CASO 1
a) Comente a seguinte afirmação e classifique-a como sendo verdadeira ou falsa: “Todas as carteiras de
activos completamente diversificadas possuem o mesmo índice de Sharpe”.
Afirmação verdadeira.
E ( rm ) − r f
E (rp ) = r f + ×σ p
σm
e, portanto:
E (rp ) − r f
IS p =
σp
E ( rm ) − r f
rf + × σ p − rf
σm
=
σp
E ( rm ) − r f
=
σm
= IS m .
b) Formule o calculo da composição de uma carteira composta por acções A, B e C capaz de oferecer uma
rentabilidade esperada de 10% com o menor nível de risco possível.
Para o efeito, será necessário resolver o seguinte problema de optimização para determinar uma carteira de
fronteira:
1
2 2 2
MIN }σ
2
p = (w A × σ A ) + (w B × σ B ) + (wC × σ C )
{w A , w B , wC
+ 2 × w A × w B × σ A , B + 2 × w A × wC × σ A , C
+ 2 × wB × wC × σ B ,C
sujeito a
E (rA ) × w A + E (rB ) × wB + E (rC ) × wC = 10% ; e
wA + wB + wC = 1 .
c) É possível aplicar o modelo de Gordon à avaliação de acções com um return on equity negativo?
Sim é possível.
Com efeito, o modelo de Gordon-Shapiro só pode ser aplicado desde que r > g.
g = RoE × (1 − TDD ),
Tal significa que os DPS irão decrescer ao longo do tempo (tendendo para zero).
Desde que r seja menos negativo que g, então pode ser aplicado o modelo de Gordon-Shapiro.
2
CASO 2
a)
Portanto,
As taxas spot a 1.4849 e 2.4849 anos podem ser obtidas via interpolação linear:
1.4849 − 1
r (0,1.4849) ≈ −0.25% + (0.25% − (− 0.25% )) × = −0.0075%;
2 −1
2.4849 − 2
r (0,2.4849) ≈ 0.25% + (0.5% − 0.25% ) × = 0.3712%.
3− 2
A taxa spot a 0.4849 anos pode ser obtida via extrapolação linear:
0.4849 − 1
r (0,0.4849) ≈ −0.25% + (0.25% − (− 0.25% )) × = −0.5075%.
2 −1
Então:
b)
3
0.1% 0.1% 100.1%
VT0bid = 0.4849
+ 1.4849
+ ≅ 99.4515%.
[1 + 0.3429%] [1 + 0.3429%] [1 + 0.3429%]2.4849
188
AI = 0.1% × = 0.0515%.
365
Portanto:
c)
O VT ask é igual a:
Assumir que as futuras taxas spot corresponderão às actuais taxas forward significa definir os
seguintes cash flows para a operação:
2
-0.10% 0.1%x[1+f(0,0.4849,2.4849)]
-0.10% 0.1%x[1+f(0,1.4849,2.4849)]
⇒ f (0,0.4849,2.4849) ≅ 0.5855%.
⇒ f (0,1.4849,2.4849) ≅ 0.9363%.
4
Cálculo da TRR:
2.4849
99.5015% × (1 + TRR )
2.4849 − 0.4849 2.4849 −1.4849
= 0.1% × (1 + 0.5855% ) + 0.1% × (1 + 0.9363% ) + 100.1%
⇔ TRR ≅ 0.3230%.
d)
100%
(-0.4%+1.5%)/2 = +
B0 = ? 0.5500% [E6M(11/07/21)+1.5%]/2 [E6M(11/01/22)+1.5%]/2
2.00% BBB
0.20% MMI
0 AAA
5
100%
100%
+
B0 = ? 0.5500% [E6M(11/07/21)+1.8%]/2 [E6M(11/01/22)+1.8%]/2
(1.5%-1.8%)/2 (1.5%-1.8%)/2
A taxa spot a 0.9890 anos (com risco AAA) pode ser obtida via extrapolação linear:
0.9890 − 1
r (0,0.9890) ≈ −0.25% + (0.25% − (− 0.25% )) × = −0.2555%.
2 −1
Portanto,
≅ 99.5371%.
e)
.Duração da FRN:
(1.5% − 1.8%)
100% + 0.55% 2
DFWg = 0.4849 × + 0.9890 ×
[1 − 0.5075% + 2%]
0.4849
[1 − 0.2555% + 2%]
0.9890
(1.5% − 1.8%)
+ 1.4849 × 2
[1 − 0.0075% + 2%]
1.4849
99.5371%
≅ 0.4827.
CASO 3
a)
6
Atendendo à actual composição da carteira,
⇔ σ p2 = 0.010352 ⇒ σ p ≅ 10.174% .
b)
Pretende-se calcular σ mvp :
Condição de 1ª ordem:
dσ p2
=0
dE (rp )
⇔
[
d 2.595678 E (rp ) - 0.092783 E (rp ) + 0.00211094
2
]= 0
dE (rp )
0.092783
⇔ E (rmvp ) = ≅ 1.787%.
2 × 2.595678
= 0.001281799 ≅ 3.58%.
c)
7
No âmbito do modelo de Markowitz (i.e. não existindo o activo sem risco), a eficiência da actual composição
da carteira de acções requer a satisfação de 2 condições:
( ) ( )
i) E rp = 7.4% > E rmvp = 1.787 %.
⇔ 0.010352 = 0.009458903.
Proposição falsa. Trata-se, portanto, de uma carteira não eficiente. Isto é, para o nível de rentabilidade esperada
da carteira (7.4%) é possível obter (sobre a portfolio frontier) uma combinação de activos com risco com uma
variância (0.009458903) menor que o nível de risco (0.010352) da actual composição da carteira.
d)
Uma vez que se pretende obter uma taxa de rentabilidade esperada igual a 7.4% e atendendo a que a FE de
Markowitz é um subconjunto da Portfolio Frontier, então a carteira (eficiente) a escolher deverá ter um desvio
padrao de rentabilidade igual a:
e)
Não existindo o activo sem risco, a carteira óptima dever-se-á situar sobre a Fronteira Eficiente de Markowitz,
i.e. deverá ser tal que:
MAX U p = E (rp ) − 4σ p2
( )σ
E rp , 2
p
sujeito a
σ 2p = 2.595678E (rp )2 - 0.092783E (rp ) + 0.00211094
e
E (rp ) > E (rmvp ) = 1.787% .
Ignorando a última condição (sempre satisfeita desde que as curvas de indiferença tenham inclinação positiva),
a Lagrangiana é dada por:
8
L = [E (r ) − 4σ ] + λ [σ − 2.595678 E (rp ) + 0.092783 E (rp ) − 0.00211094 ]
2 2 2
MAX
( )σ λ
E rp , 2
p p p
p,
Condições de 1ª ordem:
∂L
= 0 ⇔ −4 + λ = 0 ⇔ λ = 4.
∂σ p2
∂L
= 0 ⇔ 1 + λ [− 2 × 2.595678E (rp ) + 0.092783] = 0
∂E (rp )
⇒ 4 × [− 2 × 2.595678E (rp ) + 0.092783] = −1
λ =4
− 1 − 4 × 0.092783
⇔ E (rp ) = ≅ 6.603%.
− 4 × 2 × 2.595678
∂L
= 0 ⇔ σ 2p − 2.595678E (rp ) + 0.092783E (rp ) − 0.00211094 = 0
2
∂λ
⇔ σ p = 0.00730142 ≅ 8.545%.
f)
f.1) Como a carteira “T” é integralmente composta por activos com risco (e a soma de todos os pesos relativos
tem de ser igual a 100%), então
w TI = 100 % − 56 .95 % − 19 .92 % = 23 .13 %.
g)
Como a carteira “T” pertence à portfolio frontier, então
9
σ T2 = 2.595678 × (0.04714 )2 - 0.092783 × 0.04714 + 0.00211094
≅ 0.003505215
⇒ σ T = 5.92%.
h)
Existindo o activo sem risco, a única carteira integralmente composta por activos com risco que é eficiente é
a carteira de tangencia “T”.
Como a actual carteira do Fundo é integralmente composta por activos com risco e é diferente da carteira “T”
( )
( E rp = 7.4% ≠ E (rT ) = 4.714 % ), então a actual carteira do Fundo não é eficiente.
i)
Existindo o activo sem risco, qualquer carteira eficiente deverá corresponder a uma combinação entre o activo
sem risco (f) e a carteira de tangencia (T).
Consequentemente, e como pretendemos manter uma taxa de rentabilidade esperada igual a 7.4%, a carteira a
constituir terá de ser tal que:
7.4% − 4.714%
w = ≅ −58.21%
⇔ f 0.1% − 4.714% .
wT = 100% − (58.21% ) = 158.21%
Em suma, é necessário:
.Obter um financiamento no valor de 58.21% da riqueza inicial; e
.Investir 158.21% da riqueza inicial na carteira T; consequentemente, será necessário investir:
.158.21% x 19.92% = 31.5148% da riqueza inicial em acções.
CASO 4
a)
O índice de Sharpe dá-nos a remuneração de um activo/carteira por unidade de risco total (medido
10
pelo desvio-padrão). O índice de Sharpe de cada uma destas carteiras é:
A ordenação é então D, E e F.
b)
Com base na informação apresentada podemos começar por determinar o risco sistemático da carteira
Com base no risco total e no risco sistemático da carteira é simples obter o seu risco específico:
σ A2 = β A2σ M2 + σ ε2 A
2 2
⇒ (17.553% ) = (4.208% ) + σ ε2A
c)
Para obter o beta, determinemos a taxa de rent minima exigida via alpha de Jensen:
11
α B = E (rB ) − E SML (rB ) ⇒ 3.641% = 14.565% − E SML (rB )
10.924% − 0.1%
⇔ βB = ≅ 1.09424.
10% − 0.1%
Concluíndo,
d)
CASO 5
12
a)
Respostas a bold:
Ano 3 Ano 4 Ano 5
1. Book value per share inicial 10.444 10.820 11.253
2. EPS ((1) x RoE) 0.627 0.866 0.900
3. DPS ((2) x TDD) 0.251 0.433 0.450
4. Book value per share final ((1)+(2)-(3)) 10.820 11.253 11.703
6. RoE x (1-TDD) 4% 4%
b)
• Taxas de actualização:
E (rMPN ) = r f + 1.2 × [E ( rm ) − r f ]
Ano 4 e
Anos Ano 1 Ano 2 Ano 3 seguintes
Taxa de juro sem risco a 1 ano (rf) -0.5% 0.0% 0.3% 1.0%
Prémio de risco do mercado accionista 7.5% 7.5% 7.5% 7.5%
Parâmetro beta 0.8 0.8 0.8 0.8
r 5.500% 6.000% 6.250% 7.000%
Em suma, pretende-se avaliar uma acção associada ao seguinte diagrama temporal de dividendos futuros:
0 1 2 3 4 5 ...
r = 5.5% r = 6% r = 6.25% r = 7%
Portanto,
0.433
0.040 0.122 0.251 7% − 4%
P0 = + + +
1 + 5.5% 1.055 × 1.06 1.055 × 1.06 × 1.0625 1.055 × 1.06 × 1.0625
≅ EUR12.50.
c)
13
VCask = EUR12.70 > P0 = EUR12.50 ⇒ Não comprar.
14