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A LEI DA INÉRCIA

Experimento de Física

Gabriel Santos Silva


Engenharia Civil
Matrícula: 202120310011
Sala 134 Turma 9
Professor: Bruno Mintz
Data de Entrega: 08/04/2022
A Lei da Inércia
O que é a Lei da Inércia, ou primeira lei de Newton?
“Todo corpo persiste em seu estado de repouso, ou movimento retilíneo uniforme, a menos
que seja compilado a modificar esse estado pela ação de forças impressas sobre ele.”

Isto significa que um objeto em repouso ou movimento retilíneo uniforme tende a


permanecer nesse estado se a força resultante sobre ele é nula.

A primeira lei é primordial para se estabelecer um referencial inercial, sistemas de


referências em que corpos livres não tem o seu estado de movimento alterado, ou seja, corpos
livres não sofrem acelerações quando não há forças sendo exercidas, pois as leis de Newton
são válidas apenas para referenciais inerciais.

Objetivos
Nesse relatório será apresentado o estudo da atuação da primeira lei de
Newton ( a Lei da Inércia ) por meio da prática experimental, na qual um móvel
percorre um trilho de ar nivelado por ação da força peso de uma massa suspensa.
Analisaremos a distribuição das medidas através de um histograma dos
intervalos dos tempos medidos.

Material Utilizado
- Trilho de ar;

- Planador;

- Cronômetro com sensor infravermelho;


- Placa retangular para interromper o sensor ;

- U de final de curso com elástico do kit ;

Procedimentos do Experimento
1. O compressor de ar foi ligado e foi feita a nivelação do trilho de ar (o planador quando
colocado em repouso, não se desloca para a esquerda e nem para direita) ;
2. O U de final de curso foi encaixado na parte inicial do trilho junto com o elástico, onde
ajudará para dar o impulso inicial ao planador;
3. Outro U de final de curso foi encaixado na parte final do trilho, ele é responsável por
evitar que o móvel saia do trilho, danificando os equipamentos;
4. No encaixe superior do planador foi colocado uma placa retangular presente no kit,
que serve para interromper o feixe de luz do sensor;
5. O primeiro sensor de óptico foi posicionado aproximadamente 80cm do início do
trilho, a fim de que este acione o sensor imediatamente após ser liberado;
6. O segundo sensor foi posicionado de maneira para manter certa distância que garanta
a passagem do planador por ele antes de atingir o final do trilho;
7. Com o trilho nivelado (procedimento 4) e o compressor de ar mantido ligado até o fim
da coleta de dados, o selecionou-se a função GATE do cronômetro;
8. Empurre o planador contra o elástico e solte, liberando o mesmo. Anote os tempos
registrados pelo último sensor, pois este registra o tempo necessário para o planador
percorrer o intervalo de espaço desejado. Este procedimento deve ser realizado 50
vezes, os tempos devem ser anotados em uma tabela de t1 e antes de realizar cada
medida o cronômetro era zerado, clicando o botão reset;
9. Realizadas e anotadas as 50 medidas, repita o mesmo procedimento 10 vezes, porém
agora desloque o sensor para que fique a aproximadamente 120 cm do ponto inicial
do trilho. Anote os tempos em uma tabela de t2.
Imagem ilustrativa dos materiais envolvidos no experimento.

Análise dos Dados


Tabela t1 (em segundos)

0,2581 0,2949 0,273 0,2956 0,2879 0,2934 0,3025 0,2635 0,3105 0,241
0,2954 0,3012 0,3078 0,2433 0,288 0,2409 0,3243 0,262 0,3196 0,2483
0,3065 0,2582 0,2951 0,2274 0,3091 0,3152 0,2933 0,2796 0,2685 0,2578
0,3114 0,2496 0,2795 0,2995 0,313 0,3008 0,2324 0,257 0,2797 0,2424
0,3094 0,3078 0,2763 0,3019 0,2725 0,2564 0,2518 0,2597 0,252 0,2702

Tabela t2 (em segundos)

0,2936 0,2332 0,2313 0,2216 0,2474 0,2621 0,2642 0,3126 0,2475 0,2737

Histogramas de t1 e t2 relacionados aos dados retirados do experimento:

( Os valores médios dos tempos de t1 e t2, são respectivamente 0,279704 ms para t1 e 0,25872 ms para t2.)

Os resultados do experimento são descritos por meio destes histogramas, com todas as
estatísticas com os dados anotados, como a frequência de cada tempo e a média entre eles.

Por isso foi feita primeiramente uma repetição de 50 medidas, para minimizar os erros e ter
um resultado mais preciso.
Desvio Padrão
O desvio padrão é uma medida que expressa o grau de dispersão de um conjunto de
dados. Ou seja, o desvio padrão indica o quanto um conjunto de dados é uniforme. Quanto
mais próximo de 0 for o desvio padrão, mais homogêneo são os dados.

De acordo com os dados analisados do nosso experimento, desvendamos que o desvio


padrão é de t1 é 0,02593 s. Enquanto o desvio padrão de t2 é 0,02724 s.

Conclusões
Tiramos a conclusão que sob ausência de forças atuando sobre um sistema, corpo ou
partícula, ou em caso de nulidade da força resultante, o objeto em questão tende a
permanecer em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Portanto, nessas
circunstâncias, a aceleração é nula.

Questões do Experimento

1. Faça um diagrama de corpo livre mostrando as forças relevantes agindo no planador


depois dele ser lançado do elástico. Indique qual objeto exerce cada força. Por que
não precisamos levar em conta as forças verticais ao verificar a Lei da Inércia neste
exemplo?

Decomposição das forças no Planador:

“Por que não precisamos levar em conta as forças verticais ao verificar a Lei da Inércia neste
exemplo?”

A força peso (Ftp) é o resultado da atração gravitacional sofrida pelo objeto em relação à
Terra, e a normal (Fnp) é uma força feita pela superfície também sobre o objeto. Como as duas
forças (peso e normal) atuam no mesmo corpo, elas não podem formar um par de ação e
reação, ou seja, as forças verticais se anulam e o objeto mantém a posição.
2. Como você poderia melhoras o experimento para verificar com mais precisão a Lei da
Inércia? Dê ao menos duas sugestões.

SUGESTÃO 1

No experimento, utilizamos nossas próprias mãos humanas para empurrar o planador


contra o elástico para liberá-lo e assim fazermos as anotações. Para melhor precisão esta
ação deveria ser feita com um eletroímã por exemplo.

SUGESTÃO 2

O experimento poderia ser feito com outras quantidades de massas para ter uma melhor
visualização da própria lei da inércia que diz que a massa influencia na velocidade.

3. A distribuição do seu histograma parece com uma distribuição normal? Caso não,
pode explicar a diferença?

Não, pois o histograma é uma ferramenta estatística utilizada para a realização de análises
e representações de dados quantitativos. Esses dados são agrupados em classes de frequência,
de modo que é possível distinguir a forma, o ponto central e a variação da distribuição dos
mesmos, além de diversas outras características, como a amplitude e a simetria nessa
distribuição.

4. Rigorosamente, para validar a Lei da Inércia, devemos verificar que a velocidade de


um corpo é constante se a força resultante sobre ele for nula. Discuta a validade de
se comparar os intervalos de tempo medidos, no âmbito deste experimento.

A inércia indica a tendência que um corpo tem de permanecer em seu estado de


movimento, em outras palavras, um corpo com muita inércia opõe-se fortemente às
mudanças em sua velocidade.

Agora usando termos mais técnicos, a força resultante sobre um corpo for nula, esse corpo
poderá tanto estar em repouso como em movimento retilíneo uniforme, como mostra o
esquema a seguir:

Se a força resultante é nula, a velocidade do corpo é constante ou nula. No nosso


experimento, após a liberação do planador que era exercida uma força sobre o planador, o
mesmo ficava com velocidade constante.

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