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UNIVERSIDADE WUTIVI-UNITIVA

Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico


Curso de Licenciatura em Informática de Gestão
Cadeira: Direito Empresarial

Tema: Actos Jurídicos, Normativos e Comerciais

Discente: Marcos Shanu Francisco Bonifácio

Docente: Aida Sadamo

Boane, Março de 2022


Índice
Introdução.............................................................................................................................................3
Conceitos de Fontes do Direito Comercial.............................................................................................4
Actos Normativos..................................................................................................................................4
Acto jurídico..........................................................................................................................................5
Acto civil................................................................................................................................................8
Sociedades Comerciais..........................................................................................................................9
Conclusão............................................................................................................................................12
Bibliografia..........................................................................................................................................13

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Introdução
No presente trabalho irei abordar vários conceitos que tem a ver com o direito comercial em
entrarei em detalhes para definir alguns e apresentar a sua estrutura.

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Conceitos de Fontes do Direito Comercial
As fontes do direito são os diversos modos pelos quais se estabelecem as regras jurídicas. O
Direito Comercial pode ser considerado o direito que regula as relações das atividades
comerciais e surge no âmbito do direito positivo. Os autores costumam dividir as fontes do
direito em fontes materiais, ou seja, os elementos que concorrem para a criação das leis,
e fontes formais, que são a forma externa de manifestar-se o direito positivo.
Para Fran Martins as fontes do Direito Comercial dividem-se em fontes primárias ou diretas e
em fontes subsidiárias ou indiretas, sendo que a divisão implica em uma seriação, o que
significa dizer que, em primeiro lugar, ao caso concreto deve ser procurada, para aplicação, a
fonte primária e, só na sua inexistência recorrer-se  às fontes subsidiárias. Em contrapartida,
Rubens Requião entende por fontes do Direito Comercial o modo pelo qual surgem as
normas jurídicas de natureza comercial, as quais constituem um direito especial, que
determina o que seja a matéria comercial e a ela se aplica exclusivamente, permanecendo as
regras de direito comum, ao lado dessas regras, como pano de fundo.
Já de início observa-se um antagonismo entre esses dois autores, tendo Rubens Requião uma
posição mais radical quanto às fontes do Direito Comercial, em relação a Fran Martins que
quer me parecer mais eclético.

Fran Martins:
 Fontes primária ou diretas  –  Código Comercial; Leis Comerciais; Regulamentos,
Leis e Tratados Internacionais.

 Fontes subsidiárias ou indiretas  –  Lei Civil; Usos e Costumes; Jurisprudência;


Analogia; Princípios Gerais do Direito.

Rubens Requião:
 Código Comercial; Leis Comerciais; Usos e Costumes.

São aqueles que têm por objetivo imediato explicitar a norma legal ou lei. São
os decretos, regulamentos, regimentos, resoluções e deliberações. Atos que têm por objetivo
imediato explicar leis, decretos, regulamentos, regimentos, resoluções ou deliberações.

Actos Normativos
São aqueles que têm por objetivo imediato explicitar a norma legal ou lei. São
os decretos, regulamentos, regimentos, resoluções e deliberações. Atos que têm por objetivo
imediato explicar leis, decretos, regulamentos, regimentos, resoluções ou deliberações.

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Acto jurídico
É uma manifestação de vontade e que como tal, a norma atribuí efeitos de Direito. Nos
diversos actos humanos existe sempre uma manifestação de vontade, sendo que esta é o
elemento relevante do acto jurídico, que é entendida e considerada pelo direito.
A simples conjugação destes elementos permite a formulação de actos jurídicos, entendendo-
se aqui, a manifestação de vontade como tal, a norma jurídica atribuí efeitos de Direito.

Classificação
A classificação dos actos jurídicos obedece a diferentes critérios. Assim, no que toca
à estrutura do acto, distingue-se acto jurídico simples e acto jurídico complexo. Se
atendermos à modalidade dos efeitos, distingue-se entre actos positivos e actos negativos,
actos principais e actos secundários, e actos lícitos e actos ilícitos.
O papel que é reservado à vontade na formulação dos efeitos do acto, permite-nos ainda fazer
a distinção entre actos jurídicos simples ou não intencionais, e actos jurídicos intencionais.
Os actos intencionais serão de conteúdo determinado e de conteúdo não determinado ou
indeterminado.
No acto intencional de conteúdo determinado, o conteúdo da manifestação de vontade está
pré-determinado, ficando assim definindo o efeito do acto.

Actos simples e actos complexos


Atendendo-se ao critério da estrutura, definir-se-á como acto simples, aquele que é formado
por um só elemento. Relativamente ao acto complexo e em antinomia ao acto simples, tem-
se a destacar diversos elementos:
 Os actos jurídicos complexos há que estabelecer a distinção consoantes se produzem
os seus elementos constitutivos;
 Os elementos, quando ocorrem todos a um tempo, definem um acto complexo de
formação instantânea ou simultânea.

Actos complexos de formação sucessiva ou plurissubsistente, os vários elementos de um


acto complexo acabam por se produzir em tempos diferentes, havendo no entanto um tempo
intermédio entre cada declaração de vontade o que se tornará relevante em termos jurídicos.

Actos jurídicos positivos e negativos: Estes actos, situam o critério de distinção no plano
dos efeitos jurídicos do acto e atendendo-se ao modo como eles se projectam sobre uma
situação jurídica existente no momento da sua prática.
Os actos positivos, consistem sempre em acções, num facere. Em certas situações, também se
pode considerar a omissão, um non facere, conducente à manutenção de um estado de coisas
anterior.

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Actos jurídicos principais e secundários
Esta disposição prende-se muito com a eficácia do acto, da própria relevância do acto jurídico
como autêntica fonte criadora de factos jurídicos.
Os factos a que a Ordem Jurídica liga efeitos jurídicos, são factos principais. Se atendermos à
modalidade dos efeitos que produzem, os actos principais podem agrupar-se em certas
classificações:
 Actos constitutivos;

 Actos modificativos;

 Actos extintivos;

 Actos aquisitivos modificativos dispositivos de direitos, o facto adstritos em relação à


esfera jurídica de outra pessoa (ex. 342º CC).

Os actos secundários em si mesmos, não são causas de efeitos. No entanto, interferem com
eficácia dos actos principais, impedindo ou confirmando essa mesma eficácia. Neste sentido,
dizemos que estamos perante actos impeditivos, permissivos ou confirmativos de actos
principais.

Actos jurídicos lícitos e ilícitos


O critério de distinção é o de conformidade com a lei, projectando-se esta distinção
igualmente no regime dos efeitos jurídicos do acto, é uma distinção privativa dos actos
jurídicos.
A razão de ser desta delimitação reside na circunstância de a ilicitude envolver sempre um
elemento de natureza subjectiva que se manifesta num não acatamento, numa rebeldia à
Ordem Jurídica instituída. Envolve sempre uma violação da norma jurídica, sendo nesse
sentido a atitude adoptada pela lei a repressão, desencadeando assim um efeito tipo da
violação – a sanção.
Os actos ilícitos, são contrários à Ordem Jurídica e por ela reprovados, importam uma sanção
para o seu autor (infractor de uma norma jurídica).
Os actos lícitos são conformes à Ordem Jurídica e por ela consentidos. Não podemos dizer
que o acto ilícito seja sempre inválido. Um acto ilícito pode ser válido, embora produza os
seus efeitos sempre acompanhado de sanções. Da mesma feita, a invalidade não acarreta
também a ilicitude do acto.
A distinção entre actos jurídicos simples ou não intencionais ou calculados, não põe em causa
o problema da intervenção da vontade, não obstante se atenda à relevância da vontade no
regime dos efeitos jurídicos do acto.

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Há certos actos jurídicos que bastam com a vontade do agente, dirigida a uma conduta em si
mesma. Esta conduta, tem no entanto de ser querida pelo agente e necessita sempre de uma
acção humana – sendo esta apta e suficiente para que se produzam os efeitos previstos na
forma jurídica.

Os actos jurídicos intencionais, podem distinguir-se entre determinados e indeterminados.


Há nestes actos jurídicos aquilo a que alguns autores chamam: a nota finalista da conduta
humana.
Na modalidade dos actos jurídicos intencionais é possível distinguir-se a vontade humana,
sendo que esta é considerada para o direito, como a génese da voluntariedade de determinar
Direito – vontade expressa de uma certa acção. Noutros casos para além dessa
voluntariedade, atende-se também ao facto de o agente querer expressar uma determinada
conduta de pensamento.
A vontade funcional encontra-se sempre nos actos intencionais, não tendo no entanto em
todos eles a mesma extensão, processando-se a distinção nos termos seguintes. Em certos
actos jurídicos intencionais, a vontade, embora se refira aos efeitos do acto, não estipula esses
efeitos. O agente tem de acatar os efeitos não patrimoniais do casamento. Não são, neste
caso, os nubentes que definem os efeitos não patrimoniais do acto. Os efeitos do acto
indeterminado, não são fixos tão só pela norma jurídica, como também pelo agente.
Nem a norma nem o agente determinam os efeitos do acto em termos absolutos. A norma
confere uma certa liberdade ao agente na determinação dos efeitos.

Factos voluntários ou actos jurídicos


Estes podem, segundo outra classificação de caracter fundamental, distinguir-se em negócios
jurídicos e simples actos jurídicos ou actos jurídicos “sirito sensu”. Estamos no domínio dos
factos voluntários, apesar disso nem sempre os efeitos jurídicos respectivos são produzidos
por terem sido queridos e na medida em que o foram.
 Os negócios jurídicos, são factos voluntários, cujo núcleo essencial é integrado por
uma ou mais declarações de vontade a que o ordenamento jurídico atribui efeitos
jurídicos concordantes com o conteúdo da vontade das partes, tal como este é
objectivamente (de fora) apercebido.

 Os simples actos jurídicos, são factos voluntários cujos efeitos se produzem, mesmo


que não tenham sido previstos ou queridos pelos seus autores, embora muitas vezes
haja concordância entre a vontade destes e os referidos efeitos. Os efeitos dos simples
actos jurídicos ou actos jurídicos “sirito senso” produzem-se “ex. lege” e não “ex.
voluntate”.

Dentro dos simples actos jurídicos é usual fazer-se uma distinção entre:

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a) Quase-negócio jurídicos ou actos jurídicos quase-negócio, traduzem-se na manifestação
exterior da vontade (ex. art. 471º Código Comercial – art. 808º CC);
b) Operações jurídicas, também designada na doutrina estrangeira pelas expressões actos
materiais, actos reais ou actos exteriores, traduzem-se na efectivação ou realização de um
resultado material ou factual a que a lei liga determinados efeitos jurídicos.

Acto civil
O ato legal ou civil é um ato de vontade. A vontade dos indivíduos de criar atos legais
consiste em um fenômeno interno. A forma é a materialização física na qual esse desejo
interno é expresso. Portanto, a forma não cria a vontade, mas é a forma como ela se expressa.
Nosso sistema legal reconhece três formas de manifestação dessa vontade. A formalidade em
nosso sistema pode ser tácita, verbal ou escrita.

Diferença entre Actos Civis e Actos Comerciais


Acto Civil é todo o acto lícito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir,
modificar ou extinguir direitos, enquanto que acto de comércio todo acto que realiza ou
facilita uma interposição na troca , ou seja, são as acções de uma natureza comercial que
incluem qualquer negociação de uma natureza comercial, realizados por comerciantes ou
comerciantes, em que deve haver uma troca de bens ou serviços, com a especulação ou a
circulação de riqueza e tem por objectivo a obtenção do lucro.
Essa actividade decorre da necessidade, do ponto de vista jurídico, de diferenciar acções
puramente civis daquelas que interferem no campo comercial, onde são estipuladas e
regulamentadas.

Actos de Comércio Objectivos e Subjectivos


Actos de Comércio são todos os factos jurídicos voluntários especialmente previstos em Leis
de natureza comercial que integrem disposições legais de natureza comercial.

Classificação dos actos de comércio


 Actos de comércio subjectivo: são aqueles classificados como tal em função do
sujeito que os pratica, isto é, a qualificação do acto como sendo do comércio terá
como base a pessoa que pratica uma daquelas actividades. Deste modo, os actos
praticados pelo empresário comercial no exercício de empresa comercial se presumem
de comércio, salvo as circunstâncias que rodearam a sua prática, resulte o contrário.
Assim deverá se verificar não só o acto em si, mas também as circunstâncias que
rodearam o a.

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Exemplo1: O Mauro reabasteceu o stock de telefones para a loja de
electrodomésticos.

Exemplo2: No exercício da empresa comercial, o empresário compra uma grande


quantidade de carne de vaca para vender.

 Actos de comércio objectivo: é todo aquele acto que independentemente do sujeito


ou da qualidade de sujeito, encontra-se previsto no Código comercial ou no Código
civil, ou ainda em qualquer legislação que qualifica tal acto como sendo de comércio.
Ao acto exclusivamente civil não há como representar a sua comercialidade, mesmo
quando praticado pelo empresário comercial, como por exemplo, o casamento ou a
perfilhação praticada pelo empresário comercial, ou seja, são aqueles que são
comerciais independentemente da qualidade de comerciante de quem a prática.

Exemplo1: Todos os contratos e obrigações dos comerciantes que não forem de


natureza exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar.

Sociedades Comerciais
No direito, define-se sociedade como um contrato, através do qual, normalmente, duas ou
mais pessoas reúnem esforços e capital para atingir fins comuns, podendo ou não visar ao
lucro, dando origem à pessoa jurídica resultante dessa associação.
Essa junção de esforços através de um contrato ou acto registrados dá nascimento ao que
chamamos de personalidade jurídica, que distingue a sociedade (empresa) dos sócios. Uma
sociedade comercial tem como objectivo a prática de actos de comércio em nome coletivo ou
individual.

Tipos de Sociedades
Existem os seguintes tipos de sociedades:
 Sociedade em Nome Colectivo (S.N.C.)
 Sociedade em Comandita Simples (S.C.)
 Sociedade em Comandita por Accoes (S.C.A.)
 Sociedade por Quotas Unipessoais (Sociedade Unipessoal Lda.)
 Sociedade por Quotas (Lda.)
 Sociedade Anonima (S.A.)

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Principais Distinções e Caracteristicas de Cada Tipo de Entidade Comercial :

Contribuição Designação
Numero de Socios Capital para o Capital Obrigatori
Social a na Firma

Nao ha
Sociedade em Participacao em
limite
Nome 2 ou mais dinheiro ou S.N.C
minimo ou
Colectivo especie
maximo

Participacao em
1 ou mais com
Nao ha dinheiro para os
responsabilidade
Sociedade em limite socios de
ilimitada e 1 ou mais S.C.
Comandita minimo ou responsabilidade
com responsabilidade
maximo limitada e
limitada
ilimitada

Participacao em
dinheiro para os
1 ou mais com Limite socios de
responsabilidade minimo: responsabilidade
Sociedade em
ilimitada e pelo menos USD125.00 ilimitada e
Comandita por S.C.A.
3 com 0 nao ha participação em
Accoes
responsabilidade limite acções para os
limitada maximo sócios de
responsabilidade
limitada

Subscrição de
quotas da
Limite
sociedade. Valor
minimo:
Sociedade por nominal da quota
2 a 30 pessoas USD3.125 Lda
Quotas de pelo menos
nao ha limite
USD125 ou em
maximo
multiplos de
USD12.5

Sociedade por 1 pessoa Limite Subscricao de Sociedade


Quotas minimo: quota unica Unipessoal
Unipessoais USD3.125 Lda
nao ha limite

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maximo

Limite
minimo:
Capital dividido
Sociedade USD125.00
Pelo menos 3 pessoas em accoes de pelo S.A.
Anonima 0 nao ha
menos USD12.5
limite
maximo

Conclusão
Depois dessa pesquisa concluí que o Direito Comercial é composto por muita burcocracia e
precisa de muitos outros tipos do Direito. Entendi que para uma empresa operar e existir ela
precisa seguir estruturas e respeitar normas

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Bibliografia
https://emporiododireito.com.br/leitura/as-fontes-do-direito-comercial-e-a-importancia-das-
fontes-formais-secundarias-ou-indiretas-para-o-segmento-juridico-empresarial
https://pt.scribd.com/document/414576706/Actos-Comerciais
https://www.linguee.com.br/portugues-ingles/traducao/actos+civis.html

https://investidor.pt/tipos-de-sociedades-comerciais/

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