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1.

Prevenção das infecções para os trabalhadores da saúde e para utentes

Nos serviços de saúde, podem transmitir-se infecções aos doentes através de: injecções,
procedimentos cirúrgicos (sutura de feridas, por exemplo), transfusão de sangue infectado,
contacto com sangue ou feridas dum trabalhador de saúde infectado.

A transmissão de infecções ao doente acontece principalmente através da picada com agulha ou


corte com instrumento cortante, contaminados com sangue infectado.

2. Funções do departamento de biossegurança nas instituições de saúde.

A biossegurança pode ser compreendida como um conjunto de normas e medidas que visa à
protecção da população e dos profissionais de saúde.

No que diz respeito aos profissionais de saúde, a biossegurança preocupa-se com as instalações
laboratoriais, as boas práticas em laboratório, os agentes biológicos aos quais o profissional está
exposto e até mesmo a qualificação da equipe de trabalho. Isso é importante porque, nesses
locais, existe a frequente exposição a agentes patogénicos, além, é claro, de riscos físicos e
químicos.

Apesar de muitos profissionais considerarem a biossegurança como normas que dificultam a


execução de seu trabalho, são essas regras que garantem a saúde do trabalhador e do restante da
população. O não cumprimento das normas básicas de biossegurança pode acarretar problemas
como transmissão de doenças e até mesmo epidemias.

3. Áreas de onde materiais estranhos devem ser removidos


prioritariamente e com medidas restritas de limpeza.

4. Materiais e meios exigidos para garantir a segurança das pessoas nas instituições
da saúde.
a) Siga as normas de segurança,
b) Classifique as áreas de risco Todas as principais áreas de risco dentro do hospital devem
ser identificadas e classificadas, o que permite priorizar aquelas que precisam de mais
atenção. As áreas são classificadas de acordo com o grau e tipo de risco oferecido pelas
práticas ali realizadas.
c) Contrate boas empresas para a gestão de resíduos

Todo lixo gerado em um hospital é denominado resíduo hospitalar. Incluem o lixo gerados nas
unidades do hospital, na recepção, em farmácias, cozinha e áreas comuns. Os resíduos são
divididos de acordo com o risco oferecido — biológico, químico, físico ou sem risco.

d) Utilize Equipamentos de Protecção Individual (EPI)

O uso de EPI é uma das principais estratégias de protecção para os profissionais de saúde. Eles
têm o objectivo de minimizar as exposições aos riscos ocupacionais específicos da saúde e,
consequentemente, reduzir as chances de acidentes no ambiente de trabalho.

Equipamentos de protecção são necessários em todos os estabelecimentos de saúde para a


garantia da biossegurança. Os principais são:
 Luvas de procedimento: utilizadas sempre que houver chance de contacto com
secreções e fluidos corporais — devem ser trocadas a cada procedimento;
 Luvas grossas: para limpezas de materiais, contacto com agentes químicos e
higienização hospitalar;
 Óculos de protecção: utilizado quando há risco de respingo de secreções biológicas ou
químicas;
 Máscara descartável: utilizada em procedimentos com risco de respingo ou contacto
com partículas suspensas, manipulação de produtos químicos e medicações;
 Avental: procedimentos com possibilidade de contacto com material biológico e com
probabilidade de gerar respingos maiores.

5. Cartaz de chamada de atenção para lembrar sobre a prática permanente das


precauções.

A sinalização deve ser anexada ao prontuário do paciente e oferece informações acerca da sua
situação actual, no que diz respeito ao seu estado de colonização ou infecção por bactérias
multirresistentes.

A sinalização deve ser anexada ao prontuário do paciente e oferece informações acerca da sua
situação actual, no que diz respeito ao seu estado de colonização ou infecção por bactérias
multirresistentes. Mas nem todo profissional que tem acesso ao prontuário do paciente irá
procurar activamente por resultados de culturas, e mesmo que o faça, alguns destes profissionais
podem não saber reconhecer microorganismos que requerem maiores cuidados e precauções
específicas. A sinalização permite que se informe aos profissionais sobre os cuidados que eles
precisarão ter ao assistir determinado paciente, antes de ter qualquer tipo de contacto com ele.

A verdade é que muitos profissionais acabam se descuidando um pouco das medidas


preventivas de infecção e até do uso de EPI’s no seu dia-a-dia. Mas quando descobrem que tem
um caso de meningite, tuberculose, etc., de uma hora para outra todo mundo aparece vestido de
astronauta, muitas vezes criando-se um pânico generalizado simplesmente por falta de
informação.

Através da sinalização, é possível obter informações corretas sobre o paciente, além das
precauções que devem ser seguidas (padrão, contacto, aerossóis ou gotículas). Aumentando os
cuidados com estes pacientes, torna-se mais fácil evitar que o profissional dissemine aquele
microorganismo para os demais sob sua assistência.

6. Medidas de prevenção dos riscos biológicos para trabalhadores da saúde, os


utentes e doentes.

Consideram-se Riscos Biológicos a probabilidade de exposição ocupacional a agentes


biológicos.

Agentes biológicos são: Fungos; Vírus; Bactérias; Protozoários; Parasitas; Bacilos.

Vias de transmissão de agentes biológicos: Via Oral; Via Conjuntiva; Via Respiratória; Via
cutânea ou percutânea com ou sem lesões.
Acções preventivas: Lavatório exclusivo para lavagem das mãos, com água corrente;
Conhecimento da legislação brasileira de biossegurança; Conhecimento dos riscos pelo
manipulador; Lavagem das mãos; Imunização; Utilização da capela de fluxo laminar
correctamente, mantendo-a limpa após o uso; Autoclavagem de material biológico patogénico,
antes de eliminá-lo no lixo comum; Utilização de desinfectante apropriado para inactivação de
um agente específico. Garantir higienização dos materiais de trabalho; Providenciar descartes
adequados para fluidos, materiais e tecidos orgânicos; Manter boa higienização das vestimentas.

7. Problemas preveníeis mais habituados: infecções, traumatismos, enfermidades


sistémicas e patologias locais.
 Infecção é a invasão de tecidos corporais de um organismo hospedeiro por parte de
organismos capazes de provocar doenças; a multiplicação destes organismos; e a
reacção dos tecidos do hospedeiro a estes organismos e às toxinas por eles
produzidas. Uma doença infecciosa corresponde a qualquer doença clinicamente
evidente que seja o resultado de uma infecção, presença e multiplicação de agentes
biológicos patogénicos no organismo hospedeiro. As infecções são causadas por
agentes infecciosos, como os vírus, viroides e priões, por microorganismos como as
bactérias, por nematódeos, por artrópodes como as carraças, ácaros, pulgas e
piolhos, por fungos e por outros macroparasitas. O hospedeiro é capaz combater a
infecção através do seu sistema imunitário. Os mamíferos reagem à infecção através
do sistema imune inato, um processo que envolve muitas vezes a inflamação à qual
sucede uma resposta do sistema imune adquirido.
 O traumatismo é uma lesão ou um conjunto de lesões localizadas numa determinada
região do corpo, provocada por variadas causas e que se manifesta em órgãos
internos ou externos.

Tipos de trauma

Trauma fechado: Existem duas forças envolvidas no impacto, compressão e


laceração/estiramento. Ambas podem produzir cavitação.

Trauma Penetrante: Causado por armas brancas, armas de fogo ou pela penetração de
objectos no corpo.

 As doenças sistémicas são aquelas que afectam o nosso organismo, causando prejuízos
em diversos aspectos, entre os quais destacamos a perfeita saúde dos cabelos.
Dos exemplos de doenças sistémicas cujos efeitos são capazes de provocar a queda
acentuada do cabelo, estão as doenças crónicas (ou seja, aquelas de desenvolvimento
lento, de longa duração, que demandam mais tempo para ser curadas ou, ainda, que não
têm cura), como e o caso dos distúrbios relacionados à tireóide (hipotireoidismo e
hipertireoidismo), o lúpus e doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a sífilis, a
hepatite B e a hepatite C. Entre as demais doenças sistémicas nas quais pode ocorrer a
perda excessiva dos fios encontram- se também a anemia e outras doenças endócrinas,
como o cushing (conjunto de sinais e sintomas decorrentes do excesso de cortisona), o
hipogonadismo (diminuição da função das glândulas sexuais),a hiperprolactinemia
(excesso de produção de prolactina, hormônio responsável pela produção do leite) e o
hipopituitarismo (deficiência de um, vários ou todos os harmónios produzidos pela
hipófise anterior).
 Patologia (derivado do grego pathos, sofrimento, doença, e lógia, ciência, estudo) é um
ramo da biologia e medicina primariamente dedicado à análise e estudo de órgãos,
tecidos e fluidos corporais, com a finalidade de fazer um diagnóstico das doenças.
Na medicina, a patologia está dividida em:
a) Patologia Geral: Estudo das reacções aos estímulos anormais que ocorrem em
todas as células e tecidos;
b) Patologia Sistémica ou Especial: Estudo das reacções específicas de cada tecido
ou órgão a determinada agressão.

8. Precauções universais para a prevenção de contaminação dos trabalhadores de


saúde:
a) Vacinação da equipa

Para imunizar os trabalhadores, a empresa poderá solicitar o serviço de vacinação na própria


empresa, a fim de facilitar a adesão dos trabalhadores e garantir uma maior cobertura vacinal.

Os principais benefícios da vacinação em empresas são: Prevenir doenças relacionadas


directamente às condições e ao ambiente de trabalho; Prevenir doenças que interferem
directamente na capacidade produtiva do trabalhador; Prevenir doenças frequentemente
encontradas na comunidade e que podem afectar o trabalhador em seu ambiente de trabalho;
Reduzir as doenças infecciosas e suas graves consequências; Promover a saúde do trabalhador.

b) Higiene das mãos

As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência


prestada aos pacientes. A pele é um possível reservatório de diversos microrganismos que
podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contacto directo (pele com pele),
ou indirecto, através do contacto com objectos e superfícies contaminadas. É a medida
individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções
relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído
por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba
desde a higienização simples até a antissepsia cirúrgica das mãos.

Higienizar as mãos inclui:

Remoção de sujeira, suor, oleosidade, pelos, células descamativas e microrganismos da pele,


interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contacto; prevenção e redução das
infecções causadas pelas transmissões cruzadas. Para a higienização das mãos utiliza-se: água e
sabão, preparação alcoólica e anticéptica, de acordo com as situações, a saber:

Água e sabão:

1. Ao iniciar o turno de trabalho;


2. Após ir ao banheiro;
3. Antes e depois das refeições;
4. Antes do preparo de alimentos;
5. Antes do preparo e da manipulação de medicamentos.
c) Equipamento de prevenção individual.

A utilização de equipamentos de protecção individual é fundamental para garantir a


biossegurança hospitalar, uma vez que são eles que irão prevenir a contaminação e
disseminação de fungos, bactérias e microrganismos causadores de doenças.

Saiba quais são os EPI’s fundamentais para biossegurança hospitalar:

 Luvas: devem ser utilizadas e trocadas a cada mudança de procedimento. Deve-se


utilizar somente luvas descartáveis, que não podem ser reaproveitadas em hipótese —
nem mesmo para utilização no mesmo paciente;
 Óculos de protecção: necessário em situações com risco de respingo de secreções,
excreções ou sangue. Esse equipamento de segurança deve ser lavado após o término de
sua utilização;
 Avental: necessário, principalmente quando há risco de emissão de aerossóis ou
respingo de substâncias;
 Máscara descartável: indicado para a realização de intubação traqueal, autópsia
envolvendo tecido pulmonar, aspiração nas faríngeas nasotraquel e broncoscopia.

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