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PROJETO DE PESQUISA

Lidiane da Silva Santana ADM: Turma R

TEMA:
Mulheres no mundo coorporativo.

PROBLEMÁTICA
Quais as dificuldades que as mulheres que ocupam cargos de liderança encontram
e encontra em sua rotina de trabalho.

OBJETIVO
Identificar as dificuldades que essas profissionais tiveram que enfrentar para
chegar aonde chegou, bem como as adversidades que ainda encontram. Como também
apontar os possíveis motivos.

Objetivos específicos:
a) Analisar os artigos científicos e livros que apresentem as dificuldades que as mulheres
encontraram ao longo dos anos;
b) Identificar nas organizações a rotina de trabalho das mulheres;
c) Compreender as possíveis causas que dificulta a liderança das mulheres.

HIPÓTESES
Pode se dizer que o preconceito seja uma das dificuldades mais frequentes que as mulheres
enquanto líderes passam devido toda a sua trajetória ter sido educada a obedecer e não mandar
como a função exige.
REFERENCIAL TEÓRICO

Ao longo das últimas décadas, a mulher vem se destacando na sociedade, não


apenas por ser mãe, dona de casa e esposa, papéis que executa tão bem, mas por buscar o seu
digno e merecido espaço nas empresas. Foi uma trajetória de muitas conquistas e muitas
adversidades e mesmo assim são inúmeras as dificuldades que as mulheres encontram nas
organizações em que trabalham, essas dificuldades aumentam significativamente quando se
trata de cargos de chefia.
A história da mulher sempre veio acompanhada de lutas pela igualdade perante os
homens. Desde os primórdios a mulher teve um papel relevante, seja no processo
abolicionista ou na luta pelo direito de voto elas já demonstravam que, iniciariam uma
verdadeira luta para saírem da submissão para assumir novos papéis, ou seja:

(...) desobedecendo à prática sociocultural de submissão a homem e em um processo


e reflexão sobre sua identidade social e ao imperativo que privilegiam o papel de
mãe, esposa e dona de casa, como é comum aos processos evolutivos, a mulher
passou a questionar sua posição, seu papel, sua identidade e sua suposta fragilidade.
(KANAN, 2010, p.245)

Com isso, ela começa a ganhar alguns espaços que antes era frequentado apenas
por homens como as novas organizações fruto do capitalismo.
Foram muitos fatos da história que contribuíram para a inserção da mulher no
mercado de trabalho. As autoras (CAVAZOTTE. ET. AL, 2010, p.71) cita a 1ª e 2ª guerras
mundiais como fato histórico mais marcante já que, é a partir daí, que presença da mulher
neste mercado começou a crescer devido ao fato de homens saírem para lutar e as mulheres
restavam à tarefa de não deixar as fábricas pararem. Mostraram que eram capazes de efetuar o
mesmo trabalho que antes era feito somente por homens.
Nas décadas de 60 os registros de mulheres trabalhando fora de casa eram quase
nulos já que, depois da guerra os homens voltaram aos seus postos de trabalho. Na década de
70 as mulheres passam a adentrar no mundo produtivo, mas continuam tendo sua dupla e até
mesmo tripla jornada de trabalho e ainda assim ganhando salários menores por efetuar os
mesmos trabalhos dos homens. (KANAM, 2010, p. 249). Vários foram os fatores que
contribuíram para esse ingresso, dentre eles a necessidade econômica já que, a baixa de
salários dos trabalhadores, faz com que, elas busquem uma renda para complementar o
orçamento doméstico. Um dado interessante é que, não foram apenas as mulheres de classe
baixa que adentraram no mercado, mas as das classes médias também. Notava-se assim uma
mudança no comportamento feminino. (BRUSCHINI, 1994, p.179).
A partir da década de 80, a permanência e persistência dessas mulheres no
mercado se dão dentre outras coisas pela queda da fecundidade com a chegada dos
contraceptivos e o aumento da escolaridade e como conseqüência a entrada nas universidades.
Seguindo essa linha de pensamento:

As mulheres que têm maior nível de escolaridade... Implica em maiores


possibilidades de participação pela própria configuração do mercado; segundo,
porque maior escolaridade está associada com menor número de filhos e maiores
possibilidades de infra-estrutura de apoio; finalmente, terceiro, porque maior
escolaridade traz possibilidade de trabalhos mai gratificante. Apesar dessa abertura
de mercado para mulheres com maior escolaridade, a autora conclui que se verifica a
continuidade da discriminação porque raramente as mulheres chegam a postos de
comando. (BRUSCHINE Apud BETIOl; TONELLE. 1991, p.19)

Mulheres com diferentes formações universitárias têm concepções distintas sobre


o trabalho e o papel que este assume em sua vida e isso afeta as suas atitudes e
comportamentos dentro das empresas. Um estudo feito para investigar a desigualdade de
gêneros no trabalho com foco nas atitudes das mulheres e sua intenção de deixar a empresa
conclui que:

(...) a percepção de desigualdade de gênero impacta a satisfação da mulher com seu


emprego e sua identificação com a organização e, por meio de seu efeito sobre as
atitudes, também impacta a intenção das mulheres de trocarem de emprego.
(CAVAZOTTE ET. AL, 2010, p.79)

O que além de se uma situação desconfortável para a mulher é ruim para as


empresas, pois, representa os riscos de uma rotatividade.
Dados do IBGE através do SIS (Síntese de indicadores sociais) 2010 que avaliou
a evolução de 1999 a 2009 concluiu que entre os mais escolarizados, mulheres ganham 58%
do que recebem os homens. Mesmo com maior escolaridade, as mulheres têm rendimento
médio inferior ao dos homens, em 2009, o total de mulheres ocupadas recebia cerca de 70,7%
do rendimento médio dos homens ocupados. A diferença era ainda maior escolarizados: as
mulheres com 12 anos ou mais de estudo recebiam em média, 58% do rendimento dos
homens com esse mesmo nível de instrução, esse número aumenta ainda mais quando se trata
de mulheres pardas e negras.
Um fato bastante controverso, tendo em nosso país uma Constituição Federal na
qual em seu artigo 5º nos diz que: todos são iguais perante a lei. Vale ressaltar que, várias são
as legislações que tem o intuito de proteger o trabalho da mulher. Sabemos que lei é para ser
cumprida, mas a população em geral não é educada a respeitar a dignidade do trabalho
feminino, isso sem contar a dupla jornada pela qual a mulher enfrenta, o trabalho fora e o
dentro de casa.
De todo modo, há uma tendência clara de maior participação da mulher nos
espaços de poder das organizações de trabalho, afinal, superioridade ou sucesso não são
prerrogativas de gênero, pois existem características de atuação próprias de cada um. Segundo
Fernandes (2002, p.74) a liderança do século XXI é baseada na qualidade da ação gerencia
com as pessoas. O que coloca prática de liderança como ferramenta a embasar a condução de
ações de mudanças. (KANAM, 2010, p. 254)
Nos últimos anos mesmo sendo insustentável e frágil a posição da mulher no
mercado de trabalho é fruto de grandes lutas que se desenrolaram há muito tempo para uma
conquista lenta, mas persistente, que deve ser creditada às mulheres que provaram que são
capazes de assumir funções antes somente exercidas pelos homens. Dessa forma, as
características da forma como elas lidera, ocupando hoje cargos de liderança nas empresas.
Entre os padrões de liderança feminina, podemos notar o estilo cooperativo,
capacidade para trabalhar em equipe, e administra a adversidade, flexibilidade, raciocínio
intuitivo, interconexão, empatia e preocupação pessoal, são características fortes da liderança
feminina, mas não apenas exclusividade de tal.
Apesar do reconhecimento da competência feminina, de seus investimentos e de
sua atuação segundo padrões masculinos, elas continuam sendo mulheres, portanto diferente,
e isto assusta os homens. Talvez isso explique a persistência da discriminação. (BETIOL,
TONELLI, 1991, p.33)
A discriminação começa no momento da admissão. As mulheres têm maior
dificuldade que os homens em encontrar o primeiro emprego, independentemente do seu nível
educacional. A maternidade e as eventuais faltas por assistência à família assumem-se como
as principais razões para a preferência por empregados em desfavor de trabalhadores do sexo
feminino. Em consequência, o relativamente elevado número de jovens mulheres licenciadas
a integrar o mercado da força de trabalho traduz-se num desemprego feminino mais habilitado
que o masculino.
Pode se acreditar que o preconceito para com a mulher já esteja sendo erradicado
como conceito, mas ainda sobrevivem alguns critérios que exigirão uma revisão dos modelos
organizacionais existentes. Para que, o reconhecimento da sociedade corporativa perante o
avanço das mulheres no mercado de trabalho seja cada vez maior, elas deverão ter mais
persistência para superação da gestão masculina e a mudança deste cenário com a liderança
transformadora que vem surgindo como promessa de hegemonia no universo corporativo.

É preciso que os incomodados vençam os acomodados. E que os inquietos vençam


os acomodados. E que uma força nova surja a cada dia nascida da coragem de quem
não tem medo dos acontecimentos bem espera que eles aconteçam. Seria bom que,
como as mulheres exaltadas neste livro, não fiquemos na platéia, mas façamos parte
do espetáculo. É a fascinante metáfora do teatro. (CHALITA. 2005, p. 13)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BETIOL, Maria Irene Stocco; TONELLI, Maria José. A mulher executiva e suas relações de
trabalho. ERA- Revista de Administração de empresas, São Paulo, 31 (4): 17-33. Out./Dez.
1991.

BRUSCHINI, Cristina. O trabalho da mulher brasileira nas décadas recentes. Revista estudos
feministas. Ano 2; 2º semestre. Rio de Janeiro.

CAVAZOTTE, Flávia de Souza Costa Neves. OLIVEIRA, Lucia Barbosa de.; MIRANDA,
Liliana Carneiro de. Desigualdade de gênero no trabalho: reflexos nas atitudes das mulheres e
em sua intenção de deixar a empresa. Revista Adm. São Paulo, v 45, n. 1, p. 70-83,
já./fev./mar.2010.

CHALITA, Gabriel. Mulheres que mudaram o mundo. Edição atualizada 2005, Companhia
Editora nacional. São Paulo.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, Título II dos


direitos e garantias Fundamentais - Capítulo I Dos direitos e deveres individuais e coletivos,
Artigo 5º.

FERNANDES, Almir. Administração inteligente: novos caminhos para as organizações


do século XXI, São Paulo, Editora futura, 2002.

KANAM Lilia Aparecida. Poder e Liderança de Mulheres nas organizações de Trabalho.


Revista O&S- Salvador, v.17 – n. 53, p. 243-257 – Abril/Junho – 2010

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?
id_noticia=1717&id_pagina=1 – acessado em 15 de maio, domingo às 16h41min.
METODOLOGIA

1. Tipo de pesquisa

Quanto aos fins será explicativa. Porque visa identificar as dificuldades que essas
profissionais tiveram que enfrentar para chegar aonde chegou, bem como as adversidades que
ainda encontram. Como também apontar os possíveis motivos.
Quanto aos meios, a pesquisa será bibliográfica e de campo. Porque irá ser
coletadas informações em livros e artigos e em presa respectivamente.

2. Universo da pesquisa

O universo da pesquisa compreende-se por duas empresas de grande porte


localizadas na região centro-sul de Sergipe, e que possuem cargos de lideranças ocupados por
mulheres.
1 INTRODUÇÃO

O presente projeto de pesquisa tem como problemática: as dificuldades na qual as


mulheres que ocupam cargos de liderança encontraram e ainda encontram em sua rotina de
trabalho. E como objetivo geral identificar as dificuldades que essas profissionais tiveram que
enfrentar para chegar aonde chegou, bem como as adversidades que ainda encontram. Como
também apontar os possíveis motivos.
Quanto aos objetivos específicos são eles: a) analisar os artigos científicos e livros
que apresentem as dificuldades encontradas pelas mulheres ao longo dos anos; b) identificar
nas organizações a rotina de trabalho das mulheres; c) compreender as possíveis causas que
dificultam a liderança das mulheres.
Ao longo das últimas décadas, a mulher vem se destacando na sociedade, pela sua
chegada ao mercado de trabalho. Sua trajetória de luta e adversidade fez com que ela aos
poucos conquistasse o seu digno e merecido espaço no mundo corporativo. Foram muitos
fatos da história que contribuíram para a inserção destas nas organizações. A permanência e
persistência das mulheres no mercado se dão entre outras coisas pela queda da fecundidade
com a chegada dos contraceptivos e o aumento da escolaridade e como conseqüência a
entrada nas universidades.
Essa situação faz com que a quantidade de mulheres trabalhadoras aumente
significativamente. De modo que talvez por seu histórico de lutas elas se tornaram fortes e sua
participação nos espaços de poder das organizações aumentou. E nos últimos anos mesmo
sendo insustentável e frágil a posição da mulher no mercado ela tem conseguido ocupar
cargos de liderança nas empresas. E apesar do reconhecimento da competência feminina, de
seus investimentos e de sua atuação segundo padrões masculinos, elas continuam sendo
mulheres, portanto diferente, e isto assusta os homens. Talvez isso explique a persistência da
discriminação.
A metodologia do presente projeto compreende de pesquisas bibliográficas e de
campo.

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