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DIP

Face ao choque da primeira guerra mundial, a SDN, no âmbito da nova ordem mundial,
tem como principal objetivo assegurar a paz mundial. A ideia era tornar a 1gm a última das
guerras. Neste contexto, o Presidente dos EUA (Woodrow Wilson), tenta estabelecer um
quadro de cooperação e supervisão que asseguraria a paz. Curiosamente os EUA não aderem à
SDN, fragilizando assim anova organização. Apesar disto, esta é a primeira experiência num
quadro de governação global, com organizações de governação técnica (ex. OIT). Instituiu
também o tribunal permanente de justiça internacional (antecessor do atual tribunal
internacional de justiça, em Haia). Em 1928, assina-se um pacto para terminar de vez com a
guerra (Pacto Kellogg-Briand). A SDN, foi, no entanto, bastante ineficaz, não conseguindo
responder a várias violações do DI à época.

Após a 2GM, apesar dos objetivos se manterem, à várias mudanças. Mantém-se o


objetivo por exemplo, da coordenação internacional. No entanto, pretende-se um maior
pragmatismo, chegando-se á conclusão de que não basta criar-se instituições ou princípios,
devendo estes, porém, serem modelados de forma realista, isto é, de acordo com as forças
prevalecentes do quadro internacional, estabelecendo um quadro de equilíbrio entre elas,
rejeitando o absoluto igualitarismo da antiga SDN. Apesar de ter dimensões igualitárias, como
o respeito pela soberania e integralidade territorial dos Estados, mas reconhecia-se o papel
especial das potências vencedoras. Estas tinham, mais poder, mas mais deveres também. As
potências têm um poder-dever.

Deve-se respeitar a soberania, pela via da cooperação técnica. Quadros de cooperação


e interação económica, por exemplo. Esta proposta denomina-se de Funcionalismo. Limita-
se, assim, a capacidade dos Estados em abrirem novos conflitos. Esta é a principal vertente
dentro da ONU. Assim, as Nações Unidas encontram-se no centro de uma “constelação” de
organizações internacionais técnicas, focadas em setores sociais e económicos específicos.

Da 2GM surgem dois blocos rivais, contexto que “contamina” a ONU, impedindo o
conselho de segurança de atuar. O maior sucesso da ONU para manter a paz resulta, também,
deste contexto, isto é, do equilíbrio pelo terror. Substitui-se as respostas unilaterais,
promovendo-se quadros, não de governo, visto que não têm necessariamente uma hierarquia
ou um estatuto formalização, mas de governação comuns, preferencialmente com inspiração
democrática.

Parte-se, no entanto, da ideia de que a soberania não deve ser tida como um poder,
mas como uma responsabilidade. A soberania é indispensável se estiver ao serviço das pessoas
e do povo. Assim, os problemas de dada região do globo são também problemas comuns a
toda à Humanidade.

O DI contemporâneo não é representa uma rutura com o passado, mas antes uma
evolução de décadas e séculos do seu desenvolvimento, bem como a sua adaptação ao
progredir dos tempos. Dá-se, por exemplo, uma grande multiplicação das organizações
internacionais, bem como o surgimento de novos atores e sujeitos de DI, como as
organizações não governamentais, que, apesar de não serem membros das Nações Unidas,
participam da sua ação.
Fontes do DI

O elemento heurístico para tratar este assunto é o artigo 38 do ETIJ. Existem vários
sentidos para o conceito de fontes do dto. O adotado é a perspetiva do suporte donde surge o
direito, se cria e se mostra ou manifesta o direito. A fonte pode ser ela própria criadora, mas
também tão só reveladora de normas que já existem.

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