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GRAMÁTICA – EXERCÍCIOS

A - Variação do português: processos fonológicos

1. Identifica os fenó menos fonoló gicos de supressão de fonemas que ocorreram nas
seguintes palavras:

A. LEGERE > leer

B. ACUME > agume > gume

C. SOMNIUM > somniu > soniu > sonho

2. Identifica os fenó menos fonoló gicos de inserção de fonemas que ocorreram nas
seguintes palavras:

A. CATENA > cadea > cadeia

B. SCUTU > escudo

C. ANTE > antes

3. Assinala na coluna em branco a letra correspondente ao fenó meno fonoló gico de


alteraçã o destacado em cada uma das palavras seguintes.
A. Assimilaçã o
1. COLORE > coor > cor
B. Dissimilaçã o
2. NOCTE > noite C. Sonorizaçã o
3. LILIUM > lírio D. Vocalizaçã o
4. fogo – fogueira E. Palatalizaçã o
5. LEGE > lee > lei F. Reduçã o vocá lica
6. PANATARIUM > panadario >paadairo > G. Metá tese
padeiro H. Crase
7. NOSTRUM > nostro > nosto > nosso I. Sinérese (ditongaçã o)
8. casa – casinha
9. MULIERE > mulier > mulher
10. APOTHECA > abodega > bodega

B - Palavras divergentes e palavras convergentes

1. Esta matéria vem para o teste?

O jardim tem bancos de madeira.


1.1 As palavras destacadas têm o mesmo étimo latino – MATERIA. Por essa razã o, como se
definem?
1.2 Refere, justificando, qual das duas palavras chegou ao português por via popular.

2. Acrescenta os étimos que faltam no quadro (se necessá rio, consulta um dicioná rio).
ÉTIMO VIA ERUDITA VIA POPULAR
ARENA areia
clave chave
CLAMARE clamar
LEGALE leal
ó pera obra
PARABOLA pará bola
PLENU cheio
solitá rio solteiro

C - Geografia do português: europeu e não europeu

1. Lê o excerto que se segue retirado da obra Capitães da Areia da autoria de Jorge Amado:

– Foi uma menina que eu vi hoje. Eu tinha entrado em casa com a ideia de
abafar um paletó, quando ela veio e ficou perguntando o que eu queria. Aí
topamos a conversar. Eu disse que amanhã ia levar um presente pra ela.
Pirulito tomou a medalha que o padre lhe dera, ficou mirando. De repente
estendeu para o menino.
– Tome. Dê a ela.
Jorge Amado, Capitães da Areia, Lisboa, Bis, 2009.

1.1 Sublinha as marcas da variante brasileira do português.


1.2 Reescreve o segundo pará grafo do excerto de forma a corresponder à variante do
português europeu.

2. Lê o seguinte fragmento de uma cró nica do escritor angolano Pepetela.


Aqui há uns tempos, um jornalista reportou no diário local alguns
anúncios que lhe chamaram a atenção. […] Eis alguns exemplos que se podem
ver nas ruas dos musseques, mas não só. «Dasse espelicaçam, desde da primaira
caté na quarta» é um que eu acho curioso, mas provavelmente necessita de
tradução: dá-se explicações desde a primeira até à quarta classe. […] Outro
exemplo: «Ricochitage de peneus» […].
Para além dos erros de ortografia, que não me interessa em si analisar
agora, o que quero frisar é que esses anúncios mostram o horror que o angolano
tem por duas consoantes seguidas. Vem evidentemente das línguas bantas em
que cada consoante pede uma vogal. Daí que espelicaçam ou espelicação,
peneus, quando não pêneus […]. Eu uso sempre ritimo em vez de ritmo, que me
soa a tremenda pedrada e que aqui ninguém diz. Alguns chamariam a
vogalização da língua.
Talvez para realçar a crescente consonantização do português em
Portugal, sobretudo a avaliar pelos jovens atores, locutores, ou entrevistados da
televisão.
«Os letreiros», in Crónicas com Fundo de Guerra, Ed. Nelson de Matos, 2011.

2.1 Especifica a que tipo de diferenças, entre o português europeu e o português de


Angola, dedica o autor a sua atençã o, no fragmento apresentado:

A. Fonéticas.

B. Grá ficas.

C. Lexicais.

D. Sintá ticas.
2.2 O texto alude à «crescente consonantizaçã o do português em Portugal». Explica a que
tendência do português falado em Portugal se refere.

D - Funções sintáticas – Sujeito e predicado

1. Identifica o sujeito de cada uma das oraçõ es que constituem a frase que se segue:

«Todos nó s temos preocupaçõ es que nos deixam ansiosos no dia a dia.»


1.1 Classifica os sujeitos dessas oraçõ es quanto ao tipo de sujeito.

2. Identifica o tipo de sujeito presente nas oraçõ es apresentadas no quadro. Utiliza o


algarismo adequado.
Muitas pessoas sentem ansiedade. A.
A ansiedade é uma emoçã o necessá ria para a B. 1 Sujeito simples
nossa sobrevivência. 2 Sujeito composto
Quando as preocupaçõ es e a ansiedade se C. 3 Sujeito nulo subentendido
tornam excessivas e sistemá ticas… 4 Sujeito nulo indeterminado
D
… passa a ser uma doença.
.
3. Reescreve as frases da primeira coluna, substituindo o constituinte com funçã o de
sujeito por aquele que é apresentado na segunda coluna. Faz as modificaçõ es que
entenderes necessá rias.
1. Todos temos preocupaçõ es. Ele e ela
2. Muitas pessoas sentem ansiedade. A maior parte
Exames, doenças, mudanças podem ser causadores de Quase tudo
3.
ansiedade.
4. Eu nã o sou muito ansiosa. Tu e eu
A ansiedade, em níveis aceitá veis, melhora o nosso Níveis aceitá veis de ansiedade.
5.
desempenho.

4. Tendo em conta a concordâ ncia sujeito-verbo, justifica, em cada um dos casos seguintes
a utilizaçã o da pessoa verbal dos verbos destacados.

A. Apanhei um susto que me deixou paralisada.

B. Foi a certeza e a alegria que me fizeram chorar.

C. Sã o as crianças quem menos sofre de ansiedade.

D. Foi o teu irmã o quem bateu o recorde?

E - Funções sintáticas – Modificador de frase

1. Sublinha, nas frases que se seguem os advérbios (ou grupos adverbiais), grupos
preposicionais ou oraçõ es que tenham a funçã o de modificador de frase.

A. Felizmente, o bebé continua a dormir.

B. Se acordar, o Joã o dá logo sinal.

C. Com saudade, relembro o teu tempo de menino.

D. Realmente, tu pareces um bebé a dormir.

E. Certamente o barulho do mar nã o desperta o bebé.

F. Talvez a cotovia acorde o bebé.

G. Embora ele nã o saiba, o sono do Joã o enternece quem o vê.

H. Para alegria de todos, o Joã o é um bebé saudá vel e tranquilo.

2. Completa de acordo com o modelo.

Modelo: A. O modificador de frase é um advérbio.

B. O modificador de frase é __________________________________

C. O modificador de frase é __________________________________


D. O modificador de frase é __________________________________

E. O modificador de frase é __________________________________

F. O modificador de frase é __________________________________

G. O modificador de frase é __________________________________

H. O modificador de frase é __________________________________

F - Funções sintáticas – Complementos: direto, indireto, oblíquo, agente


da passiva

1. Sublinha o predicado das frases apresentadas:

A. Todas as ilhas têm a sua nuvem.

B. Raul Brandã o chamou-lhe «a Ilha Branca».

C. Contam-nos que todas as ilhas têm uma nuvem sua.

D. Esconde vá rios segredos.

E. Esta ilha deve o nome aos colonizadores.


1.1 Identifica o complemento direto integrado em cada um desses predicados.
1.2 Alguns dos predicados que sublinhaste incluem também um complemento indireto.
Transcreve-o indicando a respetiva alínea.

2. Regista os complementos oblíquos utilizados nas frases seguintes:

A. Os colonizadores gostaram da ilha Graciosa.

B. Raul Brandã o, que por ali passou há 90 anos a bordo do São Miguel, numa viagem
de Lisboa ao Corvo, chamou-lhe «A Ilha Branca».

C. Estou a viver na Ilha Branca.

3. Nos respetivos quadrados, assinala a forma de cada uma destas frases: ativa (A) ou
passiva (P).

A. ▢ O arquipélago dos Açores é formado por nove ilhas.

B. ▢ A obra As Ilhas Desconhecidas foi escrita por Raul Brandã o.

C. ▢ Perguntei por ti à tua irmã .

D. ▢ Essa fotografia nã o foi tirada por mim.


E. ▢ Estou ansiosa por visitar os Açores.

F. ▢ Pintores e poetas foram seduzidos pela «Ilha Branca».


3.1 Sublinha nestas frases os grupos com funçã o sintá tica de complemento agente da
passiva.
3.2 Reescreve as frases que têm a forma passiva, dando-lhes forma ativa e indicando a
funçã o sintá tica agora desempenhada pelo complemento agente da passiva.

G - Funções sintáticas – Predicativo do sujeito

1. Lê o texto.
Certas manhãs, ao ler os jornais, aflige-me a dura evidência de que a
Humanidade é má, irremediavelmente má, e que o mundo está à beira da
grande catástrofe. No dia seguinte, porém, já me parece o contrário: o mundo
talvez esteja, afinal, recomeçando. Talvez estejamos simplesmente com alguma
dificuldade para nos libertarmos da brutalidade com que, durante milénios,
lidamos uns com os outros e com a Natureza à nossa volta.
José Eduardo Agualusa, Imprensa Digital, 2015.

1.1 Regista os predicados em que cada uma das palavras ou expressõ es destacadas se
insere. Identifica os respetivos nú cleos.
1.2 Indica a subclasse em que se insere cada um dos verbos que registaste.

Verbo transitivo direto ______________________


Verbo transitivo indireto _____________________
Verbo copulativo ______________________________
1.3 Indica os grupos de palavras destacados no texto que nã o têm a funçã o sintá tica de
predicativo do sujeito.

H - Funções sintáticas – Predicativo do complemento direto

1. Relembra as subclasses dos verbos:


Verbo principal
 intransitivo
 transitivo
o transitivo direto
o transitivo indireto
o transitivo direto e indireto
o transitivo-predicativo
Verbo copulativo
Verbo auxiliar
1.1 Indica a que subclasse pertencem os verbos sublinhados nas frases apresentadas:

A. Considero este livro extraordinário.

B. A turma elegeu o Rodrigo delegado de turma.

C. Acho esse programa divertidíssimo.

D. Julguei essa soluçã o perfeita.

E. Declaro a votaçã o encerrada.

F. Tomaram-no por idiota.


1.2 Suprime as palavras (ou expressõ es) destacadas a negrito nessas frases. Indica o que
concluíste com essa supressã o.
1.3 Completa o quadro com exemplos retirados das frases acima apresentadas.
Complemento direto Predicativo do complemento direto
I - Funções sintáticas – Modificadores do grupo verbal

1. Lê as frases e assinala a opçã o correta.

Li, atentamente, o texto.


Li o texto com atençã o.
Li o texto devagar.
A. ▢ As palavras sublinhadas nã o se podem suprimir porque a frase fica com sentido
incompleto.

B. ▢ As palavras sublinhadas acrescentam uma informaçã o.

C. ▢ As palavras sublinhadas nã o se podem suprimir porque a frase fica


gramaticalmente incorreta.
1.1 Identifica as funçõ es sintá ticas das palavras sublinhadas.

2. Completa os predicados destas frases com modificadores do grupo verbal.

A. Os silêncios ajudam ____________________ a ler.

B. Os leitores decifram as histó rias ______________________________ .

C. Os contadores contam as histó rias ______________________________ .

J - Coordenação e subordinação

1. Liga estas frases simples por coordenaçã o ou subordinaçã o, estabelecendo entre elas
uma relaçã o que tenha sentido. Modifica apenas o que for absolutamente necessá rio.

A. Os nomes têm moda; a tradiçã o familiar à s vezes impõ e-se. (coordenação)

B. Chamo-me Antó nio. Herdei o nome pró prio do meu pai e do meu avô .
(subordinação)

C. A criança nasce. Geralmente já tem nome. (subordinação)

D. Tenho um nome invulgar. Talvez nã o. (coordenação)

E. Pensa bem no nome do teu filho. Mais tarde nã o há arrependimentos.


(subordinação)

2. Expande a frase «Apareceu uma andorinha», seguindo as sugestõ es dadas.


______________________________________________________
(Subordinada adverbial final nã o finita infinitiva)
______________________________________________________
(Subordinada adverbial concessiva)
______________________________________________________
Apareceu uma andorinha
(Subordinada adverbial causal)
______________________________________________________
(Subordinada adjetiva relativa restritiva)
______________________________________________________
(Coordenada copulativa)

3. Divide e classifica as oraçõ es das frases a seguir apresentadas.

A. O passarinho gostou tanto da histó ria que cantou de felicidade.

B. Como gostou muito da histó ria, o passarinho, no dia seguinte, regressou.

C. Apareceu uma andorinha, mas ainda era inverno.

D. Se estiver frio, o rouxinol pode partir de novo.

E. O rouxinol, que todos os dias ouvia uma histó ria, tornou-se amigo da criança.

K - Coerência textual

1. Lê o texto apresentado de seguida.


Aos quatro anos, o Duarte só aceitava um não quando compreendia muito
bem as razões da recusa. Por isso, a Mãe explicou-lhe, calmamente:
– Não podes comer outro chocolate, porque o açúcar em excesso perturba o
equilíbrio das células, que não são capazes de o processar. Em vez de chegar até
elas, esse açúcar permanece no sangue e as células entram em pânico, sem
açúcar para produzir energia. Então, quanto mais glicose ingerires, mais
necessidade tens dela. Pretendes entrar nesse ciclo vicioso que só pode conduzir-
te à diabetes e à obesidade mórbida?
1.1 Como reparaste, este texto apresenta vá rias incoerências. Assinala com X os
mecanismos que foram desrespeitados e que provocaram essa falta de coerência.

A. ▢ Compatibilidade entre os elementos do texto e o conhecimento do mundo.

B. ▢ Princípio da nã o contradiçã o.

C. ▢ Princípio da nã o redundâ ncia.


D. ▢ Princípio da relevâ ncia.

E. ▢ Adequaçã o comunicativa.

2. Indica o princípio da coerência que nã o é respeitado nos provérbios transcritos.

A. Se precisares de alguém para fazer um trabalho, pede a quem já estiver ocupado.

B. Era um homem tã o pobre, tã o pobre, tã o pobre, que só tinha dinheiro.

C. Se tens pressa, vai devagar.

3. Reescreve as frases de modo a torná -las coerentes.

A. Tudo o que se relacione com o mito de D. Sebastiã o é um tema universal.

B. O povo português tem tendência para o fatalismo e, por isso, é muito alegre.

L - Coesão lexical

1. Um dos processos mais comuns para evitar a repetiçã o de palavras num texto é a
substituiçã o por um termo equivalente, de conteú do geral (hiperó nimo).
1.1 Completa as frases, usando o hiperó nimo adequado.

A. Garrett, Herculano e Camilo sã o os mais importantes _________________ do


Romantismo português.

B. O amor, o ciú me, a traiçã o, a solidã o, a melancolia sã o _____________ recorrentes na


literatura româ ntica.

C. Os escritores, os pintores, os escultores, os compositores româ nticos eram


_____________ cuja obra procurava espelhar a sua sensibilidade.

D. Amor de Perdição, A Queda de um Anjo, O Bem e o Mal, sã o algumas das _____________


que tornaram Camilo muito conhecido ainda em vida. Sã o ___________ que
correspondiam ao gosto dos leitores da época.

2. Completa as frases de modo que a coesã o lexical seja assegurada. Em cada frase, utiliza o
processo adequado para evitar a repetiçã o das palavras ou expressõ es sublinhadas
(sinó nimo, hiperó nimo-hipó nimo, holó nimo-meró nimo).

A. Sempre que vejo as pinturas de Chagall fico emocionado. Os _____________ do


_____________ sã o de uma beleza tocante.
B. A Mona Lisa tem uma expressã o difícil de definir. Nã o se destacam os olhos, o nariz
ou a boca, porque o __________ parece irreal e o olhar é o centro do ________________ .

C. A Luísa come tantos doces que qualquer dia parece um quadro de Botero.
____________ é devoradora de ___________ , _____________, ______________ , tudo o que tenha
açú car.

M - Coesão referencial (uso anafórico dos pronomes)

1. Lê o pequeno texto apresentado.


A música é uma linguagem universal. Ela é entendida pelos seres humanos
de qualquer lugar, que podem escutá-la de diferentes formas e lhe atribuem
diversas emoções, o que a diferencia das restantes linguagens.
1.1 A pronominalizaçã o foi a estratégia utilizada para evitar a repetiçã o da palavra
destacada (mú sica). Indica os pronomes (aná foras correferentes) utilizados.

2. Reescreve o texto transcrito a seguir, recorrendo à pronominalizaçã o e a expressõ es


sinó nimas como processo de substituiçã o das palavras ou expressõ es inadequadamente
repetidas.
Encontrava o Pedro todos os dias no caminho da escola. Fazíamos o
caminho da escola juntos, eu e o Pedro e, como o caminho da escola era longo, o
Pedro tinha o hábito de me contar o filme que vira na noite anterior. O Pedro
adorava filmes e via filmes todas as noites, por isso ao Pedro não faltavam filmes
para contar no caminho da escola.
Belos tempos, em que ir a caminho da escola era uma fantástica viagem,
como se fosse um filme.

(in, Porto Editora, adaptado)

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