habitando nos
crentes e na igreja o que começou no Pentecostes. Isto marcará o fim da
dispensação especial do
Espírito. O Seu ministério reverterá então à volta ao que Ele foi antes do
Pentecostes?.
434
Cap 43 - A Batalha do Armagedon
Muita gente tem uma noção errônea, se tem mesmo qualquer noção, sobre a
Batalha de
Armagedão. Pensam alguns que a última Guerra Mundial foi a Batalha de
Armagedão. Outros
têm avançado a idéia que ela ser á uma guerra entre católicos e não católicos.
Ainda outros
ensinam que ela é para ser um mero conflito espiritual entre o bem e o mal sem
qualquer
realidade literal. Outros, contudo, a confundem som o cerco aludido em Apoc.
20:8, que é para
ser depois do Milênio. Todas estas idéias são inescriturísticas e indignas de
consideração séria.
Estudemos esta batalha por notarmos o seguinte:
I. POR QUE A BATALHA É ASSIM CHAMADA?
A batalha é chamada segundo o logar em que ela é para ser ferida. Vide Apoc.
16:13-16.
A Versão Revista dá o nome de Har -Magedon, que se define como significando
a ?montanha de
Megiddo?, que se situa à margem sudoeste da Galiléia. Por isto se quer dizer,
talvez, não
meramente a montanha mesma senão a montanha e a seção em redor. Esta
seção se descreve
como ?um elevado planalto rodeado de colinas? (Carpenter). Ela forma um
passo para o Norte e
assim foi famosa como campo de batalha. Esta vizinhança foi à cena de duas
notáveis vitórias e
três notáveis mortes. As vitórias foram: a de Baraque so bre os cananitas e de
Gideão sobre os
midianitas. As mortes foram: a de Saul, a de Acazias (morto por Jeú) e a de
Josias. Mas o evento
mais famoso de todos está ainda para ocorrer lá.
II. QUEM DEVE SER OS COMBATENTES?
Os combatentes devem ser os reis da terra e os seus exércitos sob a chefia da
besta e dos
falsos profetas de um lado, e o Rei dos Reis e o Senhor dos Senhores com o
Seu povo ? os judeus
e os santos glorificados ? de outro lado. Vide Joel 2:11; Zac. 12:2,3,8,9, 14:3;
Apoc. 19:11-12.
III. OS PORMENORES DA BATALHA
Próximo ao fim do período da grande tribulação a besta e o falso profeta (a
segunda besta
? Apoc. 13:11) despacharão seus emissários a iniciar as nações da terra para
se ajuntarem contra
435
Jerusalém (Apoc. 16:13-16, 19:19). Com isto não fazem senão cumprir o
propósito de Deus,
porque é Seu desígnio reunir todas as nações juntas para o fim de as julgar
(Joel 3:2) e derramar
sobre elas Sua indignação e furiosa ira (Zac. 3:8). Os exércitos das nações
serão permitidos de
capturar Jerusalém e nela produzir grande destruição (Zac. 14:2). Na
aproximação dos exércitos e
a captura da cidade serão mortos dois terços dos judeus então na Palestina
(Zac. 13:8,9). Todos os
judeus em Jerusalém que não forem mortos serão ou capturados ou enxotados
da cidade (Zac.
14:2). Então, o Senhor aparecerá para livrar Seu povo (Zac. 14:4). Então, a
julgar do fato que
Apoc. 16:16 diz que as nações devem ser ajuntadas num logar chamado
Armagedão, tomamos
que os exércitos das nações, alarmados pelos eventos que pressa giarão a
vinda do Senhor,
desertarão Jerusalém em retirada para o Norte. Em Armagedão o Senhor os
apanhará e os visitará
vingadoramente como descrito em Isa. 66:15,16; Zac. 14:12,13; Apoc. 16:17 -
21, 19:20,21.
IV. A VINGANÇA DO SENHOR EM CONEXÃO COM ESTA BATALHA SERÁ
MUNDIAL
A vingança do Senhor far-se-á visitar não somente sobre os exércitos das
nações que vem
contra Jerusalém, mas também sobre todos os ímpios por todo o mundo.
Cremos que isto está
patente nas seguintes passagens: Jer. 25:15 -33; Isa. 24:17-21; 26:20,21;
34:1,2.
V. A REVELAÇÃO DESTA BATALHA COM O JULGAMENTO DAS NAÇÕES
Cremos que o julgamento das nações, como traçado em Mat. 25:31 -46, terá
logar em
conexão com a Batalha de Armagedão. cremos que Mat. 25:31 -46 é uma
figurada dos tratos de
Deus com as nações na Batalha de Armagedão e a destruição que sobrevirá. É
nisto que todos os
joios devem ser ajuntados do Seu reino e queimados (Mat. 13:40 -43). Ninguém
sobrevirá a esta
prova excepto os justos. Para a relação entre esta batalha e o julgam ento das
nações vide Joel
3:2,12,13. Notai também Joel 2:10,31; 31:15 -16; Isa. 13:10,11 em conexão com
Mat. 24:29.
VI. ESTE PERÍODO DE DESTRUIÇÃO MUNDIAL SERÁ ?O DIA DO
SENHOR?
Vide Isa. 2:12; 13:9; 34:8; Jer. 46:10; Ez. 30:3; Joel 1:15; 2:11; Amós 5:18 -20;
Obadias
15; Zac. 1:15,18; 14:1. ?O dia do Senhor? é para ser um dia de duração
prolongada (Zac. 14:6,7).
VII. UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA EMERGIRÃO DO DIA DO
SENHOR
436
Vide Isa. 34:4; 65:17 -25; 2 Ped. 3:10-13.
437
Cap 44 - Os Estados Finais dos Justos e dos Ímpios
Neste capítulo preocupar-nos-emos com o local e a condição tanto dos justos
como dos
ímpios na eternidade. E tanto quanto a ressurreição e o julgamento de ambas
as classes estão
envolvidos nos seus estados finais, escolhemos considerar estes a ssuntos
neste capítulo também.
I. A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
1. É PARA HAVER UMA RESSURREIÇÃO TANTO DOS JUSTOS COMO
DOS ÍMPIOS
Isto está ensinado em Daniel 12:2 iniludível e inegavelmente.
2. MAS AS DUAS CLASSES NÃO SÃO PARA RESSURGIREM JUNTAS
(1). As Escri|uras nsinam qu hav rá uma r ssurr ição s parada dos jus|os.
As passagens que ensinam isto calham em duas classes:
A. Passagens que falam de uma ressurreição ?dentre? os mortos. Há duas
passagens tais: Luc.
20:35; Fil. 3:11.
A primeira passagem reza: ?Mas os qu for m havidos por dignos d alcançar
aqu l
mundo A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS, n m hão d casar, n m s r
dados m casam n|o?.
Que este verso se refere a uma ressurreição em que só os justos falecidos
participarão mostrado
está de dois modos:
(a). A frase ?ressurreição dos mortos? é a mesma como aquela que está
sempre usada
para designar a ressurreição de Cristo (Atos 17:31; Rom. 1:4; 1 Cor. 15:20; 1
Ped. 1:3) e é
manifestamente diferente no sentido da frase genérica ?r ssurr ição dos
mor|os?. A primeira
frase não é nunca usada quando se alude tanto à ressurreição dos justos como
à dos ímpios.
Doutro lado da ressurreição de Cristo nunca se diz ser uma ?r ssurr ição dos
mor|os?. Ele foi
ressurgido dentre os mortos e assim será com os justos segundo a passagem
em foco.
438
(b). Está este ensino confirmado pelo contexto da passagem. O verso em
seguida ao em
consideração conta-nos que aqueles que participam desta ressurreição não
podem ?morr r mais,
porqu são iguais aos anjos são os filhos d D us, s ndo os filhos da
r ssurr ição?. O autor foi
uma vez abordado com estes versos como um argumento contra a
ressurreição os ímpios. Sua
resposta tomou o jeito do atual tratado. Francamente, se ela crera numa
ressurreição geral,
totalmente perdido estivera p ara responder ao argumento.
A segunda passagem acha Paulo dizendo: ?Para v r s d alguma man ira
posso ch gar
à RESSURREIÇÃO DOS MORTOS?. (Fil. 3:11). A teoria de uma ressurreição
geral torna estas
palavras sem sentido. Certamente Paulo não teria precisad o de se preocupar
com participar de
uma ressurreição geral, pois ele creu tenazmente na ressurreição tanto dos
justos como de ímpios.
Vide Atos 24:15. Também a linguagem aqui é muito forte, empregando o x,
| m xanas|asin | m
k n kron, significando, quando completamente traduzido, ?a r ssurr ição fora
d , qu é d n|r
os mor|os?. A linguagem não podia transmitir mais fortemente o sentido em
que estamos aqui
insistindo.
B. Passagens que descrevem a ressurreição dos justos somente. Tais
passagens acham-se
em 1 Cor. 15:21-23; 1 Tess. 4:14-16.
A primeira passagem aqui trata do assunto da ressurreição como se somente
os justos
serão ressuscitados ( *). Isto é compreensível só sobre um fundamento e esse é
que há uma
ressurreição em que só os justos participam.
A segunda passagem fala da ressurreição dos justos somente e não deixa
logar na ocasião
para a ressurreição dos ímpios. Os justos falecidos são para produzirem -se em
corpos vivos
transladados a encontrarem o Senhor no ar. Não há indicaçã o que Cristo vem
a terra nesse tempo,
como seria necessário, se os ímpios falecidos fossem para ser levantados e
julgados neste ponto.
Apoc. 20:5,6 fala da ?primeira? ressurreição, da qual só os justos participam.
Nossos
oponentes, sem dúvida, como já foi notado, buscam roubar a estes versos o
seu sentido
manifesto; mas note-se que a nossa interpretação deles ajusta -se exatamente
ao sentido simples
de outras passagens já citadas, ao passo que nossos oponentes devem tentar
explicar cabalmente
os versos sem amparo escriturístico específico.
439
(2). As Escrituras também descrevem a ressurreição em que ninguém senão os
ímpios figuram.
A descrição a que se refere é achada em Apoc. 20:11 -15. E notai que a
afirmação de a
?mor| o Had s foram lançados no lago d fogo? não pode significar menos
que todos os
ocupantes da morte e Hades foram neste tempo lançados no lago de fogo;
implicando,
distintamente, que os justos não se acharão entre os mortos na ocasião, tendo
sido ressurgidos
previamente. A presença do livro da vida neste julgamento não dá evidência
que seja de qualquer
escrito estar lá incluído. Estará lá como prova de que os ímpios não têm seus
nomes nele.
(3). As passagens em que se amparam nossos oponentes como ensinando
uma ressurreição geral
são inconclusivas e cedem às passagens já citadas sem sofrerem violência
As passagens em que se amparam nossos oponentes são: Dan. 12:2; João
5:28,29; Atos
24:15. Nelas observamos:
A. A associação de justos e injustos juntos na ressurreição não prova que eles
serão
ressurgidos simultaneamente. A Bíblia muitas vezes associa coisas parecidas
que estão separadas
quanto ao tempo. Como um caso a calhar podemos nos referir outra vez à
citação de Cristo de
Isa. 61:1, onde Ele se deteve no meio do verso porque a outra parte nã o tinha
que ver com o Seu
ministério corrente senão com o Seu segundo advento. Vide Lucas 4:18,19.
Assim, num breve
verso, temos um intervalo que se estendeu já por mais de mil novecentos anos.
Outra vez,
podemos citar Mal. 3:1-5 como se referindo a ambos os adventos de Cristo,
não obstante sua
separação quanto ao tempo. Como João A. Broadus aptamente diz, a
purificação mencionada
nesses versos não ?significa simplesmente que Ele purificaria indivíduos por
consumir o qu
n l s s|iv ss d f i|uoso, mas Mal. 4:1-3 mostra-o significando que Ele
purificaria a nação por
consumir os indivíduos ímpios como restolho e então os verdadeiros justos da
nação regozijar-seiam
e prosperariam?. Assim a passagem não pode ser aplicada totalmente ao
primeiro advento de
Cristo. E mais ainda, em Mat. 3:11 João Batista associou o batismo ?no
Espíri|o San|o no
fogo?, onde o verso seguinte mostra que o batismo em fogo não alude às
línguas de fogo no Dia
de Pentecostes, mas ao fogo do julgamento. Assim, mais uma vez duas coisas
separadas por
séculos são mencionadas juntas como se ocorressem no mesmo tempo.
440
B. A tradução de Dan. 12:2 por Tregelles alivia completamente esta passagem
de sua
suposta alusão a uma ressurreição da geração ? ?E mui|os d n|r os qu
dorm m no pó da | rra
d sp r|arão, s| s qu d sp r|am, s rão para a vida | rna; mas aqu l s ? o
resto dos que
dormem, que não despertam neste tempo ? serão para vergonha e nojo
eternos.?
C. João 5:28,29, pode ser entendido como se referindo a duas ressurreições
tão facilmente
como pode ser entendido como se referindo a uma. Estes versos mencionam
?a r ssurr ição
para a vida? e ?a r ssurr ição para o julgam n|o?. E o emprego de ?honra? no
verso 28 não
pode ser insistido como provando simultaneamente, desde que a ?hora? da
ressurreição
espiritual, mencionada no verso 25, cobre este tempo inteiro. ?Hora?, aqui,
quer dizer
simplesmente tempo ? o tempo está chegando, etc. Alvah Hovey observa muito
justamente a
respeito destes versos: ?Se a ressurreição das duas classes aqui men cionadas
terá logar ao mesmo,
ou em tempos deferentes, é o que não está feito perfeitamente certo por esta
linguagem; mas, se
nada há noutros logares mais do Novo Testamento incoerente com a idéia que
a ressurreição de
ambos será no mesmo tempo, isto é, ce rtamente, a interpretação mais obvia da
linguagem aqui
usada?. Concordamos; mas insistimos, e cremos que temos mostrado, que há
isso em o Novo
Testamento que é incoerente com uma ressurreição geral.
D. Interpretar Atos 24:15 como ensinando uma ressurreição geral é assentar a
Paulo em
variação consigo mesmo. Duas vezes ele descreve a ressurreição dos justos
sem mencionar os
ímpios. E uma vez ele fala do seu fervoroso desejo de ?cons guir a
r ssurr ição dos mor|os?
(Fil. 3:11), usando a linguagem mais forte p ossível para indicar que ele estava
pensando numa
ressurreição seletiva.
3. O TEMPO DA RESSURREIÇÃO DOS JUSTOS
Em 1 Tes. 4:15-17 Paulo torna-o claro que os justos serão ressurgidos no
tempo da
aparição de Cristo no ar ? a primeira fase de Sua vinda; nesse tempo os santos
vivos serão
transladados e raptados também. Conquanto o mesmo escritor, em 1 Cor.
15:23, liga a
ressurreição com a parousia ou segunda fase da vinda de Cristo, que se deve,
cremos, ao fato de
Paulo, segundo um costume escriturístico já alud ido, associar juntas as duas
fases da vinda do
Salvador, não obstante sua separação no tempo. Á luz de outros exemplos tais
associação,
nenhum argumento se pode achar aqui contra nossa posição quanto à
separação temporal das
441
duas fases do segundo advento. Esta associação torna-se ainda mais natural
se, como cremos, a
primeira ressurreição for contínua, principiando com a aparência de Cristo no ar
e continuando
ao passo que os santos morrem por toda a grande tribulação e até ao milênio.
Notai no Apoc.
11:11 a ressurreição das duas testemunhas após três dias. Notai também,
como já foi apontado,
que nenhum dos justos será achado no Hades ao tempo da ressurreição dos
ímpios. Apoc. 20:14.
II. O JULGAMENTO DOS VIVOS E DOS MORTOS
Todos os homens comparecerão perante Cristo no julgamento de alguma
maneira e
nalgum tempo, porém nem todos da mesma maneira e no mesmo tempo.
Notai:
1. O JULGAMENTO DOS GENTIOS VIVOS
Mat. 25:31-46. Isto é para ter logar quando Cristo vier para reinar. Marcará o
fim desta
época ou era e o começo da era milenial. Haverá três classes presentes neste
julgamento ?
ovelhas, bodes e irmãos, mas somente ovelhas e bodes serão envolvidos no
julgamento. Estes
serão separados na base de como trataram os irmãos de Cristo, não na base
de como se trataram
mutuamente. A única idéia sensível é que estes irmãos de Cristo são judeus
crentes, que pregarão
o Evangelho durante o período da grande tribulação. De baixo da besta
ninguém pode favorecer a
estes missionários judeus, exceto em risco de morte e ninguém ousará faze-lo
exceto crentes.
Assim será possível fazer uma separação infalível nesta base; não que o bom
tratamento dos
judeus é o que salvará os gentios, mas antes o que indicará que estão salvos.
As ovelhas aqui são
aqueles que deverão ser salvos durante a grande tribulação. Este julgamento é
manifestamente de
nações como indivíduos e não no agregado. Uma nação como tal, aparte dos
indivíduos que a
compõem, não pode ser lançada no ?fogo | rno, pr parado para o diabo
s us anjos? (vs. 41).
Para referência do Velho Testamento a este julgamento vide Joel 3:2,11a14.
2. O JULGAMENTO DA NAÇÃO JUDAICA.
Acima apontamos que os ?irmãos não são julgados com os gentios. Assim está
implicado
para eles um julgamento separado. A este julgamento as Escrituras fazem
alusão definita. Vide
Isa. 1:25,27,28; 4:4; Zac. 13:8,9; Mal. 3:3. Este julgamento terá logar em
conexão com a
conversão de Israel?.
442
3. O JULGAMENTO DAS OBRAS DOS CRENTES GLORIFICADOS.
Vide 2 Tim. 4:8; Fil. 2:16; 1 Ped. 5:4; Apoc. 22:12. Os pecad os dos crentes já
foram
julgados. O crente não pode nunca entrar em condenação por eles. Mas suas
obras serão julgadas.
1 Cor. 3:13-15. Nada há penal sobre este julgamento. O crente ou recebe
recompensa ou perdas
de acordo com o que ele fez e com a qualida de de sua obra.
4. O JULGAMENTO DOS PERDIDOS FALECIDOS.
Apoc. 20:11-15. Isto terá logar no fim da pequena sasão durante a qual
Satanás será solto
em seguida ao milênio. Logo antes deste julgamento os ímpios na terra serão
mortos. Apoc. 20:9.
Então todos os ímpios, incluindo talvez aqueles julgados em Mat. 25:31 -46,
serão ressurgidos,
julgados e lançados no lago de fogo. Tentem como puderem, nossos
oponentes não podem
indicar um simples indício de que isto é para ser um julgamento geral. Eles
tentam identificar este
julgamento com o descrito em Mat. 25:31 -46, mas notemos:
5. CONTRASTES ENTRE ESTE JULGAMENTO E O JULGAMENTO DOS
GENTIOS
VIVOS EM MAT. 25.
443
EM MATEUS 25:31-46 EM APOCALIPSE 20:11-15
1. Ninguém se menciona exceto os vivos 1. Ninguém se menciona
exceto
os mortos ressuscitados.
2. O juízo está explicitamente ligado com a
segunda vinda de Cristo
2. Nenhuma menção é feita da
segunda
vinda de Cristo em conexão com o
julgamento, imediata.
3. Não há indícios do milênio, nem mesmo
qualquer lugar perceptí vel para um milênio
de justiça precedendo este julgamento.
3. Está definitivamente afirmado que o
julgamento vem ao cabo da ?pequena sasão?,
durante a qual Satanaz é solto depois do
milênio
4. Nada se diz do julgamento de Satanás. 4. O julgamento e a perdi ção de
Satanaz
estão claramente revelados.
5. A base do julgamento é o tratamento
dispensado aos irmãos de Cristo.
5. Nenhuma menção está feita dos irmãos de
Cristo.
6. Duas classes se distinguem: ovelhas e
bodes ? salvos e perdidos.
6. Nenhuma menção está feita de quaisquer,
exceto aqueles lançados no lago de fogo.
Cada um destes contrastes ajusta-se belamente ao sistema pré milenial, ao
passo que cada
um deles está morto contra a idéia de nossos oponentes. Muitos deles eles os
ignoraram. Uns
poucos deles eles tentam descartar. Agora, que será dito da lógica daqueles
que rejeitam uma
idéia em que entram estes contrastes e depois adotam uma teoria que está em
variação com cada
um deles?
Ainda mais, achamos que a besta e o falso profeta já estão no lago de fo go
antes deste
julgamento começar. Nossos oponentes não têm explicação para este fato,
desde que a besta
444
(sendo manifestamente a mesma que o homem do pecado) é para ser
destruída na segunda vinda
de Cristo. Se este julgamento ocorre na segunda vinda de Cristo, como explicar
o fato de a besta
e o falso profeta já estarem no lago de fogo?
6. PASSAGENS QUE SÃO TIDAS POR ENSINAREM UM JULGAMENTO
GERAL.
As passagens usadas como textos provas pelos advogados de um juízo geral,
são: Mat.
7:22; João 5:28,29; Ato s 17:31; Rom. 2:5-9; 2:16; 14:10; 2 Cor. 5:10; 2 Tim.
4:1; 4:8; 2 Ped. 3:7;
Apoc. 11:18. A respeito destas passagens observamos:
(1). Ma|. 7:22; A|os 17:31; Rom. 2:5 -9; 2:16; 2 P d. 3:7 Apoc. 1:18 |odas s
r f r m ao
julgam n|o das naçõ s como d scri|o m Ma|. 25:31-46.
Objeta-se que Rom. 2:9 menciona os judeus, nós respondemos que o
julgamento dos
judeus (nação) ocorrerá em íntima conexão com este julgamento,
provavelmente logo antes ou
logo depois. Ambos virão como uma parte do ?dia da ira e revelação d o juízo
justo? de Deus. Se
disser que Rom. 2:5 implica que o povo então vivo estaria no julgamento
aludido, o que não será
o caso segundo nossa idéia, respondemos que isto é na base do fato que a
segunda vinda de
Cristo é comumente representada como um evento que podia ocorrer durante
essa geração. Notai
em 1 Tess. 4:17 como Paulo usa ?nós? em conexão com o aparecimento de
Cristo. As palavras
?o | mpo dos mor|os para qu s jam julgados? , em Apoc. 11:18 não significam
que os ímpios
falecidos serão ressurgido s e julgados nesse tempo referido. Este verso
encontra sua simples
explicação em Apoc. 6:10, onde as almas dos mártires debaixo do altar
clamam ?A|é quando, ó
S nhor, san|o v rdad iro, não JULGAS E VINGAS NOSSO SANGUE NOS
QUE MORAM NA
TERRA?? Os mártires trucidados são para neste tempo serem julgados no
sentido de serem
vingados na ira de Deus sobre as nações da terra.
(2). Quan|o a João 5:28,29, já mos|ramos qu s|a passag m não é
conclud n| m nsinar uma
r ssurr ição g ral.
O mesmo, portanto, é verdade com referência a um julgamento geral.
445
(3). Rom. 14:10; 2 Cor. 5:10 2 Tim. 4:1, cr mos, pod m s r ad quadam n|
agrupadas jun|as
como nsinando qu |odos ? salvos p rdidos, vivos mor|os d v m s r
julgados, conform
diss mos m nossa d claração inicial sob a pígraf d julgam n|o.
Mas, nem essas passagens, nem outras quaisquer, ensinam que todos devem
ser julgados
no mesmo tempo e da mesma maneira.
(4). 2 Tim. 4:8 r f r -s ao julgam n|o das obras dos cr n| s.
Já tratamos deste julgamento. É para vir, segundo esta passagem, no
aparecimento de
Cristo ? primeira fase de Sua vinda.
III. A PUNIÇÃO FINAL DOS ÍMPIOS
1. SERÁ ETERNA.
Mat. 25:41; Apoc. 14:11. O sentido pleno destas passagens é que a punição
dos ímpios
será sem fim.
2. CONSISTIRÁ DE SOFRIMENTO CONSCIENTE.
Na última passagem a cima dada é nos dito que os ímpios ?não terão
descanso de dia nem
de noite?. Isso envolve sofrimento consciente. Alguns contendem que a
punição final dos ímpios
consistirá somente de aniquilamento. A passagem preced ente nega isto. Não
obstante,
examinaremos os fundamentos desta contenção. São:
(1). Malaquias 4:1-3
Esta passagem refere-se somente à destruição física dos ímpios logo prévia ao
assentamento do reino milenial. Esta passagem, em substância, é paralela a
Isa. 24:17-22,
26:20,21; 34:1,2; 66:15,16,24; Zac. 14:12 -15; Mat. 25:41-46; 2 Ped. 3:7. Esta
destruição terá
logar em conexão com a batalha de Armagedon, mas aqui não há
aniquilamento. Isto é claro de
Isa. 24:22 e 66:24.
(2). A d scrição d s|a punição como a ?s gunda mor| ?.
446
A ?segunda morte? corresponde à morte da raça de Adão e não a morte física.
Por esta
morte o homem foi incapacitado para a comunhão de Deus e trazido sob a ira
de Deus, mas não
foi posto além da esperança ou alcance de Deus. A ?segund a morte? traz a
execução da ira de
Deus pela ?con|inuação da mor| spiri|ual numa ou|ra xis|ência s m | mpo?.
(E. G.
Robinson); um banimento completo da presença de Deus. Assim a ?segunda
morte? não implica
inexistência mais do que o presente estado de m orte espiritual do pecador.
Marcos 9:48 mostra
claramente que os ímpios no Geêna retêm existência consciente. ?Salgados
com fogo? pode
significar que o fogo terá com o sal uma qualidade conservadora.
(3). A d claração qu os incrédulos d v m p r c r.
Lucas 13:3; Atos 8:20; 1 Cor. 1:18. Mas, que este perecer não denota
aniquilamento, está
provado pelo fato que a palavra grega em Atos 8:20 é a mesma palavra usada
para descrever a
perdição da besta (Apoc. 17:8), e achamos que a besta ainda está no lago de
fogo mil anos mais
tarde (Apoc. 20:10). Um ser aniquilado não pode nunca estar em logar algum
depois. A palavra
grega nas outras duas passagens é a mesma palavra usada para ?perdidos?
em Mat. 10:6; Luc.
15:24; 19:10; 2 Cor. 4:3, onde aniquilação não pode ser o sentido.
(4). A r pr s n|ação da punição final dos ímpios como d s|ruição
Rom. 9:22; 2 Tess. 1:9. A palavra grega em Rom. 9:22 é a mesma como
perdição em
Apoc. 17:8, que não expressa aniquilamento, como faz pouco apontamos
acima. E a palavra
grega em 2 Tess. 1:9 é a mesma usada para a destruição da natureza carnal
em 1 Cor. 5:5; e
sabemos que a natureza carnal não é aniquilada nesta vida.
Finalmente, o fato que há de haver graus de punição, por causa do qual ela
será ?mais
tolerável? para uns do que para o utros (Mat. 11:20-24) mostra que a punição
final do pecador não
é aniquilamento, porque, num caso tal todos os pecadores sofreriam a mesma
penalidade e seria
tolice falar de aniquilamento como sendo mais tolerável para uns do que para
outros.
(5). A r pr s n|ação scri|urís|ica d imor|alidad como algo a s r buscado
p lo hom m (Rom.
2:7), r v lada p lo Evang lho (2 Tim. 1:10), é só cons guida na r ssurr ição
dos jus|os (1 Cor.
15:53,54).
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Destes fatos se argue que os ímpios, não tendo conseguido a imortalidade por
meio do
Evangelho, cessam de existir na morte ou subseqüentemente. Mas a
imortalidade nestas
passagens, à luz de Marcos 9:48; Lucas 16:22 e Apoc. 14:11, não pode ser
entendida como
significando mera existência sem fim ou isenção de aniquil amento; antes quer
dizer completa
imortalidade, incluindo o corpo bem como a alma. De fato, isto é o único
sentido em que o Novo
Testamento usa a palavra. Ele nunca faz a imortalidade significar mera
existência sem fim da
alma. (Contudo a palavra inglesa t em este sentido e a palavra grega foi assim
empregada no
grego clássico). Logo, não há absolutamente força no argumento que o homem
deve conseguir
isenção do aniquilamento por meio do Evangelho e da ressurreição.
3. SERÁ DE ACORDO COM O SEU MERECIMENTO.
Mat. 11:21-24; Luc. 12:47-48; Rom. 2:6,12; Apoc. 20:13. Estas passagens
ensinam que
haverá graus de punição baseada na luz possuída pelo indivíduo e segundo
suas ações.
IV. A BEM AVENTURANÇA FINAL DOS JUSTOS.
Isto está descrito em Apoc. 21, onde se vê a Nova Jerusalém do céu para a
nova terra. Os
salvos formarão esta cidade celestial. Haverá para eles completa satisfação.
Todo aborrecimento
e causa de tristeza se acabam. À semelhança do seu Salvador os salvos
aquentar-se-ão para
sempre na luz solar do amor de Deus, adorando-O e servindo-O, regozijando-
se na Sua
comunhão e na de uns e outros.
Talvez "glória" é aquela palavra que melhor descreve a felicidade dos justos.
Vide Rom.
8:18; 2 Cor. 4:17; Col. 1:27; Heb. 2:10; 1 Ped. 5:1. Esta glória consistirá em ser
?glorificados
juntamente? com Cristo, aquinhoando -se igualmente com Ele de toda a Sua
glória adquirida, isto
é, a glória que Lhe será conferida por causa de Sua obediência aqui na terra e
Sua obra redentora.
Somos co-herdeiros com Ele da Sua glória. Vide R om. 8:17.
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* É impossível por são exegese fazer a clausula ?assim |ambém |odos s rão
vivificados m
Cris|o? abarcar os ímpios. Os ímpios não serão vivificados ? m Cris|o?. Sua
ressurreição é
matéria de justiça e não algo que derive da expiação. Se não houvera
expiação, a mesma justiça
que ora exige sua ressurreição tê -la-ia exigido da mesma maneira. A
linguagem do verso inteiro
tem seu paralelo em Rom. 5:18, onde os ?|odos os hom ns?, sobre quem o
julgamento veio, são
todos descendentes de Abraão; ao pa sso que os ?|odos hom ns?, sobre quem
o livre dom para
justificação de vida veio, são todos crentes.