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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS – DCC
DISCIPLINA: Noções de Atuária
APOSTILA NA-003/10 - Previdência Privada - PROF. QUARESMA

1 – Sistema de Previdência Privada

1.1 – Aspectos preliminares

Primeiramente, por “previdência” entende-se como sendo algo previdente, ou seja, alguma
coisa que pode acontecer e que possa prevenir e/ou ser prudente com o seu futuro, principalmente do
ponto de vista financeiro. Quanto ao significado de “privada” pode ser entendido como tudo aquilo
que não é público, ou seja, é de caráter particular. Portanto, “previdência privada” é entendida como
sendo um sistema que acumula recursos financeiros que garantam uma renda mensal no futuro,
especialmente no período em que se deseja parar de trabalhar.
A principal finalidade do sistema de previdência privada é a geração de renda de aposentadoria,
proporcionando ao participante e/ou segurado a manutenção do poder aquisitivo, quando optarem
por aposentar-se. O sistema de Previdência Social visa o pagamento de benefícios básicos de
aposentadorias e auxílios, regulamentados pela Lei 8.213/91 e Decreto 3.048/99, enquanto o setor de
previdência privada oferece rendas assemelhadas às rendas da Previdência Social, como, por
exemplo: renda de aposentadoria por tempo de contribuição, por invalidez e pensão por morte. A
Lei Complementar nº 109/01 e o Decreto 4.206/02 são atualmente as principais fontes de
regulamentação sobre a previdência privada no Brasil.
No Brasil existem dois tipos de plano de previdência privada, conhecidas como “aberta” e
“fechada”. A previdência aberta é aquela onde qualquer pessoa pode ser contratada, enquanto a
fechada é destinada somente a grupos, como por exemplo, funcionários de uma empresa.
Aberta - É oferecida para todos os brasileiros com poder aquisitivo para manter o
pagamento do prêmio, mantida as características específicas de cada produto. São ofertadas pelas
Seguradoras e, no Brasil, principalmente pelos Bancos. Um dos principais benefícios dos planos
abertos é a sua liquidez, já que os depósitos podem ser sacados a qualquer momento. O número total
de participantes de planos abertos é estimado atualmente em cinco milhões de pessoas.
Fechada - É destinada para todos os empregados de empresa (ou grupo de empresas)
patrocinadoras do plano de previdência. Recentemente também foi colocada à disposição de
participantes filiados a entidade representante de classes, como CRC, OAB, Sindicatos etc. Em
linhas gerais, o trabalhador contribui com uma parte mensal do salário e a empresa banca o restante,
valor que normalmente é dividido em partes iguais.
Uma vantagem imediata é a possibilidade de se deduzir 12% da renda bruta na declaração
anual do Imposto de Renda Anual. Estima-se que as empresas de previdência complementar
possuam cerca de 126 mil participantes que já desfrutam de benefícios de previdência do setor.
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1.2 Estrutura da Previdência Oficial no Brasil.

1.2.1 Principais Instituições com vínculo com a Entidade de Previdência Privada Fechada:

MPAS – Ministério da Previdência e Assistência Social – Órgão Máximo de Orientação, Controle e


Fiscalização do sistema de Previdência;
CGP – Conselho de Gestão da Previdência Complementar, vinculado ao MPAS - responsável pela
fixação de diretrizes e normas do sistema;
SPC – Secretária da Previdência Complementar, vinculada ao MPAS – responsável pela orientação,
controle e fiscalização das Entidades de Previdência Privada Fechada;
ABRAPP – Associação Brasileira de Previdência Privada Fechada; representa as entidades de
previdência privada fechada;
Legislação Básica que regulamenta o segmento:
Lei 6.435 de 15/07/1977, revogada pela Lei Complementar nº 109, de 29.05.2001.
Decreto 81.240 de 20/01/78 revogado pelo novo Decreto 42.206, de 23/04/2002.

Previdência Privada Fechada

MPAS - Ministério da Previdência de Assistência Social

CGP – Conselho de Gestão da Previdência


Complementar
Presidente: Ministro da Previdência

SPC – Secretaria de Previdência Complementar

ABRAPP – Associação
Entidades de Previdência Privada Fechada ou
Brasileira de Previdência
Fundos de Pensão
Privada
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1.2.2 - Principais Instituições com vínculo com a Entidade de Previdência Privada Aberta:

• Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP): Órgão responsável pela fixação de


diretrizes e normas da política de seguros privados no Brasil. Sua estrutura administrativa é
composta pelo Ministro da Fazenda (presidente), Superintendente da SUSEP, Presidente do IRB,
Presidente do Banco Central do Brasil, um representante do Ministério da Justiça, um do Ministério
do Planejamento, e quatro da iniciativa privada.
• SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, vinculada ao CNSP – responsável
pela fiscalização, orientação e controle do segmento de previdência aberta e seguro em geral.
• IRB – Instituto de Resseguros do Brasil S.A
 Sociedade cuja finalidade é regulamentar o co-seguro, o resseguro, a retrocessão e
promover o desenvolvimento das operações de seguros no País.

Previdência Privada Aberta

CNSP - Conselho Nacional de Seguros Privados


Presidente: Ministro da Fazenda

SUSEP – Superintendência de Seguros Privados

IRB – Instituto de
Resseguro do Brasil

Seguradoras, Capitalização e Corretoras


Previdência Privada e os de Pensão

1.3 - Planos por sobrevivência (Vida Gerador de Benefícios Livres - VGBL e Plano Gerador de
Benefícios Livres - PGBL)

São entendidos como sendo planos de seguro e de previdência, respectivamente, que após um
período de acumulação de recursos, proporcionam aos investidores (segurados e participantes) uma renda
mensal, que poderá ser vitalícia ou por período determinado ou mesmo por pagamento único.
O primeiro (VGBL) é classificado como seguro de pessoa, enquanto o segundo (PGBL) é um
plano de previdência complementar.
A principal diferença entre os dois está no tratamento tributário. Em ambos os casos, o imposto
de renda incide uma única vez, no momento do resgate ou recebimento da renda. Entretanto, enquanto no
VGBL o imposto de renda incide apenas sobre os rendimentos, no PGBL o imposto incide tanto sobre o
valor aplicado quanto sobre seus rendimentos.
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A lei do imposto de renda permite a dedução de até 12% da renda anual bruta no modelo
completo, em caso de previdência privada. Assim, a pessoa que contratar um PGBL poderá utilizar
esse incentivo fiscal. O Governo difere o recolhimento, permitindo a dedução na base de
contribuição para o IRRF, durante o período de pagamento dos prêmios, porém no momento do
resgate da reserva matemática ou do recebimento da renda, incidirá a tabela vigente à época

1.4 – Precificação do seguro fundamentado nas ciências atuariais

Considerando que já foram objeto de estudo os fundamentos atuariais que envolvem o


segmento de seguro, reservam-se os aspectos básicos de noções de probabilidade para definição dos
preços dos prêmios e dos componentes de despesas (sinistros, serviços administrativos, lucros, entre
outros).
Em todo o cálculo atuarial há necessidade de conhecimento de certos conceitos, tais como:
espaço amostral, evento, probabilidade.
Por espaço amostral entende-se como sendo “o conjunto de todos os resultados possíveis de
um experimento, que é representado pela sigla “S”. Como exemplo, pode-se citar o lançamento de
uma moeda onde a probabilidade é de 50% para “C” e 50% para “K”.

1.4.1 - Evento:

É um subconjunto de um espaço amostral, definindo um resultado bem determinado. O


evento pode ser um único ponto amostral ou uma reunião deles.
Exemplo: No lançamento de dois dados pede-se para enumerar os seguintes eventos:
A – Aparecimento de faces iguais _____________________________________
B – Aparecimento de faces cuja soma seja igual a 10_______________________
C - Aparecimento de faces cuja soma seja menor que 2 _______________________
D - Aparecimento de faces cuja soma seja menor que 15 ______________________
E - Aparecimento de faces do qual uma é o dobro da outro, independente da ordem ___________

Tendo em vista que a probabilidade é um número associado à ocorrência de um evento


destinado a medir sua possibilidade de ocorrência, compreendido no intervalo de {0,1}, calcule a
probabilidade de cada evento acima por meio da fórmula (P = no de casos favoráveis/no de casos
possíveis)
P (A) = P (B) =

P (C) = P (D) =

P (E) =
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Após os cálculos pode-se concluir que a probabilidade associada à ocorrência de um evento


for igual a zero, o evento é impossível: enquanto se o resultado for igual a um, dizemos que o
evento é certo. Se o resultado estiver compreendido entre zero e um, dizemos que se trata de um
evento possível.
Curiosidade: Qual é a chance (probabilidade) de uma pessoa ganhar na mega-sena jogando apenas
uma cartela preenchida com seis números?
Como proceder:
a) As chances de acerto dos seis números são calculadas por meio de uma combinação simples de 60
elementos tomados 6 a 6, C60.6. (Cx, y = x!/y! (x - y)!).
Resultado: Um ganhador em 50.063.860.

1.4.2 - Esperança Matemática (E):

A esperança matemática (E) representa o preço matemático, que, em seguro, chama-se de


prêmio de risco ou prêmio estatístico. É um componente importante utilizado pelo atuário na
obtenção do valor da prestação que o segurado paga ao segurador, para que este assuma a
responsabilidade pelo risco de perdas.
Seu valor é dado pela multiplicação do ganho esperado pela probabilidade de ganho e pelo
fator desconto financeiro (vn).
Portanto, a esperança matemática (E = Q x p x vn), onde:
E = esperança matemática
Q = ganho esperado
p = probabilidade
vn = fator de desconto financeiro
i = taxa de juros
Relembrando os conceitos de matemática financeira: v = 1 / (1 + i)

Para definição do processo de precificação do custo de um seguro existem três tipos de prêmios:
a) Prêmio de risco ou prêmio estatístico: que tem por objetivo cobrir o risco médio;
b) Prêmio puro: que é igual ao prêmio de risco mais um carregamento de segurança estatístico (θ),
ou seja: Prêmio Puro = Prêmio de Risco x (1 + θ).
OBS: O carregamento de segurança serve como uma margem de segurança para cobrir as
flutuações estatísticas do risco, de modo que exista uma probabilidade muito pequena de os
sinistros superarem o prêmio puro; e
c) Prêmio comercial: entendido como sendo o prêmio puro acrescido do carregamento para as
despesas da seguradora (α) relativas à comissão de corretagem e às despesas administrativas,
incluindo uma margem para o lucro.
Prêmio Comercial = Prêmio Puro / (1 – α)
ou
Prêmio Comercial = {Prêmio de risco x (1 + θ)} / (1 – α)

Caso queira acrescentar mais algumas despesas (despesas com apólice) basta acrescentar
sobre o prêmio comercial o índice correspondente a esses valores.
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EXERCÍCIOS

1 – Sabendo-se que a probabilidade de perda de um determinado bem é 1/5 e que o valor do bem é
de R$2.000,00, qual será a esperança matemática se desprezarmos o fator de desconto?
Respostas: a) R$250,00 b) R$500,00 c) R$400,00 d) R$300,00
E x p x vn
2000 x 1/5
E = 400

2 – Sabendo-se que uma pessoa está organizando uma rifa de um televisor de 29’ no valor de
R$1.000,00, e que serão vendidos 100 bilhetes, qual será a esperança matemática se
desprezarmos os fatos de desconto?
Respostas: a) R$30,00 b) R$10,00 c) R$40,00 d) R$20,00

3 – A probabilidade de perda de um automóvel é de 0,08. Sabendo-se que esse automóvel vale


R$40.000,00, calcule o prêmio de risco, sem utilizar o fator de desconto.
Respostas: a) R$3.300,00 b) R$2.300,00 c) R$2.400,00 d) R$3.200,00

40000 x 0,08 = 3200

4 – Sabendo-se que o prêmio puro é igual a R$300,00, a comissão de corretagem sobre o prêmio
comercial é de 25% e o carregamento para as despesas administrativas e lucro é de 20%, calcule o
prêmio comercial.
Respostas: a) R$430,00 b) R$235,50 c) R$245,30 d) R$545,50
PC= PP___  300  545,45
(1-0,45) 0,55

0,45 = 0,20 + 0,25

_________________________________________________________________________________
5 – Sabendo-se que o prêmio de risco é igual a R$250,00 e o carregamento de segurança estatístico
(θ) é de 5%, calcule o prêmio puro.
Respostas: a) R$330,00 b) R$226,50 c) R$262,50 d) R$545,50
PP = PR x (1 + α)
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PP = 250 x (1+0,05)
PP = 250 x 1,05
PP = 262,50

1.4.3 – Métodos de Tarifação

O cálculo do prêmio de seguro é uma das atividades mais importantes do atuário que
trabalha numa seguradora. O princípio básico desse cálculo vem do conceito do prêmio ser capaz de
cobrir as despesas oriundas dos sinistros a pagar. Diversos são os conceitos e metodologias
envolvidos no cálculo do prêmio, dos quais se pode destacar.
1.4.3.1- Julgamento ou subjetivo

Esse método é utilizado quando não se tem informação suficiente no processo de tarifação. É
um processo subjetivo, onde a tarifa é definida pelo underwriter (segurador) por meio de
comparação com riscos similares. A teoria da credibilidade pode ser classificada dentro desse
contexto, pois, por vezes, conjuga a experiência da própria seguradora com a experiência de outras
seguradoras.

1.4.3.2 – Tarifação pelo método de sinistralidade (razão sinistro/prêmio)

A tarifa é atualizada em função da análise da sinistralidade da carteira de estudo. O prêmio


de risco pode ser, por exemplo, calculado pela aplicação da sinistralidade (apurada sobre o prêmio
comercial) ao prêmio comercial.
Deve-se precaver na utilização deste método em função de eventuais modificações na
estrutura de prêmios no período sob análise. Se, por exemplo, a seguradora acabou de reduzir a sua
tarifa, a sinistralidade passada ainda não reflete essa redução. Neste caso, significa que ela é inferior
àquela que se teria caso a tarifa tivesse sido reduzida no início do período de análise. Caso seja
aplicado ao prêmio comercial recente, esse valor do prêmio de risco pode ser inferior ao necessário
para equilibrar a carteira.

1.4.3.3 - Prêmio Puro

Este método começa com a estimativa do prêmio de risco, passando por um processo de
regularização estatística (modelagem), e, por fim, adicionando-se um carregamento de segurança.

1.4.3.4 - Tábua de Mortalidade

Este método é utilizado nos seguros de vida (pessoas) e de anuidades. Trata-se de um


método determinístico, pois aplica fórmulas determinísticas e probabilidades de morte definidas a
partir de estudos prévios realizados pelo atuário, quando eles produzem as tábuas de mortalidade.
As tábuas de mortalidade são constituídas a partir de informações brutas de mortalidade,
passando por um processo de regularização estatística, um processo de ajustamento analítico e,
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finalmente, é aplicado um carregamento de segurança, considerado positivo, quando a tábua é


utilizada em seguros de vida (cobertura de riscos), ou negativo, quando a tábua é utilizada em
seguros de anuidade.
Apesar das tábuas já apresentarem uma margem de segurança para flutuações estatísticas,
precisa-se tomar cuidado na sua utilização, pois a margem de segurança embutida na tábua pode ser
insuficiente para grupos com um pequeno número de segurados, onde se espera uma maior flutuação
de risco.
1.5 – Tábuas de Mortalidade

As Tábuas de Mortalidade, também conhecidas como “Tábua de Vida” ou de


“Sobrevivência” ou ainda “Tábua Atuarial” é uma tabela utilizada no cálculo atuarial, para
planos de previdência e seguros de vida, tanto no setor público quanto no setor privado. São
utilizadas para calcular as probabilidades de vida e morte de uma população, em função da
idade.
São construídas a partir de um instrumental técnico e científico e refletem as mudanças que a
sociedade vem sofrendo, com o aumento da expectativa de vida, melhorias sanitárias e o avanço da
medicina. Apresentam o número de pessoas vivas e de pessoas mortas, em ordem crescente de idade,
desde a origem até a extinção do grupo.
Existem várias tábuas de mortalidade para medir a sobrevida, ou seja, quanto uma pessoa de
determinada idade provavelmente ainda vai viver. Elas têm denominações usando abreviatura, como
AT (Annuity Table), mais o ano em que sua constituição foi finalizada e qualquer outra
diferenciação, por exemplo, o sexo do segurado ou se ele é ou não fumante.
No Brasil, as mais utilizadas são as tábuas AT-83 Male (para mortalidade masculina) ou AT-
83 Female (para mortalidade feminina) e AT-2000 Male ou AT-2000 Female, mas ainda há planos
de seguros que utilizam as tábuas CSO-58 (Commissioner's Standard Ordinary Table – CSO –
Tábuas de normas ordinárias dos comissionários).
A construção de uma tábua de mortalidade depende do conhecimento da taxa de mortalidade
(qx) para cada idade do grupo em estudo.
As tábuas de mortalidade basicamente são compostas por duas colunas: idade e
probabilidade de morte, mas podem, também, apresentar mais três elementos: número de mortos,
número de sobreviventes e probabilidade de sobrevivência.
A seguir são apresentados os símbolos universais nas tábuas para representar tais elementos:
x = idade
qx = probabilidade de uma pessoa com idade x morrer, obrigatoriamente, antes de atingir a idade x + 1;
Px = probabilidade de uma pessoa com idade x sobreviver à idade x + 1, ou seja, é a probabilidade de
uma pessoa de idade x sobreviver, pelos menos, mais um ano (chagar vivo, obrigatoriamente, à
idade x + 1).
= número de indivíduos vivos ou sobreviventes no inicio da idade x.
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dx = número de pessoas mortas com idade x, ou seja, número de pessoas que alcançaram a idade x,
mas morreram antes de atingir a idade x + 1.

Denomina-se raiz da tábua o número inicial de pessoas de um determinado grupo a ser


observado. Por exemplo, na tábua CSO-58 é 1.000.000 (ver tabela a seguir).

Modelo de construção de tábua de mortalidade (ou sobrevivência)


Tábua de Mortalidade CSO- 58
Px
(probalidade dx (num. De
qx (tx sobrevivência (num. De pessoas
x (idade) mortalidade) ) pessoas vivas) mortas)
0 0,00708 0,99292 1.000.000,00 7.080,00
1 0,00176 0,99824 992.920,00 1.747,54
2 0,00152 0,99848 991.172,46 1.506,58
3 0,00146 0,99854 989.665,88 1.444,91
...
40 0,00353 0,99647 924.135,63 3.262,20
41 0,00384 0,99616 920.873,43 3.536,15
42 0,00417 0,99583 917.337,28 3.825,30
43 0,00453 0,99547 913.511,98 4.138,21
44 0,00492 0,99508 909.373,77 4.474,12
45 0,00535 0,99465 904.899,65 4.841,21
46 0,00583 0,99417 900.058,44 5.247,34
47 0,00636 0,99364 894.811,10 5.691,00
48 0,00695 0,99305 889.120,10 6.179,38
49 0,00761 0,99239 882.940,72 6.719,18
50 0,00832 0,99168 876.221,54 7.290,16
51 0,00911 0,99089 868.931,37 7.915,96
52 0,00996 0,99004 861.015,41 8.575,71
53 0,01089 0,98911 852.439,70 9.283,07
54 0,01191 0,98809 843.156,63 10.042,00
55 0,01301 0,98699 833.114,63 10.838,82
56 0,01421 0,98579 822.275,81 11.684,54
... ... ... ... ...
98 0,66815 0,33185 1.933,10 1.291,60
99 1,00001 0 641,50 641,51

Dependendo da tábua de mortalidade utilizada, a última idade poderá variar. No caso da


tábua de mortalidade CSO-58, utilizada no exemplo anterior, a última idade é 99 anos. A título
ilustrativo, se a tábua de mortalidade fosse a AT-49, essa idade seria 109 anos, se a tábua de
mortalidade fosse AT-2000, essa idade seria de 115 anos.
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Consultando a tábua acima e interpretando o símbolo qx, podemos dizer que a probabilidade
de morte de uma pessoa de 40 anos, ou seja, a probabilidade de uma pessoa de 40 anos morrer,
obrigatoriamente, antes de atingir a idade de 41 anos e igual a 0,00353.
Pode-se chegar a esse resultado calculando por meio de noções básicas de probabilidade e os
dados apresentados na tábua.
Demonstração: Primeiramente precisa entender que qx é um número que representa uma
probabilidade. Logo, todas as noções apresentadas anteriormente nesta apostila são válidas.
Pela fórmula de probabilidade: p = no de óbitos de pessoas com x anos de idade / n o de
pessoas vivas com idade igual a x anos.

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