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MAT 01167 Equações Diferenciais

LISTA 1

1. Verifique que as funções seguintes são soluções das equações diferenciais dadas:
(a) x(t) = e2t − 4, ẋ − 2x = 8 (b) y(x) = 3xex , y 00 − 2y 0 + y = 0
√ dz s
(c) z(s) = s2 − a2 , =√ , para a 6= 0
ds s − a2
2

(d) x(t) = 3(t + 2), 4ẍ − tẋ + x = 6


(e) Mostre que o par de funcões x = e−2t + 3e6t e y = −e−2t + 5e6t é uma solucão do
sistema de equacões
dx
= x + 3y
dt
dy
= 5x + 3y
dt
no intervalo (−∞, ∞).

2. Prove que a seguinte relação define uma solução implı́cita da equação diferencial dada:
y y2
y = Ce x , y0 =
xy − x2

3. Determine todos os valores de m para os quais a função y(x) = xm é solução em todo


o intervalo (−∞, +∞) da equação diferencial

x2 y 00 + 2xy 0 − 6y = 0.

4. Verifique que a função dada é uma solução do problema de valor inicial (PVI):
(a) y(x) = 5e−x y 0 + y = 0, y(0) = 5
Z t
(b) y(t) = e2(t−s) s2 ds y 0 = 2y + t2 , y(0) = 0
0

5. Resolva as equações separáveis:


xy
(a) y 0 = dy x2
1 + x2 (b) = , y(2) = 1
dx 1 + y2
¡ ¢
(c) y dx − 1 + x dy = 0 ³π ´ 1
(d) y 0 tan x = y , y =−
6 2
ln x
(e) y 0 = , y(1) = 0
1 + y2 (f ) y 0 = xex+y
6. (a) Encontre a solução geral em forma implı́cita para a equação diferencial
x−2
y0 = − .
2 (y − 1)

(b) Completando os quadrados na resposta do item anterior, mostre que a solução geral
é uma famı́lia de elipses. Faça um esboço destas elipses.

(c) Para o problema de valor inicial que se obtém acrescentando a condição inicial y(2) =
0, dê a expressão da solução e seu intervalo máximo de definição.

7. Resolva o problema de valor inicial abaixo, encontrando o intervalo máximo de definição


da solução:
1+y
y0 = , y(−1) = −3 .
x−1
8. Resolva a equação diferencial
x
y0 =
2+y
e faça um esboço da famı́lia das soluções encontrada. Para cada uma das condições
iniciais abaixo, resolva o problema de valor inicial correspondente, encontrando o intervalo
máximo de definição da solução:

(b) y(0) = 0 (c) y(−3) = −3 (d) y(−2) = 0

9. (a) Resolva a equação diferencial y 0 = x3 y 2 . Faça um esboço da famı́lia das soluções.

Encontre a expressão e o intervalo máximo de definição das soluções correspondentes a


cada uma das condições iniciais abaixo:
√ 1
(b) y(0) = 4 (c) y(− 3) = − (d) y(1) = −1 (e) y(−2) = 0
2

10. (a) Resolva a equação diferencial


√ dy ¡ ¢3
1 + x2 =x y−1 .
dx
Encontre a expressão e o intervalo máximo de definição das soluções correspondentes
a cada uma das condições iniciais abaixo. Faça também um esboço do gráfico destas
soluções:
1
(b) y(0) = 0 (c) y(0) = 1 (d) y(0) = 2 (e) y(0) =
2
11. Para a equação diferencial
1 dy
(1 + x2 ) 2 = xy 3 ,
dx
resolva o problema de valor inicial com cada uma das condições iniciais:
(a) y(0) = 2 (b) y(0) = 0
encontrando, em cada caso, o intervalo máximo de definição da solução.

12. Faça um esboço das isóclinas e do campo de direções associados às equações abaixo.
A partir daı́ tente fazer um esboço das soluções. A seguir resolva as 3 primeiras equações
por separação de variáveis e observe o quão acurados foram os esboços das soluções feitos
anteriormente:
x xy 2x
(a) y 0 = (b) y 0 = 1 − y (c) y 0 = (d) y 0 =
y 1 + x2 x+y
p
13. Para a > 0, mostre que as seguintes funções são soluções do PVI y 0 = 2 |y| ,
y(0) = 0:
( (
−x2 , se x ≤ 0 0, se x ≤ a
(a) y(x) = 0 (b) y(x) = (c) y(x) =
x2 , se x > 0 (x − a)2 , se x > a

xy
14. Resolva a equação diferencial y 0 = , (x 6= 0 , y 6= 0). Faça um esboço da
|xy|
famı́lia de soluções. Resolva o problema de valor inicial formado com cada uma das
condições iniciais, encontrando em cada caso o intervalo máximo de definição e fazendo
um esboço da solução:
(a) y(1) = 2 , (b) y(−1) = 2 , (c) y(2) = −1 .

15. Interprete a seguinte afirmação como uma equacão diferencial. Sobre o gráfico de
y = φ(x), a inclinação da reta tangente em um ponto P é o quadrado da distância de P
à origem.

16. (a) Dê o domı́nio da funcão y = |x|2/3 .


(b) Calcule a derivada y 0 (x) para x em cada um dos intervalos (−∞, 0) e (0, ∞) e justifique
que y 0 (0) não existe.
(c) Verifique que a função y = |x|2/3 é uma solucão de 3xy 0 − 2y = 0 em cada um dos
intervalos (−∞, 0) ou (0, ∞).

RESPOSTAS

3. m = 2.
√ y3 x3 4 ¡ ¢
5.(a) y(x) = C 1 + x2 (b) y + = − (c) y = C 1 + x
3 3 3
y3 ¡ ¢
(d) y = −sen x (e) y + + x − x ln x = 1 (f ) y = − ln ex − xex + C
3
r
x2 (x − 2)2 √ √
6. (a) − 2 x + y 2 − 2 y = C (c) y(x) = 1 − 1 − , I = (2 − 2, 2 + 2)
2 2
7. y = x − 2 definida no intervalo I = (−∞, 1) .

8. (a) x2 − y 2 − 4 y = C , famı́lia de hipérboles (complete o quadrado para para ver


isto).

(b) y = x2 + 4 − 2 , I = (−∞, ∞) = R
√ √
(c) y = −2 − x2 − 8 , I = (−∞, − 8) (d) y = −x − 2 , I = (−∞, 0)

4
9. (a) y = , y=0 No gráfico abaixo estão representadas al-
C − x4
gumas soluções. Através de cada ponto do
4 plano passa uma e somente uma solução.
(b) y = , I = (−1, 1)
1 − x4 Identifique as expressões encontradas ao
4 lado com com alguma curva do gráfico.
(c) y = , I = (−∞, −1)
1 − x4
4
(d) y(x) = − , I = R = (−∞, ∞)
3 + x4

(e) y(x) = 0 , I = R = (−∞, ∞)

1 √
10. (a) − = 1 + x2 + C , y=1
2 (y − 1)2
à √ √ !
³ √ ´− 12 5 5
(b) y(x) = 1 − 3 − 2 1 + x2 , I= − , (c) y(x) = 1 , I = R
2 2
à √ √ !
1 5 5
(d) y(x) = 1 + p √ , I= − ,
3 − 2 1 + x2 2 2

1 √ √
(e) y(x) = 1 − p √ , I = (−2 2 , 2 2 )
6 − 2 1 + x2
µ ¶− 21 Ã √ √ !
9 1 17 17
11. (a) y(x) = − 2(1 + x2 ) 2 , I= − , (b) y = 0 , I = R
4 8 8

12. (a) As isóclinas são retas passando pela origem e as soluções são hipérboles (excluindo
os pontos sobre o eixo X).
(b) As isóclinas são retas horizontais. Uma solução é uma reta horizontal. Outra solução
é a translação vertical de uma unidade de uma exponencial. As demais soluções são as
translações horizontais desta última.
(c) As isóclinas são hipérboles e as soluções também são (exceto uma delas, que é uma
reta).
A
(d) As isóclinas são retas passando pela origem. Pelos pontos A ¡¡
da reta y = −x não passa nenhuma solução. Algumas soluções aA ¡
estão representadas na figura ao lado. A a¡
¡A a
¡ A
¡
¡ A
A

14.
l
lll
l ,,
l
lll
l
l
ll
l
l
lll ,,,,,
,,,
,,,
l
lll l l
ll, , , , ,
l l ll,,, ,,
, , ,, (a) y = x + 1 , I = (0, +∞)
l
lllll l
l l,, , ,,,,,,
,
l
l l ,
llllllll,,,,,,,,, ,
,
l
l
lllllllll,,,,,,,, ,
,,, (b) y = −x + 1 , I = (−∞, 0)
,
,
,,,,,,,,,
, lllllllllll
l
,
,,,,,, l
,,lllllllll l
, , , l l ll
,
,
,,,,,
, ,
, , l l
l
l
l
llll
l
l
l (c) y = −x + 1 , I = (1, ∞)
,,
, ,,,,lllll l
,
,,,
, , , ,llllll l
,,,
,,,
, ,
,, l
,ll lllll
ll

15. y 0 = x2 + y 2
( 2 1
3
|x|− 3 , se x > 0
16. (a) (−∞, ∞) (b) y 0 (x) = 1
− 23 |x|− 3 , se x < 0
MAT 01167 Equações Diferenciais

LISTA 2

1. Determine as soluções das seguintes equações diferenciais:


¡ ¢
(a) 6x2 y + 2xy 2 + 2x3 + 2x2 y y 0 = 0
¡ ¢ ¡ ¢
(b) 2xey − ysenx dx + cosx − 2 + x2 ey dy = 0
¡ ¢ ¡ ¢
2. Resolva a equação 3x2 y + 2xy + y 3 dx + x2 + y 2 dy = 0 , encontrando um fator
integrante dependendo só de x.
¡ ¢
3. Resolva a equação y + 2xy − e−2y y 0 = 0 , usando um fator integrante dependendo só
de y.

4. (a) Justifique que para que uma equação diferencial M (x, y) dx + N (x, y) dy = 0
My − Nx
admita um fator integrante µ = µ(x) , dependendo só de x, é necessário que
N
dependa só de x.

(b) Verifique que a equação

2x−2 ex − xy 2 + 2xyy 0 = 0

admite um fator integrante dependendo só de x e resolva a equação.

5. (a) Justifique que para que uma equação diferencial M (x, y) dx + N (x, y) dy = 0
Nx − My
admita um fator integrante µ = µ(y) , dependendo só de y, é necessário que
M
dependa só de y.

(b) Verifique que a equação


³ ¡ ¢ ´
3 y + y + 2 + y sen x y 0 + y cos x = 0
2

admite um fator integrante dependendo só de y, porém não admite um fator integrante
que depende somente de x. Resolva a equação.

6. Verifique que a equação


¡ ¢ ¡ ¢
1 + ex y − x + ex y 0 = 0

admite um fator integrante dependendo só de y e também fator integrante dependendo só
de x. Resolva a equação de duas maneiras, cada vez empregando um dos fators integrantes.
Resolva:
dy
7. y 0 + ay = x 10. (x2 + 1) − xy = 1
dx
8. x y 0 − y = x2 cos x 11. y 0 = e2 x + y − 1 , y(0) = 1
9. y 0 + y tan x = x sen x cos x , y(0) = 2 12. 2 x y + 3 x2 + (x2 + 2) y 0 = 0
µ ¶
x
13. Resolva a equação dx + − sen y dy = 0 procurando x como função de y (por-
y
dx
tanto considerando ).
dy

14. Seja u = u(t) a temperatura no instante t de um corpo imerso em um meio de


temperatura constante um . A lei do resfriamento de Newton diz que a taxa de variação
du
de u é diretamente proporcional à diferença u − um , isto é, = − k (u − um ) . Se um
dt
corpo aquecido a 120o C é posto em um ambiente a 30o C e sabe-se que em 5 min sua
temperatura é de 90o C, encontre a expressão de u como função de t. Em quanto tempo
será atingida a temperatura de 45o C?

15. No instante t0 = 0 um tanque contém 200 ` de solução contendo 1 grama de corante


por litro. Água pura entra no tanque à razão de 2 `/min e mistura sai à mesma razão.
Quanto tempo transcorre até que a concentração de corante atinja 1% da concentração
original?

16. Uma população de mosquitos, na ausência de outros fatores, aumenta a uma razão
em cada instante proporcional à população corrente.
(a) Sabendo que a população dobra a cada semana e que no instante inicia t0 = 0 é de
200.000 indivı́duos, encontre a expressão do número de indivı́duos em função do tempo.
Observação: Os dados do problema nos permitem dizer que
dN
= λN , com N (t + 1) = 2N (t).
dt
(b) Resolva o mesmo problema do item (a), supondo agora que exista uma espécie de
pássaros predadores, que comem 20.000 mosquitos por dia (ou, 140.000 por semana, se
você preferir usar a semana como unidade de tempo). A população de mosquitos vai se
tornar extinta ou não? Justifique sua resposta.

17. Uma força eletromotriz de 100cost é aplicada a um circuito RC em série no qual a


resistência é de 100 ohms e o capacitor de 10−4 farad.
(a) Determine a carga no capacitor no instante t, sabendo que a carga inicial é Q(0) = 0.
(b) Determine a carga estacionária do capacitor.

2
18. Inicialmente o tanque A como na figura contém 500 litros de água pura e o tanque B
contém 500 litros de uma solução de 30 kg de sal em
água. No instante t0 = 0 bombas colocam o lı́quido
a circular entre os tanques a uma razão de 10 litros
por minuto.
»
»
9 y
X
X (a) Encontre a expressão da quantidade de sal Q(t)
A B no tanque A em função do tempo. OBS: Para saber a
X
z
X :
»
» quantidade de sal no tanque B no instante t, lembre
que o total dos 2 tanques é sempre 30 kg.
(b) Em quanto tempo o tanque A irá conter 10 kg de
sal?

19. (a) Uma bactéria em forma de esfera de raio r = r(t), alimenta-se através de sua
superfı́cie. A alimentação tem a tendência a fazer com que seu volume aumente a uma
taxa, a cada momento, proporcional à área da superfı́cie. Além disto, o metabolismo
da bactéria faz com que seu volume tenda a diminuir a uma taxa, em cada momento,
proporcional ao volume. Expressando a superfı́cie e o volume em função do raio, justifique
que este satisfaz a uma equação diferencial da forma
dr
= a − br (a > 0 , b > 0 constantes) .
dt
(b) Existe um valor limite para o raio? Este limite é atingido em um tempo finito?

20. A concentração de CO2 no ar de uma sala com capacidade de 5000 m3 é de 0,3%.


Começa a ser bombeado para dentro da sala ar contendo 0,1% de CO2 à razão de 100 m3
por minuto. Após bem misturado, a mesma quantidade de ar deixa a sala.
(a) Encontre a porcentagem de CO2 na sala depois de 10 min.
(b) Depois de quanto tempo será atingida uma concentração de CO2 de 0,2%?

3
RESPOSTAS

1. (a) x2 y 2 + 2x3 y = C (b) ycosx + x2 ey − 2y = C


¡ ¢
2. 3x2 y + y 3 e3x = C 3. xe2y − ln |y| = C , y=0
¡ ¢
4. (b) y 2 e−x − x−2 = C 5. (b) y + sen x y 2 ey = C

6. Fatores integrantes: µ1 (y) = y −2 e µ2 (x) = (x + ex )−2


¡ ¢
Solução geral: y = C x + ex
x 1 x2
7. Se a 6= 0 , a solução geral é y = − 2 + Ce−ax . Para a = 0 é y = +C
a a 2

8. y(x) = x (C + sen x)
¡ ¢ √
9. y = −x cos x + sen x + 2 cos x 10. y = x + C 1 + x2

C − x3
11. y = 1 − ex + e2 x 12. y =
x2 + 2
13. x y + y cos y − sen y = C
µ ¶− 5t

t (ln 3−ln 2) 3 5 (ln 3 + ln 2)
14. (b) u(t) = 30 + 90 · e 5 = 30 + 90 · , t1 = ≈ 22.09 min.
2 ln 3 − ln 2

15. 100 ln 100 ≈ 460.51 min.

16. (a) Q(t) = 200 000 et ln 2 = 200 000 2t , t medido em semanas.


µ ¶
140 000 t ln 2 140 000
(b) Q(t) = 200 000 − e + . Como o coeficiente da exponencial
ln 2 ln 2
é negativo, para um t suficientemente grande Q(t) vai se anular. Logo, a população de
mosquitos se torna extinta. Fazendo os cálculos, encontramos que ela se torna extinta em
aproximadamente 6.67 semanas.
100 −100t 100 1
17. (a) Q(t) = − e + cost + sent .
10001 10001 10001
100 1
(b) Qs = cost + sent .
10001 10001
t
18. (a) Q(t) = 15 (1 − e− 25 ) (b) 25 ln 3 ≈ 27,46 min.
a
19. (b) lim r(t) = , mas este valor nunca é atingido em um tempo finito, a menos que
b
a ³ a ´ −b t
t→∞
o raio inicial r0 já tenha este valor, pois, resolvendo a E.D., r = + r0 − e .
b b
20. (a) 0,26% de CO2 . (b) t = 50 ln 2 ≈34,65 min.

4
MAT 01167 Equações Diferenciais
LISTA 3

Resolva:
µ ¶ r
y 1 8
1. y0 = + x y3 , y = dy y
x 2 3 2. 2 − + y 3 cos x = 0
dx x
dy 5
3. (1 − x3 ) − 2 (1 + x) y = y 2 4. y 0 = ky − ay 3
dx

5. Se uma função F (x, y) satisfaz a condição


F (t x, t y) = F (x, y) ,
dizemos que F (x, y) é homogênea de grau 0 . Neste caso a equação diferencial y 0 =
F (x, y) se reduz à uma equação separável pela substitução
y
z = z(x) = , y0 = x z0 + z .
x
Use este método para resolver
2x
(a) y 0 = . (b) y 2 dx + (x2 − xy) dy = 0
x+y

6. Um projétil penetra numa placa de madeira de 0,1 m de espessura com uma velocidade
v0 = 200 m/s, saindo do outro lado com uma velocidade v1 = 80 m/s. Supondo que
a madeira ofereça uma forca de resistência ao movimento do projétil proporcional ao
quadrado da velocidade, determine o tempo que o projétil leva para atravessar a placa de
madeira.

7. Certa quantidade de uma substância contendo 3 kg de água foi colocada dentro de um


depósito de 100 m3 de volume, onde a umidade relativa do ar era inicialmente 25%. Se
no final do 1o dia a substância tinha perdido por evaporação metade da água, determine
qual a fração da água que restará ao final do 2o dia. Em algum momento a água toda
evaporará?
Dados: – Durante todo o tempo a temperatura no depósito se manteve a 30o C.
– À temperatura de 30o C, o ar saturado contém 0,12 kg de água por m3 .
– A velocidade de evaporação da água contida numa substância porosa é propor-
cional à quantidade de água existente na substância e à diferença entre a umidade do ar
que a rodeia e a umidade do ar saturado (isto é, diretamente proporcional ao produto
destas duas quantidades).

8. Considere a EDO y 0 = a(y 2 − 1)(y + 2) onde a é um número real não nulo.


a) Como podemos ter a > 0 ou a < 0, faça, para cada um destes casos, o esboço das
soluções desta equação sem resolvê-la, encontre suas soluções de equilı́brio e classifique-as
em estável, instável ou semi-estável.
b) Para que valores de a a equação apresenta somente dois pontos de equilı́brio estáveis?

9. (a) Sem resolver a equação diferencial


¡ ¢
y0 = y2 − 1 y2

faça um esboço das soluções e encontre as soluções de equilı́brio, dizendo em cada caso se
o equilı́brio é estável, instável ou semi-estável.

(b) Forme o problema de valor inicial acrescentando a condição inicial y(0) = β . Para
quais valores de β a solução do problema de valor inicial posui um limite lim y(t) finito?
t→∞

10. (a) Sem resolver a equação diferencial


¡ ¢2 ¡ ¢
y0 = y + 1 y − 1 y

faça um esboço das soluções e encontre as soluções de equilı́brio, dizendo em cada caso se
o equilı́brio é estável, instável ou semi-estável.

(b) Forme o problema de valor inicial acrescentando a condição inicial y(0) = β . Para
quais valores de β a solução do problema de valor inicial posui um limite lim y(t) finito?
t→∞

11. Sem resolver a equação diferencial y 0 = sen y, faça um esboço das soluções e encontre
as soluções de equilı́brio, dizendo em cada caso se o equilı́brio é estável, instável ou semi-
estável.

12. Seja y(t) a população de camarões na lagoa dos Patos, supondo que os camarões
são capturados a uma taxa constante R camarões por semana e a população satisfaz a
equação logı́stica

y 0 = ay − by 2 − R
onde a > 0, b > 0 e R > 0.
a2
(a) Determine os dois pontos de equilı́brio (y1 e y2 ) para R < , esboce o gráfico das
4b
soluções e analise sua estabilidade.
(b) Prove que se a população inicial é menor que y(0) < y1 < y2 , os camarões se extingem
em um tempo finito, porém se y(0) > y1 a população tende a y2 quando t cresce.
a2
(c) Para R = , a EDO possui um único ponto de equilibrio que é semi-estável.
4b
a2
(d) Para R > , a população decresce.
4b

2
13.

Um tanque d’água tem a forma de um cilindro de 3 m


6 de raio e 8 m de altura e está inicialmente cheio. No
fundo do tanque existe uma pequena abertura circular
6 de área igual a a m2 . Indique por y = y(t) a altura da
8 água no tanque no instante t. Sabe-se que a veloci-
y
dade com que √ a água deixa o tanque pela abertura no
??¾ 3 - s fundo é de 2 g y m/s. Encontre a altura y da água
no tanque em função de t e o instante que o tanque
esvazia.

14. Um tanque de água tem a forma de um cilindro deitado de 3 m de raio e 8 m de com-


primento e está inicialmente cheio pela
metade. No ponto mais baixo do tanque
existe uma pequena abertura circular de raio
a. Indique por y a altura da água no tanque.
r r
6 bb Sabendo que a velocidade com que a água
3 y6 b deixa
√ o tanque pela abertura no fundo é de
?? 2 g y e que inicialmente a altura da água no
tanque é de 3 m ,
(a) Quanto tempo leva o tanque para esvaziar completamente?
(b) Qual a expressão de y em função de t?

15. Suponha que uma comunidade de 15.000 pessoas está exposta a uma doença conta-
giosa que se espalha. No instante t = 0, o número N = N (t) de pessoas que infectadas é
de 5.000 e está crescendo a uma taxa de 500 pessoas por dia. A taxa de crescimento N 0 (t)
em cada instante depende da probabilidade de encontro de uma pessoa saudável com uma
doente neste instante. Dado que este fato se expressa matematicamente dizendo que N 0 (t)
é proporcional ao produto do número de indivı́duos que têm a doença pelo número dos
que não a têm,
(a) Deduza a equação diferencial que governa este processo.
(b) Quanto tempo levará para que outras 5.000 pessoas peguem a doença?

16. Resolva as equações diferenciais abaixo através de uma mudança de variável conve-
niente.
¡ ¢2 dy
(a) x − y = 4 . Sugestão: u = x − y.
dx
¡ ¢
(b) y dx + 1 + y 2 e2x dy = 0 . Sugestão: u = yex .

(c) 2yy 0 + x2 + y 2 + x = 0 . Sugestão: u = y 2 .

3
17. (a) Resolva a equação de Ricatti

dy
= −2 − y + y 2
dx
através dos seguintes passos:

• verifique que y1 = 2 é uma solução.

• use a mudança de variável y = y1 + u para transformá-la em uma equação de


Bernoulli (na variável u).

• resolva a equação de Bernoulli resultante para encontrar u.

• deduza daı́ a solução y da equação original.

(b) Resolva a mesma equação por separação de variáveis. Transforme a solução encon-
trada até chegar à mesma expressão obtida no item (a). Sugestão: Fatore e use frações
parciais.

18. Encontre uma mudança de variável que transforme a equação


dy ln x
xe2y + e2y =
dx x
em uma equação linear e depois resolva-a.

RESPOSTAS

2 2x
1. y = √
1 − 4 x4
µ ¶− 32
−2 C (1 − x)2 − 3
2. xy = cos x + x sen x + C , y = 0 3. y = , y=0
4(1 + x + x2 )
³ a ´− 12
4. y(x) = ± Ce−2kx +
k
y
5. (a) |2 x + y| |x − y|2 = C (b) y = C e x .

3
6. t1 = ≈ 0.00081 s.
4000(ln 5 − ln 2)

4
7. A fração que restará é de 3/11. A quantidade de água presente na substância é dada
¡ ¢t
2 35
em função do tempo por Q(t) = ¡ ¢t . A função Q(t) é decrescente (numerador
1 − 13 35
decrescente, denominador crescente), lim Q(t) = 0, mas o valor 0 nunca é atingido.
t→+∞

8. (a)Para a > 0 os pontos de equilı́brio: y = −2 instável , y = −1 estável , y = 1


instável.
Para a < 0 os pontos de equilı́brio: y = −2 estável , y = −1 instável , y = 1 estável.
(b) a < 0

9. (a) Pontos de equilı́brio: y = 1 instável , y = 0 semi-estável , y = −1 estável.


(b) O limite existe para −∞ < β ≤ 1 .

10. (a) Pontos de equilı́brio: y = 1 instável , y = 0 estável , y = −1 semi-estável.


(b) O limite existe para −∞ < β ≤ 1 .

11. As soluções de equilı́brio são as y = nπ. O equilı́brio é estável para n ı́mpar e instável
para n par.
√ √
a− a2 − 4bR a+ a2 − 4bR
12. y1 = , y2 =
2b 2b
µ √ ¶2
36 π √ a 2g t
13. O tempo para esvaziar é tf = √ seg e y(t) = 2 2 −
a g 18 π
√ √ µ √ ¶2
32 (6 6 − 3 3) 3 π a2 2 g √ 3
14. (a) tf = √ seg (b) y = 6 − t+3 3 .
3 π a2 2 g 32

dN (15.000 − N ) N 20 ln 4
15. = (b) ≈ 9,24 dias.
dt 100.000 3
¯ ¯
¯x − y − 2¯
¯
16. (a) y = ln ¯ ¯ + C, y = x + 2, y = x − 2.
x − y + 2¯
¡ ¢
(b) 2y 2 ln |y| + C = e−2x , y = 0.

(c) x2 + y 2 = x − 1 + Ce−x .

1
17. y = 2 + , y = 2.
Ce−3x − 1/3

18. x2 e2y = 2x ln x − 2x + C.

5
MAT 01167 Equações Diferenciais
LISTA 4

Questão 1. Resolva as equações diferenciais abaixo, reduzindo a uma equação de primeira


ordem:

(a) 1 + (y 0 )2 = 2 y y 00

3
(b) y 00 + (y 0 )2 = y , y(0) = , y 0 (0) = 1
2

(c) y y 00 + (y 0 )2 = 0

1
(d) y y 00 = (y 0 )2 + y 2 y 0 , y(0) = − , y 0 (0) = 1
2
Questão 2.
(a) Resolva a equação diferencial
¡ ¢2
y 00 = x y 0 .

(b) Encontre a expressão da solução e o intervalo máximo de definição da solução para o


problema de valor inicial
¡ ¢2
y 00 = x y 0 , y(0) = 3 , y 0 (0) = 2 .

(c) Faça o mesmo para


¡ ¢2 2
y 00 = x y 0 , y(2) = 3 + ln 3 , y 0 (2) = − .
3

2 (3)
Questão 3. Resolva a equação diferencial y (4) − y = 5 x2 . Sugestão: Faça z = y (3) .
x

Questão 4. Além dos casos tratados em aula, há um outro caso simples de equação de
2a ordem redutı́vel à 1a ordem. Se uma função F (x, y, y 0 , y 00 ) satisfaz a condição
F (x, λ y, λ y 0 , λ y 00 ) = λk F (x, y, y 0 , y 00 ) ,
dizemos que F (x, y, y 0 , y 00 ) é homogênea de grau k em y e suas derivadas. Neste caso a
equação diferencial F (x, y, y 0 , y 00 ) = 0 se reduz à primeira ordem pela substituição
y0
z = z(x) = , y0 = z y , y 00 = y z 0 + y 0 z = y z 0 + y z 2 .
y
Use este método para resolver:
(a) x y y 00 = x (y 0 )2 + y y 0 .
1
(b) y y 00 = 2 x (y 0 )2 , y(2) = 2 , y 0 (2) =
.
2
Exercı́cio 5. Dada a EDOLH e uma solução, determine uma segunda solução L.I.,
utilizando o método de D’Alembert, e indique a solução geral da EDO.

a) (x − 1) y 00 − x y 0 + y = 0 , y1 = ex

b) x2 y 00 + 2xy 0 − 2y = 0 , y1 (x) = x

c) x2 y 00 − x (x + 2) y 0 + (x + 2) y = 0 , y1 = x

d) x y 00 − (2x + 1) y 0 + (x + 1) y = 0 , y1 = ex

e) x y 00 − y 0 + 4x3 y = 0 , y1 = sen x2

f ) (1 − x2 )y 00 − 2xy 0 + 2y = 0 , y1 (x) = x

2
g) x y 00 − (1 + 4x2 ) y 0 + 4x3 y = 0 , y1 (x) = ex

h) (x3 − x2 ) y 00 − (7x2 − 6x) y 0 + (15x − 12) y = 0 , y1 (x) = x3

Exercı́cio 6. Classifique as seguintes E.D.O., indique todos os possı́veis métodos de


resolução e resolva por um deles:
a) (x + 1)2 y 0 = 6 − 4xy − 4y
y
b) y 0 =
y−x
c) (cos x)y 0 = ( sen x)y
d) x2 (cos x − y) − y 2 + (2xy − x3 )y 0 = 0.

Exercı́cio 7. Dada a E.D.O. y 0 = by − y 2 , onde b é um número real,


a) Classifique a E.D.O., dizendo quais métodos podem ser empregados em sua reso-
lução.
b) Determine os pontos de equilı́brio e esboce os gráficos das soluções.
c) Determine a estabilidade das soluções constantes.
d) Resolva a E.D.O. por um dos métodos mencionados no item a).
e) Verifique que as soluções obtidas em d) para deferentes condições iniciais corres-
pondem às obtidas em b).

2
RESPOSTAS

x2 3
1. (a) 4 (C1 y − 1) = (C1 x + C2 )2 (b) y = +x+
4 2
p 3x
(c) y = ± C1 x + C2 (d) 2 y − 3 = 8 y e 2

¯ ¯ µ ¶
1 ¯ C1 + x ¯ 2 x 2
2. (a) y = ln ¯ ¯ +C2 , y = − arctan +C2 , y=C , y= +C
C1 ¯ C1 − x ¯ C1 C1 x

1+x
(b) y = ln +3 , I = (−1, 1)
1−x
1+x
(c) y = ln +3 , I = (1, ∞)
x−1

x6
3. y = + C1 x5 + C2 x2 + C3 x + C4
24

2 8 (x + 2)
4. (a) y = C1 eC2 x (b) y 5 =
3−x

1 1
5a. y2 = x, y(x) = C1 ex + C2 x 5b. y2 = , y(x) = C1 x + C2
x2 x2

5c. y2 = xex , y(x) = C2 xex + C1 x 5d. y2 = ex , y(x) = C1 ex + C2 x2 ex

5e. y2 = cos x2 , y(x) = C1 sen x2 + C2 cos x2


µ ¶ · µ ¶¸
x |1 + x| x |1 + x|
5f. y2 = −1 + ln , y(x) = C1 x + C2 − 1 + ln
2 |1 − x| 2 |1 − x|

2 2 2
5g. y2 = x2 ex , y(x) = C1 ex + C2 x2 ex

5h. y2 = x5 − 2x4 , y(x) = C1 x3 + C2 (x5 − 2x4 )

2(x + 1)3 + C
6a. y = 6b. y 2 − 2xy = C
(x + 1)4
q
x2 ± x4 − 4x( sen x + C)
6c. y = C sec x 6d. y =
2

3
MAT 01167 Equações Diferenciais
LISTA 5

Exercı́cio 1. Resolva as seguintes EDOLH

a. y 00 − 2y 0 − 3y = 0 f. y 00 + 9y = 0 , y( π2 ) = 2 , y 0 ( π2 ) = 1

b. y 00 + 2y 0 = 0 g. y 00 + 2y = 0 , y(0) = 2 , y 0 (0) = −1

c. y 00 − y 0 − 2y = 0 h. y 00 + 4y 0 + 3y = 0

d. 4y 00 − 4y 0 + y = 0 i. y 00 − 2 y 0 + y = 0 , y(0) = 1 , y 0 (0) = 1

e. y 00 + 2y 0 + 10y = 0 j. y 00 + 2 y 0 + 5 y = 0

Exercı́cio 2. Encontre uma EDO do tipo y 00 + ay 0 + by = 0 que tenha o seguinte sistema


fundamental de soluções:

a. {e2x , ex } c. {e5x , xe5x }

b. {e2x , e−x } d. {e−x cos x, e−x sen x}

Exercı́cio 3. Determine os valores da constante λ para que o problema de fronteira


possua soluções não triviais para um L > 0 :
( (
y 00 + λy = 0 y 00 + λy = 0
(a) (b)
y(0) = 0 , y(L) = 0 y 0 (0) = 0 , y 0 (L) = 0

(
y 00 + λy = 0
(c)
y(0) = 0 , y 0 (L) = 0

Exercı́cio 4. Determine as condições que α e β devem satisfazer para que a solução do


PVI (
y 00 − y 0 − 2y = 0
y(0) = α , y 0 (0) = β
satisfaça a condição lim y(t) = 0.
t→+∞

Exercı́cio 5. Considere o PVI


(
4y 00 − y = 0
y(0) = 2 , y 0 (0) = β
Determine β para o qual se tenha lim y(t) = 0 .
t→+∞
Exercı́cio 6.
As oscilações livres em um sistema massa–mola com amortecimento supercrı́tico são go-
vernadas pela equação diferencial y 00 + 5 y 0 + 6 y = 0 . A massa inicia seu movimento a
partir da posição inicial y(0) = 2 , com velocidade inicial y 0 (0) = v0 . Qual a condição
que v0 deve satisfazer para que a massa passe uma vez pela posição de equilı́brio?

Exercı́cio 7. Para que valores de a e b todas as soluções da EDO y 00 + ay 0 + by = 0


satisfazem a condição lim y(t) = 0 ? Sugestão: Mostre que se b < 0, então as raı́zes
t→+∞
da equação caracterı́stica são reais e têm sinais contrários. Se b = 0 mostre que 0 é uma
raiz da equação caracterı́stica. Se b > 0 as raı́zes podem ser reais ou complexas. Analise
os dois casos.

RESPOSTAS

1
1a. y = C1 e−t + C2 e3t 1f. y = cos 3t − 2 sen 3t
3 ¡√ ¢
¡√ ¢ sen 2 t
1b. y = C1 + C2 e−2t 1g. y = 2 cos 2 t − √
2
1c. y = C1 e−t + C2 e2t 1h. y = C1 e−t + C2 e−3t
1 1
1d. y = C1 e 2 t + C2 te 2 t 1i. y = et

1e. y = e−t (C1 cos 3t + C2 cos 3t) 1j. y = e−t (C1 cos 2t + C2 cos 2t)

2a. y 00 − 3y 0 + 2y = 0 2c. y 00 − 10y 0 + 25y = 0

2b. y 00 − y 0 − 2y = 0 2d. y 00 + 2y 0 + 2y = 0

n2 π 2 n2 π 2
3.(a) λn = , para n = 1, 2, 3, 4, . . . 3.(b) λn = , para n = 0, 1, 2, 3, 4, . . .
L2 L2

(2n − 1)2 π 2
3.(c) λn = para n = 1, 2, 3, 4, ...
4L2
4. β = −α 5. β = −1.

3e−bt 3t b2 − 3 3t2
5. Resolvendo o PVI encontra-se y(t) = + + se b =
6 0 e y(t) = + 1 se
b2 b b2 2
b = 0. Portanto em qualquer um dos 3 casos b > 0, b < 0 ou b = 0 tem-se lim y(t) = +∞
t→+∞
(em cada um deles por uma razão diferente).

6. v0 < −6 . 7. a > 0 e b > 0.

2
MAT 01167 Equações Diferenciais
LISTA 6

Exercı́cio 1. Resolva pelo método dos coeficientes a determinar:

a. y 00 − 2y 0 − 3 y = 3e2 x − 3xe−x

b. y 00 + 2y 0 = 3 + 4 sen 2 x

c. y 00 − y 0 − 2y = xe−x + 2e−x − e2 x

d. y 00 − y 0 − 2y = 1 + sen 2x + e−x

e. y 00 + y = sen x , y(0) = 2 , y 0 (0) = −1

f. y 00 + 4y = cos 2x , y(0) = 0 , y 0 (0) = 0

g. y 00 − 2y 0 − 3 y = 2xe3 x

h. y 00 − 2y 0 + y = tet + 4 , y(0) = 1 , y 0 (0) = 1

Exercı́cio 2. Indique de que forma deve-se procurar uma solução particular das equações
diferenciais, sem, contudo, determinar os coeficientes:
(a) y 00 − 3y 0 = x3 − 2e3x + cos 2x (b) y 00 + 9y = cos 3x + 2 sen 2x

Exercı́cio 3. Considere oscilações forçadas descritas pelo P.V.I.


1
y 00 + y 0 + 2y = 2 cos αt , y(0) = 0 , y 0 (0) = 2 .
4
(a) Obtenha que a solução é dada por y(t) = yt (t) + ye (t) , onde yt (t) , chamado parte
transiente, satisfaz yt (t) −→ 0 , quando t −→ +∞ e ye (t) , chamada solução estacionária,
é periódica. Obtenha a expressão de ye (t) .

(b) Reescrevendo a solução estacionária na forma ye (t) = A sen (α t + φ) , determine a


amplitude da solução estacionária.

(c) Determine o valor máximo da amplitude A e a freqüência angular α da força externa


para a qual ele ocorre. Sugestão: Obtenha a expressão de A = A(α) como função de α
e use as técnicas do Cálculo 1.
Exercı́cio 4. Considere o PVI
y 00 + by 0 = 3


y(0) = 1 , y 0 (0) = 0
Encontre o comportamento da solução quando t −→ +∞ para todos os valores possı́veis
de b (não esqueça de b = 0).

RESPOSTAS
 
3 3 2 −x
1a. y = −e 2x
+ x + x e + C1 e−x + C2 e3 x
16 8
3 1 1
1b. y = x − cos 2 x − sen 2 x + C1 + C2 e−2 x
2 2 2
 
7 1 1
1c. y = − x − x2 e−x − x e2 x + C1 e−x + C2 e2 x
9 6 3
1 1 3 1
1d. y = − + cos 2 x − sen 2 x − x e−x + C1 e2 x + C2 e−x
2 20 20 3
1 1
1e. y = − x cos x + 2 cos x − sen x
2 2
1
1f. y = x sen 2 x
4
 
1 2 1
1g. y = x − x e3 x + C1 e3 x + C2 e−x
4 8
1 3 t
1h. y = 4 t et − 3 et + t e +4
6

2. (a) y = C1 x + C2 x2 + C3 x3 + C4 x4 + C5 x e3 x + C6 cos 2 x + C7 sen 2 x

(b) y = x (C1 cos 3x + C2 sen 3x) + (C3 cos 2x + C4 sen 2x)



32 2 − α2 cos α t + 8 α sen α t 8
3. (a) ye (t) = (b) A = p
16 α4 − 63 α2 + 64 16 α − 63 α2 + 64
4


64 3 14
(c) Amax =√ ≈ 5.6791 , para α = ≈ 1.4031 .
127 8

3e−bt 3t b2 − 3 3t2
4. Resolvendo o PVI encontra-se y(t) = + + se b 6
= 0 e y(t) = + 1 se
b2 b b2 2
b = 0. Portanto em qualquer um dos 3 casos b > 0, b < 0 ou b = 0 tem-se lim y(t) = +∞
t→+∞
(em cada um deles por uma razão diferente).

2
MAT 01167 Equações Diferenciais
LISTA 7

1. Resolva pelo método da variação dos parâmetros:

e4x π
(a) y 00 − 8y 0 + 16y = (b) y 00 + 9y = 9 csc(3x) , ( 0 < x < )
x2 3
e−2x
(c) y 00 + 2 y 0 + y = e−x ln x 00 0
(d) y + 4y + 4y =
1 + x2

2. Determine a solução do PVI

y 00 + y = f (x) , y(0) = 0 , y 0 (0) = 0 .

3. Dada a EDOLÑH e uma solução y1 da EDOLH associada, resolva as equações:


(a) t2 y 00 − 2 t y 0 + 2 y = t3 cos t, y1 (t) = t .

(b) (x2 − 1) y 00 − 2 x y 0 + 2 y = x2 − 1 , y1 (x) = x .

RESPOSTAS
1. (a) y = −e4x ln x + C1 e4x + C2 xe4x

(b) y = C1 cos 3x + C2 sen 3x − 3x cos 3x + sen 3x ln( sen 3x)

1 2 −x 3
(c) y = x e ln x − x2 e−x + C1 e−x + C2 xe−x
2 4

(d) y = −e−2x ln 1 + x2 + xe−2x arctan x + C1 e−2x + C2 xe−2x
Z x
2. y(x) = sen (x − t)f (t) dt
0

3. (a) y = C1 t + C2 t2 − t cos t
 
2 1+x 1
(b) y(t) = −x + x ln + (x2 + 1) ln(1 − x2 ) + C1 x + C2 (x2 + 1)
1−x 2
MAT 01167 Equações Diferenciais
LISTA 8

1. Resolva as seguintes equações de ordem superior:


(a) y (4) − 3 y ′′′ + 2 y ′′ = 0 (b) y ′′′ − 5 y ′′ + 8 y ′ − 4 y = 0

(c) y (4) − 2 y ′′′ + 2 y ′ − y = 0 (d) y ′′′ − y = 0

2. Resolva as seguintes equações de ordem superior:


(a) y (4) − 5 y ′′ + 4 y = 0 (b) y (4) − 2 y ′′′ + 2 y ′′ = 0

(c) y ′′′ + y = 0 (d) y ′′′ − 3 y ′′ + 3 y ′ − y = 0

(e) y (4) − 16 y = 0 (f ) y (4) + 16 y = 0

(g) y (4) + 2 y ′′ + y = 0 (h) y (4) + y = 0

Resolva os seguintes sistemas de EDOL pelo método dos operdores e, quando possı́vel,
também por substituição:
( (
x = 4x − 5y
′ x′ = 4x + 5y
3. 4.
y ′ = x + 2y y ′ = −4x − 4y

( (
x′′ + y ′ = 2x x′′ = −2x + 2y
5. 6.
x′ + y ′ = 3x + 3y y ′′ = 2x − 5y

Resolva os seguintes sistemas de EDOLÑH pelo método dos operdores e, quando possı́vel,
também por substituição:
(
x′′ + 8y = 4
(
x − 2y = 2t

8.
7. x + y ′ = 3et
−x + y ′ + y = 0
 ′
 4x + y ′ − 2z ′ = 0
(
x − 3 y = 12 t
′′ ′′
9. 10. −2y ′ + z ′ = 1
x′′ + y ′′ = 9 cos3t  ′
2y − 4z ′ = −16
11. Para que valores de a o limite de todas as soluções do sistema é 0 quando t → ∞
(assintoticamente estável)? (
x′ = 2x + ay
y ′ = 3x − 4y

12. Considere oscilações livres não amortecidas (sem força externa e sem atrito) no
sistema da figura abaixo, consistindo de duas massas unitárias, presas por molas com
constantes de elasticidade, respectivamente, 3 e 2. O objetivo do exercı́cio é determinar
as freqüências naturais de oscilação do sistema.

m1 = 1 m2 = 1
k1 = 3 k2 = 2
D D D D D D D D D D D D
D D D D D g g D D D D D D g g
x1 x2

(a) Deduza que os deslocamentos x1 e x2 das massas a partir de suas posições de equilı́brio
satisfazem o sistema de duas EDO’s de 2a ordem
(
x′′1 = −5 x1 + 2 x2
x′′2 = 2 x1 − 2 x2

(b) Isole x2 em uma das equações e substitua na outra. Obtenha a equação


(4)
x1 + 7 x′′1 + 6 x1 = 0

e encontre a solução geral desta última equação.

(c) Usando o resultado do item (b) obtenha a solução geral do sistema do item (a).

(d) Obtenha a solução do sistema do item (a) com as condições iniciais

x1 (0) = 1 , x′1 (0) = 0 , x2 (0) = 2 , x′2 (0) = 0 .

(e) Obtenha a solução do sistema do item (a) com as condições iniciais

x1 (0) = −2 , x′1 (0) = 0 , x2 (0) = 1 , x′2 (0) = 0 .

(f ) Analisando as respostas encontradas nos itens (d) e (e), encontre as freqüências na-
turais do sistema.

2
13. Para um indutor L = 5 henry, uma re-
sistência R = 4Ω, um capacitor C = 0.05
faraday e uma fonte E(t) = 17sent. Deduza
que as intensidades de corrente I1 , I2 satis- L
fazem o sistema de duas EDO’s
(
5I1′ + 4I1 − 4I2 = 17sent C
E(t) I1 R I2
−4I1′ + 4I2′ + 20I2 = 0

Determine I1 (t) e I2 (t), sabendo que I1 (0) =


I2 (0) = 0

14. Para um indutor L1 = 1 henry, L2 = 5


henry, um capacitor C1 = 4/5 faraday C2 =
L1 L2
1/10 faraday e uma fonte E(t) = 20 volt .
Deduza que as cargas eletricas Q1 (t), Q2 (t)
satisfazem o sistema de duas EDO’s
C1 C2
E(t) I1 I2
( ′′ 5
Q1 + 4 (Q1 − Q2 ) = 20
5Q′′2 + 10Q2 + 54 (Q2 − Q1 ) = 0

Determine Q1 (t) e Q2 (t).

15. Inicialmente o tanque A como na figura contém 90 litros de uma solução de 10 gr/l
e o tanque B contém água 90 litros de água pura. No instante t0 = 0, água pura entra
no tanque A á razão de 8 l/h e a mistura sai do tanque para o tanque B a uma razão de
9 l/h, e receve a mistura do tanque B a uma razão de 1 l/h. Sabendo que a mistura do
tanque B sai para fora do sistema a uma razão de 8 l/h.

- 

9 X
y
X
(a) Deduza as EDO’s que representam x(t) a
quantidade de sal no tanque A no instante t e y(t) A B
X
z
X :

 -
a quantidade de sal no recipiente B no instante t.
(b) Determine x(t).

16. Considere oscilações livres não amortecidas no sistema da figura abaixo, consistindo
de 3 massas iguais a m, presas por molas iguais. O objetivo do exercı́cio é determinar as
freqüências naturais de oscilação do sistema.

3
k k k k
D D D D D D m D D D D D D m D D D D D D m D D D D D
D D D D D g g D D D D D D g g D D D D D D D g g D D D D D D
x1 x2 x3

(a) Deduza que os deslocamentos x1 , x2 e x3 das massas a partir de suas posições de


equilı́brio satisfazem 

 m x′′1 = −2 k x1 + k x2

m x′′2 = k x1 − 2 k x2 + k x3


m x′′3 = k x2 − 2 k x3

(b) Supondo as unidades escolhidas de tal forma que as constantes tenham os valores
m = 1 e k = 1, procedendo como nos exercı́cios anteriores mostre que o sistema possui 3
√ p √ p √
2 2+ 2 2− 2
freqüências naturais: f1 = , f2 = e f3 = .
2π 2π 2π

Resolva pelo método matricial (dos autovalores e autovetores). Descreva o comporta-


mento das soluções quando t −→ +∞. Verifique se a solução ~x(t) = (x1 (t), x2 (t)) = (0, 0)
é ponto de equilı́brio estável ou instável, verificando se é sela, nó, foco (espiral) ou centro.
Faça um esboço da famı́lia das soluções:
( (
x′1 = 3x1 − 2x2 x′1 = x1 − 2x2
17. 18.
x′2 = 2x1 − 2x2 x′2 = 3x1 − 4x2
( (
x′1 = 2x1 − x2 x′1 = x1 + x2
19. 20.
x′2 = 3x1 − 2x2 x′2 = 4x1 − 2x2
( (
x′1 = −x1 − 4x2 x′1 = 2x1 − 5x2
21. 22.
x′2 = x1 − x2 x′2 = x1 − 2x2
( (
x′1 = 4x1 − 3x2 x′1 = 3x1 + 6x2
23. 24.
x′2 = 8x1 − 6x2 x′2 = −x1 − 2x2
( (
x′1 = x1 − 2x2 x′1 = 3x1 − 2x2
25. 26.
x′2 = −5x1 − x2 x′2 = 4x1 − x2

4
RESPOSTAS

1. (a) y = C1 ex + C2 e2x + C3 + C4 x

(b) y = C1 ex + C2 e2x + C3 xe2x

(c) y = C1 ex + C2 xex + C3 x2 ex + C4 e−x


√  √ 
3 3
(d) y = C1 ex + C2 e−x/2 cos 2
x + C3 e−x/2 sen 2
x

2. (a) y = C1 ex + C2 e−x + C3 e2x + C4 e−2x

(b) y = C1 + C2 x + C3 ex cos x + C4 ex sen x


√ ! √ !
x x3 x x 3
(c) y = C1 e−x + C2 e cos 2 + C3 e 2 sen
2 2

(d) y = (C1 + C2 x + C3 x2 )ex

(e) y = C1 e−2x + C2 e2x + C3 cos 2x + C4 sen 2x


√  √ √  √  √ √ 
(f ) y = ex 2
C1 cos(x 2 ) + C2 sen (x 2 ) + e−x 2 C3 cos(x 2 ) + C4 sen (x 2 )

(g) y = C1 cos x + C2 sen x + C3 x cos x + C4 x sen x


√ √ √ √

2
x 2 √
2
x 2 −

2
x 2 −

2
x 2
(h) y = C1 e 2 cos( x)+C2 e 2 sen ( x)+C3 e 2 cos( x)+C4 e 2 sen ( x)
2 2 2 2
1  
3. x(t) = e3t (C1 sen 2t + C2 cos 2t), y(t) = e3t (C1 + 2C2 ) sen 2t + (C2 − 2C1 ) cos 2t
5
2 4  2 4 
4. x(t) = C1 sen 2t + C2 cos 2t, y(t) = C1 − C2 cos 2t − C2 + C1 sen 2t
5 5 5 5
7
5. x(t) = C1 e−t + C2 e2t + C3 e3t , y(t) = −C1 e−t − C2 e2t − C3 e3t
3
√ √
6t + C4 cos 6t
6. x(t) = C1 sen t + C2 cos t + C3 sen
1 1 √ √
y(t) = C1 sen t + C2 cos t − 2C3 sen 6t − 2C4 cos 6t
2 2
3 1 1
7. x(t) = C1 et + C2 e−2t − − t, y(t) = C1 et − C2 e−2t − − t
2 2 2

5
√ 24 t √
8. x(t) = C1 e2t + C2 e−t sen 3t + C3 e−t cos
e, 3t +
7
1 3 1 1 1√  √ 1√ 1  √
y(t) = − et − C1 e2t + C2 − 3C3 e−t sen 3t + 3C2 + C3 e−t cos 3t
2 7 2 4 4 4 4

t3 3 t3 1
9. x(t) = − cos 3t + C1 t + C2 , y(t) = − − cos 3t + C3 t + C4 ,
2 4 2 4

10. x(t) = 2t + C1 , y(t) = 2t + C2 , z(t) = 5t + C3

8
11. a < −
3
√ √
12. (b) x2 (t) = C1 cos t + C2 sen t + C3 cos(t 6) + C4 sen (t 6)
1 1 √ √
(c) x1 (t) = C1 cos t + C2 sen t − 2C3 cos(t 6) − 2C4 sen (t 6)
2 2 √ √
x2 (t) = C1 cos t + C2 sen t + C3 cos(t 6) + C4 sen (t 6)
(d) x1 (t) = cos t, x2 (t) = 2 cos t.
√ √
(e) x1 (t) = −2 cos(t 6), x2 (t) = cos(t 6).

1 6
(f ) As frequências naturais do sistema são f1 = e f2 = .
2π 2π
34 −t 1 −4t −11
13. x(t) = − e − e + 2sen t − cos t
15 5 5
17 4 −4t 1 3
y(t) = − e−t + e + sen t + cos t
30 15 2 10
√ √
10 10
14. Q1 (t) = 18 + C1 sen t + C2 cos t + C3 sen t + C4 cos t
2 2
√ √
1 1 10 10
Q2 (t) = 2 + C1 sen t + C2 cos t − C3 sen t − C4 cos t
5 5 2 2
1 2
15. x(t) = 450e− 15 t + 450e− 15 t

17. ~x(t) = C1 e−t (1, 2) + C2 e2t (2, 1) Sela.

18. ~x(t) = C1 e−t (1, 1) + C2 e−2t (2, 3) Nó estável (é assitoticamente estável).

19. ~x(t) = C1 et (1, 1) + C2 e−t (1, 3) Sela.

20. ~x(t) = C1 e−3t (1, −4) + C2 e2t (1, 1) Sela.

21. ~x(t) = C1 e−t (2 cos 2t, sen 2t) + C2 e−t (−2 sen 2t, cos 2t) Foco (espiral) estável.

6
22. ~x(t) = C1 (5 cos t, 2 cos t + sen t) + C2 (5 sen t, − cos t + 2 sen t) Centro (é estável
mas não assitoticamente estável).

23. ~x(t) = C1 (3, 4) + C2 e−2t (1, 2) É estável mas não assitoticamente estável.

24. ~x(t) = C1 (−2, 1) + C2 et (−3, 1) Não é estável.

25. ~x(t) = C1 (−2 cos 3t, cos 3t + 3 sen 3t) + C2 (−2 sen 3t, sen 3t − 3 cos 3t) Centro

26. ~x(t) = C1 et (cos 2t, cos 2t + sen 2t) + C2 et ( sen 2t, − cos 2t + sen 2t) Foco (espiral)
instável.

7
MAT 01167 Equações Diferenciais
LISTA 9

Exercı́cio 1
Seja f (x) a função 2 π–periódica tal que f (x) = x2 , para −π ≤ x ≤ π .

(a) Encontre a expansão de f (x) em série de Fourier.

(b) Dando um valor conveniente a x , obtenha que



π2 X 1
= .
6 n2
n=1

Exercı́cio 2
(a) Obtenha o desenvolvimento em série de Fourier da função

# π
# # #
# # # #
# # #
−2π −π π 2π 3π

(b) Dando valores convenientes para x , obtenha que

π2 1 1 1 π 1 1 1 1
= 2 + 2 + 2 + ··· e = − + − + ··· .
8 1 3 5 4 1 3 5 7

Exercı́cio 3
Obtenha o desenvolvimento em série de Fourier das funções:

(a) f (x) = | sen x |


(
sen x , se sen x ≥ 0
(b) f (x) = ( sen x)+ =
0 , se sen x < 0

(c) f (x) a função periódica de perı́odo 3 tal que f (x) = x para 0 < x < 3 . SUGESTÃO: Para
simplificar os cálculos, comece encontrando uma constante C conveniente para a qual f (x) − C
seja uma função ı́mpar.
πx
(d) f (x) a função periódica de perı́odo 2 tal que f (x) = cos , para −1 < x < 1 .
2

Exercı́cio 4
Determine a expansão por série de Fourier-seno das funções, válido para 0 ≤ x ≤ L

(a) (b)
f (x) g(x)

A
h h
 A
 A a L
a L a−δ a+δ
Exercı́cio 5
(a) Obtenha o desenvolvimento da função f (x) = sen x em série de cossenos, válido para todo
x no intervalo 0 ≤ x ≤ π. Observe que a extensão par da função é contı́nua em [−π, π] porém
1
f ′ (x) é contı́nua por intervalos e seus coeficientes decrescem a 0 na ordem de 2 .
n
(b) Obtenha o desenvolvimento da função f (x) = cos x em série de senos, válido para todo x
no intervalo 0 < x < π. Observe que a extensão ı́mpar da função f (x) e f ′ (x) são contı́nuas por
1
intervalo e seus coeficientes decrescem a 0 na ordem de .
n
Exercı́cio 6
(a) Verifique que a função
(
x (π − x) , se 0<x<π
f (x) =
x (π + x) , se − π < x < 0

é ı́mpar e encontre sua expansão em série de Fourier no intervalo [−π, π] . Observe que a função
f (x), f ′ (x) são funções contı́nuas, porém f ′′ (x) é contı́nua por intervalo e seus coeficientes
1
decrescem a 0 na ordem de 3 .
n
(b) Dando um valor conveniente a x , determine a soma da série
1 1 1
1− 3
+ 3 − 3 + ······
3 5 7

Exercı́cio 7
Obtenha o desenvolvimento em série de cossenos para a função
(
1 , se 0 < x < 1
f (x) =
0 , se 1 < x < 2

Exercı́cio 8
Encontre a expansão em série de Fourier para a função

b
b b b b b
b b b b b
b b b b
b b b b b
−2a −a a 2a

Sugestão: Subtraia de f (x) uma constante C conveniente para que g(x) = f (x) − C seja uma
função ı́mpar. Expanda a função g(x) em série de Fourier. A partir daı́ é imediato obter a
expansão de f (x).

Exercı́cio 9
Seja f (x) a função periódica de perı́odo 1 tal que f (x) = x2 , para 0 < x < 1 .
(a) Encontre a expansão de f (x) em série de Fourier. SUGESTÃO: É conveniente usar o fato
que se uma função é P –periódica, então sua integral em qualquer intervalo de comprimento P
tem o mesmo valor. Portanto, para calcular os coeficientes de Fourier, se for conveniente, a
integral entre −L e L pode ser substituı́da, por exemplo, pela integral entre 0 e 2 L .

2
(b) Usando o item (a) e fazendo x = 0 , obtenha que

π2 X 1
= .
6 n2
n=1

(c) Usando o item (a) e dando um valor conveniente para x , obtenha que

π2 1 1 1 1 1
= 1 − 2 + 2 − 2 + 2 − 2 + ······ .
12 2 3 4 5 6

Exercı́cio 10
Obtenha o desenvolvimento em série de senos para a função
(
x , se 0 < x ≤ 1
f (x) =
1 , se 1 ≤ x < 2

RESPOSTAS

π2
 
cos x cos 2x cos 3x
1. (a) f (x) = −4 − + − ··· = x2 , para −π ≤ x ≤ π .
3 12 22 32
   
π 2 cos x cos 3x cos 5x sen x sen 2x sen 3x
2. (a) + + + + ··· − + + + ···
4 π 12 32 52 1 2 3
π
(b) Para a 1a faz x = 0 , lembrando que este ponto é de descontinuidade. Para a 2a faz x = .
2
∞ ∞
2 4 X cos 2nx 1 sen x 2 X cos 2nx
3. (a) − (b) + −
π π 4n2 − 1 π 2 π 4n2 − 1
n=1 n=1

 
3 3 2πx 1 4πx 1 6πx
(c) − sen + sen + sen + ······
2 π 3 2 3 3 3


!
4 1 X (−1)n+1
(d) f (x) = + cos nπx
π 2 4n2 − 1
n=1


2hL2 X 1 nπa nπx
4. (a) f (x) = 2 2
sen sen
π a(L − a) n L L
n=1

4h X 1 nπa nπδ nπx
(b) f (x) = sen sen sen .
π n L L L
n=1

 
2 4 cos 2x cos 4x cos 6x
5. (a) sen x = − + + + ······ , para 0 ≤ x ≤ π .
π π 1·3 3·5 5·7

3
 
4 2 sen 2x 4 sen 4x 6 sen 6x
(b) cos x = + + + ······ , para 0 < x < π .
π 1·3 3·5 5·7
 
8 sen x sen 3x sen 5x
6. (a) f (x) = 3
+ 3
+ + ······
π 1 3 53

π π3 1 1 1
(b) Para x = , obtém-se = 1 − 3 + 3 − 3 + ······
2 32 3 5 7

1 2 X (−1)n−1 (2n − 1) πx
7. f (x) = + cos
2 π 2n − 1 2
n=1


b b X 1 2nπx
8. f (x) = + sen
2 π n a
n=1

∞ ∞
1 1 X cos (2nπx) 1 X sen (2nπx) 1
9. (a) f (x) = + 2 − . (c) Basta fazer x =
3 π n2 π n 2
n=1 n=1

∞ ∞  
1 X 1 2 X 1 2 (−1)n (2n + 1)πx
10. f (x) = − sen nπx + + 2
sen
π n π 2n + 1 π(2n + 1) 2
n=1 n=0

4
MAT 01167 Equações Diferenciais
LISTA 10

Exercı́cio 1.
Resolva pelo método de separação de variáveis:
 
 ut = k uxx
  ut = k uxx

(a) u(0, t) = 0 , u(L, t) = 0 (b) u(0, t) = 0 , u(L, t) = 0
 
u(x, 0) = x u(x, 0) = 3 sen πx + 2 sen 3πx
 
L L

 
 ut = k uxx
  ut = k uxx

(c) ux (0, t) = 0 , ux (π, t) = 0 (d) ux (0, t) = 0 , ux (L, t) = 0
 
u(x, 0) = 2 sen x u(x, 0) = x
 

 
 ut = k uxx
  ut = k uxx

(e) u(0, t) = 0 , ux (L, t) = 0 (f ) ux (0, t) = 0 , u(L, t) = 0
 
u(x, 0) = f (x) u(x, 0) = f (x)
 

 

 utt = c2 uxx 
 utt = c2 uxx

 

 u(0, t) = 0 , u(L, t) = 0  u (0, t) = 0 , u(π, t) = 0
x
(g) (h)


 u(x, 0) = x (L − x) 

 u(x, 0) = sen x

 u (x, 0) = 0 
 u (x, 0) = 0
t t

Sugestão :

1. Procure soluções da forma u(x, t) = F (x)G(t) e obtenha as duas EDO que devem
satisfazer F (x), e G(t) .

2. Aplique as condições de fronteira.

3. Resolva a EDO espacial com as condições de fronteira encontradas no item anterior.

4. Resolva a EDO temporal.

5. Faça a superposição das soluções.

6. Determine os coeficientes utilizando a condição inicial (as condições iniciais).

Exercı́cio 2.
Resolva os problemas não homogêneos:

ut = uxx + γ  2
 ut = uxx − π cosπx

 

(a) u(0, t) = α , u(L, t) = β (b) ux (0, t) = 0 , u(1, t) = 1
 u(x, 0) = − γ x2 + β − α x + α
 
u(x, 0) = cos 3πx

− cos πx
 
2
2 L
Sugestão: Procurar primeiro a temperatura de regime estacionário, isto é, a função
w(x) dependendo apenas de x, que satisfaz a equação diferencial e as condições de fronteira
(isto é, a temperatura de regime estacionário correspondendo às condições de fronteira
dadas). Em seguida, pondo v = u − w, resolva o problema correspondente para v(x, t) .
Finalmente, obtenha u como u = v + w .

Exercı́cio 3. Resolva o problema


 2
 ut = c uxx
 Sugestão: Verifique que a função
Axt
u(0, t) = 0 , u(L, t) = A t w(x, t) = satisfaz as condições de fronteira
 L
u(x, 0) = 0

Ax
e que L(w) := wt − c2 wxx = . Em seguida
L
procure uma função h(x) dependendo só de x e
Ax
satisfazendo L(h) = − . Pondo v(x, t) = u(x, t) − w(x, t) − h(x) , resolva o problema
L
correspondente para v(x, t). Finalmente, obtenha u(x, t) como u = v + w + h.

Exercı́cio 4.
Resolva o problema utilizando o resultado do exercı́cio 4a da lista 7


 utt = c2 uxx f (x)
h


 u(0, t) = u(L, t) = 0 
 A
 A

 u(x, 0) = f (x)  A
a L


 u (x, 0) = 0
t

Exercı́cio 5.
Resolva o problema abaixo, que representa uma corda, inicialmente em repouso, que
é percutida por um martelo plano de largura 2 δ, que lhe comunica uma velocidade inicial
constante no trecho compreendido entre os pontos a − δ e a + δ . Utilize o resultado do
exercı́cio 4b da lista 7:

2
 utt = c uxx
 g(x)
h


 u(0, t) = u(L, t) = 0
.
 u(x, 0) = 0
 a L

a−δ a+δ

 u (x, 0) = g(x)
t

Deduza que se o ponto central do martelo coincidir com um nó de um certo harmônico,
este não soará. OBS: Este princı́pio é usado no piano, onde o centro do martelo bate
L
próximo ao ponto , a fim de eliminar o 7o harmônico, dissonante em relação ao tom
7
fundamental.

2
Exercı́cio 6.
Resolva o problema de contorno definido por

 ut = uxx − u 0 < x < 1 0 < t < ∞

ux (0, t) = 0 ux (1, t) = 0 para t > 0

u(x, 0) = x 0<x<1

Exercı́cio 7.
Determine a solução do problema de contorno definido pela EDP de Klein-Gordon:


 utt (x, t) = uxx (x, t) − u(x, t) para 0 < x < 1 , t > 0

 ux (0, t) = 0 para t > 0



u(1, t) = 0 para t > 0

 u(x, 0) = f (x) para 0 < x < 1




ut (x, 0) = g(x) para 0 < x < 1

Exercı́cio 8
Resolva o problema abaixo, que representa oscilações amortecidas em uma corda, levando-
se em conta a força de gravidade.


 utt = uxx − 2 ut + g


 u(0, t) = u(π, t) = 0
 f (x)
g x (π − x) h Q
 u(x, 0) = f (x) +  Q



 2 
 Q
Q
 u (x, 0) = 0 π
t
2
π

Sugestão: Encontre primeiro a função w(x, t) = w(x) dependendo só de x que satisfaz a
equação diferencial e as condições de fronteira (isto é, w representa a posição de equilı́brio
da corda presa pelas extremidades e sob a ação da gravidade). A seguir, pondo v(x, t) =
u(x, t) − w(x, t) , resolva o problema correspondente para v(x, t). Finalmente, obtenha
u(x, t) como u = v + w.

3
RESPOSTAS

Exercı́cio 1.

2L X (−1)n+1 − kn22π2 t nπx
(a) u(x, t) = e L sen ( )
π n=1 n L

kπ 2 t πx 9kπ 2 t 3πx
(b) u(x, t) = 3e− L2 sen + 2e− L2 sen
L L

4 8 X 1 2
(c) u(x, t) = − e−4kn t cos 2nx
π π n=1 (2 n − 1) (2 n + 1)

(d)

L 4L X 1 −k(2m−1)2 t (2m − 1)π
u(x, t) = − 2 2
e L2 cos x
2 π m=1 (2 m − 1) L

X k(2n−1)2 π 2 t (2n − 1) π x
(e) u(x, t) = cn e− 4L2 sen ,
n=1
2L
Z L
2 (2n − 1)πx
onde cn = f (x) sen dx
L 0 2L

X k(2n−1)2 π 2 t (2n − 1) π x
(f ) u(x, t) = cn e − 4L2 cos ,
n=1
2L
L
(2n − 1)πx
Z
2
onde cn = f (x) cos dx
L 0 2L

8 L2 X 1 (2 n + 1) π c t (2 n + 1) π x
(g) u(x, t) = cos sen
π 3 n=0 (2 n + 1)3 L L


8 X 1 (2 n + 1) c t (2 n + 1) x
(h) u(x, t) = − cos cos
π n=0 (2 n − 1) (2 n + 3) 2 2

Exercı́cio 2.

γ L2 X (−1)n − n2 π22 t
 
γ β−α γL nπx
a. u(x, t) = − x2 + + x+α+ e L sen
2 L 2 π n=1 n L

2 t/4
b. u(x, t) = −cosπx + e−9π cos(3πx/2)

Exercı́cio 3.
 ∞
A x t A x x2 − L 2 X 2 A L2 (−1)n+1 − c2 π22n2 t nπx
u(x, t) = + 2
+ 2 3 3
e L sen
L 6c L n=1
c n π L

4

2 h L2 X 1 nπa nπct nπx
Exercı́cio 4. u(x, t) = 2 sen cos sen
π a (L − a) n=1 n2 L L L


4Lh X 1 nπa nπδ nπct nπx
Exercı́cio 5. u(x, t) = 2 2
sen sen sen sen .
c π n=1 n L L L L


1 −t 4 X 1 −[(2n−1)2 π 2 +1] t
Exercı́cio 6. u(x, t) = e − 2 e cos(2 n − 1)πx
2 π n=1 (2 n − 1)2

Exercı́cio 7.
∞ p p !
X (2n − 1)2 π 2 + 4 (2n − 1)2 π 2 + 4 (2n − 1) π x
u(x, t) = an cos t + bn sen t cos ,
n=1
2 2 2
onde
1 L
(2n − 1) π x (2n − 1) π x
Z Z
4
an = 2 f (x) cos dx , bn = p g(x) cos dx
0 2 (2n − 1)2 π 2 + 4 0 2

g x (π − x) 8 h
Exercı́cio 8. u(x, t) = + 2 (1 + t) e−t sen x+
2 π

8 h e−t X (−1)n
 
1 
+ 2 2
cos (ρn t) + sen (ρn t) sen (2 n+1) x ,
π n=1
(2 n + 1) ρn

p
onde ρn = 2 n (n + 1) .

5
MAT 01167 Equações Diferenciais

LISTA 11

Exercı́cio 1. Resolva pelo método de separação de variáveis o problema abaixo, sobre a trans-
missão de calor na placa D : 0 < x < a , 0 < y < b , em que os lados y = 0 e y = b estão
isolados: 
u + uyy = 0 , em D : 0 < x < a , 0 < y < b
 xx

u(0, y) = uy (x, 0) = uy (x, b) = 0


u(a, y) = y

Exercı́cio 2. Resolva o problema de fronteira:



u + uyy = 0 , em D : 0 < x < π , 0 < y < π
 xx

u(0, y) = y, ux (π, y) = 0


u(x, 0) = 0, u(x, π) = π − x

Sugestão: Decomponha a solução u(x, t) = v(x, t) + w(x, t), onde v e w são soluções de pro-
blemas homogêneos com três condições de fronteira homogêneas.

Exercı́cio 3. Resolva o problema de Dirichlet na faixa semi-infinita




 uxx + uyy = 0 em D

 uy (x, 0) = u(x, b) = 0

b
 u(0, y) = g(y)
 D



u limitada

sendo g(y) uma função supostamente dada.

Exercı́cio 4. Sabendo que o lado y = 0 da placa 0 < x < a , 0 < y < b está isolado, que o lado
x = 0 é mantido à temperatura u = 0 e que os lados x = a e y = b são mantidos à temperatura
u = U0 , determine a temperatura de regime estacionário u(x, y) .

Sugestão: Encontre primeiro a função w(x, y) = u(x, y) − U0 .


RESPOSTAS

∞ 
bx 4b X 1 (2 n − 1) π y senh (2 n − 1) π x/b
1. u(x, y) = − cos
2 a π2 (2 n − 1)2

n=1
b senh (2 n − 1) π a/b

∞ ∞
X 2n − 1 2n − 1 X 
2. u(x, y) = Bn senh y sen x+ Cn cosh n(x − π) sen ny ,
2 2
n=1 n=1

4 (−1)n+1 2(−1)n+1
onde Bn = +8 , Cn =
(2n − 1)π (2n − 1)π n cosh(−nπ)
(2n − 1) senh π(2n − 1)2 senh
2 2

∞ b
(2n − 1) π y (2n − 1) πy
Z
X

(2n−1) π x 2
3. u(x, y) = Bn e 2b cos , onde Bn = g(y) cos dy
2b b 0 2b
n=1


X (2n − 1) π (x − a) (2n − 1) π y
4. u(x, y) = U0 + Bn senh cos ,
2b 2b
n=1

2 (−1)n U0
onde Bn = 
 2n − 1  2n − 1 π a
π senh
2 b

2
MAT 01167 Equações Diferenciais

LISTA 12

Exercı́cio 1. Resolva as equações de Cauchy Euler:

(a) t2 y 00 − 2 t y 0 + 2 y = t3 cos t (b) t2 y 00 − t y 0 + y = ln t

(c) t2 y 00 + t y 0 − y = t3 et (d) t2 y 00 − 3 t y 0 + 4 y = t2 ln t
(e) t2 y 00 + t y 0 + 4 y = 0

Exercı́cio 2.
d2 y
(a) Mostre que a mudança de variáveis t = ex transforma a equação de Cauchy–Euler t2 2 +
dt
dy
at + b y = 0 em uma equação linear de coeficientes constantes. Sugestão: Comece notando
dt
dy dy dx dy 1
que = = .
dt dx dt dx t

(b) Use o anterior e os conhecimentos que temos acerca das equações lineares de coeficientes
constantes para formular uma versão do método dos coeficientes a deteminar aplicado à equação

t2 y 00 + a t y 0 + b y = A tc

4
(c) Aplique o item (b) acima para resolver a equação 2 t2 y 00 − 2 t y 0 + 3 y = 4 t 3 .

Exercı́cio 3. Resolva o problema de Dirichlet no semi-cı́rculo:


1 1


 urr + ur + uθθ = 0 , D : ( r < 1 , 0 < θ < π )



 r r2

 u(r, 0) = u(r, π) = 0 , ( r < 1 )

 π
 θ , se 0 < θ <




 u(1, θ) = 2
 π , se π < θ < π




2 2

Exercı́cio 4. Resolva o problema de Dirichlet no exterior do disco:


 1 1
 urr + ur + 2 uθθ = 0 , ( r > 1 )
r r





u = U1 , se r = 1 e 0 < θ < π
u = U2 , se r = 1 e π < θ < 2 π






| u |≤ M para algum M (isto é, u é limitada.)
Exercı́cio 5. Resolva o problema de Dirichlet para o setor circular:

1 1 π

 urr + ur + 2 uθθ = 0 , em D : r < 1 , 0 < θ < u=θ
r r 2



π u=0
u = 0 , nos lados θ = 0 e θ = D


 2

 u(1, θ) = θ
u=0

Exercı́cio 6. Ache a temperatura de regime estacionário em um sólido limitado por duas su-
perfı́cies cilı́ndricas concêntricas de raios a e b, ( a < b ), sabendo que a superfı́cie r = a é mantida
a uma temperatura constante u(a, θ) = U0 e que a superfı́cie r = b é mantida à temperatura
(
U0 , se 0 < θ < π
u(b, θ) = .
0 , se π < θ < 2 π
Sugestão: Considere a função v = u − U0 .

Exercı́cio 7. Resolva o problema de Dirichlet para o setor circular:

1 1 π


 urr + ur + 2 uθθ = 0 , em D : r < a , 0 < θ <
r r 3
 
uθ = 0  u = π/3 − θ


π
uθ = 0 , nos lados θ = 0 e θ =  D
 3  π
 u(a, θ) = π − θ 3


 
3 uθ = 0 a

Exercı́cio 8. Resolva o problema de Dirichlet na região definida no semiplano e exterior ao


semi-cı́rculo:
1 1


 urr + ur + 2 uθθ = 0 , D : ( r > 1 , 0 < θ < π )
r r





u(r, 0) = u(r, π) = 0 , ( r > 1 )




 u(1, θ) = f (θ)



| u |≤ M para algum M (isto é, u é limitada.)

Exercı́cio 9.
Resolva o problema de Dirichlet para o setor circular semi-infinito

 u=0
1 1 π

 urr + ur + 2 uθθ = 0 , em D : 2 < r < ∞ , 0 < θ < D
r r 2



π
u = 0 , nos lados θ = 0 e θ =


 2 u=θ

 u(2, θ) = θ
2 u=0

2
Exercı́cio 10. Determine a temperatura estacionária em uma barra cuja seção é um ”retângulo
curvilı́neo” com duas faces consistindo de arcos de cı́rculo subintendendo um ângulo α e centrados
na origem enquanto que as outras duas faces consistem de segmentos de raios do cı́rculo maior.
A face curvilı́nea r = b é mantida à temperatura constante U0 enquanto que as demais são
mantidas à temperatura 0 .




D
α
a b

Exercı́cio 11. (Este é um exercı́cio interessante, que usa o caso complexo da EDO de Cauchy–
Euler) Resolva o problema anterior supondo que a face retilı́nea θ = α é mantida à temperatura
u = U0 enquanto que as demais são mantidas à temperatura u = 0 .
Sugestão: Vai ser necessário resolver um problema de valor de fronteira com a equação de
Cauchy– Euler ( 2 00
r ϕ (r) + rϕ0 (r) − λϕ(r) = 0
ϕ(a) = 0 , ϕ(b) = 0
Verifique que ele só tem solução não trivial nos caso λ > 0. Verifique que a função ϕ(r) =
A cos(µ ln r) + B sen (µ ln r) satisfaz ϕ(a) = ϕ(b) = 0 somente quando
!
cos(µ ln a) sen (µ ln a)
det = 0.
sen (µ ln b) cos(µ ln b)

Mostre que essa condição se cumpre para µ = . Verifique, que no caso λ = µ2 > 0,
ln(a/b)
temos as soluções não triviais
        
nπ ln a nπ ln r nπ ln a nπ ln r
ϕn (r) = An sen cos − cos sen
ln(a/b) ln(a/b) ln(a/b) ln(a/b)
 
nπ ln r/a
= An sen .
ln(a/b)

Verifique que uma função suave por partes f : [a, b] → R pode ser expandida numa série da
forma
∞  
X nπ ln r/a
f (r) = En sen , (a < r < b) .
ln(a/b)
n=1
r
Para isto, basta fazer a mudança de variável s = ln . Vamos ter
a
∞  
s
X nπs 
F (s) = f (ae ) = En sen , 0 < s < ln(b/a) ,
ln(a/b)
n=1
Z ln(b/a)  
2 s nπs
e En = f (ae ) sen ds .
ln(b/a) 0 ln(a/b)

3
Exercı́cio 12. Resolva a equação de Poisson
(
uxx + uyy = −2 , em D : x2 + y 2 < 1
u(x, y) = 0 x2 + y 2 = 1

RESPOSTAS

Exercı́cio 1. (a) y = C1 t + C2 t2 − t cos t (b) y = ln t + 2 + C1 t + C2 t ln t


 
3 C2 1 2
(c) y = t−3+ e t + C1 t + (d) y = t (ln t)3 + C1 t2 + C2 t2 ln t
t t 6

(e) y = C1 cos(2 ln(t)) + C2 sen (2 ln(t))



2. (b) Considere a equação algébrica m m − 1 + a m + b = 0 (?) . Se c não é raiz de (?) ,
então existe uma solução particular da forma yp = B tc . Se c é raiz de (?) com multiplicidade
k
k, então existe uma solução particular da forma yp = B tc ln|t| .
√ ! √ !
36 4 2 ln t 2 ln t
2. (c) y = t 3 + C1 t cos + C2 t sen
11 2 2

∞ 
n π (−1)n

X 2
Exercı́cio 3. u(r, θ) = sen − rn sen n θ .
n2 π 2 n
n=1

 ∞
U1 + U2 2 U1 − U2 X r−(2 n+1) sen (2 n + 1) θ
Exercı́cio 4. u(r, θ) = +
2 π 2n + 1
n=0


X (−1)n−1 2 n
Exercı́cio 5. u(r, θ) = r sen 2 n θ
n
n=1

a

U0 ln r 2 U0 X b2 n+1 a4 n+2 sen (2 n + 1) θ
 
2 n+1
Exercı́cio 6. u(r, θ) = U0 − + r − 2 n+1
2 ln a π b4 n+2 − a4 n+2 r 2n + 1
n=0
b

Exercı́cio 7.

π 4 X 1  r 6 n−3
u(r, θ) = + cos 3(2 n − 1) θ
6 3π (2n − 1)2 a
n=1

4
Exercı́cio 8.
∞  n Z π
X 1 2
u(r, θ) = An sen (nθ), onde An = f (θ) sen (n θ) dθ
r π 0
n=0

Exercı́cio 9.

(−1)n+1 2 2n
X  
u(r, θ) = sen 2 n θ
n r
n=1

 
∞  r (2 n+1) π/α  a (2 n+1) π/α (2 n + 1) π θ
X − sen
4 U0 a r α
Exercı́cio 10. u(r, θ) =  (2 n+1) π/α  
π b a (2 n+1) π/α 2n + 1
n=0 −
a b

   
∞ (2 n + 1) π ln(r/a) (2 n + 1) π θ
X sen senh
4 U0 ln(b/a) ln(b/a)
Exercı́cio 11. u(r, θ) =  
π 2n + 1 (2 n + 1) π a
senh
n=0 ln(b/a)

Exercı́cio 12. u(r, θ) = 12 (1 − r2 )

5
MAT 01167 Equações Diferenciais II

LISTA 13
Exercı́cio 1.
Determine duas soluções l.i. pelo método de séries de potências:

(a) y 00 − xy 0 + x2 y = 0.

(b) y 00 + y 0 − xy = 0.

(c) (1 + 2x2 )y 00 + y 0 + (1 + x2 )y = 0.

(d) y 00 − x y 0 − y = 0.

(e) y 00 − x y 0 − 2 y = 0.

(f ) y 00 + xy = 0 (Equação de Airy)

(g) (1 + 4x2 )y 00 − 8y = 0

(h) (x2 + 4)y 00 + 2xy 0 − 12y = 0

Exercı́cio 2.
Resolva os problemas de valor incial abaixo pelo método das séries de potências, encontrando
até o termo de ordem 5:

(a) y 00 − (1 + x2 ) y = 0 , y(0) = −2 , y 0 (0) = 2.

(b) xy 00 − y 0 + xy = 0 , y(2) = 1 , y 0 (2) = 2.

(c) y 00 + xy 0 + x2 y = 0 , y(−1) = 3 , y 0 (−1) = −1.

(d) xy 00 + 2 y 0 − x2 y = 0 , y(2) = 1 , y 0 (2) = −1.

(e) y 00 − (2x + 5)y 0 − y = 0 , y(−2) = 1 , y 0 (−2) = 1.

(f ) xy 00 − (x − 2)y 0 − y = 0 , y(2) = −1 , y 0 (2) = 1.

(g) y 00 + ( sen x) y 0 + (cos x) y = 0 , y(0) = 2 , y 0 (0) = 1.

(h) x2 y 00 + (1 + x) y 0 + 3(ln x) y = 0 , y(1) = 2 , y 0 (1) = 0.

RESPOSTAS
x4 x6 x8 x3 x5 x7
1. (a) y1 (x) = 1 − − + + ··· , y2 (x) = x + − − + ··· , x ∈ R.
12 90 3360 6 40 144
x3 x4 x5 5 x6 x2 x3 x4 4 x5 8 x6
1. (b) y1 (x) = 1 + + − + +··· , y2 (x) = x − + + − + +···,
3! 4! 5! 6! 2! 3! 4! 5! 6!
x ∈ R.

x2 x3 x4 x2 5 x4
1. (c) y1 = 1 − + + + ··· , y2 = x − + + ···
2 6 12 2 24

x2 x4 x6 X x2n
1. (d) y1 = 1 + + + + ··· = , x ∈ R,
2 2·4 2·4·6 n! 2n
n=0

∞ ∞
x3 x5 x7 X 1 X n! 2n
y2 = x + + + + ··· = x2 n+1 = x2 n+1 .
3 3·5 3·5·7 (2 n + 1)!! (2 n + 1)!
n=0 n=0

∞ ∞
x2n x2n+1
 2
X X x
1. (e) y1 = 1 + , y2 = n
= x exp , x ∈ R.
1 · 3 · 5 · · · (2n − 1) n! 2 2
n=1 n=0

∞ ∞
X (−1)n x3n X (−1)n x3n+1
1. (f ) y1 = 1 + , y2 = x + ,
2 · 5 · 8 · · · (3n − 1) · 3n · n! 4 · 7 · 10 · · · (3n + 1) · 3n · n!
n=1 n=1
x ∈ R.

X (−1)n+1 22n x2n+1 1
1. (g) y1 = 1 + 4x2 , x∈R y2 = x + , |x| < .
4n2 −1 2
n=1


X (−1)n (n + 1)x2n 5 3
1. (h) y1 = 1 + 3 , |x| < 2 , y2 = x + x , x ∈ R.
22n (2n − 1)(2n − 3) 12
n=1

x3 x4 7x5
2. (a) y = −2 + 2x − x2 + − + + ···
3 4 60

5 1 13
2. (b) y = 1 + 2(x − 2) − (x − 2)3 − (x − 2)4 + (x − 2)5 + · · ·
12 32 480

2 1 7
2. (c) y = 3 − (x + 1) − 2 (x + 1)2 + (x + 1)3 + (x + 1)4 − (x + 1)5 + · · ·
3 4 30

3 3 1 1
2. (d) y = 1 − (x − 2) + (x − 2)2 − (x − 2)3 + (x − 2)4 − (x − 2)5 + · · ·
2 4 2 5

5 5 5
2. (e) y = 1 + (x + 2) + (x + 2)2 + (x + 2)3 + (x + 2)4 + (x + 2)5 + · · ·
6 8 12

1 5 1 11
2. (f ) y = −1 + (x − 2) − (x − 2)2 + (x − 2)3 − (x − 2)4 + (x − 2)5 + · · ·
4 24 12 240

1 1 1 1
2. (g) y = 2 + x − x2 − x3 + x4 + x5 + · · ·
2 3 3 10

5 27
2. (h) y(x) = 2 − (x − 1)3 + (x − 1)4 − (x − 1)5 + · · ·
4 20

2
MAT 01167 Equações Diferenciais II

LISTA 14

X
Exercı́cio 1. Encontre os cinco primeiros termos da série de Fourier–Legendre f (x) = αn Pn (x)
n=0
para a função f (x) = |x| no intervalo −1 ≤ x ≤ 1 .

Exercı́cio 2. Encontre os cinco primeiros termos da série de Fourier–Legendre para


(
0 , se − 1 < x ≤ 0
f (x) =
x , se 0 ≤ x < 1

Exercı́cio 3. A equação de Hermite é

y 00 − 2 x y 0 + 2 p y = 0 , p = const .

(a) Encontre a solução geral pelo método de séries de potências.

(b) Se p = n = 0, 1, 2, 3, . . . , verifique que existe uma solução que é um polinômio de grau n e


é único a menos de multiplicação por um escalar. Chama-se de polinômio de Hermite de grau n
ao polinômio Hn (x) que se obtém impondo a condição de que o termo de maior grau seja 2n xn .
Verifique que
H0 (x) = 1 , H1 (x) = 2 x , H2 (x) = 4 x − 2

H3 (x) = 8 x3 − 12 x , H4 (x) = 16 x4 − 48 x2 + 12 , H5 (x) = 32 x5 − 160 x3 + 120 x

(c) Para os polinômios de Hermite, vale a fórmula de Rodrigues


2 dn −x2
Hn (x) = (−1)n ex e .
dxn
Verifique este fato para alguns dos polinômios listados acima, por exemplo, para H4 (x).

Exercı́cio 4. A equação de Tchebyshev é

(1 − x2 )y 00 − x y 0 + p2 y = 0 , p = const .

(a) Encontre a solução geral pelo método de séries de potências.

(b) Se p = n = 0, 1, 2, 3, . . . , verifique que existe uma solução que é um polinômio de grau n


e é único a menos de multiplicação por um escalar. Chama-se de polinômio de Tchebyshev de
primeira ordem de grau n ao polinômio Tn (x) que se obtém impondo a condição de que o termo
de maior grau seja 2n−1 xn . Verifique que
T0 (x) = 1 , T1 (x) = x , T2 (x) = 2x2 − 1

T3 (x) = 4 x3 − 3 x , T4 (x) = 8 x4 − 8 x2 + 1 , T5 (x) = 16 x5 − 20 x3 + 5 x


RESPOSTAS

1 5 3
1. f (x) = |x| = + P2 (x) − P4 (x) + . . . , para −1 ≤ x ≤ 1 .
2 8 16

1 1 5 3
2. f (x) = + P1 (x) + P2 (x) − P4 (x) + . . . , para −1 ≤ x ≤ 1 .
4 2 16 32

2 p 2 22 p (p − 2) 4 23 p (p − 2) (p − 4) 6
3.(a) y1 = 1 − x + x − x + ······
2! 4! 6!

2 (p − 1) 3 22 (p − 1) (p − 3) 5 23 (p − 1) (p − 3) (p − 5) 7
y2 = x − x + x − x + ······
3! 5! 7!

p2 2 (p2 (22 − p2 ) 4
4. (a) y1 = 1 − x − x − ······
2! 4!
(1 − p2 ) 3 (1 − p2 ) (32 − p2 ) 5
y2 = x + x + x + ······
3! 5!

2
MAT 01167 Equações Diferenciais

LISTA 15

1
Pn−1 (a) − Pn+1 (a)
Z
Exercı́cio 1. (a) Para −1 < a < 1 e n ≥ 1, temos que Pn (x)dx = .
a 2n + 1
Verifique esse fato diretamente para n = 1, 2 e 3 (a partir de uma tabela dos polinômios de
Legendre).

(b) Utilizando o item anterior, encontre a tempertatura de regime estacionário para uma
esfera condutora de raio b, sabendo que a calota superior S1 = {r = b, 0 < θ < β} é mantida
à temperatura constante U0 e que a parte restante S2 da superfı́cie da esfera é mantida à
temperatura 0.

Exercı́cio 2. Resolva pelo Método de Frobenius

(a) 3xy ′′ + 2y ′ + y = 0 (b) 2x2 y ′′ − x x − 1 y ′ − y = 0




(c) 2xy ′′ − y ′ + 2y = 0 (d) 2 x2 y ′′ − x y ′ + (x2 + 1) y = 0

(e) 4 x2 y ′′ + 2 x y ′ − x y = 0 (f ) 9 x2 y ′′ + 2(2 x + 1) y = 0

Exercı́cio 3. Indique a solução geral das seguintes equações:


1
(a) x2 y ′′ + xy ′ + x2 − 25

y=0

(b) x2 y ′′ + xy ′ + x2 − π 2 y = 0


(c) x2 y ′′ + x y ′ + λ2 x2 − p2 y = 0 (Sugestão: Fazendo a mudança de varivel t = λx, obtenha




uma equação de Bessel com respeito a t.)



(d) 4t2 y ′′ + 4t y ′ + (t − 9) y = 0 (Sugestão: Fazendo a mudança de varivel x = t, obtenha
a equação de Bessel com respeito a x: x2 y ′′ + xy ′ + x2 − 9)y = 0.)

Exercı́cio 4. (O objetivo deste exercı́cio é mostrar que muitas equações diferenciais são na
verdade uma forma disfarçada da equação de Bessel.) Escrevendo a equação de Bessel na forma

d2 w dw
z2 2
+z + (z 2 − p2 )w = 0,
dz dz
mostre que com a substituição de variável z = axb e w = yxc , para a, b e c constantes, a equação
se transforma em
d2 y dy  2 2 2b 
x2 2 + (2c + 1)x + a b x + (c2 − p2 b2 ) y = 0.
dx dx
Escreva a solução geral desta última equação em termos de funções de Bessel.
Exercı́cio 5. Use o exercı́cio anterior para mostrar que a solução geral da equação de Airy
y ′′ + xy = 0 é 
1
2 3   2 3 
y=x 2 C1 J 1 x + C2 J− 1 x 2
2 .
3 3 3 3

Exercı́cio 6.
∞ ∞
X (−1)n  x 2 n X (−1)n  x 2 n+1
(a) Usando as expressões J0 (x) = e J1 (x) = ,
(n!)2 2 n! (n + 1)! 2
n=0 n=0
′
verifique que J0′ (x) = −J1 (x) e x J1 (x) = x J0 (x) . OBS: Embora isto não seja relevante
′ ′
aqui, é curioso que estas fórmulas lembrem cos x = − sen x e sen x = cos x .

OBSERVAÇÃO: Este resultado pode ser generalizado para todo p da seguinte forma:
d p d  −p
[x Jp (x)] = xp Jp−1 (x) x Jp (x) = −x−p Jp+1 (x) .

e
dx dx

Exercı́cio 7. Efetuando as derivações indicadas nas fórmulas da observação do Exercı́cio 6,


dividindo por x±p e depois somando ou subtraindo as 2 igualdades resultantes, obtenha as
fórmulas de recorrência:
2p
2 Jp′ (x) = Jp−1 (x) − Jp+1 (x) e Jp (x) = Jp−1 (x) + Jp+1 (x)
x

r r
2 2
Exercı́cio 8. Verifique que J 1 (x) = sen x e J− 1 (x) = cos x .
2 πx 2 πx
∞ ∞
X (−1)n 2n+1
X (−1)n 2n
Sugestão: Use a série de Jp (x) e a série sen x = x , cos x = x .
(2n + 1)! (2n)!
n=0 n=0

Exercı́cio 9. Determine o deslocamento de uma membrana circular u(r, t) de raio unitário,


definido por
1
utt = urr + ur
r
u(1, t) = 0
u(r, 0) = 1 − r2
ut (r, 0) = 0

Exercı́cio 10. Resolva o problema de transmissão do calor de um cilindro circular infinito


1
ut = urr + ur , r < 1, t > 0
r
u(1, t) = 0 para t > 0
u(r, 0) = f (r) para r < 1

2
Gráficos de Funções de Bessel

Gráfico de J0 : Gráfico de J1 :
1 0.6

0.8
0.4

0.6

0.4 0.2

0.2

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
0 5 10 15 20 25 30 x

x
–0.2 –0.2

–0.4

RESPOSTAS

∞ h
!
U0 X i  r n
1.(b) u(r, θ) = 1 − cos β − Pn+1 (cos β) − Pn−1 (cos β) Pn (cos θ)
2 b
n=1

∞ ∞
!
X (−1)n xn 1 X (−1)n xn
2.(a) y1 (x) = 1+ , y2 (x) = x 3 1 +
n! 2 · 5 · 8 · . . . · (3n − 1) n! 4·7 ·10· . . . ·(3n + 1)
n−1 n=1

x2 x3 x2 x3
   
x − 21 x
(b) y1 (x) = x 1 + + + + ··· , y2 (x) = x 1+ + + + ···
5 5·7 5·7·9 2 2·4 2·4·6

22 23
 
23
2 3
(c) y1 (x) = x 1− x+
2 x − x + ··· =
5 2! · 5 · 7 3! · 5 · 7 · 9

!
3 X (−1)n 2n
=x 2 1+ xn
n! · 5 · 7 · 9 · . . . · (2 n + 3)
n=1

X (−1)n+1 2n
y2 (x) = 1 + 2 x + xn
n! 1 · 3 · 5 · . . . · (2 n − 3)
n=2


!
√ X (−1)n
(d) y1 (x) = x 1+ x2 n
n! 2n · 3 · 7 · . . . · (4n − 1)
n=1

!
X (−1)n
y2 (x) = x 1+ x2 n
n! 2n · 5 · 9 · . . . · (4n + 1)
n=1

∞ ∞
!
√ X 1 X 1
(e) y1 (x) = x xn , y2 (x) = xn
(2n + 1)! (2n)!
n=0 n=0

3
42 43
 
2 4 2 3
(f ) y1 (x) = x 1− 3 x+ x − x +···
3 · 4· 3 · 4 · 6 · 7· 3 · 4 · 6 · 7 · 9 · 10·

!
2
n n2 · 5 · 8 · · · (3n − 1) n
X
=x 3 1+ (−1) 4 x
(3n + 1)!
n=1

!
1
n n1 · 4 · 7 · · · ·(3n − 2) n
X
y2 (x) = x 3 1+ (−1) 4 x
(3n)!
n=1

4. y(x) = C1 x−c Jp (axb ) + C2 x−c J−p (axb ).


X
9. u(r, t) = An cos(αn t)J0 (αn r), onde αn são as raı́zes positivas de J0 ,
n=1
1
1
Z
An = (1 − r2 )J0 (αn r)rdr, com
kJ0 (αn r)k2 0
Z 1
kJ0 (αn r)k2 = J0 (αn r)2 rdr.
0


2
X
10. u(r, t) = An J0 (αn r)e−αn t , onde αn são as raı́zes positivas de J0 e
n=1
1
1
Z
An = f (r)J0 (αn r)rdr, com
kJ0 (αn r)k2 0
Z 1
2
kJ0 (αn r)k = J0 (αn r)2 rdr.
0

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