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Comunicação e Expressão

Capítulo 11
Professor: Edson
Caro aluno,

Você deve ter percebido, durante todos os seus anos escolares, a importância de
um texto curto e lógico nas mais diversas situações: provas, seminários, debates...
Aqui vamos mostrar caminhos para que seus resumos e sínteses sejam
considerados, academicamente, bem escritos.

ORGANIZAÇÃO DAS IDEIAS

Saber elaborar um resumo ou uma síntese é fundamental para sua atuação


acadêmica, pois temos contatos com inúmeras leituras e dificilmente iremos
guardar todas as informações ali presentes; ao mesmo tempo, quando expomos um
trabalho, torna-se necessário que nossas ideias sejam mostradas de forma objetiva
e clara e, para isso, é essencial que saibamos selecionar as informações mais
importantes. Pensando nisso, vamos mostrar alguns caminhos que você deve
percorrer no momento da elaboração de qualquer bom resumo ou síntese.

Resumo

De forma muito direta, podemos dizer que:

Resumir é depreender ou apresentar em termos breves e


objetivos a parte essencial de um conteúdo. Dentro de
uma visão simples, podemos dizer que o resumo tem um
formato maior que a síntese. O resumo seria o primeiro
passo para apararmos as arestas de um texto.

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No resumo não se deve fazer uma análise crítica dos argumentos em questão,
mas, deve-se apenas reduzir a poucas palavras, as ideias centrais de um texto ou
de um autor.

Assim, um bom resumo possui as seguintes características:

a) Apresenta apenas o que é essencial, deixando de lado detalhes e dados


secundários.
b) Ele é elaborado com um vocabulário adequado e conhecido (com nossas
próprias palavras), procurando demonstrar, brevemente, o que foi entendido
do conteúdo. Devemos lembrar que no resumo não cabe a crítica ou
julgamento de valor, mas a preservação da ideia do autor do texto.
c) Ele traz ideias centrais do conteúdo não de forma fragmentada, mas dentro
de uma ordem lógica, em que haja relação de sentido entre as partes.
d) Ele deve ser compreensível.

Para se elaborar um bom resumo precisamos seguir alguns passos:

1º) Fazer uma leitura de todo o texto.

2º) Fazer uma segunda leitura, grifando o que julgamos mais importante.

3º) Com base nesses grifos, elaborar um texto.

4º) Ler o resumo e verificar o que ainda poderá ser retirado, pois algumas
afirmações podem não representar a ideia central, mas serem apenas ilustrações
para desenvolver tal ideia.

5º.) Elaborar o texto final.

Se você seguir esses passos, temos a certeza de que fará uma excelente
apresentação ou terá plena compreensão do conteúdo lido.

Vamos fazer um resumo?

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O texto a seguir é da Profa. Cintia Barreto, ele foi adaptado deste site:
http://www.cintiabarreto.com.br/artigos/aimportanciadoatodeescrever.shtml. Leia-o e
procure depreender as ideias centrais.

A Língua Portuguesa na Universidade

O aprendizado de termos e da nomenclatura dos elementos da língua


acontece a partir da 3ª série do ensino fundamental e é reforçado
durante as demais séries até o término do ensino médio.

Mas, com o vestibular cada vez mais interpretativo, a leitura e a produção


textual começam a ganhar espaço nas aulas de língua portuguesa. Após
a leitura de textos literários e não-literários, inicia-se um debate sobre a
temática do texto que culmina com a proposta de elaboração de um texto
sobre o assunto debatido. O difícil será receber todas as redações, pois
muitos se esquivam da dramática tarefa de pôr no papel tudo que foi dito
em sala.

Quando o aluno chega à universidade, ele tem que colocar em prática o


conteúdo que foi ensinado no ensino médio. No entanto, ele tem grandes
dificuldades, pois a língua portuguesa, nem sempre, foi ensinada da
melhor maneira possível, isto é, com a intenção de, realmente, dar
autonomia ao educando, a fim de que ele, agora, na universidade, saiba
concatenar o conteúdo de todas as disciplinas e possa elaborar um texto
rico sintática e semanticamente.

Além disso, as disciplinas não são tratadas como transdisciplinares. Não


há aparente relação entre elas, nem dentro de uma mesma disciplina.
Por exemplo, ensina-se ao aluno as orações subordinadas, mas o aluno
não consegue usar conectivos, no seu texto, de forma correta. Ele só
sabe, ou melhor, mal sabe dizer as nomenclaturas, como: "esta é uma
conjunção adverbial concessiva." Ensina-se, na escola, ao aluno a
pontuação, a separação silábica, as concordâncias e as regências verbal

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e nominal e, nem por isso, o universitário, aluno do ensino superior,
consegue elaborar um "simples" texto. O aluno pensa que só se faz
dissertação, no momento em que o professor de língua portuguesa assim
determinar. O aluno não percebe que ao responder a um questionário de
filosofia, ou de história, ele também está dissertando e deve, portanto,
usar todos os conhecimentos gramaticais aprendidos nas séries
anteriores e deve utilizar seus conhecimentos de português, geografia,
literatura, biologia, sociologia, enfim, perceber as inter-relações entre as
disciplinas.

Os alunos de universidades escrevem a todo o momento, ou pelo menos,


deveriam escrever constantemente, então por que eles escrevem tão
mal? Por que não conseguem escrever textos coesos e coerentes? Por
que muitas frases parecem estar desconexas? Por que os erros de
pontuação, de ortografia e de acentuação são frequentes no nível
universitário? Será por causa da pouca, ou nenhuma, leitura
extraescolar? Será pelas facilidades do computador, com seu corretor
ortográfico e seus softwares de concordância e regência? Será pelo
relaxamento dos chats e e-mails, que sucumbem as vírgulas, os acentos
e fazem uso de neologismos?

No momento não temos uma resposta, mas isso é o que se quer


descobrir: o motivo da falência da expressão escrita. É imprescindível
saber como são dadas, de fato as aulas de português hoje e como a
produção de texto é incentivada e corrigida, se é que ela é tratada com
destaque.

Portanto, temos consciência de que o ensino de língua portuguesa tem


que passar por uma reformulação, ou melhor, deve seguir as novas
exigências da educação e do mercado de trabalho, pois ambos
defendem o fato do aluno, ao sair da universidade, seja capaz de se
comunicar a partir das modalidades oral e escrita com destreza e não
com medos e erros que se igualam a erros de alunos dos ensinos
fundamental e médio.

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É preciso que os professores direcionem as aulas também para escrita,
senão continuaremos tendo advogados com suas petições rejeitadas por
falta de coesão e coerência; senão continuaremos a ler nos jornais e
revistas palavras erradas; senão continuaremos ouvindo no rádio que já
começou o "horário gratuíto"; senão continuaremos sem entender a
receita que o médico acabou de passar, porque escreveu de qualquer
jeito, uma vez que há muito tempo não escreve e, realmente, não se
lembra mais de determinadas normas gramaticais. É preciso valorizar,
novamente, a expressão escrita.

Agora, vejamos se o que você considerou importante foi o que também foi
considerado abaixo. Acompanhe o que foi grifado.

A Língua Portuguesa na Universidade

O aprendizado de termos e da nomenclatura dos elementos da língua


acontece a partir da 3ª série do ensino fundamental e é reforçado
durante as demais séries até o término do ensino médio.

Mas, com o vestibular cada vez mais interpretativo, a leitura e a produção


textual começam a ganhar espaço nas aulas de língua portuguesa. Após
a leitura de textos literários e não-literários, inicia-se um debate sobre a
temática do texto que culmina com a proposta de elaboração de um texto
sobre o assunto debatido. O difícil será receber todas as redações, pois
muitos se esquivam da dramática tarefa de pôr no papel tudo que foi dito
em sala.

Quando o aluno chega à universidade, ele tem que colocar em prática o


conteúdo que foi ensinado no ensino médio. No entanto, ele tem grandes
dificuldades, pois a língua portuguesa, nem sempre, foi ensinada da
melhor maneira possível, isto é, com a intenção de, realmente, dar

Capítulo 11
Professor: Edson
autonomia ao educando, a fim de que ele, agora, na universidade, saiba
concatenar o conteúdo de todas as disciplinas e possa elaborar um texto
rico sintática e semanticamente.

Além disso, as disciplinas não são tratadas como transdisciplinares. Não


há aparente relação entre elas, nem dentro de uma mesma disciplina.
Por exemplo, ensina-se ao aluno as orações subordinadas, mas o aluno
não consegue usar conectivos, no seu texto, de forma correta. Ele só
sabe, ou melhor, mal sabe dizer as nomenclaturas, como: "esta é uma
conjunção adverbial concessiva." Ensina-se, na escola, ao aluno a
pontuação, a separação silábica, as concordâncias e as regências verbal
e nominal e, nem por isso, o universitário, aluno do ensino superior,
consegue elaborar um "simples" texto. O aluno pensa que só se faz
dissertação, no momento em que o professor de língua portuguesa assim
determinar. O aluno não percebe que ao responder a um questionário de
filosofia, ou de história, ele também está dissertando e deve, portanto,
usar todos os conhecimentos gramaticais aprendidos nas séries
anteriores e deve utilizar seus conhecimentos de português, geografia,
literatura, biologia, sociologia, enfim, perceber as inter-relações entre as
disciplinas.

Os alunos de universidades escrevem a todo o momento, ou pelo menos,


deveriam escrever constantemente, então por que eles escrevem tão
mal? Por que não conseguem escrever textos coesos e coerentes? Por
que muitas frases parecem estar desconexas? Por que os erros de
pontuação, de ortografia e de acentuação são frequentes no nível
universitário? Será por causa da pouca, ou nenhuma, leitura
extraescolar? Será pelas facilidades do computador, com seu corretor
ortográfico e seus softwares de concordância e regência? Será pelo
relaxamento dos chats e e-mails, que sucumbem as vírgulas, os acentos
e fazem uso de neologismos?

No momento não temos uma resposta, mas isso é o que se quer


descobrir: o motivo da falência da expressão escrita. É imprescindível
saber como são dadas, de fato as aulas de português hoje e como a

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produção de texto é incentivada e corrigida, se é que ela é tratada com
destaque.

Portanto, temos consciência de que o ensino de língua portuguesa tem


que passar por uma reformulação, ou melhor, deve seguir as novas
exigências da educação e do mercado de trabalho, pois ambos
defendem o fato do aluno, ao sair da universidade, seja capaz de se
comunicar a partir das modalidades oral e escrita com destreza e não
com medos e erros que se igualam a erros de alunos dos ensinos
fundamental e médio.

É preciso que os professores direcionem as aulas também para escrita,


senão continuaremos tendo advogados com suas petições rejeitadas por
falta de coesão e coerência; senão continuaremos a ler nos jornais e
revistas palavras erradas; senão continuaremos ouvindo no rádio que já
começou o "horário gratuíto"; senão continuaremos sem entender a
receita que o médico acabou de passar, porque escreveu de qualquer
jeito, uma vez que há muito tempo não escreve e, realmente, não se
lembra mais de determinadas normas gramaticais. É preciso valorizar,
novamente, a expressão escrita.

Como seria o resumo desse texto, baseando-se nas ideias que foram grifadas?
Procure elaborá-lo. Abaixo, há uma sugestão.

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A Língua Portuguesa na Universidade

Desde a 3ª série do ensino fundamental, aprendemos nomenclaturas


gramaticais da língua portuguesa e a cada ano esse aprendizado vai
sendo reforçado. Todavia, com a exigência do vestibular, a leitura e a
produção de texto começam a ganhar espaço nas aulas dessa disciplina.

Quando chegamos à Universidade, temos que colocar esse


conhecimento adquirido no ensino fundamental e médio em prática, no
entanto, temos muitas dificuldades, pois o conteúdo dessa disciplina nem
sempre foi ensinado da melhor maneira possível: sempre foi visto dentro
de uma visão fragmentada, achando que o que se aprende de um
conteúdo não tem relação com outro conteúdo, e o que se aprende numa
disciplina, não serve para a outra

Diante disso, há uma necessidade de reformulação do ensino de língua


portuguesa para atender às exigências da educação e do mercado de
trabalho. O aluno, ao sair da Universidade tem que ter a competência
oral e principalmente da modalidade escrita para saber se comunicar e
atuar em todas as áreas necessárias.

O que achou? Ficou parecido com o seu? Temos certeza de que sim. Mas você
sabia que poderíamos deixar esse texto ainda mais simplificado? Isso ocorreria se
nós fizéssemos uma síntese do texto. É isso que veremos a seguir.

Síntese

A síntese consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que o autor expressou


amplamente. Desse modo, só as ideias essenciais deverão ser buscadas,
dispensando-se tudo o que for secundário. É como se tivéssemos que resumir todo
o texto em um parágrafo. Assim, seria somente mostrada a ideia central. Você se

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lembra quando estudamos “textos temáticos e texto figurativos” e falamos que para
você definir a temática ou ideia central que o texto está pautado, seria necessário a
compreensão da cadeia temática e figurativa do texto? Pois bem, isso será
fundamental para fazermos a síntese.

Vejamos alguns procedimentos:

1º) Procure ler o texto atentamente, a fim de conhecer o assunto e assimilar as


ideias principais.

2º) Faça uma outra leitura do texto, sublinhando as partes mais importantes, ou
anotando à parte os pontos que devem ser conservados.

3º) Resuma cada parágrafo separadamente, procurando manter a sequência de


ideias do texto original.

4º) Agora, faça seu próprio resumo, unindo os parágrafos, ou fazendo quaisquer
adaptações conforme desejar. Procure exercitar seu vocabulário, mas mantenha o
nível de linguagem do autor.

5º) Desenvolva essas ideias em um texto muito conciso.

Vamos fazer um exercício utilizando o mesmo texto que serviu de base para o
nosso resumo, pois, dessa forma, alguns passos já foram antecipados. Agora
vamos desenvolver um texto bem conciso. Como exemplo, para um texto de uma
página, como ao da Profa. Cintia Barreto “A Língua Portuguesa na Universidade”
um texto bem conciso deveria ter apenas um parágrafo. Tente elaborá-lo, dizendo
em poucas palavras do que se trata esse texto.

A sugestão dada é:

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Os alunos na Universidade têm grandes dificuldades na produção
de textos, devido ao mau ensino da língua portuguesa na sua
formação básica escolar, pois foi pouco desenvolvida a modalidade
escrita, que é fundamental na sua atuação profissional. Por isso, há
uma necessidade de mudança desse ensino.

Como ficou a sua síntese? Tenho certeza de que atingiu a proposta do exercício.

Se você não possui hábito de sintetizar ou resumir, comece a usar esse dois
recursos na Universidade, pois isso, além de ajudar no entendimento dos textos,
ajudará, também, na sua capacidade de expor com clareza suas ideias.

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