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“ Bem-Estar, Suporte Social e Adaptação à Institucionalização no idoso”

Autores: Barros, Fátima

Enfermeira Chefe da Cirurgia do Ambulatório do CHBA


Mestre em Psicologia da Saúde

Dezembro, 2011

Resumo Abstract

Este trabalho tem como finalidade investigar a adaptação à This work aims to investigate the adaptation to
institucionalização no idoso. É um estudo de tipo quantitativo, com institutionalization in the elderly. The study is quantitative,
um desenho transversal e correlacional, desenvolvido em duas with a cross-sectional and correlational drawing, developed in
valências de internamento de idosos, situadas no Barlavento two valences of hospitalization of the elderly, of an Institution
Algarvio, duma Instituição Particular de Solidariedade Social. A of Social Welfare situated in the western Algarve .The sample
amostra é composta por 112 idosos residentes na instituição (73 comprised 112 resident elderly (73 participants were female
participantes do sexo feminino e 39 participantes do sexo masculino, and 39 were male, with a medium age of 83 years).
com uma média de idades de 83 anos). The main objectives of the study were to analyse relations
Foram objectivos o estudo de eventuais associações entre as between individual, socio-demographic and clinical, variables,
variáveis individuais, sócio-demográficas, clínicas, adaptação à adaptation to institutionalization, life satisfaction, satisfaction
institucionalização, satisfação com a vida, satisfação com o suporte with social support, anxiety, depression, stress and,
social, ansiedade, depressão, stresse e variáveis de bem-estar psychological well-being and functional capacity. For the
psicológico e de capacidade funcional. Para a avaliação destas evaluation of these variables, the following instruments were
variáveis utilizámos os instrumentos: Escala de Ânimo do Centro applied: Lawton’s Philadelphia Geriatric Center Morale Scale
Geriátrico de Philadelphia de Lawton (Lawton, 1975); Escala de (Lawton, 1975); Satisfaction With Life Scale – SWLS (Diener,
Satisfação com a Vida – SWLS (Diener, Emmons, Larsen & Griffin); Emmons, Larsen & Griffin); Satisfaction Scale with Social
Escala de Satisfação com o Suporte Social – ESSS (Ribeiro, 1999); Support – ESSS (Ribeiro, 1999); Depression Anxiety Stress
Escala de Ansiedade Depressão Stress – EADS-21 (Lovibond & Scale – EADS-21 (Lovibond & Lovibond, 1995); Barthel
Lovibond, 1995); Índice de Barthel (Mahoney & Barthel, 1965) e Index (Mahoney & Barthel, 1965) and a socio-demographic
ainda um questionário sócio-demográfico. questionnaire.
Os resultados obtidos indicam relações significativas entre as The results indicated significant relationships between
variáveis em estudo e sugerem em particular que a satisfação com a variables in the study, specifically suggesting that the life
vida, a satisfação com o suporte social, a depressão, a ansiedade e o satisfaction, satisfaction with social support, depression,
stresse, estão significativamente associados, quer ao bem-estar anxiety and stress, are significantly associated with both the
psicológico, quer à capacidade funcional. De igual modo, uma psychological well-being, and functional capacity. Similary, a
percepção baixa de solidão e insatisfação estão associadas a uma low perception of loneliness and dissatisfaction seems to refer
maior capacidade funcional. Os resultados obtidos são discutidos à to a greater functional capacity. The results are discussed in
luz de um conjunto de estudos efectuados sobre a adaptação ao light of a series of studies on adaptation to aging in the
envelhecimento e à instituição nos idosos. institutional context.

Palavras-chave: Envelhecimento, Adaptação à institucionalização, Key-words: Aging, Adaptation to institutionalization,


Depressão, Ansiedade, Bem-estar psicológico, Capacidade funcional. Depression, Anxiety, Psychological well-being, Functional
capacity.
O trabalho que nos propusemos desenvolver insere-se no âmbito da temática geral da gerontopsicologia, e mais
especificamente, da adaptação biopsicossocial do idoso ao contexto da institucionalização. No âmbito da
revisão bibliográfica efectuada pudemos perceber que o envelhecimento populacional é um fenómeno mundial
com impacto nas sociedades desenvolvidas, pelo que as questões associadas ao envelhecimento demográfico
têm vindo a tornar-se alvo de interesse crescente na investigação nas ciências sociais.
Para muitos autores, entre eles Paúl e Fonseca (2005), em Portugal só no momento actual é que a problemática
da velhice começa a ganhar relevante impacto social, na medida em que nos estamos a deparar com fortes
baixas de natalidade e de mortalidade, verificando-se um aumento significativo do número de idosos no
conjunto da população total do país. Este facto tem vindo a constituir-se num dos maiores desafios para a saúde
pública contemporânea, tornando-se fundamental pensar e agir sobre as condições de vida deste grupo-alvo da
população.
Por outro lado, o cuidado às pessoas idosas com alguma incapacidade ou dependência, historicamente atribuído
aos familiares descendentes e desenvolvido no espaço privado do domicílio, foi sendo transferido para a
responsabilidade das instituições (Figueiredo, 2007).
Esta problemática coloca questões específicas que influenciam, quer o bem-estar físico, quer o bem-estar
psicológico, a nível das condições de vida dos idosos na actualidade. É consensual que, nas sociedades
ocidentais contemporâneas, a capacidade de adaptação, o apoio familiar e, sobretudo, a qualidade da instituição
são factores relevantes para que os indivíduos idosos mantenham um determinado grau de autonomia e de
independência, tendo em vista a aceitação progressiva da dependência que vai surgindo com o envelhecimento
(Brouchon-Schweitzer, Quintard, Nouissier e Paulhan, 1994; Barros, 2004; Oliveira, 2005; Tomasini & Alves,
2007).
Consoante referido anteriormente, são inúmeros os factores biopsicossociais propostos na literatura para
explicar as particularidades da adaptação do idoso institucionalizado ao contexto institucional. A revisão teórica
efectuada permitiu-nos identificar alguns factores sócio-demográficos, clínicos e de adaptação institucional que
podem ter um impacto significativo na qualidade da adaptação do idoso à institucionalização.
Parece-nos pois, de extrema relevância compreender algumas questões relacionadas com o idoso
institucionalizado, especificamente, os seus níveis de bem-estar, de autonomia e a sua relação com variáveis
biopsicossociais. Além do mais, porque entendemos que o funcionamento humano não pode ser analisado pela
sua redução à dimensão biológica, pareceu-nos pertinente, no estudo do idoso, a adopção de modelos
psicológicos que complementassem, com outras dimensões, a compreensão do processo de envelhecimento,
integrando-se variáveis psicológicas e sociais. Neste contexto, procurámos definir teoricamente o conceito de

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idoso atendendo quer à idade biológica (nível de maturidade física e estado de saúde), quanto à idade
psicológica (relacionada com o desenvolvimento cognitivo-emotivo, com a capacidade de adaptação, de
aprendizagem e de motivação) e social (papéis e funções a desempenhar), entendendo-se, por conseguinte, que
os indivíduos envelhecem de formas muito diversas (Schroots & Birren, 1980; Paúl, 1991; Berger & Mailloux-
Poirier, 1995; Paúl, 1997; Cordeiro, 1999; Kane; Ouslander; Abrass, 2005; Fonseca, 2006; Cancela, 2007).
Tendo como ponto de referência este marco teórico, propusemos estudar como temática específica os factores
contextuais e biopsicossociais que poderão influenciar a adaptação do idoso institucionalizado ao meio e o seu
bem-estar, no global.

Objectivos:
Com a finalidade de melhor compreender a adaptação à institucionalização no idoso é objectivo principal do
presente estudo investigar, de entre um conjunto de variáveis psicológicas e psicossociais (ansiedade,
depressão, stresse e suporte social) aquelas que, eventualmente, podem influenciar o bem-estar psicológico (isto
é, a satisfação com a vida) e as capacidades funcionais do idoso na realização de actividades de vida diária.
São objectivos específicos deste estudo:
a) Investigar possíveis relações entre as variáveis individuais em estudo (estado civil, género, idade) e as
variáveis psicossociais em estudo (satisfação com a vida, satisfação com o suporte social, ansiedade,
depressão, stresse, bem-estar psicológico e capacidade funcional);
b) Investigar eventuais relações entre as variáveis individuais (género e idade), sócio-demográficas (estado
civil, número de filhos, habilitações literárias, profissão, coabitação, zona de residência antes da
institucionalização, nível sócio-económico) e variáveis clínicas em estudo, e as variáveis: adaptação
institucional, bem-estar psicológico e capacidade funcional do idoso;
c) Analisar quais as relações entre as variáveis psicossociais em estudo (a satisfação com a vida, a
satisfação com o suporte social, a ansiedade, a depressão, o stresse) e o bem-estar psicológico e a
capacidade funcional do idoso.
d) Compreender prováveis relações entre o bem-estar psicológico e a capacidade funcional do idoso.
Estamos na presença de um estudo quantitativo, com um desenho transversal e com um plano correlacional.
Segundo Almeida e Freire (2003) os estudos correlacionais permitem investigar as relações entre as variáveis e
o estabelecimento de previsões, mas não fornecem provas de causalidade. Apresenta ainda características
descritivas uma vez que se pretende observar, descrever e explorar aspectos de uma determinada situação
(Fortin, 1999).

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Considerando o carácter exploratório deste estudo, não foram formuladas hipóteses, tendo a análise sido guiada
pelos objectivos acima descritos.

Metodologia:
Após a delimitação dos objectivos deste trabalho, da revisão sobre instrumentos construídos ou adaptados para
a população adulta idosa portuguesa e porque esta população apresenta, tendencialmente, uma baixa
escolaridade, optámos por seleccionar instrumentos relativamente breves e cuja aplicação pudesse ser efectuada
através de entrevista.
Tendo em consideração as variáveis em estudo, elaborámos um questionário para recolha de dados individuais,
sócio-demográficos, clínicos e de adaptação psicossocial à institucionalização.
Num segundo momento, para procurar responder aos objectivos de investigação do presente estudo (referidos
anteriormente), foram seleccionados os seguintes instrumentos de avaliação: a Escala de Ânimo do Centro
Geriátrico de Philadelphia de Lawton (Lawton, 1975 - adaptada para a população portuguesa por Paúl, 1992); a
Escala de Satisfação com a Vida (Diener, Emmons, Larsen & Griffin, 1985 - adaptada por Neto, Barros &
Barros, 1990; Simões, 1992); a Escala de Satisfação com o Suporte Social (desenvolvida e aferida por Ribeiro,
1999); a Escala de Ansiedade Depressão Stress (Lovibond & Lovibond, 1995 - aferida para a população
portuguesa por Alves, Carvalho & Batista, 1999; Ribeiro, Honrado & Leal, 2004) e; o Índice de Barthel
(Mahoney & Barthel, 1965 - aferida para a população portuguesa por Araújo, Ribeiro, Oliveira & Pinto, 2007).
A fim de operacionalizarmos o nosso estudo, optámos pela análise de eventuais relações entre as variáveis
seleccionadas como significativas para a compreensão do objecto principal da investigação em questão. Assim,
de acordo com o nosso modelo conceptual, as variáveis conceptualizadas como independentes (individuais,
sócio-demográficas, clínicas, adaptação à institucionalização, satisfação com a vida, suporte social, ansiedade,
depressão e stresse) são descritas como influenciando o bem-estar psicológico (a nível do sentimento de
solidão/insatisfação, da atitude face ao envelhecimento e da agitação do idoso institucionalizado), a qual por
sua vez deverá interferir na capacidade funcional do mesmo.
A recolha de dados incidiu em duas valências de internamento duma Instituição Particular de Solidariedade
Social. Utilizámos uma amostragem intencional ou de conveniência e considerámos como critérios de inclusão
ter idade igual ou superior a 65 anos, e ainda comprovada ausência de incapacidade cognitiva ou sensorial
impeditiva de participação no inquérito por entrevista. De referir que todos os dados foram recolhidos pela
investigadora e foi utilizado sempre o mesmo procedimento: a investigadora sentada em frente ao idoso, as
questões lidas em voz alta (quando se apresentavam alternativas de resposta, as mesmas eram também lidas em

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voz alta), assinalando-se na folha de resposta do questionário a resposta dada pelo idoso. Este procedimento
destinou-se a garantir homogeneidade na recolha de informação.
Os dados recolhidos foram inseridos no programa informático, SPSS - Statistical Package for the Social
Sciences (versão 15.0). Os resultados foram analisados com base em estatística descritiva e inferencial. O nível
utilizado para avaliar a significância dos testes estatísticos efectuados foi de 0.05.
Efectuámos a análise descritiva da amostra de acordo com os resultados obtidos através das escalas aplicadas,
obtida através dos valores mínimos, máximos, médias e desvios-padrão.
Para a avaliação da normalidade dos dados utilizámos o teste de Kolmogorov-Smirnov, que nos indicou a
necessidade de utilizarmos testes não paramétricos (Mann-Whitney e Kruskal-Wallis) para a comparação de
médias.
Por outro lado, quando foi necessário avaliar o grau de associação entre variáveis quantitativas e variáveis
nominais utilizámos testes de correlação de Kendall, para análise de relações entre variáveis quantitativas e
variáveis ordinais utilizámos testes de correlação de Spearman e finalmente, para analisar eventuais relações
entre variáveis quantitativas utilizámos testes de correlação de Pearson.

Apresentação, Análise e Discussão dos Resultados:


Uma análise descritiva dos dados caracterizou a nossa amostra como sendo composta por uma média de idades
de 83.1 anos (amplitude 65-99; DP = 7.78), a maioria dos sujeitos são do género feminino (65.2%), viúvos
(66.1%), com filhos (73.2%) e 50.9% viviam sozinhos antes de ingressarem na instituição. Também
observamos que 50.9% dos inquiridos estão institucionalizados há mais de três anos, 54.5% por vontade própria
e 50.0% para terem acesso a recursos de saúde.
Na generalidade, os inquiridos manifestam ter-lhes sido fácil adaptarem-se à instituição (61.6%) apesar de
63.4% não a conhecerem previamente, 68.8% referiram estarem satisfeitos com os funcionários da instituição,
61.6% com os outros residentes, 61.6% com as características arquitectónicas do estabelecimento, 60.7% com a
instituição em geral e ainda, 52.7% com o relacionamento que mantêm com os seus familiares.
Ainda relativamente à análise descritiva da amostra de acordo com os resultados obtidos através das escalas
aplicadas, permitiu-nos auferir uma visão geral dos idosos institucionalizados no contexto específico do estudo.
De realçar que a amostra em estudo, a nível da ansiedade, depressão e stresse, apresenta nos resultados obtidos
uma elevada amplitude de respostas (M = 17.58; DP = 10.13), assim como, parecem apresentar estados
persistentes de ansiedade (M = 4.21) e de stresse (M = 5.80), relatando, no entanto, estados de depressão mais
altos (M = 7.56). Estes resultados são consistentes com os de outros estudos realizados na população idosa
portuguesa, como por exemplo, no estudo epidemiológico realizado por Barreto (1984), no estudo exploratório

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efectuado por Paúl (1993) e no estudo de Santos (2002), nos quais existiam um número considerável de idosos
com perturbações depressivas. Perante o mencionado, adiantamos que a depressão quando surge no idoso
poderá não ser mais do que a repetição de uma crise depressiva cujo surto inicial ou mesmo outras crises
recorrentes aconteceram ou vêm acontecendo há vários anos. Por outro lado, existem motivos que nos levam a
pensar que as mesmas poderão dever-se a modificações de natureza biológica (perturbações a nível do sistema
locomotor, do aparelho cardiocirculatório, dos órgãos dos sentidos), psicológica (devidas, por exemplo, a vida
institucional, a perda de familiares ou amigos próximos) e social (isolamento, solidão, insegurança, etc.). Pelo
que, consideramos que seria importante comparar este grupo em estudo com um grupo de idosos não
institucionalizados para percebermos se estes problemas depressivos se devem à institucionalização, ou aos
outros motivos referidos anteriormente.
No que diz respeito à análise da satisfação com o suporte social, os resultados obtidos também indicam uma
elevada dispersão nas respostas, encontrando-se relatos, quer de elevada satisfação com o suporte social, quer
de baixa satisfação com o suporte percebido (M = 52.68; DP = 9.92). Todavia, na generalidade, os resultados
são sugestivos de satisfação global com o suporte social em todos os domínios estudados: relações de amizade
(M = (17.36), intimidade (M = 13.42), familiares (M = 11.71) e actividades sociais que os sujeitos realizam (M
= 10.20). Pudemos observar ainda que os participantes demonstram uma maior satisfação com as amizades e
uma menor satisfação com a percepção que têm da existência de intimidade, o que nos sugere que, de modo
global, a relação que estes têm com os outros indivíduos é, eventualmente, harmoniosa, apresentando no
entanto, uma ideia de proximidade e partilha nas relações com os outros mais diminuta (Berger & Mailloux-
Poirier, 1995; Netto, 1997; Paúl, 1997; Zimerman, 2000; Santos, 2002; Oliveira, 2005). Provavelmente, porque
a vida institucional aumenta as oportunidades de interacção e papéis sociais adequados ao idoso, mas não
facilita a qualidade das relações, a presença de um confidente ou de uma relação íntima.
Por sua vez, os resultados obtidos ao nível da satisfação com a vida sugerem que os indivíduos apresentam uma
avaliação global da sua qualidade de vida satisfatória (M = 17.48; DP = 4.27). Uma vez que com o presente
estudo não sabemos como é que os idosos se sentiam antes da sua admissão na instituição, consideramos que
um estudo longitudinal poderia dar-nos contributos para verificarmos se existiu ou não um restabelecimento do
equilíbrio eventualmente perdido com a institucionalização.
Ao nível da avaliação subjectiva do ambiente e do apoio institucional global, existe uma baixa dispersão de
respostas ao nível do bem-estar psicológico (M = 20.55; DP = 2.02), com um satisfatório sentimento de
solidão/insatisfação (M = 6.96; DP = 1.37), de atitude face ao próprio envelhecimento (M = 7.54; DP = 0.79),
bem como nível de agitação (M = 6.04; DP = 1.09). Tais resultados sugerem-nos a existência de um sentimento
de satisfação consigo próprio e de aceitação daquilo que não pode alterar (Lawton, 1983; Ryff, 1989; Pinquart

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& Sorense, 2000; Fonseca, 2006). Provavelmente, a maioria dos idosos ao encararem a mudança para a
instituição como inevitável, torna-os condescendentes e encaram de forma positiva a nova condição de vida. De
mencionar que, a manutenção de um nível satisfatório de bem-estar psicológico revela-se crucial para uma
adaptação bem sucedida aos desafios da passagem dos anos (Novo, 2003).
Os resultados obtidos ao nível da capacidade funcional demonstraram que a maioria dos inquiridos apresenta,
no global, uma dependência satisfatória (M = 15.98; DP = 5.42), o que se nos afigura como bastante positivo.
Constatámos que a instituição incentiva os idosos a participarem num vasto leque de actividades, dinamizadas
pela animadora social: jogos de cartas, bingo, hidroginástica, ginástica, yoga, artesanato, grupo coral, festas
temáticas, debates temáticos, passeios lúdicos e culturais. Pensamos que, a instituição ao proporcionar
estímulos e actividades ajuda a impedir ou atrasar o desenvolvimento de apatia e imobilidade.
Por sua vez, as análises estatísticas relativas às possíveis diferenças entre o estado civil, o género, a idade e as
variáveis em estudo - satisfação com a vida, satisfação com o suporte social, ansiedade, depressão, stresse,
bem-estar psicológico e capacidade funcional - permitiram-nos observar que o grupo dos viúvos apresenta
pontuações mais baixas a nível das atitudes face ao envelhecimento (M = 51.83) e ao stresse (M = 51.30), e
pontuações mais altas a nível da satisfação com a família (M = 61.87), o que nos faz pressupor que relações
familiares percebidas como satisfatórias poderão ser protectoras face às vicissitudes da vida contribuindo para
aumentar a capacidade para lidar com as situações stressantes. Tais resultados obtidos com o grupo dos viúvos
são concordantes com os resultados encontrados noutros estudos (e.g., Paúl, 1992; Hohaus & Berah, 1996;
Paúl, 1997; O’Bryant & Morgan, 1990; Freire, 2000; Sequeira & Silva 2002; Paúl & Fonseca, 2005).
Também verificámos que os homens parecem apresentar, simultaneamente, níveis de manifestações
comportamentais de ansiedade (M = 66.85) e de satisfação com as amizades (M = 66.95) superiores,
comparativamente com as mulheres. Diversos estudos têm procurado explicar esta questão, referindo que, no
conjunto dos idosos, as mulheres parecem ser mais isoladas, mas, aparentemente, isso não as afecta tanto como
aos homens, pois os indivíduos do género masculino parecem ter mais conhecidos e as do género feminino mais
confidentes (Bennett, 1980; Silverstone, 1985; Paúl, 1992, 1997; Paúl & Fonseca, 2005). Durante o período em
que fizemos a recolha de dados, presenciámos que os homens agrupam-se para conversarem ou jogarem,
enquanto que as mulheres preferem confidenciar a dois (não necessariamente cônjuge), o que provavelmente as
torna mais capazes de gradualmente superarem perdas do papel social e de interacção social.
Pudemos também observar que o grupo etário com idades mais baixas (entre os 65 anos e os 70 anos) relatou
níveis de stresse mais elevados (M = 91.06) e uma menor capacidade funcional (M = 29.88). Se considerarmos
que os indivíduos mais idosos têm menor stresse e mais felicidade geral, assim como, aceitam mais facilmente
a mudança do que as pessoas com menos idade (Chatters, 1988; Ryff, 1989a), o facto dos participantes mais

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jovens apresentarem limitações na realização de actividades de vida essenciais no seu dia-a-dia poderá tê-los
levado a ingressarem na instituição, tornando-se indutor de stresse por se sentirem dependentes de outras
pessoas.
Um outro objectivo do presente estudo foi o de analisar a existência de associações entre as variáveis
individuais, sócio-demográficas, clínicas, adaptação à institucionalização, satisfação com a vida, satisfação com
o suporte social, ansiedade, depressão, stresse e as variáveis de bem-estar psicológico e da capacidade
funcional.
Neste contexto, no que respeita à análise das relações entre as variáveis sócio-demográficas, clínicas e de
adaptação à institucionalização e as variáveis em estudo bem-estar psicológico e capacidade funcional,
pudemos observar que os idosos com mais problemas osteo-articulares apresentam maior capacidade funcional
(r = 0.257, p = 0.002). Este resultado sugere-nos que, provavelmente, a qualidade dos cuidados prestados na
instituição vão de encontro às necessidades do idoso, o que permitirá impedir o declínio funcional e mesmo
aumentar a sua funcionalidade, opinião esta também partilhada por Walk, Fleishman e Mandelson (1999).
De salientar ainda que os idosos que viviam sozinhos (r = -0.238, p = 0.002) e os que foram de livre vontade
para a instituição (r = -0.298, p = 0,000) são os que manifestam maior capacidade funcional. Uma explicação
possível para este resultado é a de que, ao viverem sós, os participantes apercebem-se mais facilmente de que a
interacção entre a execução de tarefas e as condicionantes ambientais vão ficando cada vez mais
comprometidas com o avançar da idade e, como lhes falta apoio, acabam por se decidirem pela
institucionalização antes do aparecimento de quadros clínicos de dependência, tal como concluíram Born e
Boechat (2002).
Corroboramos com Copel (1998) a importância do idoso conhecer antecipadamente o ambiente institucional,
uma vez que detectámos que esse facto atenuou o sentimento de solidão e de insatisfação (r = -0.239, p =
0.005), talvez porque ao conhecer previamente o meio, a sua integração ficou mais facilitada.
Por outro lado, os idosos que consideram necessário a existência de mudanças na instituição são os que
apresentam atitudes mais negativas face ao próprio envelhecimento (r = -0.225, p = 0.006), manifestando maior
insatisfação com o envelhecimento, reportando-a para possíveis falhas existentes no meio institucional. Uma
explicação possível para este achado prende-se com a possibilidade deste sub-grupo se sentir insatisfeito por se
encontrarem afastados das suas redes de suporte social tradicionais (Paúl, 1997).
Por outro lado, os resultados obtidos permitiram-nos sugerir que os idosos com mais habilitações literárias
tendem a apresentar atitudes mais positivas face ao envelhecimento (r = 0.265, p = 0.005), talvez porque estes
indivíduos tendem a reflectir mais sobre o seu percurso vivencial e sobre o cenário presente, apresentando

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maior destreza no acesso aos cuidados de saúde, mais facilidade em comunicar com os profissionais de saúde e
ainda, comportamentos mais saudáveis (Beydoun & Popkin, 2005).
Quanto à adaptação à institucionalização, os participantes que apresentam um processo adaptativo favorável
parecem manifestar um menor nível de agitação (r = 0.288, p = 0.002), o que nos leva a sugerir que este sub-
grupo de sujeitos se sentirá, eventualmente, mais integrado, mais optimista, e com maior percepção de controlo
o que poderá atenuar eventuais manifestações de ansiedade (Paúl, 1992; Brouchon-Schweitzer, Quintard,
Nouissier e Paulhan, 1994).
Por outro lado, os sujeitos que referiram não terem trazido alguns dos seus pertences, apresentam menores
níveis de solidão e insatisfação (r = 0.276, p = 0.003), assim como, uma maior capacidade funcional (r = 0.406,
p = 0.000), um dado contrário ao encontrado por Tomasini e Alves (2007), os quais consideram que o facto do
idoso ser impedido de trazer a sua própria mobília faz com que se sinta mais desamparado e impotente. No
entanto, consideramos que não devemos ignorar a vida das pessoas idosas antes da sua admissão, pois
constatámos que muitos dos idosos nos referiram que as mobílias que tinham em casa já estavam degradadas,
pelo que preferiam as da instituição.
Os resultados indicam que os idosos que se encontram satisfeitos com a relação que têm com os outros
residentes e com os amigos tendem a reportar menor solidão/insatisfação (r = 0.320, p = 0.001; r = 0.379, p =
0.000), bem como maior capacidade funcional (r = 0.295, p = 0.002; r = 0.310, p =0.001). Tal facto poderá
estar associado ao facto de o idoso, ao sentir prazer com as novas amizades, tenderá a aderir mais facilmente a
novas experiências e actividades, o que contribui para atenuar o seu isolamento e a sua dependência. Estes
resultados reforçam-nos a importância de intervenções que permitam a prática de actividades físicas e de lazer,
uma vez que proporcionam uma velhice vivenciada de forma positiva e promovem a melhoria da qualidade de
vida (Berger & Mailloux-Poirier, 1995; Freire, 2000; Eliopoulos, 2005).
Um outro objectivo do presente estudo foi o de analisar a existência de associações entre as variáveis
psicossociais em estudo (satisfação com a vida, satisfação com o suporte social, ansiedade, depressão, stresse) e
o bem-estar psicológico e a capacidade funcional.
No que diz respeito à análise da satisfação com a vida e o bem-estar psicológico e a capacidade funcional, os
resultados do nosso estudo levam-nos a sugerir que quanto maior a satisfação com a vida menor o sentimento
de solidão/insatisfação (r = 0.307, p = 0.001), menor a agitação (r = 0.270, p = 0.004) e maior a capacidade
funcional (r = 0.262, p = 0.005), talvez o facto de apresentarem uma conotação positiva da sua vida actual dá-
lhes um maior bem-estar, logo, a uma baixa manifestação comportamental de ansiedade (Baltes & Smith, 2003;
Barros, 2004; Albuquerque & Tróccoli, 2004; Alves, 2008). Por outro lado, quanto maior a capacidade

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funcional maior a satisfação com a vida, provavelmente pelo facto do idoso sentir que ao ser mais autónomo
tem melhor qualidade de vida, tal como concluíram Lawton (1983) e Paschoal (2006).
As correlações efectuadas com o objectivo de estudar as relações entre a satisfação com o suporte social e o
bem-estar psicológico do idoso permitem-nos sugerir que os idosos que mencionam uma maior satisfação com
as amizades são os que apresentam uma menor solidão e insatisfação (r = 0.389, p = 0.000), assim como, uma
menor agitação (r = 0.378, p = 0.000), mas têm atitudes mais negativas face ao próprio envelhecimento (r = -
0.264, p = 0.005). Considerando que as amizades são uma relação expressiva, baseada na escolha e partilha de
interesses (desde a partilha de intimidades, apoio emotivo, oportunidades de socialização, até ao apoio
instrumental), estas são percepcionadas como estimulantes e positivas, o que explica a sua associação com o
bem-estar geral (Larson, 1986). Verificamos ainda que os idosos que referem maior intimidade apresentam,
menor solidão/insatisfação (r = 0.364, p = 0.000) e agitação (r = 0.331, p = 0.000), o que vai de encontro aos
resultados obtidos no estudo de Berkowitz, Waxman e Yaffe (1988) os quais verificaram que um aumento da
percepção da existência de suporte social íntimo dos idosos, aumentou a auto-estima e terá contribuído para
diminuir o isolamento e a solidão. Também Robichaud, Durand, Bédard e Ouellet (2006) consideram que a
intimidade é uma das principais características que influenciam a qualidade de vida do idoso institucionalizado.
Também podemos sugerir que os idosos que mais aderem às actividades sociais apresentam menor
solidão/insatisfação (r = 0.248, p = 0.008), menores índices de agitação (r = 0.256, p = 0.006), atitudes mais
negativas face ao próprio envelhecimento (r = -0.307, p = 0.001), assim como, manifestam uma maior
capacidade funcional (r = 0.274, p = 0.003). A este propósito, os resultados de um estudo prospectivo,
realizado ao longo de 18 meses, com uma amostra de 1396 idosos, conduzido por Avlund, Vass e Hendriksen
(2003), sugeriu que uma baixa participação em actividades sociais é indicadora de um baixo nível de
mobilidade.
Um outro objectivo do nosso estudo foi o de estudar eventuais relações entre as variáveis psicológicas
ansiedade, depressão, stresse e o bem-estar psicológico e a capacidade funcional do idoso. Os resultados do
nosso estudo levam-nos a sugerir que a depressão e o stresse estão associados à solidão (r = -0.602, p = 0.000; r
= -0.310, p = 0.001) e à agitação (r = -0.284, p = 0.002; r = -0.332, p = 0.000), no entanto, só a depressão é que
está associada à dependência (r = -0.555, p = 0.000), o que reforça os achados dos estudos que apontam para a
existência de uma relação directa entre o grau de incapacidade manifestada e os sintomas depressivos
expressos, comprometendo o bem-estar do idoso (Heikkinen, 2000; Santos, 2002; Rodrigues & Leal, 2004;
Eliopoulos, 2005; Salgueiro, 2007). Existe, por conseguinte, uma forte relação entre a depressão, o isolamento
social e a solidão, podendo a depressão funcionar como verdadeira barreira para a funcionalidade do idoso
(Munson, 1989; Squire, 2005; Caeiro & Silva, 2008).

9
Para finalizar, relativamente ao último objectivo do presente estudo, em que nos propusemos analisar a
existência de associações entre as variáveis do bem-estar psicológico e a capacidade funcional leva-nos a aludir
que uma maior capacidade de autonomia, menor o sentimento de solidão e insatisfação no idoso (r = 0.290, p =
0.002).Podemos assim sugerir que neste grupo de idosos, uma maior capacidade de autonomia, poderá facilitar
as interacções sociais com os seus pares, e a percepção de ser socialmente activo (Squire, 2005).

Conclusão
De mencionar que o conjunto de reflexões feitas sobre a envolvente habitacional/institucional dos idosos leva-
nos a concluir que não existem soluções óptimas e universais para os idosos e que mesmo a solução
aparentemente menos favorável (i.e. viver numa instituição), pode ter vantagens para o seu bem-estar se ao
idoso lhe for dada a possibilidade de escolha e/ou adequação desse mesmo ambiente (Berger & Mailloux-
Poirier, 1995; Netto, 1997; Paúl, 1997; Zimerman, 2000; Santos, 2002; Oliveira, 2005; Lovell, 2006). Quando a
institucionalização é inevitável ou corresponde à solução escolhida pelo idoso, após várias dificuldades por que
passaram na vida e trabalho árduo, é função da instituição proporcionar alojamento, assegurar a prestação dos
cuidados adequados à satisfação das necessidades, tendo em vista a manutenção da autonomia e bem-estar.
No entanto, devemos apontar algumas limitações ao nosso estudo: como por exemplo, a impossibilidade de
fazer generalização dos resultados devido a falta de representatividade geográfica das amostras, a instituição ter
sido escolhida por conveniência, assim como, a limitação de tempo para a realização de um estudo longitudinal
que poderia dar-nos contributos para verificarmos se com a institucionalização existiu ou não um
restabelecimento do equilíbrio eventualmente perdido com a institucionalização. No entanto, pensamos ter dado
o nosso humilde contributo para o conhecimento da realidade institucional, no âmbito dos objectivos propostos.
Considerando o fenómeno do envelhecimento demográfico, e estabelecida a necessidade da realização de novas
investigações, os estudos futuros deverão compreender uma análise multidimensional que permita a
identificação de perturbações (funcionais, mentais e sociais) de modo a contribuir para um plano de intervenção
em que a ênfase seja posta na manutenção e/ou recuperação de capacidades. Será, também interessante
comparar o bem-estar psicológico dos idosos que vivem com a família, sozinhos e numa instituição. Por último,
consideramos necessário a análise das instituições direccionadas para o idoso, pois são o passo essencial para a
introdução de mudanças e de novas estratégias nos equipamentos existentes, de forma a melhorar e qualificar
este tipo de resposta social, promovendo a qualidade de vida e o bem-estar dos idosos institucionalizados.

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