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Relatório de Estágio

A Psicopedagogia Clínica e Institucional e o Transtorno Invasivo do desenvolvimento


sem outra especificação (CID 29 Psicose Soe)

1.INTRODUÇÃO
O curso de Pós Graduação em Psicopedagogia Clinico e Institucional exige o Estágio
como disciplina final para receber o titulo de Pós Graduada e decidi desenvolver com o aluno
Carlos José Pereira Santos (nome fictício), cujo Laudo Médico é CID 10. 29 PSICOSE SOE,
sendo que, está no quadro de Deficiência Intelectual, sendo aluno do Professor Jorge
Williamns Sacramento Nunes, atual Coordenador do Atendimento Educacional
Especializado (AEE), e foi aluno na referida escola desde que começou a estudar aos 5 anos
de idade, atualmente está no Nono Ano do Fundamental de Nove Anos.
A pandemia trouxe grandes mudanças na vida tanto humana quanto animal e vegetais
devidos vários fatores que atingiu de modo violento a saúde, o meio ambiente, a educação,
as relações humanas ficaram difíceis, como no caso das escolas de modo geral, isso
dificultou grandemente meu Estágio, porque somente a partir de agosto de 2021 que as aulas
nas escolas municipais e estaduais de Curralinho retomaram de forma remota.
A escola in loco é uma escola de Ensino Fundamental de Nova Anos, Educação de
Jovens e Adultos-EJA, Atendimento Educacional Especializado (AEE), com 1.480 alunos
regularmente matriculados, possui 82 funcionários de modo geral, funciona em 4 turnos –
manhã, intermediário - tarde e noite – e em todos os turnos há uma diretora e duas vice-
diretora que revezam para dar apoio aos 4 turnos, assim como a biblioteca, o a sala de
informática, a secretaria, a copa cozinha, enfim, tudo funciona normalmente em tempos sem
pandemia, porque agora com a pandemia é feita escola de modo a não aglomerar em
nenhuma área de trabalho na escola.
Interessei-me pelo tema “A Psicopedagogia Clinica e Institucional e o Transtorno
Invasivo do Desenvolvimento sem outra especificação (CID 29 PSICOSE SOE), pelo fato
de já ter realizado Relatório em Neuropsicopedagogia e uma área de estudo complementa a
outra na Deficiência Intelectual e na escola in loco além do citado aluno há mais dois alunos
que apresentam esse transtorno é uma categoria diagnóstica de exclusão e não possui regras
especificas para sua aplicação, e alguém pode ser classificado como portador de TID-SOE
se preencher critérios no domínio social e mais um dos dois outros domínios, comunicação
ou comportamento, além disso, é possível considerar a condição mesmo se a pessoa possuir
menos de que seis sintomas no total ou inicio maior do que 36 meses.
São inúmeros os desafios e os processos que o Psicopedagogo enfrenta tanto na área
clinica quanto institucional para auxiliar os sujeitos de forma preventiva e combativa contra
os problemas que podem aparecer ao longo da aquisição de conhecimentos desses sujeitos,
sendo o principal objeto de estudo da Psicopedagogia está formado no processo de
aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos e a influencia do
meio, como a família, a escola e a sociedade, em seu desenvolvimento, como explica BOSSA
(1994, p. 51).
“Para o Psicopedagogo, aprender é um processo que implica pôr em ações
diferentes sistemas que intervêm em todo o sujeito: a rede de relações e
códigos culturais e de linguagem que, desde antes do nascimento, têm lugar
em cada ser humano á medida que ele se incorpora a sociedade.

2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
BOSSA (2000) que fala sobre a a Psicopedagogia no Brasil e suas contribuições.
LINCOLN (1986) um artigo internacional que explica a Psicopedagogia Clinica e
Institucional. FREIRE (1999) em sua Pedagogia do Oprimido fala sobre a Educação
Especial, no caso da Psicopedagogia. BASSEDAS (1996) nos dá uma visão da intervenção
e diagnóstico psicopedagógico. FRIEDMANN (1992) fala sobre o lúdico nas intervenções da
psicopedagogia.

3.OBSERVAÇÃO
A priore realizei uma pesquisa sobre o tema fazendo uso de livros, revistas e sites na
internet, para embasamento teórico. Após definir os objetivos geral e específico a serem
atingidos e as dinâmicas a serem utilizadas, dei inicio ao Projeto. Para contribuir no Estágio
de Observação, optei pela Pesquisa Bibliográfica por dar-me melhores condições para ler e
analisar os referenciais teóricos e assim realizar este Estágio de Observação.
O aluno observado é Carlos José Pereira Santos (nome fictício), filho da senhora
Marta Antônia Pereira Oliveira (nome fictício), de acordo com o Laudo Médico é portador
do Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação – CID 10 - F29 –
PSICOSE SOE –pertence ao grupo de transtornos caracterizados pela ocorrência aguda de
sintomas psicóticos tais como ideias delirantes, alucinações, perturbações das percepções e
por uma desorganização de comportamento e caso raro que precisa ser estudado com mais
intensidade e assim poder dar melhor atendimento ao aluno.
Isto aconteceu com o aluno citado, de acordo com o Professor Jorge Williamms
Sacramento Nunes, Coordenador do Atendimento Educacional Especializado (AEE) da
escola in loco, contribuiu junto com a família o processo de matricular na escola normal e
no contra turno atendimento no AEE recebendo todos os atendimentos de acordo com as
recomendações do CAPS –Centro de Atenção PsicoSocial, em Curralinho, Pará, Brasil.
A senhora Marta Antônia Pereira Oliveira, possui mais 5 filhos, sendo Carlos José
Pereira Santos o filho mais novo e desde que nasceu demonstrou ter comportamento que não
era igual aos demais filhos e aos 6 anos de idade, foi procurada pelo Professor Jorge
Williamns Sacramento Nunes, na época, Professor de Educação Especial Inclusiva, na
escola in loco para que fosse matriculado e assim iniciar sua vida estudantil.
O Professor Jorge Williamns Sacramento Nunes juntamente com a equipe gestora e
pedagógica da Escola iniciaram uma relação de muito entendimento e reciprocidade entre si
no processo ensino e aprendizagem, pois a Psicose – Soe é um transtorno mental que faz
com que as pessoas percebam ou interpretam as coisas de maneira diferente das pessoas que
as rodeiam, envolvendo com isso alucinações e delírios.
Nesse processo a relação família e escola e a criança com Psicose Soe, o papel do
professor é fundamental porque ele é o orientador das ações mais diretas no processo de
inclusão, trabalhando as diferenças e preconceitos por parte dos pais e alunos com as
expectativas e possíveis frustrações mediante as limitações dos alunos com F.29 Psicose Soe
assim como os familiares.
De acordo com o Laudo Médico o referido aluno se encontra em Tratamento para
Psicose CID 10 F29 e o mesmo faz uso da medicação Clorpromazina 25 mg, tomando duas
vezes ao dia, que segundo as informações do Professor Jorge Williamns Sacramento Nunes
que acompanha o referido aluno desde a mais tenra idade a referida medicação é indicada
para o tratamento de quadros psiquiátricos agudos e para o controle de psicoses com longa
evolução, possui atuação tranquilizante sem causar sedação, sendo um transtorno de
desordem mental em que o pensamento, a afetividade e capacidade de perceber a realidade
estão comprometidos.
4.COLETA E ANÁLISE DOS DADOS OBSERVADOS
É importante entender que Psicose Soe – CID 10 F29 não é o mesmo que
esquizofrenia, é um diagnóstico usado quando ainda não se sabe ao certo o quadro preciso
do paciente, mas que apenas se trata de uma psicose, isso porque os dados fornecidos pelo
paciente não são suficientes para fechar outro diagnóstico, como esquizofrenia, por exemplo
é um quadro psicótico, mas com sintomatologia especifica, como alucinações áudio-verbais,
delírios, vivencias de influencia, etc.
Lembrando que os mesmos quadros esquizofrênicos possuem muitas variações, o
que fica difícil de estabelecer um diagnostico rapidamente, existem outros transtornos que
se assemelham a esquizofrenia e que precisam ser considerados, como o transtorno delirante
persistente; o transtorno esquizo-afetivo, entre outros, mas o diagnostico de F29 é utilizado
em caráter provisório.

5.INTERVENÇÕES
A intervenção pedagógica acontece quando o Psicopedagogo Clinico e Institucional
precisa interferir no processo de desenvolvimento de um aluno que apresenta problemas de
aprendizagem e essa interferência acontece através de estratégias e abordagens educacionais
que possibilitem ao aluno absorver o conhecimento de forma diferenciada.
Criei um grupo de Whatzapp com a família do aluno observado, pois ele já está no
Oitavo Ano do Ensino Fundamental que foi muito importante para melhor entender a
Deficiência Intelectual e tive ajuda do Atendimento Educacional Especializado (AEE) que
estão acostumados com ele, sendo que o Laudo Médico é importante para que os professores
possam melhor interagir com os alunos e os pais, mesmo que a internet aqui em Curralinho
seja precária, mas contribuirá nas intervenções pedagógicas.
Em tempos de pandemia a Internet e o celular ou computador são ferramentas que
tem contribuído na prática pedagógica assim como na Intervenção Pedagógica para que os
docentes compreendam o funcionamento neurológico para auxilio na elaboração de seus
Planos de Aulas de forma a estimular o cérebro da criança de forma eficaz, mas o sucesso
depende do respeito ao processo necrobiótico da aprendizagem, daí a importância do papel
do Psicopedagogo Clinico e Institucional nos alunos com Deficiência Intelectual, assim
como, com os alunos atendidos pelo AEE e também contribui na inclusão.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estágio foi importante para ampliar meus conhecimentos sobre o papel e a
atuação do Especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional, contribuindo a conhecer
e vivenciar a atuação e sua importância no meio social, frente a uma sociedade repleta de
fatores que influencia e interfere na aprendizagem do indivíduo.
Aprendi também, através do estágio e das pesquisas bibliográficas que o
acompanhamento do Psicopedagogo Clínico e Institucional influi na melhora das
Dificuldades e Transtornos de Aprendizagem como: Distúrbios de Memória; Dificuldade de
Concentração e Atenção; Dificuldades para se organizar com as atividades escolares;
Dificuldades em raciocínio lógico, matemática; Dificuldade na leitura e escrita; Dificuldades
para interpretar o que lê; Lentidão para executar as atividades escolares; Atrasos do
desenvolvimento; Processos de inclusão escolar; Baixa estima; Apatia e desânimo nas
relações que envolvem aprendizagem e Falta de motivação, entre outros.
Assim sendo, este trabalho sofrerá maior flexibilidade no decorrer de sua execução,
por inúmeros motivos, como as aulas presenciais não ter data para recomeçar nas escolas em
Curralinho, será executado de forma virtual e simulado, mas que, embaso em fontes
concretas e práticas.

REFERÊNCIAS
-BOSSA, N. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da pratica. Porto Alegre:
Artes Medicas, 2000.
-LINCOLN, Y. S.; GUBA, E. S. Naturalistic inquiry. London: Sage Publication, 1986.
-FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança. Um reencontro com a pedagogia do oprimido, 11.
Ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1999.
- BASSEDAS, Eulália. Intervenção educativa e diagnóstico piscopedagógico. São Paulo:
Artmed, 1996.
- FRIEDMANN, Adriana et al. O direito de brincar: a brinquedoteca. São Paulo: Scritta,
1992
-ANDERLE, Salete -Psicopedagogia Clínica Institucional Escolar. Editora: Clube de
Autores. 2017.
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