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Primeira metade do século XX

Fator Histórico marcante: As duas grandes guerras mundiais


Início do século XX;
 O centro da cultura e da educação é a Europa.
 Foco é o método de ensino- o melhor método teria os melhores resultados na
alfabetização.
 O fracasso escolar é atribuído à ineficiência dos métodos de ensino.
 Uso de cartilhas com o ideia de que a escrita é a transcrição da fala.
 Aprendizagem cumulativa: memorização, cópias, ditados, exercícios de repetição.

Década de 60

Fator Histórico marcante: A ascensão do EUA e a necessidade de se promover uma Educação


para todos. Movimentos civis do Pós Guerra, luta da população negra e das maiorias étnicas.
O francês Binet havia desenvolvido os testes que mediam a inteligência dos indivíduos em uma
determinada escala de graduação QI, testes estes que foram usados em larga escala nos EUA
para justificar o fracasso no ensino da população negra e das minorias étnicas. O fracasso
escolar é atribuído ao aluno.
 A Psicologia e as teorias do desenvolvimento influenciam fortemente a
Educação.Literatura sobre hiperatividade, déficit de atenção, dislexia...rotulam aqueles
que por algum motivo não conseguem aprender.
 A idéia central de pré-requisitos(conjunto de habilidades sema qual a aprendizagem não
ocorre: coordenação motora, visomotora, percepção visual, auditiva,Motricidade,análise
e síntese.)
 Promovia-se em ampla escala atividades de percepção e motricidade.
 Surge o conceito de prontidão para aprender.
 São realizados testes de prontidão e maturidade como o Bender, ABC e os estes de
Q.I para classificar os alunos.
 Na escola estes eram separados em fracos e fortes.Os com desempenho
insatisfatórios eram encaminhados às salas especiais
 Piaget contesta essa forma de encarar o fracasso escolar.

Meados dos anos 70

Fator Histórico marcante: Em 1979, no México,ministros da América Latina e Caribe


discutiram em conferência as condições da Educação e o compromisso com uma Educação
para Todos( Emília Ferreiro,que foi discípula de Piaget participou desse movimento),alguns
aspectos que deveriam ser efetivados até 1990.
 a erradicação do analfabetismo.
 a melhoria da qualidade da escola.
 a universalização da Educação Básica.
 A escola de boa qualidade é aquela que faz o aluno se apropriar do saber,adquirir
valores e capacidade de reflexão para se tornarem cidadãos.
 Foram retomados os ideais da inclusão.

Nos anos 80

Chegam ao Brasil traduzidas as obras com as pesquisas de Emília Ferreiro e Ana Teberosky
sobre a psicogênese da alfabetização.

Nos anos 90

Este conjunto de saberes ganha força na Educação aliados à didática da Alfabetização.

 As idéias sobre alfabetização são discutidas no mundo inteiro.


 Pesquisas sobre o fracasso escolar dão ênfase à América Latina.
 São contestadas a idéia do déficit e o fracasso escola atribuídos ao aluno.
 Avanços na Psicolingüística e Sociolinguística inspiram a mudança de paradigmas.Não há
déficit no aluno,mas o desconhecimento de como a criança aprende a ler e a escrever.
 Muda-se o foco do como se ensina para o como se aprende.
 O ensino da Língua considera a psicogênese da língua escrita.
 O problema da alfabetização não está nos métodos mas nas questões lingüísticas.
 Conhecer as teorias não garante que sejam propostas boas situações de
aprendizagem .Para isso é preciso fazer a transposição didática desse corpo teórico de
conhecimento para a prática docente.
 A aprendizagem é um recurso interno( como o aluno organiza e constrói seu
pensamento) e não externo como se pensava.
 Clareza da necessidade da intervenção do professor e do saber didático, para o
processo de ensinar e de aprender.

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