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OS GRAUS DO CONHECIMENTO NA OBRA A REPÚBLICA DE PLATÃO


Eleandro Luis Zeni1

Segundo Platão, o verdadeiro conhecimento só é possível através da ciência dialética, para


a qual há dois modos de acesso, a saber, o ascendente e o descendente. Através da dialética
ascendente, atinge-se o plano das idéias. Por outro lado, a dialética descendente parte das
idéias e, através de uma divisão gradativa, permite conhecer o plano sensível: é o chamado
processo diairético de distinção das idéias mediante análise. A dialética segue um processo
dinâmico, paulatino, onde o conhecimento se forma gradativamente através da anamnese. A
anamnese (recordação) forma-se dialeticamente e sua consequência será o processo de
aproximação e contemplação da verdadeira idéia (a idéia de Bem). Na República Platão
afirma existir graus de conhecimento entre a realidade sensível e a inteligível. A realidade
sensível é captada pela opinião (dóxa) e a realidade inteligível pela ciência (epistéme). A
opinião (dóxa) se subdivide em imaginação (eikasía) e crença (pístis). Por sua vez, a
ciência (epistéme) se divide em ciência intermediária (diánoia) e intelecção pura (nóesis).
Neste contexto, o presente artigo tem por objetivo apresentar os graus do conhecimento
entre realidade sensível e inteligível elencados por Platão especificamente nos livros VI e
VII, do diálogo A República. Ressaltamos que o estudo é de caráter propedêutico e tem em
vista compreender os conceitos platônicos sobre o conhecimento.

Palavras-chave: Conhecimento; dialética; maiêutica; graus do conhecer.

A obra A República2 tem por objetivo a construção da cidade justa ideal. Quem
deve governar sobre essa cidade é o rei-filósofo 3. Só o filósofo deve governar, porque é o
único capaz de conhecer a verdade sobre os entes e, por isso, manter a ordem4.

1
Mestrando em Filosofia pela UFSM – Universidade Federal de santa Maria – RS.
2
O termo grego que nomina os dez livros que compõem o diálogo é “Politéia”, que etimologicamente
significa “constituição” ou “forma de governo”, de uma Pólis ou cidade-estado. Trata, pois de “tudo o que diz
respeito à vida pública de um estado, incluindo os direitos do cidadão que o constituem” (SANTOS, Antonio
Raimundo dos. “Doxa” e “Episteme” na República de Platão. Revista de Filosofia. Curitiba: Educa, V.7
n.8, p. 15 – 22, abr/ 1994, p. 15 – 22).
3
“Não cessarão os males do gênero humano antes de alcançar o poder a raça dos verdadeiros e autênticos
filósofos ou que, em virtude de alguma determinação divina, a filosofia seja realmente praticada por aqueles
que detêm o poder no Estado” (PLATÃO. A República. Trad. Elza Moreira Marcelina. São Paulo: Ática,
1989, p. 19).
4
O filósofo “é aquele capaz de atingir aquilo que se mantém do mesmo modo, ou seja, o que se mantém
sempre idêntico e não o múltiplo e variável” (CASAGRANDE, Lino. O Sentido da Alegoria da Caverna
em Platão. Conjectura. Ed. da Universidade de Caxias do Sul, V. 4, n 1/2, p. 108 – 125, jan/dez 1999, Apud.,
Popper, p. 113).
2

No livro VI, Platão apresenta os graus do conhecer, que são modos específicos da
realização do conhecimento5. No livro VII, aparece o “mito da caverna 6”, com o intuito de
resolver duas questões do conhecimento: a concepção baseada na tese de Heráclito,
segundo a qual tudo está em constante devir, mudança, e a concepção imobilista de
Parmênides, segundo a qual o que não é não pode vir a ser e o ser não pode vir a não ser. A
solução pode ser antecipada:

a verdade não está na coisa sensível singular, mas nos seus


modelos universais [...] não se encontra nela mesma, mas na idéia
da qual é cópia [...] o conhecimento verdadeiro não está na opinião
(doxa) que resulta da apreensão do sensível (CASAGRANDE,
1999, p. 112).

Destarte, na tentativa de superar as dificuldades7 encontradas pelos sofistas


erísticos8 quanto à possibilidade do conhecer via sofismas 9, Platão elabora um novo
caminho: o caminho da anamnese – recordação. Segundo Reale, a “anamnese são as
recordações de verdades desde sempre conhecidas pela alma e que reemergem de vez em
quando na experiência concreta” (REALE; ANTISERI, 2003, p. 149).

5
O conhecimento platônico, “não é um apenas sair da doxa, mas também um processo de purificação
(katarsis). Um processo não confinado no tempo breve de uma vida, visto que a alma se reencarna várias
vezes até a última libertação, quando atinge o Sumo Bem” (RIBEIRO, Eugenio. O Mito da Caverna: uma
contribuição a Paidéia grega. Revista da Febe. Brusque: Febe, n.5, 2000, p. 39 - 42). A alma dialética “é
aquela que apreende o logos do ser (ousia) de cada ente” (OLIVEIRA, Nythamar Fernandes de. A
Imortalidade da Alma na República. Revista de Filosofia. Curitiba: Educa, V.7, n.8, p. 41 – 46, abr/ 1994,
p. 41- 46).
6
A caverna “simboliza o próprio corpo humano que envolve a alma” (CASAGRANDE, op. cit., p. 111).
7
No que se refere à dificuldade Erística do conhecer, Sócrates, no Mênon, diz: “Vês quão erístico é este
argumento que estas urdindo: que, pelo visto, não é possível ao homem procurar nem o que conhece nem o
que não conhece? Pois nem procuraria aquilo precisamente que conhece – pois conhece, e não de modo
algum preciso para um tal homem a procura - nem o que não conhece – pois nem sequer sabe o que deve
procurar” (PLATÃO. Mênon. Trad. Maura Iglesias. Ed. PUC – Rio. Rio de Janeiro: Loyola, 2001, p. 49).
8
O próprio nome de “sofista” que significa “sábio”, desviado do seu sentido original, tornou-se sinônimo de
possuidor de um falso saber, não procurando senão enganar, e fazendo, para isso, um considerável uso do
paralogismo [...], chamará sofista ao que tem da sabedoria a aparência, não a realidade, e o “sofisma” será
sinônimo de falso raciocínio (DHERBEY, Gilbert Romeyer. Os sofistas. Trad. João Amado. Edições 70,
Lisboa: Latgraf, 1999, p. 09). Para um estudo dos sofistas (Cf., p. ex, BRUN, J. Os Pré - Socráticos. Trad.
Armindo Rodrigues. Rio de Janeiro: Edições 70, 1991) e (GUTHRIE, W.K.C. Os Sofistas. Trad. João
Rezende Costa. São Paulo: Paulus, 1995).
9
Sofismas são dificuldades como: “não se pode procurar e conhecer o que não se conhece porque, mesmo
encontrando-o, não poderia reconhecê-lo; por outro lado, não tem sentido procurar o que já se conhece,
justamente por que já é conhecido” (REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Volume II. São Paulo:
Loyola, 1994, p. 153).
3

No Mênon encontramos a determinação do conhecimento como forma de


“recordação”. As almas seriam imortais10 e extrairiam de si mesmas as verdades que
contemplaram quando estiveram junto às idéias supremas, antes de participarem em um
corpo sensível. Dessa maneira, comenta o Mênon de Platão:

sendo a alma imortal e tendo nascido muitas vezes, e tendo visto


tanto as coisas que estão aqui quanto às que estão no Hades, enfim
todas as coisas, não há o que não tenha aprendido; de modo que
não é nada de admirar, tanto com respeito à virtude quanto aos
demais, ser possível a ela rememorar aquelas coisas justamente que
já antes conhecia. Pois, sendo a natureza toda congênere e tendo a
alma aprendido todas as coisas, nada impede que, tendo alguém
rememorado uma só coisa – fato esse precisamente que os homens
chamam aprendizado –, essa pessoa descubra todas as outras
coisas, se for corajosa e não se cansar de procurar. Pois, pelo visto,
o procurar e o aprender, são no seu total, uma rememoração
(PLATÃO, 2001, p. 51- 53).

A rememoração da origem da verdade acontece na contemplação das Formas11 e o


consequente ensino das mesmas é tarefa do filósofo. Dessa maneira, conhecer é uma
rememoração, uma reminiscência, ou seja, o propósito de toda a filosofia platônica parece
ser educar a alma misturada a um corpo a que se recorde progressivamente de que há o
Bem12 em si, o Belo em si etc., de modo a que possa voltar à origem contemplativa.
Os diálogos platônicos – dando ênfase à obra A República - seguem um processo
dinâmico, onde o conhecimento edifica-se gradativamente através do processo de
rememoração, o qual se dá via dialética13. Assim sendo, a dialética é um “processo pelo
qual o intelecto passa de idéia para idéia” (REALE; ANTISERI, 2003, p. 49).

10
“A imortalidade da alma deve ser elucidada por um desenrolar textual (dénouement) do diálogo como um
todo” (OLIVEIRA, op. cit., p. 41- 46).
11
A Forma “é a causa ou razão de ser da coisa, razão pela qual uma coisa é o que ela é; é o ato ou a atualidade
da coisa mesma, isto é, o começo e o fim de seu devir” (ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia.
Trad. Alfredo Bossi. Mestre Jou: São Paulo, 1970, p. 446).
12
Platão referindo-se ao bem enfatiza: “confessa também que as coisas inteligíveis não devem ao bem sua
inteligibilidade, mas devem-lhe ainda o ser e a essência, conquanto o bem não seja de forma nenhuma a
essência, mas esteja muito acima desta em dignidade e em poder” (PLATÃO. A República. Clássicos
Garnier. Trad. J. Guinsburg. 2° ed. São Paulo: Edipe, 1965, p. 96).
13
A dialética “é proposta como meio para a formação de conceitos universais que expressem a essência dos
objetos da realidade” (SANTOS, op. cit., p. 15 - 22).
4

Através da dialética, o conhecimento se constrói maieuticamente 14, ou seja, a


interrogação torna possível extrair de dentro da alma os conhecimentos. Neste sentido,
qualquer homem pode aprender15. A maiêutica só pode encontrar na alma o que já está lá, e
só está lá o conhecimento que provém da visão prévia das Idéias 16. Sócrates só pode
maieuticamente extrair idéias do escravo, porque o escravo é homem, e, se é homem, sua
alma imortal contemplou as Idéias. Logo, a maiêutica aponta para o “mito”, supõe-no. Para
Platão o conhecimento é eterno, atemporal, não muda, e é um aproximar-se do modelo
ideal.
Na República, são dois os momentos em que o conhecimento se dá via dialética: o
momento ascendente17 e o momento descendente18. Através da dialética ascendente,
chegamos mais próximos da contemplação das verdades supremas. Implica a passagem da
pessoa para o mundo do conhecimento, – a aquisição do conhecimento. A pessoa sai da
contemplação das sombras, da ignorância, para a luz da sabedoria. Por outro lado, a
dialética descendente parte das idéias gerais (Idéia suprema) e, através de uma divisão
gradativa de idéias (processo diairético), chega à realidade do mundo sensível. Este
momento implica a transmissão do conhecimento para aqueles que estão nas sombras, na
ignorância, através da dialética. A dialética é o instrumento cuja função é fazer a alma
relembrar verdades sempre existentes. Assim, relembrar, via dialética, implica travar um
diálogo cuja conseqüência será o processo de contemplação das verdades supremas.
Na República, em especial nos livros VI e VII, ouvimos Sócrates discorrer sobre
os graus de conhecimento entre a realidade sensível 19 e a inteligível20, tendo o Bem como
14
A maiêutica, arte da parteira, foi a arte que o Sócrates platônico, e provavelmente o histórico, utilizou para
simbolizar seu método filosófico e indicar sua concepção de verdade. Tomando pé no ofício da mãe, Sócrates
diz não pretender mais do que levar seus interlocutores a encontrarem em si mesmos a recordação da verdade.
A procura da verdade é a descoberta do mundo interior.
15
Cf. PLATÃO. Mênon. Trad. Maura Iglesias. Ed. PUC – Rio. Rio de Janeiro: Loyola, 2001, p. 57 - 58.
16
Segundo Oliveira, “tudo que se pode ser apreendido como eidos é compreendido como logos, pois tudo que
é pode ser dito” (OLIVEIRA, op. cit., p. 41 - 46).
17
A dialética ascendente representa “a saída da caverna para a luz do sol simboliza um afastamento do mundo
das imagens fugidias em direção ao que é verdadeiro em si mesmo” (CASAGRANDE, op. cit., p. 113).
18
A dialética descendente “parte da Idéia suprema ou de Idéias gerais e, por um processo de divisão ou
diairético, isto é, mediante a distinção progressiva das Idéias particulares contidas nas Idéias gerais, consegue
estabelecer a posição que uma Idéia ocupa na estrutura hierárquica do mundo das Idéias” (REALE, Giovanni;
ANTISERI, Dario. História da Filosofia Antiga: Antiguidade e Idade Média. São Paulo: Paulinas, 1990, p.
150).
19
O mundo sensível “é o mundo das sombras, das imitações de modelos paradigmáticos imutáveis que se
encontram num plano supra-sensível” (CASAGRANDE, op. cit., p. 111).
20
O mundo inteligível “é o mundo dos arquétipos, dos universais sempre idênticos a si mesmos dos quais o
mundo ôntico é cópia, imitação” (CASAGRANDE, op. cit., p. 111).
5

fim último. A realidade sensível é o mundo da matéria e da pura experiência. Neste mundo,
não é possível o conhecimento verdadeiro, pois as coisas sensíveis estão em constante
movimento, transformação. No plano inteligível, o conhecimento é possível e se dá através
da pura intelecção, pois as Formas são imutáveis e simples.
O conhecimento da realidade sensível é opinião (dóxa) e o da realidade
inteligível, ciência (epistéme). O conhecimento da realidade sensível (dóxa) se subdivide
em imaginação (eikasía) e crença (pístis). A eikasía corresponde ao conhecimento das
sombras, isto é, capta apenas as imagens sensíveis das coisas. Para Platão, as imagens são:
“as sombras, depois os reflexos que avistamos nas águas, ou à superfície dos corpos
opacos, polidos e brilhantes, e todas as representações similares” (PLATÃO, 1965, p. 99).
Noutro sentido, a pístis está em correlação com o conhecimento das coisas e dos
próprios objetos sensíveis. A crença, pois “corresponde aos objetos representados por tais
imagens, quero dizer, os animais que nos circundam as plantas e todas as obras de arte”
(PLATÃO, 1965, p. 99).
Logo, para Platão a imaginação (eikasía) e a crença (pístis) são dois modos ou
graus de captar o mundo sensível e em nenhum momento expressam as verdades supremas
das coisas. A dóxa é, por sua vez, uma realidade intermediária, uma mescla do sensível
entre ser e não ser entre a ciência e a ignorância e, por isso, não se identifica com o
conhecimento verdadeiro. A situação dos homens que se encontram neste mundo, ou seja,
na condição de ignorância, reflete sua condição: a dóxa. Platão expressa essa realidade no
mito da caverna:

estes homens se encontram desde a infância, com as pernas e o


pescoço acorrentados, de sorte que não podem mexer-se nem ver
alhures exceto aquilo que está diante deles, pois a corrente lhes
impede de virar a cabeça (PLATÃO, 1965, p.105).

Por outro lado, o conhecimento da realidade inteligível (epistéme) se divide em


ciência intermediária (diánoia) e intelecção pura (nóesis).21 Quanto à ciência intermediária,
assim Platão designa os que a possuem:

21
Esta divisão aparece no livro VI do diálogo A República.
6

sabes, portanto, que eles se servem de figuras visíveis e


raciocinam sobre elas, pensando, não nestas figuras mesmas,
porém nos originais que reproduzem; seus raciocínios versam
sobre o quadrado em si e a diagonal em si, não sobre a diagonal
que traçam, e assim no restante; das coisas que modelam ou
desenham, e que têm suas sombras e reflexos nas águas, servem-se
como outras tantas imagens para procurar ver estas coisas em si,
que não se vêem de outra forma exceto pelo pensamento
(PLATÃO, 1965, p. 100 – 101).

A (diánoia) se refere ao conhecimento matemático-geométrico. Ela é o


conhecimento intermediário que opera em torno de elementos visíveis e de hipóteses, isto
é:

os objetos deste gênero são do domínio inteligível, mas que, para


chegar a conhecê-los, a alma é forçada a recorrer a hipóteses: que
não procede então rumo a um princípio, porquanto não pode
remontar além de suas hipóteses, mas emprega, como outras tantas
imagens, os originais do mundo visível, cujas cópias se encontram
na secção inferior, e que, relativamente a estas cópias, são
encarados e apreciados como claros e distintos (PLATÃO, 1965,
p. 102 – 103).

A nóesis, alcançada através do conhecimento dialético das Idéias é a captação


pura das Idéias (intelecção) do princípio supremo e absoluto, do qual todas as coisas
dependem. Nas palavras de Platão:

a própria razão atinge pelo poder da dialética, formulando


hipóteses que ela não considera princípios, mas realmente
hipóteses, isto é, pontos de partida e trampolins para elevar-se até
o princípio universal que já não pressupõe condição alguma; uma
vez apreendido este princípio, ela se apega a todas as
conseqüências que dele dependem e desce assim até a conclusão,
sem recorrer a nenhum dado sensível, mas tão somente às idéias,
pelas quais procede e às quais chega (PLATÃO, 1965, p. 103).

Portanto, a ciência intermediária e a intelecção pura são dois modos ou graus de


captar o mundo inteligível, e o método é a dialética 22. Entretanto, para Platão o verdadeiro
22
O método dialético é, portanto, “o único que, rejeitando as hipóteses, se eleva até o próprio princípio a fim
de estabelecer solidamente suas conclusões e que, verdadeiramente, retira pouco a pouco o olho da alma da
lama grosseira onde jaz mergulhado e o eleva à região superior, tomando por auxiliares e ajudantes desta
7

conhecimento só é possível, na natureza humana, através da dimensão da instrução. Isto é,


só podemos alcançar as verdades supremas, o Bem em si, através da educação de nossa
alma: “a dialética é de algum modo o supremo coroamento de nossos estudos, que não há
outro que tenhamos o direito de lhe sobrepor” (PLATÃO, 1965, p. 135). A partir disso, a
presente pesquisa acerca do conhecimento em Platão, justifica-se na comprovação e na
busca de esclarecimentos dos diversos tipos de saber que determinam o conhecimento do
mundo sensível e do inteligível.
Por fim, acreditamos que um diálogo de Platão não é apenas um estilo literário,
pois no caso da República, ela é um diálogo que nos remete para um processo dinâmico de
discussão, busca e contemplação de verdades a serem conhecidas e ensinadas.

conversão as artes que enumeramos” (PLATÃO, op. cit., 1965, p. 133).


8

REFERÊNCIAS BIBLIOFRÁFICAS

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Paulo, 1970.

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Filosofia. Curitiba: Educa, V.7, n.8, p. 41 – 46, abr/ 1994.

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9

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Média. São Paulo: Paulinas, 1990.

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Febe. Brusque: Febe, n.5, p. 39 – 42, 2000.

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Revista de Filosofia. Curitiba: Educa, V.7 n.8, p. 15 – 22, abr/ 1994.

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