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) - Patrick Charaudeau
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Tradução : Grenissa Stafuzza
Revisor Técnico : Adail Sobral
Do meu ponto de vista, uma disciplina que se ocupa do discurso tem de enfrentar
três tipos de problemas : (1) o da delimitação de seu campo de estudo em função dos
objetivos de análise, que declaramos ser os seus, os quais são percebíveis através dos
pressupostos teóricos e dos instrumentos metodológicos estabelecidos ; (2) a relação
entre o que podemos denominar de interior e exterior da linguagem, entre o ato de
linguagem proferido e um “fora da linguagem”, que talvez pertença à linguagem, mas
não é verbalizado na própria instância de sua enunciação, não é recuperável nas
formas do que foi enunciado, mas é necessário para interpretá-lo ; (3) finalmente, o
problema da interpretação, ou seja, do sentido que damos aos resultados de nossas
análises, e que reside na questão de saber mediante que processo interpretamos os
textos e seus discursos quando estamos em posição de sujeito analisante : com que
prática interpretativa e com que teorização possível este pode contar ?
Na impossibilidade de tratar de todas estas questões, que merecem cada uma delas
um artigo inteiro, concentro-me no segundo problema - o da relação entre o ato de
linguagem e sua exterioridade - fazendo somente alusões aos outros dois.
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Aqui, cada problemática será definida de acordo com três parâmetros : a natureza
do objeto de estudo que cada um constrói, o modo que é concebido o sujeito do
discurso quanto à sua atividade como produtor do ato de linguagem, e,
consequentemente, o tipo de corpus que é preciso construir para proceder à análise e
que, ao mesmo tempo, presume-se corresponder à memória do sujeito do discurso.
Chegamos a três problemáticas de base, cada uma das quais correspondente a um tipo
de abordagem de análise do discurso.
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O sujeito, aqui, está ligado a essas questões empíricas de trocas comunicativas, mas
também é construído e teorizado em função da forma que se constroem e teorizam
essas trocas. O sujeito é então um sujeito de comunicação que se define por sua
identidade psicológica e social, por um comportamento que é finalizado, tanto pelas
coerções a que ele se submete se quiser inserir-se numa troca (desse ponto de vista, ele
é um “isso” [ça]), como por suas próprias intenções com relação ao outro (desse ponto
de vista, ele é o “eu”). Diversas teorizações sobre esse sujeito são possíveis, mas, sejam
quais forem, considera-se que esse sujeito se encontra em uma relação de
intersubjetividade com o outro da linguagem (princípio da alteridade).
uma, radical, que só confere a esse sujeito uma existência de “ilusão”, pois ele
seria completamente sobredeterminado por aquilo que Pêcheux chama de “pré-
construído” das “formas discursivas” : o sujeito não é um “eu”, mas um “isso”
(ideológico ou inconsciente) que fala através dele ;
outra, menos globalizante, que não nega que o sujeito possa ser
sobredeterminado, mas em vez de considerá-lo uma ilusão, confere-lhe algum
caráter positivo : todo sujeito é detentor, de um lado, de um discurso que o
sobredetermina (frequentemente apesar dele mesmo), mas ao mesmo tempo
procura se posicionar em relação aos outros. Pode-se então dizer que, de uma
certa maneira, esse sujeito é “responsável” (evidentemente, precisa-se pôr aspas)
por suas representações. É uma posição que qualificaríamos como sociológica,
defendida na França por certos sociólogos que trabalham com a análise das
representações do espaço público nas mídias (L. Quéré), e que têm afinidade com
o ponto de vista de uma sociologia construtivista tal como a concebia Bourdieu.
O corpus, por conseguinte, varia segundo uma ou a outra posição. Há, entretanto,
um problema comum a essas duas posições : as representações sociais - porque é delas
que se trata - constituídas por esses discursos atravessam os suportes, as situações e
os gêneros, e, assim, são recuperáveis de maneira transversal, o torna particularmente
difícil a constituição do corpus. Constatamos, contudo, que o corpus é, ora constituído
por um conjunto de textos - arquivos, selecionados por seu valor emblemático de
discurso dominante, ora constituído por um conjunto de signos - sintomas (verbais ou
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Estas três problemáticas delimitam o campo do discurso. Um campo que pode ser
trabalhado de maneiras distintas, mas com uma finalidade comum : ver como se
estruturam as trocas sociais através da linguagem, e, assim, como se organizam as
relações sociais e se instauram os vínculos sociais. É na medida em que se faz isso com
e através da linguagem enquanto centro geométrico de organização social, que a
análise do discurso se institui como disciplina distinta das outras disciplinas
(sociologia, psicologia social, antropologia, etc.), ao mesmo tempo em que se articula
com elas.
“Ele tem trinta anos” possa significar que a pessoa da qual falamos é “muito velha”, é
preciso que locutor e interlocutor saibam que se trata de um jogador de futebol, ou
seja, é preciso que eles tenham em comum um certo saber que constitui um dos “jogos
de expectativas” do ato de comunicação. Resta saber como tratar essa questão do
ambiente de linguagem em termos de pertencimento aos atos de linguagem
produzidos.
O espaço da produção
Trata-se do espaço de uma prática social na qual se encontra o sujeito que produz o
ato de comunicação. Mas trata-se de uma prática social comunicativa que é portanto
estruturada de acordo com as condições relativas ao que chamaremos aqui
de situação de comunicação. Essa situação de comunicação faz é objeto de uma
estruturação particular, que exporemos mais tarde, mas podemos já adiantar que ela é
o espaço em que se define o “jogo de expectativas” da troca comunicativa, ou seja, que
permite de responder à questão : “Qual é a finalidade imposta por esta situação ?”.
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Mas essa identidade social deve ser considerada em relação de pertinência com o
ato de comunicação, pois é ela que funda a legitimidade do sujeito falante, ou seja, que
permite responder à seguinte questão : “O que me autoriza a tomar a palavra ?”.
Assim, o estatuto de médico de determinada pessoa não é considerado no caso de ela
bater à porta do vizinho para lhe pedir uma xícara de açúcar. Aqui, é a identidade
social de vizinho que é pertinente em relação à situação de pedir um favor, sendo esta
identidade que autoriza a pessoa a pedir o favor. Em contrapartida, é o estatuto de
médico que será pertinente em uma situação de consulta médica, que autoriza a fazer
ao paciente a pergunta : “Você tem dormido bem ?”. Em contrapartida, vemos que
esse enunciado não pode ser pronunciado por um transeunte que pára na rua um
outro transeunte, pois a situação de pedido de informação de um desconhecido a
outro não o autoriza a fazê-lo.
O espaço da interpretação
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Esse é igualmente o espaço de uma prática social na qual se encontra o sujeito que
recebe o ato de comunicação e deve interpretá-lo. Essa atividade é submetida, ao
menos em parte, às mesmas condições que a produção, na medida em que o sujeito
que aí se encontra é o parceiro de um ato de comunicação cujo “jogo de expectativas”
deve reconhecer : “Qual é a finalidade imposta por esta situação ?”, “que identidade
social ela atribui ao locutor ?”, “que identidade social ela atribui a mim,
interlocutor ?” ; essa a condição para ele tentar reconstruir o sentido que lhe propõe o
ato de linguagem recebido.
Contudo, esse sujeito interlocutor é um ator social que tem sua própria autonomia
em sua ação de interpretação ; ele se dedica a essa atividade em função de sua própria
identidade social, da identidade social do locutor que ele percebe, das intenções que
lhe atribui, de seu próprio conhecimento de mundo e de suas próprias crenças. Dessa
perspectiva, podemos dizer que o locutor não tem total domínio sobre seu
interlocutor ; ele pode imaginar quem ele é, mas não pode ter certeza de que ele
interpretará seu ato de linguagem do modo como ele pretende. É que o interlocutor,
por sua vez, constrói ao seu modo o sentido ; ele não é um simples receptor cuja
atividade consistiria, como dizia o esquema de comunicação tradicional, em
decodificar a mensagem emitida pelo locutor : ele é um interpretante construtor de
sentido.
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Mas, aqui, os sujeitos implicados pelo texto não são aqueles do espaço de produção
nem do espaço de interpretação. São, como diz R. Barthes a propósito da narrativa,
“seres de fala”, seres que só existem com a e através do fato de linguagem. Assim,
teremos duas questões a tratar : de um lado a questão do sujeito enunciador, aquele
que emerge da enunciação linguística, e de outro a questão do sujeito destinatário,
aquele que está implicado pelo próprio texto. Eles são definidos em termos
de identidade discursiva.
Enunciador e destinatário são construídos pelo locutor. É ele que, através de seu
ato de linguagem, constrói uma imagem discursiva de si mesmo (uma espécie
de ethos), e uma imagem ideal daquele a quem pensa que se dirige. Se o locutor, como
vimos, não tem o controle de seu interlocutor, em contrapartida ele tem o controle do
destinatário, que depende inteiramente dele. Evidentemente, ele pode se enganar em
seu cálculo, pois produz seu enunciado nos termos do que sabe do interlocutor e
fabrica deste uma imagem sob medida para si, mas pode ocorrer de esse interlocutor
não corresponder a essa imagem ideal. Assim nascem os mal-entendidos, as
incompreensões, as falsas interpretações ou simplesmente as interpretações outras.
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Isso explica porque podemos considerar que um texto pode ser ao mesmo
tempo fechado e aberto. Ele é fechado em torno da interpretação que dele faz um tipo
de sujeito interpretante particular ; seu sentido é o resultado de um encontro
interindividual entre os dois parceiros de troca. Ele é aberto se considerarmos as
diversas interpretações que poderiam ser feitas por diversos tipos de sujeito
interpretante ; o sujeito interpretante pode variar no tempo (não lemos Molière como
o leram seus contemporâneos), no espaço (não lemos um romance de Garcia Marquez
como o faria um leitor colombiano, e, na França, não lemos as declarações sobre a
guerra de Georges W. Bush como pôde fazer um estadunidense), segundo a idade
(uma criança não lê a publicidade televisiva como um adulto), segundo o sexo (as
mulheres julgam uma publicidade sexista enquanto os homens a julgam sexy),
segundo o meio social (há quem adore a programação popular de televisão, tipo
programas de auditório, jogos, ou realities shows, e há também quem a deteste),
segundo, igualmente, o tipo de relação entre o sujeito interpretante e o sujeito locutor
(nem todos experimentam a mesma emoção ao ver imagens de uma catástrofe aérea,
ou ao menos aqueles que tinham um parente próximo no avião).
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dizer que ele tem um sentido, sem que seja considerada a particularidade deste
sentido ;
O sujeito do discurso não é Uno. De acordo com a hipótese de que ele se constrói
segundo um princípio de alteridade, ele se divide de mais de uma maneira.
Desdobra-se segundo os papéis que desempenha em seu próprio ato de
linguagem : ora sujeito comunicante, ora sujeito interpretante. Mas todo locutor
sabe que ao mesmo tempo em que é produtor do ato de linguagem, é também
interlocutor, pois não pode se impedir de imaginar como vai ser na atividade
interpretante de seu interlocutor ; por sua vez, o interlocutor sabe que, ao mesmo
tempo em que interpreta, é também sujeito produtor, pois não pode se impedir
de imaginar a atividade produtora do locutor. Além disso, o sujeito de linguagem
se desdobra de acordo com a sua natureza de ser psico-social (identidade social) e
ser de fala (identidade discursiva). Assim, o locutor, através do seu lugar
discursivo de enunciador, realiza uma seleção das múltiplas filiações que o
constituem, e o interlocutor, através de sua atividade interpretante, realiza por
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sua vez sua própria seleção. Para fazer eco à proposta de Bernard Stiegler, o Eu e
o Tu se constroem de modo processual como múltiplos, mas sonham ao mesmo
tempo em ser Uno, engajando-se para isso num processo de individuação.
Finalmente, como diz Daniel Bougnoux, “o sujeito da enunciação é mais
complexo que o sujeito do cogito”.
Enfim, esses três lugares, assim definidos em relação de pertencimento aos atos
de linguagem, instauram ao mesmo tempo uma possível articulação entre
diferentes disciplinas (sociologia, etnografia, antropologia, psicologia social etc.)
que se interessam pelos lugares de produção e de recepção. Mas uma
interdisciplinaridade não é o simples acúmulo de várias disciplinas, nem de seus
conceitos ou de seus resultados. Não é juntando os resultados diversos a
propósito de um mesmo objeto (aliás, trata-se do mesmo objeto ?), nem citando
aqui ou ali esse ou aquele conceito, dessa ou daquela teoria, que se realiza essa
ambição. Para haver interdisciplinaridade, é preciso haverum centro geométrico,
um lugar onde são interrogados outros conceitos e outros resultados. Assim, para
nós, é do lugar da análise do discurso que serão reconsiderados conceitos e
resultados de outras disciplinas, mas podemos imaginar a mesma postura da
parte da sociologia, da psicologia social e de outras disciplinas, cada uma se
tornando o lugar geométrico dessa interrogação. É o que chamamos de
interdisciplinaridade focalizada. Com essa condição, julgamos que as disciplinas
das ciências humanas e sociais poderão dialogar. É preciso ainda vontade para
realizar esse diálogo.
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3. Da situação de comunicação
Poderíamos julgar essa questão trivial, pois não se pára de fazer referência, na
maior parte dos escritos, à necessidade de recorrer ao contexto para interpretar o
sentido de um enunciado. Mas isso não basta. Não podemos nos contentar com uma
referência pontual por ocasião desta ou daquela interpretação. É preciso mostrar
como esta situação é estruturada, como ela impõe suas restrições e como ela se
apresenta enquanto lugar de construção do sentido.
fenomênico que pode cada disciplina pode ser construída como objeto de estudo : a
sociologia, a psicologia social, a antropologia, a história, a análise do discurso etc.
Mas, é ao mesmo tempo, uma vez reconhecido como um campo de práticas, o lugar
onde diferentes disciplinas podem se encontrar fazendo circular certos conceitos seus.
Por exemplo, neste domínio de prática se encontram atores sociais que se inscrevem
em situações relacionais, mas sem que nem uns nem outros sejam ainda
determinados. Vai caber a cada disciplina defini-los como “sujeitos”, “situações de
ações” e “regras de comportamento”.
A questão dos gêneros do discurso é demasiado vasta para ser tratada aqui, mas
podemos arrolar dados para uma resposta dizendo que o gênero não é determinado,
ao contrário do que se costuma dizer, pelas características formais do discurso, mas
antes pela situação que estabelece as condições de produção do discurso : um discurso
é político, publicitário, administrativo, religioso, jurídico, midiático etc., inicialmente
graças a essas condições de produção : o gênero é antes de tudo situacional. Resta
saber quais são as características discursivas que lhe correspondem, e por isso nos
propomos a distinguir gênero situacional de gênero discursivo.
4. O posicionamento do sujeito
Não vamos desenvolver esse ponto em demasia, pois nosso propósito foi, no
contexto desse artigo, mostrar através de que tipo de modelo de comunicação
podemos tentar articular o ato de linguagem com um “fora da linguagem” que o
condiciona através da definição de três lugares de pertencimento e de uma teoria da
situação de comunicação. Mas como um e outro implicam uma teoria conjunta do
sujeito do discurso, temos que ir até as últimas consequências dessa concepção do
sujeito, concepção que diz que ele tanto padece das restrições dos elementos da
situação de comunicação como é relativamente livre para se posicionar perante ela.
Vamos então nos contentar em esboçar esse segundo aspecto.
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pelos discursos que circulam nas comunidades sociais e que se inscrevem tanto na
memória coletiva como na memória de cada indivíduo. Apreender esses discursos é
mergulhar numa intertextualidade a que se refere o dialogismo bakhtiniano. [3]
O discurso publicitário mudou entre seu início, quando lhe cabia, sobretudo, fazer
existir um produto, os anos 1970-1980, quando lhe cabia, sobretudo, valorizar as
qualidades e benefícios do produto em torno de um desejo, de um sonho, de uma
fantasia, e a época atual, em que se constrói a cena publicitária independentemente do
produto. Diríamos que as condições gerais do discurso publicitário, em seu dispositivo
conceptual, são sempre as mesmas, mas que têm mudado, graças a estratégias de
diferenciação, as condições do dispositivo específico de comunicação.
Notes
[1] Essa expressão tem sido usada para traduzir “enjeu”, no sentido do autor, por
vários pesquisadores brasileiros. N.R.
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