Física
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Tópicos
abordados:
-‐Sol
e
aquecimento
-‐ Capacidade
térmica
mássica
e
variação
da
entalpia;
-‐ Segunda
lei
da
termodinâmica;
-‐ Energia
e
Movimentos
-‐ Transferências
e
transformações
de
energia
-‐ Revisão:
Opos
de
energia,
sistema
mecânico
e
centro
de
massa;
-‐ Trabalho
realizado
por
forças
constantes:
-‐ Trabalho
potente,
nulo
e
resistente;
-‐ Potência
de
uma
força
e
rendimento
mecânico;
-‐ Movimentos
em
planos
inclinados;
-‐ Energia
e
sistemas
com
movimento
de
translação
-‐ Lei
do
Trabalho-‐Energia
(ou
teorema
da
Energia
CinéOca);
-‐ Trabalho
do
peso
e
variação
da
energia
potencial
gravíOca;
-‐ O
peso
como
força
conservaOva;
-‐ Forças
conservaOvas
e
conservação
da
energia
mecânica;
-‐ Forças
não
conservaOvas
e
variação
da
energia
mecânica;
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Sol
e
aquecimento
Assim
para
calcular
a
energia
necessária
para
que
um
1Kg
de
uma
determinada
substância
funda
ou
vaporize
basta
mulOplicar
pela
massa,
como
em:
E = mΔℍ
Em
que:
-‐ m
-‐
é
a
massa;
-‐ Δℍ
é
a
variação
da
entalpia
caracterísOca
de
cada
material;
-‐ E
-‐
energia.
A segunda lei da termodinâmica pode ser enunciada da seguinte forma:
Um
corpo
frio
em
contacto
com
um
corpo
quente
não
pode
arrefecer
(perder
energia).
Mas
o
que
é
isto
de
entropia?
Bem,
entropia
é
uma
medida
da
desordem
da
organização
das
paraculas,
ou
seja,
dizer
que
“a
entropia
não
pode
diminuir”
significa
dizer
que
um
sistema
isolado
não
pode
ficar
mais
organizado,
apenas
pode
tender
mais
para
a
desordem
(a
nível
das
paraculas).
Vejamos
o
seguinte
exemplo.
Situação 1 Situação 2
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No
caso
acima
as
paraculas
começaram
por
estar
comparOmentadas
em
dois
comparOmentos,
mas
o
2º
comparOmento
não
Onha
paraculas.
Ao
reOrar
a
divisória,
as
4
paraculas
espalharam-‐se
pelos
dois
comparOmentos,
sendo
isto
irreversível.
A
maioria
dos
processos
da
natureza
também
são
irreversíveis,
mas
por
exemplo
o
contrair
e
distender
uma
mola
é
um
bom
exemplo
de
um
processo
reversível:
ela
volta
à
posição
original.
Voltando
à
2ª
lei,
o
universo
é
um
sistema
isolado
não
é?
Então
a
2ª
Lei
pode
ser
formulada
da
seguinte
forma:
Para
concluir
podemos
dizer
que
se
há
uma
diminuição
da
entropia,
a
energia
úOl
é
menor,
porque
à
mais
energia
dissipada.
Ora
se
a
energia
úOl
é
menor
isso
significa
que
o
rendimento
vai
ser
cada
vez
menor,
por
isso
o
rendimento
nunca
é
igual
a
100%.
Energia
e
Movimentos
Como
podemos
disOnguir
transferência
de
transformação
de
energia?
Fácil,
transferência
ocorre
entre
dois
sistemas
diferentes
enquanto
que
transformação
ocorre
dentro
do
mesmo
sistema.
Para
movimentar,
por
exemplo,
um
móvel,
nós
temos
de
transferir
energia
para
este,
enquanto
que
se
esOvermos
a
falar
da
variação
da
energia
cinéOca
e
potencial
num
sistema
isolado
estamos
a
falar
apenas
de
transformações
de
energia,
porque
num
sistema
isolado
a
energia
cinéOca
provêm
da
transformação
da
energia
cinéOca,
daí
que
não
haja
variação
da
energia
interna
como
vais
perceber
mais
à
frente.
Mas
o
que
é
isso
de
energia
cinéOca
e
potencial?
Como
já
sabes
a
energia
cinéOca
e
potencial
são
as
duas
formas
fundamentais
de
energia,
a
primeira
ligada
ao
movimento
e
a
segunda
ligada
a
interacção
entre
paraculas.
Vamos
rever
mais
alguns
conceitos
como:
-‐ Centro
de
massa
-‐
paracula
fundamental
do
sistema
onde,
esquemaOcamente,
se
reúne
toda
a
massa
do
mesmo
para
que
seja
mais
fácil
estudá-‐lo.
-‐ Sistema
mecânico
-‐
sistema
que
apenas
estuda
o
movimento
sem
atender
ás
variações
da
sua
energia
interna.
Para
realizar
trabalho
é
necessário
que
uma
força
desloque
o
seu
ponto
de
aplicação.
Olha
atentamente
para
o
esquema
abaixo:
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R
.
Fg
Como
viste
no
esquema
existem
duas
forças
a
actuar
num
corpo
parado
e
poisado
em
cima
de
uma
superncie:
-‐ Força
GravíFca
-‐
que
representa
a
atracção
Corpo-‐Terra
(expressa
por:
m.g
em
que
g
é
normalmente
9,8
m/s
e
m
é
a
massa);
-‐ Reacção
Normal
-‐
que
é
a
reacção
que
a
superncie
faz
sob
o
corpo
para
que
este
não
se
“afunde”;
perpendicular
ao
deslocamento.
O trabalho de uma qualquer força pode ser representado pela fórmula:
W = F.d.cos(α)
Em
que:
-‐ F
-‐
é
a
força
exercída;
-‐ d
-‐
é
o
deslocamento
que
o
corpo
sofre;
-‐ cos(α)
-‐
corresponde
ao
ângulo
que
a
força
faz
com
o
deslocamento.
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Nesta
figura
podemos
observar
algo
muito
importante
que
é
a
força
eficaz.
A
força
eficaz
é
a
parte
da
força
que
é
uOlizada
para
movimentar
o
corpo,
normalmente
representada
por
Fe
ou
por
Fx
porque
corresponde
à
projecção
da
força
sobre
o
deslocamento.
Assim
apenas
se
a
força
for
na
mesma
direcção
e
senOdo
que
o
deslocamento
é
que
esta
corresponde
à
força
eficaz.
No
entanto
na
figura
também
podemos
ver
uma
outra
força
que
deve
ser
realçada,
que
é
a
força
do
atrito.
Para
melhor
podermos
analisar
a
força
do
atrito,
devemos
primeiro
disOnguir
vários
Opos
de
trabalho:
-‐ Potente
-‐
na
mesma
direcção
do
deslocamento
ou
num
ângulo
inferior
a
90º
com
o
deslocamento;
-‐ Nula
-‐
realiza
um
ângulo
de
90º
com
o
deslocamento;
-‐ Resistente
-‐
realiza
um
ângulo
de
mais
de
90º
com
o
deslocamento;
Assim
a
força
do
atrito
realiza
sempre
trabalho
resistente,
visto
que
o
ângulo
com
o
descolamento
é
sempre
de
180º.
Tal
como
vimos
no
capítulo
anterior
também
podemos
calcular
a
potência
e
o
rendimento
de
uma
força,
através
das
expressões:
Como
calcular
o
trabalho
do
peso
no
exemplo
da
figura
anterior?
Fácil,
vamos
ver
a
fórmula:
W
=
F.d.cos(α)
Daí
temos
que:
W
=
(m.g).d.cos(α)
W
=
(m.g).d.(h/d)
<=>
W
=
m.g.h
Ou
seja
a
fórmula
do
cálculo
do
trabalho
peso
é
mgh
tal
como
provavelmente
já
sabias.
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Podemos
concluir
então
que
o
trabalho
do
peso
não
varia
com
o
deslocamento,
apenas
com
a
diferença
de
nível
(h).
Quando
o
ângulo
da
inclinação
é
dado
em
percentagem
(x%)
isto
significa
que
por
cada
100
m,
a
altura
sobe
x.
Mas
como
calcular
a
velocidade
de
um
corpo?
Vamos
imaginar
a
seguinte
situação.
Um
homem
de
60Kg
vai
a
subir
uma
rua
de
7m
que
tem
uma
inclinação
de
30º.
A
força
que
o
homem
está
a
fazer
é
de
20N
e
o
atrito
é
desprezável.
Quando
iniciou
a
subida
a
sua
velocidade
era
de
4,5
m/s.
Qual
a
sua
velocidade
no
final?
Vamos calcular o trabalho da força que o homem faz para subir a rua.
W
=
F.d.cos(a)
W
=
20.7.cos(0)
W
=
140J
Podemos
então
associar
esta
força
à
variação
da
energia
cinéFca,
porque
ele
para
andar
necessitou
de
energia
cinéOca.
ΔEc = 140J
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vf2
=
25
vf
=
5
m/s
Resumindo
e
concluindo,
o
que
o
teorema
da
energia
cinéOca
ou
do
trabalho-‐
energia
diz
é
que:
Wf = ΔEc
A
variação
da
energia
potencial
gravíOca
é
o
simétrico
do
trabalho
do
peso:
ΔEp
=
-‐
Wp
Ou
seja,
a
variação
da
energia
potencial
gravíOca
corresponde
a
0
-‐
mgh
o
que
dá
o
simétrico
do
valor.
Já
alguma
vez
experimentaste
aOrar
uma
bola
ao
chão
e
ver
se
ela
conOnua
indefinidamente
a
chegar
à
tua
mão?
Se
não
ainda
bem,
é
uma
perda
de
tempo
porque
esta
nunca
vai
chegar
indefinidamente
à
tua
mão
porque
não
estamos
na
presença
de
nenhum
sistema
isolado,
logo
há
dissipação
de
energia.
Mas
vamos
considerar
agora
um
sistema
isolado
onde
alguém
aOraria
uma
bola
de
uma
posição
alta
A
para
uma
posição
mais
baixa
B.
O
que
aconteceria
à
bola?
Bem,
esta
iria
conOnuar
a
salOtar
para
sempre
entre
A
e
B
chegando
a
ambos
os
pontos
porque
não
há
perdas
de
energia
e
a
única
força
que
actuaria
seria
o
peso.
Ora
o
peso
é
uma
força
conservaFva,
ou
seja,
realiza
trabalho
nulo
ao
longo
de
um
circuito
fechado
como
seria
o
caso
deste
sistema
isolado.
Assim,
durante
a
descida
o
peso
seria
uma
força
potente
e
durante
a
descida
resistente,
mas
a
resultante
da
soma
seria
sempre
0.
Obviamente
que
isto
era
apenas
uma
experiência
porque
seria
impossível
verificar
isto
devido
à
falta
de
sistemas
totalmente
isolados.
Temos
ainda
que
a
Em
=
Ec
+
Ep,
ou
seja,
ΔEm
=
ΔEp
+
ΔEc.
Assim,
podemos
concluir
que
num
sistema
mecânico
conservaOvo,
a
única
hipótese
é
que
se
houver
variação
da
energia
cinéOca,
a
variação
da
energia
potencial
também
tem
que
exisOr
e
tem
que
ser
o
inverso
para
que
a
soma
seja
igual
a
0.
ΔEm
=
0
0
=
ΔEp
+
ΔEc
Exemplo:
Bola
que
sobe
-‐
energia
cinéQca
transforma-‐se
em
energia
potencial
-‐
ΔEc
=
-‐3J;
ΔEp
=
3J;
ΔEm
=
0J.
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