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18 de Brumário de Luís

Bonaparte de Karl
Marx

Anna Lessa
Cassiano Andrade
Gabriel Rodrigues
Kauane Adrielly
Maryanne
O Autor
● Karl Heinrich Marx nasceu em 5 de Maio de 1818
em Tréveris, Alemanha.
● Foi filósofo, teórico político, jornalista,
sociólogo e revolucionário.
● Escreveu diversas obras cuja importância direta
e indireta ainda reverberam na atualidade.
● O Capital, O Manifesto do Partido Comunista e
o 18 de Brumário de Luís Bonaparte são alguns
exemplos.
● Karl Marx faleceu em 14 de Março de 1883 (64
anos) em Londres, Reino Unido
A Obra
● Escrito entre Dezembro de 1851 e
Março de 1852, na revista Die
Revolution sobre os
acontecimentos na França entre
1848 e 1851.
● O livro é um exemplo de aplicação
da teoria da concepção
materialista da história e as outras
teorias marxianas que circundam.
Os grupos envolvidos
● A obra analisa diversas classes e seus papéis durante as revoltas e o jogo
político:
○ Os monarquistas, divididos entre os Bourbons, uma burguesia
fundiária, e os Orleans, de uma burguesia financeira, e formavam o
Partido da Ordem.
○ Os republicanos, representados pela alta burguesia, pequena burguesia
e classe média.
○ Os socialistas/proletários representados pela parte democrática da
burguesia (Montanha) e a grande massa.
O decorrer da obra
● Junho de 1848: proletários revoltados vão às ruas e são massacrados
na chamada Insurreição de Junho.
● O Partido da Ordem tinha as maiores forças da sociedade Francesa
● Aliança entre legitimistas e orleanistas
● Golpe de Luís Bonaparte
● Considerações finais sobre a obra
Os principais acontecimentos
I – Primeiro período: de 24 de fevereiro a 4 de março de 1848. Período de fevereiro. Prólogo. A fraude da
fraternização geral.

II – Segundo período: período da constituição da República e da Assembleia Nacional Constituinte.

1 – De 4 de maio a 25 de junho de 1848: luta de todas as classes contra o proletariado. Derrota do


proletariado nas jornadas de junho.

2 – De 25 de junho a 10 de dezembro de 1848: ditadura dos burgueses republicanos puros.


Elaboração da Constituição. Decretação do estado de sítio em Paris. A ditadura dos burgueses é
eliminada em 10 de dezembro mediante a eleição de Bonaparte para presidente.
III – Terceiro período: período da república constitucional e da Assembleia Legislativa Nacional.

1 – De 28 de maio a 13 de junho de 1849: luta dos pequeno-burgueses contra a burguesia e Bonaparte. Derrota da
democracia pequeno-burguesa.

2 – De 13 de junho de 1849 a 31 de maio de 1850: ditadura parlamentar do Partido da Ordem. Aperfeiçoa o seu
domínio mediante a abolição do sufrágio universal, mas perde o ministério parlamentar.

3 – De 31 de maio de 1850 a 2 de dezembro de 1851: luta entre a burguesia parlamentar e Bonaparte.

a) De 31 de maio de 1850 a 12 de janeiro de 1851: o Parlamento perde o comando supremo sobre as Forças
Armadas.

b) De 12 de janeiro a 11 de abril de 1851: é derrotado nas tentativas de reapropriar-se do poder administrativo. O


Partido da Ordem perde a maioria parlamentar autônoma. A sua coalizão com os republicanos e a Montanha.

c) De 11 de abril a 9 de outubro de 1851: tentativas de revisão, fusão e prorrogação. O Partido da Ordem se


decompõe nos seus componentes individuais. Consolida-se a ruptura do Parlamento burguês e da imprensa burguesa
com a massa burguesa.

d) De 9 de outubro a 2 de dezembro de 1851: rompimento franco entre o Parlamento e o Poder Executivo. O


Parlamento realiza o seu ato derradeiro e sucumbe, abandonado pela sua própria classe, pelas Forças Armadas e por
todas as demais classes. Fim do regi- me parlamentarista e do domínio burguês. Vitória de Bonaparte. Paródia da
restauração imperialista.
O Materialismo Histórico
● A partir das pesquisas e avanço no conhecimento teórico político, Marx e Engels
elaboraram a teoria do Materialismo Histórico.
● 11 Teses de Feuerbach: Rompe com a concepção idealista rumo ao Materialismo.
● O Materialismo se baseia nas condições materiais de existência que influenciam e,
até certo ponto, determinam a consciência humana e de classe.
○ “Os homens fazem a sua própria história; contudo, não a fazem de livre e
espontânea vontade, pois não são eles quem escolhem as circunstâncias sob as
quais ela é feita, mas estas lhes foram transmitidas assim como se encontram”
(MARX, p. 25, 1852)
Categorias do Materialismo Histórico
“A história da humanidade é a história da luta de classes”
● Marx e Engels não desejam chegar a leis eternas e imutáveis, mas a uma
concepção que, partindo da materialidade histórica e social, coloca-se como
um guia para a compreensão dos processos históricos e da sociedade
capitalista atual, tendo em vista a sua transformação (SIQUEIRA;PEREIRA,
p.2019)
● O Materialismo Histórico propõe desconfiar, investigar e desnaturalizar a
realidade capitalista, marcada pela desigualdade econômica, social e
cultural, para a superação dela.
O Materialismo Histórico no livro
● A escrita baseada na ação dos homens como motor da história
● A história é encenada duas vezes
○ Todo um povo, que por meio da revolução acreditava ter obtido a força
motriz necessária para avançar com maior celeridade, de repente se vê
arremessado de volta a uma época extinta e, para que não paire nenhuma
dúvida quanto ao retrocesso sofrido, ressurgem os velhos elementos, a
velha contagem do tempo, os velhos nomes, os velhos editais que já haviam
sido transferidos ao campo da erudição antiquária e os velhos verdugos
que pareciam ter-se decomposto há muito tempo.
As condições materiais
● Cada classe e grupo social descrito tem interesses próprios
○ Orleanistas queriam continuar com seus interesses fundiários
○ Legitimistas (Bourbon) queriam o desenvolvimento dos seus bancos e
indústrias
○ Republicanos e democratas viam na república uma forma de alargar o
grupo seleto de pessoas privilegiadas pelo governo
○ Os proletários radicalizados queriam o fim da exploração da força de
trabalho.
Alguns apontamentos…
● Marx observa como o desdobramento dos movimentos se dá por uma
tentativa de alianças com grupos historicamente opostos.
● A análise da burguesia como um grupo diverso e de interesses diversos.
● A conciliação de classes como um problema prático.
● O uso de massas (lumpemproletariado) por parte de Luís Bonaparte.
● Há um debate sobre o efeito do voto no livro.
○ Marx na França.
As transformações do Materialismo Histórico
A crise dos paradigmas se apresenta como um dos principais eventos que
alteram o modo de pensar o Materialismo Histórico

● O que é paradigma?
● Contexto de colapso do paradigma histórico moderno
● Motivo do colapso
● As mudanças do Materialismo Histórico
Referências bibliográficas
FIGUEREDO, Antônio José. A crise dos paradigmas: a metodologia do positivismo e novas possibilidades da
pluralidade metodológica em ciências humana. Revista Valore, Volta Redonda, 1 (1): 159-168.,2016

ROIZ, Diogo da Silva. A ‘crise de paradigmas’ nas Ciências Sociais, uma questão relativa à teoria da história. Topoi,
v. 7, n. 12, jan.-jun. 2006, pp. 261-266.

LUKÁCS, G. História e consciência de classe: estudos sobre a dialética marxista. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

SIQUEIRA, Sandra M.M., PEREIRA, Francisco. Marx-Engels: O materialismo histórico. Caderno Lemarx, n.2,
Setembro/2019.Título: Marx/Engels: Origem e Fontes do Marxismo Série: Introdução aos Clássicos do Marxismo.

TV BOITEMPO. MARX E A HISTÓRIA | Jorge Grespan | Curso livre: Marx e os marxismos #3. Youtube, 2018.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HVo8tuqim-I&t=5544s&ab_channel=TVBoitempo>. Acesso
em 04/04/2022.

MARX, Karl. O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011.

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