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Para Piaget, enquanto a criança não “conhece” literalmente um objeto seus desenhos não
configuram representação. Por exemplo: só quando a criança é capaz de ver o carro na rua e entrar
em casa e representar o carro sem estar olhando ele é que é reconhecido na teoria de Piaget.
Pereira (2013, p. 125) relata um dos pontos que os autores citados veem em comum em relação ao
desenho infantil: “A relação com o grupo social tem grande importância nos desenhos infantis, não
só sob o aspecto temático, como também forma e função”.
Sendo assim, ao educador cabe incentivar à criança no processo de aprendizagem das artes,
valorizando suas diversas formas de expressão e de comunicação com o meio. É de grande
importância um educador que se torne mediador entre a criança e o objeto de conhecimento, que
propicie situações que possam despertar o interesse do aluno e que possa entender a arte não como
recurso decorativo, mas como forma de ensino, com objetivos importantes para o desenvolvimento
da criança, deixando a criança fazer a criação da sua própria arte.
Ao realizar uma atividade, o professor é o principal observador e orientador do desempenho de uma
criança. Mas, além de observar a expressão e o comportamento, trocar vivências e ensinar, é
necessário buscar elementos que estão ocultos nas ações artísticas, mais especificamente por meio
do desenho.
Fato que contribui muito para esse processo de evolução do desenho da criança é a ausência de
regras, de como realizar o desenho corretamente, o professor não deve exigir que a criança
represente uma árvore somente com folhas verdes por exemplo, ou então não será a arte da criança.
O educando possui muitas linguagens e formas de expressão, por isso é importante que o educador
proporcione um ambiente estimulador para o seu pleno desenvolvimento, disponibilizando diversos
materiais como, por exemplo, cartolinas, lápis de variadas cores, giz, enfim, despertar na criança a
expressão espontânea e a inspiração criadora. Quando a criança se sentir livre para se expressar,
cabe ao educador ter a sensibilidade de “ler”, interpretar o que foi “dito” ou pedir explicações para
que a criança mesma explique, assim, tudo vai fazer sentido.
Referência:
PEREIRA, K. H. A. Fundamentos e Métodos da Arte-Educação. Batatais: Claretiano, 2013.
Páginas 107 a 126.
Comentário do professor
Bom trabalho Renata!
O seu texto sobre o processo de criação infantil relacionando as ideias propostas por Jean Piaget e Lev
Vygotsky está bom! Assim como as observações que fez em relação ao papel do educador nesse processo.
Está claro, objetivo e bem escrito. Parabéns!
Espero que aproveite esse estudo em sua prática docente ao mediar os processos de criação da produção
artística infantil.
Abraço, Halima