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Número 199
BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
ARTIGO 3
(Sede e Representações)
ARTIGO 1 ARTIGO 5
(Competências)
(Natureza)
O INPS tem as seguintes competências:
1. O Instituto Nacional de Previdência Social, IP,
abreviadamente designado INPS, IP, é uma pessoa colectiva a) No âmbito da Gestão da Previdência Social:
de direito público, de regime especial, dotada de personalidade i) Organizar e gerir o cadastro dos contribuintes com
jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial. descontos de compensação para aposentação
dos funcionários e agentes do Estado;
2. O INPS pode, na sua actuação, praticar actos de gestão
ii) Analisar e fixar pensões, subsídios e outras
privada da Administração Indirecta do Estado na medida em prestações previstas na legislação aplicável, para
que seja indispensável à prossecução das suas atribuições com os funcionários do Estado que sejam contribuintes
a necessária eficiência económico-financeira e tempestividade. para sua aposentação;
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iii) Garantir o processamento e pagamento de pensões, d) No Âmbito da Gestão do Fundo de Pensões e Outros
subsídios e outras prestações devidas a funcionários Fundos Autónomos:
e agentes do Estado aposentados, nos termos i) Gerir as contribuições dos descontos de compensação
da legislação aplicável; para aposentação dos funcionários do Estado, no
iv) Elaborar e propor a estratégia e política de gestão respectivo Fundo de Pensões, bem como o controlo
financeira da previdência e segurança social da sua utilização e aplicações em operações
obrigatória dos funcionários e agentes do Estado financeiras e de investimentos;
e sua sustentabilidade; ii) Organizar e gerir, de forma prudente, sustentável e
v) Realizar estudos de avaliação, reavaliação e em regime de capitalização e eficiência económico-
actualização actuariais de responsabilidades financeira, o Fundo de Pensões dos Funcionários
vencidas e vincendas por serviços passados do Estado bem como a sua utilização e aplicação
prestados ao Estado pelos seus funcionários de seus recursos excedentários em operações
e agentes; financeiras e de investimentos;
vi) Assegurar o cumprimento das obrigações decorrentes iii) Gerir, com eficiência económico-financeira, a
de instrumentos internacionais relativos à carteira de operações financeiras e de investimentos
previdência e segurança obrigatória social sob rentáveis do Fundo de Pensões dos Funcionários
do Estado, podendo concessionar a gestão
sua gestão;
especializada de determinados investimentos;
vii) Assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes
iv) Gerir as contribuições para o Fundo de Assistência
da articulação dos Sistemas de Segurança Social
Social e Planos de Saúde e a sua utilização
Obrigatória; e aplicações em operações financeiras
viii) Assegurar e propor a definição da política e e de investimentos;
objectivos da previdência e segurança social v) Organizar e gerir, de forma prudente, sustentável e
obrigatória dos funcionários e agentes do Estado; em regime de capitalização e eficiência económico-
ix) Participar na concepção e formulação da política e financeira, o Fundo de Assistência Social e Planos
diplomas legais sobre a protecção social, no âmbito de Saúde para funcionários e agentes do Estado no
da previdência e segurança social obrigatória; activo e aposentados bem como a sua utilização
x) Assegurar a representação em organismos e aplicação de seus recursos excedentários em
internacionais especializados e participar na operações financeiras e de investimentos;
preparação e execução de medidas integradas na vi) Gerir, com eficiência económico-financeira,
cooperação internacional em matéria relativas à a carteira de operações financeiras e de investimentos
previdência e segurança social sob sua gestão nos rentáveis do Fundo de Assistência Social
termos da legislação aplicável. e Planos de Saúde, podendo concessionar a gestão
b) No âmbito da Gestão da Segurança Social: especializada de determinados investimentos;
vii) Gerir as contribuições para outros fundos autónomos
i) Organizar e gerir o cadastro dos beneficiários da similares, incluindo de pensões complementares,
segurança social garantida pelo Estado, nos termos cuja gestão lhe seja confiada nos termos da
da legislação aplicável; legislação aplicável ou contratualmente, bem
ii) Analisar e fixar pensões, subsídios e outras prestações como a sua utilização e aplicações em operações
previstas para os beneficiários da segurança social financeiras e de investimentos;
garantida legalmente pelo Estado; viii) Organizar e gerir, de forma prudente, sustentável e
iii) Garantir o processamento e pagamento de pensões, em regime de capitalização e eficiência económico-
subsídios e outras prestações devidas a beneficiários financeira, outros fundos autónomos, incluindo
da segurança social garantida pelo Estado nos de pensões complementares, cuja gestão lhe
termos da legislação aplicável; seja confiada por lei ou contratualmente, bem
iv) Realizar estudos de avaliação e actualização das como da sua utilização e aplicação de seus
responsabilidades do Estado no domínio de recursos excedentários em operações financeiras
pensões, subsídios e outras prestações devidas e de investimentos;
aos beneficiários da segurança social legalmente ix) Gerir, com eficiência económico-financeira, a
garantida pelo Estado. carteira de operações financeiras e de investimentos
c) No âmbito da Assistência Social e Planos de Saúde: rentáveis de outros fundos, incluindo de pensões
complementares, cuja gestão lhe seja confiada por
i) Organizar e gerir o cadastro de contribuintes e
lei ou contratualmente.
beneficiários da assistência social e de planos
de saúde dos funcionários do Estado no activo e) No âmbito da Organização e Gestão da Tesouraria
e aposentados; e Contabilidade:
ii) Elaborar e propor a estratégia e política de gestão i) Exercer as funções de tesouraria única da previdência
financeira da assistência social e planos de saúde social, da segurança social garantida pelo Estado
para funcionários e agentes do Estado no activo e da assistência e planos de saúde, sob gestão
e aposentados e sua sustentabilidade; do INPS;
iii) Realizar estudos de avaliação, reavaliação ii) Garantir o controlo da arrecadação de receitas e
e actualização actuariais de responsabilidades outros recursos e a realização da correspondente
vencidas e vincendas relativas à assistência social despesa de previdência social e de segurança social
e planos de saúde para funcionários e agentes garantidas pelo Estado bem como de assistência
do Estado no activo e aposentados. social e planos de saúde;
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dos Ministros que superintendem as áreas de finanças e da h) Encargos de auditoria e consultoria inerentes ao seu
função pública, com observância dos critérios estabelecidos objecto e atribuições;
pelo Conselho de Ministros. i) Outras despesas legalmente previstas ou permitidas.
3. Os membros do Conselho Fiscal têm direito a senha de
presença por cada sessão em que estejam presentes, fixada por ARTIGO 22
despacho conjunto dos Ministros que superintendem as áreas de
finanças e da função pública. (Património)
a) Remuneração por serviços prestados a alguma entidade, 1. O INPS presta contas ao Ministro que superintende a área
pública ou privada, nos termos do respectivo contrato; de finanças e sujeita-se à fiscalização do Tribunal Administrativo,
b) Rendimentos obtidos em aplicações e investimentos de
nos termos da legislação aplicável.
seus activos e recursos;
c) Transferências do Estado e de outras entidades públicas 2. O INPS também presta contas aos contribuintes
ou privadas; e beneficiários da previdência e segurança social e da assistência
d) Transferências de organismos estrangeiros; e planos de saúde, através de órgãos de consulta e da publicação
e) Donativos, legados ou heranças; periódica regular de relatórios de actividades e demonstrações
f) Quaisquer outros rendimentos ou valores que, por lei financeiras de cada Fundos sob sua gestão e do próprio INPS.
ou contrato, lhe forem atribuídos.
3. O INPS sujeita-se à supervisão de entidades reguladoras
ARTIGO 21 e supervisoras competentes, nos termos da legislação aplicável.
(Despesas do INPS) ARTIGO 25
São despesas do INPS, as decorrentes de:
(Reclamações e Recursos)
a) Encargos resultantes do funcionamento e do exercício das
atribuições e competências a ele acometidas; As decisões dos órgãos do INPS são objecto de reclamação,
b) Custos de aquisição, manutenção e conservação dos sem prejuízo do recurso tutelar e/ou contencioso ao Tribunal
bens, equipamentos e serviços que utilize ou tenha Administrativo, nos termos da legislação aplicável.
de utilizar;
c) Encargos em aplicações e investimentos de seus activos ARTIGO 26
e recursos;
d) Encargos decorrentes de empréstimos contraídos (Regime de Pessoal)
mediante a prévia autorização da entidade competente;
Ao pessoal do INPS aplica-se o regime jurídico da função
e) Remunerações do pessoal em serviço no INPS;
f) Remunerações dos membros e dos titulares dos órgãos pública, sendo, porém, aplicável o regime geral quando pratique
do INPS; actos de gestão privada e admissível a celebração de contratos de
g) Encargos com formação, estudos e investigação relativos trabalho ao abrigo do regime geral, sempre que isso for compatível
ao seu objecto e atribuições; com a natureza das funções a desempenhar.
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intuito de alinhar os ensinamentos do foro doméstico • Fortalecer a participação dos homens e rapazes em
com os da escola; programas, serviços e processos de prevenção e
• Desenvolver acções tendentes a eliminar a violência combate ao HIV e SIDA, bem como de outras doenças
baseada no género nas escolas, introduzindo medidas relacionadas com a saúde sexual e reprodutiva
legislativas para acabar com a impunidade do abuso através da transformação das normas sociais de
sexual das raparigas nas escolas; masculinidades.
• Promover o acesso e a retenção da rapariga no Ensino 1.5. Eixo Estratégico 5: Recursos produtivos e emprego
Técnico Profissional e o aumento do número de
Empoderamento Económico
raparigas a optar por disciplinas de Ciências,
Tecnologia, Engenharia e Matemática, bem como • Promover igual acesso, controle, titularidade da terra
estender a oferta das novas tecnologias de informação pelas mulheres e expandir a assistência destas através
dos serviços de extensão, com vista a aumentar a sua
e comunicação (TIC) para todos os níveis de ensino
produtividade agrícola;
e todas as regiões geográficas;
• Assegurar a participação efectiva das mulheres nos órgãos
• Promover a formação e capacitação de adolescentes
de tomada de decisões sobre o acesso e controle da
e jovens visando o desenvolvimento de competências terra e outros recursos (floresta, fauna, água, pesca) ao
para a comunicação e tomada de decisão, sobretudo nível comunitário, propiciando a sua participação na
nas raparigas vulneráveis. gestão e usufruto das taxas concedidas às comunidades
pela exploração de recursos naturais;
1.4. Eixo Estratégico 4: Saúde e direitos sexuais • Tomar em consideração os interesses e as necessidades
e reprodutivos das mulheres na planificação, construção e gestão de
• Adoptar e implementar legislação, políticas e programas infra-estruturas, tais como fontes de água e de energia
para melhorar a prestação de cuidados contínuos de e vias de acesso;
saúde de qualidade, apropriados, acessíveis e sensíveis • Reconhecer e valorizar as múltiplas funções das mulheres,
ao género; contabilizando o trabalho doméstico não remunerado
• Desenvolver estratégias com vista a garantir o gozo nas estatísticas da economia nacional;
da saúde sexual e reprodutiva e direitos sexuais e • Incentivar mudanças de atitudes tendentes a promover a
reprodutivos equivalentes para homens e mulheres; responsabilidade partilhada dentro do lar;
• Promover o papel e responsabilidade dos homens e • Reconhecer o trabalho informal e doméstico não
rapazes nos assuntos de saúde sexual e reprodutiva, remunerado, por meio de provisão de serviços públicos
incluindo paternidade responsável e saúde preventiva e de infra-estruturas, e políticas de protecção social das
em geral; pessoas sem reforma laboral;
• Dar prioridade aos programas que permitem que mulheres, • Estipular quotas para de mulheres no Fundo de
homens e jovens de ambos os sexos adquiram Desenvolvimento Distrital e outros financiamentos
conhecimentos e tomem decisões responsáveis sobre e facilitar o acesso das mulheres simplificando os
a sua saúde, sexualidade e reprodução; requisitos e providenciando apoio técnico no desenho
dos seus projectos;
• Implementar programas adequados e divulgar informação
• Estimular aos actores privados para desenvolver produtos
sobre saúde sexual, direitos sexuais e reprodutivos de
e serviços financeiros para mulheres e facilitar o seu
adolescentes e jovens, mulheres e homens, pessoas
acesso a tecnologias modernas.
com deficiência, pessoas idosas reconhecendo as suas
necessidades específicas; Novas actividades industriais
• Continuar a tomar medidas para reduzir a mortalidade • Salvaguardar o equilíbrio de género e os interesses
materna e os abortos inseguros e fortalecer as acções das mulheres nas actividades do sector extractivo
para o envolvimento dos homens nos serviços de saúde e outras indústrias emergentes, incentivando a sua
da mulher e criança; empregabilidade e elegibilidade para contratos de
• Desenvolver estratégias de educação sobre saúde sexual negócios como fornecedoras locais de bens e serviços;
para transformar as atitudes preconceituosas em • Assegurar o cumprimento das leis pelas empresas
relação a fístulas, infertilidade e outras condições ligadas à indústria extractiva com vista a minimizar
de cariz reprodutivo. o impacto dos reassentamentos no que respeita a
integração social e restauração dos meios de vida,
Infecções de Transmissão Sexual com enfoque para nomeadamente o acesso à terra, mercados, transporte,
o HIV/SIDA água e rendimentos;
• Fortalecer as medidas para a prevenção, tratamento • Incentivar a responsabilidade social dos megaprojectos
universal e prestação de cuidados e apoio a mulheres, para promover a igualdade de género.
homens, raparigas e rapazes infectados;
• Desenvolver estratégias transformativas em relação ao Acesso a emprego
género, que tenham em conta o estatuto desigual e as • Implementar uma política de emprego sensível ao género,
vulnerabilidades das mulheres e raparigas, os factores com medidas específicas para aumentar a proporção
biológicos e as práticas nocivas que resultam em que das mulheres no mercado de trabalho, incluindo as
estas sejam mais infectadas e afectadas; mulheres com deficiência;
• Reconhecer os cuidados prestados pelas mulheres • Estimular mecanismos que aumentem a empregabilidade
e a respectiva afectação de recursos a estas e promover das mulheres;
o envolvimento dos homens na prestação de cuidados • Dar continuidade à implementação do Programa
e apoio às pessoas vivendo com HIV e SIDA; de Trabalho Digno, particularmente nas suas vertentes
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de apoio ao empreendedorismo das mulheres, 1.8. Eixo Estratégico 8: Meios de comunicação social e
promoção dos direitos das trabalhadoras e capacitação tecnologias de informação
sobre género e emprego; • Integrar a perspectiva de género nos seus códigos de
• Continuar a assegurar e melhorar a igualdade de género conduta, nas suas políticas e nos seus procedimentos
no Sector público e privado, através da aplicação da nos meios de comunicação social;
legislação e sua fiscalização; • Encorajar o aumento da participação e do acesso
• Incentivar aos empregadores privados para melhorar a das mulheres na tomada de decisão nos meios de
igualdade de género no emprego. comunicação social;
1.6. Eixo Estratégico 6: Violência Baseada no Género • Promover a adopção de medidas para o maior acesso das
mulheres à participação e liberdade de expressão nos
Aspectos legais meios de comunicação social;
• Cumprir a legislação que proíbe e pune todas as formas • Expandir a formação, o acesso e uso das Tecnologias de
de violência baseada no género; Informação e Comunicação (TIC) pelas mulheres e
• Assegurar o acesso gratuito a justiça e assistência às raparigas nas regiões rurais.
vítimas e sobreviventes de violência baseada no género
com vista a sua dignidade e respeito; 1.9. Eixo Estratégico 9: Meio ambiente e mudanças
• Desenvolver e implementar estratégias para prevenir, climáticas
eliminar e transformar práticas sociais e culturais que • Contribuir para o empoderamento da mulher e das
legitimam e toleram a violência baseado no género comunidades locais, através do acesso a tecnologias
tais como o assédio sexual, a violação sexual, os e outras actividades para uso sustentável e racional
casamentos prematuros e a gravidez na adolescência; dos recursos naturais e para mitigação e adaptação às
• Aplicar com eficiência a legislação específica para mudanças climáticas;
prevenir e combater o tráfico de mulheres, raparigas • Assegurar a equidade de género no processo de tomada
e crianças e prestar apoio às vítimas e sobreviventes. de decisão, formação e capacitação ambiental;
• Assegurar que os planos, políticas, programas, estratégias
Serviços de Apoio e orçamentos promovam a equidade de género,
• Garantir serviços de atendimento integrado efectivos acesso aos recursos naturais e a medidas de mitigação
e céleres na tramitação dos processos e seguimento e adaptação às mudanças climáticas.
multissectorial eficaz dos casos de violência baseada
no género; 2. Implementação
• Divulgar informação sobre os serviços disponíveis A implementação da Política de Género e Estratégia da
e fortalecer os serviços de assistência jurídica, sua implementação , requer recursos financeiros, materiais e
psicossocial, protecção, aos sobreviventes da violência humanos adequados, compromisso das lideranças, mecanismos
baseada no género; institucionais, instrumentos de planificação e monitoria integrados
• Assegurar que os serviços sanitários realizem testes, nos sistemas existentes.
tratamento e cuidados abrangentes, como seja a Neste contexto, a implementação compreende:
contracepção de emergência e profilaxia pós-exposição
às sobreviventes de crimes sexuais; 2.1. Coordenação
• Promover acções de reeducação para agressores e A implementação é coordenada pelo sector que superintende a
promover educação em novas masculinidades a todos área de género e operacionalizada pelas entidades governamentais,
os níveis; da sociedade civil, do sector privado e dos parceiros de cooperação.
Garantir o cumprimento pelas instituições do Estado das 2.2. Actores Estratégicos
responsabilidades face à protecção das vítimas.
A responsabilidade da operacionalização da Política é
1.7. Eixo Estratégico 7: Mediação de conflitos e conso- partilhada entre os diversos actores da sociedade Moçambicana.
lidação da paz A implementação da Política requer uma forte ligação
• Garantir a inclusão, o acesso e a permanência de mulheres intersectorial e interdisciplinar, envolvendo e responsabilizando
nas Forças de Defesa e Segurança, a igualdade de vários intervenientes (a todos os níveis), tais como:
oportunidades na progressão na carreira e em escalões • Governo;
superiores; • Instituições do Estado;
• Incluir as mulheres em processos de paz e resolução • Instituições de Pesquisa;
de conflitos; • Sector Empresarial (Público e Privado);
• Garantir a protecção e o atendimento às necessidades de • Órgãos de comunicação social;
mulheres combatentes e civis durante e após conflitos • Organizações políticas, religiosas e comunitárias;
armados; • Organizações Não-Governamentais;
• Assegurar o acesso à justiça para mulheres e raparigas • Organizações Internacionais.
vítimas de conflitos armados e responsabilização 2.3. Planificação, monitoria e avaliação
criminal dos perpetradores, visando o fim
da impunidade; A operacionalização e monitoria da Política de Género serão
• Incentivar medidas e programas de prevenção de conflitos feitas através dos instrumentos de planificação e monitoria
e promoção que utilizam a perspectiva de género, do Governo alinhados ao preconizado na matriz de monitoria
incluindo educação em não- violência para homens do Protocolo da SADC.
e rapazes em diferentes níveis e sectores; A Política de Género é operacionalizada pelo Plano Nacional
• Estimular a inclusão das mulheres na prevenção para o Avanço da Mulher (PNAM) que define, as acções,
e mediação em caso de conflito. os resultados esperados, os indicadores e as metas a serem
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alcançadas. O PNAM orienta os planos e estratégias sectoriais. locais e desde os funcionários dos órgãos centrais até aos distritais,
Cada sector é responsável por introduzir nos seus planos de acordo com o Plano de Capacitação para a Implementação
estratégicos e PES a dimensão de género, incluindo os objectivos, da Política de Género.
acções, indicadores e metas de género.
A monitoria do avanço dos objectivos da Politica é feita dentro 2.6. Responsabilidade
da monitoria normal dos sectores e reportada nos seus BdPES, A responsabilidade da implementação da Política de Género
usando dados desagregados por sexo e indicadores de género e Estratégia de sua Implementação é partilhada entre os diversos
específicos das estratégias sectoriais. actores da sociedade moçambicana, sob coordenação do Ministério
A avaliação da Política do Género e Estratégia da sua do Género, Criança e Acção Social. A responsabilização de
Implementação será assegurada através de análise de Planos, todos os sectores do Governo pela execução da Política de
Programas, Projectos, Estratégias e Actividades deles decorrentes, Género e Estratégia da sua Implementação deve ser fortalecida
estudos, pesquisas e avaliações específicas com a finalidade de pela introdução, nas avaliações de desempenho das lideranças
verificar o cumprimento dos princípios e metas. seleccionadas, para o alcance de resultados na promoção da
Ao nível do Conselho de Ministros, a monitoria será feita igualdade de género no seu pelouro.
através da apreciação do informe anual apresentado pelo 2.7. Divulgação
Presidente do Conselho Nacional para o Avanço da Mulher.
Ao nível do Conselho Nacional para o Avanço da Mulher, será A Política de Género necessita de ampla divulgação,
feita por via da apreciação dos relatórios semestrais relativos as tanto pelo Governo como pela Sociedade Civil e órgãos de
acções realizadas pelos vários intervenientes na implementação comunicação social para ser conhecida, propiciar e facilitar a sua
implementação. Com vista a aumentar o impacto a divulgação da
da Política.
Política, do seu plano operacional PNAM e de outras orientações
2.4. Financiamento para a sua execução é da responsabilidade do Governo. Este plano
O Financiamento com fontes sustentáveis é imprescindível contém mais instruções detalhadas para orientar que a Política
para executar as acções tendo em vista o alcance dos objectivos da de Género seja conhecida por toda a sociedade e aplicada pelos
Política de Género. É, também, uma das directivas do Protocolo vários sectores do Estado, sociedade civil e sector privado.
da SADC que os Estados Partes deverão mobilizar e afectar os 2.8. Mecanismos Institucionais
recursos financeiros necessários para a implementação efectiva A posição e a eficiência dos Pontos Focais de Género (PFG)
do Protocolo. Para complementar os fundos estatais, serão devem ser fortalecidas com várias medidas, a fim de melhor
estimuladas contribuições financeiras de outros intervenientes, corresponder às suas atribuições. Estas medidas incluem o
sejam parceiros internacionais ou nacionais, actores privados, cumprimento do estipulado sobre a sua participação no colectivo
públicos ou da sociedade civil. de direcção a todos níveis administrativos, a definição de
Neste sentido, as ferramentas de planificação e orçamentação requisitos mínimos de conhecimentos na área de género para a
serão desenvolvidas para melhor reflectir os objectivos da Política sua nomeação, assim como a inclusão da tarefa do PFG na sua
de Género e assim visualizar a responsabilidade de cada sector descrição de tarefas e na sua avaliação de desempenho.
pela alocação de fundos para os objectivos da igualdade de género. O Conselho Nacional para o Avanço da Mulher (CNAM)
Será introduzida, como parte da metodologia de orientação e os respectivos Conselhos Provinciais e Distritais (CPAM e
do PES, a matriz simplificada de assuntos de género, para facilitar CDAM) têm a importante função de coordenar a execução da
a inserção das acções de género e das suas respectivas alocações Política de Género.
orçamentais em cada sector. Igualmente, serão desenhadas Lista de Abreviaturas
orientações vinculativas para o uso da matriz simplificada e
de outras ferramentas, tais como o código programático para BdPES Balanço do Plano Económico e Social
a igualdade de género MAS16, que asseguram as alocações CDAM Conselho Distrital para o Avanço da Mulher
orçamentais pelos ministérios para o objectivo da igualdade CNAM Conselho Nacional para o Avanço da Mulher
CPAM Conselho Provincial para o Avanço da Mulher
de género e cujo cumprimento é monitorado pelo sector que
MAR Matriz de Monitoria, Avaliação e Resultados
superintende a área de Economia e Finanças.
MGCAS Ministério do Género, Criança e Acção Social
2.5. Capacitação PES Plano Económico e Social
Será implementado, em colaboração com os actores PFG Pontos Focais de Género
especialistas da Sociedade Civil, da Academia e dos Parceiros PNAM Plano Nacional para o Avanço da Mulher
Internacionais, um programa de capacitação institucional em POOG Planificação e Orçamentação na Óptica
de Género
matéria de género, abrangendo a função pública e membros dos
SADC Southern African Development Community
órgãos de tomada de decisões. Este programa visa responder
(Comunidade de Desenvolvimento da África
às diferentes necessidades dos vários intervenientes, desde os
Austral)
membros da Assembleia da República até aos dos conselhos TIC Tecnologias de Informação e Comunicação
Preço — 60,00 MT