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Segundo SILVA et al (2004), estrutura é o conjunto de elementos de uma construção cuja função
é assegurar em boas condições de estabilidade, e para um dado período de tempo, a resistência
aos esforços às quais as acções a que está submetida lhe transmitem.
Segundo REBELLO citado por ASSMAN et al (2010), no caso das edificações, a estrutura é o
conjunto de elementos (lajes, vigas e pilar) que se inter-relacionam para desempenhar uma função.
Segundo COUTINHO (2004), no estudo dos materiais de construção interessa conhecer com maior
profundidade aqueles que são mais usados e, sem dúvida, que o betão armado é o mais utilizado. O
betão armado, material compósito, é constituído pelo material betão, também compósito, que envolve
a armadura em aço, em geral, constituída por varões.
Principal elemento da estrutura de betão armado, o betão é um material que pode ser moldado de
acordo com as necessidades exigidas e tem grande durabilidade e resistência, além de apresentar
um custo relativamente baixo. Constituído basicamente de água, cimento e agregados, deve
apresentar as seguintes propriedades básicas:
Trabalhabilidade;
Exsudação (transpiração);
Tempos de início e fim de pega.
b) Betão endurecido:
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Ficha Teórica – Betão Armado 1 (Capítulo 1)
Ressalta-se, porém que a escolha do sistema estrutural deve ser de responsabilidade do construtor
baseada nas informações dos projetistas. O construtor deve fazer uma completa apropriação de
custos dentre as alternativas estruturais apresentadas, levando em consideração todos os impactos
econômicos que cada sistema estrutural produz nas outras etapas da construção, além de apreciar
tempo de execução, equipamentos necessários, cronograma financeiro, etc.
As lajes nervuradas são por definição um conjunto de nervuras solidarizadas por uma mesa de
concreto. O fato de as armaduras serem responsáveis pelos esforços resistentes de tração permite
que a zona tracionada seja discretizada em forma de nervuras, não comprometendo a zona
comprimida, que será resistida pela mesa de betão.
A vantagem principal desta utilização é a redução do peso próprio da estrutura, já que o volume
de betão diminui devido ao uso de formas ou tijolos, e ainda há um aumento na inércia, já que a
laje tem sua altura aumentada.
A prática usual consiste em fazer painéis com vãos maiores que os das lajes maciças, apoiados em
vigas mais rígidas que as nervuras.
Lajes lisas
São lajes apoiadas diretamente em pilares sem o auxílio de capitéis. Esse tipo de sistema estrutural
apresenta uma versatilidade muito grande à concepção arquitetônica, já que a ausência de vigas
propicia uma liberdade maior a mudanças no “layout” dos pavimentos. Nas primeiras lajes sem
vigas era comum o uso de capitéis, visando ao enrijecimento da ligação laje-pilar, mas isto
prejudicava uma das suas principais vantagens, que é a ausência de recortes na forma do
pavimento.
As lajes lisas podem ser maciças ou nervuradas; caso sejam nervuradas a região em torno do pilar
será maciça (capitel embutido).
Vale ressaltar que estas lajes são devidamente projetadas levando em consideração o efeito da
punção. Este efeito consiste na perfuração de uma placa (laje) devido um carregamento,
provocando grandes tensões cisalhantes. Nos edifícios com laje lisa, esta forma de ruína pode se
dar na ligação da laje com os pilares. Por fim, podem ser simplesmente armadas ou pré-esforçadas.
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Ficha Teórica – Betão Armado 1 (Capítulo 1)
Vigas-faixa
“Nas lajes lisas, há casos em que, nos alinhamentos dos pilares, uma determinada faixa é
considerada como viga, sendo projetada como tal. São as denominadas vigas-faixa” (Libânio,
2004). As vigas-faixa, em geral são pré-esforçadas para evitar deformações.
Segundo Bastos (2006), as lajes são os elementos planos que se destinam a receber a maior parte
das ações aplicadas numa construção, como de pessoas, móveis, pisos, paredes, e os mais variados
tipos de carga que podem existir em função da finalidade arquitetônica do espaço físico que a laje
faz parte. As ações são comumente perpendiculares ao plano da laje, podendo ser divididas em:
distribuídas na área (peso próprio, revestimento de piso, etc.), distribuídas linearmente (paredes)
ou forças concentradas (pilar apoiado sobre a laje). As ações são geralmente transmitidas para as
vigas de apoio nas bordas da laje, mas eventualmente também podem ser transmitidas diretamente
aos pilares.
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Ficha Teórica – Betão Armado 1 (Capítulo 1)
Viga
Ainda BASTOS (2006), diz que as vigas são classificadas como barras e são normalmente retas e
horizontais, destinadas a receber ações das lajes, de outras vigas, de paredes de alvenaria, e
eventualmente de pilares, etc. A função das vigas é basicamente vencer vãos e transmitir as ações
nelas atuantes para os apoios, geralmente os pilares.
Pilar
Os pilares são destinados a transmitir as ações às fundações, embora possam também transmitir
para outros elementos de apoio. As ações são provenientes geralmente das vigas, bem como de
lajes também.
Os pilares são os elementos estruturais de maior importância nas estruturas, tanto do ponto de
vista da capacidade resistente dos edifícios quanto no aspecto de segurança. Além da transmissão
das cargas verticais para os elementos de fundação, os pilares podem fazer parte do sistema de
contraventamento responsável por garantir a estabilidade global dos edifícios às ações verticais e
horizontais (BASTOS:2006).
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Ficha Teórica – Betão Armado 1 (Capítulo 1)
Sapata
As sapatas recebem as ações dos pilares e as transmitem diretamente ao solo. Podem ser
localizadas ou isoladas, conjuntas ou corridas.
As sapatas isoladas servem de apoio para apenas um pilar. As sapatas conjuntas servem para a
transmissão simultânea do carregamento de dois ou mais pilares e as sapatas corridas têm este
nome porque são dispostas ao longo de todo o comprimento do elemento que lhe aplica o
carregamento, geralmente paredes de alvenaria ou de concreto. São comuns em construções de
pequeno porte onde o solo tem boa capacidade de suporte de carga a baixas profundidades
(BASTOS: 2006).
Escada
Segundo FIGUEIRAS (1992), as escadas em betão armado são em geral constituídas por uma
estrutura laminar associada a degraus, desempenhando o papel de comunicação vertical em
edifícios.
Segundo FILHO (2014), o tipo mais usual de escada em betão armado tem como elemento
resistente uma laje armada em uma só direção. Os degraus não têm função estrutural.
O modelo estrutural corresponde a uma laje armada em uma só direção, simplesmente apoiada,
solicitada por cargas verticais. Como este modelo estrutural corresponde a uma viga isostática,
podem-se calcular reações e solicitações utilizando o vão projetado.
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Ficha Teórica – Betão Armado 1 (Capítulo 1)
Reservatórios de água
Ainda GUIMARÃES et al (2007), diz que os tipos mais comuns são os semi-enterrados e os
elevados. Os elevados são projetados para quando há necessidade de garantia de uma pressão
mínima na rede e as cotas do terreno disponíveis não oferecem condições para que o mesmo seja
apoiado ou semi-enterrado.
Na maioria dos edifícios e residências as formas usuais das paredes das caixas d’água são
retangulares. Nos reservatórios elevados isolados são utilizadas as cilíndricas.
• laje de fundo – pode ser uma laje maciça assente num betão de regularização (reservatórios de
pequenas dimensões) e as fundações dos pilares centrais, de suporte da cobertura, são
incorporados na laje de fundon (reservatórios de grandes dimesões).
Muros de Contenção
Segundo GERSCOVICH (2010), muros são estruturas corridas de contenção de parede vertical
ou quase vertical, apoiadas em uma fundação rasa ou profunda.
Os muros de contenção podem ser de vários tipos: gravidade (construídos de alvenaria, betão,
gabiões ou pneus), de flexão (com ou sem contraforte) e com ou sem tirantes.