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Livro de Daniel – Profecias

O livro de Daniel é famoso por suas profecias, e nesta oportunidade eu gostaria


de descrever quais das profecias já se cumpriram e seus significados. Uma das mais
famosas, é a sobre o sonho que o Rei Nabucodonosor tem de uma estátua, onde ele
pede que os magos e sábios do reino além de adivinharem qual é o sonho, também
interpretassem (Dn 2). Eis o sonho:
Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta estátua, que era
imensa, cujo esplendor era excelente, e estava em pé diante de ti; e a sua aparência
era terrível. A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços
de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre; As pernas de ferro; os seus pés em
parte de ferro e em parte de barro. Estavas vendo isto, quando uma pedra foi
cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os
esmiuçou.
Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais
se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar
algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu
toda a terra. (Daniel 2:31-35)

Falaremos um pouco sobre o começo e fim de cada um desses reinos e o que a


Bíblia nos diz sobre eles.

1. Babilônia
A Cabeça de ouro, que simboliza o Grande Império Babilônico, estava localizada
na região hoje conhecida como Iraque, nas terras que atravessam os rios Tigre e
Eufrates. “ Junto aos rios da Babilônia, ali nos assentamos e choramos quando nos
lembramos de Sião. Salmo 137”.
Dividida em dois grandes impérios, o primeiro data-se de 1792 a 1750 a. C. e o
segundo existiu entra 605 a 539 a. C. Depois que Hamurabi, rei do primeiro império
morre, a grande cidade-estado entrou em decadência sendo invadida pelos Hititas e
Cassitas. Tempos depois, quando os Caldeus derrotam os Assírios, inicia-se o segundo
império, então Nabucodonosor, filho do Rei Nabopolassar, traz de volta o esplendor do
local, reinando por 43 anos.
Em suma a Babilônia foi uma das grandes civilizações e tratou-se também de
um grande centro cultural, de requintada arquitetura e comércio agitado.

(Jardins suspensos da Babilônia)

Feita essa breve introdução, vamos aos fatos bíblicos.


A Bíblia diz que “No ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, veio
Nabucodonosor, rei de babilônia, a Jerusalém, e a sitiou.
E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos
utensílios da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu
deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus. ” (Daniel 1:1,2)
A primeira leva de judeus a Babilônia, ocorreu em 609 a.C. e entre essas
pessoas, estava Daniel e seus amigos, jovens fiéis e tementes a Deus. A cidade de
Jerusalém foi totalmente destruída e saqueada. O templo foi destruído. O povo ficou
cativo por 70 anos em terra estrangeira pois desobedeceram a Deus e se afastaram
dos Seus mandamentos. Deus então envia a Babilônia como forma de Juízo ao povo.
Quando o Rei tem o sonho, ninguém no palácio conseguia adivinhar e
interpretar o sonho, então Deus com toda sua graça e misericórdia ouve a oração de
Daniel, e revela a ele o sonho e seu significado.
Como dito anteriormente a cabeça de ouro simboliza o período que a Grande
Babilônia reinou durante a terra. Mais tarde, no capitulo 7, a Babilônia é representada
também por um Leão com assas. Porém, assim como Deus havia falado, o grande
império da Babilônia passaria, e daria lugar a outra grande potência.
Após a morte de Nabucodonosor, seu filho Belsazar assume o poder.
Certo dia, Belsazar decide fazer uma grande festa e usa os utensílios que foram
saqueados de Jerusalém, por seu pai, quando uma mão aparece na parede e começa a
escrever. O rei sem entender o que estava escrito, manda chamar Daniel que logo
traduz o escrito:
“Este, pois, é o escrito que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM.
Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou.
TEQUEL: Pesado foste na balança, e foste achado em falta.
PERES: Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas. (Daniel 5:25-28)”
A bíblia diz que naquela mesma noite o Rei Belsazar foi morto e Dario, o medo,
ocupou o reino.

Queda da Babilônia
A Biblia está cheia de profecias com a Grande Babilônia:

“Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso da prata,
nem tampouco desejarão ouro. E os seus arcos despedaçarão os jovens, e não se
compadecerão do fruto do ventre; os seus olhos não pouparão aos filhos.
E babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como
Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. Nunca mais será habitada, nem
nela morará alguém de geração em geração; nem o árabe armará ali a sua tenda,
nem tampouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos. (Isaías 13:17-20) ”

“Assim diz o SENHOR: Eis que levantarei um vento destruidor contra babilônia, e
contra os que habitam no meio dos que se levantam contra mim.
E enviarei padejadores contra babilônia, que a padejarão, e despejarão a sua terra;
porque virão contra ela em redor no dia da calamidade. (Jeremias 51:1,2 ) ”

“Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Os largos muros de babilônia serão


totalmente derrubados, e as suas altas portas serão abrasadas pelo fogo; e trabalharão
os povos em vão, e as nações no fogo, e eles se cansarão. (Jeremias 51:58) ”

Temos, de Heródoto de Halicarnasso, um relato detalhado de como tudo aconteceu.


Ciro (entenda-se aqui o próprio rei e seu estado-maior) constatou que, nas cercanias
da cidade, havia um velho lago (já usado do passado) e que estava praticamente seco.
Assim, colocou seus melhores soldados, que dividiu em dois grupos, perto de onde o
Eufrates entrava em Babilônia e perto de onde saía. Depois, determinou que os
sapadores construíssem um canal que, ligando o Eufrates ao lago, permitisse um
desvio das águas, de modo que o nível do rio baixasse o suficiente para ser
atravessado por forças pedestres.
Quando os soldados, aguardando em seus postos, viram que a água havia baixado,
entraram no leito do rio e passaram para dentro da cidade. Ao que tudo indica,
era noite quando essa manobra se verificou.
Porém...
Porém o curso do Eufrates, mesmo dentro de Babilônia, era muito bem protegido.
Altos muros margeavam o rio, e o acesso a ele se fazia por enormes portões que eram,
habitualmente, fechados durante as horas da noite. Desse modo, aponta Heródoto,
teria sido facílimo aos babilônios promover um verdadeiro massacre de persas, se tão
somente tivessem, postados no alto dos muros, encontrado um aprazível
entretenimento em assetear os invasores. Mas isso não aconteceu, e por um motivo
que fez toda a diferença nessa história.
Naquela data estavam os babilônios, tanto os poderosos como a gente comum,
comemorando uma de suas festas religiosas e, seja por descuido, seja por excesso de
confiança, ninguém se lembrou de fechar os portões que davam acesso ao rio, mesmo
sabendo que inimigos andavam por perto. Os persas, entrando sorrateiramente, já
haviam tomado o controle da periferia da grande metrópole, enquanto os moradores
da região central, bem como a elite dominante, envolvidos na festança, nem faziam
ideia do que se passava. Era 539 a.C., chegava ao fim a hegemonia babilônica, dando
início ao próximo reino visto por Daniel na visão: o Império Medo Persa.

2. Medo – Persa

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