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Distribuição Normal
NESSE TÓPICO O OBJETIVO É COMPREENDER COMO UMA VARIÁVEL ALEATÓRIA CONTÍNUA SE COMPORTA EM UMA DISTRIBUIÇÃO NORMAL.

AUTOR(A): PROF. KEILA BEATRIZ GARCIA LEITE

AUTOR(A): PROF. KEILA BEATRIZ GARCIA LEITE

A distribuição normal é uma das mais importantes e mais utilizada entre as distribuições de variáveis contínuas de probabilidades. Muitos fenômenos aleatórios
têm, aproximadamente, uma distribuição normal, como estaturas, pesos, resultados de provas, vida útil, tempo gasto, entre outros.

A distribuição de probabilidades normal, ou curva normal (curva de Gauss), é uma curva em formato de sino e simétrica. A média aritmética é representada por
 (mi), que divide a curva em duas partes iguais, e o seu desvio padrão é representado por  (sigma).

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Uma distribuição normal possui as seguintes características:
 
1. A área total sob a curva é igual a 1,0 (100%).
2. A curva da distribuição normal é simétrica em torno da média aritmética.
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3. As caudas de uma curva normal tendem a zero. As áreas da curva normal além de  encontram-se muito próximas de zero.
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A média aritmética , e o desvio padrão , representam os parâmetros da distribuição normal. A média  determina o centro de uma curva da distribuição normal, e
o desvio padrão  fornece a dispersão da curva.

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A figura abaixo, nos mostra duas curvas da distribuição normal, com a mesma média, mas desvios padrão diferentes.

Objeto disponível na plataforma


Informação:

Desvios Padrão Diferentes

Comparação de mesma média com desvios padrão diferentes. Quanto maior o desvio padrão, mais achatada fica a curva normal.

Quanto maior o desvio padrão, mais dispersa (aberta, achatada) será a curva.
 
A próxima figura nos mostra duas curvas com o mesmo desvio padrão, mas médias diferentes.
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Se o desvio padrão for o mesmo, as curvas são semelhantes, mas com o centro (média) em pontos diferentes.

 
Uma variável aleatória contínua x tem distribuição normal de probabilidade se a sua função densidade de probabilidade, é dada por:

 
O gráfico de f(x) é:
As principais características dessa função são:

a.   é o ponto máximo de  é o ponto.


b. Os pontos  e , são pontos de inflexão da função .
c. A curva é simétrica com relação a .
d.  e  .

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Usamos a seguinte notação: 
Lê-se: x tem distribuição normal, com média  e variância .
 
Para determinarmos a probabilidade da variável x estar entre a e b –  – basta calcular a área sob a curva entre a e b:
O cálculo de área sob curvas é realizado através de integrais, assim:

 
O que não é tão simples, por isso trabalhamos com a distribuição normal padronizada ou distribuição de variável normal reduzida.

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Na distribuição normal padronizada adotamos:

Onde z é chamada de variável normal reduzida ou variável normalizada.


Assim, temos a seguinte notação:

E definimos:
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Essa curva também é simétrica com relação a .

Mas qual é a correspondência entre X e Z?


Morettin (2010) nos apresenta o seguinte exemplo: seja X: N(20, 4), encontre os valores reduzidos correspondentes a X 1 = 14, X 2 = 16, X 3 = 18, X 4 = 20, X 5 = 22, X

24 e X 7 = 26.
 

Como:

 
Então, se:

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Graficamente, temos:

Objeto disponível na plataforma


Informação:
Comparação da Variável X e da Variável Z

Gráfico mostrando a correspondência dos valores de X e da variável Z reduzida.

Podemos perceber que a variável reduzida Z indica quantos desvios padrão a variável X está afastada da média.
A vantagem de se usar a variável reduzida Z, é que podemos usar a Tabela de Distribuição Normal, para determinar a área  (alfa) sob a curva normal.

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Encontrando o valor de Z correspondente a X, procuramos na tabela a área sob a curva entre o 0 e o , não importa se o Z for negativo.

Exemplos:
1. Seja X: N(50, 16), calcular:

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a.
 
Isto é, a probabilidade da variável X estar entre os valores 50 e 55.

Temos:  ,   e 
Calculando Z:

Então:

Pelo esquema acima, percebemos que a probabilidade da variável X estar entre os valores de 50 e 55, é igual a área sob a curva entre esses valores:

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Agora, devemos procurar o valor de  na tabela, como?

Procuramos na primeira coluna da tabela   o valor inteiro e os décimos do Z calculado, isto é, 1,2 assim vamos determinar em qual linha está o . Depois,
procuramos na primeira linha da tabela  os centésimos do Z calculado, que foi, 0,05 e assim conseguimos determinar a coluna em que  está. O valor de

valor da interseção da linha e coluna encontrada.

No nosso exemplo:

 
Portanto:

      b. 

 
Isto é, a probabilidade da variável X estar entre os valores 47 e 58.

Temos:    ,    ,    e 

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Calculando Z:

 
Então:

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Na tabela:

 
Portanto:

 
      c. 
 

Isto é, a probabilidade da variável X estar entre os valores 52 e 59.


Temos:    ,    ,    e 
Calculando Z:

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Então:
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Na tabela:

 
Portanto:

 
      d. 
  
Isto é, a probabilidade da variável X ser maior que o valor 56,5.

Temos:    ,    e 
Calculando Z:
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Então:

 
Na tabela:

 
Portanto:
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       2. Sendo X: N(100, 25), determinar , tal que:

a.
 
Isto é, qual o valor de , para que a probabilidade de X ser maior que  seja de 5%.

Temos:    e 

Agora, devemos procurar na tabela de distribuição normal o valor de  para :


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Como não há o valor exato (0,45), selecionamos dois valores para , um valor anterior e um posterior, e escolhemos aquele que apresentar a menor diferença para

0,45.
 
Para Z = 1,64, encontramos a diferença de: 0,45 – 0,449497 = 0,000503

Para Z = 1,65, encontramos a diferença de: 0,450529 – 0,45 = 0,000529


 
A menor diferença é para Z = 1,64, então vamos calcular :

 
      b. 
 
Isto é, qual o valor de , para que a probabilidade de X ser menor que  seja de 3%.

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Temos:    e 

Agora, devemos procurar na tabela de distribuição normal o valor de  para : 


 
Como não há o valor exato (0,47), selecionamos dois valores para , um valor anterior e um posterior, e escolhemos aquele que apresentar a menor diferença para

0,47. Cuidado, nesse exemplo nosso Z é negativo, por estar à direita da média.
 
Para Z = -1,88, encontramos a diferença de: 0,47 – 0,469946 = 0,000054
Para Z = -1,89, encontramos a diferença de: 0,470621 – 0,47 = 0,000621

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A menor diferença é para Z = -1,88, então vamos calcular :

 
        3. Num lote de 600 peças, as massas das peças têm distribuição normal, com média de 65,3 g e desvio padrão de 5,5 g. Encontre o número esperado de peças
com massas superiores a 63,2 g.
 
Temos:    ;    e 
Calculando Z:

 
Então:

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Na tabela:

 
Portanto:

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Como no lote tem 600 peças e 64,80% têm massa superior a 63,2 g, então a quantidade de peças que tem massa superior a 63,2 g é:

ATIVIDADE FINAL
Uma máquina automática para encher garrafas está regulada para que o volume médio de refrigerante em cada

garrafa seja de 2 litros e o desvio padrão de 20 ml. Pode-se admitir que o volume de refrigerante nas garrafas
tenha distribuição normal. Qual a porcentagem de garrafas em que o volume de refrigerante é inferior a 1965
ml?

A. 87,56%.

B. 95,99%
C. 45,99%
D. 1,04%
E. 4,01%

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Sabendo-se que um supermercado vende em média 2500 garrafas de refrigerantes de 2 litros, com desvio

padrão de 80 garrafas e distribuição normal, de quantas garrafas deve ser o seu estoque semanal para que a
probabilidade de que falte esse tipo de refrigerante numa determinada semana seja de apenas 3%?
A. 2350 garrafas.
B. 2500 garrafas.

C. 2400 garrafas.
D. 2300 garrafas.
E. 2450 garrafas.

Suponha que o índice pluviométrico em uma cidade tenha distribuição normal com média 40 polegadas e desvio

padrão 5 polegadas. Qual é a probabilidade de a cidade ter mais de 38 polegadas de chuva?

A. 15,54%

B. 65,54%
C. 84,46%
D. 34,46%
E. 50,00%

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Suponha que a pontuação de um estudante no vestibular seja uma variável aleatória selecionada de uma

distribuição normal com média de 550 e variância 900. Se a admissão em certa faculdade exige uma pontuação
de 575, qual é a probabilidade de ser admitido?

A. 29,67%
B. 20,33%
C. 79,67%

D. 34,46%
E. 50,00%

Um fabricante de máquinas de lavar sabe, por longa experiência, que a duração de suas máquinas tem
distribuição normal com média de 1000 dias e desvio padrão de 200 dias. Oferece uma garantia de 1 ano. Produz

mensalmente 2000 máquinas. Quantas espera trocar pelo uso da garantia dada, mensalmente?

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A. 7 máquinas.
B. 50 máquinas.

C. 49 máquinas.
D. 2 máquinas.
E. 5 máquinas.

REFERÊNCIA
ARA, A. B.; MUSETTI, A. V.; SCHNEIDERMAN, B. Introdução à Estatística. São Paulo: Edgard Blucher – Instituto Mauá de Tecnologia, 2003. 152 p.
DOWNING, D.; CLARK, J. Estatística Aplicada.Trad. Alfredo A. de Farias. 2ª ed.

MANN, P. S. Introdução à Estatística. Trad. Teresa C. P. de Souza; contribuições de Christopher J. Lacke. Rio de Janeiro: LTC, 2015. 765 p.
MORETTIN, Luiz Gonzaga. Estatística básica: probabilidade e inferência. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. 376 p.
TAKAHASHI, Shin. Guia de Mangá de Estatística. Trad. Lia G. Regius. São Paulo: Novatec Editora, 2010. 215 p.
VIEIRA, Sonia. Elementos de Estatística. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. 162 p.

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