Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região
Partes:
RECORRENTE: MERCOPAMPA DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS ALIMENTICIOS LTDA
ADVOGADO: VICTOR EMMANUEL PASCARETTA GALLO BARRETO DE SOUZA
ADVOGADO: PRISCILA BEZERRA MORANT VIEIRA
RECORRIDO: SANDRO RODRIGUES DE ALBUQUERQUE
ADVOGADO: ANA ALINE DANTAS DE ALBUQUERQUE
RECORRIDO: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ADVOGADO: CASSIANO RICARDO DIAS DE MORAES CAVALCANTI
CUSTOS LEGIS: MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
Fls.: 2
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO
PROCESSO nº0000646-16.2020.5.06.0002(ROT)
ÓRGÃO JULGADOR : SEGUNDA TURMA.
RELATOR : DESEMBARGADOR FÁBIO ANDRÉ DE FARIAS.
RECORRENTE: MERCOPAMPA DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS ALIMENTICIOS LTDA.
RECORRIDOS: SANDRO RODRIGUES DE ALBUQUERQUE, EMPRESA BRASILEIRA DE
CORREIOS E TELEGRAFOS
ADVOGADOS: VICTOR EMMANUEL PASCARETTA GALLO BARRETO DE SOUZA, PRISCILA
BEZERRA MORANT VIEIRA, ANA ALINE DANTAS DE ALBUQUERQUE
PROCEDÊNCIA: 2ª VARA DO TRABALHO DO RECIFE (PE).
EMENTA
RELATÓRIO
Vistos, etc.
É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
MÉRITO
Da jornada de trabalho
À análise.
Pois bem.
O art. 611-A, III, da CLT somente pode ser lido de acordo com o
princípio tutelar, resguardando, sobretudo, a saúde operária e sua dignidade.
O art. 7º, XXII, do Texto Republicano impõe toda a sua força normativa
ao legislador reformista e lhe neutraliza a possibilidade de prever validamente a diminuição do tempo de
descanso a ponto de pôr em risco a saúde, higiene e segurança laboral.
Ou seja, o art. 611-A, III, da CLT deve ser conjugado ao art. 7º, XXII, da
CRFB e ao art. 71, § 3º, que delimita a possibilidade de redução do intervalo mínimo de 1 hora caso a
autoridade trabalhista conceda a respectiva autorização.
art. 71 (...)
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato
do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de
Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende
integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os
respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas
suplementares.
Pois bem.
Vejamos.
Apesar de tudo o que foi dito até aqui, o entendimento da maioria dos
membros deste órgão jurisdicional é no sentido de que o dano existencial somente estará caracterizado
caso haja demonstração específica de violação ao convício social, familiar, político, ao lazer ou aos
projetos de vida. O entendimento majoritário indica que não pode haver dano existencial in re ipsa, não
havendo como presumir apenas a partir da jornada de trabalho realizada.
No caso, não há, nos autos, elementos que indiquem ter havido sofrimento
ou abalo à incolumidade moral da reclamante, a ensejar indenização, sendo eventual condenação fruto de
mera presunção. Observe-se que o dano existencial em questão não é in re ipsa(presumível,
independentemente de comprovação).
do art. 71 da CLT; 2) o pagamento das horas extras resultantes da supressão do intervalo interjornada, a
partir de 11/11/2017, deve ser apurado considerando apenas o período suprimido, com o acréscimo de
50%, sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho, sem repercussão nas demais verbas; 3)
excluir da condenação a indenização compensatória por dano existencial.
ACÓRDÃO
CERTIDÃO DE JULGAMENTO