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(Gregório de Matos. “Descreve o que era realmente naquelle tempo a cidade da Bahia de mais
enredada por menos confusa”. In: Obra poética (org. James Amado), 1990.)
Vilhena descreve de seu amigo Filopono, no século XVIII, a sensualidade nas ruas de
Salvador.
VILHENA, L.S. “A Bahia no século XVIII”. Coleção Baiana. v. 1. Salvador: Itapuã, 1969
(adaptado).
A sensualidade foi assunto recorrente no Brasil colonial. Opiniões se dividiam quando o tema
afrontava diretamente os “bons costumes”. Nesse contexto, contribuía para explicar essas
divergências
a) a existência de associações religiosas que defendiam a pureza sexual da população branca.
b) a associação da sensualidade às parcelas mais abastadas da sociedade.
c) o posicionamento liberal da sociedade oitocentista, que reivindicava mudanças de
comportamento na sociedade.
d) a política pública higienista, que atrelava a sexualidade a grupos socialmente marginais.
e) a busca do controle do corpo por meio de discurso ambíguo que associava sexo, prazer,
libertinagem e pecado.
3. (Ufpr 2016) O soneto “No fluxo e refluxo da maré encontra o poeta incentivo pra recordar
seus males”, de Gregório de Matos, apresenta características marcantes do poeta e do período
em que ele o escreveu:
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MATOS, Gregório de. Poesias selecionadas. 3. ed. São Paulo: FTD, 1998. p. 18.
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d) A ovelha desgarrada, mencionada no poema, diz respeito ao sujeito lírico, de maneira que,
assim, ele se compara ao próprio Cristo.
e) Apesar do pedido de perdão por seus pecados, o sujeito lírico reconhece, ao final do poema,
que Deus deve cobrar seu arrependimento para que a glória divina não se perca em vão.
Matos, Gregório de. Poemas escolhidos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
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7. (Uern 2015) Acerca da linguagem utilizada nos versos a seguir de Gregório de Matos, um
dos principais nomes do Barroco, é correto afirmar que
(Gregório de Matos. Poemas escolhidos (seleção, introdução e notas José Miguel Wisnik). São
Paulo: Cultrix, 1981. Fragmento.)
a) mostra-se predominantemente denotativa, evitando o uso de analogias.
b) caracteriza-se pelo emprego de figuras de linguagem, classificando o trecho como cultista.
c) é uma linguagem coloquial, buscando uma maior aproximação entre o eu lírico e o
interlocutor.
d) por meio da antítese – Depois da Luz se segue a noite escura – depreende-se que o eu lírico
anula-se diante da passagem do tempo.
DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: Globo, 2006.
Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo que apresentam princípios
barrocos, o soneto de Gregório de Matos apresenta temática expressa por
a) visão cética sobre as relações sociais.
b) preocupação com a identidade brasileira.
c) crítica velada à forma de governo vigente.
d) reflexão sobre os dogmas do cristianismo.
e) questionamento das práticas pagãs na Bahia.
9. (Uepa 2014) Costumes, usos e manhas nossas aparecem-lhe nos versos em alusões,
referências, expressões, que documentam o grau adiantado da mestiçagem entre os três
fatores da nossa gente que aqui se vinha operando desde o primeiro século da nossa
existência. É sobretudo esta feição documental da sociedade do seu tempo que sobreleva
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Gregório de Matos aos seus contemporâneos e ainda a todos os poetas coloniais antes dos
mineiros, todos eles sem fisionomia própria. O único que em suma a tem é ele.
VERISSÍMO: 1998
Segundo Veríssimo, os poemas de Gregório de Matos Guerra, pelo que documentam, isto é,
comunicam, permitem afirmar que:
a) os versos do poeta registram a pureza étnico-racial da sociedade baiana dos seiscentos.
b) a poesia do poeta era inspirada em documentos oficiais da época.
c) o teor documental de seus poemas expressa com fidelidade a Bahia, e ainda é responsável
pela originalidade de sua poética.
d) sua poesia, por ser um documento social da época, é medíocre se comparada a dos
árcades.
e) o poeta é o único representante do Barroco brasileiro que não tem fisionomia própria.
GUERRA, G. M. In: LIMA, R. T. Abecê de folclore. São Paulo: Martins Fontes, 2003
(fragmento).
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TEXTO II
Manuel da Costa Ataíde (Mariana, MG, 1762-1830), assim como os demais artistas do seu
tempo, recorria a bíblias e a missais impressos na Europa como ponto de partida para a
seleção iconográfica das suas composições, que então recriava com inventiva liberdade.
FROTA, L. C. Ataíde: vida e obra de Manuel da Costa Ataíde. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1982.
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Gabarito:
Resposta da questão 1:
[A]
Resposta da questão 2:
[E]
Resposta da questão 3:
[B]
A transitoriedade das coisas terrenas (“Muda-se o tempo, e suas temperanças. / Até o céu se
muda, a terra, os mares, / E tudo está sujeito a mil mudanças.) está em oposição ao caráter
imutável do sujeito, submetido a uma concepção fatalista do destino humano (“Só eu, que todo
o fim de meus pesares / Eram de algum minguante as esperanças, / Nunca o minguante vi de
meus azares.”). Tudo no mundo muda, menos os “azares” do eu lírico.
Resposta da questão 4:
[C]
[A] O sujeito lírico pede perdão, arrependido, mas consciente de seus pecados, de onde se
prevê a intervenção da razão em seu próprio julgamento.
[B] Este é um poema religioso, não lírico amoroso.
[C] Correta. O sujeito lírico se baseia na passagem do Evangelho de São Lucas, precisamente
no capítulo 15, versículo de 2 a 7, em que Jesus narra uma parábola a respeito da ovelha
arrependida que volta ao rebanho, dizendo: há grande alegria no céu quando um pecador
se arrepende de seus pecados.
[D] O sujeito lírico se coloca humildemente diante de um Pai divino, por isso mesmo, em
nenhum momento se compara ao filho Deus, Jesus.
[E] O sujeito lírico declara seu profundo arrependimento pelos pecados cometidos, portanto,
roga a deus o seu perdão.
Resposta da questão 5:
[B]
Os dois últimos versos dos primeiro e segundo quartetos do soneto “À cidade da Bahia”
(“Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,/Rica te vi eu já, tu a mi abundante” e “A mim foi-me
trocando e tem trocado/Tanto negócio e tanto negociante”) indicam crítica ao mercantilismo,
doutrina econômica que busca o lucro e o interesse financeiro acima de qualquer outra coisa.
Assim, é correta a opção [B].
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Resposta da questão 6:
[A]
Resposta da questão 7:
[B]
Resposta da questão 8:
[C]
Resposta da questão 9:
[C]
[A] Incorreta. As imagens eram inspiradas nos episódios bíblicos e missais, sendo produzidos
com inventividade.
[B] Incorreta. Os modelos eram ponto de partida para uma ideia que e pretendia criar.
[C] Incorreta. A iconografia cristã era o objeto de criação.
[D] Incorreta. O período ao qual pertencem essas produções não possui correspondência com
o clássico.
[E] Correta. As obras incorporam traços e características nacionais.
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Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®
1.............94951.......Elevada.........História..........Unesp/2010..........................Múltipla escolha
3.............149944.....Elevada.........Português......Ufpr/2016.............................Múltipla escolha
4.............134359.....Elevada.........Português......Ucs/2014..............................Múltipla escolha
6.............179685.....Média.............Português......Unesp/2018..........................Múltipla escolha
7.............138660.....Média.............Português......Uern/2015............................Múltipla escolha
8.............135617.....Média.............Português......Enem/2014...........................Múltipla escolha
9.............133216.....Média.............Português......Uepa/2014............................Múltipla escolha
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8..............................135617..........azul.................................2014...................34%
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