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Teoria do Conhecimento

1. Noções básicas

A palavra Conhecimento deriva do latim cognitio (cum+gnosco), que significa «captação


conjunta» ou cognoscere, que significa "acto de conhecer", portanto, etimologicamente,
conhecimento é o acto ou efeito de conhecer.

Conhecimento é a apreensão pela mente de alguma realidade. É a concordância entre a imagem


e o objecto.

A palavra conhecer é aplicado em dois sentidos: em sentido lato e em sentido restrito. No


sentido lato, conhecer significa recolher e organizar informações sobre o meio envolvente, tendo
em vista a constante adaptação de um organismo ao meio e a sua sobrevivência. No sentido
restrito, conhecer é apenas aplicável aos seres humanos, pode ser entendido como a construção
de representações mentais que o sujeito organiza ao longo da vida na sua relação com a
realidade, quer interior (pensar, sentir) quer com o mundo exterior (mundo dos objectos físicos).

1.1. Conceito e realidade


 O conceito é o termo que designa o que se constrói na nossa mente quando dizemos
que conhecemos ou sabemos algo. O conceito é a imagem que o nosso entendimento
retém de um objecto conhecido ou representação mental de alguma coisa ou
realidade.
Por exemplo: quando dizemos que conhecemos uma mesa, isso quer dizer que na nossa mente
existe o conceito mesa que é abstracto e universal (que se refere a uma e a todas as mesas que
conhecemos).

 Realidade é o elemento apreendido, cuja imagem na nossa mente se chama conceito. Por
isso, o conceito representa a realidade na nossa mente de uma forma abstracta. A
realidade é o que há, ou seja, tudo aquilo que pode ser conhecido e representado por nós,
quer se trate de uma realidade física, mental ou virtual.
1.2. Elementos do conhecimento

No acto do conhecimento estão envolvidos dois elementos fundamentais: o sujeito que conhece
e o objecto que é conhecido. O conhecimento é fruto da correlação destes elementos. Nesta
relação, o sujeito tem um papel activo na acção de recolha da informação e saber acerca do
objecto. O sujeito humano tem capacidades cognitivas que lhe permitem investigar a parte da
realidade a que se chama objecto.

O objecto é tudo aquilo que pode ser percebido pelo sujeito (coisa material ou imaterial, acção,
acontecimento, processo) e que pode ser analisado e explicado.

1.3. Faculdades do conhecimento

Faculdades do conhecimento são as capacidades cognitivas que lhe permitem o sujeito conhecer
a realidade. Tais capacidades encontram-se na mente humana.

A mente é a faculdade humana que permite o conhecimento, é através da mente que o ser
humano percepciona a realidade interior e exterior e explica racionalmente.

A mais simples forma do conhecimento que o ser humano possui que lhe permite percepcionar o
mundo e a realidade é a sensação. Os sentidos permitem-lhe, através das sensações ou
experiências sensíveis, experimentar o mundo através da visão, do tacto, da audição, olfacto e
paladar.

O trabalho de selecção e organização e enquadramento das nossas sensações chama-se percepção


do mundo ou da realidade. Cada ser humano percepciona a realidade marcado pelos seus
próprios condicionantes culturais, psicológicos, biológicos, físicos, afectivos, etc.

Bibliografia

ALVES, Fátima & ARÊDES, José. CARVALHO, José. Introdução à Filosofia 11º Ano Pensar e
Ser. 4.ed. Texto Editora. Lisboa. 1997.

CHAMBISSE, Ernesto et all. Emergência do Filosofar. Moçambique Editora. Maputo. 2004.

DIAS, Rui dos Anjos. Filosofia 7º Ano. Livraria Almeida Editora. Coimbra. 1972.

FERREIRA, Maria Luísa Ribeiro. Introdução à Filosofia. 11º Ano. Texto Editora. Lisboa. 1997.

GEQUE, Eduardo. BIRIATE, Manuel. Filosofia 12. Pré-Universitário. Editora Longmam.


Maputo. 2010.

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