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Enfermagem em Urgência e Emergência

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 4
A ATENÇÃO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS .................................................................. 5
Política Nacional de Atenção às Urgências ............................................................................... 5
ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE ........... 8
ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NA URGÊNCIA ........................................ 10
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO .................................................................................................. 11
ATENDIMENTO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ........................................................... 12
A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HUMANIZADA EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .... 14
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA x ATENDIMENTO HUMANIZADO ......................................... 16
EMERGÊNCIA.......................................................................................................................... 18
PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA (PCR) ............................................................................ 20
Assistência de enfermagem na P.C.R. .................................................................................... 23
OVACE (Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho) ...................................................... 24
Reconhecimento ....................................................................................................................... 24
Desobstrução de Vias Aéreas .................................................................................................. 26
Técnica aplicada em casos de OBSTRUÇÃO TOTAL em adultos e crianças maiores que um
ano e CONSCIENTE ................................................................................................................ 27
INCONSCIENTE ...................................................................................................................... 28
Crianças menores de um ano conscientes .............................................................................. 28
AFOGAMENTO ........................................................................................................................ 29
Mecanismos da Lesão no Afogamento.................................................................................... 29
Tipos de Acidentes na Água .................................................................................................... 30
Classificação do Afogamento ................................................................................................... 30
O Suporte Básico de Vida Dentro da Água ............................................................................. 31
O Transporte – A Transição da Água Para Areia .................................................................... 32
SUPORTE BÁSICO DE VIDA NO SECO - AREIA ou PISCINA ............................................. 33
Nos olhos .................................................................................................................................. 33
Ações de cuidado ..................................................................................................................... 33
Ações de cuidado com insetos no ouvido externo .................................................................. 35
Grãos ou fragmentos metálicos no ouvido externo ................................................................. 35
No nariz..................................................................................................................................... 36
Ações de cuidado ..................................................................................................................... 36
Na garganta .............................................................................................................................. 36
QUEIMADURAS ....................................................................................................................... 37
Tratamento de Emergência das Queimaduras ........................................................................ 38
Tratamento Imediato de Emergência ....................................................................................... 39
CHOQUE .................................................................................................................................. 40
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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO TRAUMA ........................................................................... 41


Classificação do trauma: .......................................................................................................... 42
TRAUMA DE FACE .................................................................................................................. 42
TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO ............................................................................................ 43
Ações que devem ser realizadas no atendimento ao TCE ..................................................... 44
TRAUMA DE TÓRAX ............................................................................................................... 45
TRAUMA DE ABDOME ............................................................................................................ 48
TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO ..................................................................................... 49
Fratura ...................................................................................................................................... 50
Ações do profissional em fraturas que irá realizar: ................................................................. 50
Ações do profissional em fraturas expostas ............................................................................ 51
Ações do profissional em fratura pélvica ................................................................................. 51
O profissional ao se deparar com essa situação deve: ........................................................... 51
Luxação .................................................................................................................................... 52
Entorse...................................................................................................................................... 52
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 53

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INTRODUÇÃO

Fonte: http://www.minutoenfermagem.com.br/postagens/2017/08/03/a-participacao-da-enfermagem-em-
situacoes-de-urgencia-e-emergencia/

A enfermagem é uma profissão que se desenvolveu através dos séculos,


mantendo uma estreita relação com a história da civilização. Neste contexto, ela tem
um papel preponderante por ser uma profissão que busca promover o bem estar do
ser humano, considerando sua liberdade e dignidade, atuando na promoção da
saúde, prevenção de enfermidades, no transcurso de doenças e agravos, nas
incapacidades e no processo de morrer.
A enfermagem se ramifica em especializações, para melhor atender o
paciente, sendo uma delas a emergência e urgência. As emergências são unidades
hospitalares destinadas a atender indivíduos que necessitam de assistência
imediata. E situações de emergência e urgência são conjunto de métodos e ações
executadas por pessoas treinadas e direcionadas para a estabilização do quadro
clínico apresentado pelo paciente e, posterior recuperação da saúde afetada.
A urgência e emergência apresentam características totalmente diferentes de
outras unidades, é um ambiente cuja dinâmica impõe ações complexas, nas quais
a presença da finitude da vida é uma constante, gerando ansiedade, tanto do doente
e familiar, como dos profissionais que ali desempenham suas atividades. A urgência
e emergência necessitam ainda de serviços de alta complexidade no atendimento a
paciente em situação de risco iminente de vida. No entanto, as tecnologias
avançadas utilizadas nem sempre garantem a qualidade da assistência, pois há
influência decisiva de fatores relacionados ao objeto e à força de trabalho nesse
processo.
E além dos procedimentos técnicos utilizados em situações de emergência,
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o acolhimento e a afetividades demostrados pelos profissionais da saúde são


decisivos para uma expectativa de que as ações sejam efetivas e satisfatórias.
E considerando toda imprevisibilidade, o ritmo acelerado de trabalho, a
vigilância constante, a sobrecarga física e emocional, e a busca incessante pela
manutenção da vida, a assistência humanizada nesse âmbito de emergência é
sempre questionada.
A humanização na saúde pode ser entendida como processo, filosofia ou
modo de prestar assistência. Dentre as várias conceituações existentes, a
humanização se traduz em uma forma de cuidar, compreender, abordar, perceber
e respeitar o doente em momentos de vulnerabilidade.
A assistência humanizada é o cuidado que se resgata dos pequenos e
grandes eventos do dia a dia, que tornam o ser humano único e especial nos
diferentes espaços e situações em que se encontra no sentido de prestar um
atendimento personalizado, voltado não para a doença, mas para o ser que adoece.

A ATENÇÃO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

Política Nacional de Atenção às Urgências

A crescente evolução tecnológica impulsiona a sociedade ao progresso


constante, refletindo um cenário de transformações, inclusive no panorama da
saúde. Acompanhando as mudanças políticas e econômicas, constatamos a
sobrecarga do atendimento pelo sistema de saúde, em especial dos serviços de
urgência e emergência.
Conceitualmente, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 2.048/2002,
expressa por “urgência a condição imprevista de agravo da saúde, com ou sem risco
potencial à vida, com necessidade de assistência de saúde mediata (em até 24
horas) ou imediata e emergência a condição imprevista de agravo da saúde, com
risco iminente de morte ou sofrimento intenso e necessidade de assistência de
saúde imediata”.
Em busca da assistência imediata podem ser encontrados indivíduos em real
condição de emergência, os não caracterizados como urgência e aqueles que
buscam o atendimento no serviço pela proximidade, facilidade de acesso e não
propriamente pela gravidade da condição de saúde.

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Essa crescente demanda inadequadamente alocada resulta na superlotação


dos serviços de emergência e o risco de não atender adequadamente o paciente
grave, comprometendo significativamente a qualidade da assistência prestada. Por
isso, urge a necessidade de reordenar a atenção em saúde, de maneira que possa
efetivamente iniciar-se na atenção primária, de forma qualificada e resolutiva.
A execução de ações de promoção da saúde e prevenção de agravos reflete-
se na diminuição da demanda de atendimento de pacientes graves nos serviços de
emergência e na redução dos índices de internação hospitalar. Essa reordenação é
essencial, para não pactuarmos com a distorção na realidade, deparando-nos com
permanência de pacientes em estado crítico nos diferentes níveis de atenção.
Um sistema de atenção ao paciente em estado crítico/potencialmente crítico
exige a conformação de uma rede assistencial hospitalar e extra-hospitalar que atue
de forma organizada. Com a instituição da Política Nacional de Atenção às
Urgências1, essa rede é apresentada com a explicitação dos componentes
envolvidos na atenção às urgências em diferentes níveis.
A intersetorialidade envolve as interfaces e as responsabilidades
assistenciais de todos os componentes, para oferecer ao usuário uma atenção
qualificada e humanizada nas diferentes fases do ciclo vital. Incorporando o princípio
da complexidade progressiva e da integralidade no cuidar, conduz à reflexão sobre
o papel do cliente, do profissional e da sociedade, como agentes transformadores
da realidade.
Cabe ao poder público capacitar-se para responder às demandas de saúde,
vinculadas à assistência de paciente em estado crítico / potencialmente crítico,
envolvendo:
➢ Componente pré-hospitalar móvel - Serviço de Atendimento Móvel de
Urgências (SAMU);
➢ Componente pré-hospitalar fixo - unidades básicas de saúde, unidades não-
hospitalares de pronto atendimento;
➢ Componente hospitalar - unidades de urgência / emergência hospitalares,
enfermarias, centro obstétrico, centro cirúrgico, unidade de hemodinâmica;
➢ Componente pós-hospitalar - casas de apoio, hospital dia, serviços de
reabilitação, internação domiciliar.
Essa condição crítica ou potencialmente crítica leva o cliente a procurar a

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assistência de saúde no serviço de atendimento pré-hospitalar móvel ou no serviço


hospitalar, cuja porta de entrada é o pronto-socorro.
É considerado atendimento pré-hospitalar móvel: “O atendimento que
procura chegar precocemente à vítima de agravo de saúde, de natureza traumática,
não traumática ou psiquiátrica, seguido de transporte adequado ao serviço de
saúde. Entendido como uma atribuição da área da saúde, o serviço de atendimento
pré-hospitalar móvel é organizado e constituído por uma central reguladora, equipe
e frota de veículos, além de contar com a retaguarda da rede de serviços de saúde”.
(Ministério da Saúde).
Nessa modalidade de atendimento o fator tempo é fundamental, pois o
tratamento precoce maximiza as chances de sobrevivência, por meio de avaliação
rápida das condições do cliente, com estabilização das condições de risco à vida,
seguida de transporte ágil para a instituição que oferecerá o tratamento definitivo.
Cada veículo é equipado com materiais e equipamentos específicos,
tripulado por profissionais com diferentes atribuições que compõem as equipes,
segundo o tipo de atendimento destinado a prestar: Suporte Básico de Vida (SBV)
e Suporte Avançado à Vida (SAV).
Veja o quadro explicativo abaixo;
EQUIPES SUPORTE BÁSICO DE SUPORTE AVANÇADO À
VIDA VIDA
Profissionais ✓ Técnico de enfermagem ✓ Enfermeiro
✓ Condutor do veículo ✓ Médico
✓ Condutor do veículo
Atribuições Atendimento de baixa Atendimento de urgência e
complexidade, não emergência de alta
realizando procedimentos complexidade, realizando
invasivos, em casos de procedimentos não invasivos e
vítimas de menor gravidade. invasivos, em casos de vítimas
graves.
A ativação do serviço obedece a um fluxo de informações, veja o esquema:

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Informação dos dados


Ao presenciar um Informe os na central de regulação
evento ligue 192 dados do evento médica e decisão:
Enviar a equipe para o
local?

SIM NÃO

Acionamento da Informe o local Equipe no local Orientações de


equipe SBV ou para para saúde ao
SAV atendimento atendimento solicitante

Uma vez iniciado o atendimento pré-hospitalar, a assistência continua ao longo


do transporte até a chegada ao pronto-socorro. As informações do atendimento são
transmitidas à equipe do hospital, responsável pelo tratamento definitivo, e conforme
o caso e a gravidade, o paciente é encaminhado para a sala de emergência, centro
obstétrico, centro cirúrgico ou ao consultório.

ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA NA REDE DE ATENÇÃO À


SAÚDE

As redes de atenção à saúde tiveram sua origem na década de 20, no Reino


Unido. No início dos anos 90, a atenção à saúde toma forma com os sistemas
integrados nos Estados Unidos e, a partir daí, com as adaptações necessárias, em
sistemas de saúde públicos e privados de outros países.
Em 200 0, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe critérios para o
desenho das redes de atenção à saúde, sob a denominação de “integração do
sistema”. Em sentido ampliado, a integração em saúde é um processo que consiste
em criar e manter uma governança comum de atores e organizações autônomas, com
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a finalidade de coordenar suas interdependências e permitir cooperação para a


realização de um projeto coletivo.
Nessa perspectiva, integram-se diferentes subsistemas, relacionando a clínica
e a governança a valores coletivos. Essas dimensões da integração correspondem,
na tipologia proposta por Mendes (2001), à gestão da clínica e a dos pontos de
atenção. As redes são conjuntas de pontos de atenção à saúde que se articulam, pela
via das tecnologias de gestão da clínica, numa rede capaz de prestar atenção contínua
à população adscrita.
Mendes (2002) afirma que a atenção primária à saúde deve cumprir, nas redes
de atenção à saúde, três funções: resolução, coordenação e responsabilização. A
função de resolução consiste em solucionar a maioria dos problemas de saúde; a
função de coordenação consiste em organizar os fluxos e contrafluxos das pessoas e
coisas pelos diversos pontos de atenção à saúde na rede; e a função de
responsabilização consiste em se corresponsabilizar pela saúde dos usuários em
quaisquer pontos de atenção em que estejam sendo atendidos. Na organização de
redes de resposta às condições agudas, a atenção primária tem funções de
resolução nos casos que lhe cabem (baixo risco) e de responsabilização, mas a
função de coordenação passa a ser de outra estrutura (no caso, o complexo
regulador).
Para a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 200 0), a atenção
primária à saúde deve ser parte integral dos sistemas de saúde e o melhor enfoque
para produzir melhoria sustentável e equitativa na saúde dos povos das Américas.
A Secretaria de Est ado de Saúde do Ceará (CEARÁ, 20 00) realizou
experiência de vanguarda com processo de microrregionalização dos serviços de
saúde, tendo como base a concepção de redes de atenção à saúde, que incorporou
o nível das urgências e emergências na mesma.
O Ministério da Saúde, pela Portaria 1.169/GM (BRASIL, 2004), instituiu a
Política Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade. Trata-se, na
realidade, da proposição de uma rede de ações de promoção, prevenção, diagnóstico,
tratamento, reabilitação e cuidados paliativos a ser implantada em todas as unidades
federadas, respeitadas as competências das três esferas de governo.
A Secretaria de Est ado de Saúde de Minas Gerais (MINAS GERAIS, 2006)
priorizou a implantação de redes de atenção à saúde e considerou que a situação da

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saúde do estado se caracteriza pelo rápido envelhecimento da população e por uma


situação epidemiológica de dupla carga de doença. Essas redes são constituídas a
partir de um processo de gestão da clínica, decorrendo de diretrizes clínicas
desenvolvidas sob forma de linhas-guia. O estado foi dividido em 75 microrregiões
assistenciais que devem ser autossuficientes em atenção secundária e 13
macrorregiões, com autossuficiência em atenção terciária. É de fundamental
importância que você conheça a rede de atenção à saúde do seu município e os
pontos que a compõem para facilitar o fluxo e o contrafluxo dos usuários, destacando-
se o fluxo para a urgência e emergência.
Lembre-se:
O ponto de comunicação da rede de atenção à saúde é a Unidade Básica de
Saúde (UBS) onde deve ser realizado o primeiro atendimento ao cidadão.
Para atingir o objetivo de organização da rede de atenção à saúde em urgência,
é necessário:
• Elaborar perfil demográfico e epidemiológico atual e projetado, do
município.16
• Descrever a rede de atenção à saúde existente no município.
• Conhecer o modelo de atenção à saúde do município.
• Avaliar os recursos humanos disponíveis e sua qualificação.
• Avaliar a funcionalidade e a produção das Unidades Básicas de Saúde.
• Realizar o diagnóstico integral da rede, a análise da oferta, a estimativa de
demanda atual e projetada e a identificação dos vazios de atenção e a proposição de
alternativas de solução.
Já foi realizado o diagnóstico da população adscrita da UBS onde você
trabalha, mas para a implantação da rede de urgência na atenção básica essas outras
informações precisam ser incorporadas ao diagnóstico.

ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NA URGÊNCIA

O acolhimento tem o objetivo de fazer uma escuta qualificada e buscar a melhor


solução possível para a situação apresentada, conjugada com as condições objetivas
da unidade naquele momento.
Acolher é, portanto, escutar de forma qualificada o usuário do sistema e prestar
atendimento resolutivo e responsável. O ato de acolher engloba, ainda, orientar
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adequadamente o usuário, visando à garantia da continuidade do tratamento,


atentando para os limites do serviço. Postura acolhedora não pressupõe hora, local
ou profissional específico para fazê-lo.
É importante, no momento do acolher, identificar os riscos e vulnerabilidade
que o usuário enfrenta, conjugando com sua necessidade. A postura acolhedora
envolve todo o processo, chegando até mesmo ao encaminhamento responsável.
Para o Ministério da Saúde (BRASIL, 2004), acolhimento é uma ação tecno-
assistencial que pressupõe a mudança da relação entre profissional de saúde e
usuário com a sua rede social por meio de parâmetros técnicos, éticos, humanitários
e de solidariedade. Reconhece o usuário como sujeito e, ao mesmo tempo,
participante ativo, no processo de produção de saúde.

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Em situação de atenção à urgência e emergência, o acolhimento deve estar


associado a uma classificação de risco. Vamos agora entender um pouco desse
processo para qualificar a assistência a ser prestada. A classificação de risco é um
processo dinâmico de identificação dos usuários que necessitam de tratamento
imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde e grau de sofrimento
(BRASIL, 2004).
O objetivo do acolhimento com classificação de risco é a melhoria do
atendimento. Os objetivos operacionais esperados são: determinar a prioridade e
hierarquizar o atendimento conforme a gravidade.
Lembre-se: A classificação de risco não é um instrumento de diagnóstico de
doença. Seu objetivo é estabelecer uma prioridade clínica para o atendimento de
urgência e emergência. Existem no mundo vários modelos de classificação de risco
ou triagem na urgência. No Brasil, os modelos adotados foram o canadense (CTAS),
o norte-americano (ESI) e o do Sistema Manchester (MTS). Importante: A forma como
se classificam as queixas de urgência e emergência deve ser a mesma em todos os
pontos da rede, pois somente dessa forma teremos uma linguagem única na rede,
inclusive a da equipe de saúde da UBS.O que esperamos que aconteça na
organização do serviço quando implantamos a classificação de risco na urgência?
Os resultados esperados com a implantação da classificação de risco com
acolhimento são:
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• Diminuir mortes evitáveis.


• Extinguir a triagem por funcionário não qualificado.
• Priorizar de acordo com critérios clínicos e não por ordem de chegada.
• Criar a obrigatoriedade de encaminhamento responsável, com garantia de
acesso à rede.
• Aumentar a eficácia do atendimento.
• Reduzir o tempo de espera.
• Detectar casos que provavelmente se agravarão se o atendimento for
postergado.
• Diminuir a ansiedade do usuário, acompanhantes e funcionários.
• Aumentar a satisfação dos profissionais e usuários, com melhoria das
relações interpessoais.
• Padronizar dados para estudo e planejamento de ações.
Para que o acolhimento seja resolutivo são imprescindíveis a utilização da
classificação de risco e o atendimento com critérios de priorização. Os usuários
categorizados em situação de emergência ou em casos de muita urgência devem
receber avaliação e tratamento simultâneos e imediatos. Eles devem receber o
primeiro atendimento no ponto de atenção no qual derem entrada, sendo importante
que a equipe de Saúde da Família esteja preparada tecnicamente e com
equipamentos adequados para prestar esse atendimento.
Os usuários categorizados em situação pouco urgente ou não urgente devem
receber avaliação e tratamento na própria UBS, pois a equipe de Saúde da Família é
a competente para o tratamento desses casos.

ATENDIMENTO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

Com o intuito de qualificar o atendimento em situações de urgência e


emergência, foram desenvolvidos protocolos específicos aplicáveis em diversas
situações, visando à padronização e ordenação da seqüência das ações e das
intervenções.
No atendimento em emergência, as prioridades podem ser estabelecidas a
partir da abordagem inicial, adotando as medidas de segurança, principalmente na
assistência pré-hospitalar, pois as condições e locais de atendimento geralmente
costumam ser adversas.
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Entretanto, as ações no ambiente hospitalar não está isentas de riscos. Por


isso, é fundamental que os profissionais fiquem atentos quanto às seguintes etapas:

Segurança da cena: Antes de iniciar a assistência é preciso certificar-se


quanto à segurança para a realização das intervenções, pois algumas condições
podem significar risco aos profissionais envolvidos no atendimento, sendo
fundamental a observação de três aspectos (3 S):

1. Segurança da cena: avaliar as condições locais ANTES


de se aproximar da área onde está o paciente;
2. Segurança do profissional: avaliar se não há risco
3S

ANTES de iniciar o atendimento.


3. Segurança da vítima: certificar-se que não há risco ao paciente durante o
atendimento. Considere inclusive a segurança das pessoas que estão ao redor
do local, seja em área pública ou no hospital.

Avaliação primária: Uma vez certificada à segurança para iniciar o atendimento


é realizada a aproximação para a avaliação primária do paciente. É recomendável,
quando possível, apresentar-se ao cliente e aos familiares, obtendo a permissão para
iniciar o atendimento. Quando o indivíduo já recebeu os primeiros atendimentos
prestados pela equipe do serviço móvel de atendimento préhospitalar, a continuidade
da assistência no hospital é extremamente favorecida, pois em geral os fatores de
instabilidade do quadro já foram identificados e controlados.
A avaliação primária fornece uma impressão geral quanto ao estado do cliente,
aos riscos potenciais e necessidades imediatas para a estabilização do quadro.
Consiste na identificação e tratamento imediato dos problemas que envolvem risco
iminente à vida, relacionados ao nível de consciência, capacidade respiratória e
atividade cardíaca.

Avaliação secundária: Após a realização da avaliação primária e tratamento


imediato das alterações que colocam a vida do paciente em risco inicia-se a avaliação
secundária. Consiste na realização de exame físico cuidadoso, em sentido céfalo-
podal, com exposição de cada segmento corporal, visando identificar outras lesões
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não visualizadas na primeira avaliação (primária). Lembre-se de promover a


exposição parcial, apenas da área a ser visualizada, preservando a privacidade do
cliente e prevenindo o risco de hipotermia.
A avaliação inclui a entrevista AMPLA, procurando-se conversar com o cliente
ou familiar, quando possível, para buscar informações complementares.
A avaliação se complementa com a monitorização dos parâmetros vitais e a
avaliação neurológica aplicando-se a escala de coma de Glasgow.
Os procedimentos previstos nessa etapa incluem:

✓ Monitorização cardíaca e avaliação dos parâmetros vitais, oximetria,


capnometria/capnografia;
✓ Oxigenoterapia;
✓ Punção venosa, infusão de fluidos e fármacos necessários; Cateterismo
gástrico e vesical, quando indicado;
✓ Coleta de material, encaminhamento do cliente para exames
complementares ou cirurgia;
✓ Colaboração em outros procedimentos.

A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HUMANIZADA EM URGÊNCIA E


EMERGÊNCIA

Fonte: https://www.iped.com.br/materias/enfermagem/importancia-assistencia-
enfermagem-paciente-hiv.html

Pensar em relação humanização/trabalho em enfermagem nos remete a


duas diferentes formas de abordar o assunto. Podemos estar nos referindo à
humanização do trabalho de enfermagem ou ao trabalho humanizado da
enfermagem. No primeiro caso, estaríamos nos referindo ao desenvolvimento de
uma assistência de enfermagem humanizada e, no segundo, a um processo de
trabalho que humanize as relações de trabalho de enfermagem. Nos dois casos
estraríamos falando da razão e do sentido que esses conceitos abarcam na
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profissão. Enfermagem, pois a enfermagem é, essencialmente, cuidado, e cuidado


prestado ao ser humano, individualmente, na família ou na comunidade.
A enfermagem é uma profissão de muitas técnicas e cuidados, mas o maior
desafio está aprendera escutar, acolher o outro, partilhar o momento, aprender com
o outro, ser coerente, sorrir, criar harmonia, não rotular, atender prontamente e
acima de tudo ser apaixonada pelo que faz. Deus nos deu o rosto, nós fazemos as
nossas expressões.
O cuidador, objetivo da prática da enfermagem, desenvolve-se no encontro
com o outro, sendo facilmente reconhecido como uma necessidade nos momentos
críticos da existência do ser humano, isto é o nascimento, a doença e a morte.
Precisa, no entanto, ser sentido, assumido e exercitado no dia a dia da
enfermagem para evitar que sua prática se torne mecânica, impessoal e até
desumana.
A humanização na saúde, em especial nos serviços de urgência e
emergência, como um grande desafio para a enfermagem, que envolve uma
construção permanentes de cidadania e corresponde à produção de novas atitudes
por parte de trabalhadores, gestores e usuários, de novas éticas no campo do
trabalho, incluindo ai o campo da gestão e das práticas de saúde, superando
problemas e desafios do cotidiano do trabalho.
A humanização muitas vezes é negligenciada pelos profissionais de
enfermagem, devido à excessiva carga de trabalho, responsabilidade de suas ações
episódios de extrema tensão, envolvimento constante com a dor, perda e morte.
Poucos conseguem lidar com esse cotidiano de forma imparcial, e muitos,
desenvolvem mecanismos de defesa, entre eles a negação e a fuga. O resultado é
uma atuação fria e distante com o cliente e seus familiares evitando qualquer
envolvimento emocional e diálogo.
A organização de atendimento de enfermagem no pronto-socorro de
estrutura com atendimentos de emergência e de urgência, exigindo um fluxo de
diversidade de atendimento. A estrutura física associada à rotatividade de pacientes
compromete o atendimento, tornando o ambiente de trabalho em espaços limitados
e inadequados, intervindo assim na organização do atendimento de enfermagem.
Destaca-se que há certa dificuldade da parte dos trabalhadores para atuar na
política de humanização, certa desmotivação, uma vez que o processo de

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humanização no trabalho da enfermagem é uma questão a ser refletida, pois a


maioria dos profissionais enfrenta situações difíceis em seu ambiente de trabalho,
tais como baixas remunerações, pouca valorização da profissão e descaso frente
aos problemas identificados pela equipe, especialmente quanto ao distanciamento
entre o trabalho prescritivo, o preestabelecido institucionalmente e aquele realmente
executado junto ao cliente.
Acredita-se que, em meio às limitações existentes, planejar o cuidado de
enfermagem nesta perspectiva pode vir a ser uma alternativa para a inclusão desta
prática no cotidiano de trabalho. As verdadeiras dimensões do cuidar – éticas,
subjetivas, técnicas e instituições – devem ser claras para o planejamento da
humanização da assistência. Esta pode ser pensada enquanto acolhimento que
permita reflexões e criações coletivas, com comprometimento dos envolvidos e
poderá iniciar pelo resgate do sentido da enfermagem enquanto profissionais do
cuidado.

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA x ATENDIMENTO HUMANIZADO

Fonte: https://secom.to.gov.br/noticias/humanizacao-do-atendimento-e-prioridade-na-emergencia-do-
hospital-geral-de-palmas-203480/

Muito se tem discutido a respeito da humanização no atendimento hospitalar


devido, principalmente, à vulnerabilidade do paciente e ao confronto entre
tecnologia e humanização. No entanto, os estudos têm dado pouca ênfase à
relevância dessa temática nos atendimentos de urgência e emergência, onde o
sujeito muitas vezes e um cliente crítico que necessita de atendimento rápido, mas
que da mesma forma necessita e busca em atendimento de qualidade e
humanizado.

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Segundo o Ministério da Saúde, o atendimento pré-hospitalar pode ser


definido como a assistência prestada em um primeiro nível de atenção, aos
portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica,
quando ocorrem fora do ambiente hospitalar, podendo acarretar sequelas ou até
mesmo a morte. Ou seja, os servidores hospitalares de urgência/emergência
representam a porta de acesso ao atendimento de alta complexidade e a eles
deveriam ser destinados os casos mais graves ou com risco iminente de morte, mas
observamos uma superlotação em decorrência da ineficiência da atenção primária
ou secundária e o deslocamento indevido da população ao pronto- socorro.
No contexto da assistência em unidade de emergência, pode-se perceber
uma dificuldade maior para exercício da PNH, visto que por tratar-se de atendimento
de urgência e emergência, a diversidade de serviços de alta complexidade é grande,
e estes exigem tecnologias que não garantem qualidade da assistência, pois há
influencia decisiva de fatores relacionados ao objeto e à força de trabalho neste
processo. E há também com passar do tempo à tendência da maioria dos
profissionais é fazer o do trabalho uma rotina, com regras e normas, muitas vezes
devido a pouco pessoal para prestar atendimento e até mesmo pelo mau uso de
serviços por parte da população, levando a equipe a não dar conta de prestar a
assistência esperada pela sociedade.
Pai e Lautert (2006), afirma que na busca pela estabilização das condições
vitais do paciente, o atendimento se dar por meio do suporte à vida, exigindo
agilidade e objetividade no fazer. Desta forma, quando se fala em humanização nas
unidades de urgência e emergência, pensa-se na descentralização do atendimento
e remete-se à necessidade de resgatar de um atendimento mais humano que seja
capaz de focar a dignidade das pessoas em situações de necessidades de cuidados
ou atenção, algo presente em todo momento nos serviços de emergência.
O cuidador/profissional de saúde é elemento fundamental para o cuidado
humanizado não somente pela competência técnica, mas pela vivência ética.
Embora exista o estresse característico da unidade de emergência, faz-se
necessária a elaboração de estratégias de aplicabilidade na dinâmica do serviço no
intuito de amenizar fatores possíveis de interferir na qualidade do atendimento.
Portanto, a humanização no ambiente de atendimento de urgência e emergência
precisa ser trabalhada com vista a intervenções voltadas ao bem-estar do

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paciente/família, dos profissionais, da comunidade em geral e da instituição.


Desta forma, acredita-se que é viável que se implante um processo de
atendimento humanizado nessas unidades, principalmente pela maioria vista em
longo prazo, tanto nas relações interpessoais entre profissionais como na melhoria
da qualidade da assistência ao paciente/cliente e também aos seus entes envolvidos
neste processo.
É importante destacar ainda, que para a implantação do cuidado com ações
humanizadas é preciso valorizar a dimensão subjetiva e social em todas as práticas
de atenção e gestão no SUS, fortalecer o trabalho em equipe multiprofissional,
fomentar a construção de autonomia e protagonismo dos sujeitos, fortalecer o
controle social com caráter participativo em todas as instâncias gestoras do SUS,
democratizar as relações de trabalho e um ponto muito importante: valorizar os
profissionais de saúde

EMERGÊNCIA

Fonte: https://www.iped.com.br/materias/enfermagem/importancia-assistencia-enfermagem-paciente-
hiv.html

Pensar em relação humanização/trabalho em enfermagem nos remete a


duas diferentes formas de abordar o assunto. Podemos estar nos referindo à
humanização do trabalho de enfermagem ou ao trabalho humanizado da
enfermagem. No primeiro caso, estaríamos nos referindo ao desenvolvimento de
uma assistência de enfermagem humanizada e, no segundo, a um processo de
trabalho que humanize as relações de trabalho de enfermagem. Nos dois casos
estraríamos falando da razão e do sentido que esses conceitos abarcam na
profissão. Enfermagem, pois a enfermagem é, essencialmente, cuidado, e cuidado
prestado ao ser humano, individualmente, na família ou na comunidade.
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A enfermagem é uma profissão de muitas técnicas e cuidados, mas o maior


desafio está aprendera escutar, acolher o outro, partilhar o momento, aprender com
o outro, ser coerente, sorrir, criar harmonia, não rotular, atender prontamente e
acima de tudo ser apaixonada pelo que faz. Deus nos deu o rosto, nós fazemos as
nossas expressões.
O cuidador, objetivo da prática da enfermagem, desenvolve-se no encontro
com o outro, sendo facilmente reconhecido como uma necessidade nos momentos
críticos da existência do ser humano, isto é o nascimento, a doença e a morte.
Precisa, no entanto, ser sentido, assumido e exercitado no dia a dia da
enfermagem para evitar que sua prática se torne mecânica, impessoal e até
desumana.
A humanização na saúde, em especial nos serviços de urgência e
emergência, como um grande desafio para a enfermagem, que envolve uma
construção permanentes de cidadania e corresponde à produção de novas atitudes
por parte de trabalhadores, gestores e usuários, de novas éticas no campo do
trabalho, incluindo ai o campo da gestão e das práticas de saúde, superando
problemas e desafios do cotidiano do trabalho.
A humanização muitas vezes é negligenciada pelos profissionais de
enfermagem, devido à excessiva carga de trabalho, responsabilidade de suas ações
episódios de extrema tensão, envolvimento constante com a dor, perda e morte.
Poucos conseguem lidar com esse cotidiano de forma imparcial, e muitos,
desenvolvem mecanismos de defesa, entre eles a negação e a fuga. O resultado é
uma atuação fria e distante com o cliente e seus familiares evitando qualquer
envolvimento emocional e diálogo.
A organização de atendimento de enfermagem no pronto-socorro de
estrutura com atendimentos de emergência e de urgência, exigindo um fluxo de
diversidade de atendimento. A estrutura física associada à rotatividade de pacientes
compromete o atendimento, tornando o ambiente de trabalho em espaços limitados
e inadequados, intervindo assim na organização do atendimento de enfermagem.
Destaca-se que há certa dificuldade da parte dos trabalhadores para atuar na
política de humanização, certa desmotivação, uma vez que o processo de
humanização no trabalho da enfermagem é uma questão a ser refletida, pois a
maioria dos profissionais enfrenta situações difíceis em seu ambiente de trabalho,

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tais como baixas remunerações, pouca valorização da profissão e descaso frente


aos problemas identificados pela equipe, especialmente quanto ao distanciamento
entre o trabalho prescritivo, o preestabelecido institucionalmente e aquele realmente
executado junto ao cliente.
Acredita-se que, em meio às limitações existentes, planejar o cuidado de
enfermagem nesta perspectiva pode vir a ser uma alternativa para a inclusão desta
prática no cotidiano de trabalho. As verdadeiras dimensões do cuidar – éticas,
subjetivas, técnicas e instituições – devem ser claras para o planejamento da
humanização da assistência. Esta pode ser pensada enquanto acolhimento que
permita reflexões e criações coletivas, com comprometimento dos envolvidos e
poderá iniciar pelo resgate do sentido da enfermagem enquanto profissionais do
cuidado.

PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA (PCR)

Fonte: https://blog.livrariaflorence.com.br/primeiros-socorros-nocoes-basicas/

A PCR consiste na cessação súbita da atividade cardíaca e da respiração,


ocasionando a interrupção circulatória e privação tecidual de oxigênio e nutrientes,
podendo levar à morte em poucos minutos.
As causas mais comuns estão relacionadas a comprometimentos cardíacos,
fluxo coronariano prejudicado, alterações do ritmo cardíaco, distúrbios respiratórios e
hidroeletrolíticos, ao choque e trauma, entre outras.
Ao presenciar a PCR, verifique os sinais e sintomas que confirmam o quadro
de:
• Inconsciência: o paciente não responde a estímulos verbais;
• Apneia: ausência de movimentos respiratórios;
• Ausência de pulso;
• Alteração da atividade elétrica cardíaca: assistolia, atividade elétrica
sem pulso (AESP), fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso.
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Reconhecer os sinais que precedem a PCR, bem como identificar as causas


prováveis, é fundamental para o sucesso das manobras de reanimação
cardiopulmonar cerebral (RCPC), pois os danos cerebrais decorrentes da ausência
circulatória ocorrem de forma mais grave após 4 a 6 minutos de PCR.
As chances de reversão do quadro são maiores quando os sinais e sintomas
sugestivos da PCR são identificados precocemente ou quando o evento é presenciado
e as manobras de reanimação são imediatamente iniciadas.
As manobras de reanimação baseiam-se em protocolo internacional
desenvolvido pela American Heart Association (AHA). São associadas a uma cadeia
ou corrente de sobrevivência para o atendimento da PCR, de maneira que cada elo
da corrente corresponde a uma determinada etapa, cuja ordem não pode ser alterada
nem interrompida para não prejudicar a seqüência das ações:
1. Acesso rápido à vítima e identificação imediata da PCR após a avaliação do
nível de consciência;
2. Solicitação de auxílio por comunicação telefônica ao Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência;
3. Início imediato das manobras de reanimação cardiopulmonar (RCO) até a
chegada do serviço especializado;
4. Continuidade das manobras durante o transporte até o hospital.
Em correspondência a cada elo da cadeia, são estabelecidas as ações
prioritárias no atendimento. São denominadas manobras de Suporte Básico de a
(SBV) e manobras de Suporte Avançado de Vida (SAV).
O SBV tem como principal característica a manutenção da vida para garantir a
oxigenação tecidual e perfusão cerebral.
São as ações básicas e prioritárias a serem realizadas como medidas iniciais
no atendimento em parada cardio-respiratória.

Cuidados gerais

Ao iniciar as manobras de reanimação fique atento ao posicionamento do


cliente para favorecer a eficácia da intervenção:
• Posicione o paciente sobre uma superfície rígida. Isso permite uma
eficácia maior das compressões torácicas;

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• Defina o ponto de compressão torácica externa: sobre o esterno, localize


o centro da linha intermemilar;
• Posicione a região hipotênar da mão e entrelace os dedos da outra mão;
• Mantenha os cotovelos retos, com os ombros em ângulo de 90o em
relação aos braços;
• Comprima o tórax rebaixando-o cerca de 4 a 5 cm. É de uma importância
que essa compressão seja feita com a transferência do peso da pessoa que está
realizando a compressão e não somente com a aplicação da força do MMSS;
• Alivie a compressão sem perder contato da mão com o tórax: permita
que o tórax retorne à posição original, antes de iniciar a compressão seguinte.

Relação Faixa etária e quantidades de segundo por uma ventilação

Faixa etária Quantidade de segundos Nº de Ventilação

Adulto 5 segundos 01 (uma) ventilação

Crianças (de 1 ano até 3, 4 ou 5 segundos 01 (uma) ventilação

adolescência) relacionando à idade

Bebes (menores de um 3 segundos 01 (uma) ventilação

ano exceto neonatos)

Neonatos 1,5 segundos 01 (uma) ventilação

Diante do sucesso das manobras dá-se prosseguimento aos cuidados pós-


reanimação com a reavaliação geral do paciente, dos parâmetros vitais, manutenção
da monitorização, e da assistência ventilatória.
Os cuidados incluem ainda a manutenção da permeabilidade dos dispositivos,
da infusão de fluidos e fármacos, indicando-se drogas vasoativas como dopamina,
dobutamina, noradrenalina.
É importante verificar a drenagem de líquidos e secreções, providenciar a
coleta de material para exames laboratoriais e preparar o paciente para exames
radiológicos.

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Assistência de enfermagem na P.C.R.

✓ Isolar a cama ou a maca do paciente com biombos.


✓ Providenciar material, medicamentos e aparelhos necessários á
ressuscitação cardio pulmonar;
✓ Puncionar e fixar uma veia para administração e soluções e drogas
prescritas;
✓ Colaborar na dissecação de veia ou passagem de intracarth;
✓ Fazer anotações no prontuário, tais como: hora da parada, atendimento
prestado, resultado e óbito;
✓ O auxiliar de enfermagem deve auxiliar ao médico em todos os
procedimentos necessários;
Nas paradas cardio-respiratórias podem ocorrer complicações tais como:
hemotórax, pneumotórax, fraturas do esterno e costelas, rupturas pulmonares,
rupturas de fígado e baço;
A enfermagem deve estar sempre atenta ao pedido médico e auxiliá-lo em tudo
quanto for necessário.
Veja no quadro abaixo às intervenções básicas e avançadas que podem ser
promovidas nas manobras de reanimação durante a parada cardio-respiratória.

❖ Em crianças a proporção de compressão torácica externa/


ventilação, respectivamente, é de 30:2, na presença de um profissional.
No atendimento em equipe ou 2 profissionais, manter a razão 15:2.
Exceção para neonatos: manter a proporção de 3:1.
❖ Em crianças usar a palma da mão, proceder à compressão
aprofundando 2,5 a 3,5cm para efetividade das compressões.
❖ Em lactentes: posicionar 2 dedos cerca de 1cm abaixo da linha

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OVACE (Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho)

Causas de OVACE em Adultos: Embora a perda de consciência seja a causa mais


frequente de obstrução de vias aéreas, a obstrução por corpos estranhos pode ser
causa de perda de consciência e parada cardiopulmonar. A eventualidade de corpos
estranhos obstruírem vias aéreas em pessoas conscientes ocorre mais
frequentemente durante as refeições, sendo a carne a causa mais comum. Outras
causas de obstrução: próteses dentárias deslocadas, fragmentos dentários, chicletes
e balas. A obstrução de vias aéreas pelo conteúdo regurgitado do estômago pode
ocorrer durante a parada cardiopulmonar ou nas manobras de reanimação
cardiopulmonar. Pessoas com nível de consciência alterado também correm risco de
obstrução de vias aéreas pela aspiração de material vomitado.

Causas de OVACE em Crianças: Em crianças as principais causas de obstrução de


vias aéreas é a aspiração de leite regurgitado ou de pequenos objetos. Outras causas
frequentes são alimentos (balas, chicletes, etc.) e causas infecciosas (epiglotite).
Neste último caso, a presença do médico ou o transporte imediato para o hospital se
fazem imperiosos. Os lactentes (até 1 ano de idade) são as principais vítimas de morte
por aspiração de corpo estranho na faixa etária pediátrica.

Reconhecimento

O reconhecimento precoce da obstrução de vias aéreas é indispensável para o


sucesso no atendimento. O socorrista deve estar atento, pois a obstrução de vias
aéreas e consequente parada respiratória rapidamente evolui para parada
cardiopulmonar. A obstrução das vias aéreas pode ser parcial (leve) ou total (grave).
Na parcial, a vítima pode ser capaz de manter boa troca gasosa, caso em que poderá
tossir fortemente, apesar dos sibilos entre as tossidas.
Enquanto permanecer uma troca gasosa satisfatória, encorajar a vítima a
persistir na tosse espontânea e nos esforços respiratórios, sem interferir nas tentativas
para expelir o corpo estranho.
A troca insuficiente de ar é indicada pela presença de tosse ineficaz e fraca,
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ruídos respiratórios estridentes ou gementes, dificuldade respiratória acentuada e,


possivelmente, cianose. Neste ponto, iniciar o manejo da obstrução parcial como se
houvesse obstrução total.
Em adultos, a obstrução por corpo estranho deve ser suspeitada em toda vítima
que subitamente pare de respirar, tornando-se cianótica e inconsciente, sem razão
aparente. Deve-se tomar cuidado na diferenciação de OVACE e parada
cardiorrespiratória (ver capítulo específico – Ressuscitação Cardiopulmonar).
Em crianças a OVACE deve ser suspeitada nos seguintes casos: dificuldade
respiratória de início súbito acompanhada de tosse, respiração ruidosa, chiado e
náusea. Se essa obstrução se tornar completa, ocorre agravamento da dificuldade
respiratória, cianose e perda de consciência.

Reconhecimento de OVACE em Vítima Consciente:


A obstrução total das vias aéreas é reconhecida quando a
vítima está se alimentando ou acabou de comer e,
repentinamente, fica incapaz de falar ou tossir. Pode
demonstrar sinais de asfixia, agarrando o pescoço,
apresentando cianose e esforço respiratório exagerado. O
movimento de ar pode estar ausente ou não ser detectável.
A pronta ação é urgente, preferencialmente enquanto a
vítima ainda está consciente.
Em pouco tempo o oxigênio disponível nos pulmões será utilizado e, como a
obstrução de vias aéreas impede a renovação de ar, ocorrerá à perda de consciência
e, rapidamente, a morte.

Reconhecimento de OVACE em Vítima Inconsciente: Quando um adulto for


encontrado inconsciente por causa desconhecida, suspeitar de parada
cardiopulmonar por infarto, acidente vascular ou hipóxia secundária à obstrução de
via aérea.
Ele será avaliado pensando-se em parada cardiopulmonar, deixando para fazer
o manejo de desobstrução de vias aéreas apenas se o fato se evidenciar. Tratando-
se de criança, devemos suspeitar imediatamente de OVACE.

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Desobstrução de Vias Aéreas


Os métodos de desobstrução de vias aéreas dividem-se em dois tipos, conforme a
natureza da obstrução: obstrução por líquido (rolamento de 90º e aspiração) ou obstrução por
sólido (remoção manual e manobras de desobstrução).

Obstrução por líquido (Rolamento de 90º): Esta manobra consiste em lateralizar


a vítima em monobloco, trazendo-a do decúbito dorsal para o lateral, com o intuito de
remover secreções e sangue das vias aéreas superiores. Estando a vítima na cena
do acidente, ainda sem intervenção do socorrista, ou seja, sem qualquer imobilização
(colar cervical e tábua), havendo a necessidade da manobra, esta deverá ser realizada
com controle cervical manual.
Estando a vítima já imobilizada em tábua, proceder à manobra mediante a
lateralização da própria tábua.

Aspiração: A aspiração de secreções e sangue pode ser realizada ainda na


cena do acidente, mediante uso de aspiradores portáteis, ou no interior da ambulância,
pelo uso de aspiradores fixos. Os aspiradores devem promover vácuos e fluxo
adequado para sucção efetivada faringe, através de sondas de aspiração de vários
diâmetros.
Obstrução por Sólido (Remoção Manual): Durante a avaliação das vias aéreas,
o socorrista pode visualizar corpos estranhos, passíveis de remoção digital. Somente
remover o material que cause obstrução se for visível. É difícil o uso dos dedos para
remover corpos estranhos das vias aéreas. Em muitos casos é impossível abrir a boca
da vítima e inserir os dedos para esse propósito, a menos que a vítima esteja
inconsciente. Em alguns casos, especialmente envolvendo crianças e lactentes, um

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dedo adulto pode aprofundar o corpo estranho, causando a obstrução completa.


A técnica de remoção manual consiste em abrir a boca da vítima utilizando a
manobra de tração da mandíbula ou a de elevação do mento (abordadas à frente) e
retirar o corpo estranho com o indicador “em gancho”, deslocar e retirar o corpo
estranho. Estando o corpo estranho mais aprofundado, existe a alternativa de utilizar
os dedos indicadores e médios "em pinça". Em recém-nascido e lactente, utilizar o
dedo mínimo em virtude das dimensões reduzidas das vias aéreas.
Somente tentar a remoção se o corpo estranho estiver visível; se não, está
contraindicada a procura do material com os dedos.

Técnica aplicada em casos de OBSTRUÇÃO TOTAL em adultos e crianças maiores


que um ano e CONSCIENTE

❖ Retirada de corpos estranhos – O profissional deve solicitar que a


vítima exponha a região oral, para favorecer uma avaliação geral da região bucal,
caso seja visualizado algum corpo estranho deve ser retirado. Em nenhuma hipótese
deve ocorrer uma exploração digital, sem ter visualizado algum corpo estranho, pois
poderá agravar a situação;
❖ Técnica da tapotagem – O técnico de enfermagem deve colocar sua
mão em forma de concha, ou seja, os dedos em adução, promovendo movimento de
flexo-extensão do punho entre a região omoplatas, pelo menos quatro ou cinco vezes
de maneira rítmica e alternada.
❖ Manobra de Heimlich – Uma manobra que sua eficácia é diante de
casos de obstrução é total.
Veja os passos da técnica à abaixo:

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Se caso a vítima desfalecer passar para as técnicas em situações de


pacientes inconscientes.
❖ Técnica aplicada em casos de adultos e crianças maiores de um ano

INCONSCIENTE

❖ Compressões torácicas – O profissional deve posicionar-se na lateral


da vítima e iniciar as compressões de acordo com as orientações do algoritmo de
suporte avançado, ou seja, 30 compressões para cada 2 ventilações para os adultos
e 15 compressões para cada 2 ventilações nos casos de crianças (respeitar as
orientações da técnica para cada faixa etária). O ciclo de compressões deve ser
repetido até à chegada ao hospital ou de uma ambulância de suporte avançado.
Vale ressaltar que não podemos falar que estamos realizando uma RCP,
porque a vitima não esta em parada.

Crianças menores de um ano conscientes

❖ Técnica da tapotagem – O profissional deve


posicionar a criança em decúbito ventral na região do seu
antebraço, com a cabeça apoiada em uma de suas mãos,
estabilizando com dois dedos na região facial da criança,
posicionando mais baixa que a região do tronco da vítima. O
profissional pode utilizar como apoio a região femoral.
Após posicionamento deve iniciar entorno de
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cinco tapotagens entre as regiões escapulares.


❖ Compressões torácicas – O profissional deve posicionar o bebê em
decúbito dorsal em uma superfície rígida e iniciar cinco compreensões, após as
compreensões examinar a cavidade oral, em busca de corpo estranho, caso encontrar
retirar. Caso não encontre nenhum corpo estranho e/ou não tenha êxito na
recuperação da vítima, deve voltar a fazer o ciclo de compressões até à chegada ao
hospital ou de uma ambulância de suporte avançado.
A técnica das compressões é a única indicada para as crianças menores de
um ano inconsciente.

AFOGAMENTO

Fonte:
https://correio9.com.br/como-prestar-primeiros-socorros-em-caso-de-afogamento/

É a aspiração de líquido causada por submersão ou imersão. O termo


aspiração refere-se à entrada de líquido nas vias aéreas (traqueia, brônquios ou
pulmões), e não deve ser confundido com “engolir água”.

Mecanismos da Lesão no Afogamento

No afogamento, a função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido


nas vias aéreas, interferindo na troca de oxigênio (O2) - gás carbônico (CO2) de
duas formas principais:
• Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma
coluna de líquido, nos casos de submersão súbita (crianças e casos de afogamento
secundário) e/ou;
• Pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos (a vítima luta para
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não aspirar).
Estes dois mecanismos de lesão provocam a diminuição ou abolição da
passagem do O2 para a circulação e do CO2 para o meio externo, e serão maiores
ou menores de acordo com a quantidade e a velocidade em que o líquido foi
aspirado. Se o quadro de afogamento não for interrompido, esta redução de oxigênio
levará a parada respiratória que consequentemente em segundos ou poucos
minutos provocará a parada cardíaca.

Tipos de Acidentes na Água

• Síndrome de Imersão - A Hidrocussão ou Síndrome de Imersão


(vulgarmente conhecida como "choque térmico") é um acidente desencadeado por
uma súbita exposição á água mais fria que o corpo, levando a uma arritmia cardíaca
que poderá levar a síncope ou a parada cardiorrespiratória (PCR).
• Hipotermia - A exposição da vítima à água fria reduz a temperatura
normal do corpo humano, podendo levar a perda da consciência com afogamento
secundário ou até uma arritmia cardíaca com parada cardíaca e consequente morte.
Sabemos que todas as vítimas afogadas têm hipotermia, mesmo aquelas afogadas
em nosso litoral tropical.

Classificação do Afogamento

• Quanto ao Tipo de água:


• Afogamento em água Doce: piscinas, rios, lagos ou tanques.
• Afogamento em água Salgada: mar.
• Afogamento em água salobra: encontro de água doce
• Afogamento em outros líquidos não corporais: tanque de óleo ou outro
material e outros.
• Quanto á Causa do Afogamento (identifica a doença associada ao
afogamento):
• Afogamento Primário: quando não existem indícios de uma causa do
afogamento.
• Afogamento Secundário: quando existe alguma causa que tenha

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impedido a vítima de se manter na superfície da água e, em consequência precipitou


o afogamento: Drogas (36,2%) (mais frequente o álcool), convulsão, traumatismos,
doenças cardíacas e/ou pulmonares, acidentes de mergulho e outras.

O Suporte Básico de Vida Dentro da Água

Em vítimas inconscientes, a checagem da ventilação e se necessário a


realização do boca-a-boca (evitar o máximo esse procedimento direto) ainda dentro
da água, aumenta a sobrevida sem sequelas em 3 vezes. O socorrista deve saber
realizar os primeiros socorros ainda dentro da água. Com a estimativa de que o
tempo de retorno à área seca pode ser de 3 a 10 vezes maior do que o tempo para
atingir a vítima, o conhecimento técnico do suporte básico de vida ainda dentro da
água, encurta o tempo de hipoxemia restaurando mais precocemente a ventilação
e a oxigenação desta vítima. A preciosa economia destes minutos pode ser a
diferença entre a vida e a morte do afogado.
• Reconheça o nível de consciência
Se consciente, não há necessidade de suporte de vida dentro da água,
somente quando chegar à área seca.

Se inconsciente:
Reconheça se existe parada respiratória ainda dentro da água.
• Em casos de inconsciência, um sustenta a vítima e o outro abre as vias
aéreas e checa a respiração.
• Em caso de ausência de respiração realiza 10 ventilações boca-a-boca.
Esta medida evita a progressão da parada respiratória para uma PCR.
• Caso haja retorno da ventilação, o socorrista resgata a vítima até a área
seca, observando a cada minuto se a vitima continua respirando.
• Caso não obtenha sucesso no retorno da ventilação, considere que a
vitima esta em PCR e resgate o mais rápido possível a área seca para uma completa
ressuscitação cardiopulmonar.
• Em caso de Traumatismo Raqui-Medular (TRM) o cuidado com a coluna
cervical e sua imobilização (Vê capítulo Intervenções em vítimas traumatizadas) pode
ser a diferença entre uma vida saudável e a tetraplegia. Em praias, a possibilidade de

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TRM é de 0.009% dos resgates realizados. Portanto nestas situações só imobilize se


houver forte suspeita de trauma cervical. Em contrapartida, os casos de afogamento
em águas turvas, piscinas e águas rasas têm uma incidência maior, e deve ser
avaliado caso a caso dependendo do local.
• Embora várias situações possam determinar a perda da consciência em
águas rasas, a prioridade é tratá-la como se fosse um TRM, de forma a prevenir uma
lesão maior.
• Causas de inconsciência em águas rasas: TRM, Traumatismo Crâneo-
Encefálico (TCE), mal súbito (infarto Agudo do Miocárdio (IAM), convulsão, lipotímia,
hidrocussão (choque térmico)), e afogamento primário em que a vítima foi parar em
águas rasas.

O Transporte – A Transição da Água Para Areia

O transporte ideal da água para a areia é a técnica Australiana. Este tipo de


transporte reduz a incidência de vômitos e permite manter as vias aéreas
permeáveis durante todo o transporte.

Fonte: http://www.fac.org.ar/scvc/llave/epi/szpilma/szpilmap.htm

• Coloque seu braço esquerdo por sob a axila esquerda da vítima e trave
o braço esquerdo.
• O braço direito do socorrista por sob a axila direita da vítima segurando
o queixo de forma a abrir as vias aéreas, desobstruindo-as, permitindo a ventilação
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durante o transporte.
Em casos suspeitos de trauma cervical, utilize sempre que possível à
imobilização da coluna cervical durante o transporte até a areia ou a borda da
piscina. Quando possível utilize uma prancha de imobilização e colar cervical, ou
improvise com prancha de surf.

SUPORTE BÁSICO DE VIDA NO SECO - AREIA ou PISCINA

As condutas a serem tomadas seguem as orientações realizadas no capítulo


Atendimento em Parada Cardiorrespiratória – PCR. Algumas outras orientações
seguem abaixo:
• Ao chegar à areia, ou na borda da piscina coloque o afogado em
posição paralela a água, de forma que o socorrista fique com suas costas voltada para
o mar, e a vítima com a cabeça do seu lado esquerdo.
• A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada,
pois esta tentativa prejudica e retarda o início da ventilação e oxigenação do paciente,
alem de facilitar a ocorrência de vômitos.

Nos olhos

Os olhos são os órgãos que estão mais em contato com o trabalho e,


portanto, mais susceptíveis de receber corpos estranhos. Por ser um órgão muito
delicado e, se atingidos por poeira, areia, insetos ou outros corpos estranhos que
penetre ou respingue, podem sofrer irritação, inflamações e ferimentos mais sérios
e até perda de visão.
Todo cuidado é pouco nas manobras de remoção de corpos estranhos dos
olhos. Qualquer atendimento mal feito ou descuidado pode provocar lesões
perigosas na córnea, conjuntiva e esclerótica.

Ações de cuidado

Procurar reconhecer o objeto e localizá-lo visualmente. Em seguida, pede-se


à vítima que feche e abra os olhos repetidamente para permitir que as lágrimas
lavem os olhos e, possivelmente, removam o corpo estranho.
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Quando um corpo estranho se localizar na pálpebra aplicar a seguinte


técnica:

Caso o acidente seja causado por um líquido, o olho deve ser lavado em água
corrente. Uma alternativa para estas opções é fazer com que o acidentado
mantenha o rosto, com o olho afetado, debaixo d'água, mandando-a abrir e fechar
repetidamente o olho. Este procedimento deverá ser realizado no mínimo por 5
minutos.
É importante relatar que não é importante nesse momento saber qual foi o
tipo de líquido, e sim lavar imediatamente para posteriormente conduzir o paciente
ao especialista.

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• No ouvido externo

Acidente muito comum em criança, mas que não isenta de o adulto ser
acometido também. Os insetos, sementes, grãos de cereais e pequenas pedras
podem se alojar no ouvido externo, como também, cerume endurecido que pode ser
confundido com um corpo estranho. Todos causam perturbação na função auditiva
e desconforto.
A presença de um corpo estranho no ouvido, geralmente, não se constitui
num problema de urgência, favorecendo ao profissional mais tempo para conduzir
a situação com cautela, evitando prejuízo para o paciente.

Ações de cuidado com insetos no ouvido externo

Quando o objeto estranho for um inseto provocará um ruído que incomodará


a vítima, podendo gerar estado de inquietação e irritabilidade.
Deve-se fazer alguma coisa para aliviar de imediato a vítima. Ou seja, se o
inseto estiver se movimentando dentro do ouvido, podemos utilizar um feixe de luz.
Deve-se puxar a orelha para trás e dirigir o facho de luz para o canal auditivo. O
inseto atraído pela luminosidade sairá com certa facilidade.

Grãos ou fragmentos metálicos no ouvido externo

O profissional deve solicitar que a vítima incline a cabeça para baixo e para
o lado do ouvido atingido. Com o punho, a paciente ou o socorrista deve dar leves
batidos na cabeça, no lado do ouvido atingido.

ATENÇÃO

Não tente retirar corpo estranho do ouvido com hastes flexíveis, pinça ou
outro instrumento qualquer, pois corre-se o risco de empurrá-lo ainda mais para
dentro. Ele pode atingir o tímpano, perfurando-o, podendo provocar até surdez.

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No nariz

Quando o órgão em que se encontra um corpo estranho for o nariz, que


também ocorre com maior frequência na criança, geralmente causa dor, crises de
espirro e coriza. Podem resultar em irritação se não forem removidos
imediatamente.
O profissional orientar ao paciente comprimir a narina que esteja livre e pedir
que a vítima mantenha a boca fechada e tente expelir ar pela narina tampada. É
necessário avisar a vítima para que não assue o nariz com muita violência. Isto
poderia ferir a cavidade nasal.

Ações de cuidado

Em nenhuma hipótese devemos introduzir algum instrumento na narina


atingida. Isso pode provocar outras complicações.
Nos casos de crianças que não soube assuar o socorrista deverá colocar a
própria boca sobre o nariz da vítima e tentar aspirar ao corpo estranho. Se não
conseguir, deve encaminhar a vítima ao hospital, rapidamente.

Na garganta

Corpos estranhos na garganta (como espinhas de peixe ou moedas) podem


obstruí-la, provocar lesões e/ou asfixia, por impedir a entrada de ar nos pulmões

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QUEIMADURAS

Queimadura é um tipo de trauma de etiologia variável, em que várias estruturas


anatômicas podem ser acometidas e não somente a pele, como frequentemente se
associa.
A desnaturação das proteínas nas áreas lesadas caracteriza a destruição
tecidual e quanto maior o tempo de contato com o agente causador da queimadura
maior serão os danos, locais e/ou sistêmicos.
Assim sendo, a primeira medida é interromper por resfriamento ou abafamento
o calor gerado nesse processo e retirar os adornos como anel, brinco, colar, pulseira,
relógio, piercing, pois o edema resultante da injúria se instala rapidamente.
Essa desnaturação das proteínas, resultante da agressão térmica e morte
tecidual, provoca alterações em três zonas concêntricas na queimadura de espessura
total:
❖ zona de coagulação: área mais central da lesão, onde ocorre a
desvitalização tecidual;
❖ zona de estase: circunda a parte central, ocorre o extravasamento de
líquido para o interstício, originando o edema;
❖ zona de hiperemia: área mais externa da lesão, onde predomina a
hiperemia.
É possível classificar as queimaduras conforme a área de superfície corporal
queimada, sendo avaliada em extensão e profundidade.
Acompanhe no quadro abaixo, a classificação dos tipos de queimaduras,
segundo a profundidade.

TIPO ÁREA CARACTERÍSTICAS EVOLUÇÃO


COMPROMETIDA
1º Grau Epiderme - Hiperemia Dor local As lesões superficiais não
exigem cuidados especiais e
melhoram em até uma semana.

2º Grau Epiderme e Derme - Hiperemia As lesões podem ser superficiais


- Dor local ou profundas. É necessário o
- Formação de bolhas controle da dor e do risco de
infecção. A cicatrização pode

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ocorrer em duas a três semanas.

3º Grau Epiderme Derme - Lesões secas e Quando as lesões são


Hipoderme esbranquiçadas com circundadas por áreas de
Músculos Tendões aspecto de couro queimadura de 2º grau é
necessária a analgesia. O risco
4º Grau Epiderme Derme - Lesões escurecidas,
para infecção é alto e a
Hipoderme necrosadas
intervenção cirúrgica em geral é
Músculos Ossos
necessária, como o
Outros órgãos
desbridamento e o enxerto. O
internos
posicionamento correto do
paciente é fundamental para
evitar posições que possam
comprometer a movimentação e
funcionalidade, pelo risco de
contraturas musculares.

Tratamento de Emergência das Queimaduras

A queimadura é caracterizada como toda lesão no tecido de revestimento do


corpo humano causado por agentes térmicos (frio, calor e eletricidade), químicos,
radiação ionizante e ferimentos abrasivos.

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A vitima deve ser classificada grave ou grande queimado quando possuir:


• Queimadura de 3º grau presente em mais de 10% da superfície corporal
(adulto e criança);
• Queimadura de 2º grau presente em mais de 25% da superfície corporal
se adulto;
• Queimadura de 2º grau presente em mais de 20% da superfície corporal
se criança.
São consideradas também queimaduras graves aquelas que acontecem nas
seguintes regiões:
• Região genital;
• Nos pés e nas mãos;
• Na face;
• Nas articulações.

Tratamento Imediato de Emergência

• Retire os pertences da vítima, como anéis, pulseiras e relógios, pois


podem ficar mais apertados se houver edema (guarde com você ou entregue a um
familiar);
• Resfrie rapidamente o local com água fria (A água retira a fonte térmica
que está causando a queimadura, servindo para não agravar a lesão e diminuindo
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dor);
• Cubra a lesão com pano limpo e úmido;
• Nas queimaduras de segundo grau em mãos, pés, zonas genitais, faces
e naquelas que abrangem mais de 10 a 15 % da superfície corporal, encaminhar
sempre assistência médica com urgência;
• Verifique sinais vitais, pois a vítima pode entrar em estado de choque.
Se este for o caso, trate o choque. Se houver necessidade, faça o RCP;
• Mantenha liberadas as vias aéreas e certifique-se de que a vítima respira
bem, principalmente quando existem queimaduras na face;
No translado ao hospital permaneça fazendo as avaliações e observação
para uma continuidade completa a nível hospitalar.

CHOQUE

O choque é uma situação muito frequente encontrada em pacientes internados,


independentemente da causa básica de sua internação, sendo de difícil tratamento.
O quadro clínico com risco de morte iminente pode levar ao óbito por disfunções
múltiplas dos órgãos. É caracterizado por um desequilíbrio entre a oferta e o consumo
de oxigênio em nível regional e sistêmico, prejudicando a irrigação e oxigenação dos
tecidos.
Vários tipos de classificação do choque são aceitos. Mouchawar, em 1993,
classificou o choque de acordo com sua etiologia. Classificação do choque em função
das etiologias prevalentes
Choque cardiogênico: É caracterizado pela falência do coração como bomba
cardíaca, pela diminuição da força de contração, diminuição do débito cardíaco,
aumento da pressão venosa central, gerando a má perfusão tecidual. Causado como
complicações de patologias cardíacas como infarto, arritmias, embolia, tamponamento
cardíaco, contusão cardíaca, pós-operatório de cirurgia cardíaca, entre outros.
Choque hipovolêmico: É caracterizado pela perda de líquido, externa ou
internamente. Prevalece em casos de traumas com perda de sangue, queimaduras
extensas, edema intersticial, casos severos de diarreias e vômitos.
Choque obstrutivo: É a incapacidade em manter um débito cardíaco adequado
mesmo na vigência de volemia normal. É caracterizado nos quadros de obstrução

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mecânica como tromboembolismo pulmonar, dissecção de aorta, tamponamento


cardíaco.
Choque distributivo: O choque distributivo ocorre em situações de má
distribuição de volume caracterizada no choque séptico, muito comum nas Unidades
de Terapia Intensivas. Ocorre também a paralisia vasomotora por causa da liberação
de toxinas pelos agentes causadores da infecção que normalmente são as bactérias
e por vezes vírus e fungos. A causa básica é a infecção generalizada por vários tipos
de agentes tais como Escherichia coli, Klebisiella, Neisseriameningitis, Stafilococcus
aureus, entre outros.
Dentro dessa classificação destacamos ainda o choque anafilático e o
neurogênico.
No choque anafilático suas principais causas estão relacionadas à ingestão
acidental ou não de medicamentos, alimentos, venenos, pólen ou outras substâncias
alergênicas para o indivíduo. Ocorre uma reação exacerbada do sistema imunológico,
com liberação de histamina e vasodilatação dos grandes vasos.
A característica principal do choque neurogênico é a descontinuidade das fibras
nervosas do sistema nervoso autônomo, apresenta tônus vascular inadequado
levando a bradicardia e a vasodilatação. É comum em lesões medulares e casos de
traumatismos cranioencefálicos.

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO TRAUMA

Oriunda do grego, a palavra trauma significa ferida e geralmente é associada a


acontecimentos não previstos e indesejáveis. Integrando o grupo de causas externas,
representa um problema de saúde pública de grande magnitude, constituindo-se na
terceira causa de mortalidade no país. É considerada uma doença, pois em geral as
causas são conhecidas e o evento pode ser prevenido.
O trauma pode ser definido como um evento nocivo, intencional ou não
intencional, relacionado à alteração tecidual decorrente da aplicação excessiva de
energia no corpo humano. O impacto de formas de energia (mecânica, química,
elétrica, térmica ou irradiação), resulta em uma lesão, causando alteração estrutural
ou funcional, em parte ou em todo o corpo.
Acomete pessoas de todas as faixas etárias, mas incide frequentemente na
população jovem, do sexo masculino, na plenitude produtiva. Com isso acarreta
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implicações sérias para o paciente durante o tratamento, pela necessidade de


intervenções complexas, pela utilização de diversos métodos diagnósticos e ao tempo
de internação, por vezes prolongado.
Os familiares também sofrem as consequências dessa condição, pois a
recuperação pode ser lenta e gerar sequelas, necessitando de acompanhamento
multiprofissional para reabilitação ou reinserção social. Por fim, a sociedade também
é atingida pelo alto custo no atendimento do indivíduo traumatizado, na redução da
sua capacidade laboral e pelo reflexo nos anos potenciais de vida perdida.

Classificação do trauma:

Aberto ou penetrante: quando há perda da integridade da pele estabelecendo


uma comunicação entre o meio externo e interno do corpo. As lesões são mais
evidentes, facilitando a decisão rápida para intervenção e escolha do tratamento;
Fechado: quando a integridade da pele é preservada. As lesões internas
permanecem ocultas, condição que pode dificultar a identificação dos agravos,
comprometendo a evolução e o prognóstico do cliente.
Conhecer as informações detalhadas do histórico do evento e dos sujeitos
envolvidos, utilização dos dispositivos de contenção como cinto de segurança,
capacete é fundamental para a identificação dos agravos, para a prevenção de
consequências ou sequelas secundárias ao trauma, cujas lesões nem sempre são
evidentes, mas podem ser fatais.
Estudos apontam que em cerca de 20% dos óbitos em acidentes de trânsito,
as vítimas apresentavam lesões, que se tratadas em tempo hábil evitariam a morte.
O atendimento sistematizado no local do evento, provendo cuidados imediatos
para a manutenção da vida, seguido de transporte rápido do indivíduo ao serviço de
saúde, pode ser proporcionado, preferencialmente, pelo serviço de atendimento pré-
hospitalar móvel, visando aumentar as chances e a qualidade de sobrevida do
indivíduo.

TRAUMA DE FACE

O trauma facial pode ser considerado uma das agressões mais devastadoras
encontradas em centros de trauma, por causa das consequências emocionais ao
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afetar a autoimagem e a autoestima do paciente. A agressão na face não envolve


apenas tecidos moles e ossos, mas também por extensão, pode acometer o cérebro,
olhos e dentição.
A etiologia mais comum são as situações de violência interpessoal, queda,
acidentes no trânsito, acidentes esportivos e de trabalho.
Trata-se de um trauma de abrangência multidisciplinar, envolvendo
principalmente as especialidades de trauma, oftalmologia, cirurgia plástica,
bucomaxilofacial e neurocirurgia, no diagnóstico e tratamento de lesões faciais.
A manutenção da permeabilidade das vias aéreas é essencial na assistência
inicial; inspecionar cuidadosamente a face para a identificação das áreas afetadas,
presença de epistaxe, edema, hematoma periorbital, laceração de tecidos moles,
fratura dos ossos da face, lesão de boca e dos dentes.
A confirmação diagnóstica pode ser facilitada pela radiografia da face ou
tomografia computadorizada.
O tratamento precoce das lesões visa restabelecer aspectos funcionais bem
como a estética da face, para evitar sequelas graves e permanentes.

TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO

A ação de uma força externa exercida na cabeça pode ocasionar danos leves,
moderados ou graves, acometendo a caixa craniana apenas externamente ou
comprometendo as estruturas internas, originando o traumatismo cranioencefálico
(TCE).
Entretanto, as alterações decorrentes do dano cerebral nem sempre se
manifestam imediatamente ao acontecimento do trauma, exigindo do profissional a
compreensão dos mecanismos de lesão por trauma, avaliando a extensão, o tipo de
lesão, bem como as características gerais do cliente, faixa etária e antecedentes de
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saúde.
O exame neurológico rápido e objetivo está relacionado ao nível de
consciência, padrão de resposta motora, observação das pupilas e a Escala de Coma
de Glasgow que também contribui na avaliação neurológica. As lesões cerebrais mais
frequentes são causadas por contusões, concussões, ferimentos no couro cabeludo,
fraturas no local do impacto, hemorragias, hematomas (epidural, subdural,
intraparenquimatoso) e lesões penetrantes.
Os exames complementares mais comuns em suspeita de TCE são radiografia
e tomografia computadorizada de crânio. A detecção precoce das lesões, nem sempre
evidentes, são essenciais no prognóstico do paciente. A deterioração neurológica
relacionada a pequenas coleções sanguíneas exige que o paciente seja mantido em
observação por determinado tempo.
Em caso de hematomas e lesões expansivas, exigem um tratamento cirúrgico
a fim de favorecer a descompressão craniana, evitar os efeitos deletérios do aumento
de pressão intracraniana, necessitando neste último caso de monitorização e
cuidados intensivos.

Fonte: http://carolinetoniolo.blogspot.com/2011/04/tce.html

Ações que devem ser realizadas no atendimento ao TCE

• Deve lembrar que existe uma grande possibilidade de ter uma lesão na
coluna cervical;
• Procurar avaliar rapidamente a oxigenação dos tecidos e administrar
oxigênio a 15l/min;
• Posicionar a vítima em posição de semi fowler (se possível, caso não,
deixar a cabeça em plano mais elevado que o corpo). Na maca articulada ajuste o
pino na primeira posição inclinada e realize o transporte;
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• É importante cobrir a vítima, porém não superaquecer;


• Não obstrua a saída de sangue ou líquido cefalorraquidiano dos
ouvidos ou nariz;
• Use a bandagem triangular estendida de cabeça para proteção do
ferimento;
• Afrouxe as vestes da vítima;
• Se estiver consciente, converse com paciente deixando-a acordada;
• Na avaliação secundaria procure saber a quanto tempo a vítima esta
inconsciente e se ela vomitou;
• Mantenha controle sobre os sinais vitais;
• Aplique a escala de Glasgow e verifique sua evolução;
• Prevenir e/ou tratar estado de choque;
• Após posicionamento, imobilizar a vítima, ficar avaliando durante todo
os translado e solicitar apoio do suporte avançado.

TRAUMA DE TÓRAX

O aumento na gravidade e na mortalidade por trauma torácico está diretamente


relacionado ao crescimento do número, poder energético e variedade dos
mecanismos de traumas como a maior velocidade dos automóveis, a violência urbana
e o alto poder lesivo dos armamentos.
Nesse tipo de trauma podemos encontrar a contusão pulmonar, contusão
miocárdica, fratura de costela, ruptura aórtica, ruptura traumática do diafragma,
laceração traqueobrônquica e esofágica, obstrução das vias aéreas, pneumotórax
hipertensivo, hemotórax maciço, tórax instável e tamponamento cardíaco.
Assim sendo o trauma de tórax merece especial atenção por comprometer a
capacidade respiratória e pelo risco de afetar o funcionamento cardíaco, elementos
essenciais na manutenção da vida, além das consequências decorrentes da
dificuldade respiratória e distúrbios no equilíbrio acidobásico.
O atendimento do paciente deve ser orientado segundo os critérios de
prioridade, visando manter a ventilação e perfusão adequada, prevenindo as
deficiências respiratórias, circulatórias e parada cardiorrespiratória. Assegurar a
permeabilidade das vias aéreas observando sinais de insuficiência respiratória como
tiragem de fúrcula, batimento da asa do nariz.
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Em pacientes com alteração do nível de consciência, verificar a necessidade


de promover a aspiração das vias aéreas, observando sinais de obstrução e presença
de corpo estranho.
A avaliação do padrão respiratório visa investigar a simetria e expansibilidade,
presença de enfisema subcutâneo, de fratura de arco costal e de respiração paradoxal
(tórax instável). Considerar risco de pneumotórax hipertensivo e tamponamento
cardíaco, pois são lesões letais quando não identificadas e tratadas rapidamente.
Avalie a oximetria e a necessidade de iniciar a oxigenoterapia; eventualmente
esse paciente pode precisar de suporte ventilatório e procedimentos invasivos como
punção pleural, drenagem torácica, toracotomia, punção pericárdica. Controlar a dor
por meio de analgésicos e opiáceos é ação recomendável.
As complicações mais frequentes nas vítimas de trauma torácico estão
relacionadas à atelectasia ou quadro de dificuldade respiratória, principalmente em
pacientes com doença pulmonar prévia. Outros órgãos afetados também devem ser
avaliados, como o coração pelo risco de diminuição da função cardíaca, com o
surgimento de insuficiência cardíaca e arritmias graves.
Pneumotórax: O pneumotórax é definido como o acúmulo de ar na cavidade
pleural, restringindo o parênquima pulmonar e prejudicando a respiração.

Fonte: http://carolinetoniolo.blogspot.com/2011/04/tce.html

Pode ser classificado em:


Aberto: é caracterizado pelo contato do espaço pleural com o meio ambiente
(solução de continuidade entre a cavidade e o meio externo), levando a uma
equivalência entre as pressões atmosférica e intratorácica, o que ocasionará em
última instância o colapso pulmonar, queda da hematose e uma hipóxia aguda. O
curativo de três pontas pode ser aplicado na lesão até a estabilização do paciente.
Posteriormente o ferimento pode ser fechado com outro curativo oclusivo pouco
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permeável ao ar ou definitivamente, por drenagem torácica ou procedimento cirúrgico


quando indicados.
Simples: o pneumotórax simples tem sua etiologia baseada principalmente no
trauma penetrante e na contusão torácica. O diagnóstico pode ser confirmado na
vigência de dispneia intensa, hipersonoridade à percussão, diminuição ou ausência
de murmúrio vesicular na ausculta e por meio de radiografia de tórax. O tratamento
preconizado é a drenagem pleural; pode ser utilizada também a válvula de Heimlich.
Hipertensivo: o pneumotórax hipertensivo é uma lesão grave que põe em risco
imediato a vida do paciente e deve ser tratado com urgência. Ocorre quando há um
vazamento de ar para o espaço pleural, geralmente por fratura do arco costal. O ar
entra para a cavidade torácica sem a possibilidade de sair, colapsando
completamente o pulmão do lado afetado. O mediastino e a traqueia são deslocados
para o lado oposto, diminuindo o retorno venoso e comprimindo o pulmão não afetado,
causando hipóxia e óbito do paciente.
As causas mais comuns de pneumotórax hipertensivo são pneumotórax
espontâneo, o trauma contuso de tórax e a ventilação mecânica com pressão
expiratória final positiva. Pode configurar-se numa iatrogenia nos procedimentos para
inserção de cateter central em veia subclávia ou jugular interna.
O diagnóstico é clínico, cuja sintomatologia caracteriza-se por dispnéia intensa,
taquicardia, hipotensão, desvio da traquéia, ausência de murmúrio vesicular unilateral,
distensão das veias do pescoço (estase jugular), hipersonoridade, desvio do ictus e
cianose tardia. O pneumotórax hipertensivo exige a descompressão imediata pela
punção pleural do hemitórax afetado. Essa manobra converte a lesão em um
pneumotórax simples, cujo tratamento definitivo consiste na inserção de um dreno de
tórax.
Hemotórax: O hemotórax é definido como o rápido acúmulo de mais de 1.500
ml de sangue na cavidade torácica. As causas mais frequentes são a lesão da artéria
intercostal, laceração do parênquima pulmonar, lesões em vasos da base e lesão
cardíaca. O hemotórax é assintomático até culminar em choque hipovolêmico. O
diagnóstico é definido pela diminuição da expansibilidade torácica, dispnéia,
diminuição ou ausência de murmúrio vesicular e é complementado pela radiografia de
tórax em posição ortostática. Para o tratamento pode ser realizada a punção pleural,
a toracotomia ou a drenagem torácica que pode ser associada à bomba de

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autotransfusão.
Contusão Cardíaca: Ocorre em trauma fechado devido à compressão do
coração entre o esterno e a coluna ocasionando intensa dor torácica. O diagnóstico é
feito pela avaliação clínica, ecocardiografia bidimensional, dosagem de
biomarcadores cardíacos como TGO, CKMB, CPK e ECG. A elevação da pressão
venosa central na ausência de uma causa óbvia pode indicar disfunção ventricular
direita secundária à contusão. O tratamento baseia-se no repouso e na monitorização
cardíaca em UTI.
Tamponamento Cardíaco: O tamponamento cardíaco pode ser resultante de
ferimentos penetrantes e contusão causando um derramamento de sangue no saco
pericárdico e déficit da bomba cardíaca. A suspeita clínica é caracterizada pela tríade
de Beck, que consiste na elevação da PVC, diminuição da pressão arterial e
abafamento das bulhas cardíacas. Pode ocorrer também estase jugular, pulso
paradoxal, dispnéia, taquicardia e cianose de extremidades. O diagnóstico pode ser
confirmado pela avaliação clínica, radiografia de tórax, ECG, ecocardiograma. Se
confirmado está indicada a pericardiocentese como tratamento imediato.

TRAUMA DE ABDOME

A incidência de traumatismo abdominal vem aumentando progressivamente e


a gravidade é determinada pela lesão de estruturas do abdome como o intestino, baço,
rim, cujas lesões ocultas podem dificultar o diagnóstico, influenciando na evolução do
quadro. A violência externa, sobretudo a agressão entre jovens do sexo masculino,
pode ser apontada como causa mais freqüente dos traumas abdominais oriundos de
ferimento por arma branca ou por contusão nos acidentes de trânsito. Em crianças, o
trauma abdominal é relacionado com os acidentes nos brinquedos de recreação
(parques) e quedas (de bicicletas, de altura).
O quadro sintomático é caracterizado pela dor no local do trauma, dor
abdominal difusa e rigidez de parede (abdome em tábua). Quando lesados, os órgãos
sólidos e vasculares (fígado e baço, aorta e cava) sangram, originando o choque
hipovolêmico e os órgãos ocos (intestino, vesícula biliar e bexiga) derramam seu
conteúdo dentro da cavidade peritoneal, desencadeando a peritonite.
As medidas de atendimento em emergência se constituem em: avaliação do
nível de consciência, monitorização dos parâmetros vitais, oximetria e administração
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de oxigênio, realização de venopunção e infusão de líquidos por via endovenosa para


reposição volêmica, hemotransfusão e analgesia no controle da dor.
Proceder ao exame físico avaliando as lesões; coletar material para exames
laboratoriais (hemograma completo, coagulograma, tipagem sanguínea, bioquímica,
amilase, gasometria arterial, urina I, βHCG em mulheres em idade fértil); passar SNG
e SVD (lembre-se das contraindicações); providenciar profilaxia antitetânica.
Encaminhar para exames diagnósticos, como ultrassom abdominal, radiografia e/ou
tomografia computadorizada de abdome, lavagem peritoneal diagnóstica (LPD);
encaminhar ao centro cirúrgico quando indicado tratamento cirúrgico o interior da
cavidade abdominal, pois as estruturas em contato com o meio externo são
consideradas contaminadas. Proteja as vísceras com uma cobertura de filme plástico
específico para evisceração ou com compressas esterilizadas, umedecida em solução
salina; monitorize os sinais vitais, realize a venopunção, prepare a infusão de fluidos
e encaminhe o paciente para o centro cirúrgico.

Fonte: https://irp-cdn.multiscreensite.com/64d4fda7/files/uploaded/Aula%208%20-
%20Trauma%20de%20Abdome.pdf

TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO

As vítimas desse tipo de trauma são frequentemente do sexo masculino em


situação de quedas, acidentes de trânsito, acidentes de trabalho, ferimentos por arma
de fogo. O trauma musculoesquelético consiste em lesões associadas a ligamentos,
músculos, ossos e raramente representam risco à vida, porém, se não tratadas
adequadamente podem resultar em sequelas com invalidez permanente. As
complicações mais sérias estão relacionadas às perdas sanguíneas e infecções
associadas às fraturas.

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Fratura

Os principais sinais e sintomas da fratura são dor na região, com presença


de edema, pode apresentar na inspeção deformidade do membro, dificuldades de
movimenta-lo, fragmentos expostos e hemorragia (fraturas expostas) dentre outros
que podem ser encontrado.

Ações do profissional em fraturas que irá realizar:

• O profissional deve sempre se apresentar e informar ;


• Lembrar-se das regras dos “três esses” e realizar o XABCDE;
• Após a avaliação inicial, o técnico de enfermagem deve aplicar as
técnicas de controle de hemorragias (geralmente em casos de fraturas expostas) e
cobrir o ferimento. Usar curativo estéril e jamais empurrar fragmentos ósseos e nem
tentar removê-los;
• O profissional deve solicitar a realização de movimentos ou
simplesmente averiguar a região para observar a motricidade e a sensibilidade do
local afetado;
• A imobilização deve ocorrer em uma articulação proximal e distal,
observando constantemente o pulso e a perfusão do membro afetado (cheque pulso
pedioso ou tibial posterior do lado afetado nos casos de fraturas do membro inferior);
• O material que pode ser usado são as talas, bandagens e ataduras.
Atenção, as ataduras serão utilizadas apenas nas articulações, elas não devem
envolver todo o membro como um processo de mumificação;
• Após os procedimentos necessários, imobilizar a vítima na prancha,
colocar o encosto lateral de cabeça e ficar avaliando durante todo os translado
(Avaliar a necessidade de transportar ao suporte avançado).

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Ações do profissional em fraturas expostas

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/diferenca-entre-fratura-entorse-luxacao.htm

• Segue as orientações anteriores, sendo complementadas pelas abaixo:


• O profissional não deve colocar o osso exposto no interior da ferida e
nem limpar ou passar produtos na região exposta do osso;

Ações do profissional em fratura pélvica

A vítima com fratura da região pélvica, pode apresentar dor na palpação do


púbis e crista ilíaca, perda da mobilidade dos membros inferiores, dificuldade de
urinar e relacionado à cinemática do trauma (atropelamento, quedas em que a vitima
caiu sentada, quedas de altura, acidentes onde a vitima use cinto de segurança sub-
abdominal).

O profissional ao se deparar com essa situação deve:

• A locomoção do paciente deve seguir a técnica da elevação em


monobloco (Técnica vista na próxima temática);
• Posicionar a prancha longa e o KED invertido embaixo da vitima;
• Colocar o coxim do KED entre os membros inferiores e uma as pernas
da vitima com faixas ou lençol;
• Após essas condutas deve imobilizar a vítima na prancha, colocar o
encosto lateral de cabeça e ficar avaliando durante todo os translado (Avaliar a
necessidade de transportar ao suporte avançado).

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• Caso não tenha o KED disponível, com a vítima deitada de costas,


coloque um cobertor dobrado ou travesseiro entre as pernas e fixá-la em sobre a
prancha longa;

Luxação

Ocorre quando o acidente gera na vítima um desalinhamento das


extremidades ósseas de uma articulação, caracterizada por deformidade acentuada
da articulação e dor ao movimento.
O profissional deve sempre se lembrar de aplicar a segurança com a regra
dos “três esses” e a realização do ABCDE com o foco na cinemática do trauma.
Além desses cuidados, deve ser aplicadas compressas frias e imobilização
da articulação com talas ou material rígido. Durante o transporte sempre realizar
novas avaliações do cliente e deve ser conduzido em uma prancha longa.

Entorse

Conceituado por uma lesão que ocorre por distensão ou estiramento das
ligações articulares ultrapassando o limite normal do movimento de uma articulação.
A vítima pode apresentar dores intensas no local da lesão, hematomas e
edemas.
As condutas a ser desenvolvidas pelo profissional são as mesmas
apresentadas anteriormente nos casos de luxações.

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REFERÊNCIAS

SOARES, A. A; EURÍPEDES, C. O; SHÉLIDA, H. A. O; NILZEMAR, R. S. A


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CRISTINA F. J; BARBOSA, G. J. T; FERREIRA, S. S; ESPÍNDULA, M. B.


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FELL, A; MATTÉ, F. C; CAMPO, G. B. Humanização da assistência de enfermagem


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