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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA

Departamento de Ciências Sociais e Humanos

Curso de Licenciatura em Administração Pública

Tema para trabalho:

Fale do Contributo da Administração Directa e Indirecta do Estado para a sociedade.

Curso de Licenciatura Administração Pública

Cadeira de: Governo E Administração Pública


Nome Filipe João Meque
3˚ Ano

Beira, Setembro de 2021


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Índice
1. Introdução.......................................................................................................................1
2. Objectivos........................................................................................................................2
2.1. Objectivos gerais..........................................................................................................2
2.2. Objectivos específicos..................................................................................................2
3. Administração Pública Direta e Indireta......................................................................2
3.1. Administração Pública Direta...................................................................................4
Exemplos de órgãos da administração direta.......................................................................4
3.2. Administração Pública Indireta................................................................................4
Organização da Administração Pública...............................................................................5
4. Centralizada e Descentralizada.....................................................................................5
Desconcentrada......................................................................................................................6
5. Princípios da Administração Pública............................................................................6
Considerações finais...............................................................................................................7
6. Referencia bibliográfica.................................................................................................8
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1. Introdução

Antes de classificar cada uma destas modalidades, é necessário classificar primeiro o


que se entende por Estado, pois é extremamente relevante ter conhecimento das diversas
aceções que pode ter a palavra Estado pois é um conceito fulcral para a compreensão de
toda a máquina administrativa.

O Professor Diogo Freitas do Amaral estabelece nomeadamente três aceções para a


palavra Estado, nomeadamente uma aceção internacional, aceção constitucional e
aceção administrativa.

Segundo a aceção internacional, o Estado surge como soberano, titular de direitos e


obrigações na esfera internacional, segundo este entendimento o Estado é uma entidade
internacional.
Conforme a aceção constitucional, o Estado surge-nos como comunidade de cidadãos
que, nos termos do poder constitucional que a si própria se atribui, assume uma
determinada forma política para prosseguir os seus fins nacionais, consequentemente
segundo esta aceção o Estado é uma figura constitucional.
 De acordo com a aceção administrativa, o Estado é a pessoa coletiva pública que, no
contexto da comunidade nacional, desempenha, sob a direção do Governo, a atividade
administrativa, logo o Estado é consoante esta compreensão uma organização
administrativa.
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2. Objectivos
2.1. Objectivos gerais

2.2. Objectivos específicos


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3. Administração Pública Direta e Indireta

É importante, ao se estabelecer os pontos e diretrizes que definem e diferenciam a


atividade da Administração Pública entre direta e indireta, trazer informações que antes
caracterizem a própria Administração Pública e suas atribuições.

Isso porque é da atividade e do conceito de Administração Pública que vão se formar


então as hipóteses de atuação do órgão executivo, esta ue pode ser realizada, como
adiante se verá, de forma direta ou indireta.

Para tanto, podemos trazer a definição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, como sendo a
Administração Pública o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes
e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade
jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de
seus fins, de natureza pública.

Dentro desse conceito, pode-se usar para elucidar uma das atividades da Administração
Pública, referindo-se à consecução dos seus fins, como fornecedora de serviços
públicos.

O conceito apresentado entra em consonância com o trazido por Hely Lopes Meirelles,
que também torna a estabelecer a realização de serviços como objetivo da
Administração Pública. Para tanto, afirma que “numa visão global, a Administração é,
pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de serviços, visando à
satisfação das necessidades coletivas”. Os serviços públicos não são apenas os que
venham a ser utilizados diretamente pelo administrado, como é o caso dos serviços de
transportes e de energia elétrica. Trata-se também de serviços administrativos que o
Estado possa gerar internamente, os quais não irão ser direta e instantaneamente
utilizados pela coletividade, como é o caso de algum serviço prestado no exterior por
diplomacia.

A área da Administração é dividida em dois tipos: privada e pública. A primeira refere-


se à gestão de empresas privadas e tem como objetivos principais a rentabilidade, a
competitividade e a integração, para promover o desenvolvimento da organização e o
benefício de pessoas específicas, como os proprietários ou gestores e os funcionários. A
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Pública, por sua vez, se refere à gestão de empresas e instituições públicas e


governamentais, tendo assim uma relação de proximidade com o Estado. 

O principal objetivo da Administração Pública é o bem comum da comunidade em


áreas como saúde, educação, segurança e cultura, descrito na Constituição Federal,
ajustando-se aos projetos e às políticas governamentais. Dessa forma, seu orçamento e a
destinação de suas verbas estão de acordo com os objetivos do Estado, passado,
portanto, pela mão do administrador público. É dentro da administração pública que se
enquadram os conceitos de Administração Direta e Indireta.
A Administração Pública é dividida em administração direta e indireta. A
administração direta é composta pelos órgãos diretamente ligados aos entes da
federação: União, estados, Distrito Federal e municípios. A administração indireta é
feita por órgãos descentralizados e autônomos, mas sujeitos ao controle do Estado.

De maneira ampla, a Administração Pública pode ser entendida como o conjunto de


órgãos, agentes e serviços prestados pelo Estado.

Os serviços públicos prestados pela Administração Pública direta e indireta envolvem as


mais diversas áreas de interesse coletivo, como saúde, educação, transporte,
previdência, segurança pública e desenvolvimento econômico.

3.1. Administração Pública Direta


A Administração Pública direta é o conjunto de órgãos ligados diretamente ao Poder
Executivo, em nível federal, estadual e municipal. Esses órgãos são subordinados ao
chefe do poder a que pertencem, isto é, existe uma hierarquia entre eles.

Os órgãos da administração direta são pessoas jurídicas de direito público e têm


autonomia. Nesse caso, os serviços públicos são prestados por seus próprios meios, ou
seja, sem a criação de nova personalidade jurídica.

Exemplos de órgãos da administração direta

 Nível federal: Presidência da República e seus ministérios, Congresso Nacional e


Supremo Tribunal Federal.

 Nível estadual: Governo estadual e suas secretarias, Assembleia legislativa, Ministério


Público Estadual e Tribunal de Justiça.
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 Nível municipal: Prefeitura e suas secretarias, Câmara dos Vereadores e o procurador


do município.

3.2. Administração Pública Indireta


A administração indireta é o conjunto de órgãos que prestam serviços públicos e
estão vinculados a uma entidade da administração direta, mas possuem personalidade
jurídica própria, isto é, têm CNPJ próprio.

A criação de organizações vinculadas ao Estado, mas autônomas e descentralizadas dos


entes federativos é resultado da complexificação das funções estatais e da necessidade
de fornecer flexibilidade na prestação dos serviços públicos.

Essa descentralização tem como objetivo aumentar a eficiência e a eficácia das


atividades administrativas e serviços de interesse coletivo.

No caso dos órgãos da administração indireta, embora não haja hierarquia ou controle
hierárquico, as entidades estão sujeitas ao controle e fiscalização do Estado.

As entidades da administração indireta são:

 Autarquias: instituídas por lei, têm autonomia administrativa e financeira, mas estão


sujeitas ao controle do Estado. São entidades de direito público e sua atividade fim é de
interesse público. Exemplos: Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) e o Banco Central do Brasil (BACEN).

 Fundações públicas: são criadas por lei e podem ser entidade de direito público ou
privado. Sua atividade fim deve ser de interesse público e essas organizações não
podem ter fins lucrativos. Exemplos: Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

 Empresas públicas: são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização


legal e administradas pelo poder público. O capital das empresas públicas é
exclusivamente público. Essas empresas prestam serviço de interesse coletivo e
exercem atividades econômicas. Exemplos: Correios e Caixa Econômica Federal.

 Sociedades de economia mista: pessoas jurídicas de direito privado, criadas sob a


forma de sociedade anônima e compostas por capital público e privado. A maior parte
das ações dessas empresas são do Estado. Assim como as empresas públicas, prestam
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serviços públicos e exercem atividades econômicas. Exemplos: Banco do Brasil e


Petrobras.

Organização da Administração Pública


O desempenho das atividades da Administração Pública pode ser de diferentes formas:

4. Centralizada e Descentralizada
A Administração Pública pode oferecer os serviços para a população de maneira
centralizada ou descentralizada. Quando as atividades são realizadas por um único ente
da federação - União, estados, Distrito Federal e municípios - trata-se de um caso
de centralização.

Como são os próprios entes que prestam os serviços, essa é uma forma exclusiva da
administração direta e não há hierarquia.

Quando a função de um ente administrativo é exercida por meio de outra


personalidade jurídica, temos o caso de descentralização. Quando há
descentralização não há hierarquia, apenas a vinculação entre o órgão criado e o ente
criador.

A descentralização pode acontecer por delegação ou outorga:

 Delegação: é realizada por meio de contrato e apenas a execução das competências é


repassada.

 Outorga: é feita por lei e tanto as competências quanto a titularidade são repassadas.

Desconcentrada
A desconcentração é outra possibilidade de a Administração Pública desempenhar suas
atividades. Nesse caso, ocorre a criação de órgãos públicos, que têm a mesma
personalidade jurídica e estão submetidos a uma hierarquia e à subordinação do órgão
central.

A desconcentração pode acontecer tanto na administração quando indireta.

5. Princípios da Administração Pública


A Constituição de 1988, em seu artigo 37, determina os princípios que devem ser
seguidos pela Administração Pública para a garantia do bom desempenho das atividades
de interesse público. Conheça:
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 Legalidade: fazer somente o que a lei autoriza.

 Impessoalidade: sempre agir em prol do interesse coletivo.

 Moralidade: respeito aos padrões éticos da Administração Pública.

 Publicidade: divulgação de todos os atos administrativos.

 Eficiência: serviços satisfatórios e em tempo razoável.


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Considerações finais
A Administração Pública tem um funcionamento muitas vezes complexo aos
olhos dos cidadãos, mas precisamos ter mente que isso se deve à complexidade
cada

dia maior da economia contemporânea. O Estado além de ser um regulador de


diversas atividades econômicas, é ainda provedor de serviços que, muitas vezes,
não são atraentes para a iniciativa privada, mas precisam ser prestados aos
cidadãos.

Há uma grande discussão nos dias atuais acerca do papel do Estado e


sobre privatizações , concessões  e parcerias público-privadas  que levariam à
diminuição desses entes sob controle estatal. Outro ponto importante é a gestão
do orçamento público  e a necessidade de investimento em infraestrutura e
serviços.
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6. Referencia bibliográfica

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF: Senado; 1988.

BRASIL. Decreto-lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a


organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma
Administrativa e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 de
março de 1967.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 20 Ed.


Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008

. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24 Ed. São Paulo:


Atlas, 2011. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32 Ed. São
Paulo: Malheiros, 2006. MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito
administrativo. 15 Ed. São Paulo: Malheiros, 2003

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