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Prevenção e Controle dos Riscos com Poeiras Explosivas R4.

Eng . Ary de Sá .

Espe c ia lista e m c o ntro le de po e ira s e xplo siva s,

Hig ie ne o c upa c io na l e ve ntila ç ã o industria l.

C o m e nfo q ue na se g ura nç a do tra b a lho .

End. a rysa @ c po vo .ne t.

Fo ne s 51 3212 3427 / 9982 6564

1- INTRO DUÇ ÃO . 06
1.1. Gráfico Representando os Riscos com Explosões de Poeiras por atividade 09
1.2. Gráfico Representando os Riscos Com Explosões de Poeiras por causa 10
2. INC ÊNDIO S. 11
2.1. Formas do produto no incêndio. 11
2.1.1. Empilhados 11
2.1.2. Armazenados em tulhas. 11
2.1.3. Depósitos. 12
2.1.4. Outros. 12
2.2. Definições de incêndios. 13
2.2.1. Material combustível. 13
2.3. Combustíveis. 14
2.3.1. Combustíveis sólidos. 15
2.3.2. Combustíveis sólidos especiais. 15
2.3.3. Sólidos metálicos. 15
2.4. Combustíveis Líquidos. 16
2.4.1. Líquidos inflamáveis. 16
2.4.2. Líquidos combustíveis. 16
2.4.3. Líquidos Voláteis. 16
2.4.4. Líquidos Não Voláteis. 16
2.5. Combustíveis Gasosos. 16
2.5.1. Gás inflamável. 16
2.5.2. Gás inerte 16
2.5.3. Riscos dos gases. 17
2.6. Terminologia da Combustão. 17
2.6.1. Combustível, solido, liquido ou gasosos 18
2.6.2. Comburente (Oxigênio) 18
2.6.3. Calor. 18
2.6.4. Reação em Cadeia 18
2.6.5. Ponto de Fulgor (Flash-point). 18
2.6.6. Ponto de Combustão (Fire-point) 18
2.6.7. Ponto de ignição (Flashover) 19
2.6.8. Combustão Incompleta Backdraft 19
2.6.9. BLEVE ou "Bola de Fogo" 20
3. EXPLO SÕ ES 21
3.1. Poeiras combustíveis. 21
3.2. Gases Inflamáveis: 21

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3.3. poeiras metálicas 21


3.4. Explosões Primárias e Secundárias 22
3.5. Primarias 22
3.6. Se c und a ria s. 22
4. TRANSIÇ ÃO DE INC ÊNDIO A EXPLO SÃO . 23
4.1. Ensaio de Combustividade com Poeiras. 23
4.1.1. Conclusão. 25
4.2. Comentários. 25
4.3. Combustão Espontânea ou Autocombustão. 25
4.4. Explosões na história. 26
4.5. Explosões com metais combustíveis. 27
4.6. Fatores que Influem Sobre a Explosão de Pó. 27
4.6.1. Dimensões Da Partícula. 28
4.6.2. Concentração. 29
4.6.3. Umidade 30
4.6.4. Outras características das poeiras. 30
4.7. Características De Algumas Poeiras Explosivas Ensaiadas pela NFPA 31
4.7.1. Poeiras Agrícolas. 31
4.7.2. Poeiras carboníferas. 33
4.7.3. Poeiras metálicas. 34
4.8. Concentração de O2, Turbulência e Efeito de Gases Inflamáveis. 35
4.9. Fontes de Ignição das Nuvens de Poeira. 35
4.10. Materiais Inertes. 36
4.11. Fenômenos da explosão. 36
4.11.1. Efeitos da Velocidade de Aumento de Pressão. 37
4.11.2. Pressões Internas. 37
4.11.3. Efeitos da Duração da Sobre Pressão. 37
4.11.4. Deflagração e Detonação. 38
4.11.5. Deflagração. 38
4.11.6. Detonação. 38
4.12. Destrutividade Das Explosões De Poeiras. 38
5. G A SES TÓ XIC O S. 40
6. ANÁ LISE DE UM MO DELO SIMULADO : 41
6.1. Simulação de uma Explosão com Poeiras de Cereais. 41
6.2. Tabelas de referência dos fenômenos. 42
6.3. Conclusões: 43
6.4. Efeitos Nos Trabalhadores Presentes no Túnel. 43
6.4.1. Efeito De Explosões Sobre Os Trabalhadores Presentes. 44
6.5. Consequências. 44
6.5.1. Danos Ao Patrimônio. 44
6.5.2. Processos e Origens de Acidentes Recentes. 45
6.5.3. Da Simulação. 45
7. METAIS C O MBUSTÍVEIS. 46
7.1. Considerações Iniciais. 48
7.2. Temperaturas de: fusão, ebulição e ignição de matais puros e sólidos. 48
7.3. Propriedade dos principais metais combustíveis. 48

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7.4. Magnésio (MG). 48


7.4.1. Armazenagem: 49
7.4.2. Riscos Do Processo Industrial: 50
7.4.3. Controle De Incêndios Com Magnésio: 50
7.5. Titânio (Ti): 51
7.5.1. Armazenagem, manipulação e transporte do titânio : 52
7.5.2. Riscos do processo industrial do titânio. 52
7.5.3. Controle de incêndios com titânio: 53
7.6. Sódio (Na) 54
7.7. Lítio (Li) 54
7.8. Potássio (K): 54
7.9. ligas sódio potássio 54
7.10. Cuidados. 55
7.10.1. Armazenagem manipulação e transporte: 55
7.10.2. Riscos do processo industrial. 56
7.10.3. Controle de incêndios destes materiais: 57
7.11. Zircônio (Zr). 57
7.11.1. Características do metal. 57
7.11.1.1. Armazenagem, Manipulação e Transporte do Zircônio. 58
7.12. Háfnio (Hf. 58
7.12.1. Armazenagem, Manipulação e Transporte do Háfnio: 59
7.12.2. Riscos Dos Processos Industriais. 59
7.12.3. Controle de Incêndios Zircônio e Háfnio. 60
7.13. Cálcio (Ca) 60
7.14. Zinco (Zn. 60
7.15. Armazenagem, Manipulação e Transporte do Cálcio e Zinco. 60
7.16. Metais Normalmente não Combustíveis. 61
7.16.1. Alumínio. 61
7.16.2. Ferro e aço. 62
7.16.3. Metais radioativos. 62
7.16.4. Uranio. 63
7.16.5. Tório. 64
7.16.6. Plutônio. 64
7.15.6. Plutônio. 64
8. MÉTO DO S DE PRO TEÇ ÃO C O NTRA INC ÊNDIO S E EXPLO SÕ ES DE PO EIRAS. 65
8.1. Equipamentos auxiliares nas medidas de segurança. 65
8.1.1. Incêndios. 65
8.1.2. Confinamento. 66
8.1.3. Inertização. 67
8.1.4. Supressores. 67
8.1.5. Discos e janelas de ruptura. 68
8.1.6. Alivio de pressões internas. 69
8.1.7. Superdimensionamento. 69
8.1.8. Estanqueidade. 69
8.1.9. Controle das Faíscas por atrito de metais. 70
8.1.10. Eletricidade estática. 70

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8.1.11. Medidas de segurança com sistema de controle de emissões. 71


8.1.12. Umidificação. 71
8.1.12. Sistema de limpeza continua. 71
8.2. Poeiras metálicas, ou de metais. 72
9. SISTEMA S DE VENTILA Ç ÃO . 72
9.1. Definição. 72
9.1.1. VGD. Ventilação Geral Diluidora. 73
9.1.2. VLE, Ventilação Local Exautora. 74
9.1.2.1. VLE, Ventilação Local Exautora. 74
9.2. Cuidados no Projeto. 74
9.2.1. Estado Físico do Poluente. 75
9.2.1.1. Grau de Limpeza Desejado. 75
9.2.1.2. Composição Química. 75
9.2.1.3. Temperatura. 75
9.2.1.4. Viscosidade. 75
9.2.1.5. Umidade. 76
9.2.1.6. Combustividade. 76
9.2.1.7. Reatividade Química. 76
9.2.1.8. Carga. 76
9.2.1.9. Higroscopicidade. 77
9.3. Captadores. 77
9.3.1. Enclausurantes: 77
9.3.2. Cabinas fechadas: 77
9.3.3. Captores locais: 77
9.4. Rede de dutos: 77
9.5. Equipamentos de separação: 78
9.5.1. Via Seca. 78
9.5.1.1. Ciclones separadores. 79
9.5.1.2. Filtros de mangas. 79
9.5.1.3. Outros equipamentos de separação via seca. 80
9.5.2. Via Úmida . 80
9.5.2.1. Lavadores de ar. 80
9.5.2.2. Outros sistemas a Úmido. 80
9.5.3. Via Mista. 80
9.5.4. Via adsorção. 81
9.6. Via Precipitadores eletrostáticos. 81
10. O BSERVÂNC IA DAS EMISSÕ ES. 82
11. DESTINAÇ ÃO DO S RESÍDUO S. 83
11.1. Setor coureiro calçadista. 85
11.2. Setor Madeireiro. 85
11.3. Outros setores. 85
12. ESPAÇ O S C O NFINADO S NR 33. 87
12.1. Definições. 87
12.2. Espaços confinados na Agro indústria. 89
12.4. Áreas Classificadas. 90
12.5. Identificação Dos Riscos. 90

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12.5.1. Gradação Dos Riscos. 91


12.5.1.1. Nível 1. IPVS (Atmosfera Iminentemente Perigosa a Saúde ou a Vida). 91
12.5.1.2. Nivel 2. Não IPVS. 91
12.5.1.3. Eliminados todos os riscos. 91
12.6. Sulfeto De Hidrogênio SH2. 91
12.6.1. Características do Sulfeto De Hidrogênio. 92
12.6.2. Exposição Contínua a Baixas Concentrações. 92
12.6.3. Concentrações Medianas. 92
12.6.4. Concentrações Perigosas. 92
12.6.5. Concentrações Fatais 92
12.7. Monóxido de Carbono. 93
12.7.1. Exposição Contínua. Limite de tolerância NR15 93
12.7.2. Limite De Tolerância (Lt) = 39 Ppm 93
12.7.3. Exposição a Baixas Concentrações. 93
12.7.4. Exposição a Concentrações Medianas. 93
12.7.5. Exposição a Concentrações Perigosas. 93
12.7.6. Exposição a Concentrações Fatais. 93
12.8. Ventilação dos EC. 94
12.8.1. VGE. Ventilação Geral Diluidora. 95
12.8.2. VLE. Ventilação Local Exautora. 95
13. PRO C ESSO S DE MA NUTENÇ ÃO . 96
15. MÉTO DO S DE PRO TEÇ Ã O AO TRABA LHADO R. 97
15.1. Identificação dos Riscos pela NFPA. 97
15.2. Materiais Extremamente Perigosos. 97
15.3. Materiais Perigosos. 98
15.4. Materiais Menos Perigosos. 98
15.5. Materiais de Efeitos Nocivos. 98
16. REC O MENDAÇ Õ ES. 100
16.1. Máquinas E Equipamento. 100
16.2. Projetos e Sistemas. 100
16.3. Medidas Gerais. 100
16.4. Classificação de Áreas. 101
16.4.1. A Definição Para Áreas Classificadas, Segundo Convenção. 101
16.4.2. Pronunciamento do IMETRO Di 2146 - Atmosferas 101
16.4.3. Conclusão. 101
16.5. Exigências A Seguir. 102
17. REFERÊNC IAS BIBLIO G RÁFIC A S. 103

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1- INTRO DUÇ ÃO .
Da re visã o 03. (c a pitulo 13 e spa ç o s c o nfina do s).
“ Atua lme nte , c o m a imp le me nta ç ã o d a NR 33, b e m c o mo d a s á re a s c la ssific a d a s,
te mo s sid o c o nsulta d o s c o m fre q uê nc ia so b re o s e fe ito s d a s p o e ira s e xp lo siva s no s
Esp a ç o s C o nfina d o s, e na s á re a s c la ssific a d a s” bem como sobre os efeitos das
substâncias tóxicas, inflamáveis, explosivas e inertes, ali presentes ou formadas
durante trabalhos realizados nestes espaços. Desta feita resolvemos incrementar ao
nosso trabalho os aspectos mais importantes da interação dos ambientes objeto sob
o enfoque da NR33. Uma vez que por falta de conhecimento ou de interpretação,
existe confusão no enfoque, o que traz muitos inconvenientes quanto ao acesso de
alguns locais.

Temas por demais importantes, pois um acesso a espaço confinado prevê a


possibilidade de riscos específicos e que para a segurança dos trabalhadores e ate
das edificações são postas em riscos, pois, em função das dificuldades existentes
para uma evacuação rápida, a ocorrência de situações de risco provocada pode
redundar em eventos fatais para os ocupantes, como muito tem sido noticiado na
mídia nos últimos tempos, dai a necessidade de quando definidos no mapa de
riscos os locais objeto, os acessos, devem estar rigorosamente de acordo com o
preceituado na NR 33.

Temos observado porem, que em varias indústrias que processam com poeiras
explosivas, consideram como espaços confinados espaços de acesso restrito,
ambientes adaptados para o controle de emissões de poeiras e ventilação dos
mesmos, e ainda são locais de acesso constante e com características próprias
para acesso dos trabalhadores.
Com a segurança comprovada e em bom estado de manutenção e operação,
estes devem ser na realidade considerados como, “áreas de acesso restrito ou
áreas classificadas”.

Ainda sobre os questionamentos referentes a NR33, podemos asseverar, sem sombra


de dúvidas, que estes episódios, quando ocorrem em espaços realmente
confinados em caso de eventos passiveis de incêndios ou explosões, têm efeitos
largamente ampliados, em face da resistência oferecida ao crescimento dos
fenômenos causados pelo aumento das pressões internas geradas pela expansão
gasosa dos combustíveis na forma de: poeiras, gases ou vapores combustíveis, em
face da dificuldade de evacuar o local os riscos são sempre fatais. Isto ocorre em
virtude da resistência oferecida pelos materiais usados em sua construção,

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culminando em destruições que podem inviabilizar o empreendimento. Ver imagens


abaixo referentes a acidente em uma agroindústria que teve inicio em espaço
confinado evoluindo para outras regiões através de seus elementos de ligação
como transportadores, roscas, calhas etc., no item 4.6. Destrutividade de explosões
com poeiras deste trabalho.

O porquê destas situações: partículas de poeiras decantadas sobre locais diversos e


em caso haja uma combustão como a de uma brasa, provocado por algum
trabalho a quente, e as partículas suspensas podem entrar em combustão muito
rapidamente pois esta em suspensão bem separadas entre si, dai a rápida
combustão com consequente explosão inicial, que rapidamente se espalha pela
unidade com mais e mais explosões cada vez mais violentas e catastróficas.

Outra condição com um foco de calor presente em um espaço confinado passível


de acumular poeiras em locais de difícil acesso como um conduto de vapor, óleo
térmico ou superfície aquecida pela irradiação solar, estes em contato com o pó, o
coloca em ignição, começando o incêndio partícula a partícula, iniciando as
explosões já citadas acima.

Observamos porem, que como pode ser visto nas imagens abaixo o grande numero
de acidentes acontecem quando de trabalhos de manutenção, desta forma ao
classificar um ambiente devemos estar atentos aos trabalhos que são realizados
nestes espaços e classifica-lo para atender as reais necessidades da norma de
segurança.

Da re visã o R.04. C a pitulo 7 (po e ira s m e tá lic a s).


Nesta Revisão estamos inserindo um capítulo especifico sobre os incêndios e
explosões causados por poeiras metálicas, observando que este trabalho é fruto de
nossa vivencia e que sempre que novas situações que envolvam nossa presença
onde ocorrerem estes riscos com consequências danosas, estaremos fazendo
menção apenas dos fatos, omitindo as empresas envolvidas. Com o intuito de
alertar a comunidade da segurança do trabalho para evitar futuros desastres em
indústrias afins e com isso fornecer a comunidade de segurança do trabalho e
interessados, elementos concretos, seus efeitos, e soluções possíveis, para evitar tais
desastres e consequências geralmente fatais.

Os acidentes com poeiras metálicas ocorrem de maneira semelhante que com as


demais poeiras já citadas neste trabalho nas revisões anteriores, estas poeiras

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metálicas como as demais, são produzidas em processos de produtivos, onde a


matéria prima são metais diversos que ao serem processados, redundam em
resíduos microscópicos de poeiras ou pequenos chips, que são os itens que servirão
como matéria prima de fogos de artificio e outras aplicações industriais como
matéria prima, estas poeiras metálicas segundo quadro abaixo, representam 10%
das explosões com poeiras no mundo, observando que os incêndios e as explosões
com estas poeiras metálicas ocasionam efeitos mais devastadores e de difícil
contenção que os métodos tradicionais de uso comum para outras poeiras.

Neste trabalho fizemos ainda uma revisão geral, em diversos itens adequando-os às
poeiras explosivas com elementos metálicos, para diferenciação com os demais
cuidados ao manipula-las quanto a seu comportamento e com soluções
especificas para os metais, devido a diferenciação com relação às poeiras de
nosso conhecimento.

Abaixo, anexamos alguns gráficos de sinistros com poeiras da revista Stahl ocorridos
em varias partes do mundo e suas principais causas. Trabalho elaborado por
empresa especializada nesta área.

Os riscos de eventos com poeiras metálicas responsáveis por 10% dos acidentes
destas explosões no mundo, conforme imagens abaixo devem ser um alerta para os
profissionais da segurança uma vez que por serem de origem metálica, muitas vezes
são desprezadas, e como se vera no trabalho, são poeiras de metais que implicam
em cuidados maiores e de maior potencial de risco que as demais poeiras ate aqui
vistas, uma vez que seu controle como se vera, prescinde de muita técnica e
cuidados avançados, o capitulo foi motivado quando da investigação de um
acidente de trabalho com perda de uma vida e um ferido gravemente.

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1.1. G rá fic o Re pre se nta ndo o s Risc o s c o m Explo sõ e s de Po e ira s po r

Ativida de .

Fo nte s da re vista STAHL

Ne ste g rá fic o , a tua liza d o , p o d e mo s ve rific a r a s o c o rrê nc ia s, re g istra d a s e m to d o o


p la ne ta , d e e xp lo sã o d e g rã o s, se nd o c a d a p a rc e la re fe re nte a um tip o d e p o e ira
e xp lo siva . As p o e ira s d e ma de ira 34% lid e ra m o s e ve nto s, se nd o se g uid a s p e la s d e
o rig e m ve g e ta l: o s g rã o s a lime ntíc io s.

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1.2. G rá fic o Re pre se nta ndo o s Risc o s C o m Explo sõ e s de Po e ira s po r

C a usa .

Fo nte s da re vista STAHL

Ne ste g rá fic o , p o d e mo s ve rific a r o s fa to re s re sp o nsá ve is p e lo s e ve nto s, q ue tê m sua


p re d o minâ nc ia na s situa ç õ e s d e fa ísc a s me c â nic a s 30%, isto é , fa ísc a s p ro vo c a d a s
na s o c o rrê nc ia s d e p a ra d a s d e ma nute nç ã o o nd e o uso d e fe rra me nta s d e c o rte ,
so ld a , e sme rilha me nto , e tc ., sã o c o muns. O s d e ma is fa to re s sã o d e me no r
p ro p o rç ã o , p o ré m, c o mp õ e m o c e ná rio a tua l no p la ne ta .

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2. INC ÊNDIO S.
Os incêndios ocorrem com quaisquer materiais combustíveis; porém, para que isso
aconteça, é necessário que a quantidade de material combustível seja muito
grande e que as partículas do combustível tenham pouco espaço entre si,
impedindo um contato direto e abundante com o oxigênio do ar. As partículas
devem, entretanto, estar um pouco afastadas entre si, de maneira que, apesar da
existência da fonte de ignição e da consequente combustão local, não seja
permitida a propagação instantânea do calor de combustão às partículas
localizadas nas camadas mais internas, devido à insuficiência de ar. Desta forma, a
queima se dá por camadas desde que não sejam agitadas para entrar em
suspensão, em locais onde as poeiras estejam depositadas ao longo das jornadas
de trabalho, ou em uma das seguintes formas:

2.1. Fo rm a s do pro duto no inc ê ndio


Para que ocorra incêndio, o produto solido em forma de pedaços grandes, como
achas de lenha ou tabuas, e terem propriedades combustíveis, quando submetido
ao calor ou a chama direta, iniciando a combustão de cima para baixo, a medida
que é consumido ate haver apenas o resíduo da combustão, ou seja as cinzas.

Acomodação do material participante para que ocorra o incêndio..


2.1.1. Em pilha da s.
Com o aspecto de uma fogueira, quando de com materiais sólidos madeira lenha,
com pedaços não muito grandes e em forma aproximada de cones ou dentro de
silos, mas quando na forma de poeiras, forma normalmente uma pilha cônica
devida seu o baixo atrito entre as partículas.

2.1.2. Arm a ze na da s e m tulha .


Elementos combustíveis sólidos diversos quando armazenados dentro de depósitos
de separadores dos filtros de mangas ou ciclones, de forma provisória durante a
separação destes do fluxo gasoso, durante o processo produtivo e que será
periodicamente esvaziado, como a moega dos filtros de separação e tulhas de
recepção.

O incêndio por camadas, igualmente, é de difícil extinção, podendo se prolongar


por várias horas ou dias após sua extinção, mesmo após ser debelado o incêndio,
poderá espontaneamente reiniciar, pois o conteúdo calorifico presente pode ainda

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aquecer os matérias vizinhos, ate sua temperatura de combustão, e começar de


novo.

2.1.3. De pó sito s.
Silos ou graneleiros, onde grandes dimensões e quantidades de grãos são
armazenadas para abastecer o fluxo operacional, nestes temos as situações que
ocorrem quando da carga e descarga de poeiras e que ficam depositadas em
locais de difícil acesso, e ali permanecerem por longos períodos, em situações
propicias podem provocar incêndios e explosões ate que não haja mais poeiras,
em seguida devido as condições do local a carga de grãos entra em combustão
ate ser extinta ou terminar o combustível.

2.1.4. O utro s.
Locais na própria planta objeto de limpeza ou transferência de material.
Nestes incêndios, a ignição que ocorre em camadas deve ser controlada com
cuidado, para evitar que o material depositado em estruturas, tubulações e locais
de difícil visualização e limpeza seja colocado em suspensão, formando a nuvem
de poeira, que evoluirá para explosão, pois há, no ambiente, os fatores de
deflagração da mesma, isto é: combustível e comburente e foco calorifico.

Em um complexo industrial, no qual se processam produtos na forma de grãos,


durante o trabalho de: movimentação, ensilagem, transporte, moagem
transferência, e outras operações poeiras e estas ao serem agitadas de alguma
forma, e entrarem em suspensão, com uma fonte térmica podem entrara em
combustão se as poeiras geradas pelos grãos tiverem propriedades inflamáveis,
estas poeiras na forma de pó sendo explosivas estão passiveis de entrar inflamar e
explodirem. Um teste prático para o leigo exposto neste trabalho, é demonstrado no
Ite m 4.1 Ensa io de C o m b ustivida de c o m Po e ira s, poderá ajudar a definir suas
propriedades combustíveis, para as precauções necessárias no manejo dos grãos e
definir equipamentos e ações que assegurem o trabalho isento destes riscos. Com a
implementação de sistemas de controle das poeiras geradas no processamento e
movimentação dos produtos que as geram, e ou sistemas de alivio de pressões nos
locais fechado, que não evitam as explosões mas aliviam seus efeitos devastadores.

Caso estas poeiras produzidas conforme visto acima e depositadas em locais


diversos como estruturas, piso, maquinaria etc., entrem em suspensão e formarem
uma nuvem, e que no local, haja os demais elementos do fogo; combustível,
oxigênio e foco calor. Modernamente foi inserido o termo reação em cadeia ou o

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tetraedro do fogo, que é a auto alimentação do fenômeno enquanto


permanecerem os elementos do fogo, haverá um inicio de incêndio que
rapidamente evolui para explosões, crescentes e quando mais material é colocado
em suspensão mais explosões ocorrem finalizando com enorme catástrofe que
terminara com incêndio ate que todo material combustível acabe ou pela ação
das brigadas de incêndio.

Na sequência, apresentamos, de forma sucinta, os fenômenos de incêndios e


explosões, bem como a interação entre eles, nas poeiras de grãos alimentícios, de
metais, de fármacos, de sintéticos etc., podendo ainda considerar qualquer
substancia não classificada oficialmente, como combustível após uma analise
simples como a considerada acima.

2.2. De finiç õ e s de inc ê ndio s.


Para que ocorra um incêndio, é necessário que haja no sistema os elementos
fundamentais para que ocorra a combustão, ou seja, a matéria, solida liquida ou
gasosa, como combustível o comburente que é o oxigênio presente no ar ou
industrializado, e um fonte térmica para desencadear o processo de combustão, se
este processo é expansivo, rápido e de difícil controle, que possa inclusive causar
mortes e destruição do patrimônio, então é um incêndio, e devera ser combatido
de acordo com suas características e generalidades.

Combustível, é o material que em contato com uma fonte térmica entra em


combustão, gerando fogo, calor e luz, os combustíveis sólidos, necessitam de
aquecimento para entrar em combustão através de suas substancias voláteis, os
líquidos e gasosos, podem entrar diretamente em combustão conforme sua
temperatura de ignição, ou receber pouco calor.

Chama-se de fogo ao resultado de um processo exotérmico de oxidação.


Geralmente, um composto orgânico, como o papel, a madeira, plásticos, gás de
hidrocarbonetos, gasolina e outros, susceptíveis a oxidação, em contato com uma
substância comburente, como o oxigênio do ar, por exemplo, ao atingirem a
energia de ativação, também conhecida como temperatura de ignição entram
em combustão. A energia para inflamar o combustível pode ser fornecida através
de uma faísca de uma chama, de um raio solar ou outra qualquer fonte térmica.

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Iniciada a reação de oxidação, também denominada combustão ou queima, o


calor desprendido pela reação mantem o processo em atividade, ate que seja
extinto ou que os elementos do fogo sejam consumidos.

Os produtos da combustão (principalmente vapor de água e gás carbônico), em


altas temperaturas pelo calor desprendido da reação, emitem luz visível. O
resultado é uma mistura de gases incandescentes emitindo energia. A isto se
denomina chama ou fogo. O fogo não é, portanto nem sólido, liquido ou gasoso, é
energia pura.

A composição dos gases que se desprendem, assim como a sua temperatura e


disponibilidade do comburente, determina a cor da chama. No caso da
combustão de madeira ou papel a chama é roxa, amarela ou alaranjada. Na
queima de gases de hidrocarbonetos obtém-se uma chama azulada, e cores
exóticas são obtidas quando são queimadas substâncias que contém elementos
metálicos.

A cor do fogo é também usada para estimar a temperatura dos auto forno
industriais, uma vez que a temperatura do fogo também varia de acordo com a cor
da chama. Deve-se considerar aqui que há então vários fatores, entre eles o tipo de
combustível e a temperatura do fogo que fazem o fogo ter determinada cor.
Combustível é o elemento que serve de campo de propagação do fogo. Na
natureza têm-se materiais orgânicos, que são todos combustíveis, e os inorgânicos,
geralmente incombustíveis nas condições CNPT (condições normais de temperatura
e pressão).

2.3. C o m b ustíve is.


Como combustível devemos entender ser todo o material, solido, liquido ou gasoso,
passível de entrar em combustão, desprendendo com consequência, luz, calor e
radiação térmica.

É todo material que pode entrar em combustão quando exposto a uma chama ou
fonte térmica suficiente para iniciar o processo. São sólidos, líquidos ou gasosos,
sendo que os sólidos e os líquidos se transformam primeiramente em gás pelo calor
cedido pela fonte (voláteis) e posteriormente inflamam.

Os combustíveis que participam de um incêndio podem ser:

2.3.1. C o m b ustíve is só lido s.


A maioria dos corpos orgânicos (madeira, tecidos, papel, etc.) antes de se
combinarem com o oxigênio para originar a combustão, transforma-se inicialmente

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em gases ou vapores voláteis para posteriormente entrar em combustão. Outros


sólidos primeiro transformam-se em líquidos e posteriormente em gases, para então
se queimarem.

Todo material combustível que se gaseifica para combinar com o oxigênio, possui
em sua estrutura um ou mais dos seguintes elementos químicos, chamados
elementos combustíveis: Carbono, Hidrogênio e Enxofre. Portanto, um material
combustível é aquele que contêm na sua composição uma maior quantidade de
um ou mais elementos combustíveis.

2.3.2. C o m b ustíve is só lido s e spe c ia is.


São várias as substâncias sólidas que apresentam riscos especiais de incêndio
conforme sua reação pode ser classificada como:

2.3.2.1. Só lido s m e tá lic o s.


Nestes casos como os metálicos (pirofóricos), são combustíveis em caso de incêndio
é proibida a sua extinção com o uso de agua. Pois a agua reage com os metais
desprendendo o Hidrogênio, que nesta condição é explosivo e acontece ate na
ausência de Oxigênio, reagindo violentamente. Alguns itens já classificados: Sódio,
Alumínio em pó, cálcio, Hidreto de sódio, Soda cáustica, Potássio, etc.

De forma semelhante à agua, alguns metais também reagem na presença do


oxigênio do ar, quando sua superfície após usinagem ficar exposta ao ar, os riscos
ocorrem em função de a quantidade de calor liberado, quando em contato com o
ar, como exemplo, o carvão mineral em uma pilha exposta ao sol inicia sua
combustão espontaneamente e mesmo sendo apagado, volta a queimar, também
ocorre com o fosforo branco e o fosforo vermelho.

Como exemplo característico tem-se o iodo, que se apresenta na forma de cristais


voláteis, e que apresenta o risco de explosão, quando misturado a outros produtos.
ver capitulo 7 deste trabalho.

2.4. C o m b ustíve is Líquido s.


2.4.1. Líq uido s infla m á ve is.
São aqueles que produzem vapores que em contato com o ar, em determinadas
proporções e pela ação de uma fonte de calor, incendeiam-se com extrema
rapidez. Para isso precisam no mínimo atingir os seu ponto de fulgor. O ponto de
fulgor é inferior a 37,8°C

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2.4.2. Líq uido s c o m b ustíve is.


São líquidos que possuem pontos de fulgor igual ou superior a 37,8°C
estes para inflamar necessitam inicialmente liberar pelo calor inicial suas substancias
voláteis, para posteriormente inflamarem,

2.4.3. Líq uido s Vo lá te is.


São os que desprendem gases inflamáveis à temperatura ambiente. Ex.: álcool, éter,
benzina, etc., e são muito rápidos para inflamar, pois seu ponto de combustão e
ignição estão muito próximos.

2.4.4. Líq uido s nã o Vo lá te is.


São os que desprendem gases inflamáveis à temperaturas maiores do que a do
ambiente. Ex.: óleo, graxa, etc., estes para entrarem em combustão precisam ser
aquecidos, liberar seu compostos voláteis para então entrar em combustão.

2.5. C o m b ustíve is G a so so s.
Gás é uma substancia que no estado físico não tem forma, ocupando o espaço do
recipiente que o contem.

O aumento de temperatura intensifica a movimentação das moléculas das


substâncias gasosas em face de ser aumentado e a ligação entre elas
praticamente deixam de existir, aumentando o volume do gas, e o recipiente ser do
mesmo volume inicial, é criada uma pressão proporcional ao incremento de
temperatura ‘lei de Boile e Mariot”.

2.5.1. G á s infla m á ve l.
É qualquer material que no estado gasoso, e sob temperatura ambiente e pressão
atmosférica, queimará quando em contato com uma concentração normal de
oxigênio no ar, sob a ação de uma fonte de calor.

2.5.2. G á s ine rte


É aquele que não sustenta a combustão, como, por exemplo, o nitrogênio, o gás
carbônico, o argônio, o hélio, entre outros. São usados no controle de riscos muito
perigosos, pois este preenchem os espaços do oxigênio substituindo-o por um gás
inerte, desta forma não acorrerá combustão.

2.5.3. Risc o s do s g a se s.
Os riscos com gases representam um fator de alta importância para os profissionais
da prevenção, são eles: combustão, explosão química e física, toxidade entre
outros.

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Tendo em vista a sua extensa utilização industrial, domiciliar, comercial e medicinal,


seus riscos não se limitam apenas ao local da sua produção, mas na sua utilização,
armazenagem, transporte. Em todas estas etapas os operadores convivem com
riscos inerentes a seu manuseio.

O perigo dos gases reside, principalmente, nas possibilidades de vazamentos,


podendo formar com o ar atmosférico misturas explosivas, toxicas, inertes etc.

Quando escapam, podem facilmente atingir uma fonte de ignição onde se


incendeiam rapidamente. Quando isto ocorre, o incêndio só poderá ser extinto
após a supressão do fluxo do gás, pois, caso este continue, o gás poderá incendiar-
se facilmente ou então produzir uma mistura explosiva com o ar, estabelecendo
condições mais perigosas que o próprio incêndio devido a sua periculosidade pois
os gases mais pesados (mais densos) tem maior possibilidade de inflamar pois
escorrem junto ao piso e as residências serão invadidas pelos gases e fatalmente
encontrarão uma chama qualquer, incendiando toda redondeza, como ocorreu na
Índia em Bopal com centenas de mortes.

Enquanto os gases pesados se dissipam vagarosamente, embora as correntes de ar


possam acelerar a difusão de qualquer gás. O gás canalizado rua (gás natural) e
inúmeros outros gases utilizados na indústria são mais leves que o ar e, portanto,
dissipa-se mais rapidamente que os vapores dos líquidos inflamáveis mais pesados
que o ar (gás liquefeito do petróleo - GLP).

2.6. Te rm ino lo g ia da C o m b ustã o .


Combustível é o elemento que serve de campo de propagação do fogo. Na
natureza têm-se materiais orgânicos, que são todos combustíveis, e os inorgânicos,
geralmente incombustíveis nas condições CNPT (condições normais de temperatura
e pressão).

2.6.1. C o m b ustíve l, so lido , liq uido o u g a so so s.


Os combustíveis sólidos são os formados por matéria orgânica, como lenha, papel.
Etc. Os líquidos são aqueles que em condições normais se mantem no estado
liquido, como gasolina, benzina etc. Os gasosos são aqueles que não contem forma
definida e sim a forma do recipiente que o contem, suas características foram vistas
acima.

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2.6.2. C o m b ure nte (O xig ê nio )


É o elemento ativador do fogo, que se combina com os vapores inflamáveis dos
combustíveis, dando vida às chamas e possibilitando a expansão do fogo.

Compõe o ar atmosférico na porcentagem de 21%, sendo que o mínimo exigível


para sustentar a combustão é de 16%.

2.6.3. C a lo r.
É uma forma de energia geradora do incêndio. É o elemento que dá início ao fogo,
é ele que faz o fogo se propagar. Pode ser uma faísca, uma chama ou até um
superaquecimento em máquinas e aparelhos energizados, é quantificado
tecnicamente em quilocalorias por hora (Kcal/h).

2.6.4. Re a ç ã o e m C a de ia
Os combustíveis, após iniciarem a combustão, geram mais calor. Esse calor
provocará o desprendimento de mais gases ou vapores combustíveis,
desenvolvendo uma transformação em cadeia ou reação em cadeia, que, em
resumo, é o produto de uma transformação gerando outra transformação.

2.6.5. Po nto de Fulg o r (Fla sh- po int).


É a menor temperatura, na qual uma substância libera vapores em quantidade
suficiente para formar uma mistura com o ar, logo acima de sua superfície, que se
incendiará pelo contato de uma fonte externa de calor. Entretanto, retirada a fonte
de calor, a combustão não se manterá devido à insuficiência de vapores liberados
a essa temperatura. É também chamado de Ponto de lampejo ou (Flash-point).

2.6.6. Po nto de C o m b ustã o (Fire - po int)


É a menor temperatura na qual uma substância libera vapores em quantidade
suficiente para formar uma mistura com o ar, logo acima de sua superfície, que se
incendiará pelo contato com uma fonte externa de calor, havendo continuidade
da combustão, mesmo retirando-se a fonte externa de calor. É também chamado
de (Fire-point) ou Ponto de combustão. Normalmente este ponto é ligeiramente
superior ao ponto de fulgor.

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2.6.7. Po nto de ig niç ã o (Fla sho ve r)


É a temperatura mínima, na qual os vapores emanados de um corpo combustível
entram em combustão apenas ao contato com o oxigênio do ar, independente de
qualquer fonte de calor externo. Também é conhecido como Ponto de combustão
espontânea ou ponto de autoignição ou
(Flashover).
Na fase de queima livre, o fogo aquece
gradualmente todos os combustíveis do ambiente.
Quando determinados combustíveis atingem seu
ponto de ignição, simultaneamente, haverá uma
queima instantânea e concomitante desses
produtos, o que poderá provocar uma explosão
ambiental, ficando toda a área envolvida pelas
chamas. Esse fenômeno é conhecido como (Flashover). Flashover por definição é "a
participação repentina de uma área ou compartimento em chamas do piso ao
teto causado pelo feedback de radiação térmica “

O feedback de radiação térmica é a energia do fogo que irradia em volta do


espaço (volume e conteúdo) do compartimento, das paredes, do piso, e do teto.

2.6.8. C o m b ustã o Inc o m ple ta Ba c kdra ft.


Na fase de queima lenta em um incêndio, em não havendo renovação de ar, a
combustão é incompleta porque não há oxigênio
suficiente para sustentar o fogo. Contudo, o calor
da queima livre permanece e as partículas de
carbono não queimadas (bem como outros gases
inflamáveis produtos da combustão) estão prontas
para incendiar-se rapidamente, assim que o
oxigênio for suficiente. Na presença de oxigênio,
estando os corpos combustíveis na sua
temperatura de ignição, esse ambiente explodirá,
ou seja, todos os corpos combustíveis, inclusive as partículas em suspensão no ar
(poeiras explosivas) entram subitamente em combustão, explodindo em ambiente
confinado. Este fenômeno é conhecido como (Backdraft)

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2.6.9. BLEVE o u "Bo la de Fo g o "


boiling liquid expanding vapour explosion.
Explosão pela expansão de um liquido armazenado por ebulição em um vaso de
pressão.
É uma combinação de incêndio e explosão,
com uma emissão intensa de calor radiante,
em um intervalo de tempo muito pequeno.

O fenômeno pode ocorrer, por exemplo, em


um tanque no qual um gás liquefeito é
mantido abaixo de seu ponto de ebulição
atmosférico. Se houver um vazamento
instantâneo de um vaso de pressão, por
exemplo, devido a uma falha estrutural, todo, ou a maior parte de seu conteúdo, é
expelido sob a forma de uma mistura turbulenta de gás e líquido, que se expande
rapidamente dispersando-se no ar sob a forma de nuvem. A ignição dessa nuvem
gera a "Bola de Fogo", que pode causar danos materiais e queimaduras a centenas
de metros distando do inicio, podendo inclusive arrastar o objeto incandescente a
distâncias muito grandes.

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3. EXPLO SÕ ES.
Ocorrem frequentemente em unidades processadoras em referência, industrias que
processem ou manufaturem produtos que possam evoluir para forma de poeiras e
que possuam propriedades combustíveis; é necessário, porém, que as mesmas
estejam dispersas no ar e em concentrações adequadas. Isto ocorre em pontos das
instalações onde haja moagem, descarga, movimentação, transporte, etc., desde
que sem controle de exaustão e que, obviamente, existam os fatores
desencadeantes.

Lembramos que nesta revisão no item 7 , especifico para explosões com poeiras
metálicas estaremos tratando de causas e efeitos bem como do controle e explosões
destas, que além de causarem muito mais prejuízo aos armazéns, são também mais
difíceis de controlar, e mais fatais aos operadores, em face de seus efeitos tóxicos,
térmicos e ou radioativos, em função de suas características inerentes.
As explosões acontecem com:

3.1. Po e ira s c o m bustíve is.


Farinhas de: trigo, milho, soja, cereais, e mais uma grande gama de produtos
agrícolas, carboníferos, produtos químicos, fármacos, pigmentos, madeira, metais,
couro, resinas diversas, sintéticas e papel, sendo alguns caracterizados no item 4.3.3.
deste trabalho, com suas características inerentes aos efeitos de incêndios e
explosões.

3.2. G a se s Infla m á ve is.


Inflamáveis, dentro dos limites preconizados na NR.16. – LIE (limite inferior de
explosividade) e LSE (limite superior de explosividade). Devem merecer cuidados
semelhantes aos das poeiras, observando-se que as suas reações são mais rápidas e
devastadoras do que as das poeiras.

3.3. Po e ira s Me tá lic a s.


As poeiras metálicas objeto do item 7 deste trabalho, que ora adicionamos é um dos
itens em que as explosões são mais violentes uma vez que as reações de combustão,
muitas vezes ocorrem em ausência de oxigênio, no capitulo 7 esclarecemos de
forma ampla todas as reações, segurança e manuseio dos mesmas

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3.4. Explo sõ e s Prim á ria s e Se c undá ria s.


3.4.1. Prim a ria s.
A poeira depositada ao longo do tempo nos mais diversos locais da planta industrial,
quando agitada ou colocada em suspensão e na presença de uma fonte de ignição
com energia suficiente para a primeira deflagração, poderá inflamar e caso o
ambiente seja confinado, poderá explodir após haver gases suficientes no recinto, e
ainda persistir o incêndio. Ocorrera então a primeira explosão que agitara o
ambiente, colocando mais material em suspensão e novas explosões ocorrerão cada
vez mais fortes, passando para outros locais da edificação através de condutos dos
elementos de comunicação. Embora a descrição demostre que são varias e
sucessivas as explosões, nosso ouvido não consegue diferenciar, pois estão muito
próximas umas das outras e ouvimos como um som único e longo.

3.4.2. Se c unda ria s.


As explosões primarias, colocam as poeiras depositadas nas estruturas e locais
diversos, em suspensão, e estas ao caírem na forma de nuvem de pó, no recinto e
encontrarem no percurso o foco calorífico, entram imediatamente em combustão,
por terem uma superfície especifica grande em relação ao seu volume e massa, são
oxidadas rapidamente aumentando o volume gasoso no local, e este volume por
estar contido em um local exíguo, não consegue aliviar as crescentes pressões
geradas, culminando com as explosões finais e catastróficas, caracterizada pela
resistência do recinto, e dos elementos que interligam os setores, que pode ser um
elevador de canecas, uma rosca transportadora, uma rede de dutos de ventilação,
etc., ou o próprio recinto onde esta operação gasosa e inflamável se fundem.

Na sequência das explosões iniciais, todas as áreas vizinhas são agitadas pelas
vibrações subsequentes. Isto fará com que mais pó depositado entre em suspensão e
mais explosões ocorram, cada qual mais devastadora do que a anterior, este
fenômeno pode atingir outras unidades do complexo industrial além daquele em
que o processo se iniciou. Causando prejuízos irreversíveis ao patrimônio, paradas no
processo produtivo. E, o que é pior, vidas são ceifadas ou ficam alijadas de sua
capacidade laborativa, com as consequências por todos conhecidas
(incapacidades totais e permanentes).

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4. TRANSIÇ ÃO DE INC ÊNDIO A EXPLO SÃO .


A mudança de incêndio para explosão pode ocorrer facilmente, desde que poeiras
depositadas nas cercanias do fogo sejam agitadas, entrem em suspensão e ganhem
concentração mínima. Como o local já contém os ingredientes necessários, o
próximo passo é o desencadeamento das subsequentes explosões. Ao contrário, se
as poeiras em suspensão causam uma explosão, as partículas de poeira que estão
queimando saem da suspensão e espalham o fogo. Nestes termos, os danos podem
ser consideravelmente maiores, quando o oxigênio é exaurido pelo consumo das
reações, além dos gases, permanece o incêndio no local do sinistro com o material
não consumido nas explosões, como os grãos de maiores dimensões, e nesta
situação, seu controle é de difícil contenção devido aos estragos e dificuldade de
chegar aos locais, sem falar na falta de oxigênio consumido e a consequente
geração de gases tóxicos.

4.1. Ensa io de c o m b ustivida de c o m Po e ira s.


Este ensaio simples, mas conclusivo feito na própria unidade e rapidamente ,nos
permitira obter uma segurança relativa quanto a suas propriedades combustíveis,
objeto da investigação ou de prevenção para os trabalhadores e ao patrimônio, e
obviamente os cuidados ao manuseá-los. Qualificando e quantificando a geração
nas instalações.

O exemplo ilustrado foi obtido em uma de nossas avaliações em campo. Num caso
que ocorreu a explosão em silos de armazenagem de malte. Quando da fase inicial
a do levantamento de dados, efetuamos este ensaio para que pudéssemos
assegurar que se tratava de uma poeira explosiva, uma vez que o incêndio poderia
ser criminoso. Posteriormente após a confirmação, passamos ao levantamento de
todas as áreas envolvidas, como transportadores, desvios de fluxo, transferências,
etc., verificando na ordem inversa ao ponto final que foram os silos dos e alvenaria. E
com estes elementos confeccionar o laudo técnico do ocorrido.

Fruto de nosso trabalho, durante um levantamento em que ocorreu explosão com


poeiras em silos de armazenagem de malte, onde fomos contratados para investigar
o fenômeno que destruiu alguns silos e danificou outros.

O ensaio do produto, foi efetuado a partir de uma amostra do produto através de


manipulação, onde foi pesada a amostra com se apresenta no processo, e
posteriormente após passar por uma peneira de malha de 70 µ microns obtivemos os
seguintes resultados.

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Amostra inicial 500 gr.


Poeira peneirada 70 gr.
Porcentagem em peso 14%
No caso da analise uma indústria que processa 50 T. dia, e a geração é de 7000 kg
por dia, que se não capturadas e separadas por sistemas de controle, ficam no
ambiente aguardando o momento propicio para entrar combustão e causar uma
enorme destruição no patrimônio.

POEIRAS DE MALTE.

Uma analise rápida, porem, conclusiva (se uma poeira pode ser ou não explosiva). Pode ser obtida na maioria das plantas de
armazenamento, como o exemplo acima, tomamos uma amostra do produto e após fazê-los passar por uma peneira de malha
adequada, fizemos sua quantificação em pó e grão, extraindo desta, elementos quantitativos (quantidade de pó da amostra e de produto)
grandes auxiliares no dimensionamento dos sistemas de controle posterior.

Passo seguinte á quantificação é o ensaio de combustividade, onde ambas as amostras pó e grão são colocadas sobre a placa de
amianto do bico de bunsen; o pó, para testar a auto combustão e o grão a combustibilidade, após o aquecimento nota-se pelo
desprendimento de fumaça branca, a emissão dos voláteis, que com mais calor, queima sem contato com a chama, levando também
o grão a queimar.

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4.1.1. C o nc lusã o .
Portanto concluímos que a poeira agrícola analisada é combustível e pelos fumos
desprendidos, também é explosiva, fato que só confirmou o obvio que foi u
ma violenta explosão destruindo enormes silos de alvenaria, bem como boa parte do
complexo industrial, observando porem, que no quadro do item três, subitem 3.3.3
temos uma tabela de elementos já qualificados em testes da NFPA, e temos ali a
confirmação da evidencia levantada.
Po e ira s a g ríc o la s Ie. Si. Ge. Pmp Vmp T1 T2 E C P(1)
Malte de cevada 5,5 2,6 2,1 6,7 308 400 250 0,04 57 -

Estudo das consequências deste elementos nas instalações, poderão ser analisados
conforme o exemplo enunciado com outros produtos, em nosso exemplo simulado
no sub ite m 4.9. deste item, com o qual pode-se prever os efeitos de uma explosão
com este produto, fato que pudemos ter a oportunidade de visualizar e documentar
em nosso trabalho.

4.2. C o m e ntá rio s.


As misturas combustíveis finamente pulverizadas são, em geral, muito perigosas. Os
depósitos de poeiras combustíveis sobre vigas e máquinas em torno dos locais de
transferência no transporte e beneficiamento são suscetíveis de incendiar com
chamas. Ao entrarem em ignição, as poeiras combustíveis suspensas no ar podem
produzir fortes explosões. Por outra parte, se as poeiras são agentes oxidantes e se
acumulam sobre superfícies combustíveis, o processo de combustão se acelera
consideravelmente no caso de incêndio. Se um agente oxidante finamente
pulverizado é misturado com outras poeiras combustíveis, a violência da explosão
resultante será muito mais grave do que se faltasse tal agente oxidante. Para
sufocar ou deter os incêndios ou deflagrações de poeiras combustíveis se
empregam materiais inertes, tais como a pedra cal, gases inertes, etc.

4.3. C o m b ustã o e spo ntâ ne a o u a uto c o m b ustã o .


Lembramos ainda que uma das causas de incêndios florestais ocorrem por auto
combustão quando o material seco ao ser aquecido pelos raios solares, ou outra
fonte térmica, cigarro por ex. no primeiro aquecimento, libera suas substancias
voláteis, estas tendo sua temperatura de ignição próxima da de liberação gasosa,
entra em combustão espontânea, o termo auto combustão significa que os
agentes são inerentes ao processo, ocorrem quando todas as variáveis são
atendidas pelas condições existentes naquele momento, sem a contribuição
humana.

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No caso dos eventos em indústrias, que manipulam produtos com baixa


temperatura de ignição ocorre da mesma forma sendo neste caso o agente
calorifico uma das fontes de energia presente ao processo, temos alguns exemplos
característicos como: uma superfície aquecida, como condutos de vapor, óleo
térmico etc. quando poeiras inflamáveis depositam-se sobre elas, ocorre o mesmo
fenômeno do sol, só que com energia do sistema. Como ex. temos que o óleo
aquecido numa frigideira inflama sem contato com a chama. Em poeiras metálicas
o fenômeno é mais comum, pois algumas delas têm temperatura de ignição muito
próxima a do ambiente, e pequenas oscilações de temperatura em secadores
industriais, podem causar o fenômeno, em função da proximidade das
temperaturas de ignição e combustão.

4.4. Explo sõ e s na histó ria .


Embora as explosões de poeiras tenham se contabilizado desde 1795 e os métodos
para controlá-las tenham sido publicados pela mídia da epoca, ainda hoje elas
seguem produzindo graves acidentes. Em menos de uma semana, no mês de
dezembro de 1977, produziram-se importantes explosões em armazéns de grãos,
com 54 vítimas fatais. Nos meses seguintes, foram contabilizadas outras explosões,
com número adicional de mortes.

O ensaio acima serve como parâmetro para quantificação do material que é


gerado em uma planta, durante sua movimentação e processamento. As imagens
foram feitas durante uma análise que efetuamos em indústria que sofreu processo
de explosão com poeiras. Assim, pudemos definir as concentrações de poeiras
passíveis de se formar e, no caso das explosões, quantificar seus efeitos destruidores,
como se fosse uma carga explosiva previamente definida para implodir um prédio,
uma ponte, etc.

Outros fenômenos documentados mais recentes, podem ser encontrados no site;


http:/ / www.c sb .g o v/ são acidentes acontecidos, documentados e estudados pela CSB,

órgão oficial para estudos voltados a explosões com diversas substâncias


encontradas em processos industriais, nos Estados Unidos.

Enquanto trabalhávamos neste revisão, Na cidade de Monte Negro, aconteceu


uma explosão seguida de incêndio, de difícil controle, que ate o momento, já
ceifou a vida de cinco operários, sendo que um ainda permanece, na UTI, veja
informações no endereço: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/09/morre-o- quarto-trabalhador-
vitima-de-incendio-em-empresa-no-rs.html

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Observando que o fenômeno envolveu inicialmente uma explosão no setor das


peneiras, evoluindo para incêndio na sequência.

4.5. Explo sõ e s c o m m e ta is c o m b ustíve is.


Nesta revisão, reservamos o capitulo e spe c ific o de num e ro 07 pa ra o e studo de
o c o rrê nc ia s c o m m e ta is c o m b ustíve is, uma vez que estes episódios podem ser iguais
ou maiores que as explosões com materiais na forma de grãos ou madeira, seu
manuseio, armazenamento e manipulação merecem cuidados especiais, pois
algumas ligas metálicas podem entrar em combustão espontaneamente ao
contato com o ar ambiente, seus incêndios, requerem medidas diversas das
convencionais uma vez que se usando água como agente extintor, podem
provocar a quebra da molécula de H2 O liberando H2 agente explosivo, ainda com
o uso de alguns agentes inertizantes no caso dos metais, podem gerar reações
adversas com alguns agentes extintores e amplificar os efeitos devastadores das
explosões.

Lembrando que estes produtos por serem agentes pirofóricos, entram em ignição de
forma muito simples e seu grau de combustividade é aumentado pelas
características dos metais e outros elementos presentes na cena do acidente,
necessitando ainda cuidados especiais no seu manuseio, armazenagem e
transporte.

Quanto a sua produção manuseio e embalagem, as industrias especializadas,


trabalham com pequenas células de operação, distantes umas das outras, pois é
impossível conseguir segurança plena e nestes locais, sempre haverá mortes,

Observando ainda que os incêndios são muito mais devastadores que outras
poeiras, exigindo técnicas e cuidados especiais, na sua extinção, para não
potencializar ainda mais seus efeitos.

4.6. Fa to re s q ue influe m so b re a e xplo sã o de pó .


A possibilidade da explosão de uma nuvem de pó está condicionada à dimensão
de suas partículas e sua concentração em grs./m³ de ar, às impurezas, à
concentração de oxigênio e à potência da fonte de ignição.

As explosões de pó se produzem frequentemente em série. Muitas vezes, a


deflagração inicial é muito pequena em quantidade; porém, possui suficiente
intensidade para colocar o pó das cercanias em suspensão ou romper peças de

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máquinas ou instalações dentro do edifício, como os coletores de pó, com o que se


criam nuvens cada vez maiores, através das quais podem se propagar explosões
secundárias e terciárias, cada qual mais devastadora do que a anterior.

Não é raro produzir-se uma série de explosões, as quais se propaguem de um


edifício a outro, desde que haja comunicação por elementos de transporte entre
eles, como esteiras, tubulações, elevadores de canecas, roscas transportadoras,
dentre outros.

O perigo de uma classe determinada de poeira está relacionado com sua


facilidade de ignição e com a gravidade da explosão resultante. Para tal, foi
desenvolvido nos EUA um equipamento experimental para testar poeiras explosivas,
com sensores diversos que permitem conhecer as características das poeiras
explosivas. A sensibilidade de ignição se dá em função da temperatura de ignição
e da energia necessária, enquanto que a gravidade da explosão vem determinada
pela pressão máxima de explosão e pela máxima velocidade de crescimento da
pressão. Para facilitar as comparações dos dados de explosividade derivados dos
ensaios mencionados, todos os resultados se relacionam com uma poeira de
carvão conhecida como “Pittsburg”, tomando-se uma amostra com concentração
de 0,5 kg/m3 (kg de pó de carvão por m3 de ar), exceto nas poeiras metálicas.

4.6.1. Dimensões da Partícula.


Quanto menor for a dimensão da partícula de pó, torna-se mais fácil para a nuvem
entrar em ignição devido sua baixa densidade, e visto ser sua superfície especifica
grande e quando a reação de oxidação é muito rápida entrando em combustão e
librando seus voláteis, que serão o estopim das explosões vondouras. As dimensões
da partícula influem também sobre a velocidade de crescimento da pressão: para
uma dada concentração de pó em peso, um pó formado por partículas grossas
mostra uma velocidade de aumento de pressão mais baixa do que o mesmo pó
fino. A concentração mínima necessária para que haja explosão, a temperatura de
ignição e a energia necessária para a ignição, por sua vez, diminuem conforme se
reduz a dimensão da partícula de pó. Numerosos estudos indicam este efeito em
grande variedade de poeiras.

A dimensão da partícula faz aumentar também a capacidade elétrica das nuvens


de pó, ou seja, o tamanho das cargas elétricas que podem se acumular na
partícula da nuvem. Como a capacidade elétrica dos sólidos se dá em função de
sua superfície, a possibilidade que se produzam descargas eletrostáticas de

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suficiente intensidade para colocar em ignição a nuvem de pó aumenta ao se


reduzir a dimensão média da partícula. Porém, para que se produzam descargas
eletrostáticas, são requeridas, dentre outros, consideráveis quantidades de pó em
grandes volumes, com forças dielétricas relativamente altas, e consequentemente,
longas períodos de relaxação. A causa de uma explosão de pó também pode ser
atribuída a outros fatores, a não ser que existam provas definitivas a demonstrar ter
sido esta a causa provável.

As dimensões das partículas de poeiras consideradas como explosivas, estão na


ordem de 70 mícron ou menores no caso das metálicas, de madeira e agrícolas,
sendo para efeito de comparação que 1 mícron é milionésima parte do mm.

4.6.2. C o nc e ntra ç ã o .
Como acontece com os vapores e os gases inflamáveis. Existe uma margem
específica de concentração de pó dentro da qual pode ocorrer a combustão ou a
explosão, nas margens inferiores, faltara o oxidante e nas superiores o excesso não
causara explosão devido a insuficiência de espaço entre as partículas, ocorrendo
apenas incêndio, que deve ser administrado com cuidado, para que não forme
nuvens de pó, pois nesse caso o incêndio evolui para explosão, mesmo em
presença do agente extintor.

Os valores da concentração podem se expressar em peso do pó por unidade de


volume de ar, embora, ao não se conhecer a dimensão da partícula da amostra,
esta expressão seja pouco significativa. Os valores apresentados no ensaio acima
foram obtidos da passagem do pó residual através de uma peneira com malha de
200 mesh, que corresponde a partículas Ǿ /ou =74 mícron, tamanho ideal para o
fenômeno de explosões. A pureza da amostra, a concentração de O2, a potência
da fonte de ignição, a turbulência da nuvem e a uniformidade da dispersão influem
também nos limites inferiores de explosividade da nuvem (LIE).

O limite superior de explosividade (LSE) das nuvens de pó não foi determinado


devido a dificuldades experimentais; também se questiona se ele existe para
poeiras e, do ponto de vista prático, sua utilidade é duvidosa. As curvas que se
obtêm ao relacionar graficamente a Pmp. e a Vmp. com a concentração de
material em suspensão, demonstram que estes valores são mínimos no limite inferior
de explosividade e que, depois, aumentam até seu valor máximo, ao dar-se a
concentração ótima, em cujo ponto começam a diminuir lentamente. Igualmente

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se verifica que a Pmp. e a Vmp. não se dão precisamente em igual concentração.


O efeito destrutivo se determina em primeiro lugar pela Vmp.

Observa-se que as explosões mais violentas se produzem com uma concentração


ligeiramente superior à necessária para que se tenha a reação com todo o oxigênio
existente na atmosfera.

As concentrações menores geram menos calor e criam menores pressões de ponta.


Com concentrações maiores das que causam explosões violentas, a absorção do
calor pela poeira não queimada devido ao excesso presente no ambiente, bem
como seu grau de umidade, podem ser as razões para que se produzam pressões
menores de explosão do que as indicadas nas tabelas em referência.

4.6.3. Um ida de .
A umidade contida nas partículas de pó faz com que seja necessário aumentar a
temperatura de ignição, devido ao calor absorvido, para a vaporização da água
contida nelas. A umidade do ar tem pouco efeito sobre a deflagração. Depois que
se produz a ignição, existe, porém, uma relação direta entre o conteúdo de
umidade, a energia mínima necessária para a ignição, a concentração de explosão
mínima, a Pm p . e a Vm p. Por exemplo, a temperatura de ignição do amido de milho
pode aumentar até 50 º C. com um aumento de umidade de 1,6 a 12,5%. Do ponto
de vista prático, a umidade não pode ser considerada como meio efetivo de
prevenção contra explosões, pois a maior parte das fontes de ignição proporciona
energia suficiente para aquecer e evaporar a umidade que pode estar presente no
pó. Para que a umidade seja um meio de proteção provisório, ela deve ser
extremamente alta (a partícula deverá estar encharcada), a fim de que o a energia
convencional não seja suficiente para a evaporação, volatilização e inflamação da
mesma, dai nossa recomendação para que antes de se efetuar soldas ou operações
a quente, lavar o elementos com agua abundante.

Industrias têxteis, para segurança contra explosões das poeiras suspensas, fazem uso
de humidificadores, para que as poeiras se umedeçam e em caso de uma descarga
estática, não ocorra inicio de explosões.

4.6.4. O utra s c a ra c te rístic a s da s po e ira s.


As poeiras explosivas possuem outras propriedades que serão verificadas no item
10.3.1 ., em função de características para definir seu comportamento no transporte
e separação e cuidados no projeto.

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4.7. C a ra c te rístic a s de Alg um a s Po e ira s Explo siva s Ensa ia da s no s


La b o ra tó rio s da NFPA.
Nos quadros abaixo, apresentamos as características de poeiras inflamáveis,
estudadas nos laboratórios da NFPA., o material ensaiado, é relacionado com o
carvão padrão de Pittsburg, sob uma amostra de 0.5 kg. de material por cada m³
de ar. A partir dos dados desta poeira, é que foram construídas as poeiras abaixo,
sempre com base no carvão citado, servindo este como elemento de comparação
com as diversas poeiras analisadas.

Este carvão serviu de exemplo inicial, em face de diversas explosões em minas da


cidade de Pitsburg que trabalhavam com este produto, com muita destruição e
mortes de trabalhadores, posteriormente foi criado um departamento para
investigar outros tipos de acidentes com materiais inflamáveis e assim se
estabeleceram padrões de segurança.

Nomenclaturas usadas e seus correspondentes para todas as tabelas abaixo.


Ie. Índice de explosividade (adimensional)
Si. Sensibilidade de explosão (adimensional)
Ge. Grau de explosividade (adimensional)
Pmp. Pressão máxima de explosão, kg/cm2
Vmp. Velocidade máxima de pressão, Kg/cm2
T1. Temperatura mínima de ignição. oC.
T2. Temperatura Máxima de ignição. oC.
E. Energia de ignição. joules
C. Concentração mínima de pó. Gr./m3
P. % mínima de O2 no ambiente.

A ultima coluna P(1) das tabelas abaixo tem referência a condições especificas para determinados
produtos quanto a sua reação, com os agentes referenciados.
(1) Os valores destas colunas indicam a porcentagem de oxigênio, enquanto que o prefixo lateral indica o gás diluente.
Ex.: C13 = diluição de até 13% de O2 com CO2. Os prefixos são: C= CO2, N= N2, A= Argônio, H= Hélio.
(2) Não se produz ignição a 8,3 J.
(3) A ignição sobrevém com chama.
(4) Designação de riscos por incêndio.

4.7.1. Poeiras Agrícolas.

Po e ira s a g ríc o la s Ie . Si. Ge. Pm p Vm p T1 T2 E C P(1)


(3)
Açúcar em pó 9,6 4 2,4 7,6 350 370 400 0,03 46,7 -
Algodão bruto       5,1 28 520 - 1,9 519 C21
Alho desidratado 0,2 0,2 1,2 4 91 360 - 0,24 104 -

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Amido de milho 9,5 2,8 3,4 7,4 525 400 - 0,04 46,7 -
Amido de milho malha 325 23,2 4,3 5,4 10 665 390 350 0,03 41,5 C11
Amido de trigo 17,7 5,2 3,4 7 455 430 - 0,03 46,7 C12
Amido de trigo tratado 35 10,6 3,3 8,2 455 380 - 0,03 31,1 -
Arroz 0,3 0,5 0,5 3,3 49 510 450 0,1 88,2 -
Cacau 19% gordura 0,6 0,5 1,1 4,8 84 510 240 0,1 77,8 -
Café Instantâneo   0,1 0,1 4,8 35 410 350 - 290 -
Café torrado   0,2 0,1 2,7 10,5 720 270 0,2 88,2 C17
Canela 5,8 2,5 2,3 8,5 273 440 230 0,03 62,2 -
Casca de amêndoa 0,3 0,9 0,3 7,1 98 450 210 0,08 67,4 -
Casca de amendoim 4 2 2 8,2 560 460 210 0,05 46,7 -
Casca de arroz 2,7 1,6 1,7 7,6 280 450 220 0,05 57 -
Casca de coco 4,2 2 2,1 8,1 2,9 470 220 0,06 36,3 -
Casca de noz de cacau 13,7 3,6 3,8 5,4 231 470 370 0,03 41,5 -
Casca de coco 7,1 3,1 2,3 8,1 329 440 210 0,05 31,1 -
Casca noz preta 5,1 3 1,7 7,9 280 450 220 0,05 31,1 -
Cebola desidratada       2,5 35 410 - - 135 -
Celulose 2,8 1 2,8 9,1 315 480 270 0,08 57,4 C13
Celulose alfa  2,7 4 8,2 560 410 300 0,04 46,7 -
Chá seco     0,1 3,4 28 580 340 -2 - -
Clara de ovo     0,2 4,1 35 610 - 0,7 145 -
Dextrina de milho cru 12,1 3,1 3,9 8,7 385 410 390 0,04 41,5 -
Erva de cereais     0,1 4,6 28 620 230 0,8 208 -
Farinha de alfafa 0,1(4) 0,1(4) 1,2 4,6 77 530 - 0,3 109 -
Farinha de ervilha 4 1,8 2,2 4,8 133 560 260 0,04 51,9 -
Farinha de pinho branco 9,9 3,1 3,2 7,9 385 470 260 0,04 36,3 -
Farinha de soja 0,7 0,6 1,1 6,6 56 550 340 0,1 62,2 C15
Farinha de trigo 4,1 1,5 2,7 6,8 196 440 440 0,06 51,9 -
Farinha semente de algodão 1,1 0,9 1,2 7,3 154 540 - 0,08 57,4 -
Fécula de batata dextrinada 20,9 5,1 4,1 8,4 560 440 - 0,03 46,7 -
Folhas de crisântemo moída 0,4 0,6 0,6 6,7 105 460 210 0,08 104 -
Goma arábica 1,1 0,7 1,6 5,9 105 500 260 0,1 62,2 -
Goma de glúten de trigo - 1 - - - 520 - 0,08 51,9 C15
Grão de café   0,1 0,1 2,3 10,5 650 280 0,3 156 C17
Leite desnatado 1,4 1,6 0,9 6,7 161 490 200 0,05 51,9 N15
Linho verde 0,2 0,7 0,3 7,6 105 430 230 0,08 81 -
Malte de cevada 5,5 2,6 2,1 6,7 308 400 250 0,04 57 -
Milho 6,9 2,3 3 7,9 420 400 250 0,04 57 -
Musgo de turfa seco ao sol 2 2 1 7,3 154 460 240 0,05 46,7 -
Musgo irlandês       2,5 28 480 230 - - -
Palha de trigo 5 1,6 3,1 8,2 420 470 220 0,05 57 -

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Pectina 10,3 2,2 4,7 9,2 560 410 200 0,04 77,8 -
Pele de cítricos 0,6 0,7 0,9 3,6 84 500 330 0,1 62,2 -
Pelugem de celulose 8,7 2,3 3,8 7,8 490 460 260 0,04 57 C13
Pó cereal trigo, milho e 9,2 2,8 3,3 9,2 490 430 230 0,03 57 -
aveia
Pó de cortiça -10 3,6 3,3 6,7 525 460 210 0,04 36,3 -
Proteína de soja 4 1,2 3,3 6,9 455 540 - 0,06 51,9 C15
(3)
Sacarose 9,6 4 2,4 7,6 350 370 400 0,03 46,7 -
(3)
Sacarose pura 3,3 1,1 3 5,3 175 420 470 0,1 46,7 -
Semente erva azul   0,1 0,1 3,6 28 490 180 0,3 301 -
Semente cereja 4,4 2 2,2 7,9 308 430 220 0,08 31,1 -
semente de damasco 1,9 1,6 1,2 7,6 280 440 230 0,08 36,3 -
Sêmola de espiga de milho 5,5 2,5 2,2 8,9 259 450 240 0,05 46,7 -
Talo tabaco       3,7 28 420 230 -2 - -
Trigo bruto 2,6 1 2,6 5 154 500 220 0,06 67,4 -

4.7.2. Poeiras carboníferas.


Po e ira s c a rb o nífe ra s Ie . Si. Ge. Pm p Vm p T1 T2 E C P(1)
Alcatrão 4 2,8 1,4 5,8 266 630 - 0,03 46,7 -
Alcatrão betuminoso  4 2,8 6,2 420 710 - 0,02 36,3 -
carvão
Asfalto de petróleo 6,2 2,8 2,2 6 350 510 550 0,04 36,3 -
Carvão antracita 0,1 0,1 - - - 730 - 0,1 67,4 -
Carvão betuminoso 4,1 2,2 1,8 7,1 280 610 180 0,03 51,9 -
C a rvã o de Pittsb urg h 1 1 1 6,3 161 610 170 0,06 57 -

Carvão vegetal lignito 0,1(4) 0,1(4) - 2,9 7 670 370 - 2074 -


ativado
Carvão de mistura de 1,3 1,4 0,9 5,8 91 530 180 0,02 145 -
madeiras
Carvão ativado de lodos 0,1(4) 0,1(4) - - - 760 490 - - -
ácidos de petróleo
Coque de petróleo 0,1(4) 0,1(4) - - 14 670 - - 1037 -
Eletrodo de carbono 0,1(4) 0,1(4) 2,2 - - - 710 - - -
Crisolita de Utah 1,1 6,9 1,5 5,5 315 580 500 0,03 20,7 -
Grafite 0,1(4) 0,1 - - - -5 580 - - -
Lignito da Califórnia  5 3,8 6,6 560 450 200 0,03 31,1 -
Negro de fumo 0,1(4) 0,1 - - - 730 - - - -

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4.7.3. Po e ira s m e tá lic a s.


Po e ira s m e tá lic a s Ie . Si. Ge. Pm p Vm p T1 T2 E C P(1)
Sb . (a ntim ô nio )96% < 0,1 < 0,1 < 0,1 2,0 21,1 420 330 0,92 0,42 C16
B. (b o ro ) 85% 0,8 < 0,1 < 0,1 6,5 232,2 470 400 0,06 <0,1 -

C d. (c á dm io ) pó 98% - - - 0,5 7,0 570 250 4 - -

C o . (c o b a lto )pó 97.8% - - - - - 760 370 - - -

C u. (c o b re ) e le tro lític o pó 99,5% - - - - - 900 - - - -

C r. (c ro m o ) e le tro lític o pó 97,5% 0,1(4) 0,1(4) 1,2 3,9 351,9 580 400 0,14 0,23 -
Al. (a lum ínio ) fino s e sc a m a s A42 >10 7,3 10,2 8,9 1407,4 610 326 0,01 0,045 -
Sn(e sta nho) pó 96% sb , 2% pb 0,1(4) 0,2 0,3 3,4 119,6 630 430 0,08 0,19 C16
Al(a lum ínio ) fixo pó pulve riza do >10 1,4 7,7 5,9 1407,4 650 760 0,05 0,05 C2
Ti (Titâ nio ) Hidr. (95% ti 308% H2 ) 6 1 6 8,5 844,4 480 540 0,06 0,07 C13
To (Tó rio ) ( Ho dro x. 0,94% H2) >10 >10 2 5,7 844,4 260 20 0,002 0,08 C6 N5
U (urâ nio ) Hidró xido >10 >10 1,5 5,2 633,3 20 20 0,005 0,06 N2, A2
Zr (zirc ô nio ) Hidr. zr 93,6% , H2
2.1% 3,7 1 3,3 6,3 668,5 350 270 0,06 0,085 C8
Fe (fe rro ) a o C a rb o no fe 99% 1,6 3 0,5 3,0 168,9 320 310 0,02 0,105 C10
Fe (fe rro ) re d. a o h2 fe . 98% 0,3 0,7 0,4 4,3 154,8 320 290 0,08 0,12 C11
Mg (m a g né sio) po B >10 3 7,4 8,2 1055,6 560 430 0,08 0,12 -
Mn (m a ng a nê s) 0,1 0,1 0,7 3,7 344,8 460 240 0,305 0,125 -
Ni (níque l) - - - - - - - - - -
Pb (c hum b o ) po 99,9% - - - - - 710 270 270 270 270
Se (silê nc io) pó - - - - - - - - - -
Si (silíc io ) pó 98% <0,1 <0,1 1,1 5,9 168,9 780 950 0,96 0,16 C15
Ta (tâ nta lo ) 0,1 0,1 0,7 3,9 28,1 30 300 0,12 <0,2 -
Te (te lúrio ) te 98% - - - - - 550 340 - - -
Ti (titâ nio ) pó ti 99% >10 5,4 2 4,9 422,2 330 510 0,025 0,045 N6, A4
To (Tó rio ) O 2 1,2% >10 >10 0,8 5,6 387,0 270 280 0,005 0,075 H5
Tu (tung stê nio ) re d c H2 - ((5)) - - - - 430 - -
U (urâ nio ) pó >10 >10 0,9 4,9 351,9 20 100 0,045 0,06 N1, A2
V (va ná dio ) pó V 86,4 <0,1 <0,3 <0,2 4,0 70,4 500 490 0,06 22 C13
Zn (zinc o ) zn 97% , pb 2% <0,1 <0,1 <0,1 3,5 119,6 690 540 96 46 N9
Zi (zirc ô nio ) c o m O 2 0,3% 1,3 1,1 1,2 6,3 344,8 350 600 0,12 0,045 H (5)
LIG AS METALICAS Ie. Si. Ge. Pmp Vmp T1 T2 E C P(1)
Al Co (60- 40) 0,4 0,1 3,5 6,5 774,1 950 570 0,1 0,18 -
Al Cu (50 - 40) 0,3 - 0,9 6,7 281,5 - 830 - - -
Al Li (li - 15% ) 0,6 0,3 1,9 6,8 422,2 470 400 - - -
Al - Mg (Do wm e ta l) >10 2,9 4,5 6,1 703,7 430 480 0,08 0,02 ((7)
Al Ni (58- 42) 0,6 0,1 4,1 6,8 703,7 950 540 0,08 0,19 -

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Al Si (si - 12% ) 3,6 1,3 2,9 6,0 527,8 670 - 0,06 0,04 -
Fe Mg (m é dio c a ) 0,4 0,4 1 4,4 351,9 450 590 0,08 0,13 C19
Fe Si (si 88% , Fe 9% ) <0,1 <0,1 0,2 4,9 70,4 860 - 0,4 0,425 C19
Fe Ti (ti 19% , Fe 74,1% , C 0.06) 13 0,5 2,6 3,9 668,5 370 400 0,8 0,14 C13
Silic a to de C a 2 0,4 5 6,1 914,8 540 540 15 0,06 -

4.8. C o nc e ntra ç ã o de o 2 , turb ulê nc ia e e fe ito de g a se s infla m á ve is.


As variações da concentração do O 2 afetam a facilidade de ignição das nuvens de
pó e suas pressões de explosão. Ao diminuir a pressão parcial de O2, a energia
necessária para explosão aumenta; a temperatura, também; e as Pm p., diminuem. O
tipo de gás inerte empregado como diluente para reduzir a concentração do O2 tem
um efeito aparentemente relacionado com a capacidade molar.

A combustão do pó se produz na superfície das partículas. A velocidade de reação,


portanto, depende do íntimo contato do pó com o O2. Por este motivo, o fator
turbulência propicia explosões mais violentas do que as ocorridas em atmosferas mais
tranquilas.

A adição de uma pequena quantidade de gás inflamável à nuvem de pó põe em


ignição o aerossol resultante, reforçando a violência da explosão, sobretudo a baixas
concentrações. As Vm p. resultantes são mais altas do que as previsíveis em
condições normais. Sem contar o pó, a fração restante do total do combustível
suspenso no ar, representada pelo vapor inflamável, estaria, por si só, abaixo de seu
(LIE). Em algumas operações de secagem que impliquem na evaporação de uma
substância inflamável extraída da poeira combustível, se produzem explosões muito
mais violentas do que as consideradas apenas pelo vapor inflamável. Têm
acontecido, ainda, explosões em misturas de vapor inflamável-pó combustível-ar em
que a proporção da mistura de ar vapor estava abaixo do (LIE). Ante tal situação, é
necessário prever medidas de proteção especial, tal como a diluição com gás inerte,
utilização de supressores de explosão, instalação de elementos de ventilação de
grandes dimensões e adoção de métodos cuidadosamente estudados de
eliminação da eletricidade estática (aterramento).

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4.9. Fo nte s de Ig niç ã o da s Nuve ns de Po e ira .


As nuvens de poeira podem incendiar-se pela ação de chamas abertas, luzes,
produtos defumadores, arcos elétricos, filamentos incandescentes, faíscas de fricção,
condutos de vapor de alta pressão e outras superfícies quentes, faíscas eletrostáticas,
aquecimento espontâneo, solda e corte oxi-acetilênico e faíscas procedentes destas
operações. A maior parte das temperaturas necessárias para pôr em ignição as
nuvens de pó, que está nas tabelas, situa-se entre 300 e 600 º C. e a grande maioria
das potências está entre 10 e 40 milijoules.

Comparando-se estes dados com as energias de ignição necessárias para inflamar


vapores, que são de 0,2 a 10 milijoules, verifica-se que as poeiras necessitam de 20 a
50 vezes mais energia do que para os gases.

Como a temperatura e a fonte de ignição necessárias para explodir poeiras são


muito mais baixas do que as produzidas pela maior parte das fontes de ignição
comuns, a eliminação de todas as fontes é um principio básico na prevenção de
acidentes por explosão. Estas fontes estão identificadas e descritas nas normas NFPA.

4.10. Ma te ria is Ine rte s.


A presença de um sólido inerte na poeira reduz a combustividade do mesmo, pois
absorve calor. Porém, a quantidade necessária para impedir a explosão é
considerada maior do que as concentrações que podem ser encontradas ou
toleradas como corpos estranhos ao processo. A adição de corpos inertes reduz a
Vm p. e aumenta a concentração mínima de pó necessária para a explosão. Um
exemplo é a pulverização de rocha nas minas de carvão para impedir as explosões
das poeiras combustíveis. Geralmente a pulverização se faz na entrada das minas
com uma concentração de poeira de rocha de 65% da quantidade total do pó.

O gás inerte é eficaz na prevenção das explosões de pós, uma vez que dilui o O2 a
uma concentração muito baixa. Ao selecionar o gás inerte mais adequado, deve-se
cuidar para que este não reacione com o pó; é o caso de certas poeiras metálicas
que reacionam com o CO2 ou com o N2. Neste caso, deve se usar o Hélio (He) ou
Argônio (A).

4.11. Fe nô m e no s da e xplo sã o .
Os itens abaixo, definidos quando dos ensaios das poeiras nos laboratórios da NFPA,
visam levar ao leitor informações pertinentes aos resultados obtidos, para que possam

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ser qualificados e quantificados, os danos resultantes nas instalações, ver exemplo


aplicado no item 6. ANÁLISE DE UM MODELO SIMULADO.
4.11.1. Efe ito s da ve lo c ida de de a um e nto de pre ssã o .
A Vm p. pode definir-se como a relação entre o aumento de pressão de explosão e o
período de tempo em que sucede. É o fator mais importante para avaliar os riscos de
uma poeira e determinar a gravidade da sua deflagração.

Também é importante como dado para calcular as dimensões dos elementos de


ventilação para casos de explosão. Uma Vm p. (velocidade máxima de aumento de
pressão) demasiadamente alta indica, com frequência, que a instalação dos
elementos de ventilação são ineficientes. Os dados empíricos de g e . (gravidade de
explosão) tabelados acima são indicadores de grande valor na análise do projeto.
Índices entre 2 e 4 demonstram a necessidade de elementos de ventilação muito
grandes, além de cuidado da resistência do edifício e dos equipamentos das
máquinas. Um índice maior do que 4 exclui, na maioria dos casos, a possibilidade de
projetar-se um sistema de alívio de explosões e exige o emprego de dispositivos de
proteção com o uso de gases inertes e outros sistemas de supressão de explosões.

4.11.2. Pre ssõ e s Inte rna s.


As pressões mostradas nas tabelas acima são, em sua grande maioria, maiores do
que 3,5 kg/cm2 e, em alguns casos, chegam a 7 kg/cm2. Considerando que uma
parede comum é projetada para resistir a pressões de 0,07 kg/cm2, fica evidente que
não seria prático construir edifícios que pudessem resistir a tais fenômenos.

Uma das razões pelas quais o grau de destruição de muitas explosões de pó não
chega a ser maior reside no fato de que o pó não se encontra dispersado
uniformemente através do volume circundante. Raras vezes se incendeia uma nuvem
de pó em condições ideais para a formação de pressões observadas
empiricamente.

4.11.3. Efe ito s da dura ç ã o da so b re pre ssã o .


O tempo durante o qual a sobre pressão atua sobre o espaço circundante está
intimamente relacionado com a pressão máxima e com a velocidade máxima de
aumento de pressão. A área que fica abaixo da curva de pressão-tempo determina
o impulso total exercido. O impulso total, e não a força exercida em um dado
momento, é que determina a grandeza da destruição. A relação entre a
destrutividade e o impulso total demonstra, em parte, porque as explosões de pó,

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que, em geral, têm velocidades de aumento de pressão mais baixas do que as


explosões de gases, podem ser mais destrutivas.

4.11.4. De fla g ra ç ã o e de to na ç ã o .
Fenômenos das explosões em função de suas velocidades atingidas durante o
fenômeno.

4.11.4.1. De fla g ra ç ã o .
É o fenômeno de explosão que ocorre com velocidade de chama de 1 a 100 m/s e é
o que acontece com maior frequência nas indústrias.

4.11.4.2. De to na ç ã o .
É o fenômeno de explosão em que a velocidade da chama é igual ou superior à
velocidade do som, chegando aos 1000 m/s. No caso das explosões em cadeia, a
deflagração inicial evolui para detonação nas fases posteriores.

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4.12. De strutivida de Da s Explo sõ e s De Po e ira s.


Embora a destrutividade das explosões de poeiras dependa fundamentalmente da
Vm p., outros fatores intervêm, como a pressão máxima desenvolvida durante o
fenômeno de sobre pressão, o grau de confinamento do volume da explosão e a
concentração de oxigênio.

Exp lo sõ e s re c e nte s c ausadas p o r p o e iras de c e re ais. Ne ste c aso , o s dano s p ro vo c ado s fo ram ao s p avilhõ e s,
ao s e q uip am e nto s de b e ne fic iam e nto e ao s e le m e nto s transp o rtado re s, o q ue e vide nc ia q ue a e xp lo são
inic io u de ntro , inte rnam e nte , g anhando p ro p ag aç ão e aum e ntando se us e fe ito s até ating ir o s p avilhõ e s, q ue
fo ram o s últim o s ating ido s p e la e xplo são .

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5. G ASES TÓ XIC O S.
As chamas e os efeitos do aumento de pressão numa explosão não são os únicos
problemas a enfrentar. Na atmosfera do evento ocorre uma deficiência de oxigênio
e a formação de gases tóxicos em virtude da combustão, particularmente o CO
(monóxido de carbono). A concentração de gás pode ser suficientemente alta
durante alguns momentos e, assim causar inconsciência, ainda que momentânea às
pessoas presentes e conduzi-las à morte por asfixia.

Desta feita, o ingresso nestes locais só deve acontecer após um incêndio por pessoas
treinadas e com equipamento autônomo de ar mandado.

Quando em ocorrências que envolvam metais, combustíveis os cuidados são maiores


uma vez que as reações causadas por extintores inadequados podem amplificar
potencialmente os efeitos desastrosos.

No item 7 deste trabalhos que ora inserimos, apresentamos as diversas formas e


elementos compatíveis para o controle dos incêndios com estes produtos, e que ao
se lidar com metais, o profissional precisa estar bem atualizado quanto a seu
manuseio, e segurança de estocagem, transporte etc., enfim são produtos de critico
controle.

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6. ANÁLISE DE UM MO DELO SIMULADO :


Um dos locais mais suscetíveis a eventos desastrosos nas plantas de grãos são os
túneis subterrâneos, com a movimentação e transporte dos cereais sob as moegas
de grãos. Nestes, estão localizados os transportadores responsáveis pelo recolhimento
do cereal e seu destino à planta. Durante a movimentação e as mudanças de
direção, os grãos se fragmentam, gerando, pelo atrito entre eles, uma poeira muito
fina e muito inflamável. Este é o local onde mais ocorrem acidentes com explosões
nas plantas da agroindústria. Isto ocorre porque tais indústrias não estão providas de
equipamentos de controle de emissões aéreas localizadas, e o pó gerado com o
tempo vai se depositando sobre as estruturas, o piso e as paredes. Quando
movimentado e em presença de calor, pode evoluir para explosões.

6.1. Sim ula ç ã o de um a Explo sã o c o m Po e ira s de C e re a is.


Este exemplo visa levar ao leigo o conhecimento de situações que, quando ocorrem,
provocam estragos imensos e até a morte de ocupantes. O modelo testado
representa um túnel de moega de grãos com dimensões usuais. A conclusão deste
exemplo visa conduzir o leitor aos valores das explosões causadas pelo crescimento
das ondas geradas e contidas pelo túnel.

Como dimensões, adotaremos um túnel de movimentação com 2 m de altura por 1,5


m de largura por 30 m de comprimento, localizado sob as moegas, a uma
profundidade que varia de 6 a 20 m.

Para caracterizar bem nosso exemplo e suas consequências, adotaremos quatro


tipos de poeiras, comuns nestas plantas da agroindústria: arro z, m ilho , so ja e trig o .
Os dados informados na tabela N.º I, em negrito, foram retirados das tabelas anexas
a este trabalho, da NFPA no item 6.5.4. tabela de poeiras explosivas.
Da do s:
Túnel de descarga da moega com: 2 x 1,5 x 30 m .
Volume interno do túnel = 90 m 3
Área interna das paredes do túnel = 210 m 2

Pe so de Ma t. = Mate rial ne c e ssário p ara um a e xp lo são =C o nc . x v.


Observar que este volume é considerado em toda extensão do túnel, e embora
parecendo muito é uma valor muito aquém dos que se encontram depositados ao
longo do tempo.

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arroz = 50,3 x 90 = 4527grs. ou 5,57 kg. de pó por explosão.


milho = 25 x 90 = 2250 grs. ou 2,25 kg. de pó por explosão.
soja = 35,5 x 90 = 3195grs. ou 3,195 kg. de pó por explosão.
trigo = 65 x 90 = 5850grs. ou 5,87 kg. de pó por explosão.

P.Int. = Pre ssão inte rna e xe rc ida no siste m a pe la e xp lo são = Pm p. x 10 = Kg / m 2


P.pa r. = Pre ssão e xe rc ida nas p are de s durante a e xp lo são = Pm p. x S/ 1000 = Toneladas Força
sobre a superfície do túnel
P.h. = Pre ssão da e xp lo são so b re o ho m e m c o m S=1m 2 = Pm p./ 1000 = Toneladas
Força exercida sobre um operário envolvido no evento.

6.2. Ta b e la s de re fe rê nc ia do fe nô m e no c a usa do pe lo s po e ira s do s


q ua tro g rã o s sim ula do s.
- - - Kg/cm2 Kg/cm2 ºC Joules Gr./m3
Tipo de pó Ie Si Ge Pmp Vmp T E Conc.
Arroz 0,3 0,5 0,5 3,3 49 510 0,10 50,3
Milho 6,9 2,3 3,9 5,27 218,15 480 0,04 25
Soja 0,7 0,6 1,1 6,6 56 550 0,10 35,5
Trigo 2,6 1,0 2,6 6,43 154,8 500 0,06 65
Tabela I
2
Kg. kg./m Ton. Ton.
Tipo de pó P.mat. P.int. P. par P.h. ie si ge.
Arroz 5,6 33 6930 33 M M M
Milho 2,25 52,7 11067 74 F F MF
Soja 3,2 66 13860 66 M M F
Trigo 5,9 64,3 13503 68 F F MF
Tabela II “Efeito das explosões do exemplo”

Tipo da Explosão ie. si ge.


(P) Pequena  0,1  0,2  0,5
(M) Moderada 0,1 - 1,0 0,2 - 1,0 0,5 - 1,0
(F) Forte 1,0 - 10 1,0 - 5,0 1,0 - 2,0
(MF) Muito forte  10  5,0  2,0
Tabela III, “definição para análise comparativa”, parâmetros de comparação.

6.3. C o nc lusõ e s:
.3.1. Ordem De Grandeza Dos Produtos.
Comparando os nossos valores com os índices da tabela parâmetro, temos que: “ie”
(índice de explosividade) sequência em ordem crescente: arroz, soja, trigo e milho.

“si” (sensibilidade de ignição) sequência em ordem crescente: arroz, soja, trigo e


milho.

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“ge” (grau de explosividade) sequência em ordem crescente: arroz, soja, trigo e


milho.

C o nc luindo q ue o pó de m ilho é o q ue pro duz e fe ito s m a is c a ta stró fic o s no túne l


a na lisa do , se g uido pe lo trig o , pe la so ja e pe lo a rro z (m e no r índic e ), le m b ra ndo q ue
m e sm o a ssim c a usa m re sulta do s sig nific a tivo s.

Na tabela acima indicamos a quantidade mínima de pó para uma explosão, porem


com sabemos o material dentro do túnel depositado ou no piso, era muita vezes
superior, desta feita embora todo ele não tenha participado da explosão, evolui ao
final para incêndio ate sua extinção.

A ta b e la I a p re se nta a c o mp ila ç ã o d o s d a d o s c o nfo rme a s ta b e la s d e p ro p rie d a d e s


d o s c e re a is, a ne xa s a e ste tra b a lho (ite m 6.5.4);

A ta b e la II re tra ta no sso e xe mp lo p a ra a s situa ç õ e s a d o ta d a s; e


A ta b e la III c o mp a ra o s d a d o s e ind ic a , p a ra c a d a p ro d uto , se u g ra u d e se g ura nç a ,
a se r o b se rva d o na p ro te ç ã o .

6.4. Efe ito s No s Tra b a lha do re s Pre se nte s no Túne l.


Antes de tecermos nossos comentários, anexamos a esta um quadro resumo dos
efeitos das explosões nos elementos envolvidos em sinistros quando presentes no local
do sinistro, e de se notar, que invariavelmente acontecem óbitos pelas diversas
situações elencadas na sequencia, e objeto de investigações pós sinistros nestes tipos
de atividades.

Abaixo informamos as consequências que sofreriam os trabalhadores que estivessem


presentes no túnel quando da explosão.

6.4.1. Efe ito De Explo sõ e s So b re O s Tra b a lha do re s Pre se nte s.


Pre ssã o ( Ba r ) Pa ra Pe sso a s
0,35 3500 mmCa Limite ruptura tímpano
0,70/0,85 7000 a 8500 mmCa Limite danos nos pulmões
1,05/1,4 10500 a 14000 mmCa Ruptura tímpano 50% casos
2,11/2,95 21100 a 29500 mmCa Limite mortal
2,95/4,00 29500 a 40000 mmCa Morte 50% dos casos
4,0/5,0 40000 a 50000 mmCa Morte 100% dos casos

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6.5. C o nse q uê nc ia s.
Em nosso exemplo, com pressões internas de até 3,3 kg/cm² ou 30000 mmCa,
teríamos a morte de 50% dos envolvido na planta de arroz; nas demais, todos
morreriam.

6.5.1. Da no s Ao Pa trim ô nio .


Efe ito De Explo sõ e s Em Estrutura s
PRESSÃO ( bar ) Efeito em
<0,07 700 mmCa Quebra de vidros
0,07/0,150 700 a 1500 mmCa Destruição de galpões
0,15/0,250 1500 a 2500 mmCa Remoção de batentes
0,20/0,30 2500 a 3000 mmCa Esmagamento de tanques
0,35/0,50 3000 a 5000 mmCa Ruptura de estruturas de madeira
0,50/0,90 5000 a 9000 mmCa Destruição de prédios
0,90/2,00 9000 a 20000 mmCa Ruptura de estruturas de concreto

Nesta planilha, face às pressões atingidas às edificações ao final, e como se


demostra acima, os elementos da indústria envolvida foram destruídas de forma
irremediável.

6.5.2. Pro c e sso s e O rig e ns de Ac ide nte s Re c e nte s.


PRO C ESSO % FO NTE %
Armazenagem 21,3 Faísca metálica 29,6
Moagem 13,1 Ptos. incandescentes 9,3
Transport. mecânicos 11 Desc. eletrostática 9,3
Filtragem 11 Fricção 8,9
Secagem 8,6 Chama aberta 8,2
Combustão 6,2 Superfícies aquecidas 6,5
Mistura 5,2 Autocombustão 5,8
Polimento, Revto. 5,2 Soldagem 8,2
Outros 18,6 Outros 14,1
Total 100% total 100%

6.5.3. Da Sim ula ç ã o .


No nosso exemplo prático, todos os materiais analisados seriam catastróficos para as
edificações, equipamentos e participantes do evento, confirmando o acidente
ocorrido por ocasião do trabalho pericial.

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7. METAIS C O MBUSTÍVEIS.
7.1. C o nside ra ç õe s Inic ia is.
Quase todos os metais podem queimar ao ar livre, Alguns se oxidam rapidamente em
presença do ar ou unidade, gerando suficiente calor para alcançar suas
temperaturas de ignição; outros se oxidam tão lentamente que o calor gerado é
dissipado antes que atinjam sua temperatura de ignição. Alguns metais como:
Ma g né sio , Titâ nio , Só d io , Po tá ssio , C á lc io , lítio , Há fnio , Zirc ô nio , Zinc o , Tó rio , Urâ nio e
Plutô nio , são denominados tecnicamente como metais combustíveis devido sua
facilidade de ignição, quando se encontram em forma de laminas, limalhas ou em
pó, observando que estes materiais, em forma de perfis como: chapas, tarugos
aminados, perfilados etc., são de difícil combustão.

Certos metais como Alumínio , Fe rro e Aç o , que normalmente não são combustíveis,
podem entrar em ignição e queimar se estiverem na forma fina ou pulverizada ou
ainda em pó um exemplo típico é a palha de aço, que se aquecida por uma chama
viva entra em combustão ate sua extinção.

A dimensão forma e quantidade e o tipo de liga, são fatores importantes na


avaliação de riscos quando processados.

As nuvens de pós da maior parte dos metais, em suspensão ao ar são explosivos e de


difícil extinção após seu inicio, e ainda atingem temperaturas elevadas que podem
consumir edifícios inteiros em curtos espaços de tempo.

A Combustividade das ligas metálicas difere amplamente em função dos elementos


que as constituem. Os metais na forma fina ou em pó tendem a reações
espontâneas de combustão necessitando inclusive de condições especiais para
transporte e armazenamento inclusive usando gases inertes em suas embalagens.

Os metais quentes ou em combustão, podem reacionar violentamente quando


entram em contato com outros materiais, como os agentes extintores de líquidos
inflamáveis ou materiais combustíveis comuns.

Alguns materiais como Urâ nio , Tó rio e Plutô nio , em combustão emitem radiações
ionizantes que complicam ainda mais sua extinção ao introduzir um agente
radioativo no ambiente em questão.

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As temperaturas dos metais em combustão, geralmente são muito mais elevadas que
a dos líquidos inflamáveis nas mesmas condições. Alguns metais quentes podem
continuar sua combustão em atmosferas inertes como Nitrogênio, Dióxido de
Carbono ou vapor de água nas quais os combustíveis convencionais não reacionam.

Neste item veremos métodos de armazenamento, manipulação e transporte visando


impedir sua ignição, proteção patrimonial e operacional, também o seu risco durante
manuseio, e processamento nas indústrias de transformação.

As propriedades destes materiais a quente ou em combustão são muito complexas, o


Titânio em combustão, produz muito pouca fumaça, enquanto que o Lítio, produz
fumos densos e em quantidade, algumas poeiras umedecidos em água como o
Zircônio queimam com violência quase explosiva enquanto que o mesmo pó ao ar
queima lentamente o Sódio se funde ao queimar e o Cálcio não. Alguns metais
como o Urânio, começam a queimar após longa temporada ao ar úmido, se a
exposição for ao ar seco é difícil entrar em combustão.

Desta forma o combate aos incêndios com metais é muito complexa e exige
conhecimentos específicos dos bombeiros para contenção, segurança dos
trabalhadores e das instalações. Quando se trabalhar com metais diferentes dos aqui
abordados, é conveniente que se prepare os bombeiros especializados mediantes
praticas especificas empregadas em metais para evitar riscos interagentes com
determinados agentes de extinção.

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7.2. Te m pe ra tura s de : fusã o , e b uliç ã o e ig niç ã o de m e ta is puro s e só lido s.


Em face destes dados serem informados em função de situações ocorridas, não são
precisas, portanto os valores devem ser apenas orientativos e aproximados.
Me ta l puro Po nto de fusã o Po nto de e b uliç ã o Ig niç ã o do m e ta l
Alum ínio 660 2452 >1000*
Bá rio 725 1140 175*
C á lc io 842 1441 704
Há fnio 222 5399 -
Fe rro 1535 3000 930*
Lítio 186 1336 180
Ma g né sio 650 1110 623
Plutô nio 640 3316 600
Po tá ssio 62 760 69*S
Só dio 98 880 >100
Estrô nc io 774 1150 720*
Tó rio 1844 4500 500*
Titâ nio 1727 3260 1593
Ura nio 1132 3816 <3813
Zinc o 419 907 900*
Zirc ô nio 1830 3577 1400*
(*) Ignição em presença de oxigênio. (S) ignição espontânea ao ar úmido.

7.3. Pro prie da de do s princ ipa is m e ta is c o m b ustíve is.


As principais propriedades dos metais combustíveis a se verificar quando de seu
manuseio, diferem de metal para metal, pois reagem diferentemente ante aos
agentes extintores.

7.4. Ma g né sio (MG ).


Pro prie da de s:
A te mp eratura de ignição do material bruto é muito próxima a da de fusão 650oC.,
porém, quando na forma de limalhas ou poeiras podem entrar em ignição a partir de
500oC. O magnésio se encontra no comercio sob diferentes designações, mas nunca
pura, e sim em ligas metálicas como: alumínio, manganês, zinco, sua temperatura de
ignição fica mais baixa ainda chegando a 400oC.

Como acontece com outros metais combustíveis sua facilidade de ignição depende
da forma e dimensão da partícula. Peças pequenas e finas como laminas, chips,
aparas, ou poeira podem entrar em combustão com a simples chama de uma vela,
enquanto peças maiores ou fundidas são difíceis de inflamar, inclusive com frente ao
fogo de um maçarico, devido a alta condutividade térmica do material, para
inflamar é necessário aquecer a peça inteira ate seu ponto de ignição.

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Chips, limalha e outros finos de metais, podem entrar em combustão ao contato com
os panos e estopas de limpeza embebida em contaminantes da limpeza. Os que
estejam umedecidos com água, óleos solúveis em água, ou óleos com mais de 0.2%
de ácidos graxos, podem gerar H2 , lentamente. As rebarbas empapadas com óleos
vegetal ou animal podem entrar em ignição pelo óleo que possuem. Os finos das
operações de moagem geram H2 , quando submersos em água, porem, nesta
condição podem inflamar. Levemente umedecido em água, podem gerar calor
suficiente para entrar em combustão espontânea ao ar e queimam violentamente
quando se extrai o O 2 da água, liberando H2 .

Os métodos convencionais, para extinção dos incêndios, não funcionam


adequadamente com metais combustíveis. O magnésio em combustão reaciona
violentamente com tetracloreto de carbono, a água pulverizada aumenta a
intensidade dos incêndios de limalhas do metal.

7.4.1. Arm a ze na g e m :
Quanto maior seja uma peça de magnésio, maior a dificuldade de incendiar, porem,
quando ocorre, queima intensa é difícil controlar a reação. A norma NFPA 48 é
especifica para este metal. Esta norma inclui a recomendação de quantidades
máximas de magnésio em diferentes formas e dimensões que podem ser
armazenadas em uma condição especifica. É ainda aconselhável que o local onde
se armazenam este metal não seja construído de materiais combustíveis ao magnésio
e devera ainda estar isolado de outros materiais combustíveis.

Peças fundidas leves devem ser separadas de materiais combustíveis, no caso de


finos secos dispersos sobre as peças é preferível o armazenamento em recipientes
cobertos não combustíveis e dispersas em galpões cobertos e resistentes ao fogo.

Devido à possibilidade de gerar H2 e aquecimento espontâneo dos finos umedecidos


com refrigerantes que não sejam óleos minerais neutros devem ser armazenados ao
ar livre.

7.4.2. Risc o s do pro c e sso industria l:


Todas as operações mecânicas de transformação com ligas de magnésio podem
gerar calor suficiente para que as peças resultantes do processo entrem em
combustão, se o fio da ferramenta estiver gasto ou rombudo, ou quando se
empregar fluidos de corte a peça deve estar seca e o lubrificante deve ser óleo
mineral. O emprego de água ou emulsões de água e óleo é perigoso, pois os finos de

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magnésio geram H2 e se entrarem em combustão queimam de forma mais violenta


que o material seco. Tanto máquinas como o local onde se processam estas
operações deve ser constantemente limpo e os resíduos colocados em toneis de aço
ou materiais não combustíveis, fechados e retirados da edificação. Nunca permitir
que se formem nuvens deste pó, pois é muito reativo e cria violentas explosões. As
maquinas do processo devem possuir captores do material fraturado e descartados
em filtros de mangas ou lavadores de ar. Os moldes de fundição devem estar
perfeitamente secos para evitar explosões ao se derramar o metal fundido sobre elas.

No tratamento térmico de peças acabadas, cuidar para que a temperatura do


processo esteja aquém da temperatura de ignição da liga. Não devem ser tratados
em banho de sais de nitrato, pois podem reacionar e explodir com violência.

7.4.3. C o ntro le de inc ê ndio s c o m m a g né sio :


O magnésio e suas ligas apresentam problemas na luta contra incêndios, pois
combinam com tanta facilidade com o oxigênio do ar e em certas condições água
empregada em sua extinção, que podem se decompor em seus elementos
formadores, oxigênio e hidrogênio, fazendo com que o oxigênio se combine com o
magnésio, e o hidrogênio contribuiria com a intensidade do fogo em sua reação.
Nenhum dos gases inertes é suficiente para evitar o fogo, pois a afinidade deste
metal com o oxigênio é tanta que pode queimar em atmosfera inerte de CO2, e
também em atmosfera de inerte de N2, nunca deve ser usado água e soluções
aquosa ou gases inertes, para seus incêndios. Não devem ser usados também
extintores que contenham halogêneos que reacionam violentamente ao combinar
com o cloro do agente.

Os métodos de extinção dos incêndios deste metal dependem grandemente de sua


conformação, é necessário mudar o ponto de orvalho durante a usinagem para não
haver formação de água durante a usinagem, pois esta reagiria com o metal das
partes usinadas e se iniciaria a combustão, evitar ainda a formação de nuvem
quando na forma de poeira durante a extinção de um foco de fogo, pois contribuiria
para uma violenta explosão.
Os focos de fogo deste material em seu inicio são simples de erradicar, separando
todo o material em volta do foco, deixando que uma pequena quantidade seja
consumida, a rapidez ao ataque, é crucial, deve haver splinkers automáticos com
alarme, ao mesmo tempo em que atuam no foco, embora a água usada possa
aumentar a intensidade da combustão, servira para resfriar as estruturas e máquinas
das adjacências de danos graves, a água abundante exceto nos moldes em

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fundição, baixando a temperatura do metal abaixo de sua temperatura de ignição,


e o fogo se extingue rapidamente, evitando que os jatos de água sejam muito finos e
em pequenas quantidades que pode aumentar a intensidade do fogo.

Os fogos em fornos de tratamento térmico devem ser combatidos com pós e gases
criados especificamente para eles, a utilização de fundentes para separar o ar do
metal em combustão, tem sido bem aceita nestes incêndios.

7.5. Titâ nio (Ti).


Pro prie da de s.
O titânio é classificado como metal combustível, semelhante ao magnésio; neste
caso, também o tamanho e a forma das partículas determinam suas características
combustíveis.

As peças fundidas e outras de grandes dimensões não o são combustíveis em


condições ordinárias, as rebarbas finas, limalhas e poeiras, são facilmente
combustíveis, e uma vez iniciado geram grandes quantidades de calor, os ensaios
demonstram que rebarbas e limalhas finas podem entrar em combustão com o
calor de uma vela comum, e as maiores com uma chama Bunsen.

As limalhas e rebarbas de espessura entre 0,8 e 5 mm., são consideradas difíceis de


entrar em combustão, a não ser que haja poeiras finas do metal entre as peças
maiores, pode ocorrer incêndio iniciado com as poeiras presentes, que depois
passam as peças maiores.

De outra forma o titânio na forma de pó fino, tanto em nuvens como em camadas


depositadas, não entram em autocombustão espontânea diferindo nesse aspecto
do zircônio do plutônio e outros metais auto combustíveis.

As temperaturas de ignição das nuvens de polvo de titânio suspensas no ar oscilam


entre os 320 e 580°C. e as do titânio em camadas depositadas, entre os 390 y os
550°C.

Os pós de titânio podem entrar em ignição em atmosferas inertes de dióxido de


carbono o de nitrogênio. As superfícies de titânio tratadas com acido nítrico, que
contenham de 10 a 20% de oxido nitroso, se tornam pirofóricos e podem ser
explosivas.

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Em certas condiciones não usual, as peças de titânio podem entrar em combustão


espontânea ao contato com oxigeno líquido, e detonar ao impacto. Tem-se
observado ainda que em presença de eletricidade estática, pode ocorrer ignição
espontânea em atmosferas de O2 puro a pressões de -25 atm.

Se o O2 puro estiver diluído aumenta a pressão necessária para que aconteça a


ignição porem nunca ocorreu a O2 inferior a 35%. Outro requisito para que ocorra o
aquecimento espontâneo, é que a superfície esteja recém-usinada limpa, e em
condições dinâmicas como as criadas por ventilador, já ocorreram ignições
espontâneas a pressões menores que 3 atm. e a concentração menores que 35%,
após iniciada a combustão pode permanecer a valores de O2 bem abaixo de 35%.

7.5.1. Arm a ze na g e m , m a nipula ç ã o e tra nspo rte do titâ nio .


As peças fundidas de titânio, e seus lingotes são muito difíceis de incendiar e manter
a combustão não existindo restrições ou recomendações especiais para seu
armazenamento. Os finos da sucata e o esponjoso, em troca requerem cuidados
especiais, quanto à armazenagem, devido a possível geração de H2 quando úmidas
e ao aquecimento espontâneo, quando umedecidas em óleos animais ou vegetais,
se recomenda a armazenagem a céu aberto e longe das habitações e edifícios.

Não existe restrição para o transporte do titânio, exceto na forma de pó fino, que
requer cuidados específicos, conforme legislação vigente dos países.

7.5.2. Risc o s do pro c e sso industria l do titâ nio .


O risco principal se da em presença de água durante a colagem (verter o metal
fundido no molde). Para diminuir o risco os moldes devem estar bem secos
preliminarmente tomar medidas para recolher derrames eventuais com proteção
por vácuo ou gás inerte.

O calor gerado durante as operações de corte, furações, fresa, etc., podem gerar
energia suficiente para que o metal entre em ignição em seus restos gerados nas
operacoes, bem como por lubrificantes de corte a base de oleo mineral, portanto
para reduzir o calor gerado, deve-se usar um lubrificante a base de agua, e as
ferramentas devem estar sempre bem afiadas. Os chips de metal e poeiras devem
ser removidos da área de trabalho, e armazenados adequadamente, as maquinas
operatrizes devem ser providas de sistema de exaustão por ventilação com
captores adequados, para que os resíduos gerados sejam imediatamente retirados
do local da operação, evitando assim o risco de combustão.

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Em banhos desengraxantes com ácidos minerais ou sais alcalinos fundidos deste


metal, pode haver reação violentamenta gerando temperaturas elevadas, ja
ocorreram que folhas deste material ao serem retiradas dos banhos, entrarem em
combustao, risco que pode ser superado, com cuidado nas temperaturas dos
banhos.
O contato do titânio com o acido nítrico ao roxo fumegante tem causado
violentas explosões em laboratórios. Tem ainda ocorrido explosões deste metal
em fornos a arco elétrico, para fundir um eletrodo em um cadinho refrigerado
em seu interior, a formação de arcos descontrolados, pode afetar o isolamento
de cadinho, causando perfurações que deixam vazar a água para dentro do
forno que explodem violentamente, portanto fundir este metal requer cuidados
específicos em função da periculosidade apresentada.

7.5.3. C o ntro le de inc ê ndio s c o m titâ nio .


Ensaios recentes com peças de titânio dispostas em pilhas e latas abertas
demonstraram que a pulverização com água grossa é um meio eficaz e seguro para
extinguir incêndios de pequenas quantidades deste material em forma de rebarbas.

Os extintores de CO2, espuma e produtos químicos secos, não são efetivos sobre
fogos de titânio, porem obteve-se bons resultados com agentes extintores criados
especialmente para os incêndios do magnésio.

O procedimento mais seguro para o combate de um fogo em que haja pequenas


quantidades de pó de titânio é contornar a parte incendiada com pó especial para
incêndio de metais e permitir que o fogo se extinga por si só, uma vez consumido o
combustível presente, o fogo este logo termina. Deve-se cuidar para impedir a
formação de nuvem de pó durante o procedimento, pois poderá haver violenta
explosão.

7.6. Só dio (Na ).


Em temperatura ambiente, o sódio oxida rapidamente ao ar úmido, porem não
ocorre combustão espontânea, exceto na forma dos finos, que aquecido ao ar seco
incendeia a temperatura próxima de seu ponto de ebulição (890oC), quando
iniciada a combustão queima rapidamente apresentando densos fumos de oxido de
sódio. Em atmosfera ambiente e temperatura ligeiramente superior a seu ponto de

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fusão 98o C. entra em combustão ao contato com pastilhas de oxido de sódio o que
representa poder inflamar a temperaturas inferiores a de seu ponto de ebulição.

O principal risco destes incêndios é sua rápida reação com água, o H2 liberado na
reação pode entrar em ignição pelo próprio calor da reação, pode também
reacionar violentamente frente a hidrocarbonetos halogêneos como o tetracloreto
de carbono, halogêneos com Iodo e com acido sulfúrico, tendendo para explosões,
caso estejam confinados.

7.7.Lítio (Li).
Como o sódio e o potássio é um metal alcalino, reage semelhantemente ao sódio
em água, entra em ignição a 180o C. e queima violentamente. O lítio de forma
diversa do sódio e do potássio, queima em atmosfera de Nitrogênio N2. O lítio é o
mais leve destes metais, durante sua combustão tende a fundir e tornar-se fluido.

7.8. Po tá ssio (K).


Suas características são muito semelhantes a do sódio, sendo este mais reativo. Sua
reação entre estes e os halogêneos é mais violenta, em caso de reação com bromo
pode detonar, explode em contato com acido sulfúrico, diferente do que ocorre
com sódio e potássio, forma peróxidos que podem reacionar violentamente com
contaminantes orgânicos.

7.9. Lig a s Só dio - Po tá ssio : (Na K).


O termo NaK é usado em todas as ligas sódio potássio. Estas ligas diferem entre si no
ponto de fusão, porem, todas são liquidas ou fundem a temperaturas muito próximas
das do ambiente. Possuem os mesmos riscos dos elementos que as compõe, exceto
que as reações são mais violentas, fugas deste liquido a pressão elevada, entram em
combustão espontânea.

7.10. C uida do s.
7.10.1. Arm a ze na g e m m a nipula ç ã o e tra nspo rte :
Devido a sua reatividade frente à agua, o sódio requer precauções especiais para
impedir que entre em contato com a umidade dos tambores e caixas com este
material, devem de preferência ser armazenado em local seco e resistente ao fogo
ou em um edifício que seja utilizado exclusivamente para o sódio, a proteção com
sprinklers é indesejável, e não devem ser armazenados com qualquer material
combustível no mesmo local, é conveniente armazenar as embalagens de sódio

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cheias ou vazias no mesmo espaço, todos os recipientes devem ser apoiados em


calços, não devem existir tubulações de agua quente ou fria no local bem como
redes de vapor, porem o edifício deve ser mantido a uma temperatura que não
permita a condensação devido as trocas da condição atmosférica. É tambem
desejavel que haja ventilação natural pelas cumieiras do telhado para dispersar
qualquer quantidade de H2 gerado no ambiente pelo contato acidental do sodio
com a umidade.

Para armazenar grandes quantidades de sódio, é recomendável que sejam feitas


ao ar livre sobre uma superfície limpa, em tal tipo de instalações neste as
embalagens devem ser hermeticamente fechadas, e o espaço entre o material e a
tampa deve ser preenchido com uma atmosfera de N2, para o litio a atmosfera
deve ser de argonio ou Helio.

As recomendacões para litio, potassio e NaK, sao as mesmas que para o sodio.

O transporte do sódio seco costuma ser feito em toneis ou barris impermeáveis de


aço lacrado, em grandes quantidades deve ser transportado em vagões cisterna,
para carga e descarga destes vagões, a temperatura interna deve ser elevada ate
seu ponto de fusão 98oC, o que se consegue com óleo térmico através das
serpentinas do vagão, e a transferência é feita por bombas a vácuo e o espaço
vago deve ser preenchido com nitrogênio o sistema deve prover ainda um sensor
de nível e de pressão do compressor.
O sodio pode ainda ser transportado em latas metalicas de 1 litro, e cobrindo o
material com um solvente organico e colocando cinzas de soda. As latas podem ser
transportadas em caixas de madeira com peso maximo de 45 kg.

As ligas liquidas de sódio, podem ser transportadas em embalagens metálicas de


pressão comprovada, acolchoadas com material não combustível e embaladas
em caixas de madeira pode-se ainda transportar a capacidade máxima do vagão
ou do caminhão sempre e quando se empregue barris ou toneis especiais de aço
para o transporte de pequenas quantidades de sódio solido do armazém ate o
local de trabalho, é recomendado embalagem metálica bem fechada. O sodio
deve ser retirado do armazem em pequenas quantidades e quando nos postos de
trabalho deve permanecer em recipiente fechado em querozene o oleo
apropriado. Devido sua grande afinidade com a umidade atmosferica inclusive se
guardado em recipiente adequado, as embalagens nao devem ser abertas com
batidas na tampa em face da possivel presençade hidrogenio que pode inflamar.

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Os requisitos para o transporte do litio, Nak, e potassio são semelhantes ao sodio e


para cada caso, devem observar as normas dos departamentos de transpote dos
paises em que tenham que circular.

7.10.2. Risc o s do pro c e sso industria l.


O sódio é um elemento muito importante como condutor de calor a altas
temperaturas. A elevada temperatura das válvulas de escape faz com que algumas
delas sejam ocas, tendo no interior sodio que, fundido a cerca de 100 °C e
deslocado pelo movimento alternado da válvula, permite que o calor gerado se
dissipe rapidamente e a válvula seja sujeita a um menor desgaste.

O sódio é aplicado na produção de ligas metálicas utilizadas para transferência de


calor em reatores nucleares aos geradores de vapor (neste ultimo processo como em
qualquer outro em que se empregue sódio fundido em grande escala, qualquer fuga
que haja no processo pode gerar incêndio) e em sínteses orgânicas. Já os seus sais,
são empregados na fabricação de papeis, sabões e vidros. Além de ser empregados
na indústria petroquímica e como tempero para comidas (NaCl).

Quando se usa sódio fundido em processos industriais, todas as maquinas devem ser
providas de bandejas para recolher qualquer derrame ao piso, para impedir violentas
reações com o concreto. Os processos com sódio consistem essencialmente na
refundição para formar barras ou briquetes ou agrega-los a outros líquidos em
sistemas fechados de transferência. Durante esta manipulação, deve evitar-se a todo
custo o contato com o ar úmido, água, halogêneos hidrocarbonetos halogêneos, e
acido sulfúrico.

Os dados fornecidos para o sódio podem servir como guia para os processos de lítio,
potássio e NaK.

7.10.3. C o ntro le de inc ê ndio s de ste s m a te ria is.


Nunca se deve utilizar para estes elementos agentes extintores comuns tais com
agua, espumas, e liquidos vaporizaveis, devido as grandes reações provocadas
com os metais ao contato com os agentes extintores sao efetivos certos pós secos
especiais (essencialmente grafiticos) idealizados para o controle de incendio de
metais, assim como a areia seca o cloreto de sodio seco, e cinza de soda seca,
estes materiais finamente pulverizados cobrem como uma manta a parte
incendiada enquanto fazem com que o material esfrie abaixo de sua temperatura
de ignição. O sodio que queima no interior de um aparelho pode extinguir-se em

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gearal si se fecham todas as aberturas. Tambem é efetivo o recubrimento do local


com uma camada de nitrogenio. No caso do litio deve-se usar atmosferas de helio
e argônio.
As recomendações para a extinção fogos de sodio são aplicaveis aos de litio e NaK
e potassio. Dos metais citados somente o potassio forma superoxidos durante a
combustão. Como este produto é um forte agente oxidante, apresenta riscos que
merecem uma atenção especial durante a limpeza posterior ao incêndio.

7.11. Zirc ô nio (Zr).


7.11.1. C a ra c te rístic a s do m e ta l.
A combustibilidade do Zircônio, como os demais metais combustíveis, aumenta com
a redução da partícula, porem, fatores como a umidade reduzem a ignição. Em
grandes massas, o zircônio pode resistir a elevada temperatura sem entrar em
combustão, porem, na forma nuvens de poeira com partículas menores que 3
mícrons, podem entrar em ignição a temperatura ambiente. As nuvens de pó deste
metal, quando em partículas maiores que 3 mícrons, podem entrar em, combustão
se existir uma fonte adequada em atmosfera de C o 2 ou N ou ao ar ambiente.
Ensaios tem demonstrado que camadas de pó com 3 ou menos mícrons
acumuladas ao longo do tempo, são susceptíveis a combustão espontânea ou
auto combustão, sendo os fatores mais importantes ao fenômeno a umidade e a
espessura da camada. O aquecimento espontâneo e a ignição, também são
prováveis em laminas, limalha e sucatas finas, quando misturadas com finos do
metal. Camadas de pó com partículas maiores que 6 mícrons, podem entrar em
combustão a temperaturas de 190 G.C. A combustão do pó de zircônio ao ar, é
estimulado na presença de pequenas quantidades de agua. O zircônio finamente
pulverizado e imerso em agua é difícil de incendiar, porem iniciado o processo,
queima com violência e com mais intensidade que ao ar livre.

Pecas de zircônio de tamanho considerável não entram em combustão


espontânea em condições ordinárias, porem, podem queimar quando uma
superfície livre de oxigênio seja exposta a concentrações de oxigênio suficientes
altas, sujeitas a pressões ideais para iniciar o processo. A explicação desta reação é
a mesma que a dada com reação ao titânio. Os incêndios de zircônio, com (titânio
e háfnio) alcançam temperaturas muito altas e com poucos fumos.

Existem ocorrências de explosões enquanto se dissolvia zircônio em mistura de acido


sulfúrico e acido de potássio, durante o maceramento em acido nítrico e durante o
tratamento com tetracloreto de carbono e outros materiais que contenham algum

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halogêneo. Tem ainda ocorrido explosões espontâneas na manipulação de resíduos


de zircônio contaminado e finamente pulverizado em úmido.

7.11.1.1. Arm a ze na g e m , m a nipula ç ã o e tra nspo rte do zirc ô nio .


As peças fundidas deste metal, não requerem precauções especiais, para seu
armazenamento já que estas peças de grandes dimensões podem resistir a altas
temperaturas sem queimar. Sua poeira, no entanto é muito combustível, motivo
pelo qual se costuma armazenar estas em latas de 4 litros no máximo com um
conteúdo de agua de pelo menos de 20% em volume sendo aconselhado o
transporte ao mínimo na forma manual.

Os armazéns de poeiras de zircônio, devem ser construídos resistentes a incêndios e


estar providos de portas de alivio de tensões para desafogar possíveis explosões. As
embalagens devem ser dispostas com espaço entre elas, para evitar umas as outras
em caso de inicio de combustão, bem como facilitar a inspeção visual para
corrosão. Na fabrica devem ser eliminadas as embalagens que contenham pós e
que estejam armazenadas há mais de 6 meses ou oxidadas.

O pó do zircônio e o lodo do mesmo podem ser transportados em embalagens de


vidro ou de polietileno, introduzidos em recipientes de metal ou caixas de madeira.

7.12. Há fnio (Hf.


Este metal é semelhante a outros metais combustiveis, quando suas dimensões
estão relacionadas ao tamanho da perticula. Barras, lingotes e peças de grandes
dimensoes, mesmo aquecidas a altas temperaturas, sem que entrem em
combustão, porem, as virutas, limalhas se incendeiam facilmente. Nuvens de pó,
podem explodir em atmosfera de C O 2 , N ou ao a r, particulas maiores que 20
mícrons, podem explodir nestas atmosferas de forma expontanea.

Ao entrar em ignição este metal queima com pouca chama, porem, com emissao
de grande quantidade de calor. A não ser que esteja desativado, na forma
exponjosa, pode entrar em combustão expontânea.

O háfnio é pouco mais reativo que o titanio e o zirconio de forma semelhante. O pó


úmido de háfnio reaciona com agua para formar o gás Hidrogênio, porem, a
temperaturas comuns, esta reação não é suficientemente perigosa para fazer com
que o hidrogênio queime, em certas condições, contudo pode esperar-se que
aconteça explosão violenta, na formação do vapor de agua.

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7.12.1. Arm a ze na g e m , m a nipula ç ã o e tra nspo rte do há fnio :


As recomendações para o armazenamento do háfnio, são as mesmas que para o
zircônio, o pó do zircônio seco ou na forma de esponjoso devem ser transportados
em latas metálicas dentro de embalagem de madeira ou em paletes de madeira.

O transporte dos pós deste metal segundo regulamentação internacional exige um


conteúdo de 25% de agua em seu interior, que reduz a possibilidade de ignição
durante o transporte.

7.12.2. Risc o s do s pro c e sso s industria is.


Sempre que viável, o pó de zircônio deve ser manipulado em liquido ou sob
atmosfera inerte. A manipulação dos pós de háfnio ou zircônio ao ar livre podem
gerar eletricidade estática com carga suficiente para sua ignição. O pó do háfnio
não é muito inflamável, porem, em certas circunstâncias podem entrar em ignição
com força explosiva.

Para impedir o aquecimento perigoso durante as operações de corte fresa etc.,


deve-se prover a usinagem com óleo mineral ou refrigerante a base de agua. Em
algumas operações mecânicas, a superfície cortante devera estar totalmente
imersa. As aparas e limalhas devem ser recolhidas constantemente e armazena-las
em latas com agua. Os casos em que os subprodutos sejam pó deve haver
coletores contínuos de preferencia lavadores que separe e armazene os pós fora da
zona de trabalho.

De maneira geral as poeiras de zircônio e háfnio são semelhantes quanto às


precauções para os trabalhos de transformação.

7.12.3. C o ntro le de inc ê ndio s zirc ô nio e há fnio .


Os fogos em peças de grandes dimensões do zircônio podem ser combatidos com
agua. Em algumas simulações, foi verificado que a descarga com agua pulverizada
não contem efeitos adversos sobre limalhas do zircônio em combustão. Ao abrir-se
um sprinkler diretamente em cima de uma caixa metálica com o produto em
combustão, cria-se uma breve chama forte e o fogo continua queimando no interior
da caixa, com um forte jato de agua, que transborda do cilindro o fogo apaga.

Em caso de incêndio com pequenas quantidades de pó ou limalhas de zircônio,


pode circundar-se a zona de incêndio com uma barreira de pó extintor especifico
para impedir a proliferação do fogo e aguardar que se extinga. Alguns pós especiais
tem sido usados com sucesso na extinção dos fogos destes metais. Na presença de

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pó de zircônio o pó extintor deve ser aplicado de forma a não permitir que se forme
nuvem do pó do metal pois há risco de explosão nesta forma. Si o incêndio se produz
em ambiente confinado, pode ser debelado com atmosfera de argônio ou hélio.

7.13. C á lc io (C a )
Pro prie da de s.
A inflamabilidade do cálcio depende do grau de umidade atmosférica, se entra em
ignição em atmosfera de ar úmido, queima sem fluidificar-se a uma taxa inferior que
o sódio. Decompõe-se em agua e produz hidróxido de cálcio e hidrogênio que
pode entrar em combustão. Os pós-finos de cálcio podem entrar em combustão
espontânea ao ar livre. O bário e o estrôncio são muito semelhantes ao cálcio nas
propriedades citadas.

7.14. Zinc o (Zn.


Pro prie da de s.
Este metal não apresenta riscos sérios quando na forma de chapas, peças fundidas
e outras de grandes dimensões são difíceis de queimam porem, quando em
combustão as peças queimam de forma violenta. A maior parte das poeiras de
zinco reacionam violentamente com agua formando hidrogênio e se nesta reação
a quantidade de calor gerado for suficiente para entrar em combustão pode
ocorrer o fogo. Nuvens de pó de zinco entram em ignição a 600 G.C., em
combustão nestas circunstancias gera uma considerável de fumos metálicos.

7.15. Arm a ze na g e m , m a nipula ç ã o e tra nspo rte do c á lc io e zinc o .


O armazenamento, manipulação e transporte o magnésio é aplicável ao cálcio e
zinco.

7.16. Me ta is no rm a lm e nte nã o c o m b ustíve is.


7.16.1. Alum ínio .
O alumínio nas suas formas convencionais, chapas, perfilados, fundidos etc.,
necessitam de uma temperatura de ignição tão alta que impede que sua
combustão seja um fator determinante na maioria dos incêndios. Em compensação,
suas aparas e cavacos finos estão sujeitos a inflamabilidade semelhantes aos de
magnésio. O alumínio em pó ou escamas, em troca pode ser explosiva vide tabela
item 6.1.1. acima.

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Devido às altas temperaturas necessárias de ignição e menor afinidade com o


oxigênio, o alumínio não apresenta os mesmos problemas descritos pelo magnésio,
embora tenha algumas propriedades similares somente para incêndios com estes
metais, quando na forma de pó ou finamente pulverizados. Em troca, os elementos
prediais em alumínio como aberturas e janelas, podem derreter rapidamente durante
um incêndio, dando a impressão de estar queimando.

Em casos em que o alumínio substitui ligas ao aço ou ao cobre, sua temperatura


inferior de fusão é um fator importante quando a resistência às temperaturas a
incêndios seja essencial. Neste caso é aconselhável buscar informação das
temperaturas das ligas quando necessário para que seja garantida a resposta
adequada à segurança do processo.

Coberturas de galpões com telhas de alumínio apoiadas diretamente em suportes


estruturais, sem fechamento intermediário, durante um incêndio, podem fundir
permitindo que as aberturas criadas sejam usadas pelos bombeiros para injetar os
líquidos extintores necessários e também servir de área de ventilação do incêndio.
Em contra partida as telhas de alumínio, ao serem aquecidas perdem a resistência e
não devem ser usadas para acessar o local sob pena de caírem dentro do local do
incêndio.

Em caso de substituição de telhas metálicas de aço, por telhas de alumínio, é


importante verificar e considerar as diferentes resistências dos materiais, inclusive
considerando as temperaturas de fusão, que são bem menores que as de aço.

Atualmente se tem empregado tubos de alumínio em substituição aos de cobre em


instalações de gases inflamáveis, embora em muitos aspectos sejam perfeitamente
aptas para o uso, devem fazer-se as considerações adequadas com respeito a sua
menor temperatura de fusão. Vários incêndios em aeronaves têm sido atribuídos a
falhas de tubulações em ligas de alumínio de paredes finas, empregadas em linhas
hidráulicas que contenham líquidos inflamáveis. Sob pressão, o curto circuito faz saltar
arcos elétricos nestas tubulações derretendo o alumínio e deixando escapar o liquido
inflamável.

7.16.2. Fe rro e a ç o .
Em considerações normais estes metais não são considerados combustíveis. Em
pecas grandes como elementos estruturais, pecas de ferro fundido etc., geralmente
não ardem em incêndios comuns. O aço em forma de lã fina como o bom bril ou na
forma de pó, na presença de uma fonte suficiente grande, pode entrar em
combustão. Tem-se noticias de incêndios provocados em sucatas de aço e outros

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dejetos finos que presumivelmente possuíam uma certa quantidade de óleo


lubrificante e quem sabe outros materiais contaminados com outros materiais
combustíveis que facilitaram a combustão. Também tem ocorrido incêndios por auto
combustão em fitas e cavacos umedecidas com agua em locais fechados, tais com
porão de navios. O ferro puro tem uma densidade de 7,86 g/cm³ e ponto de fusão
de 1540 CG. O aço estrutural. comum tem um ponto de fusão de 14300 C. sua
resistência quando submetido a temperaturas de incêndio, fica comprometida
devendo ser revista quando em locais passiveis de incêndios.
O efeito do calor sobre o ferro fundido varia segundo o caráter do ferro. Algumas
pecas em ferro fundido, projetadas para emprego em altas temperaturas, como por
exemplo barras de fornos para sustentação de pecas podem resistir a altas
temperaturas sem deformar.

Algumas ligas de aço projetadas para altas temperaturas podem resistir ao calor ao
roxo, sem perda de seção e resistência. Estas ligas devido ao custo, são empregadas
em aplicações industriais especificas nas quais é necessário manter as características
sob temperaturas elevadas durante largos espaços de tempo.

7.16.3. Me ta is ra dio a tivo s.


Para todos os efeitos práticos a radioatividade não influi, nem afeta as propriedades
de combustão do metal. Entre os metais radioativos se incluem os que possuem esta
propriedade de forma natural, como por exemplo, o Ura nio e o Tó rio e os produzidos
de forma artificial como o Plutô nio e o C o b a lto - 60. Qualquer metal pode fazer-se
radioativo. Como a radioatividade não é alterada pelo fogo, a radiação continua,
embora o metal radioativo se disperse durante o incêndio. Os fumos procedentes dos
incêndios dos materiais radioativos causam frequentemente mais danos a os bens
que o incêndio propriamente dito. Os danos, em troca não são físicos, mas a
contaminação radioativa que impede o emprego das instalações por seres humanos
ate que seja totalmente descontaminado. Sem duvidas o risco existe, como temos
presenciado em usinas nucleares, desta feita ao trabalhar com este metais, é
importante o conhecimento profundo de sua manipulação ver (ha nd ling o f ra d ia tio n
e me rg e nc ie s).

Os metais radiativos naturais com o Uranio se encontram em uma combinação de


átomos de dimensões ligeiramente diferentes, chamados isótopos. Visto que a
reatividade de cada um destes isótopos é diferente, deduzindo-se que os riscos de
uma amostra de uranio podem variar segundo a composição isotrópica, que por sua
vez podem alterar os procedimentos especiais. Em troca o conteúdo isotrópico de
uma amostra de uranio altera a natureza e grandeza dos riscos da radiação, porem

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não, as propriedades químicas ou de combustão do metal. Isto é valido também


com respeito ao tório e plutônio. A planificação na previsão de um incêndio tem
importância especial onde se manipulem matarias radiativos

O uranio, o plutônio e o tório empregados em reatores nucleares podem acumular


níveis de reatividade consideravelmente altos. Alguns reatores nucleares empregam
sódio metálico fundido como refrigerante , e ao cumprir esta função, o sódio se faz
radiativo. Afortunadamente, os requisitos de proteção contra incêndios coincidem
geralmente com os que necessitam, por razoes do próprio processo.

7.16.4. Ura nio .


O uranio normal é um metal radioativo que, também, é combustível. Sua
radioatividade não afeta não afeta sua combustibilidade, embora possa repercutir
nos volumes das perdas pelo incêndio. A maior parte do uranio metálico se manipula
em grandes massas que não apresentam riscos graves. Quando entra em ignição, o
metal queima muito devagar. Uma barra de 25 mm. de diâmetro necessita de um
dia para ser consumido. Em ausência de fortes correntes de ar, o fumo do oxido de
uranio tende a depositar-se nas zonas próximas ao metal em combustão. A não ser
que esteja banhada em óleo, uma massa de uranio queima sem que haja chama
visível. O uranio queimando reaciona violentamente com o tetracloreto de carbono,
com o 1,1,1 tricloroetano e com os halogêneos. Para seu emprego em reatores
produtores de energia, os elemento s combustíveis do uranio se encontram sempre
encerrados em uma cobertura metálica, geralmente de zircônio ou de aço
inoxidável..,

O uranio particulado se incendeis facilmente e os rejeitos produzidos nas operações


de corte, fresa etc., entram em combustão espontânea, para evitar este efeito
armazena-se as pecas banhadas em óleo seco. O pó procedente da moagem
chega a entrar em combustão mesmo sob a agua produzindo incêndios
espontâneos em recipientes de lixo expostos por longos períodos ao ar úmido. As
peças de maiores dimensões devem ser aquecidas totalmente para alcançar a
temperatura de ignição. A maioria dos pós, aparas e retalhos de uranio reacionam
lentamente com agua formando hidrogênio. As superfícies de uranio tratadas com
acido nítrico concentrado podem explodir ou entrar em combustão espontânea em
presença de ar.

7.16.5. Tó rio .
O tório como o uranio é um elemento natural.

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São conhecidos como materiais fonte, visto que são matérias básicas a partir das
quais se produzem os combustíveis para os reatores nucleares.
Na forma de poeira exige técnicas especiais de manuseio em função de sua baixa
temperatura de ignição. Deve ser manipulado a seco em atmosferas de hélio ou
argônio. O pó do metal seco não deve ser colocado em contato com o ar devido
ao fato de o atrito entre suas partículas gerar energia estática suficiente para entrar
em combustão.

O tório em pó é compactado normalmente em forma de pastilhas de 30 g. desta


forma pode ser armazenado com segurança ou empregar-se em ligas com outros
matais. As pastilhas de tório mal compactadas, ao absorver oxigênio e nitrogênio do
ar, podem gerar calor suficiente para colocar o metal ao roxo o recipiente de aço
que o contenha.

7.16.6. Plutô nio .


O plutônio, bem com o uranio, é um metal radioativo e combustível. Sendo mais
suscetível ignição que o uranio é manipulado a distancia em suas operações de
transformação, em atmosfera de ar seco ou com gás inerte. Quando na forma de pó
ou limalhas, pode entrar em combustão espontânea em ar úmido.

O plutônio, não deve ser exposto a agua, em parte devido aos princípios da
prevenção de incêndios. Em pecas grandes, entra em ignição a 600oC.e queima de
maneira parecida com o uranio, diferenciando-se pelo impacto dos fumos, que são
radioativos e provocam a contaminação aérea da região, difícil de controlar e
danos ao meio ambiente e a população envolvida.

Em face destas de suas propriedades, este metal, não deve ser armazenado no
mesmo local e em grandes quantidades, pois os impactos seriam de grandes
proporções, este metal quando em combustão espontânea, deve deixar queimar
ate que se consuma, controlando as difusões do fogo e da contaminação
radiológica.

O uso de agentes extintores é deve se basear em produtos renomados e com


experiência, uma vez que alguns podem interagir com o mesmo e provocar reações
adversas e muitas vezes trágicas.

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8. MÉTO DO S DE PRO TEÇ ÃO C O NTRA INC ÊNDIO S E EXPLO SÕ ES DE


PO EIRAS.
8.1. Eq uipa m e nto s a uxilia re s na s me dida s de se g ura nç a .
Industrialmente, precauções devem ser tomadas na presença de fontes de ignição
junto á poeiras explosivas. Em alguns casos, as mesmas estão presentes por fazer
parte do processo, como é o caso dos secadores de cereal que usam o fogo direto
na secagem. A proteção não poderá ser obtida após o início de uma explosão ou
incêndio, mas devera ser debelada pelas brigadas, perdendo o conteúdo do interior,
caso haja poeiras explosivas junto aos grãos, poderá haver explosões.

Portanto, conclui-se que não pode ser feita uma generalização de métodos de
proteção em relação ao risco de explosão, porque tais métodos dependerão das
propriedades da poeira, tipo de projeto, planta industrial, equipamentos existentes,
risco de instalações vizinhas e valor do equipamento em risco.

Por estes motivos, os métodos estão agrupados em onze categorias segundo da


técnica atual, mas os mesmos não são todos alternativos: alguns, se usados em
conjunto, podem conferir mais segurança à indústria em foco ou ao contrario ampliar
seus efeitos catastróficos.

8.1.1. Inc ê ndio s.


Lembrando que incêndios sempre são o inicializadores das explosões, embora de
difícil visualização, a não ser que se faça um teste como o indicado no item 4.1.
exemplo numérico, onde pode-se notar nas imagens que inicialmente ocorre um
emissão gasosa, causado pela emissão de seus voláteis, na forma de uma fumaça,
que ao atingir sua temperatura de ignição, inflama, e quando em contato com uma
nuvem de poeira explode, em micro explosões sucessivas até atingir uma valor
significativo para causar uma explosão mais forte que normalmente sacode as
estruturas provocando a suspensão das poeiras depositadas em forma de pó, ai
acontece então uma explosão mais violenta que percorre as instalações
provocando outras cada vez mais fortes e destrutivas.

Como se vê, sempre ocorrera um incêndio, e desta forma nos incêndios, já


conhecemos bem as formas tradicionais de controle pelas brigadas de incêndios,
porem, estes controles, sejam basicamente os com agua e extintores tradicionais, o
uso da agua, resulta em um posterior processo de limpeza demorado e com muitas
perdas de patrimônios diversos, que serão inutilizados de forma irreversível.

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Estes equipamentos hoje disponíveis, tiveram sua fase inicial com o halogêneos, que
hoje tem sua confiabilidade comprometida em face da camada de ozônio, que
hoje merece novo enfoque, com a produção de gases e químicos usados na
extinção num processo limpo, que além de não destruir itens perecíveis, não
compromete os trabalhadores e os bens patrimoniais de elevado valor material e
histórico.

Desta forma nestas situações devemos nos voltar a esses produtos quando houver
risco de perdas, estes equipamentos hoje disponíveis, permitem uma contenção
limpa dos riscos de incêndios com rápido retorno das atividades cotidianas.

Nos próximos itens deste capitulo, fazemos menção a eles, pois embora o enfoque
principal sejam as explosões, elas não existem sem um incêndio inicial, e mesmo
assim, em face da rápida evolução das explosões, os sistemas para eficiência total
também deve conter os supressores para que as explosões não avancem para outros
locais causando grandes destruições na edificação.

Abaixo apresentamos os principais recursos para o controle dos incêndios e


explosões, no estado do conhecimento da atualidade, lembrando que os
profissionais da área, devem sempre ser assessorados por profissionais qualificados
quando da seleção deles, pois as consequências

8.1.2. C o nfina m e nto .


Quando se produz uma explosão de pó, em ambientes confinados, formam-se
produtos gasosos e a liberação de calor, que faz aumentar a temperatura do ar
contido no recinto. Como os gases expandem-se ao aquecerem, exercem pressões
crescentes no espaço circundante, e quanto mais resistentes forem estes, maiores
serão os efeitos das explosões, a não ser que hajam áreas de alívio suficientes para
evacuar os gases quentes antes que atinjam níveis de pressão destrutivos.

Desta forma, um sistema de alívio adequado deve ser previsto, para saída dos gases
formados, a baixa pressão, evitando danos maiores. Em algumas situações, estas
medidas não são práticas, sendo aconselhado processar estas operações em
ambientes abertos, atmosferas inertes ou supressores automáticos. Os supressores
consistem em um sistema formado por detectores de pressão ou de chamas e um
agente extintor confinado e submetido a pressão continua caso por um detector do
sistema veja uma chama, o disparo, abre uma válvula de derrama no recinto onde
ocorreu o evento uma quantidade de produto gás inerte ou pó químico, que

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eliminam todo oxigênio do ambiente evitando sua propagação no local e


interromper a propagação a demais locais da edificação.

8.1.3. Ine rtiza ç ã o .


Uma das medidas adotadas para reduzir os efeitos
das explosões é a inertizaçao, isto é a injeção de
um gás inerte, ou um pó químico, que reduz
drasticamente a quantidade de oxigênio presente
no espaço, chamamos atenção que poeiras
metálicas, não podem ser consideradas numa
primeira hipótese, pois pode reagir com agentes
inertizantes bem como com agentes de extinção
daí termos acrescentado o capitulo especifico de
metais e seu controle nestes riscos, o disparo é feito por um sensor colocado dentro
do local a ser protegido, nos dois casos, com pó químico ou gás inerte.

Os ensaios levantados com amido de milho indicam redução do O2 na atmosfera de


trabalho, e uma mistura de poeira inerte ou a umidificação no pó combustível
reduzem a Pmp. e a Vmp (pressão e velocidades máximas de explosão).

8.1.4. Supre sso re s.


De forma semelhante, pode-se usar os supressores limpos,
que atuam com um produto químico tipo pó, que ao ser
derramado no ambiente, reaciona com os gases reagindo
com o oxigênio presente na mistura e impedindo desta forma
a continuidade do fogo ou da explosão. Adiante no
determos para esclarecimentos sobre estes produtos
disponíveis no mercado.

Estes agentes são de muita utilidade no controle de


incêndios, em locais, onde hajam objetos de valor histórico
ou patrimônios da humanidade, bem como para arquivos de
informática. Uma vez que estes supressores são sistemas
contra incêndios limpos, não comprometendo objetos que estejam participando do
incêndio, uma simples limpeza, deixa aaarea livre para continuar suas atividades. Ao
contrario do que acontece quando se usa agentes extintores a agua ou a base de
agua, que muitas vezes compromete a integridade dos objetos que estão nos

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ambientes expostos ao fogo e posteriormente à ação dos agentes que podem


danificar irreversivelmente a qualidade dos mesmos.

8.1.5. Disc o s e ja ne la s de ruptura .


Atualmente pode-se contar com vários tipos de sistema
de alivio da explosão ou sobre pressão, os de alta
pressão, para tubulações cilíndricas, que pode ser
colocado em qualquer trecho da rede entre flanges na
rede de dutos.

Aplicação em silos metálicos ou de alvenaria, onde


grandes quantidades de produto são armazenadas e
como durante o transbordo dos transportadores para
dentro deles, e como existe um espaço superior onde o
material ao cair, provoca uma nuvem de poeira e já
presenciamos que numa instalação neste espaço, ocorreu
uma explosão em silo de malte por eletricidade estática
vindo a explodir este silo, e como a unidade possui vá rio s
silo s q ue sã o inte rc o ne c ta d o s p o r re d e d e d uto s, a e xp lo sã o inic ia l mig ra p a ra o s
o utro s silo s g e ra nd o e xp lo sõ e s se c und a ria s c a usa nd o se ria s a va ria s no s o utro s silo s.

Janelas de alivio para redes de dutos condutoras de gases e poeiras


inflamáveis de grande secção, podem ser protegidas com estas
janelas, que em caso de um evento, liberam as pressões diretamente
para a atmosfera externa reduzindo os efeitos deixando queimar os
mesmos ate sua extinção, observamos, porem que o circuito deve ser
estudado com critério, para verificar a necessidade de usar
posteriormente um agente supressor para impedir a continuidade das
explosões subsequentes no caminho da rede, como ocorreu
recentemente em um complexo industrial, causando inclusive
algumas mortes.

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8.1.6. Alivio de pre ssõ e s inte rna s.


Quando ocorre um evento em um filtro, por exemplo, e
que este esteja dentro do ambiente fabril (ambiente
fechado), pois não foi possível deixa-lo fora do prédio,
no caso de uma explosão, ao serem rompidas as
janelas de alivio, é gerado na horizontal perpendicular
a janela, um “jato” de fogo e pressão que pode atingir
até 20 m. de distância, que seria fatal para alguém ou
outro equipamento que estivesse na trajetória. Desta
forma é, por norma, vedado o uso de janelas de alivio
dentro de prédios. Neste caso existe alguns
procedimentos que devem ser adotados para evitar esse perigoso inconveniente,
como colocar um duto horizontal (com no máximo 3 m de extensão) junto com a
janela de alivio que conduza esta explosão para fora do prédio, desde que o
equipamento fique próximo a parede; ou colocação de um dispositivo abafador
sobre a janela de alivio suprimido o efeito da liberação da explosão, pois as chamas
ficarão contidas dentro do abafador, deixando sair apenas os gases sem a
irradiação. A principio, que os equipamentos com pó enclausurado estiverem dentro
de prédios, o ideal é usar sistemas de supressão de explosão com pó químico no
lugar de janelas de alivio; pois assim não teremos, no caso de um evento, a explosão
propriamente dita com a liberação de chama, calor e sobre pressão, que pode
gerar explosões secundarias e incêndio pela agitação e elevação da poeira
presente ao entorno dos equipamentos.

8.1.7. Supe rdim e nsio na m e nto .


Face ao alto custo inicial e às periódicas manutenções exigidas por um
superdimensionamento estrutural e dos equipamentos para que resistam aos efeitos
das explosões, superdimensionar as instalações, somente são recomendáveis em
situações onde outros métodos alternativos não são interessantes, pela localização
particular de certas unidades.

8.1.8. Esta nq ue ida de .


Uma explosão de pó pode gerar pressões na ordem de até 7 kg/cm2 em recintos
fechados, como em linhas de transporte pneumático, redlers, silos, roscas
transportadoras, etc. Portanto, para evitar danos maiores, estes elementos devem ser
providas de válvulas de alívio contra o aumento de pressões e suas consequências,
lembramos que estas descargas de emergência, devem ser instaladas fora do

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ambiente fabril, uma vez que podem no caso de haver poeiras espalhadas, provocar
explosões no ambiente.

Um recinto fabril raramente resistiria a tal pressão; as máximas das edificações são da
ordem de 0,07 kg/cm2, portanto, devem ter telhados, aberturas, portas e outros itens
de resistência inferior aos da construção, sob pena de haver perdas totais em tais
eventos.

8.1.9. C o ntro le da s Fa ísc a s po r a trito de m e ta is.


Faíscas por fricção é o resultado de um impacto entre duas superfícies duras, sem
que uma delas ao menos seja metálica: formam-se da seguinte forma: inicialmente a
partícula é aquecida pelo impacto ou a fricção. Em seguida, segundo sua facilidade
de oxidar e da intensidade de seu calor e combustão. A superfície desta partícula
recém-exposta ao ar poderá se oxidar em temperatura elevada; o calor da
oxidação aumenta a temperatura da partícula ate que se faz incandescente.

A temperatura necessária para alcançar a incandescência varia segundo os metais


porem, na maior parte dos casos esta muito acima das temperaturas de ignição dos
metais inflamáveis. O risco das faíscas metálicas é limitado em face de sua massa e
pode resfriar rapidamente, porem, caso uma faísca caia sobre produtos inflamáveis,
ou sobre alguns tipos de poeiras podem deflagrar incêndios, que poderão evoluir
para explosões, dependendo dos produtos onde caiam.

Embora frequentemente se exagere nos riscos de ignição de gases e vapores


inflamáveis por faíscas de fricção, é aconselhável não usar maquinas ou outros
equipamentos que produzam faíscas em zonas onde haja gases e vapores
inflamáveis.

O níquel: este metal revestido bem como o bronze apresenta pouca probabilidade
de produzir faíscas, e o aço inox bem menos. Ferramentas especiais de cobre-berílio
e outras ligas são projetadas para reduzir os riscos de fricção porem, não eliminam
totalmente e devem ser usadas quando nas operações próximas de produtos
inflamáveis, como os vapores, gases e poeiras agrícolas ou metálicas, as ferramentas
a base de couro, plástico ou madeira, estão isentas de produzir faíscas.

8.1.10. Ele tric ida de e stá tic a .


Todos os sistemas de movimentação de poeiras com características inflamáveis, por
fluxo de ar carreador, tanto de baixa, media ou alta pressão, deverão merecer

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estudo especifica para que estas cargas não sejam acumuladas nas partículas pois
ao atingir certa carga, esta poderá detonar uma faísca que dará inicio ás explosões
dentro das redes de transporte ou exaustão.

8.1.11. Me dida s de se g ura nç a c o m siste m a de c o ntro le de e m issõ e s.


No item anterior, descrevemos de forma suscita os métodos em vigor para o controle
de poeiras explosivas, para conter incêndios e explosões, nos locais, com poeiras
explosivas, e o projetista deve atualizar-se constantemente, pois os equipamentos
podem onerar de forma significativa o investimento numa planta industrial, porem
este equipamentos não podem ser desprezados, pois vários fatores durante os
processos produtivos podem concorrer para que estes eventos ocorram, portanto
devem ser instalados sempre pois como se tem visto estes acidentes custam caro e
inclusive levam em seu bojo vidas humanas.

Abaixo descrevemos os sistemas de trabalho limpo, no qual a probabilidade de um


acidente é remota, e se bem manutendidos, os acidentes não ocorrerão, evitando
as custosas paradas caso estejam enquadrados na NR33.

8.1.12. Um idific a ç ã o .
Indústrias que processam com tecelagem em suas
instalações, tem um alto risco de explosão com as poeiras
suspensa, e para evitar que estas possam entrar em
combustão, o ambiente é umidificado constantemente,
para que a umidade das partículas seja alta e a
possibilidade de inflamar é maior, sendo esta medida a das
mais antigas e atuais ate hoje.

8.1.12. Siste m a de lim pe za c o ntinua .


Numa planta onde se processa com poeiras explosivas, como se viu acima, o risco
principal reside no acumulo de poeiras processadas, que entram em suspensão e se
depositam em locais de difícil acesso e limpeza, estas com o passar do tempo
acabam por adquirir características mais inflamáveis pois secam bastante eliminando
a umidade, e claro mais explosivas por não haver a necessidade de a fonte calorifica
evaporar a agua da partícula.

Desta feita, temos hoje a constatação que o mais importante numa planta onde se
manipule poeiras explosivas de qualquer origem, que estas sejam retiradas do
ambiente à medida que são geradas, para isto toda e qualquer planta deve ser

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equipado de um sistema de ventilação local exautora eficiente, que captura todas


as partículas geradas à medida que são postas em suspensão por queda, mudança
de direção, atrito entre as mesmas etc., mediante captores adequados, rede de
dutos e sistema de abatimento ou separação destes particulados ou outros fora da
planta, e provido de portas de alivio de pressão.

Importante frisar que nestas unidades, o fator manutenção é imprescindível, pois todo
e qualquer elemento sujeito ao desgaste ou vida útil poderá comprometer a
eficiência de exaustão, como por exemplo, a vida útil dos elementos de separação,
como as mangas filtrantes que podem inviabilizar a segurança original do sistema de
controle e dai não haver mais segurança patrimonial de operacional.

Nossa recomendação adicional visa manter um nível de segurança mesmo quando


ocorram as falhas citadas, e estes equipamentos descritos no item 8 e desde que em
perfeitas condições de uso e segurança, tem plenas condições de estancar um
processo de incêndio ou explosão no inicio de sua evolução e caso ocorra a primeira
explosão, as subsequentes serão interrompidas por supressores, e os estragos serão
bem menores.

No próximo item 9, estaremos enfocando o item ve ntila ç ã o , baseado em nossa


experiência, vivencia e conhecimento profundo, adquirida em longos anos de
trabalho nesta área de controle de produtos na forma de poeiras infláveis.

8.2. Po e ira s m e tá lic a s, o u de m e ta is.


O controle de incêndios e explosões, para poeiras metálicas deve merecer cuidados
especiais bem como consultar literatura especifica, nos itens acima deste trabalho,
pois suas características de reação com os agentes tradicionais de extinção podem
incrementar efeitos indesejáveis e de características catastróficas, pois elementos
extintores normalmente usados em matérias de constituição carbônica podem
ampliar os riscos de explosões ou incêndios destes.

Seu armazenamento também deve merecer cuidados, pois em presença de


elementos de armazenagem ou disposição, podem ocorrer combustões
espontâneas.

No capitulo sete apresentamos os controles de riscos, para os metais mais usuais na


indústria de transformação, porem, uma pesquisa simultânea não esta descartada,
em face de novas situações ocorridas e não catalogadas.

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9. SISTEMAS DE VENTILAÇ ÃO .
Intro duç ã o .
A ventilação de operações, processos e equipamentos dos quais emanam
contaminantes tem se tornado, mais modernamente, uma importante ferramenta no
campo de controle da poluição do ar e da segurança patrimonial. O controle
adequado da poluição do ar tem início com uma adequada ventilação das
operações e dos processos poluidores da atmosfera, que também concorrem com
os riscos de explosividade, no caso das poeiras. Segue-se a escolha adequada de
um equipamento para a coleta dos poluentes captados pelo sistema de ventilação.

A ventilação tem sido utilizada tradicionalmente no campo da higiene do trabalho,


não só para evitar a dispersão de contaminantes no ambiente industrial, como
também para promover a diluição das concentrações de poluentes e para a
manutenção e promoção do conforto térmico. Em qualquer dos campos de
utilização, a importância da ventilação industrial é de grande amplitude, e seus
conceitos básicos devem ser bem conhecidos e sedimentados para possibilitar sua
adequada utilização.

Em processos de controle de poeiras explosivas, o processo de ventilação é de


fundamental importância, pois estas poeiras por serem de granulometria muito
pequena entram em suspensão facilmente nos caminhos que percorre no processo
produtivo e estas acabam por decantar em superfícies diversas, onde com pequenas
agitações podem entrar em suspensão, caírem, em direção do piso, e neste
caminho, casa haja uma fonte térmica suficiente ao disparo, entram em combustão,
e rapidamente evoluem para micro explosões cada vez colocando mais material em
suspensão e em contado com o calor do ambiente, ate que grandes explosões
ocorram.

O processo de ventilação bem equacionado captura as poeiras na sua geração e


as conduz para fora da edificação e são separadas do fluxo do ar carreador em
filtros ou outros separadores, e aproveitados na geração de energia como biomassa,
e o risco desta forma foi eliminado na fonte com aproveitamento do resíduo. Desta
feita, evitamos que o combustível na forma de pó exista, e sem ele, não haverá
incêndios ou explosões.

9.1. De finiç ã o .
Abaixo descreveremos os processo usuais para manter os locais ventilados com
condições de salubridade bem como de condições limpas, onde todas as poeiras

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geradas na movimentação, são arrastadas pelo fluxo de ar carreador, e levadas a


um equipamento de separação adequado, onde as poeiras são separadas do ar
carreador e o ar é descartado limpo, na atmosfera externa aa instalações onde
foram geradas.

9.1.1. VG D. Ve ntila ç ã o G e ra l Diluido ra .

A ventilação geral diluidora é o método


de insuflar ou exaurir ar em um ambiente
ocupacional, a fim de promover uma
redução na concentração de poluentes
nocivos. Essa redução ocorre uma vez
que, ao introduzirmos ar limpo, e não
poluído, em um ambiente contendo
certa massa de um determinado
poluente, faremos com que essa massa
seja dispersa ou diluída em um volume
maior de ar, reduzindo, portanto, a
concentração desses poluentes. A
primeira observação a ser feita é a de
que esse método de ventilação não
impede a emissão dos poluentes para o
ambiente de trabalho, mas simplesmente
os dilui a valores menores.

Existem empresas que, na busca de uma


solução de menor custo, executam
sistemas de injeção de ar nos locais
poeirentos com ventiladores axiais. Porém, esta medida não é efetiva no aspecto
segurança, uma vez que locais de difícil acesso não são ventiladas e ali poderá
ocorrer um evento danoso. Ainda, por serem sistemas a baixas velocidades, em
função de áreas grandes para a passagem do ar, acabam não arrastando as
poeiras que sedimentam em locais diversos e que, se acionadas, podem evoluir para
as indesejáveis explosões.

A imagem da ACGIH acima informa os fluxos adequados do ar e a forma correta de


colocar os exaustores ou ventiladores para obter melhor resultado, evitando que o
fluxo contaminado passe pela zona respiratória do trabalhador.

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9.1.2. VLE, Ve ntila ç ã o Lo c a l Exa uto ra .


A medida de ventilação local exautora
nos processos de geração de pó, além de
usarem menores vazões, evitam que o pó
se disperse no ambiente, formando
depósitos indesejáveis sobre estruturas,
tubulações e muitos outros locais de difícil
acesso, com enorme potencial de
incêndio e explosões.

Desta forma, medidas devem ser


observadas no sentido de se adequar um
eficiente sistema exaustor para os locais
onde haja formação de pó. Estas medidas, quando tomadas na fase projeto, são as
que melhor satisfazem, além de minimizar o custo de implantação, pois evitam
arranjos improvisados e pouco eficientes. Entretanto, em uma planta existente, um
bom projetista poderá, com bom senso, conciliar sistemas seguros.

9.1.2.1. VLE, Ve ntila ç ã o Lo c a l Exa uto ra .


Esta é uma situação que quando da
descarga de caminhões em moegas,
principalmente com tombadores, onde
a geração de pó é muito grande, e
lembrando que em baixo das moegas
existam os tuneis de transporte do
produto, usamos em nossos projetos a
solução ilustrada, onde como pode ser
visto que o pó inexiste na superfície, foi
capturado na fonte antes de sua
emissão ao ar, assim deixa de se
depositar em locais onde possa evoluir e
acabar explodindo e causando destruições inimagináveis, com as vistas nas imagens
acima onde exemplificamos os fenômenos das explosões.

9.2. C uida do s no Pro je to .


É importante a observação de medidas de orientação na análise das situações para
a implementação das medidas de proteção coletivas nas instalações com poeiras
explosivas, principalmente quanto ao resíduo gerado no processo, uma vez que de

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acordo com suas características é que será definido um captador adequado as suas
propriedades físico químicas, segundo ilustramos abaixo.

9.2.1. Esta do Físic o do Po lue nte .


Para a coleta de gases e vapores, os equipamentos de controle mais usualmente
utilizados são as torres de absorção, os leitos de adsorção, os condensadores e os
incineradores. A coleta de material particulado, sólido ou líquido, é, em geral, feita
com coletores inerciais, coletores centrífugos, filtros de mangas e lavadores.

9.2.1.1. G ra u de Lim pe za De se ja do .
A eficiência de coleta e a emissão máxima na atmosfera deve ser a preconizada
pelos órgãos controladores dos estados e da união para que não haja danos ao
meio ambiente. Desta forma o material capturado na fonte é conduzido por um fluxo
de ar carreador ate o elemento de separação, e seu teor máximo de eficiência
lançado na atmosfera tenha um resíduo máximo por m³ de ar dentro dos padrões
preconizados, por tais órgãos, pois se as emissões aéreas estiverem acima do limites,
poderão ocorrer interdições em face do aumento das emissões interferindo na
qualidade do ar.

A eficiência dos equipamentos de controle depende de várias propriedades do


poluente e do gás carreador. A escolha deve ser feita em função do que é requerido
em termos de eficiência final do sistema abaixo elencados.

9.2.1.2. C o m po siç ã o Q uím ic a .


Só merece consideração quando afeta as propriedades físicas e químicas do gás
carreador. As propriedades químicas são importantes quando há a possibilidade de
ocorrerem reações químicas entre o gás carreador, o contaminante e o coletor, bem
como a resistência dos materiais usados na confecção do separador.

9.2.1.3. Te m pe ra tura .
As principais influências da temperatura são sobre o volume do gás carreador e
sobre os materiais de construção do coletor. O volume tem consequências sobre o
tamanho do coletor que, dessa forma, provocará alterações no custo do
equipamento. A temperatura também afetará a viscosidade e a umidade da poeira.

9.2.1.4. Visc o sida de .


As principais influências da viscosidade se relacionam com o sistema como um todo,
uma vez que se houver viscosidade, poderá haver depósitos de material sobre as

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redes de dutos e os elementos filtrantes acabam por colapsar, entupindo o circuito e


terminando por não exaurir os produtos.

9.2.1.5. Um ida de .
A alta umidade contribui para o empastamento das partículas sobre o coletor,
principalmente nos coletores inerciais, centrífugos e filtros, provocando seu
entupimento. Pode, ainda, agravar os problemas de corrosão, além de ter grande
influência sobre a resistividade elétrica das partículas e, portanto, em sua
precipitação eletrostática. Em adsorção, pode agir como fator limitante da
capacidade do leito, se este absorver vapor de água.

9.2.1.6. C o m b ustivida de .
Quando um gás carreador é inflamável ou explosivo, algumas precauções especiais
devem ser tomadas. A principal é assegurar que se esteja acima do limite superior de
explosividade ou abaixo do limite inferior de explosividade da mistura. Nesses casos,
lavadores são preferidos para a captura e separação dos poluentes, e precipitadores
eletrostáticos raramente são usados.

Importante, também, é existir a possibilidade de se eliminar os poluentes por


incineração, sendo, portanto, mais um fator a considerar a fim de serem evitados os
riscos de explosão.

9.2.1.7. Re a tivida de Q uím ic a .


A reatividade química é importante em alguns casos, como, por exemplo, quando se
filtra um gás contendo compostos de flúor com filtros de lã de vidro, o que danifica os
mesmos. Em geral, deve se evitar que haja reação entre o gás e o coletor, de forma
a não danificá-lo.

A reatividade química se constitui em um fator que pode ser utilizado na coleta do


contaminante, por exemplo, na absorção química. Contudo, pode criar problemas
quando o contaminante reage com o material de construção do coletor,
danificando o mesmo.

9.2.1.8. C a rg a .
A carga elétrica, ou a concentração do poluente no gás carreador, afetam
diferentemente os diversos tipos de coletor. Assim é que a eficiência de coleta de
ciclones aumenta com a carga, mas cresce também a possibilidade de entupimento

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daqueles. Alguns equipamentos exigem até mesmo a presença de pré separadores,


para evitar a sobrecarga na operação.

9.2.1.9. Hig ro sc o pic ida de .


É importante por influir na possibilidade de entupimento (principalmente em coletores
inerciais, centrífugos e filtros) por formação de pasta devido à absorção de umidade
pelas partículas.

9.3. C a pta do re s.
Um bom captador é aquele que consegue aspirar o máximo de substâncias com a
menor vazão de ar. Isto depende do porte do equipamento, da potência absorvida
e do tamanho dos dutos de transporte, sendo, entretanto, indispensável que capture
o máximo de substâncias indesejáveis. Deve também ser projetado para não
prejudicar a operação, manutenção e visibilidade do operador, observando-se,
porém, que as concentrações fiquem fora dos limites de explosividade.
Os captores podem ser:

9.3.1. Enc la usura nte s:


este tipo possui todos os lados fechados, inclusive o teto, tendo apenas a saída dos
poluentes por duto e uma entrada de ar carreador. O ambiente é vedado por uma
cabine ampla.

9.3.2. C a b ina s fe c ha da s:
Semelhantes aos enclausurantes, porém, nestas o operário trabalha confinado dentro
da cabina. É o caso de cabines de jatos de areia e granalha de aço, onde o
trabalhador fica confinado dentro delas.

9.3.3. C a pto re s lo c a is:


situados em locais onde as emissões sejam fortes. Podem ser envolventes (rebolos) ou
externos, onde a captação é por frestas.

A vazão do ar exaurida pelo captor deve ser capaz de arrastar todos os poluentes
gerados pela fonte, mas não tão elevada a ponto de arrastar a matéria prima do
processo.

9.4. Re de de duto s:
A tubulação condutora de ar, dos pontos da geração ao sistema de separação,
deve ser bem dimensionada, para que não haja depósitos de material ao longo da

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mesma, nem formação de eletricidade estática. Deve ser provida de janelas de


segurança contra explosões e portas de inspeção. As velocidades de controle
devem ser bem definidas para não se usar potência em demasia, devem ser
equilibradas mediante raquetes para que a vazão flua normalmente em toda sua
extensão permitindo que o fluxo seja constante em todas as tomadas, tanto as
próximas como as mais distantes do ventilador. Devem ser resistentes aos esforços
mecânicos das pressões envolvidas, às dilatações, ao aterramento, etc.

9.5. Eq uipa m e nto s de se pa ra ç ã o :


No item 10.3. (estado físico do poluente), chamamos a atenção para os elementos
do projeto relativos ao comportamento de materiais que são capturados em um
sistema de ventilação local exautora. As mesmas recomendações são válidas para o
projeto dos separadores ou coletores dos poluentes: deve ser compatível e seguro
quanto ao produto em questão, estar localizado fora do ambiente fabril e ser seguro
contra explosões e incêndios.

Os poluentes exauridos do ambiente de trabalho necessitam, algumas vezes, ser


coletados, para evitar sua emissão na atmosfera, criando problemas como a
poluição aérea.

A coleta do poluente pode ser feita por uma série de equipamentos projetados
especificamente para este fim. A escolha do equipamento de controle que melhor
atenda ao processo dependerá das propriedades do poluente (ver ite m 10.3.1 ), e
tradicionalmente é definido pelo bom senso do projetista, que verificará se tal
equipamento se adéqua não só a realidade econômico-financeira da empresa, mas
também se é compatível com o momento em que o país vive, sem esquecer-se das
emissões, que são controladas por órgãos ambientais e se não atendidas podem
gerar interdições do estabelecimento.

9.5.1. Via Se c a .
Os equipamentos via seca visam capturar o resíduo em sua forma original para
posterior aproveitamento. Na indústria de rações e transformação de grãos, há
interesse em capturá-los na forma seca, devido ao custo da matéria prima envolvida,
com equipamentos mais simples como as câmaras inerciais, os ciclones separadores,
etc. Em casos mais sofisticados, onde o benefício justifique, pode se usar
equipamentos mais nobres, como os precipitadores eletrostáticos, os filtros de
mangas com limpeza a jato pulsante, etc.

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A literatura técnica, bem como os fabricantes destes equipamentos, têm


recomendações e experiência para defini-los quanto à eficiência de coleta, suas
características físico-químicas e outros itens de interesse da planta.

9.5.1.1. C ic lo ne s se pa ra do re s.
Quanto a Eficiência de Separação das partículas, Podem ser classificados como de
Alta, Media e Baixa eficiência.

Quanto a arranjos podem ser classificados como


unitário ou múltiplo em serie ou paralelo.

Os ciclones são adequados a separação de partículas


medianas, podendo em arranjos múltiplos melhorar a
eficiência de separação os multi-ciclones.

Não são a adequados a materiais úmidos e abrasivos,


sua definição implica em bom conhecimento de
separadores de ar

9.5.1.2. Filtro s de m a ng a s.

O filtro ao lado é um filtro de mangas com limpeza


automática, independe de paradas para limpar e
esvaziar o material retido em seu deposito.

O filtro ao lado, é provido com janelas de alivio de


pressão, para que caso haja um incêndio, e
consequente explosão, as janelas se rompam,
deixando escapar os gases e poeiras presentes,
fenômeno este que gera labaredas de grande
comprimento de alcance, ate que toda a carga se extinga, dai a necessidade desta
saída ficar contraria a edificação para não mandar estes agentes para dentro das
instalações, o queremos ainda aqui colocar, é que as janelas, não são suficientes
para conter a expansão gasosa, pois quando ocorre a explosão, a pressão gerada
para romper a janela, também vai sentido contrario, levando o fogo para outros
locais da planta pela rede de dutos, dai necessitar também de selos que impeçam
este fenômeno e que as explosões cessem imediatamente.

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9.5.1.3. O utro s e q uipa m e nto s de se pa ra ç ã o via se c a .


Multi-ciclones; Filtro de placas metálicas; câmaras inerciais; Filtros absolutos; etc.

9.5.2. Via Úm ida .


9.5.2.1. La va do re s de a r. .
Os lavadores de ar são usados quando
partículas muito finas devem ser
separadas, e suas características
impeçam o uso sistemas a seco, são
recomendados, para eficiente separação
inclusive controle do Ph, caso da foto
para evitar a corrosão do material do
lavador.

Filtro usado em prensa formadora para


exaurir os gases de formaldeído, produto
muito irritante e toxico, que na lavagem é
neutralizado quimicamente, contribuindo com sua eliminação e aumentando a vida
útil dos equipamentos.

9.5.2.2. O utro s siste m a s a Úm ido .


Na via úmida podemos citar ainda: Torres de absorção e de adsorção; ciclones
lavadores; Células de lavagem; Auto induzidos; Jato Spray; Venturi lavador dinâmico
entre outros, observando que lavagem na ventilação prescinde de cuidados
especiais quanto a sua separação do leito e destinação.

9.5.3. Via Mista .


Materiais de fina granulometria e de baixa densidade apresentam dificuldade de
separação nos equipamentos tradicionais, deixando passar à atmosfera externa
grandes quantidades de particulados finos, causando indesejáveis emissões. Nestes
casos, nossa recomendação é abater o máximo via seca, que será recuperado para
o processo. O resíduo final é tratado via úmida para atender aos padrões de emissão
dos órgãos ambientais.

Materiais finamente pulverizados ou gasosos, que não apresentem interesse


comercial de aproveitamento, devem ser, sempre que possível, em função de suas
características físico-químicas, tratados com lavagem. Para tal, a literatura clássica
possui uma vasa gama destes equipamentos, que são os de menor custo inicial e
operacional.

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9.5.4. Via a dso rç ã o .


Sistemas por adsorção, para capturar vapores orgânicos em geral, pois sua presença
num ambiente confinado é um grande facilitador de incêndios e explosões.

Adso rç ão é a adesão de moléculas de um fluido (o adsorvido) a uma superfície


sólida (o adsorvente); o grau de adsorção depende da temperatura, da pressão e
da área da superfície - os sólidos porosos como o carvão activado são óptimos
adsorventes.

9.6. Via Pre c ipita do re s e le tro stá tic o s.


Os precipitadores eletrostáticos, são de
elevada eficiência, o material a ser separado,
deve possuir características ionizantes sua
separação é feita pela energização das
particulados numa câmara e na outra são
atraído eletrostaticamente seu descarte é feito
por interrupção da câmara que deixa o
produto cair ao fundo da moega. Sendo
retirado no fundo da moega por meio de
rosca transportadora.

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10. O BSERVÂNC IA DAS EMISSÕ ES.


Todo processo produtivo, envolve sobras ou resíduos industriais, estes podem se
apresentarem na forma de sólidos, líquidos ou gasosos, estes elementos em muitos
processos industriais escapam dos sistemas produtivos e passam ao meio ambiente,
primeiramente no posto de trabalho onde podem gerar situações de risco previstas
nas NR15, já nos sistemas de ventilação local exautora, após a separação e
descarga na atmosfera, deve ter sua emissão controlada pelos parâmetros
estabelecidos pelos órgãos ambientais pois podem provocar as contaminações do
solo do ar e da agua. Estas emissões são o grande vilão do meio ambiente na
atualidade, com os problemas por todos conhecidos e de grande dificuldade de
controle, causando as destruições do meio ambiente e ocupacional.

Desta feita as autoridades competentes de estados municípios e união, têm


estabelecido padrões de emissões em suas normas para parâmetro dos projetistas a
fim de atender aos padrões das emissões nas áreas de segurança ambiental, para os
resíduos sólidos, líquidos e gasosos, descartando, no mínimo, o valor teto ao processo,
e evitando, deste modo, as demandas judiciais que hoje inundam os tribunais estas
simplesmente deixarão de existir porque não haverá fundamento legal para embasar
o pedido.

Quanto às emissões internas dos ambientes ocupacionais, em face dos efeitos que
estas emissões causam aos trabalhadores, temos que sempre estar atentos aos
parâmetros definidos pela legislação federal do Ministério do Trabalho, atendendo
aos parâmetros da NR15 e seus anexos, quanto aos padrões de emissão seguros para
gases, vapores, aerossóis no ambiente de trabalho, para que os trabalhadores
confinados tenham a proteção adequada aos elementos de risco nos processos
laborais.

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11. DESTINAÇ ÃO DO S RESÍDUO S.


Atualmente a tendência mundial esta voltada a reciclagem dos resíduos bem como
restos de processos, através de centrais de processamento de lixo domestico e
industrial, onde estes resíduos são transformados em fonte trabalho e de renda para
as comunidades que os manipulam, estes restos que normalmente iriam para
acostamentos de rodovias, rios, mares etc., recebem destinos mais nobres pois além
de não poluírem, retornam a processos produtivos, reduzindo a matéria prima com
todos os seus envolvimentos e consequentemente com redução de custos.

No caso do lixo domestico o aproveitamento e destinação de embalagens diversas


que são recicladas, rendem dividendos aos trabalhadores, e aos empresários que os
aproveitam a custos bem inferior ao do da produção, sem esquecer que estes
resíduos no meio ambiente podem levar séculos para se decompor, e nas industrias
em que alguns resíduos mais nobres como o couro, também podem oferecer retorno
ao empresário sem esquecer que estes resíduos do couro são gerados as toneladas,
criando um problema para as comunidades de difícil solução pois sua degradação é
de milhares de anos, e o principal adequar estes produtos de forma racional e
compatível para recicla-los e gerar emprego e renda para muitos.

Observamos porem, que muitos resíduos, podem conter substâncias que os torna
inviáveis, pois podem como já vimos, gerar riscos aos trabalhadores que os
manipulam, um exemplo é a serragem das indústrias da madeira e afins, por serem
poeiras inflamáveis, devem merecer os mesmos cuidados que na indústria.

Por outro lado, algumas plantas vendem proveniente das estações de tratamento de
suas aguas, após passarem por processo de tratamento das aguas residuais, sobra
um lodo orgânico muito rico para a agricultura vizinha, que fazem compostagem
orgânica, reduzindo a quantidade de insumos necessários para o desenvolvimento
de suas lavouras.

Outra destinação que está se desenvolvendo em plantas as quais disponham de


tratamento de efluentes líquidos consiste em usar este material orgânico, rico em seus
biodigestores, para a geração de gás combustível, limpo e impoluível, que é
queimado nas caldeiras de geração de vapor.

Atualmente, o melhor aproveitamento para os resíduos sólidos gerados nas unidades


de armazenamento e processamento de grãos é a utilização como biomassa como
fonte energética. Isto, além de reduzir os resíduos, os transforma em fonte alternativa

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de energia e ainda gera recursos advindos de programas de redução do efeito


estufa.

11.1. Se to r c o ure iro c a lç a dista .


Este setor industrial, um dos grandes vilões da contaminação de solos tem como
resultado serias consequências para o meio ambiente, basta lembrar que o couro
curtido, leva mais de meio século para decompor, formando nos lixões, verdadeiras
montanhas deste produto que além de prejudicar a ocupação, contribui para a
contaminação do solo por cromo hexavalente, além dos resíduos dos filões onde o
couro é pintado e curtido, estas aguas, que contem os produtos químicos, muitas
vezes não são tratadas, e levam a morte muitos mananciais preciosos, onde fauna e
flora são destruídos, tornando a água imprestável para o aproveitamento humano.

Hoje com já tivemos oportunidade de participar, existem sistemas de reciclagem das


aguas, desta feita após serem tratadas e adquirirem a condição ideal, retornam a
unidade, usando a agua externa para compensar apenas as da perda do processo,
Tradicionalmente estas aguas após serem tratadas são devolvidas ao rio.

Resíduos de couros hoje são usados em confecções em grande numero, evitando


desta forma sua destinação aos lixões e outros locais impróprios, onde permanecem
anos a fio sem alterar suas características.

11.2. Se to r Ma de ire iro .


O setor madeireiro, por processar madeiras em forma natural e seus derivados na
forma de placas, produz em suas operações resíduas na forma de poeiras de fina
textura, por serem estas secas e de grande superfície especifica, são excelentes
combustíveis, e hoje sua utilização é considerada como elemento gerador de
energia que no caso das pacas de madeira, são significativas no processo.

11.3. O utro s se to re s.
Fossemos abordar aqui todos os setores industriais, como o metal mecânico, a
indústria química, a petroquímica, etc., teriamos uma imensa gama de situações já
de nosso conhecimento, quando seus resíduos não são devidamente destinados,
acabam comprometendo o meio ambiente de forma desastrosa e com o
comprometimento da saúde das populações lindeiras, como as intoxicações por
mercúrio no Japão devido aos dejetos de uma indústria química que lançava restos
da produção em que o mercúrio era um dos elementos usados e descartados no
leito marinho, resíduos estes que levavam a demência e a morte daqueles que
consumiram seus peixes contaminados pelo mercúrio metálico.

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Os gases diversos que dispersos nas cercanias de indústrias químicas, quando em


desastres ambientais, além de contribuir com a matança da flora e fauna afetam
também o ser humano com doenças diversas, que levam a formação de processos
cancerígenos e de outras anomalias causando inclusiva a mutação genética na
população lindeira.

Temos ainda diversos acidentes com gases tóxicos e asfixiantes como em Bhopal na
índia matando em uma noite mais de 6000 pessoas com graves quadros de
intoxicação, culminando com a morte.

Dos exemplos citados verificamos a responsabilidade que nos, os técnicos, temos


com a natureza e o meio ambiente quando em nossos projetos não observamos essa
imensa gama de situações causadas pelos resíduos mal descartados.

O controle das emissões nos processos bem definidos é fator de radical importância
pois podem ocorrer falhas e estas comprometem os níveis estabelecidos culminando
com o comprometimento do meio ambiente, mesmo que por períodos breves,
porem, suficientes para comprometer o ambiente como verificamos no Vale dos
Sinos recentemente a matança dos peixes aos milhares, da fauna e da flora.

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12. ESPAÇ O S C O NFINADO S NR 33.


12.1. De finiç õ e s.
Espaço confinado por definição da NR 33 e a NBR. 14787 “qualquer área ou
ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios
limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio”.
Obviamente que o trabalho nestes locais, carece de um enfoque especial, quando
acessado, pois podem ser verdadeiras armadilhas como temos verificado, com
mortes e invalidez muitas vezes permanentes e muita destruição das instalações.

Importante frisar que muitas vezes existe confusão em se relacionar um ambiente


fechado, como espaço confinado, como é o caso dos tuneis de movimentação dos
produtos a granel, conforme definição acima, um espaço confinado não foi
projetado para ocupação humana. Porem, alguns locais são confundidos apenas
pelo fato de serem subterrâneos como o caso dos tuneis de movimentação de grãos,
ali como ilustramos abaixo, embora possa parecer, não é um espaço confinado, pois
possui características especificas para ocupação humana.

Desta forma é importante que os profissionais da segurança, estejam atentos a estes


locais, que muitas vezes podem ser confundidos como espaços confinados, porem,
na realidade são locais de acesso restrito, e como todos no sabemos, ingressar num
espaço confinado precede de medidas de segurança que redundam em tempos
longos e uma vez que nesta atividade o acesso nestes locais é corriqueiro, muitas
vezes ao dia, e se for atendido com um espaço confinado, seu acesso, redundara
em prejuízos na produção.

Neste item, focaremos nossa atenção a alguns locais das agroindústrias e dos portos
de movimentação de grãos diversos, onde existem locais subterrâneos para
movimentação dos grãos. Nestes locais, há elementos transportadores, transferências
de grãos, elevadores de canecas e descarga de moegas. São locais para um
grande número de instalações desse gênero, projetadas para ocupação humana, e
por serem projetados com normas de acesso e saída devidamente dimensionados
bem como processos de ventilação forçada, para a permanência e movimentação
para os trabalhadores sem riscos presentes sendo incorretamente classificados como
espaços confinados.

Nas plantas da Agro Industria, estes locais necessitam ser acessados muitas vezes ao
dia, para verificação de fluxo do material, abertura ou fechamento manual das

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comportas de descarga dos silos, verificações constantes, para rotinas muito breves,
que, às vezes, levam apenas alguns minutos, etc.

Nesta imagem, vê-se um túnel de movimentação de grãos em uma agroindústria,


com uma esteira transportadora a granel, recebendo o material de bicas de
descarga do silo, caso de necessitar de abertura e fechamento constantes da
gaveta de abertura da carga, este elemento
pode ser de acionamento manual ou
pneumático, com controle remoto ou com
comando manual, quando manual, o
operador tem que descer para libera-lo
manualmente, isso em vários pontos da
descarga do material.

Esta gaveta é movimentada pelo operador


que acessa o túnel, em um tempo máximo de
cinco minutos.
Porem como pode ser visto na imagem, é uma espaço amplo de movimentação,
iluminação, sistemas de exaustão de poeiras e ventilação geral. Portanto, o ingresso
do operário não precede os riscos específicos de um espaço confinado, para o qual
é necessário, além da permissão de entrada, todo um conjunto de equipamentos de
salvamento e proteção dos trabalhadores.

Como temos neste local situações que são inerentes aos operadores da área, com
conhecimento e execução dos trabalhos ali inerentes somente estes terão acesso ao
local, é obvio que outros elementos despreparados não devem ingressar nesta área,
pois além dos riscos presentes relativos a ignorância do local, pode haver ate
situações de sabotagem como já tivemos oportunidade de presenciar.

Outra situação, com acidentes que temos verificado é quando de trabalhos de


manutenção com uso de equipamentos a fogo ou a quente, se o local, não foi
adequado, com os sistemas de controle de emissões aéreas, é obvio que haverá a
presença de poeiras depositadas ao longo de meses e em quantidade suficiente
para irromper em incêndio e explosão, neste caso seria um erro não admitir este local
como um espaço confinado, pois não possui os meios adequados de controle.

Resumindo, o elemento combustível (o pó gerado na movimentação dos grãos de


cereal), na forma de poeiras finamente pulverizadas, que normalmente evolui nas

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descargas do silo e nas transferências, se não capturados, passa ao ambiente,


enriquecendo a mistura em suspensão, que acabam se depositando nas estruturas e
locais de difícil acesso e, nesse caso um movimento brusco pode agitar e colocar em
suspensão estas poeiras e se houver uma fonte de ignição pode haver o inicio
incêndio evoluindo para explosões, o risco é eminente.

Porém, se houver um sistema de controle adequado, conforme ite m 10.1.2. VLE


(ve ntilaç ão lo c al e xauto ra) deste trabalho e na imagem acima, onde os particulados
gerados são continuamente retirados do local e conduzidos a filtros externos ao
processo, o ambiente não possuirá o combustível e o risco de incêndio e explosão e
estará descartado, e o local deve ser um local de acesso restrito.

Observamos, porem, que além dos equipamentos que mantem o ambiente isento de
poeiras, devemos prever como medida extrema no caso de falhas nos equipamentos
ou falta de manutenção, sistemas de supressão automática, como janelas de alivio e
supressores de incêndio para estancar uma possível evolução de incêndio e
explosão, descrito no ite m 8 deste trabalho.

12.2. Espa ç o s c o nfina do s na Ag ro indústria .


No item anterior, nos tuneis de movimentação,
definimos que com a segurança contra emissões
não ocorre, pois o sistema prevê a ventilação local
exautora, e dessa forma fica eliminando o rotulo de
espaço confinado, limitando porem o local a de
acesso restrito em face aos equipamentos ali
existentes.

Na imagem ao lado, Ilustramos um local em que


muitos acidentes tem ocorrido, os silos de armazenamento de grãos do processo.
Estes tem dois fatores de risco, que são as poeiras nele depositadas junto com a
carga, e o risco de desmoronamento que foi o que ocorreu neste caso inclusive com
mortes de operários

O silo de grãos visto na imagem, é um local onde periodicamente são necessários


acessos para verificação dos elementos internos e como o local possui mesmo que
vazio, material em quantidade suficiente para gerar explosões se forem feitos
trabalhos a quente ou a fogo, poderá ocorrer uma explosão, podendo ainda estes

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acidentes serem de riscos de desabamento como o que ocorreu inclusive com


mortes.

Temos outros locais na agro indústria que deverão ser observados no mapa de riscos,
uma vez que em todos pode haver tanto material combustível como biológico em
decomposição, onde tem havido muitas mortes por asfixia.
No item 13.7. Temos um espaço confinado típico, onde se pode notar a dificuldade
de acesso na área confinada, inclusive com o uso de EPI de içamento, adequado a
salvamentos e emergências.

12.4. Áre a s c la ssific a da s.


Área classificada é uma área (espaço tridimensional) na qual uma atmosfera
potencialmente explosiva estará presente ou na qual é provável sua ocorrência, a
ponto de exigir precauções especiais para a construção instalação e utilização de
equipamentos elétricos.

No caso deste item, os riscos presentes, quando bem equacionados e eliminados, por
sistemas adequados de controle ambiental, estarão sendo eliminando os riscos
presentes e quando isto ocorrer de forma segura e continua, estarão eliminando os
mesmos e consequentemente mudando a gradação do risco presente, podendo
usar equipamentos adequados a classe convencional.

No item 16.4, apresentamos alguns aspectos desta área ainda pouco conhecida dos
projetistas e de grande responsabilidade na segurança patrimonial.

12.5. Ide ntific a ç ã o do s risc o s.


É o processo pelo qual os riscos aos quais os trabalhadores possam estar expostos
num espaço confinado ou área classificada, são identificados e avaliados.

Avaliação de um espaço confinado inclui o levantamento quantitativo das


concentrações das substâncias prejudiciais ao homem, concentração do
percentual de oxigênio, bem como a especificação dos testes que devem ser
realizados e os critérios que devem ser utilizados.

Dois elementos comuns nestes espaços merecem atenção especial, em função de


seu risco invisível, aos quais nos deteremos adiante, que são os SH2. (sulfeto de
hidrogênio) e o C o (monóxido de carbono), Ambas fatalmente perigosos e letais.

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12.5.1. G ra da ç ã o do s risc o s.
12.5.1.1. Níve l 1. IPVS (Atm o sfe ra Im ine nte m e nte Pe rig o sa a Sa úde o u a Vida .88
É o espaço confinado ou area classificada que possui uma condição IPVS, isso
inclui, mas não está limitado a: deficiência de oxigênio, atmosfera inflamável ou
explosiva e/ou concentração de substâncias tóxicas ou mortais para o trabalhador.
Sendo exigido emissão de PT específica para a entrada de pessoas e execução de
trabalhos no seu interior.

12.5.1.2. Nive l 2. Nã o IPVS.


É o espaço confinado que em função da natureza dos trabalhos, configuração e
atmosfera interna tem potencialidade para provocar lesão ou qualquer tipo de
enfermidade no trabalhador se não forem adotadas medidas de controle
adequadas. Não apresenta qualquer condição IPVS. Sendo exigido emissão de PT
específica par a liberação de entrada de pessoas e execução de trabalhos em seu
interior.

12.5.1.3. Elim ina do s to do s o s risc o s.


Eliminando os rscos presentes de um espaço confinado em que o perigo potencial
não requer mais nenhuma alteração específica no procedimento normal de
trabalho. A entrada de pessoas e execução de trabalhos em seu interior pode ser
liberada através de emissão de PT, não requer medidas específicas com relação a
restrição do número de pessoas no seu interior, nem tampouco obriga os
trabalhadores à realização de exame médico antes da entrada.

12.6. Sulfe to de hidro g ê nio SH2 .


Outro problema comum nas plantas com espaços confinados ou de acesso restrito é
a formação do sulfeto de hidrogênio, uma das atmosferas tóxicas mais perigosas aos
trabalhadores, geradas nos processos ou provenientes de degradação bacteriana
oriunda de animais mortos em decomposição, que fazem surgir os sulfetos de
hidrogênio. É comum nas plantas em face da abundância de alimentos, dos quais se
servem, e acabam as infestando, sendo necessária sua eliminação em face dos
diversos problemas que podem gerar para a unidade.

Em curtumes, nas ETE, os tanques de homogeneização se tornam espaços


confinados, uma vez que geram estes gases, os quais são mais pesados do que o ar,
e, assim, ficam no fundo dos tanques. Caso, inadvertidamente, se adentre nestes
espaços, em face da elevada concentração e de não haver odor característico de
ovo podre, como ocorre em baixas concentrações, a parada respiratória é imediata,

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caso em que os socorristas somente poderão acessar o local com respirador artificial,
senão, haverá outras mortes.
Na agroindústria, temos duas circunstâncias atenuadoras. A primeira é a VGD, ou
seja, a renovação de ar constante, nos locais abaixo do nível de movimentação,
onde são comuns os pés de elevadores de canecas. Caso haja, ali, a formação do
gás, este não será renovado, devido à sua densidade ser maior do que o ar. Neste
local, quando em trabalhos de manutenção, a atmosfera deverá ser monitorada
antes do acesso. Em nossos sistemas, dotamos os elevadores de canecas, cuja
exaustão é feita no corpo e cria uma pressão negativa. Previmos uma entrada de ar
no fundo deste elevador, retirando continuamente quaisquer gases ali formados, na
medida em que são gerados.

12.6.1. C a ra c te rístic a s do Sulfe to De Hidro g ê nio .


Abaixo, informamos as características deste gás, que é o resultado da
decomposição bacteriana e que se faz presente em ambientes. Por ser mais
pesado do que o ar e, em algumas concentrações, inodoro, costuma ser fatal
quando inalado sem precaução.

12.6.2. Expo siç ã o C o ntínua a Ba ixa s C o nc e ntra ç õ e s.


Concentrações de (50 - 100 ppm) geralmente causam irritação das membranas
mucosa e conjuntiva dos olhos e fadiga; tem odor de ovo podre.

12.6.3. C o nc e ntra ç õ e s Me dia na s.


Nas concentrações entre (200 - 300 ppm) podem causar dificuldades respiratórias,
levando ao desmaio ou coma; tem odor adocicado agradável.

12.6.4. C o nc e ntra ç õ e s Pe rig o sa s.


Nas concentrações entre (500 a 700 ppm) causam inconsciência e, caso perdure
por mais de 30”, pode levar a óbito; não é detectado pelo olfato, pois é inodoro.

12.6.5. C o nc e ntra ç õ e s Fa ta is.


Concentrações acima de (700 ppm) causam morte súbita em face de parada
respiratória; não é detectado pelo olfato, pois é inodoro.

Observamos que este gás é apenas um dos mais perigosamente fatais. Porém,
muitos outros podem intervir na ocupação dos EC. Sugerimos a leitura de nosso
trabalho, publicado no site da ANEST (Associação Nacional dos Engenheiros de

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Segurança do Trabalho) e intitulado “MEIO AMBIENTE DO TRABALHO ,


C O NC EITUAÇ ÃO E PREVENÇ ÃO DE RISC O S”.

12.7. Mo nó xido de C a rb o no .
Tão critico como o sulfeto de hidrogênio nos espaços confinados ou de acesso
restrito, temos o monóxido de carbono, que sendo inodoro não é percebido no
acesso e que também pode ser rapidamente fatal, e ao qual dedicamos este
espaço para a conscientização do leitor.

Este produto quando em local fechado, sem ventilação, no qual o oxigênio é


exaurido, é um produto perigoso e em altas concentrações, fatal, nos espaços
confinados como o sulfeto de hidrogênio pode ser formado pelo processo de
respiração de animais presentes o após incêndios e devem ser bem caracterizados
em face de suas consequências para o ser humano.

12.7.1. Expo siç ã o C o ntínua . Lim ite de to le râ nc ia NR15.


12.7.2. Lim ite De To le râ nc ia (Lt) = 39 Ppm

12.7.3. Expo siç ã o a Ba ixa s C o nc e ntra ç õ e s.


Concentrações de (>200 ppm) geralmente causam dor de cabeça e mal estar.

12.7.4. Expo siç ã o a C o nc e ntra ç õ e s Me dia na s.


Concentrações de (1000 a 2000 ppm) geralmente causam palpitação, taquicardia.

12.7.5. Expo siç ã o a C o nc e ntra ç õ e s Pe rig o sa s.


Concentrações entre ( 2000 a 2500 ppm) :geralmente causam inconsciência

12.7.6. Expo siç ã o a C o nc e ntra ç õ e s Fa ta is.


Concentrações acima de (4000 ppm) :geralmente levam a morte

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12.8. Ve ntila ç ã o do s EC .
Nos Espaços Confinados, durante o trabalho
em seu interior, a ventilação é de vital
importância e deve ser introduzida no escopo
das permissões de acesso. Nos locais acima
descritos, a ventilação deve ser contínua para
evitar a formação de gases perigosos e para o
conforto metabólico, mantendo os padrões
normais de qualidade do ar.

A imagem acima é um caso tipo de ventilação geral ventiladora que deve ser feita
preventivamente antes do acesso a locais passiveis de riscos oriundos dos produtos ali
presentes, um mangote é colocado no EC, e faz uma renovação de ar por injeção,
desta forma o ar tomado da região externo ao espaço confinado, é injetado pelo
mangote dentro do EC. Forcando sua saída pela abertura de entrada, diluindo os
poluentes se houver e deixando o ambiente apto a ser acessado. Lembramos que
esta situação pode ser invertida com os mesmo resultados, porem seria um sistema
de ventilação geral exautora. É aconselhável porem, que o equipamento trabalhe
algum tempo ate a renovação ser de algumas trocas por hora, e fazer a medição da
concentração do poluente antes de ingressar no EC. Observamos que há espaços
confinados que a ventilação exautora seja efetuada, pois tem maior abrangência e
eficiência na retirada de substancias de densidade superior que a do ar que
normalmente ficam nas regiões mais baixas e podem comprometer os operários
presentes pela contaminação do local.

Nos itens acima exemplificamos, as características de dois gases que mais tem
causado acidentes ocupacionais em EC o H2 S e o C O , Porem lembramos que
existem muitos outros já devidamente qualificados e que merecem os mesmos
cuidados, antes de serem acessados, normas especificas com valores de referência
são encontrados no site da ACGIH, observamos ainda que poeiras metálicas
merecem atenção especial em face de suas características de reatividade frente a
agentes de extinção e riscos a sua exposição como é o caso dos radioativos.

O sistema de ventilação é imprescindível, como agente de diluição e renovação do


ar ou de exaustão localizada, capturando as poeiras na sua geração. Como estes
locais são de grandes dimensões e de construção reforçada, que pode suportar altas
pressões, em caso de acidentes com fogo, a destruição torna-se crítica.

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O dimensionamento destas medidas deve ser objeto de estudo pormenorizado em


função dos elementos presentes ou gerados nos procedimentos. Para tal, devem ser
consultadas as normas da ACGIH, ASRAE e outras normas em vigor.

No item 9 deste trabalho, descrevemos de maneira bastante ampla os processos de


ventilação em ambientes sujeitos a poeiras explosivas.

12.8.1. VG E. Ve ntila ç ã o G e ra l Diluido ra .


O túnel serve como conduto de ar, com o exaustor de um lado e a entrada do ar do
lado oposto. Desta forma, em função da capacidade de ar exaurido pelo exaustor,
é criada uma renovação constante do ar interior dos túneis, onde são eliminados os
componentes de risco respiratório à presença humana.

No item 9 deste trabalho, descrevemos de maneira bastante ampla os processos de


ventilação em ambientes sujeitos a poeiras explosivas.

12.8.2. VLE. Ve ntila ç ã o Lo c a l Exa uto ra .


A ventilação local exautora se faz necessária simultaneamente à geral diluidora, pois,
com esta, poderemos capturar na fonte e com pouca vazão aplicada, os
particulados à medida que se geram nos pontos de transferência e descarga do
material. Assim, os particulados são transferidos para fora do local através de rede de
dutos, interligando todas as tomadas e terminando no filtro de mangas, onde é
separado do ar carreador e descartado na atmosfera, isento das partículas e com
índices de emissão conforme estabelece a legislação em vigor, para não
comprometer as áreas lindeiras e a qualidade do ar.

Com um bom controle e com processos de manutenção preventivos, os tuneis de


movimentação funcionarão sem emitir poeiras, que fatalmente se ocorrer se
depositarão em locais não vistos pelos trabalhadores e ali residira um fator de risco
importante, dai, nossa orientação para que unidades que processem com poeiras
inflamáveis, adequem suas instalações para que este locais possam como deve ser
acessados periodicamente e com segurança, como um local de acesso restrito, com
a segurança para os trabalhadores bem como do empreendimento.

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13. PRO C ESSO S DE MANUTENÇ Ã O .


Todas as plantas que processam com poeiras explosivas, e outras que possam gerar
riscos de explosão, devem em seus procedimentos de manutenção adotarem os
preventivos nunca os corretivos, em primeiro lugar para evitar paradas
desnecessárias que implicam em perdas da produção e em segundo lugar nas
programadas são substituídas todas as peças e equipamentos cuja vida útil
recomendada pelo seus fabricantes esteja expirada, mesmo que ainda estejam
aparentemente bem, a regra é trocar.

Inspeção: verificar, em plano específico, o estado geral dos equipamentos, com


cronogramas previamente definidos, substituindo peças sujeitas a desgaste antes do
término de sua vida útil. Desta forma, em paradas programadas, este trabalho
antecede problemas que possam ocorrer, comprometendo o equipamento e
gerando riscos desnecessários.

Lembramos que grande parte dos eventos envolvendo poeiras ocorreu em períodos
de manutenção, conforme pode ser verificado nas tabelas anexas, no início deste
trabalho, quando eram utilizadas ferramentas de corte, desbaste ou soldagem
elétrica, confirmando a necessidade de se optar pela preventiva.

Lembrando que nos empreendimentos que processem com poeiras inflamáveis,


quando da manutenção de itens que são desgastados pelo atrito do movimento do
grão, e se não houver nas instalações os sistemas de despoeiramento, o local será de
risco, pois com o uso de aparelhos geradores de calor, e se o local não foi lavado
interna e externamente, o risco potencial é enorme, e neles é que temos visto a
grande quantidade de acidentes nestas operações, veja os gráficos ao inicio deste
trabalho.

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15. MÉTO DO S DE PRO TEÇ ÃO AO TRABALHADO R.


Os trabalhadores, em função de suas atividades, deverão estar protegidos por EPI,
em conformidade com as NR e segurança necessária.

Os Equipamentos de Proteção Individual deverão ser especificados em função da


atividade, por profissionais conhecedores de suas características e normas
regulamentadoras.

Em instalações que possuam os sistemas de exaustão localizada, como nas


descargas de caminhões, os EPI respiratórios são dispensados, bem como a
descaracterização como espaço confinado, como já dito.

Em situações de descidas a ambientes confinados nos quais não se adequou, os itens


corretos, com comprovação cientifica dos resultados, os cuidados devem sempre ser
repetidos conforme preconiza a NR em vigor, não descer sem expurgo, descer
sempre com acompanhante e com EPI autônomo e dispor de equipamento de
içamento, e demais prescrições conforme recomenda a NR33.

15.1. Ide ntific a ç ã o do s risc o s pe la NFPA.


Níve is De Risc o s.
Os sistemas de informação de riscos estabelecem quatro classes ou níveis de
materiais perigosos:

15.2. Ma te ria is e xtre m a m e nte pe rig o so s.


São os que podem causar a morte ou lesões permanentes como consequência de
uma breve exposição a eles. São os líquidos voláteis inflamáveis, gases inflamáveis ou
materiais detonáveis. Por sua vez, se classificam em:
Explosivos e materiais explosivos instáveis.
Materiais com altos níveis de radioatividade.

Gases muito inflamáveis e materiais que emitem vapores extremamente inflamáveis.


Materiais extremamente tóxicos, tão venenosos que não devem, em nenhum
momento, entrar em contato com o corpo, por exemplo, o cianureto de hidrogênio.
Materiais extremamente corrosivos para os tecidos vivos, como o bromo, que pode
causar lesões instantaneamente, e o ácido hidro fluorídrico, que pode penetrar na
pele e causar queimaduras de recuperação muito lenta nos tecidos mais profundos.

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Também se incluem nesta classificação os materiais que podem causar graves lesões
nos olhos.

Todos os materiais cujos produtos de combustão ou de decomposição coincidam


com as descrições anteriores.

15.3. Ma te ria is Pe rig o so s.


Aqueles que, por seus efeitos nocivos, podem causar lesões por exposição ou
contato, retardando o tempo de cura:
Líquidos e sólidos inflamáveis.
Materiais muito tóxicos que podem causar lesões e enfermidades, mas não causam a
morte, se houver uma exposição moderada a eles.
Materiais que podem causar a destruição de tecidos, especialmente dos olhos, se
não eliminados do corpo em prazo muito breve.
Materiais moderadamente radioativos.
Os materiais perigosos deste grupo, em casos extremos, podem causar alguma lesão
permanente, contudo, não incapacitante.

15.4. Ma te ria is Me no s Pe rig o so s.


Podem causar uma lesão ou incapacitação temporária, que presumivelmente
podem se transformar em lesões permanentes. São moderadamente combustíveis ou
auto reativos e incluem:
Gases lacrimogêneos.
Irritantes fortes.
Materiais não extremamente tóxicos.
Materiais combustíveis que necessitam pré-aquecimento para entrar em ignição.

15.5. Ma te ria is de e fe ito s no c ivo s.


Podem causar uma irritação ou incômodo temporário, que desaparece ao cessar a
exposição; são ligeiramente combustíveis.
Observe-se que os materiais classificados como perigosos são os que podem
provocar uma situação de emergência; os materiais classificados como menos
perigosos têm menos probabilidade de provocar uma situação de emergência,
porém, poderiam complicar seriamente uma situação de emergência. Claramente,
um líquido combustível pode não se incendiar e, portanto, não causar uma situação
de perigo; porém, em presença de um fogo originado por outra causa, pode entrar
em ignição e aumentar a gravidade da situação existente. Nas práticas atuais de
etiquetação dos produtos de consumo, os materiais que podem causar uma

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situação de emergência levam a palavra PERIG O . Os materiais que podem agravar


uma situação de emergência geralmente levam as palavras PREC AUÇ ÃO ou
ATENÇ ÃO . Nota-se, em troca, que os líquidos inflamáveis cujos pontos de
inflamabilidade se encontram entre 10 e 30º C levam o sinal de PREC AUÇ ÃO .

Os sistemas de informação de riscos constituem um compromisso entre as exigências


em conflito: a necessidade de uma informação imediata e os detalhes adequados
da dita informação. Um símbolo de risco, com a caveira e as tíbias que se emprega
nos venenos, pode ser compreendido à simples vista; é de interpretação imediata.
Porém, não explica o grau de ameaça do material perigoso, nem se atua por
penetração no corpo pela pele, através dos pulmões ou por meio do sistema
digestivo. Faltam detalhes. Uma folha de dados de risco anexa pode proporcionar
informação adequada e detalhada; porém, sua leitura requer tempo e boa
iluminação e deve ser feita antes do acesso.

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16. REC O MENDAÇ Õ ES.


Segundo nossas conclusões e vivência em relação a estes fenômenos, colocamos
aqui nossas recomendações para que sejam evitados futuros acidentes com
poeiras explosivas. São recomendações genéricas, que devem ser observadas
quando não existirem.

16.1. Má q uina s e e q uipa m e nto .


16.1.1. Enclausuramento elétrico (cabos/ interruptores/ iluminação/ motores/
ferramentas/ ap. elétricos).
16.1.2. Monitor de velocidade em elevadores e correias.
16.1.3. Sensores de movimento em redler e gruas.
16.1.4. Sensores de temperatura.
16.1.4 . Sensores de alinhamento/temperatura de rolamento.
16.1.5. Detectores de embuchamento/ fumaça e gases.
16.1.6 Amperímetros com alarme de sobrecarga.
16.1.7. Proibição de fumar.
16.1.7. Manutenção preventiva dos rolamentos/ máquinas/ correias/ etc.
16.1.8. Instalação elétrica classe II – divisão I.
16.1.9. Correias transportadoras resistentes a fogo e antiestática.
16.1.10. Inibição de combustão espontânea.
16.1.11. Pressurização de painéis/ cabine de força.

16.2. Pro je to s e siste m a s.


16.2.1. Projetos adequados – edificações, para-raios, inst. elétricas.
16.2.2. Instalação de sistemas captores / exaustores – túneis, galerias, pontos de
carga e descarga, elevadores e tubulações.
16.2.3. Manutenção preventiva – transportadores, instalações elétricas.
16.2.4. Instalação de detectores de metais – elevador caneca, moinhos.
16.2.5. Elaboração de normas de segurança – acesso, operação, manutenção,
tipos de instalações elétricas.

16.3. Me dida s g e ra is. 99


16.3.1. Limpeza dos ambientes, remoção do pó sobre equipamentos.
16.3.2. Aterramento elétrico dos componentes eletromecânicos e pontos geradores
de cargas eletrostáticas.
16.3.3. Treinamento pessoal.

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16.3.4. Controle da umidade relativa do ar – abaixo de 50% se caracteriza a faixa


crítica de risco.
16.3.5. Controle da eletricidade estática, através de sistema de aterramento.

16.4. C la ssific a ç ã o de á re a s.
No que tange à classificação, estas áreas merecem estudo multidisciplinar quanto à
definição de equipamentos de segurança constantes da NR10. Como estes
equipamentos são de difícil aquisição e, muitas vezes, nem podem ser adquiridos no
Brasil, faz-se necessário uma avaliação isenta da sua real necessidade, isto é,
averiguar se são realmente necessários para os locais onde se encontram, e caso
confirmado, adequar o local reduzindo ou eliminando os itens responsáveis pelo
risco ali presente.

16.4.1. A de finiç ã o pa ra á re a s c la ssific a da s, se g undo c o nve nç ã o .


A Área Classificada é uma área de espaço tridimensional na qual uma atmosfera
potencialmente explosiva estará presente ou na qual é provável a sua ocorrência, a
ponto de exigir precauções especiais para construção, instalação e utilização de
equipamentos elétricos.

16.4.2. Pro nunc ia m e nto do IMETRO Di 2146 – Atm o sfe ra s.


O ideal seria evitar qualquer possibilidade de formação de atmosferas explosivas, e,
para isto, a primeira medida é analisar a real necessidade de utilização de um
produto inflamável e, se possível, substituí-lo por outro que não forme uma atmosfera
potencialmente explosiva. Porém, se não se puder evitar esta situação, pode-se
eliminar fontes de ignição. Quando o perigo é a parte elétrica, aplicam-se
equipamentos elétricos que atendam às especificações de um ou mais tipos de
proteção normalizados. No artigo, especialistas, como os eng. Estellito Rangel Jr. e
Rüdger Röpke, falam sobre o assunto.

16.4.3. C o nc lusã o .
Quanto às áreas classificadas, devem merecer os mesmos cuidados em relação aos
equipamentos elétricos em espaços confinados. O projetista deve especificar apenas
os equipamentos, conforme item 16.4, quanto aos riscos inerentes. Porém, aqui
também se pode errar por excesso, quando se definirem equipamentos de alta
complexibilidade e de difícil aquisição no país, caso os locais confinados sejam
considerados como áreas classificadas.
Se o complexo possuir todo o controle inerente à formação dos itens que possam

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comprometer a segurança do local (isto é, se não houver a formação de atmosferas


com deficiência ou enriquecimento de oxigênio e não houver particulados em
suspensão, faltará, no triângulo do fogo, o elemento combustível, sem o qual não
haverá o risco. Da mesma forma, equipamentos bem mantidos não apresentarão os
locais de aquecimento e os riscos elétricos, eliminando também o segundo agente
do triângulo de fogo (foco calorífico) e dispensando os equipamentos citados.
Porém, esta situação é válida para as poeiras explosivas.

Outros elementos como os gases inflamáveis, devem ser bem observados quanto aos
elementos eletroeletrônicos, quando de sua definição, pois os riscos são mais severos
e de difícil qualificação e quantificação.

16.5. Exig ê nc ia s a se g uir.


Caso não exista a possibilidade de se eliminar um dos agentes do triângulo de fogo,
as recomendações abaixo deverão ser implantadas.

16.5.1. Estudo de classificação áreas – AE / adequação instalações.


16.5.2. Programa de inspeções de risco NR33.
16.5.3. Controle de temperatura – material armazenado.
16.5.4. Plano de emergência.
16.5.5. Sistema de alívio de pressão.
16.5.6. Sistema de combate a incêndio.
16.5.7.Substituição de elementos metálicos por plásticos – caçambas dos
elevadores e pás dos transportadores, etc.

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17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.


17.1. Klaassen C.D. (1991), Bases Farmacológicas da Terapêutica Toxicologia, Editora
Guanabara Koogan SA., 8a. edição.
17.2. Mesquita A. L. S., Guimarães F. A ., Nefussi N., (1985), Engenharia de Ventilação
Industrial, 1a. Reimpressão, Editora W. Roth  Cia. Ltda.
17.3. Buffalo New York (1970), Fan Engineering “Buffalo Forge”, Editora Wm. J. Keller, Inc.
17a. Edição.
17.4. Macintyre A . J. (1990), Engenharia de Ventilação Industrial, Editora Guanabara
Koogan S.A., 2a. edição.
17.5. Fire Protection Handbook, Editora Mapfre S. A., 2a. edição trad. da 15a. ed., USA.
17.6. ACGIH (1970) Industrial Ventilation, Editora Edwards Brothers Inc., 11a. edição.
17.7. Nascimento E.S. (1991), Segurança e Medicina do Trabalho, Editora Gráfica
Fundacentro, 31a. edição.
17.8. Engenharia de Segurança do Trabalho, Notas de aula.
17.9. Prevenção e Controle de Riscos em máquinas e equipamentos.
17.10. Higiene do trabalho.
17.11. Proteção do Meio Ambiente.
17.12. Proteção contra Incêndios e Explosões.
17.13. Doenças do Trabalho.
17.14. Legislação e Normas Técnicas.
17.15. Revista Proteção (N.º 52, 53, 55, 58, 59, 60, 64 e 65), Editora MPF Publicações Ltda.
17.16. Jornal Zero Hora (19/03/97, pg. 58; 16/07/97, pg.61).
17.17 Revista Proteção – nossas publicações.
17.18. Número: 52 – Abril 1996.
17.19. Número: 53 – Maio 1996.
17.20. Número: 55 – Junho 1996.
17.21. Número: 58 – Outubro 1996.
17.22. Número: 59 – Novembro 1996.
17.23. Número: 60 – Dezembro 1996.
17.24. Número: 64 – Abril 1997.
17.25 Número: 65 – Maio 1997.
17.26. Explosão recente
17.27. Revista O Laudo Número: 3 – Setembro 1981
17.28 Segurança Química, Fundamentos de Toxicologia Aplicada.

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