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Uma partícula sujeita a este campo e sem qualquer velocidade inicial cairia sobre a
Terra, segundo uma recta vertical passando pelo centro da terra e pela partícula. Da
Mecânica Racional sabemos que uma partícula sujeita à acção de uma força newtoniana
descreve uma trajectória que é uma cónica. A cónica descrita depende apenas da
velocidade inicial da partícula, podendo a trajectória ser, conforme o caso, uma elipse,
uma parábola ou uma hipérbole.
O movimento normal dos satélites, sendo um movimento apenas sujeito a uma força
central, é completamente determinado pela lei da gravitação de Newton:
F = k2 Mm/r2.
Sendo o movimento normal do satélite um movimento central, são válidas as três leis
de Kepler:
1. O movimento do satélite descreve uma elipse sendo um dos focos o ponto F, o
centro da terra.
2. o vector geocêntrico r descreve áreas iguais em tempos iguais.
3. o quadrado do período de revolução do satélite é directamente proporcional ao
cubo do semi-eixo maior da sua órbita.
A ascensão recta do nodo ascendente denota-se por Ω, que toma valores no intervalo
[0,360º[. A linha dos ápsides liga o foco F com o perigeu. O ângulo entre a linha dos
nodos e a linha dos ápsides chama-se argumento do perigeu ω. O ângulo ω é portanto
medido no plano orbital, do nodo ascendente ao perigeu, no sentido do movimento
orbital. A anomalia verdadeira f e o argumento do perigeu ω medem-se sobre o plano
orbital. O ângulo entre o plano do equador e o plano orbital é a inclinação i, que toma
valores no intervalo [0, 180º[.
Notemos que
O par (Ω, i) determina a posição do plano orbital no sistema celeste.
Os valores (Ω, ω, i) posicionam a elipse no espaço.
Os valores (a, e, f) determinam a posição do satélite dentro do plano orbital.
1ª rotação:
Rotação de um ângulo Ω em torno do eixo dos zz, levando a linha dos equinócios (xx) a
coincidir com a linha dos nodos da órbita. A matriz de rotação associada a esta rotação
é:
2ª rotação:
Rotação de um ângulo i em torno da linha dos nodos da órbita (agora coincidente com o
eixo dos xx), levando o plano do equador a coincidir com o plano orbital.
Consequentemente, o eixo dos zz passa a coincidir com o eixo q3. A matriz de rotação
associada a esta rotação é:
3ª rotação:
Rotação de um ângulo ω em torno do eixo dos zz, levando a linha dos equinócios (ou
linha do ponto de Aries), agora coincidente com a linha dos nodos, a coincidir com a
linha dos ápsides (eixo q1 orbital). A matriz de rotação associada a esta rotação é:
a transformação é:
onde RMP é a matriz de rotação que traduz o movimento dos pólos, e R(Θ) representa a
rotação correspondente ao tempo sideral de Greenwich, obtendo: