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RELATÓRIO TÉCNICO DE ENGENHARIA

MIG-002/2021

BARRAGEM DE OITICICA

TRATAMENTO DE ROCHA FRATURADA PARA FUNDAÇÕES

DE LAJES DE PÉ DO VERTEDOURO

Geraldo Magela Francisco

Engenheiro de Fortificação e Construção

CREA 6085/D-AC

Fortaleza, CE – Novembro de 2021


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................... 3

2. OBJETIVO ................................................. 3

3. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA .................................... 3

4. AÇÕES IMEDIATAS NA VISITA TÉCNICA ........................ 6

5. ANÁLISE DAS SOLUÇÕES POSSÍVEIS ........................... 9

5.1 Remoção da Camada com rompedor hidráulico ............... 9

5.2 Grampeamento da Rocha e injeção de calda de cimento .... 11

5.3 Procedimento para execução da solução mais indicada .... 15

6. CONCLUSÕES .............................................. 19

ii
CONSULTORIA DE ENGENHARIA E FUNDAÇÕES LTDA

1. INTRODUÇÃO

A Empresa Quanta Consultoria, em atendimento ao Consórcio


Construtor EIT/Encalso, responsável pela construção da
Barragem de Oiticica no município de Jucurutu/RN, entrou em
contato com a MIG Consultoria de Engenharia no sentido de
realizar vistoria técnica “in loco” e conduzir um estudo com
o objetivo de esclarecer as condições de uso de rocha como
fundação das placas de pé, na Jusante Hidráulica esquerda do
vertedouro, uma vez que fora constatada a presença de uma
falha na rocha no local.

O estudo deveria ser conduzido com visita técnica, para


visualização do problema “in loco” e incluir também a
previsão da realização de ensaios rápidos e expeditos, que
possibilitassem a apresentação de prováveis soluções
construtivas no tempo disponível, uma vez que a etapa de
construção da barragem do tipo CCR (Concreto Compactado a
Rolo) aproxima-se do local em estudo, e portanto, só poderá
ter continuidade com a solução do problema.

2. OBJETIVO

Este relatório técnico de engenharia tem por objetivo


verificar as condições estruturais da rocha fraturada que
receberá as lajes de pé do vertedouro em sua jusante
hidráulica esquerda, propondo uma solução para a sua
melhoria para que possa ser utilizada como fundação das
referidas lajes, limitando a solução a ser proposta a este
problema específico.

3. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Dado o exposto, foi realizada uma visita técnica, em 2 de


outubro de 2021, por um engenheiro geotécnico sênior, com a
finalidade de obter um entendimento inicial do problema,
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interagindo com a Construtora e Fiscalização para obtenção


de dados mais consistentes para viabilizar uma solução.

Na visita, a partir da pré-análise do problema, foram

abordadas duas possíveis soluções: injeção com atirantamento

(grampeamento) ou desmontagem a frio com uso de rompedores

hidráulicos. O desenvolvimento e o ritmo atual da obra foram

discutidos e considerados para a proposição da melhor

solução que gere a menor interferência no cronograma.

Foram ouvidos os principais atores com suas experiências

construtivas e levantados os fatores intervenientes nos

processos construtivos, de forma a minimizar custos com


mobilizações e execução propriamente dita.

A região de trabalho, a jusante esquerda do vertedouro

(Figura 1), foi caracterizada geologicamente como rochas

gnáissicas ou graníticas, com a presença constante de

amontoados de blocos, gerados por alívio de tensões das

rochas matrizes. No maciço rochoso é bastante comum a

ocorrência de fraturas preenchidas com solo silto-arenoso,

como é o caso em estudo. Estas fraturas são geralmente

transversais e abertas por efeito de tração, ver figura 2. A


presença destas descontinuidades tende a favorecer a

percolação de água nesses locais e a propiciar possíveis

escorregamentos de rochas.

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Figura 1 – Localização da rocha fraturada na área da barragem

(a) Visão geral da fratura na rocha

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(b) Detalhes das diversas feições da fratura


Figura 2 – definição da fratura geral na rocha

4. AÇÕES IMEDIATAS NA VISITA TÉCNICA

Na visita técnica, após verificadas as feições da fratura


com preenchimento de solo arenoso com possibilidade de
intrusões silto-arenosas, foi explorada a parte superior da
rocha para análise do grau de deterioração na abertura da
fratura.

A fratura da rocha encontra-se aberta na parte superior do


topo rochoso, permitindo a entrada de água e realimentando o
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processo de intemperismo químico ao longo do tempo, conforme


pode ser visualizado na figura 3.

Figura 3 – Parte superior da fratura aberta na superfície

Como ação inicial, foi solicitado ao Consórcio Construtor


EIT/Encalso, que o topo rochoso fosse devidamente limpo,
revelando a seção de entrada da fissura na rocha e
possibilitando sua análise e compreensão. Com o intuito de
investigar as condições do maciço rochoso e do subsolo do
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local e utilizando o equipamento disponível na obra, uma


perfuratriz do tipo Rock drill, solicitamos que fosse
realizada uma campanha de ensaios com 11 furos distribuídos
de forma a caracterizar melhor o desenvolvimento da fratura
à jusante do corpo do vertedouro, e até 10 metros além
deste, conforme ilustram as figuras 4 e 5.

Figura 4 – Esquema de furos de confirmação

Figura 5 – Posicionamento da Rock drill

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Os resultados iniciais dos furos de confirmação revelaram


que a fratura tende a se fechar na medida que se afasta no
corpo da barragem à jusante. Terminada a campanha de furos
será possível prever a quantidade de calda de cimento a ser
injetada e o dimensionamento dos grampos.

5. ANÁLISE DAS SOLUÇÕES POSSÍVEIS

As soluções possíveis neste caso se resumem a duas


principais: a remoção da camada de rocha a frio com rompedor
hidráulico e o atirantamento (grampeamento) da camada
superior com injeção de calda de cimento complementar.

5.1 Remoção da Camada com rompedor hidráulico

A primeira solução para resolução do problema seria eliminar


a porção de rocha superior e também a pequena camada de solo
que preenche sua descontinuidade para por fim, nivelar o
piso e construir as lajes de pé do vertedouro naquele local.
A forma tradicional de desmonte a fogo foi descartada em
virtude da proximidade da rocha a ser trabalhada com o corpo
da barragem e do vertedouro pelos riscos que imporiam à
estrutura. Outra possibilidade seria o uso de rompedores
hidráulicos montados em equipamentos que pudessem acessar o
maciço a partir do CCR já executado. Algumas vantagens podem
ser enumeradas para este procedimento:

 Reduz o risco da perda de solo entre as camadas de

rocha com consequente perda de estabilidade das

fundações das placas;

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 O rompimento a frio ocorreria sem maiores impactos

sobre o corpo da barragem já construído nas laterais;

 O subproduto da demolição pode ser utilizado na própria

barragem, sem a necessidade de transporte para bota-

fora.

Entretanto algumas desvantagens deste procedimento podem ser


destacadas:

 Há a necessidade de mobilização de equipamento para o

desmonte a frio, já que não há a disponibilidade dele


na obra;

 A rocha a ser desmontada, porção superior, é rocha sã,

com cerca de 1,5 metros de espessura e, devido a sua

formação de origem ígnea ou vulcânica, em geral possui

elevada resistência mecânica devida a homogeneidade do

corpo rochoso, oferece uma maior dificuldade para os

rompedores hidráulicos tradicionais;

 O impacto no cronograma será grande em virtude da

dificuldade de rompimento da rocha;

 O CCR deverá ser interrompido, deixando pessoal e

equipamentos aguardando o término dos trabalhos de

rompimento e retirada da rocha;

 Ao término da retirada da rocha, a nova estrutura da

rocha que aflorar deverá ser preparada para receber a

placa de proteção definitiva;

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 A perda deste topo rochoso deve ser levada em

consideração no equilíbrio e no cálculo da estabilidade

do vertedouro, uma vez que haverá perda de empuxo

passivo.

5.2 Grampeamento da Rocha e injeção de calda de cimento

Em contrapartida a primeira solução de eliminar a camada


problemática do maciço rochoso, na segunda solução se propõe
conviver com o problema e utilizar procedimentos para
estabilização desta camada, permitindo o prosseguimento da
obra. Dentre as formas de tratamento de maciços rochosos
para estabilidade de taludes, existe a solução da inserção
de tirantes ou grampos para aumentar a segurança deste
talude. Complementarmente, pode-se realizar injeções de
calda de cimento para impedir ou diminuir a percolação de
água no local e aumentar a resistência mecânica do maciço
rochoso, tratamento muito utilizado em rochas muito
diaclasadas.

A região da rocha a ser tratada tem área de aproximadamente


150 m² (10 m x 15 m) cujo topo é inclinado a 15º com a
horizontal e é levemente ondulado. O corte da rocha para a
execução do CCR do vertedouro revela que a fratura está a
cerca de 1,50 metros do topo rochoso.

Nestas condições, foi possível, mesmo sem equipamentos como


sonda rotativa na obra, elaborar um croqui do
desenvolvimento da fratura no sentido de montante para
jusante permitindo dimensionar a quantidade de calda de
cimento a ser injetada. O perfil revela, felizmente, que há
o fechamento da fratura na medida que se afasta à jusante. A
figura 6 mostra a planta de locação dos furos, numerados de
1 a 11. A figura 7 mostra as dimensões da fratura na rocha.

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Figura 6 – Planta de locação dos furos

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Figura 7 – Perfil estratigráfico da rocha com fratura não


hachurada

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(a) Pontos dos bordos da fratura

Figura 8 – Tendência de fechamento da fratura

Observando a figura 8, é nítido o fechamento da fratura na


medida em que se distancia do corpo da barragem à jusante,
permitindo que a injeção de calda de cimento seja
controlada.

Esta solução tem vantagens que podem ser enumeradas:

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 A execução do vertedouro da barragem em CCR não precisa

ser interrompida para que este trabalho possa ser

realizado, gerando impacto mais discreto no cronograma

da obra;

 A técnica de execução deste trabalho é perfeitamente

dominada pelo Consórcio Construtor, conforme levantado

na visita técnica;

 Há a possibilidade de executar todo o trabalho com os

equipamentos disponíveis na obra, não necessitando de

grandes mobilizações para o início.

Entretanto, todos os procedimentos têm desvantagens, e


neste caso, algumas delas podem ser enumeradas, que são o
custo do atirantamento ou grampeamento do maciço, a
exigência de pessoal especializado na execução, a
possibilidade de fuga de calda de cimento encarecendo o
processo e a necessidade de elaboração de projeto.

5.3 Procedimento para execução da solução mais indicada

Considerando o exposto, acredita-se que o atirantamento com


auxílio de calda de cimento seja a opção mais vantajosa.
Contudo, ressalta-se que a escolha deve ser feita pela
empresa construtora e ainda ter a anuência da fiscalização.

Caso seja adotada a recomendação deste estudo, a execução


dos trabalhos poderá seguir o roteiro abaixo apresentado.

1. Limpeza da área externa da fratura - O primeiro

trabalho a ser realizado é a retirada do solo areno-

siltoso do preenchimento da fratura (entrada da

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fratura) complementado com uma limpeza visando a

retirada dos finos que ainda persistam sobre a parte

rochosa. De forma semelhante, todos blocos soltos devem

ser retirados de forma a não interferir no tratamento

pretendido.

2. Preparo e instalação de fôrmas – É necessário que haja

a fabricação e montagem de fôrmas na interface da

fratura com o vertedouro, possibilitando eficiente

estanqueidade, suficientemente escoradas, para suportar

o peso do concreto aplicado.

3. Preenchimento com concreto - A abertura da fissura


voltada para o contato com o CCR do vertedouro deve ser

preenchida com concreto usinado, fck 30 MPa, com

fluidez suficiente para ocupar toda a fratura em sua

parte externa. O procedimento deve ser realizado com o

auxílio de bomba. Este concreto funcionará como

tamponamento para a futura injeção de calda de cimento

no corpo da fratura, e deve ter um consumo aproximado

de 20 m3.

4. Instalação de grampos – Após o preenchimento e cura do

concreto, a instalação de grampos terá a

responsabilidade de complementar a resistência ao

cisalhamento ao longo do plano da fratura da rocha,

região mais fraca e potencial superfície de ruptura do

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maciço sob carregamento das lajes de proteção e carga

hidráulica.

Serão instalados grampos chumbadores de aço CA-50,


Diâmetro 25,0 mm, nos locais dos furos de sondagem
(furos números 3 a 11), com comprimento total de 3
metros cada um, injetados com argamassa de cimento e
areia no traço 1:3 para chumbadores, seguindo a mesma
técnica dos demais instalados na obra.

5. Injeção de calda de cimento no maciço – será injetada


calda de cimento, com pressão máxima de 0,22kgf/cm2, com
as orientações de projeto, com a finalidade de eliminar
possíveis vazios e melhorar a resistência ao cisalhamento
da interface entre as duas camadas de rocha sã.

A limpeza geral da área já está sendo realizada como preparo


para ações futuras, figura 10 e um cronograma possível está
na figura 9.

Descrição semana 1 semana 2 semana 3

1 Interrupção momentânea do CCR

2 Limpeza da fratura

3 Preparação das fôrmas

4 Bombeamento de concreto

5 Reinício e prosseguimento do CCR

6 Instalação de grampos

7 Injeção de Calda de cimento

Figura 9 – Cronograma para execução do tratamento da rocha

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Figura 10 – limpeza externa do topo da rocha e parte externa da fratura

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6. CONCLUSÕES

Da análise e visita ao campo, pode-se concluir:

 A fratura preenchida com solo areno-siltoso na rocha

gera uma superfície de ruptura potencial e deve ser

tratada;

 Há dois procedimentos possíveis para a solução do

problema que são a desmontagem do maciço e o

grampeamento com injeção de calda de cimento;

 A desmontagem da rocha não pode ser realizada com

explosivos pela proximidade com o corpo da barragem já

construído;

 Os processos possíveis, com menores consumos de tempo e

recursos, são a desmontagem da rocha com rompedor

hidráulico e grampeamento seguido de injeção de nata de

cimento para preenchimento de vazios e melhoria da

resistência ao cisalhamento do solo que preenche a

fratura;

 O consórcio construtor tem o “know-how” do processo de

grampeamento e injeção de calda de cimento, já utilizado

nesta barragem;

 A remoção a frio com rompedor hidráulico seria bastante

oneroso para o cronograma e também para os custos;

 Os perfis revelados pelos furos de sondagem mostram que

a fratura vai se fechando na medida em que se distancia

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do corpo da barragem, permitindo que a injeção de calda

de cimento seja eficiente e com custos controlados;

 Indicamos a solução de grampeamento com injeção de calda

de cimento, em um total de 9 grampos de 3 metros de

comprimento, diâmetro de 25mm, localizados nos furos de

sondagens (números 3 a 11), seguindo a técnica já

executada na obra.

Fortaleza, CE, 1º de novembro de 2021.

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