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CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
R349p
Anexo
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7655-210-9
1. Esportes - Estudo e ensino. 2. Jogos em grupo. I. Scaglia, Alcides José. II. Título.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Dedicamos este trabalho às nossas famílias, que, por meio do amor
incondicional, acomodou no seio da vida nosso viver plenamente.
Riller e Alcides
Dedico este livro aos m?us amados pais, Ri ver e Lúcia, e à minha irmã,
Rilane.
Riller
da ação educativa.
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análise conceituai de algumas das principais abordagens
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análise conceituai de algumas das principais abordagens
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Sendo, segundo Libâneo (2002b), toda prática educativa
intencional correspondente a uma pedagogia, isso nos permite
compreender que as reflexões que decorrerão são próprias de uma (
prática educativa da pedagogia do esporte, portanto estabelecida
dentro do contexto de uma educação intencional.
Embora havendo, ainda, na pedagogia do esporte muito a
se desenvolver no contexto prático-teórico e teórico-prático,
já a constituímos como um ato pedagógic o e, segundo Balbino
(
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" 'i11-'1 " " <!''!' conhecemos, sem nós, não é mundo; conos-
CO é mundo". Ocorre, portanto, a necessidade de compreender o
esporte |'. iii! <Ío homem que o faz esporte. Assim, não expulsan-
do 0 lUjeiii > dft ciência "do esporte" (Morin, 2002).
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Na construção dos pressupostos metodológicos, Paes (2002)
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organiza sua estrutura-base respondendo a três referenciais: O
(
que ensinar? Quando ensinar? Como ensinar? No entanto, Paes
(2001; 2002) considera como complementar a essa estrutura um
referencial socioeducativo, ou seja, um referencial que permitiria c
responder de que forma o ser humano poderia se beneficiar nesse
processo educativo. (
Como meio de intervenção no ensino-aprendizagem dos es- (
portes coletivos, defende o jogo possível que remete a uma forma
simplificada do jogo principal, ou seja, jogos pré-desportivos, e
a pequenos jogos/brincadeiras, apresentados com características
técnico-táticas e uma estrutura funcional similar às características
dos esportes coletivos, tendo o seu nível de exigência estabelecido
( )
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jogo-trabalho.5
Assim, Scaglia (2003) privilegia o ensino dos jogos pelos
jogos, no qual se cria um ambiente favorável para o desenvolvi-
mento da inteligência para o jogo, possibilitando ao aluno jogar
de forma a conversar com ele, que para o autor «é entendê-lo en-
quanto linguagem, pressupondo uma metacomunicação, na qual
o jogador aprende e aprende à medida que joga (interage com o
jogo e sua dinâmica sistêmica)" (Scaglia, 2003, p. 98).
Para Scaglia, o professor/técnico deverá ser o agente esti-
mulador desse processo, propondo atividades coesas com o nível
de habilidade dos Indivíduos (alunos) e também com a responsa-
hlMidr de propor atividades desafiadoras que possibilitem aos
j 11 i i tos conitmii dê fem» gradativa sua Inteligência para o jogo.
,„..(. <[rir (rui por fmu.ao desequilibrar o aprendiz, ou
i«ji, propor dificuldades constantes e graduais que, instigando-o
a ir além, superar novos desafios, leva-o a esta descoberta" (Scaglia,
1999b, p. 60).
A partir do desenvolvimento da inteligência do jogador para
o jogo, possibilita-se ao aluno ser capaz de ler o jogo e, em meio à
S Sejnmdo Scaglia (2004), o jogo-trabalho surge a partir do equilíbrio entre o jogo-livre e o jogo-
L S N O jogo-livre. ofimettâ em si mesmo (espontaneidade, ludicidade. prazer);caracter e
principalmente pelo seu caráter inatista. em que o professor assume apenas a cond.çao de agente
observador. Ao jogo-funcional. atribui-se um valor utilitário, ob)euva-se urucamente aprender al-
coisa que esta além do jogo, centrada na figura do professorcomoagentequecoo^.da,
organiza os jogos, sendo ao aluno apenas o agente receptor do conteúdo e de seu desenvolvimento.
Dessa forma segundo Freire e Scaglia (2003) e Scaglia (2004) o jogo-üaballro »tender! às necess.-
dades essenciaifda criança e aproximará o seu pensamento da .ÇÍO ff*"^»*^£
eme foi produzido pelo homem, da mesma forma que poderi ressigntfcl-lo, permitido pelo fator
mtencionai estabelecido no ambiente do jogo. Nesse contexto, o professor é<> «,-nt- >
pnK-es«, |K»teiidaJi/JiMlo as s i t u a i s d, tren as de nilo.m.u, , tne. HU que . K . ' «
poder de dèdsões nas aulas, permitindo assim a tomada de consdínci. du »ÇÔM desenvolvidu
nas aulas e ao passo que aumenta o grau de comprometimento e responsabilidade dos alunos no
desenrolar de seu processo de aprendizagem" (Scaglia, 2004, p. 12)).
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• 7-8 anos
- Jogo alicerçado pelos fundamentos básicos;
- Objetiva nessa faixa etária a aquisição e a am-
pliação do vocabulário motor das crianças;
- Ênfase sobre a exploração das habilidades
motoras.
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9-10 anos
- Jogo alicerçado pelos fundamentos básicos;
- Ênfase maior na execução dos movimentos
aprendidos anteriormente;
- Concretização dos fundamentos básicos já
assimilados;
- Aprimoramento e desenvolvimento dos fun-
damentos específicos das modalidades alicer-
çados sobre o acervo motor já adquirido.
11-12 anos
- Jogo alicerçado pelos fundamentos secundá-
rios, os quais são derivados dos básicos e que
não acontecem sem que os anteriores tenham
sido desenvolvidos de forma correta;
- Objetiva o aprimoramento e o desenvolvi-
mento dos fundamentos derivados.
13-14 anos
- Jogo alicerçado pelos fundamentos táticos
específicos, que se referem às posições dos
jogadores, às suas funções e às suas carac-
terísticas próprias, bem como às estratégias
utilizadas por estes no jogo;
- Maior ênfase no aprendizado dos posiciona-
mentos táticos e estratégicos, assim como as
posições dos jogadores durante o jogo.
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Deve, por isso, propor-se um jogo ou formas
no
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do anterior".
O autor preconiza a organização e o sequenciamento do
processo considerando a transferência das aprendizagens para
o jogo e, desse modo, conectando diferentes formas modifica-
das de jogo para as do jogo formal. E, nesse aspecto, recaem
sobre os professores algumas responsabilidades que determi-
narão todo o desenrolar do processo.
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análise conceituai de algumas das principais abordagens
,(
Garganta (1995)
O ensino dos jogos coletivos por meio dos jogos
condicionados, unidades funcionais, orientados para
compreensão do jogo (razões do fazer) e integrado à
sua especificidade técnica (modo de fazer), contem-
plando uma prática transferível a partir da assimilação
dos princípios comuns nos jogos, por meio de formas
jogadas acessíveis, motivadoras e desafiadoras.
Estratégias Graça (1995)
e metodologia O ensino orientado para a aprendizagem das
habilidades básicas para jogos, orientando para o de-
senvolvimento da capacidade de jogo dos praticantes,
por meio de jogos e atividades simplificados e modi-
ficados, combinação e formas de jogos e transferência
da exercitação para os jogos, por meio de situações
que exijam duplas tarefas (o quê e como), em virtude
das especificidades das habilidades para os jogos e seu
caráter multidimensional.
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2002, p. 22)
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O método de ensino-aprendizagem-treinamen-
1998, p. 48)
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a inteligência do jogo.
A capacidade tática surge da capacidade de abstração do jogo,
ou seja, da elaboração de um pensamento tático - convergente e
divergente - que permita ao indivíduo elaborar planos e perceber
situações do jogo, com o objetivo de superar a adversidade.
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Continuação
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Capítulo 2
Consensos em
pedagogia do esporte
Nas ciências, quando há sugestão de verificar em um texto
diferentes abordagens, ocasionalmente, as primoiias fonnulaçôei
feitas estão ligadas à ânsia de embate entre diferentes abordagens
Eventuamente, são enaltecidas na perspectiva iiiformacíonal e
pouco reflexiva, resultando na celebração da morte de uma abor-
dagem e no esplendor de outra, como se suas construções fossem
apenas meras insurgências do acaso. No entanto, não compartilha-
mos desse conceito paradigmático.
Em tempos de discussões veementemente exploradas pelo
pensamento complexo,1 não poderíamos nos limitar a uma dis-
cussão tão reducionista e pouco significante ao propósito desse
trabalho. Corroboramos com Morin (2003, p. 60), para o qual a
ciência não nasce do nada, como se estivesse entre quatro pare-
des. "A cientificidade se constrói, se desconstrói e se reconstrói
sem cessar, já que existe um movimento ininterrupto" cultural-
social-histórico. Logo, o conhecimento científico não se exclui e
não surge em um ponto da história, puro e simplesmente, mas se
transforma, permite ser observado de outras formas, com outra
visão e estrutura de mundo.
Assim, como consenso ou possíveis divergências, não nos
cabe desconsiderar essa ou aquela teoria. O certo é que todas
detêm significativa importância, pois, a partir de sua construção,
foram permitidas a desconstrução e a reconstrução, sobretudo
fundamentadas pela busca progressiva incessante da eliminação
1 Para Morin (2003), a ideia de pensamento complexo deve ser a de nos despertar e nos levar à ex-
ploração de tudo. No entanto, segundo o autor, o pensamento complexo não poderá acontecer sem
estar sustentado por princípios. Segundo Morin (2003, p. 231), "o pensamento complexo é o pensa-
mento que, equipado com os princípios de ordem, leis, algoritmo, certezas e ideias claras, patrulha o
nevoeiro, o incerto, o confuso, o indizível, o indecidível".
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dessas atividades.
As diferentes abordagens apresentaram o campo de investi-
gação da pedagogia do esporte, mas nos colocaram de frente a um
problema significativamente complexo, principalmente sobre seu
objeto, que efetivamente é condicionante da prática esportiva,
dos jogos esportivos, do jogo coletivo: o jogo (Teodorescu, 2003).
Consensos em padagogli do eipart»
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mesma forma, jogaram o jogo que fora deixado por outros, assim
como outros irão jogar o jogo deixado por ele (jogador).
Os fatores internos (individuais) < jiu* influenciam diretamente
cada jogador permitem diferenciar e manipular o jogo e manter
a sua construção humana. No entanto, comum a todos os joga-
dores que nele deixaram sua condição humana, ressignihcando o
jogo, Scaglia (2003) atém-se à existência de um ambiente de jogo
(contexto) fruto das motivações intrínsecas. Scaglia (2003, p. 60) diz
que "o estabelecimento de um ambiente de jogo advém de motiva-
ções intrínsecas, dependentes da entrega e do desejo do jogador".
Segundo o autor, esse ambiente de jogo é habitado - existe
um nicho ecológico - por três componentes, coabitando um no
outro, em um jogo intenso de instabilidade (desordem) e estabi-
lidade (ordem): o mundo do jogo, um Ser que joga e um Senhor
do jogo, e é nesse ambiente que o estado de jogo se revela, onde
é evidenciada a predominância da subjetividade em detrimento
da objetividade.
Ao observarmos Sevcenko (2004) transcrevendo as emoções
vividas em uma quadra de handebol, ao longo de alguns anos de
sua vida nessa modalidade, facilmente reconheceremos o mun-
do do jogo em que ele fora absorvido, ou melhor, está e continua
absorvido3 quando transpõe para o papel as sensações permitidas
no ambiente de jogo. Da mesma forma, Scaglia (2003) descreve
as sensações externalizadas que se manifestam intrinsecamente
3 Para Scaglia (2003), o ato de jogar é mais do que simplesmente a manifestação de um compor-
tamento. fim seu contexto, existem outros componentes que o integram, como: desejo de jogar,
simbolismo e/ou manifestação mental da situação de jogo, manifestações intrínsecas (anseios,
desejos, necessidades pessoais, satisfação) e extrínsecas (problema a ser resolvido, regulamentos),
permitindo ao jogo ser representado também no plano simbólico (cognitivo) - capacidade hu-
mana - como manifestação de jogo.
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2003, p. 260)