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Cesar S.

Machado
CABEAMENTO ESTRUTURADO E PROJETO PARA REDES LOCAIS Copright by COMUNICAÇÃO DIGITAL L
TDA - 1996 - Todos os direitos reservados.
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oibida salvo com autorização por escrito emitida pela COMUNICAÇÃO DIGITAL. Os infratores
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Elaboração: Cesar de Souza Machado Atualização desta Edição: Versão 8 Revisada em 17.03.98
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Cabling 96 – Cesar S. Machado
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Índice
Apresentação Breve Histórico Elementos Básicos de Uma Rede Local Normatização Meios de Tras
issão O que é Cabeamento Estruturado Elementos de Cabeamento Estruturado Topologias
de Rede Cabos Para Redes Locais Padronizações Internacionais Projeto e Instalação do Sis
tema Instrumentação de Teste Apêndice A Bibliografia 02 03 04 06 07 11 15 19 20 32 36
46 48 48
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Apresentação
E
ste curso tem por objetivo capacitá-lo a implantar e proceder com a manutenção de sist
emas de cabeamento estruturado para redes locais. Com um abordagem totalmente prát
ica,
são apresentados os componentes equipamentos e procedimentos empregados na confecção d
e sistemas de cabeamento.
Este curso destina-se a administradores de rede, programadores, técnicos, engenhei
ros, analistas e demais profissionais ligados a área de informática que desejem trab
alhar com cabeamento estruturado para redes locais.
Desejamos portanto um bom proveito de sua parte e colocamo-nos a disposição para dir
imir dúvidas e receber críticas a este trabalho.
Cesar Machado Janeiro de 1996
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1. Breve Histórico
Podemos dividir a histporia dos sistemas de cabeamento em três fases distintas: FA
SE DAS REDES EXPERIMENTAIS Teve início em 1969 com as primeiras redes de computado
res nos EUA. Em 1973 a Xerox lança o Ethernet, primeiro protocolo criado para perm
itir a interligação de computadores em redes locais através de cabos coaxiais. As prim
eiras placas Ethernet para micros contudo só seriam comercializadas em 1982. Neste
mesmo ano a IBM lança o Token-ring um protocolo proprietário com o mesmo objetivo d
o Ethernet, empregando porém cabos trançados blindados. FASE DO CABO COAXIAL Tem iníci
o com a comercialização das primeiras placas Ethernet e modelos similares em 1982. O
cabo coaxial permitia a transmissão de dados a “incrível” taxa de 10 Mbps. A partir de
1984, grandes empresas como AT&T lançam amplas linhas de produtos para sistemas de
cabeamento estruturado. Em 1986 surgem as primeiras padronizações para sistemas de
cabeamento de caráter internacional. FASE DO CABEAMENTO ESTRUTURADO Em 1989 começam
a ser comercializadas as primeiras placas de rede para operarem com cabos trançado
s não blindados. No mesmo ano surgem as primeiras redes de tecnologia FDDI capazes
de operar a alta velocidade (100 Mbps). É criada a classificação de cabos por meio de
Categorias. Em 1993 a implantação de novas rede passam a ser 100% com cabos trançados
. As grandes redes cabos coaxiais são susbstituídas até 1995. Em 1996 começam a surgir r
edes de 100 MBps no Brasil.
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2. Elementos Básicos de Redes
O QUE É REDE LOCAL ? Rede Local de Computadores, ou simplesmente, Rede Local, pode
ser definido como um conjunto de dois ou mais computadores interligados por mei
o de um canal de comunicação sustentado por hardware e software específicos. Seu objet
ivo é permitir a comunicação, transferência de arquivos, compartilhamento de arquivos, p
rogramas e periféricos entre as máquinas que compõem a rede, de forma fácil, prática, rápid
e eficiente. Em Inglês emprega-se o termo LAN (Local Área Network).
5 8 3 6 4 9 12 1 6 7 3
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Como mostra a figura acima, atualmente (1997) as redes locais são compostas por do
ze elementos básicos: 01 - ESTAÇÃO: Qualquer micro conectado a rede. Também recebem as s
eguintes denominações: Cliente, Nó, Nodo, Ponto, Workstation. 02 - SERVIDOR: Qualquer
micro onde roda um SOR e que centralize operações de rede. 03 - PLACA DE REDE: Perifér
ico que permite aos micros (estações e servidores) acessar o meio de transmissão (cana
l de comunicação) da rede. 04 - MEIO DE TRANSMISSÃO: Qualquer meio por onde circulem o
s dados através da rede. Normalmente é um cabo. 05 - CONECTOR: Interface física entre
o cabo e a placa de rede. 06 - TOMADA: Local onde a estação se conecta ao cabo da re
de.
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07 - HUB ou SWITCH: Concentrador de Cabos de Rede. Indispensável para a constituição d
e uma rede estruturada com cabos trançados. 08 - SINAL DE REDE: Sinal de dados do
computador especialmente codificado pela placa de forma a permitir sua transmissão
a uma distância maior. 09 - TRÁFEGO: Os dados que trafegam pela rede sob a forma de
pacotes de dados. 10 - SOR: Sistema Operacional de Rede. Software que roda em u
m ou mais micros, denominado Servidor e que sustenta a rede. Exemplos: Novell Ne
tware e Windows NT. 11 - SO: Sistema Operacional cliente. Software básico que roda
nas estações. Exemplos: Windows For Workgroups, Windows 95, etc.
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3. Normatização
Diversos órgãos, a maioria nos EUA, trabalham em conjunto para estabelecer padrões técni
cos para cabos, equipamentos e protocolos de rede. Estes órgãos estabelecem comites
que trabalham durante anos para criar normas que serão adotadas pelos fabricantes.
Grandes empresas tais como IBM e AT&T estabelecem seus próprios padrões e tentam im
po-los ao mercado. As vezes, devido a força destas empresas, seus padrões são normatiz
ados. Outras vezes, porém, caso ainda não existam normas estabelecidas, o padrão de um
a dada empresa que é bem aceito pelo mercado, acaba sendo padronizado. Dentre os p
rincipais órgãos normatizadores, podemos destacar: ANSI: American National Standarts
Institute: Padroniza especificações já existentes. EIA: Electronic Industries Assossi
ation: Cria padrões para produtos eletrônicos. IEEE: Institute of Electrical and Ele
ctronic Engineers: Cria padrões ISO: International Standarts Organization: Cria pa
drões NEMA: National Electrical Manufacturer's Association: Cria padrões TIA: Teleco
mmunications Insdustries Assossiation: Cria padrões para produtos de Telecomunicações.
UL: Underwriters Laboratóries: Cria e confere padrões
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4. Meios de Transmissão
SSÃO
TIPOS DE MEIO Existem diversos tipos de meio de transmissão, cada qual com suas ca
racterísticas próprias, tais como estas: -Custo -Capacidade -Facilidade de Instalação -A
tenuação -Imunidade à Ruídos Custo: Geralmente é o fator decisivo para a aquisição ou expan
e um sistema. Quanto maior o custo de instalação e manutenção, mais difícil se torna a uti
lização do meio. Capacidade: A sua forma física e técnica de fabricação determinam as carac
erísticas dos meios de transmissão e estas por sua vez determinam a faixa de passage
m, ou seja, o espectro de frequências que podem circular pelo cabo sem grande aten
uação. É a banda de frequência que o meio apresenta. Para nossos objetivos, a velocidade
, em bps (bits por segundo) determina a capacidade do meio. Por exemplo, o cabo
coaxial Ethernet tem uma capacidade de 10 Mbps e o cabo trançado categoria 5 tem u
ma capacidade de 100 Mbps. Quanto maior é a taxa de transmissão, mais crítica ela se t
orna, sendo mais sucetível a interferência por ruídos.
CABO COAXIAL
10 MBps
CABO TRANÇADO CATEGORIA 5
100 MBps
Facilidade de Instalação: Quanto mais fácil for a instalação do meio, menor será o custo de
implantação, expansão e manutenção. Atenuação: São as perdas do sinal que trafega pelo meio
e são impostas por suas características elétricas nos cabos metálicos e óticas nos não metá
os.
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Imunidade à Ruídos: A excessão dos cabos óticos, todos os meios estão sujeitos a ruídos, ou
seja, a interferência eletromagnética (EMI - Electromagnetic Interference), e a inte
rferência por rádiofrequência (RFI - Radio Frequency Interference) que surgem quando o
ndas eletromagnéticas cruzam o meio e tem intensidade suficiente para causar algum
tipo de distorção no sinal.
Os ruídos podem ainda ser classificados em quatro tipos. Ruído térmico, provocado pela
agitação dos eletrons do condutor, presente em todos os canais de comunicação. Ruído de i
ntermodulação, presente em sistemas multiplexados, Ruído de Diafonia onde o sinal de u
m condutor interfere no de outro. Ruído Impulsivo, aquele gerado de forma aleatória
por sistemas de energia, iluminação, máquinas, etc. TIPOS DE MEIO Dentre os diversos m
eios de transmissão temos: -Condutores metálicos -Condutores óticos -Canais de rádio -Ca
nais de luz Condutores Metálicos: Qualquer condutor que utilize um elemento metálico
que conduza eletricidade. O condutor mais utilizado é o cobre. A forma como o con
dutor é disposto determina o tipo do cabo. Assim podemos ter os cabos coaxiais e o
s cabos trançados. Condutores Óticos: Qualquer condutor que utilize uma fibra ótica pa
ra conduzir sinais luminosos. A expessura e técnica de fabricação determinam as caract
erísticas óticas do cabo. Canais de Rádio: Qualquer faixa de frequência por onde tranfeg
uem os sinais de dados. Canais de Luz: Canal formado por feixes de luz infraverm
elha ou Laser irradiados de forma unidirecional ou multidirecional (broadcasting
), através da própria atmosfera. A tabela a seguir apresenta uma comparação entre os mei
os de transmissão empregados atualmente no Brasil.
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MEIO UTP COAXIAL ÓTICO
CUSTO BAIXO BAIXO ALTO
CAPACID. 100 Mbps 10 Mbps 256 Mbps
INSTAL. FÁCIL FÁCIL COMPLEXA
ATENUAÇÃO ALTA BAIXA BAIXA
IMUNIDADE BAIXA BAIXA ALTA
NOTA: Consideramos aqui a realidade existente em 1997 no mercado brasileiro CODI
FICAÇÃO DOS SINAIS DE REDE Nos condutores metálicos são utilizados sinais cujas caracterís
ticas se adequam a este tipo de meio. Os dados existentes nos dispositivos de re
de são convertidos pelas placas de rede em sinais banda-base e estes são transmitido
s pelo meio. Sinal banda-base é um sinal digital que não sofre nenhuma mudança de freq
uência (modulação) mas sim de forma, ou seja, ela é alterada obedecendo-se a uma codific
ação, de forma que o sinal possa passar pelo cabo com a menor atenuação possível. CARACTERÍ
TICAS ELÉTRICAS DOS CABOS METÁLICOS Impedância: É a resistência elétrica a passagem dos sin
is elétricos de característica alternada, tais como os sinais de rede. A impedância é me
dida em Ohms. A impedância é sempre maior do que a resistência elétrica para sinais de c
aracterística contínua, tais como os que um medidor do tipo ohmímetro emite para medir
a resistência elétrica. Na prática, o fato de um cabo ter uma dada impedância determina
que todos os componentes que forem ligados a ele, tais como outros cabos e cone
ctores, devem ter a mesma impedância, de forma a evitar perdas por reflexão dos sina
is elétricos.
Retardo de Propagação: As componentes elétricas existentes no cabo fazem com que um si
nal elétrico demore um tempo maior do que a velocidade da luz para percorrerem um
cabo. Na prática, isto implica em que se houverem dispositivos separados por um ca
bo muito longo, eles podem não conseguir sincronizar suas operações.
T1
T2
Atenuação: É a redução da intensidade do sinal determinado pelo comprimento do cabo. Assim
, quanto mais longo for o cabo, maior será a atenuação do sinal e, consequentemente, m
enos intenso ele chegará em seu destino. Se o cabo for muito longo nenhum sinal ch
ega ao destino. Nos cabos metálicos, a atenuação é elétrica e nos cabos óticos é ótica. Em
caso a unidade para medida de atenuação é o dB (decibell).
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Ecos: São reflexões que ocorrem sempre que um sinal trafega por um meio que tem uma
dada impedância e encontra um outro meio de impedância diferente, mesmo que esta dif
erença seja mínima. Esta impedância diferente pode surgir devido a utilização de um outro
tipo de cabo, devido a um mal contato ou a uma má conectorização do cabo.
CARACTERÍSTICAS DOS CABOS ÓTICOS Os Cabos óticos apresentam apenas a atenuação da intensid
ade do sinal luminoso que é medida em dB.
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5. O que é Cabeamento Estruturado
DEFINIÇÃO A rede estruturada é a que se baseia num sistema de produtos (cabos, adaptad
ores, conectores, paineis) padronizados, necessários a formação de uma rede que possa
integrar comunicação de voz, dados e vídeo e que pode ser facilmente redirecionada par
a prover um meio de transmissão entre quaisquer pontos da rede. A base da rede est
ruturada é o cabo trançado. PORQUE USAR CABEAMENTO ESTRUTURADO ? As primeiras redes
locais, surgidas no início dos anos 80 empregavam a tecnologia de cabos coaxiais q
ue devido a seu baixo custo permaneceu em uso intenso por 15 anos. Nos últimos ano
s porém, a crescente necessidade por multi meios de comunicação nas empresas (dados, t
elefonia, fax, vídeo, video-conferência, etc) incrementou dramaticamente a necessida
de de se criar e manter uma infra-estrutura física de comunicações organizada e eficie
nte. Por outro lado com o aumento do fluxo de informações de todos os tipos, surgiu
o inevitável aumento de banda (maior velocidade) o que acarretou novas preocupações qu
e não existiam no passado. Além do mais se o sistema de cabeamento for instalado de
forma errada, sem a observância de normas e procedimentos técnicos adequados isto po
derá resultar em perda de tempo, desempenho e recursos na medida que surgirem prob
lemas operacionais quanto ao funcionamento, ampliação e manutenção da rede, criando uma
situação incompatível com a atual realidade econômica que determina a redução de todo tipo
e custo desnecessário nas empresas. Estatísticas apontam para o fato de que o sistem
a de cabeamento chega a responder por até 47% do total de falhas de uma rede.
CABEAMENTO ......
47%
Isto é compreensível na medida que, historicamente, a infra-estrutura de cabos geral
mente é relegada a segundo plano. Segundo estimativas realizadas nos EUA, as perda
s acarretadas pelos problemas no sistema de cabeamento podem chegar a U$ 250.000
.00 por ano para cada 100 usuários da rede. O sistema de cabos estruturado baseia-
se na utilização de cabos trançados, abandonando a tecnologia anterior de cabos coaxia
is. Com isto é possível reduzir o número de falhas, o
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tempo de manutenção, os custos de mudanças de localização das estações de rede e da ampliaç
istema. Grandes empresas com amplas instalações físicas não podem mais abrir mão de estabe
lecer uma estratégia para o sistema de comunicação em todos os níveis. Empresas menores
podem não vislumbrar tão claramente esta necessidade, porém elas obterão as mesmas vanta
gens ao adotarem um mínimo de planejamento e procedimentos técnicos. Os sistemas de
cabeamento estruturado devem ser altamente flexíveis podendo ser adaptados para op
erar com quaisquer tipos de sinais transmitidos pela rede, independentemente dos
computadores ligados em rede e do lay-out das instalações prediais. O custo do sist
ema de cabeamento geralmente situa-se em torno de 5% a 10% do custo total da red
e, incluindo nesta projeção o custo dos computadores e programas. FUNÇÕES DE UMA REDE ES
TRUTURADA -Garantir um nível de performance satisfatório do sistema de cabeamento -G
arantir a homogeneidade das características elétricas dos equipamentos interligados.
-Garantir a compatibilidade dos componentes de forma a facilitar a manutenção e amp
liação. -Permitir a rápida mudança de uma tomada para voz, dados, fax ou vídeo -Permitir a
operação de redes com velocidades de 100 Mbps ou mais -Permitir a transmissão de dado
s com protocolos mais antigos ou proprietários com a adição de conversores, tais como
baluns. -Permitir a elaboração de projetos consistentes e organizados -Permitir a fáci
l implantação e manutenção. -Prover um sistema de interfaces padronizadas -Prover suport
e a diferentes equipamentos e aplicações Com a utilização de hubs, bridges, routers, swi
tches e outros dispositivos ativos, pode-se interconectar redes com topologias e
sistemas de cabeamento distintos num mesmo sistema de cabeamento estruturado. E
m inglês o termo “cabling” equivale a cabeamento estruturado. ÁREAS COMPREENDIDAS PELA R
EDE ESTRUTURA A rede estruturada pode ser dividida em três níveis ou áreas: primária, se
cundária e terciária. Rede Primária: Interliga instalações prediais através de uma área amp
geralmente pública, através de cabos óticos ou outros meios. Rede Secundária: Interliga
os distribuidores numa instalação predial através de condutores metálicos ou óticos. Engl
oba o Backbone e a rede vertical. Rede Terciária: Interliga os distribuidores as e
stações de rede. Engloba o backbone e a rede horizontal.
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DISTRIBUIDOR EXTERNO CABEAMENTO EXTERNO 1500 METROS REDE PRIMÁRIA DISTRIBUIDOR INT
ERNO CABEAMENTO VERTICAL DISTRIBUIDOR INTERNO
500 METROS DISTRIBUIDOR DO ANDAR
500 METROS DISTRIBUIDOR DO ANDAR
REDE SECUNDÁRIA
DISTRIBUIDOR DO ANDAR CABEAMENTO HORIZONTAL
DISTRIBUIDOR DO ANDAR 90 METROS
TOMADAS REDE TERCIÁRIA
A rede terciária pode ser dividida em três sub-sistemas: Subsistema Estação de Trabalho:
Cabos, conectores e tomadas que possibilitam a conexão da estação a rede.
Subsistema Horizontal: Sistema de cabos que se espalham no sentido horizontal, n
o chão ou no teto e que interligam o Subsistema Estação de Trabalho aos armários de tele
comuncações. Em redes maiores podemos ter um backbone horizontal.
......
DISTRIBUIDOR
TOMADAS
Subsistema Vertical: Sistema de cabos que interliga os armários de telecomunicações do
s andares da instalação predial.
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...... ...... ...... ...... BACKBONE VERTICAL ...... ...... ...... ...... ......
......
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6. Elementos de Cabeamento Estruturado
A seguir são descritos elementos para cabeamento definidos pelas normas internacio
nais para cabeamento estruturado, EIA/TIA 568, 569, TSB36/40 e ISO 11801, bem co
mo outros empregados normalmente pelo mercado mas que não são mencionados por estas
normas. Cabos: São a base do sistema de cabeamento. Numa rede estruturada podemos
ter todo tipo de cabos de rede para atender as especificações dos protocolos Etherne
t, Token-Ring, Fast-Ethernet, FDDI, ATM, etc, além de cabos de voz, vídeo, etc. Na p
rática encontramos frequentemente os cabos trançados, óticos e coaxiais, nesta ordem.
Conectores: Os conectores são o ponto mais crítico de uma rede local. Conectores de
baixa qualidade podem apresentar problemas tais como mal contato, rachaduras e r
ompimentos. Mal instalados podem acarretar em ruídos e mal contato intermitente pr
ovocando problemas na rede. Cada cabo exige o emprego de um conector específico. A
montagem deste conector no cabo chama-se conectorização.
PRINCIPAIS CONECTORES PARA REDES LOCAIS CABO COAXIAL FINO: Conector BNC CABO COA
XIAL GROSSO: Conector Vampiro CABO PAR TRANÇADO UTP: Conector RJ45 CABO PAR TRANÇADO
BLINDADO: Conector IBM Tipo1 CABO ÓTICO FORIL: Conector ST CABO ÓTICO FDDI: Conecto
r FDDI Segmento de Cabo: Uma rede é constituída de vários pedaços de cabos, denominados
segmentos. Os segmentos são preparados e interligados conforme as necessidades da
rede. Identificadores: As normas estabelecem o uso de etiquetas de papel para id
entificação dos cabos. Por serem pouco duráveis, na prática emprega-se anilhas de plástico
e capas coloridas para uma identificação permanente.
A 0 ...... 0 2
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Backbone: Literalmente significa “espinha dorsal”. É o cabo principal de uma rede loca
l. O backbone pode ser vertical ou horizontal, conforme se extenda num ou noutro
sentido. O backbone pode ser constituído por um cabo de rede comum. Patch Panel:
Os patch panels são o coração de uma rede estruturada pois, através deles o sistema de c
abos pode ser reconfigurado. São utilizados junto aos blocos de distribuição e em áreas
de distribuição a nível horizontal para interligar as estações da rede. Os patch panels de
vem ser capazes de estabeler ligações rápidas, confiáveis e seguras garantindo uma perfo
rmance satisfatória com taxas de operação de 100 Mbps. Existem inúmeros fabricantes de p
atch panels. Eles são adquiridos conforme o número de portas desejadas. Os valores m
ais comuns são 12, 16, 24 e 48 portas. Patch Cord: Pequeno segmento de cabo que in
terliga uma patch panel a outro ou um hub ao patch panel. O mesmo que Cord Panel
. Área de Trabalho: Espaço entre uma tomada e uma estação de rede. Bloco de Distribuição: O
mesmo que distribuidores. São dispositivos empregados para concentrar grande quant
idade de cabos. Destes paineis partem os cabos de rede, outros cabos (voz, vídeo,
etc), e os meios de transmissão para interligação com redes distantes. Dos blocos os c
abos seguem para os patch panels
IDENTIFICADORES
FUROS PARA PARAFUSOS
TOMADAS
Gabinete: (O mesmo que Rack ou Sub-bastidor) Armário de aço com dimensões padronizadas
(geralmente 19 polegadas de largura) e com encaixes apropriados para hubs, patc
h-panels, cabos, etc.
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VENTOINHAS
UNIDADE DE VENTILAÇÃO
TAMPA CEGA
PORTA DE ACRÍLICO CALHA COM TOMADAS ELÉTRICAS
BARRA COM FURAÇÃO FUNDO VAZADO PARA PASSAGEM DE CABOS
Tomada: Ponto de conexão entre o segmento de cabo que vem do painel de distribuição co
m o que vai dai até a estação. Normalmente utiliza-se tomadas de parede e opcionalment
e tomadas de chão. Existem diversos tipos, das mais simples até as mais sofisticadas
, com um único ou múltiplos conectores fêmea. Em inglês, o mesmo que Telecommunication O
utlet (tomada de telecomunicações).
TOMADA DE EMBUTIR
TOMADA DE SOBREPOR
Rede Vertical: É o backbone que interliga os diversos andares de uma instalação predia
l. Rede Horizontal: É o sistema de cabeamento instalado num andar ou piso da insta
lação predial que interliga as tomadas de rede aos paineis ou blocos de distribuição ali
existentes. Cabeamento Pleno: É o cabo constituído por materiais resistentes ao fog
o e que liberam pouca fumaça ao queimar. Nos EUA o NEC (National Electric Code) de
termina as normas e codificações para estes cabos. Canaletas: Dutos de plástico ou PVC
empregados para agrupar e proteger os cabos da rede dentro da instalação predial em
locais visíveis. Eletrodutos: Dutos geralmente de ferro galvanizado empregados pa
ra agrupar e proteger os cabos de rede em ambientes externos (ao ar livre) ou em
áreas internas críticas tais como corredores, depósitos, fábricas ,etc,. Etiquetas e Ma
rcadores: São empregados para identificar cabos e paineis. Usa-se marcadores para
identificar cabos e etiquetas para identificar paineis.
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7. Topologias de Rede
Topologia é a forma pela qual uma rede se distribui quanto ao traçado do sistema de
cabeamento ou outros canais de comunicação. Existem inúmeros modelos teóricos ou experim
entais de topologia. Na prática, pode-se encontrar as topologias barra, estrela e
anel no mercado.
BARRA
ESTRELA ANEL
Ao definirmos qual será a topologia física a ser implementada praticamente estará defi
nido qual será o tipo de cabeamento a ser utilizado e vice versa. Topologia Barra:
É a topologia mais comum, empregada pelo Ethernet. Também é denominada barramento ou “b
us”. As estações são dispostas ao longo do cabo, todas ligadas em paralelo. Antes do env
io de uma mensagem, a estação emissora verifica se o cabo está desocupado e só então envia
a mensagem. Como todas as estações recebem todas as mensagens, elas comparam os end
ereços dos pacotes com o seu próprio endereço para verificar se a mensagem lhe pertenc
e. Sua principal desvantagem é que qualquer falha no cabo prejudica toda a rede. O
cabo empregado é o coaxial. Topologia Estrela: Nesta topologia existe um nó central
que se conecta, através de um hub (concentrador de rede), às estações por ligações ponto a
ponto. O nó central está envolvido em toda a comunicação da rede pois a comunicação entre a
estações se faz através dele. Emprega o cabo trançado. Topologia Anel: Nesta topologia,
as estações são todas ligadas em série e as extremidades do barramento se unem formando
um anel com todos os nodos operando ponto a ponto. Quando uma estação envia uma men
sagem, as estações intermediárias a recebem, e a retransmitem até que a receptora a acei
te. Esta topologia é empregada nas redes Token-Ring e FDDI. Hoje (1997) devido a l
arga utilização de cabos trançados e hubs, a topologia estrela é a mais empregada (95%).
Em redes pequenas de até 5 micros, a topologia barra com cabos coaxiais ainda é emp
regada devido ao seu baixo custo. A Topologia Anel por fim praticamente inexiste
no Brasil, sendo rara também no exterior, restrita as redes token-ring e FDDI.
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8. Cabos para Redes Locais
Existem basicamente três tipos de cabos para uso em redes locais, cada qual com ca
racterísticas bem específicas:
COAXIAL CABOS TRANÇADO ÓTICO
CABO COAXIAL Primeiro tipo de cabo empregado em redes locais por já existir, sendo
então usado noutras aplicações. O cabo coaxial é formado por um condutor elétrico central
sólido ou de fios torcidos que atua como “vivo” e por uma malha composta por fios de
aço que serve como "terra" do sinal, ou seja, é o retorno para o sinal elétrico. A mal
ha, que se interliga a carcaça dos conectores deve ser aterrada para eliminar even
tuais diferenças de potencial elétrico entre os micros e para proporcionar um isolam
ento elétrico contra interferências eletromagnéticas sobre o condutor. Entre o conduto
r central e a malha existe uma ou mais camadas de plástico isolante e, externament
e ao conjunto, uma camada de isolamento plástico flexível na cor preta, amarela ou v
ermelha.
REVESTIMENTO
ISOLANTE
MALHA
CONDUTOR CENTRAL
Para que o circuito se feche, dois conectores especiais denominados terminadores
devem ser inseridos cada qual numa das duasextermidades do cabo. Estes terminad
ores são resistores cujo valor é igual a impedância do cabo.
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Existem diversos tipos de cabos coaxiais. As redes Arcnet operam com cabos RG62
de 93 Ohms de impedância e as redes Ethernet com cabos RG58 de 50 Ohms de impedância
. Sistemas de TV utilizam cabos RG59 de 75 Ohms. IMPORTANTE: Nunca utilize um ca
bo diferente do exigido pelo padrão da rede pois a mesma não funcionará corretamente.
Das redes que empregam cabos coaxiais, a mais comum (99%) é a Ethernet. Este tipo
de rede emprega dois tipos de cabos coaxiais, denominados pelo IEEE de 10Base2 e
10Base5. 10Base2: Usado para interligar as estações e o servidor entre si. Tem uma
expessura externa de 4,3 mm. Esta designação tem relação com a velocidade de 10 MBps. Ta
mbém é conhecido por: BNC; RG58A/U ou simplesmente RG58; Thin Ethernet; Cheapernet o
u Cabo Coaxial Fino. Este excesso de nomes as vezes confunde os leigos. 10Base5:
Usado para interligar segmentos de rede através de transceivers. Tem uma expessur
a maior. Também é conhecido por Thick Ethernet; Yellow Cable ou Cabo Coaxial Grosso.
Conectores: Existem diversos modelos de conectores que visam facilitar a interl
igação dos segmentos de cabos entre si, tais como o BNC-Macho, o BNC-T, o BNC-L, etc
. Os dispositivos de rede (bridges, routers, etc), normalmente possuem conectore
s BNCFêmea onde são conectados os cabos através de conectores BNC-T.
TERMINADOR
IMPORTANTE: Use preferencialmente cabos Ethernet 10Base2 com condutor central so
lido e não os de fios torcidos. Os cabos coaxiais 10Base2 e 10Base5, tem uma impedân
cia de 50 ohms. Desta forma os conectores empregados neste cabeamento devem ser
obrigatoriamente do mesmo valor. Caso haja diferenças significativas nestes valore
s, por exemplo, da ordem de 20%, as
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estações não conseguem se comunicar devido a degradação dos sinais elétricos transmitidos.
istância Máxima: O comprimento máximo do cabo é por norma do IEEE 185 metros para o cabo
coaxial 10base2 fino e 500 metros para o cabo coaxial grosso 10Base5. Distancia
Mínima: Com relação a distância mínima entre estações, recomenda-se que a mesma tenha pelo
nos 0,5 metros para cabos 10Base2 e 2,5 metros para cabos 10Base5. Número Máximo de
Estações: Com relação ao número máximo de estações o IEEE recomenda para cabos 10Base2 um m
e 30 estações para cada segmento de 185 metros de cabo. Para cabos 10Base5, recomend
a-se um máximo de 100 estações para cada segmento de 500 metros de cabo. Se excedido e
ste limite, os sinais elétricos podem ser distorcidos e retardados, tornando sua r
ecuperação impossível. A tabela abaixo relaciona a resistência medida no cabos coaxial m
ontado.
25 Ohms = Valor Correto 30 Ohms = Mal Contato ou Terminador Alterado 50 Ohms = P
arte do Circuito Aberto 0 Ohms = Curto - Ohms = Circuito Aberto nas duas Extremi
dades
As tabelas apresentadas a seguir resumem as principais características dos cabos c
oaxiais operando com o protocolo Ethernet.
Principais Características do Cabo Coaxial 10Base2 Impedância: 50 2 ohms Diâmetro: 0,2
polegadas Alcance: 185 metros Distância mínima entre as estações: 0,5 metro Número máximo
e estações por segmento: 30 Número máximo de estações em múltiplos segmentos: 256 Comprimen
máximo com múltiplos segmentos: 925 metros Principais Características do Cabo Coaxial
10Base5: Impedância: 50 ohms Diâmetro: 0,4 polegadas Alcance: 500 metros Distância mínim
a entre as estações: 2,5 metros Número máximo de estações por segmento: 100 Número máximo d
ações em múltiplos segmentos: 1024 Comprimento máximo com múltiplos segmentos: 2500 metros
Conectorização de Cabos 10Base2: Os conectores para cabos 10Base2 podem ter três tipos
de fixação: Por meio de crimp, solda ou mixto. No primeiro caso, um alicate especia
l é usado para prender firmemente um anel de aço que comprime o cabo externamente e
o prende ao conector. Preferido por muitos devido a rapidez de sua conectorização, t
em como desvantagem o fato de ser suscetível a mal contato intermitente
Cabling 96 – Cesar S. Machado 23
de difícil constatação. No segundo caso, o condutor central é soldado no pino do conecto
r BNC e a malha é presa ao corpo do conector por meio de uma porca. Tem a vantagem
de permitir uma constatação mais fácil de possível mal contato e permite o reparo do me
smo. Por fim, recentemente surgiram conectores que agregam as duas tecnologias:
O pino central é soldado e o conjunto é por fim crimpado assegurando assim uma confi
abilidade muito maior da conectorização. Conectorização de Cabos 10Base5: Os cabos 10Bas
e5 usam um conector especial denominado TAP ou Vampiro. O conector vampiro tem e
ste nome devido ao seu método de conexão. O cabo é envolvido por um casulo metálico onde
é fixado uma peça com um condutor central que uma vez prensado no cabo, literalment
e morde o condutor central do cabo estabelecendo o contato. Apesar de parecer rúst
ico, tal sistema proporciona ligações bastante confiáveis. CABO AUI O AUI (Attachement
Unit Interface) é um cabo multivias que possui quatro circuitos de sinalização difere
ncial, força e aterramento. Dois circuitos portam dados, dois portam informações de co
ntrole e quatro proporcionam tensão de alimentação. Nas extremidades são colocados dois
conectores do tipo DB-15 (15 pinos), também denominado conector DIX. A codificação e a
velocidade do sinal são as mesmas das do cabo coaxial 10Base5. É empregado na inter
ligação de dispositivos de rede a curta distância. Geralmente se faz presente em trans
ceivers (aparelhos que convertem um tipo de cabo noutro). O alcance máximo do cabo
AUI é 50 metros. A sinalização do AUI é distribuída de forma diferente pelos padrões Ether
et V2.0 e IEEE 802.3. A regra para se descobrir qual pinagem usar é: Se o disposit
ivo utiliza o pino 1, o padrão é o Ethernet V2.0 e se utiliza o pino 4 é IEEE 802.3. U
m “*” indica os pinos indispensáveis par operação no padrão Ethernet V2.0.
PINO 1* 2* 3* 4 5* 6* 7 8 9* 10* 11 12* 13* 14 15 Carcaça ETHERNET V2.0 IEEE802.3
Shield Control In Shield Collision Presence Control In A Transmit + Data Out A R
eserved Data In Shield Receive + Data In A Power Return Voltage Common Reserved
Control Out A Collision Presence Control Out Shield T Transmit Control In B Tran
smit Data Out B Reserved Data Out Shield Receive Data In B Power Voltage Reserve
d Voltage Shield Reserved Control Out B N.U. Protective Ground
CABOS TRANÇADOS São cabos formados por 2 ou 4 pares de fios telefônicos entrelaçados doi
s a dois. Uma ou duas camadas de isolante plástico envolvem os condutores. Existem
duas variações deste cabo, denominadas UTP (Unshielded Twisted Pair - par trançado não
blindado) e STP
Cabling 96 – Cesar S. Machado 24
(Shielded Twisted Pair - par trançado blindado) que possui uma ou mais blindagens
formadas por malhas de fios de aço. A utilização de um concentrador de rede (hub) é obri
gatória para se interligar os dispositivos por meio destes cabos.
REVESTIMENTO
PARES
Os cabos UTP utilizam duas técnicas para reduzir a interferência por ruídos: cancelame
nto e trançamento. Cancelamento: Como pode ser visto na figura apresentada a segui
r, os condutores do cabo UTP são dispostos lado a lado. A placa de rede ao qual el
e será conectado gera para um condutor um sinal positivo e para o outro um sinal n
egativo. Com isto os campos eletromagnéticos formados por ambos se cancelam, evita
ndo assim a mútua interferência, denominada diafonia (crosstalk). Trançamento: O trançam
ento dos condutores, aos pares, faz com que seus próprios campos e outros ruídos ext
ernos tenham menor influência do que se ambos estivessem paralelos e, portanto, su
jeitos a campos e ruídos devido a uma posição perpendicular. PERFORMANCE A performance
dos cabos trançados (UTP e STP) está intimamente relacionada com o tipo de material
empregado na sua fabricação, onde até a constituição do revestimento influi. Foi por isto
que, somente após muita pesquisa e desenvolvimento é que os cabos trançados tornaram-
se confiáveis o suficiente para operar com sinais de rede. A fim de assegurar a ad
equação dos cabos, deve-se portanto verificar em que categoria se enquadram e se tem
a certificação UL. CATEGORIAS DE CABOS Categoria 1 - Usado para transmissões a baixa
velocidade Categoria 2 - Usado para transmissões de até 4 Mbps Categoria 3 - Usado p
ara transmissões de até 16 Mbps Categoria 4 - Usado para transmissões de até 20 Mbps Cat
egoria 5 - Usado para transmissões de até 100 Mbps Os cabos UTP categoria 3 normalme
nte tem apenas 2 pares de fios e se prestam para aplicações em redes Ethernet operan
do a 10 MBps. Os cabos categoria 5 tem 4 pares de fios e permitem a operação de rede
s a uma velocidade de até 100 MBps. Redes ATM porém já são comercializadas para operar a
155 Mbps ou mais. Estes sinais podem sofrer
Cabling 96 – Cesar S. Machado 25
certs anomalias mesmo nos cabos Categoria 5. Alguns fabricantes porém, tal com AT&
T já oferecem cabos categoria 5 que extrapolam a padronização e operam com taxas de até
155 MBps. Em função disto, fala-se hoje (1997) em se criar a Categoria 6 para cabos
trançados. No Brasil encontrávamos no início da década cabos categoria 3, hoje totalment
e já desaparecidos. Use sempre cabos categoria 5 em sua rede, mesmo que a operação sej
a a 10 Mbps, pois a migração para 100 Mbps é uma questão de pouco tempo. Além do mais os s
inais a 10 Mbps operam muito melhor com cabos categoria 5. CABOS 10BASET/100BASE
T Dentre os inúmeros cabos trançados as redes Ethernet exigem cabos que obedeçam a nor
ma do IEEE 10BaseT, definida em 1990 (Padrão IEEE 802.3i). Esta denominação 10BaseT de
ve-se as seguintes características: Sinalização Ethernet de 10 MBps para pares trançados
em topologia estrela.
Principais Características dos Cabos 10BaseT Impedância: 85 à 111 ohms para todas as f
requências entre 5 e 10 Mbps Diâmetro: Normalmente AWG 24 ou AWG 22 Perda por inserção:
11,5 dB Tipo de conector: RJ45 (Padrão ISO 8877) Alcance: 100 metros Número de estações
por segmento: 1 Número máximo de segmentos: No mínimo 4 (varia conforme o hub) As rede
s que empregam cabos 10BaseT tem de usar, obrigatoriamente, um Hub para distribu
ir os cabos a partir do servidor. O alcance máximo recomendado é de 100 metros para
redes Ethernet e Fast Ethernet e 200 metros para redes100VG-AnyLAN. Este alcance
pode ser ampliado com o uso de hubs ligados em cascata, atuando como repetidore
s. Nas extremidades do cabo são fixados conectores telefônicos com oito pinos denomi
nados RJ45. Cada pino corresponde a um tipo de sinal. A tabela apresentada a seg
uir mostra os pinos que devem estar presentes obrigatoriamente para os padrões Eth
ernet e Fast Ethernet.
PINO 1
TRAVA
CONECTOR RJ45
Pino Sinal
Cabling 96 – Cesar S. Machado 26
1 2 3 4 5 6 7 8
Transmissão Transmissão + Recepção -
Recepção +
Os pinos 4, 5, 7 e 8 não são empregados pelo Ethernet nem pelo Fast Ethernet, podend
o ser utilizados para o emprego de placas Full-Duplex por exemplo. O cabo catego
ria 5 tem quatro pares de fios: azul e branco, laranja e branco, verde e branco
e marrom e branco. Quanto a distribuição das cores, existem diversos padrões, sendo qu
e o padrão EIA/TIA 586A é o mais usado. Esquema de Ligação para o Ethernet Segundo o IEE
E802.3 os esquemas de ligação Ethernet e Fast Ethernet são: Placa de rede a Hub Pino 1
- Pino 1 Pino 2 - Pino 2 Pino 3 - Pino 3 Pino 6 - Pino 6 A ligação em cascata de um
hub a outro pelo cabo trançado é oferecida por todos os fabricantes. Não existe contu
do um consenso sobre como deve ser o cabo de interligação, que pode ser, conforme o
fabricante e modelo de hub, 1:1 (normal) ou cruzado (crossover). Neste último caso
, consulte o manual do produto para certificar-se qual é o esquema de ligação correto.
Exemplo de cabo Crossover para interligar hubs: Hub a Hub Pino 1 - Pino 3 Pino
2 - Pino 6 Pino 3 - Pino 1 Pino 6 - Pino 2 IMPORTANTE: Não confunda cabos telefônico
s diversos e que também sejam trançados com o cabo 10BaseT. Verifique no revestiment
o externo do cabo sua identificação. A seguir apresentamos a pinagem e disposição dos co
ndutores no conector RJ45. O padrão EIA/TIA 568A é quase sempre empregado. O padrão 56
8B destina-se a aplicações especiais.
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PAR 2 PAR 3 PAR 1 PAR 4
1
2
3
4
5
6
7
8
CONECTOR RJ45 VISTA TRASEIRA
CONECTORIZAÇÃO DOS CABOS 10BASET Os cabos 10BaseT podem ser fixados em conectores RJ
45, em patch panels ou tomadas. Para fixação dos conectores RJ45 emprega-se um alica
te RJ45. Para fixação dos cabos nas tomadas, patch panels e blocos de distribuição, empr
ega-se ferramentas de inserção do tipo Push-Down. Pino 1 Pino 2 Pino 3 Pino 4 Pino 5
Pino 6 Pino 7 Pino 8 Branco do Verde Verde Branco do Laranja Azul Branco do Azu
l Laranja Branco do Marrom Marrom
Tomadas: As tomadas para cabos trançados empregam uma tecnologia denominada IDC (I
nsulation Displacement Conection - conexão por deslocamento do isolante) onde cada
condutor é prensado de encontro a dois terminais de contato que contém uma pequena
separação entre sí. Ao ser precionado de encontro aos contatos por uma ferramenta de i
nserção (Push Down), o isolante é rasgado e o condutor estabelece contato com os
Cabling 96 – Cesar S. Machado 28
terminais. Esta ligação é bem eficiente e permite o reaproveitamento da tomada inúmeras
vezes. A figura apresentada a seguir mostra como é usada uma ferramenta de inserção pa
ra fixar o cabo nos terminais da tomada.
CABOS TRANÇADOS STP Os cabos STP combinam as técnicas de blindagem e cancelamento pa
ra obter uma imunidade maior a ruídos. Existem diversos cabos STP. Os mais comuns
são os criados pela IBM para seu sistema token-ring. Este cabo, conhecido por STP
150 (devido a sua impedância de 150 Ohms) tem, além da blidagem externa, uma blindag
em individual para cada par de fios, garantindo assim uma proteção extra contra ruídos
entre os pares. O uso de cabos STP no Brasil é muito restrito. Apenas as redes to
ken-ring da IBM o empregam. Embora permitam uma taxa de até 300 MBps, seu custo ma
ior e o fato de ter uma bitola mais larga, dificulta sua passagem pelos dutos. U
ma rede token-ring pode ter no máximo 260 estações conectadas com este tipo de cabo. A
IBM é o maior usuário de cabos STP. Ela criou uma classe de cabos denominados IBM T
ipo X.
CABOS IBM IBM Tipo 1: STP com 2 pares AWG22 de 150 ohms para 100 Mbps. IBM Tipo
1A: Idem ao Tipo 1 mas aceita taxas de até 300 Mbps (ATM) IBM Tipo 2: 2 pares UTP
para voz e dois pares STP para dados IBM Tipo 2A: Idem ao Tipo 2 mas aceita taxa
s de até 300 Mbps. IBM Tipo 3: 4 pares UTP para dados a 4MBps e voz IBM Tipo 4: Ca
bo ótico de 100 mícrons para 100 Mbps FDDI. IBM Tipo 6: STP com 2 pares AWG26 mais f
lexível que o Tipo 1. IBM Tipo 6A: Idem ao Tipo 6 mas aceita taxas de até 300 Mbps.
IBM Tipo 8: Especial para uso sob carpetes ou tapetes com 2pares UTP IBM Tipo 9:
2 pares AWG26, resistente ao fogo para cabeação vertical. IBM Tipo 9A: Idem ao Tipo
9 mas aceita taxas de até 300 MBps.
OBS: Não existem os cabos tipo 5 e 7.
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CABOS ÓTICOS Os cabos óticos foram inventados no final da década de 60, mas sua difusão
tem sido lenta devido ao seu alto custo, tanto do cabo e conectores quanto o pro
cesso de instalação que requer instrumentos altamente especializados e pessoal trein
ado. Não obstante os custos vem caindo, de forma que cada vez mais veremos cabos óti
cos sendo instalados. Neste sistema de cabeamento, os sinais elétricos enviados po
r um dispositivo de rede são convertidos em sinais luminosos por um LED e são enviad
os pelo cabo até outro dispositivo de rede onde um FOTOTRANSISTOR converte os sina
is luminosos em sinais elétricos novamente. O interior do cabo é formado por duas ou
mais fibras óticas feitas de um tipo de vidro puríssimo, especialmente criado para
este fim, de forma a atenuar o mínimo possível o sinal luminoso. Ao redor delas exis
te uma camada de material plástico refletor, que impede a dispersão do sinal luminos
o. Ao redor desta existem diversas camadas de plástico, kevlar ou outros materiais
cujo objetivo é dar resistência ao cabo e preencher espações vazios. Por fim uma camada
de revestimento plástico envolve todo o conjunto.
Cabo Ótico para Redes Locais: As redes locais Ethernet e Fast-Ethernet especificam
a utilização do cabo ótico 62,5/125 micrometros. Custo: Uma placa de rede para cabo óti
co pode custar, no Brasil, 15 vezes mais que uma placa Ethernet convencional. As
sim, hoje (1997), a principal aplicação destes cabos encontra-se em ambientes extrem
amente hostis, com ruído eletromagnético muito elevado (em fábricas por exemplo) ou na
interligação de redes localizadas em instalações prediais distintas. Neste caso, como a
fibra ótica não conduz eletricidade, mas luz, as redes ficam isoladas eletricamente
, evitando assim que surtos de diferença de potencial avariem as redes. Número de Fi
bras: O cabo ótico pode ter um ou mais condutores óticos. Em redes locais, porém, semp
re são necessários dois condutores, ou seja, um par, para se efetuar a comunicação, send
o uma fibra para transmissão e outra para recepção. Desta forma, é comum se empregar cab
os óticos com um ou dois pares de fibras. Caso o segundo par não seja utilizado, ele
pode permanecer como reserva. Preenchimento: O espaço interno do cabo ótico tem de
ser preenchido de forma a evitar a penetração de água e humidade que podem fraturar as
fibras no caso de de
Cabling 96 – Cesar S. Machado 30
congelamento (em locais muitos frios). Para tanto são empregadas as tecnologias de
cabo geleado, onde um gel de silicone preenche o interior do cabo e a tecnologi
a Twigth Buffer, mais nova e de uso preferencial que emprega um revestimento esp
ecial e kevlar para eliminar os espaços vazios. Modo de Propagação: Existem diversos t
ipo cabos óticos, sendo os mais usuais o Multimodo de índice degrau, que como o própri
o nome diz tem vários graus de propagação de luz, a Multimodo de índice gradual, onde a
fibra é composta por vários materiais e a Monomodo. Além disto existem diversos tipos
de cabos óticos. Em redes locais são usadas apenas os cabos com fibras monomodo. Atu
almente o tipo mais empregado é o 10BASE-FL (FORIL Fiber-Optic Inter-Repeater Link
), cujas dimensões são 62,5/125 micrometros. 10BASE-F: Sistema de interconexão de rede
s através de cabos óticos padronizado pelo IEEE. Especifica a comunicação ponto a ponto
para interligação de redes Ethernet 10 MBps. Neste sistema os sinais Ethernet de 10
MBps existentes na placa são simplesmente convertidos em sinais luminosos. O sinal
de transmissão deve seguir por uma fibra e o de recepção por outro. É de longe o mais p
opular e mais empregado. Também pode ser usado em redes de 100 MBps. O padrão 10Base
-F tem duas variantes, o 10BASE-FP que especifica cabos para operarem com hubs óti
cos passivos e o 10BASE-FB que especifica cabos para backbones de cabo ótico. Gera
lmente, as Interfaces 10BASE-F utilizam conectores do tipo ST, com sistema de tr
ava semelhante ao BNC. Existem ainda outras opções como o SM com trava por meio de r
osca. FDDI: (Fiber Distribution Data Interface) Mais recente que o FORIL, trata-
se de um sistema completamente diferente, que emprega o protocolo token ring pas
sing, permitindo picos de transmissão de até 100 MBps. Sua aplicação é bem restrita devido
a seu elevado custo. O cabo ótico forma um anel duplo de fibras óticas multimodo, o
nde dois canais distintos transmitem em sentido contrário. Somente um dos canais f
ica ativo, o outro fica disponível para o caso de uma eventual avaria no cabeament
o da rede. Quando isto ocorre, os dois canais se unem formando uma mesma trajetóri
a. Os cabos podem se estender por até 100 km e interligar até 1000 estações com um espaçam
ento de até 2 km entre as estações quando empregada fibra multimodo ou 40 Km com fibra
monomodo. O emprego de redes FDDI é muito restrito devido a seu custo muito eleva
do e da atual disponibilidade de outras tecnologias mais baratas e de maior velo
cidade. Conectorização: A conectorização de cabos óticos é muito mais crítica que a dos cab
metálicos. Uma conectorização mal feita pode provocar uma perda excessiva do sinal lum
inoso compromentendo o funcionamento do sistema. De acordo com a precisão exigida
podem ser empregados conectores de material plástico ou metálicos. O conector mais u
tilizado é o ST que tem encaixe do tipo baioneta, semelhante ao conector BNC. O co
nector ST pode ser de plástico ou de metal. O ST de metal exige uso de um alicate
de crimpagem semelhante ao do conector BNC. O conector
Cabling 96 – Cesar S. Machado 31
SC, mais recente, utiliza um mecanismo de ferrolho para efetuar a conexão. O conec
tor FDDI, exclusivo deste tipo de rede, utiliza duas fibras e um duplo ferrolho
no mesmo conector. A conectorização exige o uso de um kit de ferramentas apropriadas
para efetuar o desencapamento, corte e polimento do cabo. Todos esses procedime
ntos são feitos com alta precisão por estas ferramentas. Existem dois tipos de conec
torização e de conectores: com epoxi e sem expoxi (epoxiless). A epoxi é uma resina (c
ola) que tem por objetivo fixar a fibra firmemente no conector, envolvendo um te
mpo para cura (secagem) que torna a montagem do conector bem mais demorada. Use
preferencialmente conectores sem epoxi. Para efetuar-se o polimento em larga esc
ala existe uma máquina denominada Politriz Automática, que reproduz os mesmos movime
ntos circulares das mãos sobre as lixas. Distribuição dos Cabos: A distribuição dos cabos ó
icos pode se dar de duas maneiras: com ou sem o uso de concentradores (hubs) ótico
s. No primeiro caso um ou mais hubs óticos com múltiplas portas, são dispostos nos pon
tos chave do sistema, de onde partirão os links de cabo ótico. Dai eles se interliga
m ao(s) servidor(es) através de um backbone que pode ou não ser de cabo ótico. A inter
ligação destes hubs também pode ou não ser feita por meio de cabos óticos. Nos hubs e dema
is dispositivos principais da rede, tais como bridges, routers, etc, empregam-se
transceivers óticos que podem ser internos, ou seja, fornecidos pelos próprios fabr
icantes dos hubs, ou externos, podendo neste caso ser fornecidos por terceiros.
Em alternativa a este esquema de ligação, pode-se dispensar ou hubs óticos e empregar-
se tão somente transceivers óticos, o que acarreta em maior uso de transceivers e me
nor flexibilidade no sistema de distribuição de cabos. Emendas: Os cabos óticos podem
ser emendados por meio de fusão, através de um equipamento especial ou por meio de u
m acoplador ótico, denominado splice, de mais baixo custo, mas que produz maior at
enuação.
Cabling 96 – Cesar S. Machado
32
9.Padronizações
DRONIZAÇ INTERNACIONAIS
Diversas normas norteiam a constituição de um sistema de cabeamento estruturado. Nes
te capítulo abordamos as normas mais utilizadas em sistemas de cabeamento. Veja no
Apêncice A uma relação mais detalhada das normas existentes. ESPECIFICAÇÕES DA NORMA EIA/
TIA 568A HISTÓRICO Em 1985, empresas da área de telecomunicações de eletrônica perceberam
que era necessário estabelecer um padrão para sistemas de cabeamento. Em julho de 19
91 a EIA e a TIA introduziram a norma EIA/TIA 568 - Comercial Building Telecommu
nications Wiring Standart (Padrão de Cabeamento de Telecomunicações em Instalações Comerci
ais) que define normas genéricas pelas quais produtos de diferentes fabricantes po
dem ser interligados num sistema de cabeamento estruturado para instalações comercia
is. Logo em seguida, em agosto de 1991, foi introduzida a norma EIA/TIA TSB-36 (
Telecommunications Systems Bulletins) que estabelecia padrões para cabos trançados d
e categoria 4 e 5. Em agosto de 1992, foi introduzida a norma TSB-40 que estabel
ecia padrões para conexão de hardware através de cabos trançados. Em janeiro de 1994, es
ta norma foi revisada, evoluindo para TSB-40A, onde foram detalhados as especifi
cações para patch cords, e conectores para cabos trançados. Por fim o padrão 568 foi rev
isado, incorporando as normas TSB-36 e 40, passando a ser denominado EIA/TIA-568
A. OBJETIVOS DA NORMA EIA/TIA-568A -Estabelecer padrões genéricos para sistemas de c
abeamento para telecomunicações provenientes de multiplos fabricantes sem ser precis
o contudo definir com exatidão os produtos que poderão ser instalados posteriomente
neste sistema. -Possibilitar o planejamento e a instalação de sistemas de cabeamento
estruturado em instalações comerciais. -Estabelecer critérios técnicos e de performance
para sistemas de cabeamento diversos. -Estabelecer os requerimentos mínimos para
sistemas de cabeamento em instalações comerciais, topologias e distâncias. -Estabelece
r tipos de conectores e pinagem para assegurar compatibilidade -Determinar um te
mpo de vida dos sistemas superior a 15 anos de utilização. TOPOLOGIAS O EIA/TIA 568A
determina que o cabeamento horizontal deve utilizar a topologia física estrela. D
efine também as características para redes que operem com taxas de até 20 Mbps (até cabo
s categoria 4). CLASSIFICAÇÃO EIA/TIA 568A PARA CABOS TRANÇADOS Foram as normas TSB36/
40 que introduziram a classificação dos cabos por categorias, criadas originalmente
em 1991 pela empresa Anixter, conforme mostrado a seguir.
Cabling 96 – Cesar S. Machado 33
CATEGORIAS DE CABOS Categoria 1 - Usado para transmissões de baixa velocidade Cate
goria 2 - Usado para transmissões de até 4 Mbps Categoria 3 - Usado para transmissões
de até 16 Mbps Categoria 4 - Usado para transmissões de até 20 Mbps Categoria 5 - Usad
o para transmissões de até 100 Mbps A categoria 1 compreende antigos sistemas telefôni
cos e transmissão de dados a baixa velocidade (até 9600 Bps) A categoria 2 compreend
e serviços RDSI (Rede Digital de Serviços Integrados - Integrated Services Digital N
etwork - ISDN) a 4 MBps. A categoria 3 compreende LANs operando até 16 Mbps. A cat
egoria 4 compreende LANs operando a distâncias maiores a 20 MBps. A categoria 5 co
mpreende LANs operando até 100 MBps. A categoria 6 (proposta) operaria com cabos c
oaxiais a velocidades superiores a 100 MBps. A categoria 7 (proposta) operaria c
om cabos óticos a velocidades superiores a 100 MBps. A ISO criou o grupo de normas
WG3 que incorpora vários critérios da EIA/TIA 568, além de outros mais, de forma a co
mpatibilizar os diversos sistemas de cabeamento existentes em alguns países além dos
EUA. Como num sistema de cabeamento a performance é definida pelo componente mais
fraco ou de especificações menos rígidas, quanto mais estes componentes excederem as
especificações das normas EIA/TIA ou outras mais, melhor e mais confiável será o compone
nte e o sistema. CABOS PARA BACKBONES, REDE VERTICAL E HORIZONTAL Cabos Trançados:
Cabo UTP balanceado de 100 ohms (preferencial) Cabo STP balanceado de 120 ohms
(alternativo) Cabo IBM balanceado de 150 ohms (alternativo) Cabos Óticos: 62.5/125
um fibra monomodo (preferencial) 50.0/125 um fibra multimodo (alternativo) 62.5
/125 um fibra multimodo (alternativo) Cabos Coaxiais: Cabo de 50 ohms. As distânci
as máximas para os backbones são:
Cabling 96 – Cesar S. Machado 34
Cabo UTP 100 ohms: 800 metros Cabo STP 150 ohms: 700 metros Cabo ótico 62.5/125: 2
000 metros Cabo coaxial: 500 metros REDE HORIZONTAL A topologia física deve ser do
tipo estrela. Especificamente para cabos de categoria 5: Segmento do Distribuid
or à Tomada: Segmento do Hub ao Distribuidor: Segmento da Tomada à Estação: Total: 90 me
tros (máximo) 7 metros (máximo) 3 metros (máximo) 100 metros
ARMÁRIOS E SALA DE TELECOMUNICAÇÕES A norma EIA/TIA 568 determina que cada pavimento d
eve ter pelo menos um centro de distribuição de cabos denominado Armário de Telecomuni
cações ou Armário de Equipamentos, onde serão concentradas a fiação da rede naquele piso, b
m como o backbone do cabeamento vertical, o backbone externo (se for o caso), eq
uipamentos de distribuição (patch panels), hubs, fontes, etc. Em redes muito grandes
uma sala inteira, denominada Sala de Telecomunicações pode ser empregada com a mesm
a função. TOMADAS A norma recomenda a utilização de duas tomadas para cada estação, uma pri
cipal e outra com um cabeamento alternativo. Na prática, por motivos de custo, não é i
nstalado o cabeamento alternativo. CONECTORES Apesar de existirem diversos conec
tores para rede local, apenas a família RJ (RJ11, RJ45, etc) são mencionados na norm
a EIA/TIA 568. PATCH CORDS São os segmentos que interligam os hubs e patch panels,
normalmente confecionados com conectores RJ45. As normas EIA/TIA SP-2840A e IEC
/ISO DIS 11801 determinam as principais características destes cabos. Para cabos U
TP com conectores RJ45: -Cabo AWG26 multifilar (strended) -Trança descoberta com c
omprimento máximo de 13 mm -Diâmetro máximo de cada fio entre 0,8 e 1,2 mm Além disso re
comenda-se o uso de cabos mais flexíveis (extra-flexíveis) para facilitar seu manuse
io, especialmente em redes com grande número de patch panels e portanto grande númer
o de cabos. Estes cabos devem contudo estar dentro das normas da categoria 5.
Cabling 96 – Cesar S. Machado 35
ESPECIFICAÇÕES DA NORMA EIA/TIA 569 A EIA/TIA 569 estabelece normas genéricas para pro
jeto e instalação de sistemas de cabeamento em áreas públicas e em vias de acesso de prédi
os comerciais. Tais sistemas devem ter uma previsão de vida útil de pelo menos 15 an
os. Esta norma estabelece a utilização de dutos subterrâneos de PVC, aço galvanizado ou
outros, com pelo meno 4 polegadas de expessura. Podem ser construidas no máximo du
as caixas de passagem com dobras de 90 graus, desde que tenham 10 vezes o diâmetro
dos cabos. Todos os cuidados devem ser tomados com relação a proteção contra corrosão, in
filtrações, etc na instalação destas caixas. ESPECIFICAÇÕES DA NORMA EIA/TIA 570 Esta norma
equivale a EIA/TIA 568, porém refere-se a instalações residenciais e comerciais de peq
ueno porte. ESPECIFICAÇÕES DA NORMA EIA/TIA 606 Esta norma estabelece padrões para adm
inistração da insfraestrutura de cabeamento em prédios comerciais. Na prática descreve a
penas como devem ser numerados e identificados cabos, vias de acesso e áreas comun
s. Os cabos devem ser identificados com etiquetas coloridas da seguinte maneira:
Cabos de rede utilizam etiquetas verdes, backbones verticais e cabos centrais u
tilizam etiquetas brancas e backbones horizontais utilizam etiquetas azuis. ESPE
CIFICAÇÕES DA NORMA EIA/TIA 2290 Esta norma estabelece procedimentos genéricos para op
eração do sistema de cabeamento.
Cabling 96 – Cesar S. Machado
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10. Projeto e Instalação da RedeROJETO
E INSTALAÇÃO DA REDE FASES DO PROJETO
1 - Levantamento de Necessidades da rede: Banco de dados, planilhas, serviços de
impressão, E-MAIL, MAN, WAN, Internet.
2 - Definição do ambiente e produtos a serem utilizados, tais como SOR, Banda de Red
e,
Marca dos Softwares, Aplicativos, Tipos de acesso a Internet, Serviços de Comunicação,
Intranet, Sistema de Cabeamento integrado ou não.
3 - Mapeamento fsico da Rede (local das estações e servidores). 4 - Distribuição e Conce
ntração dos Pontos de Rede, localização e passagem de Dutos,
Cabos, Gabinetes, DGs, Backbones, etc. 5 - Projeto do Sistema de Concentradores
(HUBs): Quantidade de HUBs usados; se terão Gerenciamento; método de Interligação, etc.
6 - Sistemas para Otimização e Comunicação da Rede (Switches, Bridges, Routers, Gateways
). 7 - Execução das obras civis. 8 - Instalação dos gabinetes (se for o caso), passagem,
conectorização e identificação dos cabos. 9 - Testes de Aceitação e Desempenho dos sistema
de cabeamento. 10 - Instalação e teste funcional dos equipamentos (hubs, switches, p
lacas etc). 11 - Configuração de sistema de gerenciamento, comunicações, etc. 12 - Confe
cção ou verificação da precisção da documentação definitiva da rede. DETALHAMENTO DAS FASES
guir detalhamos os itens mais importantes de cada fase.
MAPEAMENTO DA REDE Marque os locais em que deverão ser instalados os pontos de red
e e de telefonia (se for o caso) e estabeleça o lay-out da rede. Em grandes redes é
inevitável o uso de plantas das instalações. O uso de um software de desenho do tipo A
utocad é o ideal para a constituição do mapeamento da rede.
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PONTOS DE REDE E PONTOS DE TELEFONE Antigamente os cabos de rede e de telefonia
da instalação predial eram separados. Isto está acabando. Atualmente, um projeto moder
no prevê autilização de um só sistema de cabos trançados (categoria 5) que atenda a todos
os serviços, sejam eles dados (rede), telefones, fax, etc. DISTRIBUIÇÃO Em função da local
ização dos pontos de rede, estabeleça os lay-out (localização) dos hubs, sub-bastidores e,
se for o caso, dos outros equipamentos de rede. Pode-se dizer que o sistema de
cabeamento surgirá em função da disposição do hubs e path panels pela instalação predial. E
randes redes o usual é ter a maior parte possível dos hubs no CPD e concentrações menore
s de um ou mais hubs em cada pavimento. Na impossibilidade de se fazer isto, est
abeleça diversos pontos para distribuição dos cabos. Não se esqueça dos limites de alcance
dos cabos trançados e coaxiais. Defina como será a distribuição dos cabos telefônicos ou
outros mais, a nivel predial e a nível de patch panels. No interior do prédio empreg
ue preferencialmente cabos trançados categoria 5 para a instalação telefônica, de forma
que tomadas telefônicas possam ser realocadas como tomadas de rede e vice versa. E
stabeleça as ligações dos telefones em patch panels no mesmo gabinete das tomadas de r
ede para possíveis realicações. Pode-se empregar patch panels separados para rede e te
lefonia ou os mesmos patch panels empregando-se ligações de pontos alternados (redet
elefone-rede). Todos os equipamentos de comunicação serão por fim interligados por mei
o do sistema de cabeamento estruturado, sejam eles estações de rede, telefones, LPCD
s para modems, etc.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O GABINETE Existem diversos modelos de gabinetes que variam em t
amanho e acessórios. Se o volume de cabos a serem interligados no gabinete for mui
to grande, considere a possibilidade de
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utilizar um fundo falso na sala onde ficará o gabinete de forma a ocultar os cabos
e permitir uma boa organização. O local onde fica o gabinete terá uma abertura para a
passagem dos cabos que subirão até os patch-panels. SEGMENTAÇÃO DA REDE COM RELAÇÃO AOS SE
VIDORES As estações da rede tem de ser ligadas aos hubs e estes aos servidores. Em p
rinicípio pode ser adotado um método de ligação equivalente para cada hub/servidor. Por
exemplo, pode-se interligar cada dois hubs numa placa de rede do servidor. Um se
rvidor pode ter portanto vários segmentos de comunicação com os hubs de forma a aument
ar a velocidade de acesso. DISTRIBUIÇÃO DAS ESTAÇÕES NOS HUBS Numa rede ideal todas as e
stações gerariam o mesmo tráfego de rede de forma que poderiam ser interligadas a qual
quer placa de qualquer hub. Embora isto possa ocorrer na prática, o ideial é classif
icar as estaçõe spor um sistema de pesos e distribui-las pelos hubs de forma a não con
centrar tráfego em demasia num dado hub. ESTAÇÃO APLICATIVOS DO SERVIDOR QUE VAI USAR
LEVE MÉDIA PESADA E-Mail Aplicações Comuns, Office, Intranet Browser Internet, Aplicat
ivo Gráfico, Boot remoto
IDENTIFICAÇÃO Em redes com muitas estações, é imprescindível o uso de um sistema com tarjas
de identificação. Opcionalmente, utilize cabos com revestimentos de cores diferentes
para identificar a área, departamento ou andar a qual eles pertencem. Em alternat
iva a isto, utilize os protetores coloridos de conectores RJ45 nos hubs e patch
panels. ASSEGURANDO O SUCESSO DA INSTALAÇÃO -Procurar conhecer e seguir as normas técn
icas -Empregar cabos de alta qualidade com certificação UL -Empregar somente cabos,
conectores, tomadas e paineis categoria 5 -Não empregar cabos com as especificações di
ferentes na mesma rede -Respeitar os limites de alcance dos cabos -Utilizar toma
das de rede quando forem necessárias -Assegurar um bom acabamento da conectorização do
s cabos -Não tensionar demasiadamente os cabos trançados -Evitar conecções intermédiárias e
tre os segmentos -Evitar sobras excessivas de cabos -Sempre que possível fazer a c
ertificação dos cabos -Ao empregar cabos coaxiais para interligar estações, faça o aterram
ento do mesmo. -Nos cabos trançados, assegure-se de não haver mais do que 13 mm de c
abo destrançado nos pontos de terminação. -Assegure-se de que o ráio de flexão (dobras) do
s cabos não seja inferior a 4 vezes o diâmetro do cabo.
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-Evite dobras desnecessárias e esmagamentos nos cabos. -Evite que os cabos de rede
fiquem em paralelo com cabos de força. Se houverem cabos de 110 ou 220 V próximos,
garanta um espaçamento dos cabos de rede com estes de pelo menos 5 centímetros. Caso
os cabos de força sejam de alta tensão, aumente este espaçamento para 1 metro ou mais
. -Mantenha os cabos de rede longe de fontes potenciais de ruído, tais como luzes
fluorescentes, máquinas, motores, transmissores de rádio, etc. -Mantenha um bom ater
ramento da rede. O ideal seria que o mesmofosse independente do aterramento do s
istema elétrico. -Utilize eletrodutos galvanizados para o sistema de cabeamento em
áreas externas e áreas críticas. -Não faça mais do que quatro segmentos de cabos trançados
entre os paineis de distribuicão. -Observe os limites de ligação em cascata dos hubs e
mpregados na rede. Todos os fabricantes de hubs garantem pelo menos a interligação d
e quatro hubs em cascata. Alguns fabricantes porém oferecem maior número de repetições.
DOCUMENTAÇÃO A documentação é de grande importância em um sistema estruturado. Quanto maior
for a rede maior será a necessidade de uma documentação o mais completa e atualizada p
ossível. A documentação pode ser feita sob a forma tradicional, escrita, porém, tenha em
mente que redes modernas requerem métodos de gerenciamento modernos também. Assim,
considere o emprego de bases de dados, planilhas, desenhos e esquemas confeccion
ados em CAD e ainda a necessidade de se empregar softwares especialistas criados
especialmente para facilitar a operação do sistema de cabeamento. AUDITORIA Em rede
s onde já existem sistemas de cabeamento instalados aleatoriamente ao longo do tem
po, pode ser realizada um auditoria de forma a localizar e eliminar focos de pro
blemas, cabos redundantes, confrontar a documentação do sistema com a situação real, etc
. CUSTOS Comparado aos demais elementos da rede, o investimento no sistema de ca
beamento geralmente é pequeno se considerarmos que trata-se de um item semi-perman
ente, ou seja, enquanto a vida útil de um microcomputador não passa de cinco anos, o
cabeamento pode ser utilizado indefinidamente. Sistemas com quinze anos ou mais
podem ser encontrados em funcionamento. Esta vida útil porém depende da qualidade d
os produtos empregados e do cuidado em sua instalação. Estabelecer os custos dos com
ponentes empregados no sistema de cabeamento não é tão fácil na medida que existem inúmera
s soluções e inúmeros fabricantes destes componentes. A disponibilidade no mercado é out
ro fator condicionador. O produto pode existir no catálogo mas não em estoque. ELEME
NTOS A SEREM LEVANTADOS -TOPOLOGIA E TIPO DE CABOS
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-QUANTIDADE DE CABOS -QUANTIDADE DE CONECTORES, TOMADAS, PAINEIS, RACKS, ETC -TI
PO DE MATERIAL, SIMPLES OU MAIS SOFISTICADO -PASSAGEM DOS CABOS -MATERIAL SOBRES
SALENTE -TEMPO PARA REALIZAÇÃO DO SERVIÇO -CONFECÇÃO DO PROJETO FINAL (MAPA DO SISTEMA) De
ve-se ainda prever no projeto futuras expanções do sistema. Deve-se utilizar sempre
material de qualidade inquestionável. Materiais baratos podem tornar a instalação mais
complicada, comprometer a durabilidade do sistema e consequentemente sua reputação.
CUSTO DO MATERIAL A seguir apresentamos para efeito ilustrativo os preços aproxim
ados dos principais elementos empregados num sistema de cabeamento, válidos para 1
997. Tomamos por base aqui produtos de menor custo, ou seja, não tão sofisticados, c
om preços para usuário final, facilmente encontrados no mercado nacional. Para aquis
ição junto a distribuidores, deve-se dar um desconto de 25% nestes preços. ITEM CONCET
OR BNC MACHO CONECTOR BNC T CONECTOR BNC TERMINADOR CONECTOR BNC PASSAGEM CONECT
OR BNC COM TERRA CONECTOR RJ45 TOMADA DE SOBREPOR RJ45 CONECTOR ÓTICO ST CONECTOR
IBM TIPO 1 ABRAÇADEIRA ANILHA PARA IDENTIFICAR CABO CABO COAXIAL 10BASE CABO TRANÇAD
O CAT.5 CABO ÓTICO INTERNo CABO ÓTICO EXTERNO CABO AUIQ CABO STP IBM TIPO 1 PATH PAN
EL 12 PORTAS SUB-BASTIDOR (GABINETE) Rack Hub Accton 16 portas Hub Accton 16 por
tas com SNMP Hub 12 portas 100 MBps Accton Placa de rede Ethernet AcctoN Placa F
ast Ethernet Accton Placa Fast Ethernet 3Com Hub 12 portas Fast Ethernet 3CoM Sw
itche 8 portas 100 Mbps 3Com VALOR EM REAIS 1,50 1,00 3,00 5,00 5,00 0,90 6,00 1
5,00 12,00 0,05 0,05 0,90 (metro) 0,90 (metro) 4,50 (metro) 6,50 (metro) 3,00 (m
etro) 4,00 (metro) 200,00 400,00 a 2000,00 150,00 a 250,00 450,00 900,00 1800,00
70,00 120,00 200,00 2600,00 20.000,00
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O preço final do sistema de cabeamento pode ser determinado pelo seguinte somatório:
PF = CM + CMO + I + ML + FR Onde: PF: Preço Final CM: Custo do Material. Todos os
componentes utilizados no sistema. CMO: Custo da Mão de Obra. I: Impostos. ISS, I
CMS, IRRF, etc. ML: Margem de Lucro FR: Fator de Risco. Este item é opcional. Pode
ser, por exemplo, os dias dos operários parados devido a atrasos diversos, a util
ização de um ou outro componente não previsto, atraso do pagamento, etc. CUSTO DA MÃO DE
OBRA Esta é a maior variável no custo da instalação do sistema de cabeamento. Se houver
em problemas inesperados, o lucro pode facilmente transmutar-se em prejuízo. Uma m
aneira fácil e rápida de se estabelecer este custo é fixá-lo por ponto instalado e por nív
eis de dificuladade, conforme apresentado a seguir. TIPO DE CABO COAXIAL PAR TRA
NÇADO CABO ÓTICO CUSTO POR PONTO 50,00 50,00 75,00 NÍVEL I 50,00 50,00 75,00 NÍVEL II 75
,00 75,00 100,00 NIVEL III 100,00 100,00 150,00
Nesta tabela, o Nível I corresponde a um ponto onde a passagem do cabo é relativamen
te fácil. O Nível II corresponde a um nível de certa dificuldade e o Nível III de grande
dificuldade. Evidentemente, você pode modificar os valores ou acrescentar mais níve
is conforme seu know-how ou necessidades. Desta forma, o custo para se instalar
uma rede de 10 pontos com cabo trançado de Nível I seria de 500 reais e o custo para
se instalar uma rede de 20 pontos de Nível II seria 1500 reais. CUSTO DE FERRAMEN
TAS Os custos dos equipamentos para montagem do sistema de cabeamento variam mui
to, porém podemos apresentar uma base de preços válida para 1997, observendo-se as mes
mas restrições relacionadas anteriormente para os componentes.
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ITEM JOGO DE FERRAMENTAS DESCASCADOR DE CABO ALICATE CRIMP BNC ALICATE RJ45 INSE
RSOR PUSH DOWN KIT DE CONECTORIZACÃO ÓTICA ESTAÇÃO DE SOLDA MULTíMETRO TESTADOR DE CABOS T
OTAL
CUSTO EM REAIS 100,00 5,00 50,00 80,00 50,00 2000,00 180,00 180,00 7000,00 9745,
00
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11. Instrumentação de TesteTAÇÃO DE
TESTE Existem inúmeros instrumentos que podem ser empregados na análise do sistema d
e cabeamento. Ohmímetro: Instrumento capaz de verificar a resistência elétrica de um c
ondutor. Com ele podemos verificar se um cabo está rompido ou com uma resistência elét
rica muito elevada, o que causará um mal funcionamento. Testador de Continuidade:
Aproveitando o mesmo princípio do ohmímetro, varios medidores foram criados para tes
tar se o cabo coaxial ou par trançado indicando sua condição po meio de leds ou por um
display de cristal líquido. Rastreador de Cabo: Permite localizar cabos através da
localização de um sinal inserido por um oscilador em uma de suas extremidades. Bom p
ara sistemas onde perdeuse a identificação dos lances de cabos. Scanner: Scanner é um
instrumento que gera sinais de rede, semelhantes aos das estações, além de outros mais
e, com base na análise de seu comportamento, podem indicar o comprimento, nível de
ruído e de distorção do cabo. Seus preços variam muito, na faixa de 1000 a dezenas de mi
lhares de dólares, conforme a precisão desejada. Alguns instrumentos tem uma saída que
pode ser ligada a uma impressora, podendo gerar um relatório impresso ou ainda um
relatório sob a forma de arquivo de dados. Estes relatórios por sua vez podem ser a
presentados ao cliente, certificando a qualidade da instalação e podem ser usados co
mo referência para constatar futuros desgastes ou degradação. Existem duas classes de
scanners portáteis. Os de Nível I tem uma precisão que possibilita medições apenas no segm
ento que vai da tomada ao patch panel. Os de Nível II, mais caros, tem precisão para
medir todo o segmento do cabo, da tomada ao ponto mais distante, passando por m
ais de um patch panel ou bloco de distribuição. Medidor de Potência Ótica: Mede a atenuação
do sinal luminoso ao percorrer um cabo ótico. MEDIDAS REALIZADAS COM O SCANNER Ruído
: Um nível de ruído elevado no cabo pode levar o software de rede a perder vários paco
tes, obrigando-o a retransmitir diversas vezes os mesmos até que sejam corretament
e recebidos. Isto causa um aumento indesejável no tráfego da rede e, se for um ruído m
uito intenso, ocorre a interrupção da comunicação entre o servidor e as estações. Paradiafo
ia: Paradiafonia (o mesmo que diafonia, crosstalk ou next) é a interferência entre o
sinal que circula num condutor em outro adjacente. Um injetor de sinais ou term
inador especial é conectado numa estremidade do cabo e o scanner emite um sinal co
m várias frequências, até 100 Mhz, num condutor e mede se há indução do mesmo nos condutore
adjacentes. Os cabos cruzados e separados podem ser detectados desta forma. Out
ras possíveis causas da paradiafonia são: -Pares destrançados além do limite de 13 mm no
s pontos de conexão -Patch cords não trançados
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-Cabos muito tensionados que afetam o trançamento dos pares internamente Ruído Impul
sivo: Ruído impulsivo é aquele que se manifesta na forma de pulsos, induzidos por máqu
inas, campos elétricos momentâneos, etc. Para se medir estes ruídos, deve-se desconect
ar a estação e medir-se sua intensidade no cabo. Os scanners indicam automaticamente
se os níveis de ruído estão em conformidade com as normas EIA/TIA e IEEE.
FAIXA DE FREQUÊNCIA DOS RUÍDOS TIPO FAIXA DE FREQ. ORIGEM Luzes fluorescentes Transf
ormadores,rádios, aparelhos elétricos, estelirizadores de ar Rádio, computadores, apar
elhos eletrônicos, radares, etc. Motores, comutadores, máquinas de solda, ignição eletrôni
ca, etc.
BAIXA FREQ. 10 à 150 KHz MÉDIA FREQ. 150K à 10MHz ALTA FREQ. PULSOS 100 à 1000 Mhz 10KHz
à 100 MHz
Comprimento: O scanner pode emitir um pulso que, ao encontrar o limite, interrupção
ou terminador do cabo, provocará uma reflexão. Medindo o intervalo de tempo entre o
envio de sinal e do recebimento da sua reflexão, o scanner estabelece seu comprime
nto com precisão de 0,5 metro. Esta técnica é denominada reflectometria por domínio de t
empo - TDR. Os scanners tem tabelas com o NVP (velocidade nominal de propagação do c
abo) do cabo, um fator que varia de cabo para cabo em função do tipo de material e téc
nica empregada em sua fabricação. Os scanners tem tabelas já montadas para os principa
is tipos de cabos, tais como EIA/TIA 568 (Categoria 3, 5, etc) e IEEE (10base2,
10Base5, 10BaseT). O scanner pode ainda calcular o NVP de um cabo tomandose por
base um cabo referência de comprimento conhecido. Alguns scanners permitem a conexão
de um osciloscópio para tornar suas medidas mais precisas. Atenuação: A norma EIA/TIA
568 determina a medição da atenuação em dB em 10 frequências diferentes entre 64KHz e 100
MHz. Ela admite uma atenuação de até 40 dB para 350 metros de cabo a uma frequência de
16 MHz. O padrão 10BaseT admite uma atenuação máxima de 11,5 dB na faixa de 5 à 10 MHz num
cabo com 100 metros de comprimento. Os materiais dielétricos dos revestimentos do
s cabos também absorvem parte do sinal transmitido. A elevação da temperatura aumenta
este problema, por isto as entidades de padronização costumam especificar atenuações par
a uma temperatura de 20 graus celcius. Tráfego: Esta informação pode indicar se o cabo
está com tráfego anormalmente elevado. Isto permite identificar por exemplo placas
de rede defeituosas. Analizadores de protocolo são aparelhos que não só medem o tráfego
como identificam e lêem o conteudo dos pacotes. Seu uso só de dá porém em casos raros po
is seu custo é muito elevado. Medidas em Cabos Óticos: Basicamente são empregados um m
edidor de potência ótica que mede o nível de atenuação do sinal de luz em dB e o medidor T
DR ótico que se baseia na retrodifisão do sinal de luz no cabo ótico, de forma análoga a
o eco existente nos cabos metálicos.
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12. Apêndice A
PADRONIZAÇÕES INTERNACIONAIS
APÊNDICE A
Diversas normas norteiam a constituição de um sistema de cabeamento estruturado, das
quais podemos destacar as seguintes. EIA/TIA 568: Commercial Building Telecommu
nications Wiring EIA/TIA 569: Commercial Building Standard For Telecommunication
s Pathways And Spaces. EIA/TIA 570: Residential And Light Commercial Telecommuni
cations Wiring. EIA/TIA 606: Administration Standards For The Telecommunications
Infrastructure Of Commercial Building. EIA/TIA 607: Commercial Building Groundi
ng / Bonding Requirements. EIA/TIA 2290: Procedimentos de operação do sistema de cab
eamento EIA/TIA TSB 36: Additional Cable Specifications For Unshielded Twisted P
air Cables. EIA/TIA TSB 40: Additional Transmission Specifications for UTP Conne
cting Hardware. EIA/TIA TSB 67: Especificação de Desempenho de Transmissão para Testes
em Campo de Sistemas de Cabeamento de Par Trançado Não Blindado (UTP) ISO/IEC DIS 1
1801: Generic Cabling For Customer Premises Cabling. Normas referentes a protoco
los de acesso a rede também definem características técnicas com relação a cabos: IEEE 802
.3: Especificações do Protocolo Ethernet IEEE 802.3u: Especificações do Protocolo Fast E
thernet IEEE 802.3z: Especificações do Protocolo Ethernet Gigabit IEEE 802.5: Especi
ficações do Protocolo Token Ring IEEE 802.12: Especificações do Protocolo 100 VG AnyLAN
ANSI X3T9.5: Fiber Distributed Data Interface ( FDDI) Standards ITU I.300 Series
: Especificações do Protocolo ATM Normas e Práticas TELEBRÁS Normas e Práticas das Operado
ras Estaduais (Ex: Telebrasília)
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13. Bibliografia
Modem - Montoro, Fabio Azevedo - Ed. Érica Redes de Computadores - Tanenbaum, Andr
ew S. - Ed. Campus Redes de Computadores Locais e de Longa Distância - Tarouco, Li
an M.R. - Ed. Mac GrawHill Guia de Conectividade - Derfler, Fank J. - Ed. Campus
Guia para Interligação de Redes Locais - Derfler, Fank J. - Ed. Campus Tudo sobre C
abeamento de Redes - Derfler, Fank J. & Les Freed - Ed. Campus Guia Prático de Red
es Locais Estruturadas - Krone Redes Locais Estruturadas - Krone Endendendo Fibr
as Óticas - Hecht, Jeff - Ed. Berkeley Networking Basics - Self Studies Training -
Microsoft EIA/TIA Standart - Anixter - 1995 EIA/TIA 569/607 Sandart - 1995 Sist
emas de Cabeamento Estruturado - Apostila - Eng. Paulo Célio Faleiros Freitas.
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