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Assim, para o estudo desta problemática iremos conhecer três (3) teorias da abordagem cientifica
(teoria filogenética, ontogenetica e sociológica) do conhecimento e uma perspectiva filosófica (a
teoria fenomenológica do conhecimento).
a) Perspectiva filogenética
Esta ciência não caminha sozinha; num processo interdisciplinar, encontramos a paleontologia
(estudo dos fósseis) que nos ajuda a entrar no mundo da filogenia. Ela (a paleontologia) nos
ajuda a entender os rastos e restos que os grupos de seres vão deixando ao longo da história.
Segundo a Paleontologia, à medida que o ser humano sofria transformações durante sua história,
também evoluía a sua capacidade cognitiva. Neste sentido, o desenvolvimento cognitivo ocorreu
graças à correlação do desenvolvimento das capacidades cognitivas (memória, linguagem,
pensamento) com as capacidades técnicas e desenvolveu-se bio-psico e socialmente.
Ao longo do processo filogenético, o ser humano constituiu-se numa dialéctica entre a acção e o
conhecimento. A acção provoca conhecimento e este provoca a possibilidade de novas e
melhores acções e, estas possibilitam novos conhecimentos, assim sucessivamente.
Aos Estudantes da Escola Secundaria 29 de Setembro da Maxixe, 11ª classe, sala 10.
Por Job Taquira
b) Perspectiva ontogenética
O grande defensor desta perspectiva foi o psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) que defendeu
que o indivíduo passa por várias etapas de desenvolvimento ao longo da vida e que o
desenvolvimento ocorre porque o organismo amadurece e sofre influência do meio físico e social
por uma gradual adaptação através da assimilação e acomodação.
Assimilação é um processo mental do qual a criança incorpora novos dados e resultados da sua
relação com o meio e a acomodação é o processo mental pelo qual os mecanismos mentais são
alterados em função das novas experiências provenientes da assimilação. E, a adaptação é uma
procura de equilíbrio nas trocas dos seres vivos com o meio.
Assimilação e acomodação são dois processos que concorrem na formação das capacidades
cognitivas de uma criança e que estão presentes em todos os estádios de desenvolvimento.
A sociologia é uma ciência humana que estuda o modo do relacionamento dos indivíduos na
sociedade e, a sociologia do conhecimento é a ciência que estuda o fenómeno conhecimento na
perspectiva sociológica.
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Por Job Taquira
O grande e primeiro defensor foi Karl Marx (1818-1883) que advogou que as ideias e o
conhecimento dependem das circunstâncias histórico-sociais do sujeito e, o conhecimento
humano é condicionado pelo meio social que molda o sujeito cognoscente.
Outro defensor foi Karl Mannheim (1893-1947) que defendeu que o pensamento de um
indivíduo é condicionado pelo dos outros seres humanos e modelado pelo grupo em que
pertence.
Fenomenologia é um método de análise ou uma atitude face ao real, que consiste em descrever
aquilo que se manifesta ou aparece numa experiência. A palavra fenómeno, nesta perspectiva,
significa “o que se manifesta ou se revela, o que se mostra.”
Para a fenomenologia, no acto do conhecimento existe alguém que conhece (o sujeito) e algo que
pode ser conhecido (o objecto) e, o resultado desse acto do conhecer é a representação da
imagem do objecto na mente do sujeito. Assim, o conhecimento é o acto pelo qual o sujeito
apreende ou representa o objecto.
2. O sujeito não é sujeito se não em relação a um objecto e um objecto não é objecto se não
em relação a um sujeito. A sua relação é uma correlação. Não podem ser separados.
5. Considerado do lado do sujeito, esta apreensão pode ser descrita como uma saída do
sujeito para fora da sua esfera.
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6. O conhecimento realiza-se em três tempos: o sujeito sai de si, está fora de si e regressa
finalmente a si.
7. O facto de o sujeito sair de si para apreender o objecto, não muda nada nele. O objecto
não é modificado pelo sujeito, mas sim o sujeito pelo objecto pelo acto do conhecimento.
Bibliografia
ALVES, Fátima & ARÊDES, José. CARVALHO, José. Introdução à Filosofia 11º Ano Pensar e
Ser. 4.ed. Texto Editora. Lisboa. 1997.
DIAS, Rui dos Anjos. Filosofia 7º Ano. Livraria Almeida Editora. Coimbra. 1972.
FERREIRA, Maria Luísa Ribeiro. Introdução à Filosofia. 11º Ano. Texto Editora. Lisboa. 1997.
Aos Estudantes da Escola Secundaria 29 de Setembro da Maxixe, 11ª classe, sala 10.