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CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE

EM PACIENTES SINTOMÁTICOS
RESPIRATÓRIOS NA UNIDADE
COVID-19
Colaboradores: Marília Soares de Andrade
Waleska Maria Félix

Cajazeiras – PB
09/06/2020
OBJETIVOS
Orientar quanto ao procedimento de classificação de risco de pacientes
sintomáticos respiratórios, atuação dos profissionais de saúde na
estratificação e direcionamento de ações assistenciais resolutivas e
rápidas, e no manejo oportuno de casos suspeitos de infecção humana
por SARS-CoV-2.

• Desta forma, deveremos focar na abordagem clínica da Síndrome Gripal e da


Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), independentemente do agente
etiológico.
INTRODUÇÃO
• Teve início em Wuhan, na China, no final de 2019
• Alta transmissibilidade:
- Contato de gotículas respiratórias oriundas de pacientes doentes sintomáticos e
assintomáticos
- Síndrome respiratória aguda leve em 80% dos casos
- Insuficiência respiratória aguda em casos mais graves
• Período de incubação de 5 a 6 dias, podendo variar de 0 a 14 dias
• Sua letalidade varia, principalmente, conforme a faixa etária e
condições clínicas associadas.
Condições e fatores de risco a serem considerados
para possíveis complicações da síndrome gripal:
1. Grávidas em qualquer idade gestacional
2. Adultos ≥ 60 anos
3. Crianças < 5 anos
4. População indígena aldeada ou com dificuldade de
acesso
5. Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso
prolongado de ácido acetilsalicílico (risco de
síndrome de Reye)
6. Indivíduos que apresentem: pneumopatias
7. Pacientes com tuberculose de todas as formas
8. Cardiovasculopatias
Condições e fatores de risco a serem considerados
para possíveis complicações da síndrome gripal:
9. Nefropatias
10. Hepatopatias
11. Doenças hematológicas
12. Distúrbios metabólicos
13. Transtornos neurológicos e do desenvolvimento que
podem comprometer a função respiratória ou aumentar
o risco de aspiração
14. Imunossupressão associada a medicamentos,
neoplasias, HIV/aids ou outros
15. Obesidade
DEFINIÇÃO DE CASO
Diante da definição de transmissão comunitária em território nacional, todos os
casos de doença de via aérea devem ter a hipótese diagnóstica de COVID-19
considerada.

SÍNDROME GRIPAL (SG): indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou
febre, mesmo que relatada, acompanhada de tosse ou dor de garganta ou coriza ou dificuldade
respiratória.

SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG): Síndrome Gripal que apresente: dispneia/desconforto
respiratório ou pressão persistente no tórax ou saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente ou
coloração azulada dos lábios ou rosto.
SINAIS E SINTOMAS
• Febre (>37,8ºC);
• Tosse;
• Dispneia;
• Mialgia e fadiga;
• Sintomas respiratórios superiores;
• Sintomas gastrointestinais, como diarreia (mais raros).
DIAGNÓSTICO
Testes moleculares de amplificação de ácido nucleico de SARS-CoV-2:

RT-PCR em tempo real (RT-PCR);


Maior eficácia;
Coleta de swabs combinados;

Teste rápido molecular SARS-CoV-2;


Testes sorológicos;
-Sangue total ou plasma
- Rastrear a presença de anticorpos.
Cultura de sangue para descartar outras causas de infecção do trato respiratório inferior;
EXAMES COMPLEMENTARES
• Gasometria arterial
• Glicemia;
• Ureia;
• Bilirrubina total e frações;
• D-dímero;
• Hemograma completo;
• Coagulograma (TAP e TTPa);
• Marcadores inflamatórios (procalcitonina sérica e/ou proteína C reativa, dependendo
da disponibilidade);
• Troponina sérica; e
• Lactato desidrogenase sérica.
EXAMES COMPLEMENTARES
Exames de imagem:
Raio X do tórax- pacientes com suspeita de pneumonia ;
Tomografia computadorizada (TC) do tórax - pacientes com acometimento do trato
respiratório inferior.
TERAPIA
Até o momento, não existem evidências robustas de alta qualidade que possibilitem a
indicação de uma terapia farmacológica específica para a COVID-19. Desde o final de
2019 vários estudos estão sendo realizados na busca de alternativas terapêuticas
para o tratamento da COVID-19.
Sintomático\Suporte
Analgésicos\antitérmicos
TERAPIA
Antitussíngenos
IBP (Omeprazol)
Anticoagulantes (Heparina)

Obs: Hidroxicloroquina e Heparina para pacientes graves.

Antivirais:
Remdesivir
Nitazoxanida
Ivermectina
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM PACIENTES
SINTOMÁTICOS RESPIRATÓRIOS NA UNIDADE
COVID-19

Plano de Contingência
HUJB
1. Identificação de caso suspeito de Síndrome Gripal e de COVID-19
2. Medidas para evitar contágio no acolhimento
3. Estratificação da gravidade da Síndrome Gripal
4. Casos leves: manejo terapêutico e isolamento domiciliar
5. Casos graves: estabilização em eixo de urgência/emergência e
tratamento hospitalar
6. Notificação Imediata
7. Monitoramento clínico
8. Medidas de apoio à vigilância ativa
Classificação de Risco COVID-19
• Questionar acerca de:
• Queixa principal;
• História clínica pregressa e atual, com ênfase em detalhamento sobre sintomatologia
gripal;
• Medicamentos administrados em domicílio durante as últimas 24 horas; uso contínuo
de medicamentos;
• Alergias medicamentosas.
Classificação de Risco COVID-19
• Verificar no mínimo:
• temperatura corporal,
• frequência cardíaca,
• frequência respiratória,
• saturação periférica de oxigênio,
• peso
e aplicar técnicas propedêuticas conforme necessário para implementar adequada
Classificação de risco (segundo critério de gravidade crescente conforme as cores azul,
verde, amarela, laranja e vermelha);
Classificação de Risco COVID-19
• Acolhimento : Recepcionista e técnico de enfermagem
Classificação de Risco COVID-19
Triagem: 01 Enfermeiro, e sempre que possível, 01 Médico.
Classificação de Risco COVID-19
Consultório: Médico- pediatra
Classificação de Risco COVID-19
Sala de Procedimentos
Classificação de Risco COVID-19
Sala de Observação
Classificação de Risco COVID-19
Sala de estabilização
Classificação de Risco COVID-19
Leito crítico
Classificação de Risco COVID-19
Internação
Classificação de Risco COVID-19

Parâmetros vitais e sinais e sintomas a serem observados


na classificação de risco no contexto do COVID-19
Classificação de Risco COVID-19
Verificar se há comorbidades:
1. Síndrome Gripal/ Síndrome Respiratória aguda Grave -
Classificação de Risco e Manejo Clínico. Ministério da Saúde
2. FLUXO DE ATENDIMENTO NA APS PARA O NOVO CORONAVÍRUS
(2019-NCOV). Ministério da Saúde 2020.https://
egestorab.saude.gov.br/image/?file=20200210_N_EmktCoronaVirusFl
uxoV2_6121956549677603461.pdf
3. Protocolo de Tratamento do Novo Coronavírus. Ministério da Saúde
2020.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano
de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo
Coronavírus COVID‐19. Brasília: Ministério da Saúde; 2020 Boniatti
MM. Avanços na atuação, mais benefícios... as perspectivas dos times
de resposta
OBRIGADO!

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