
pessoas criarem ou aprimorarem aplicações e conteúdo. Aqueles que você quiser
serão automaticamente instalados em seu telefone. Vamos imaginar que você tem
um software em seu telefone para melhorar o gerenciamento de energia (e assim a
duração da bateria). Digamos que uma outra pessoa faça uma melhoria no software.
A atualização será automaticamente instalada em seu telefone, sem que você
precise levantar um dedo. Seu telefone na verdade fica melhor com o decorrer do
tempo.
40

6.6.7. Software mais seguro por meio de confiança e verificação

A confiança é a moeda mais importante no mundo sempre conectado,


e o telefone vai ajudá-lo a ficar no controle de suas informações. Você pode decidir
não compartilhar nada (o modo predefinido), ou somente compartilhar certas coisas
com certas pessoas - seu círculo de amigos e familiares. Você tomará essas
decisões com base nas informações que recebe de provedores de serviços e
software, além das classificações coletivas da comunidade. Seu telefone é como seu
criado de confiança: ele sabe muito sobre você, mas não vai revelar absolutamente
nada sem sua aprovação.

6.7. Sistemas de Transmissão

São vários os sistemas de transmissão utilizados pelas empresas de


telefonia móvel. Dentre eles podemos destacar:

• NMT: É a sigla para Nordic Mobile Telephony que é um sistema celular de


primeira geração (1G) que entrou em operação na Europa no início da
década de 1980. Existiram versões do NMT em 150 MHz, 450 MHz e 900
MHz, entretanto as versões em 450 MHz e 900 MHz foram as mais utilizadas.
Até como a própria sigla sugere, esta tecnologia foi principalmente adotada
pelos países nórdicos (Suécia, Finlândia, Noruega, Dinamarca e Islândia).
Entretanto, países da Ásia, Oriente Médio e Europa (Holanda, Polônia, Suíça,
Bulgária, Hungria, Turquia, Rússia etc) também adotaram este padrão. O
NMT é um sistema totalmente analógico e por isso, com a introdução do 2G,
digital, foi perdendo espaço para o GSM. Hoje subsiste apenas em nichos de
mercado devido ao grande alcance proporcionado pela tecnologia
(comunicação marítima, alpinistas, áreas rurais inóspitas etc).

• AMPS: Sigla para Advanced Mobile Phone System, faz parte da primeira
geração de sistemas celulares, formada por sistemas analógicos (que só
permite a transmissão de voz). Estabeleceu a estrutura e as funcionalidades
básicas associadas a estes sistemas, como roaming e handover entre células.
Desenvolvido pelo Bell Labs nos Estados Unidos em 1979, entrou em
41

operação naquele país em 1983, tornando-se o sistema analógico dominante


em escala mundial. Serviu de base para os demais sistemas analógicos. O
AMPS foi padronizado para a freqüência de 800 MHz alocada nos Estados
Unidos para sistemas celulares. É um sistema que utiliza o múltiplo acesso
por divisão de freqüência. A banda do AMPS é dividida em canais de
radiofrequência, onde cada canal consiste de um par de freqüências
(Transmissão e Recepção) com 30 kHz de banda cada. Cada Banda (A ou B)
ocupa 12,5 MHz e é composta por 416 canais, sendo 21 canais de controle e
os demais de voz. Os canais no AMPS utilizam modulação FM. No Brasil o
AMPS foi usado exclusivamente pelas operadoras de Banda A, antigas
estatais. Funciona em conjunto com as tecnologias TDMA e CDMA. Com a
migração das operadoras para a tecnologia GSM, cujos aparelhos não são
compatíveis com o AMPS, a tecnologia analógica não se faz mais necessária.
Apesar de estar superada pelas tecnologias digitais, o AMPS ainda é a única
tecnologia que suporta roaming dos clientes que utilizam a tecnologia CDMA
nos estados de Minas Gerais e do nordeste. Nesses estados não há nenhuma
operadora que utilize o CDMA, restando ao AMPS suportá-los em roaming. A
tecnologia analógica é também culpada pelos elevados índices de clonagem
nas operadoras que utilizam TDMA e CDMA como tecnologia principal.

• GSM: Global System for Mobile Communications, ou Sistema Global para


Comunicações Móveis (GSM: originalmente, Groupe Special Mobile) é uma
tecnologia móvel e o padrão mais popular para telefones celulares do mundo.
Telefones GSM são usados por mais de um bilhão de pessoas em mais de
200 países. A onipresença do sistema GSM faz com que o roaming
internacional seja muito comum através de "acordos de roaming" entre
operadoras de telefonia móvel. O GSM diferencia-se muito de seus
antecessores sendo que o sinal e os canais de voz são digitais, o que
significa que o GSM é visto como um sistema de telefone celular de segunda
geração (2G). Este fato também significa que a comunicação de dados foi
acoplada ao sistema logo no início. Possui uma série de características que o
distinguem dentro do universo das comunicações móveis. Nascido nos anos,
o sistema partilha elementos comuns com outras tecnologias utilizadas em
42

telefonia móvel. Do ponto de vista do consumidor, a vantagem-chave do GSM


são os serviços novos com baixos custos. Por exemplo, a troca de
mensagens de texto foi originalmente desenvolvida para o GSM. A vantagem
para as operadoras tem sido o baixo custo de infra-estrutura causada por
competição aberta. A principal desvantagem é que o sistema GSM é baseado
na rede TDMA, que é considerada menos avançada que a concorrente
CDMA. A performance dos celulares é muito similar, mas apesar disso o
sistema GSM tem mantido compatibilidade com os telefones GSM originais.
No mesmo tempo, o sistema GSM continua a desenvolver-se com o
lançamento do sistema GPRS. Além disso, a transmissão de dados em alta
velocidade foi adicionada no novo esquema de modulação EDGE. A versão
de 1999 do padrão introduziu índices relativamente altos de transmissão de
dados, e é normalmente referida como 3G.

• CDMA: É uma tecnologia de transmissão digital de sinais que permite atender


um número maior de usuários na mesma faixa de frequência, com mais
velocidade na transmissão de voz e dados. CDMA é a sigla de Code Division
Multiple Access, que em português quer dizer Acesso Múltiplo por Divisão de
Código. A tecnologia CDMA atribui códigos a cada ligação telefônica
realizada. Assim, ainda que diversas chamadas estejam utilizando a mesma
faixa de radiofrequência, apenas um celular consegue captar do ar o código
da ligação a ele endereçada. Isso aumenta a capacidade de transmissão de
dados na rede. A tecnologia CDMA é a evolução do 1xRTT. Ela permite
transmitir grandes volumes de dados (vídeos, acesso à Internet em alta
velocidade, multimídia) por meio das redes das operadoras celulares. Essa
tecnologia já era considerada 3G (de terceira geração) na época em que foi
lançada pelos níveis de velocidade que consegue atingir. Com a tecnologia
CDMA, é possível ter uma conexão entre 500 e 800Kbps de velocidade.
Possibilita conexão a internet em banda larga por meio do celular, de um
Smartphone ou de um notebook, assim como utilizar serviços integrados de
voz, dados e imagens.

• WCDMA: Abreviação de Wide-Band Code-Division Multiple Access, é uma


tecnologia de interface de rádio de banda larga que provê velocidades de
43

dados muito superiores - até 2 Mbit/s. Permitirá o uso mais eficiente do


espectro de rádio, se comparado a outras técnicas de rádio disponíveis hoje.
Com taxas de velocidades de transmissão de dados até 100 vezes superiores
às taxas das redes móveis de hoje, sistemas W-CDMA habilitam uma nova
geração de serviços que misturam diferentes elementos de mídia, incluindo
voz, vídeo, som digital, cor, imagens e animações. Foi projetado desde o
início para tratar serviços de multimídia que demandam grande largura de
banda, ou seja, serviços de Internet móvel. Estes serviços serão acessados
por parte dos usuários através de uma grande variedade de aparelhos,
incluindo telefones móveis, PDAs, palms e laptops. Foi adotado como padrão
pelo ITU (União Internacional de Telecomunicação) com o nome de "IMT-
2000 direct spread". As principais evoluções do padrão W-CDMA são
chamados HSDPA que proporciona velocidade máxima de 14,4Mbit/s no
download e o HSUPA que permite velocidade de upload maxima de
5,76Mbit/s, quando juntos formam o HSPA.

• TDMA: A sigla TDMA vem do inglês Time Division Multiple Access, que quer
dizer "Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo". O TDMA é um sistema de
celular digital que funciona dividindo um canal de frequência em até seis
intervalos de tempo distintos. Cada usuário ocupa um espaço de tempo
específico na transmissão, o que impede problemas de interferência. Os
sistemas celulares de segunda geração (como o GSM) utilizam o TDMA na
sua interface com a estação móvel. Um dos padrões de comunicação de voz
via ondas de rádio, utilizado por operadoras nos serviços de telefonia celular
digital, baseado em TDM. Consiste na divisão de cada canal celular em três
períodos de tempo para aumentar a quantidade de dados que pode ser
transmitida. Cada canal TDMA americano tem a mesma largura de banda dos
canais AMPS, 30 KHz, e é usado por três assinantes. O sinal digitalizado de
cada assinante, de 64 Kbps, é comprimido para 8 Kbps por vocoders (padrão
IS-54). Em seguida, o sinal comprimido dos três assinantes é transmitido pelo
mesmo canal, um por vez. Os padrões TDMA, aumentam em três vezes a
capacidade do padrão AMPS. Vale lembrar que a tecnologia TDMA não é
44

mais usada no Brasil (pois suas redes foram desligadas desde o dia
05/01/2009).

• GPRS: É uma tecnologia que aumenta as taxas de transferência de dados


nas redes GSM existentes. Esta permite o transporte de dados por pacotes
(Comutação por pacotes). Sendo assim, o GPRS oferece uma taxa de
transferência de dados muito mais elevada que as taxas de transferência das
tecnologias anteriores, que usavam comutação por circuito, que eram em
torno de 12kbps. Já o GPRS, em situações ideais, pode ultrapassar a marca
dos 170kbps. No entanto na prática, essa taxa está em torno dos 40 kbps.
Diferente das tecnologias de Comutação de Circuitos, que é um modo no qual
uma conexão (ou circuito) é estabelecida do ponto de origem da transferência
de dados ao destino e os recursos da rede são dedicados por toda a duração
da chamada (ou até que o usuário interrompa a conexão), no GPRS o serviço
é ”sempre ativo”, ou seja, ele é um modo no qual os recursos somente são
atribuídos a um usuário quando for necessário enviar ou receber dados. Esta
técnica permite que vários usuários compartilhem os mesmos recursos,
aumentando assim a capacidade da rede e permitindo uma gerência
razoavelmente eficiente dos recursos. Isto permite às operadoras GPRS
disponibilizar acesso à Internet móvel em alta velocidade e a um custo
razoável, pois a cobrança é feita pela quantidade de pacotes de dados
transmitidos e não pelo tempo de conexão à rede.

• EDGE: Enhanced Data rates for GSM Evolution (EDGE) ou Enhanced GPRS
(EGPRS), é uma tecnologia digital para telefonia celular que permite melhorar
a transmissão de dados e aumentar a confiabilidade da transmissão de
dados. Embora o EDGE seja tecnicamente uma tecnologia da 3ª Geração,
geralmente é classificada como um padrão 2,5G, já que é uma melhoria feita
nas redes GPRS e não a criação de um sistema propriamente dito. EDGE foi
introduzido nas redes GSM no mundo por volta de 2003, inicialmente na
América do Norte. E pode ser usada para qualquer troca de pacotes como
uma conexão com a internet. Dados em alta-velocidade e serviços como
streaming de vídeos, rádios ao vivo, transferência de arquivos são possíveis
nesta tecnologia. Foi desenvolvida para capacitar a transmissão de uma
45

grande quantidade de dados a altas taxas de velocidade (até 560 kbit/s). Usa
o mesmo conceito da tecnologia TDMA, no que se refere à estrutura dos
quadros, canais lógicos e largura de banda (CIIM). E uma atualização de rede
eficiente e relativamente simples para a maioria de operadoras GSM. As
implementações EDGE normalmente requerem apenas software e cartões
para canais adicionais na infra-estrutura GSM/GPRS existente. Esse formato
reduz o custo de implementação, permitindo uma política de preços mais
competitiva para serviços EDGE. A EDGE não requer a aquisição de espectro
adicional pelas operadoras. Em vez disso, a tecnologia pode ser
implementada nas bandas mais comuns, entre os quais 850, 900, 1800 e
1900 MHz. A oportunidade de implementar a EDGE no espectro existente
significa um lançamento mais rápido de serviços 3G, num número maior de
mercados e com um custo menor comparado com tecnologias que requerem
espectro adicional.

• HSCSD: É uma especificação para transferir dados sobre redes GSM,


HSCSD utiliza até quatro 9.6Kb ou 14.4Kb faixas horárias, para um total de
banda 38.4Kb ou 57.6Kb.

• EVDO: É uma tecnologia de terceira geração (3G), e é a evolução das


tecnologias CDMA de segunda geração (2G) - CDMAone - e de "segunda
geração e meia" (2,5G) -CDMA1xRTT -, e que possibilita a transmissão de
dados a até 2,4Mbps. O CDMA 1xEVDO, onde EVDO significa Evolution Data
Only (Evolução Apenas de Dados), ou Evolution Data Optimized (Evolução de
Dados Optimizados). Isto devido ao fato da tecnologia fazer apenas a
transmissão de dados, sendo que a voz continua sendo transportada pelo
CDMA1xRTT, com isso além de liberar a tecnologia precedente para
transportar livremente voz e ser totalmente compatível com o mesmo, ela
permite transmitir uma alta capacidade de dados em uma única canalização
de 1,25MHz. Assim a freqüência é usada mais racionalmente e o custo de
transmissão de cada MegaByte fica mais barato. Esta tecnologia também é
adota no acesso a banda larga através de rádio-freqüência.
46

• HSPA: (High Speed Packet Access) Esta tecnologia permite acesso móvel à
internet com muito mais velocidade. Na prática, isso significa menor tempo de
download e upload, além de acesso a informações de maneira mais rápida.
Para utilizar os benefícios dessa tecnologia, você precisará possuir um
aparelho ou modem compatível e estar na área de cobertura da rede 3G.
Você poderá navegar na internet por meio de um notebook conectado através
de um modem USB ou poderá usá-lo conectando-o ao computador. A
velocidade de transmissão de dados é de até 1Mbps dependendo do modelo
do aparelho, do modem, das condições do sinal, da rede, da região onde
estiver, do tráfego e da quantidade de conexões simultâneas na mesma
antena. Caso você esteja em movimento no momento da conexão, poderão
ocorrer variações nas taxas de transmissão.

• 1xRTT: É a evolução das redes celulares CDMA digital. Oferece velocidade


de transmissão de dados de até 144Kbps, contra os 14,4Kbps das redes
digitais CDMA, que a cada ligação ocupava um canal de Estação Rádio-Base
(ERB).
Com o CDMA/1xRTT, a infra-estrutura passou a ser compartilhada, ou seja,
transmite voz e dados simultaneamente pela rede.

• HSDPA: É um serviço de transmissão de pacotes de dados que opera dentro


do W-CDMA, permitindo a transmissão de dados até 14,4Mbit/s em uma
banda de 5MHz. Nesse sentido, abre novas possibilidades de serviços
multimídia que utilizam a transmissão em banda larga em telefones móveis.

• Push-to-Talk é um serviço moderno que introduz o serviço de comunicação


direta um-para-um e um-para-vários ou um-para-grupo, baseado em VoIP nas
redes celulares. O princípio de comunicação por trás do serviço é simples.
Seleciona-se apenas uma pessoa ou um grupo no terminal e pressiona-se o
botão para falar. Isto torna a conexão instantânea, sem a necessidade o
destinatário pressionar o botão para atender. Nos celulares atuais, as
chamadas de voz são baseadas na comutação de circuitos em modo de
comunicação full-duplex, o que implica na reserva de recursos durante a
chamada e a liberação desses recursos quando finalizada. A comunicação
47

full-duplex tem exigências de tempo de atraso muito rígidas e, para uma


comunicação aceitável para o usuário, deve se manter um circuito fim-a-fim
ativo durante toda a conversação. O Push-to-Talk tem muitas diferenças
quando comparado com a telefonia full-duplex convencional. Enquanto na
comunicação full-duplex os recursos estão reservados para as duas direções
durante a chamada, no Push-to-Talk os recursos são reservados apenas
quando é necessário e em uma direção de cada vez. Esta comunicação half-
duplex é análoga ao walkie-talkie onde uma pessoa está falando enquanto
outras pessoas estão escutando. Esta natureza unidirecional da comunicação
half-duplex relaxa as exigências de atraso na comunicação fim-a-fim, já que
para começar a falar o usuário tem que pressionar primeiro o botão para
acessar um canal de rádio e esperar a indicação sonora de que o canal está
disponível. Do ponto de vista do sistema, como recursos são reservados e
liberados de acordo com a atividade, uma estrutura típica de transmissão de
pacote de dados, como o GPRS/EDGE e o WCDMA, fornecem a plataforma
útil para construir o serviço. Em um cenário Push-to-Talk típico, um assinante
em média usa poucas palavras durante a sessão, e cada sessão dura poucos
segundos. A figura 2 apresenta as diferenças entre comutação de circuito
(CS) - chamadas de voz normal - e chamadas PoC.

6.8. Utilização das Tecnologias pelas Operadoras

VIVO

• HSPA (3G)

• GSM

• EDGE

• CDMA

• EVDO

• CDMA

• 1xRTT
48

TIM

• TDMA

• GSM

• GPRS

• EDGE

• HSDPA

CLARO

• TDMA

• GSM

• GPRS

• EDGE

• WCDMA

• HSDPA

OI

• GSM (3G)

• GPRS

• EDGE

• HSDPA
49

7. CONCLUSÃO

A telefonia móvel evoluiu muito desde seus primórdios. Seguindo a


mesma tendência do mundo da informática, ela adere às várias necessidades dos
usuários, tornando as pessoas cada vez mais próximas umas das outras.

No que tange a Missão e Visão de cada empresa estudada,


percebemos que todas elas se preocupam com a responsabilidade social, mas
acima de tudo estão sempre à busca de proporcionar mais tecnologia e
conectividade para seus usuários.

O atendimento ao cliente tende a ser uma das grandes preocupações.


O acesso fácil a aparelhos celulares torna ainda maior a exigência por bons serviços
por parte das operadoras. Isso se reflete em um grande esforço em melhorar o
atendimento e diminuir os índices de reclamações.

A tendência é a migração de todo a rede de telefonia para serviços de


terceira geração, e em um futuro próximo para a quarta geração que está por vir,
com transferência de imagem, som e dados muito rápidas e acesso as informações
onde quer que esteja.
50

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

<http://www.vivo.com.br>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.tim.com.br>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.claro.com.br>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.oi.com.br>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.teleco.com.br>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.anatel.gov.br>, acessado em 29/04/2010.

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Telefonia_móvel>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.artigos.com/artigos/exatas/tecnologia/desvendando-a-banda-larga-3g-
ou-internet-3g-9115/artigo/>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/como-a-oi-nao-para-de-
crescer/41018/>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-mercado-e-o-sucesso-da-
telefonia-movel-no-brasil/20903/>, acessado em 29/04/2010.

<http://idgnow.uol.com.br/telecom/2010/04/28/ate-2014-25-dos-assinantes-de-
telefonia-movel-no-brasil-terao-smartphone/>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.voipcenter.com.br/modules/news/article.php?storyid=2762>, acessado
em 29/04/2010.

<http://www.scielo.br/pdf/rap/v43n1/a07v43n1.pdf>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.cedet.com.br/index.php?/O-que-e/Comunicacoes-Moveis/nmt-nordic-
mobile-telephony.html>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.jornaldainternet.com/celular/qual-melhor-plano-pre-pago-chip-claro-tim-
oi-vivo.html>, acessado em 29/04/2010.

<http://gazetaonline.globo.com/index.php?id=/local/a_gazeta/materia.php&cd_matia=
632655>, acessado em 29/04/2010.
51

<http://www.jornaldainternet.com/internet/qual-melhor-acesso-internet-3g-como-
escolher-avaliao-comparao-claro-tim-oi-e-vivo-em-2009.html>, acessado em
29/04/2010.

<http://www.teleco.com.br/comentario/com348.asp>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.portaldebranding.com/v1/?p=1261>, acessado em 29/04/2010.


52

9. ANEXO

9.1. A caminho da liderança

Fonte: Istoé Dinheiro, 17/12/2009, Por: Tom Cardoso

Quem chega à espartana sede da Claro, no bairro do Brooklin, em São Paulo, logo dá de cara com
uma grande máquina de café. Mas só leva um espresso ou um capuccino quem tiver uma moedinha
de R$ 0,25. É um preço simbólico, mas que traduz uma filosofia. Na segunda maior empresa de
celulares do País, nada que não tenha relação direta com o negócio sai de graça.

E essa política austera na gestão de custos


permitiu que a companhia, sob o comando do
executivo João Cox, se aproximasse da liderança
no mercado de telefonia móvel, transferindo
benefícios e subsídios para seus clientes - a
distância que a separa da Vivo, que já foi de 18,1
pontos percentuais, hoje é de 3,9 pontos. Seria
ainda menor, de apenas 0,7 ponto, se a Vivo não
tivesse adquirido recentemente duas empresas:
a Telemig e a Amazônia Celular. "Conseguimos
realizar a maior adição de clientes em todo o
Hemisfério Ocidental", disse Cox à DINHEIRO.
53

Isso significa que a empresa, que saltou de 22,1 milhões de clientes para uma base de 42,3 milhões
em três anos, só não cresceu mais do que similares da Índia e da China. Mas a partir de agora, com o
mercado brasileiro já maduro, o jogo começa a mudar. E a estratégia de Cox para chegar ao topo
está ancorada em dois pilares: inovação e fidelidade.

No primeiro capítulo, Cox conquistou alguns trunfos importantes. Primeiro, associou a imagem da
Claro à tecnologia 3G, que hoje cobre 380 cidades e atinge cerca de 100 milhões de pessoas. E
também lançou à frente dos concorrentes produtos sofisticados, como o iPhone, da Apple, e o Modu
Phone, um aparelho inventado pelo israelense Dov Moran, o mesmo que criou o pen drive. Graças a
essa estratégia, a operadora tem hoje uma receita com transmissão de dados em banda larga
superior à dos concorrentes. "E vamos crescer ainda mais, porque a demanda reprimida no Brasil é
gigantesca", diz Fiamma Zarife, diretora de serviços de valor agregado da Claro.

A parceria mais recente, no entanto, se deu com a Dell. A empresa de computadores do bilionário
Michael Dell escolheu duas únicas operadoras no mundo - a Claro e a China Mobile - para marcar sua
entrada no mercado de celulares. E em novembro lançou no Brasil o aparelho Mini 3i, que utiliza a
tecnologia Android, do Google, e promete ser um dos mais fortes concorrentes do iPhone.
"Decidimos começar por dois países que fazem parte dos BRICs", disse Michael Dell, num breve
encontro com jornalistas brasileiros.
54

Ao lançar esses produtos na frente dos concorrentes, Cox tem conseguido ampliar a base de clientes
da Claro, num momento de acirramento da competição. Desde setembro do ano passado entrou em
vigor no Brasil a portabilidade, que permite aos clientes mudar de operadora, mantendo o mesmo
número. Nesse período, a Claro cresceu acima da média de mercado (leia gráfico abaixo). Agora, Cox
pretende investir ainda mais alto no processo de fidelização. E buscou inspiração numa empresa de
brinquedos, a dinamarquesa Lego. Na Claro, cada cliente irá montar seu próprio plano e a
possibilidade de combinações será gigantesca. "Mais de um milhão", garante Cox.

Em vez de pacotes fechados de minutos, ele poderá definir se quer mais interurbanos nas férias,
roaming internacional numa viagem de negócios e assim por diante. "O que a gente descobriu aqui
dentro é que o cliente detesta surpresas na sua conta", diz Cox. "E, se nós queremos desenvolver
uma relação de longo prazo, temos que ser mais e mais transparentes." A Claro pretende até avançar
um passo a mais na relação com o consumidor. No site da empresa, o cliente será alertado por um
software, que o avisará caso seja possível gastar menos em algum outro plano. "A ideia é criar valor
para o cliente."
55

Quando aceitou o convite para presidir a Claro, em março de 2006, João Cox, então dono de uma
empresa de investimentos, sabia que teria muito trabalho pela frente. A Claro vivia sua pior crise. O
perfil de sua clientela era o pior entre as concorrentes - mais de 80% de sua base era formada por
usuários de serviço pré-pago - e a paciência do magnata mexicano Carlos Slim, um dos homens mais
ricos do mundo e presidente da América Móvil, controladora da Claro, havia, definitivamente,
terminado - a subsidiária brasileira era a única do grupo que perdia dinheiro.

A geração de caixa da empresa havia fechado o ano de 2005 em R$ 400 milhões negativos. A ordem
do magnata mexicano era - sem trocadilhos - clara: recuperar o mais rápido possível o prestígio da
operadora brasileira e, consequentemente, a vice-liderança do mercado. Nesse momento, diante de
uma pilha de problemas, Cox usou parte da experiência acumulada em sua passagem pela Telemig e
pela Amazônia Celular para arrumar a casa. Do prejuízo em 2005, a Claro encerrou 2008 com Ebitda
(lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 2,7 bilhões, o segundo maior do
grupo América Móvil, só perdendo para a matriz.

Em 2009, o Brasil, representado pela Claro, foi o mercado, entre os 18 países atendidos pelo
conglomerado mexicano, que liderou o número de adições líquidas de clientes, ao conquistar no
terceiro trimestre 1,8 milhões de novos acessos. Slim passou a dormir mais tranquilo - Cox também.
E a marca Claro, que era o patinho do grupo América Móvil, foi exportada para quase todos os países
da América Latina, com sua gestão sendo feita a partir do Brasil.

Para alcançar a liderança, Cox sabe que precisa mais do que equilibrar as finanças da empresa. Terá
de estabelecer uma relação de cumplicidade com o cliente. Para chegar lá, terá de tornar o
atendimento da operadora mais eficiente. Cox, que de 1999 a 2004 acumulou, com sucesso, a
presidência da Telemig e da Amazônia Celular, trouxe alguns de seus parceiros para comandar o
processo de reestruturação da Claro. É o caso de Luiz Carlos Ferreira, atual diretor de atendimento
da Claro, que havia trabalhado com Cox na Telemig. Tanto Cox quanto Ferreira concordam que o
sucesso da empresa dependerá muito do desempenho no setor de atendimento. "Eu passei 13 anos
da minha carreira na Odebrecht e aprendi que o mais importante em uma empresa é investir na
relação com o cliente", afirma Cox.
56

O CEO admite que a operadora cometeu alguns erros na gestão de atendimento, mas diz que outros
eventos contribuíram para a piora no ranking da Anatel nos últimos anos. "Com o advento da
portabilidade, nossa bandeira e o lançamento do 3G, houve um enorme aumento na quantidade de
chamadas. Nenhuma outra operadora daria conta de um milhão e meio de clientes ligando ou
mandando mensagens", afirma Luiz Carlos Ferreira. "Mas em pouco tempo já seremos reconhecidos
pela Anatel como a melhor empresa em atendimento."

Para o consultor em telecomunicações Virgílio Freire, ex-presidente da operadora Vésper e da


fornecedora de equipamentos Lucent, há, enfim, um consenso entre as operadoras de que é preciso
investir mais em serviço e atendimento do que ficar em uma disputa predatória por clientes. "O
consumidor não quer saber se o celular tem capacidade para guardar 600 músicas ou se tem outros
recursos tecnológicos", afirma Freire. "Ele quer é pagar barato e ser bem atendido", completa o
consultor. Se conseguir, de fato, sucesso na missão de melhorar o atendimento e seguir sendo a
operadora que mais agrega inovação ao mercado, a Claro tem boas chances de tomar o primeiro
lugar da Vivo.

É o que pensa Álvaro Leal, analista da IT Data. Para ele, a Vivo conseguiu conquistar um cliente
conservador, austero, mas que não é completamente insensível a mudanças. "Se esse cliente da
Vivo, mais tradicional, pouco afeito às novidades tecnológicas, começar a notar uma melhora no
pacote de serviços da Claro, sobretudo no atendimento, é bem possível que ele mude de operadora",
afirma Leal. "Com isso, a Claro, que já tem um enorme apelo junto ao público jovem, por ter
levantado a bandeira da portabilidade, por apostar em inovação, pode chegar à liderança".

A Claro está pronta para disputar a liderança?

Eu prefiro trabalhar em silêncio. Não quero fazer qualquer


tipo de projeção, mas os números falam por si. Estamos
próximos da Vivo. E é preciso levar em conta que,
recentemente, a Vivo comprou a Telemig. E a nossa última
aquisição foi a BCP, há quase sete anos, em 2003. Mesmo
assim conseguimos resultados melhores. São 20 milhões
de assinantes em três anos. A maior adição de clientes do
Hemisfério Ocidental.

Mesmo assim, a diferença entre a Vivo e a Claro é de


quase sete milhões de assinantes. Como reverter essa
vantagem no curto prazo?

Vamos ser realistas. São quatro operadoras, agora cinco


com a chegada da Vivendi. Pegue as três primeiras, Vivo,
Claro e Tim. Há um equilíbrio em quase todos os setores,
desde a questão de preços até o nível de cobertura. O que
vai fazer a diferença? A nossa aposta está na relação com o cliente. Ele não vai se sentir enganado ao
escolher a Claro.
57

Apesar do crescimento galopante do mercado de telefonia celular, o gasto médio do brasileiro está
em torno de R$ 25, ainda pequeno se comparado a outros países. Como fazer o cliente gastar
mais?

No nosso caso, gastar mais faz pouca diferença. O cliente da Claro precisa ter a sensação de que não
está sendo roubado, operado. Quando digo que pretendo chegar à liderança apostando na
fidelização do cliente, não estou fazendo discurso. A Claro acaba de lançar diversos serviços que
estabelecem uma relação transparente com o assinante. Ele vai poder, por exemplo, entrar no site
da Claro e ter à sua disposição um simulador que vai apontar qual é o melhor plano para ele, mesmo
que ele pague menos.

No ranking de meta de qualidade da Anatel, a Claro aparece atrás de suas principais concorrentes.
O que a Claro tem feito para melhorar sua meta de qualidade?

É preciso encarar o problema de frente. Quando eu cheguei na Claro, em 2006, a empresa estava em
primeiro lugar no número de reclamações no Procon e na Anatel. Em nove meses mudamos
radicalmente a situação. Passamos ao melhor atendimento na Anatel. Depois caímos novamente por
causa do advento da portabilidade e o lançamento do 3G. Reconhecemos o erro e estamos tentando
reverter esse quadro, lançando um pacote de serviços de atendimento que vai mudar
completamente a nossa relação com o cliente, tornando-a mais clara e transparente.

Qual o melhor projeto para a banda larga pública? Por que a questão tem causado tanta polêmica?

Em primeiro lugar, todos concordam que é preciso levar a banda larga para todos os brasileiros, de
todas as classes sociais. Já estava provado que ela é um forte instrumento de inclusão social. Agora,
se o governo desejar acelerar o processo de expansão, ele precisa estabelecer um pacto com a
iniciativa privada, e não abrir mão dela.

A alta carga tributária que incide sobre o setor de telefonia móvel continua sendo o principal
entrave para um maior crescimento das operadoras?

O Brasil está entre as três maiores cargas tributárias em telefonia do mundo. Nossos custos em
telefonia são três vezes maiores do que na Argentina, por exemplo. Fui mal interpretado quando
afirmei que aqui se paga mais imposto no telefone do que em revólver e cachaça. Mas é a pura
verdade.

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