Você está na página 1de 7

AJES – FACULDADE DO NORTE DO MATO GROSSO

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

GIOVANA DOS SANTOS DA SILVA

PDCA APLICADO PARA DIMINUIÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO NOS


LEITOS DE UMA ENFERMARIA:

Guarantã do Norte – MT
2021
GIOVANA DOS SANTOS DA SILVA

PDCA APLICADO PARA DIMINUIÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO NOS


LEITOS DE UMA ENFERMARIA:

Trabalho apresentado como requisito integrante


para obtenção de nota parcial na matéria de
Administração e Qualidade dos Serviços de Saúde
da Faculdade AJES – FACULDADE DO NORTE
DO MATO GROSSO. Professora: Fabiana Rezer.

Guarantã do Norte – MT
2021
INTRODUÇÃO:

O PDCA é uma metodologia de gerenciamento que pode ser usada em qualquer


situação e por qualquer pessoa. Seu foco é a solução de problemas seguindo as quatro
fases indicadas abaixo:

P (PLAN) – planejar as atividades, definir a meta e os métodos

D (DO) – Execução das tarefas de acordo com o que foi planejado.

C (CHECK) – Monitoramento dos resultados. Realizar a avaliação do que pode ser


melhorado.

A (ACT) – Agir. Nessa fase do ciclo existem duas opções: Primeira, se o método
utilizado alcançou o resultado esperado deve-se adotar o método planejado para a rotina
do processo; Segunda, se o método não alcançar os resultados esperados deve-se
procurar onde ocorreu o erro, e tentar corrigi-lo adotando o ciclo do PDCA novamente.

Na enfermagem esse tipo de ciclo é necessário para um bom gerenciamento de uma


unidade de saúde, sendo ela de baixa, média ou alta complexidade. Este tipo de
processo mostra que o enfermeiro gestor tem um papel importantíssimo no treinamento
de sua equipe na busca de maior eficiência e eficácia na assistência. O PDCA
proporciona uma revisão e melhoria da qualidade dos serviços de saúde.

PDCA APLICADO PARA DIMINUIÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO NOS


LEITOS DE UMA ENFERMARIA:

Situação: A enfermaria do Hospital Santos estava com sérios problemas referentes á


lesões por pressão aos pacientes acamados. Em uma pesquisa, foi verificado que 14 a
cada 30 pacientes apresentam lesões por pressão após a internação. Ou seja, 46,66% dos
pacientes acamados apresentam lesões por pressão, e esse problema é decorrente de
uma falha na assistência na saúde. Com isso o gestor elaborou um ciclo do PDCA para
melhorar esses números.

P – PLAN:

A meta a ser seguida estabelece que em 6 meses a taxa de lesões por pressão no
Hospital Santos caia de 46,66% para no mínimo 15%.
Plano a ser seguido:

1° Primeiramente deve-se elaborar um plano para prevenção de Lesão por Pressão


(LPP), e apresenta-lo para a equipe:

2° Avaliação da Pele: PARA O ENFERMEIRO

Avaliar o risco de LPP segundo a Escala de Braden.

Nos pacientes sem risco (escore > 19) e com risco baixo (escore de
16 a 18) para desenvolver LPP a avaliação deve ser realizada a cada 72 horas.

Nos pacientes com grau de risco moderado e alto (escore <15) a


avaliação deve ser realizada a cada 24 horas.

(Essas inspeções devem ser impressas, assinadas e anexadas ao prontuário do paciente).

3° Sinalização e Registro: PARA O ENFERMEIRO

Identificar os pacientes que possuem risco de LPP com uma


pulseira de cor específica.

Solicitar medidas de prevenção a LPP como colchão de ar, colchão


caixa de ovo, placas hidrocolóides, hidratantes teciduais, etc. de acordo com o risco do
paciente.

Prescrever no prontuário do paciente os cuidados de enfermagem de


acordo com o risco para LPP.

4° Monitorar Eventos Adversos: PARA O ENFERMEIRO

Observar a tolerância tecidual do paciente, a dor, qual o nível de


atividade do mesmo (o quanto ele consegue se mexer) e decidir a frequência da
mudança de decúbito.

Informar a equipe que trabalha com a nutrição do paciente sobre


todo paciente com risco nutricional e risco de LPP.

5° Monitorar Risco Para LPP: PARA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Junto com a equipe multidisciplinar (enfermeiros, médicos,


nutricionistas, fisioterapeutas, etc.) discutir qual a melhor forma de tratar e prevenir uma
LPP ao paciente com risco, buscando uma melhor dieta nutricional para o mesmo,
massagens para circulação, terapias ocupacionais para redistribuição do peso do corpo
sobre as proeminências ósseas. Etc.

Notificar qualquer evento adverso referente ao paciente com risco


de LPP, e deixar toda a equipe informada sobre a situação.

Discussões sobre intervenções que visem auxiliar e facilitar a


descompressão e proteção das protuberâncias ósseas, evitar edemas e aparecimentos.

6° Monitorar Eventos Adversos: PARA TECNICOS E AUXILIARES DE


ENFERMAGEM

Higienização das mãos antes e após o contato com o paciente.

Inspecionar diariamente as condições de pele do paciente após o


banho, anotando no prontuário o resultado da avaliação.

Realizar a higienização da pele sempre que estiver suja por


secreções irritantes e sempre que necessário, com agua morna e sabão neutro. Sempre
evitar pele suja e úmida.

Utilizar hidratantes tópicos prescritos, para evitar o ressecamento da


pele.

7° Intervenção para LPP: PARA TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM.

Manter a cabeceira do leito levada até no máximo 30° evitando


pressão na região trocantérica (quadril) quando em posição lateral)

Realizar a mudança de decúbito com a utilização de lençol móvel e


co m auxílio de outras pessoas.

Fixar um relógio para marcar os horários de mudança de decúbito e


caso o paciente tenha acompanhante, solicitar que o mesmo chame um técnico para
realizar tal serviço.

O lençol deve estar sempre esticado (evitando dobras) e limpos.


D – DO:

Após o treinamento da equipe e da elaboração do plano para diminuir os índices de


Lesão por Pressão, deve-se colocar o plano em prática. O enfermeiro como gestor deve
cobrar e fiscalizar para que tudo ocorra conforme o planejado.

C – CHECK:

Após 3 meses seguindo o plano, foi observado que o número de pacientes acamados que
deram entrada na enfermaria e adquiriram uma Lesão por Pressão havia diminuído para
23,33%. Foi notado que depois dos dois primeiros meses, os funcionários do hospital já
não estavam tão empenhados como no início, com isso o gestor começou a realizar
reuniões semanais com a equipe, incentivando os mesmos a buscarem melhores
resultados.

Ao fim dos 6 meses estipulados na meta, e com auxílio das reuniões semanais os
números de incidências de lesões por pressão estava em 12,67%, ou seja, a cada 30
pacientes acamados que ficam internados na enfermaria do Hospital Santos, apenas 3,8
pacientes adquirem uma Lesão por Pressão.

A – ACT:

Foi constatado que o planejamento utilizado funcionou como esperado. Com isso o
Hospital Santos adicionou em sua rotina esse método de cuidado para os pacientes
acamados com risco de lesão por pressão.
REFERÊNCIAS:
SEBRAE. Saiba o que é e como funciona a metodologia PDCA. Disponível em:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/artigosOrganizacao/4-etapas-do-
pdca-melhoram-gestao-dos-processos-e-qualidade-do-
produto,9083438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD
CACHORROSKI, Anne Caramori. GASPAR, Ana Carolina Macri. SILVA JUNIOR,
Aristides José. Utilização do PDCA como ferramenta de trabalho do enfermeiro.
Seminário Nacional de Pesquisa em Enfermagem. 2011. Disponível em:
http://www.abeneventos.com.br/16senpe/senpe-trabalhos/files/0690.pdf
SILVA, Bianca, et al. PROTOCOLO DE PROTEÇÃO DE LPP. Hospital Regional de
Mato Grosso do Sul. 2017. Disponível em: http://www.hospitalregional.ms.gov.br/wp-
content/uploads/2018/01/PROTOCOLO-DE-LPP.pdf

Você também pode gostar