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Letícia vitória Moura da Silva

Redação

Letícia vitória Moura da Silva

Redação

O cientista brasileiro Miguel Nicolelis, ao ser questionado sobre o cenário da ciência no


Brasil, caracterizou o momento contemporâneo como " fuga de cérebros", ou seja, devido
ao histórico baixo investimento em ciência, empreendidos pelo estado, diversos estudantes
emigram do país, junto de suas inovações técnicas, em busca de melhores oportunidades
de desenvolvimento de suas teses científicas. Logo, diante do prejuízo da tradicional
desvalorização desses estudos, causados tanto pelo ínfimo destino de verbas estatais
quanto pelo desconhecimento da população, urgem medidas governamentais de aplicação
dos recursos reservados a essas pesquisas técnico- científicas.

Primeiramente, é importante destacar a ignorância da população em relação à ciência. No


início do século XX ocorreu no Rio de Janeiro a Revolta da Vacina, que foi uma
manifestação popular contra a vacinação obrigatória e aconteceu por causa do
desconhecimento do povo em relação à importância dela. Nessa perspectiva,
hodiernamente as escolas não discutem a ciência, etapas e importância, o qual acarreta a
alienação. Com isso, ocorre o mesmo do século XX: a população se revolta contra medidas
necessárias comprovadas pela ciência, como o isolamento social em 2020, e enxerga esta
de forma cada vez mais negativa.

Ademais, é visível a falta de incentivo do governo na área. Nessa perspectiva, o Artigo 218
da Constituição Federal assegura a obrigação do Estado de promover e incentivar a ciência
no Brasil, medida não executada, tendo em vista os cortes de orçamento e de bolsas
realizados pelos últimos governos. Nesse sentido, com falta de verbas, os pesquisadores
são impossibilitados de prosseguir as pesquisas, as quais necessitam de dinheiro para
obtenção dos equipamentos necessários, como microscópios, que garantem a qualidade
dos resultados. Assim, sem dinheiro e sem pressão da população pelo cumprimento do
Artigo 218, o pensamento científico é negligenciado.

Em virtude dos fatos mencionados, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações deve


destinar mais verbas para a pesquisa em Universidades e Institutos Federais, por meio da
liberação de todos os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico, que financia a inovação e o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, com o
intuito de ofertar os recursos necessários para os cientistas e, assim, realizar cada vez mais
pesquisas que beneficiam a sociedade. Além disso, o MEC deve inserir a obrigatoriedade
do estudo da ciência profundamente nas escolas, através da implementação na Base
Nacional Comum Curricular, para estimular o engajamento com o pensamento científico.
Para ser plenamente executada, o tema deve ser trabalhado desde o Ensino Fundamental

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