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(João 15.1-11)
Neste ano nossa igreja está pensando no tema geral “Nada nos
separará do amor de Deus!”, e neste mês de março o subtema é “O
desafio de permanecer e frutificar no amor de Deus”.
*1) Todos nós queremos ser amados. Nós desejamos ser o foco do
amor de outra pessoa. Por mais bem resolvido que uma pessoa seja, ser
amado por outra pessoa faz parte da nossa constituição e essa
necessidade precisa ser suprida seja na família, no casamento, nos
amigos, na igreja. Quantas vidas são destruídas ou quase isso, em razão
de um pai ou mãe que abandona um filho, ou um casamento que se
desfaz por traição de um dos cônjuges, ou um amigo que trai a confiança,
manifestações de falta de amor que criam feridas muito profundas na
alma, porque precisamos nos sentir amados e seguros nesse amor;
*2) Todos nós queremos ser valorizados. Precisamos que alguém nos
diga que temos valor, que nossa existência tem um sentido; um
propósito, que realizamos algo nesta terra, não estamos apenas
sobrevivendo mais um dia, mas que estamos vivendo uma vida
significativa.
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Uma das maiores ofensas a um ser humano é dizer que ele “não vale
nada”, ou que “não será nada na vida”!
Minha falecida irmã ouviu isso quando era uma criança de um parente que
visitou nossa casa, ela sempre foi muito doente, faleceu depois em razão
de um câncer no estômago, na formatura dela do ensino médio,
magistério, uma frase dela foi: “Viu, eu provei que eu seria algo na vida”,
vinte anos depois e aquela frase ainda machucava o coração dela. Ela não
teve oportunidade de fazer faculdade, mas eu tenho certeza que se ela
não tivesse falecido, teria perseguido a formação para responder àquela
pessoa que a magoou quando ainda era criança.
E agora eu quero falar como você pode ter essas três necessidades
fundamentais atendidas ao construir sua identidade em Jesus
Cristo e a qual a relação disso com “permanecer em Cristo e
frutificar em seu amor”.
Nós vamos usar nesta noite uma ilustração usada por Jesus, que é a da
videira, por isso preciso saber se todos conseguem visualizar a ilustração.
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E agora vamos à nossa primeira colocação, que é essa:
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Apesar de sermos criados para estarmos ligados à videira, a menos que
algo seja feito, nosso estado natural é estarmos separados da videira,
como galhos soltos que vão secando ao longo da vida.
Por isso, sendo a videira é identificada com Jesus, o galho, que somos
nós, quando está fora da videira seca e não é nada, o seu destino é ir
para o fogo e ser queimado.
Mas a nossa identidade vai muito além desse documento oficial que
nos é concedido, nós queremos com o que chamamos de identidade
uma forma de suprir os desejos básicos do nosso coração de sermos
amados, valorizados e reconhecidos.
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Grande parte da nossa cultura vai nos estimular a desenvolver uma
“identidade” diante da comunidade em que vivemos, em especial nos
nossos dias, o estímulo é que essa identidade seja construída baseada em
nossos sentimentos e desejos.
O apóstolo Paulo vai nos ajudar a identificar isso na sua Carta aos Gálatas
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2, verso 20:
Ser discípulo de Jesus Cristo não é fácil porque a primeira coisa que você
precisa fazer é perder a sua própria identidade!
Aquela identidade que você construiu, que você retirou do fundo do seu
coração, que você trabalhou, lutou, se esforçou, batalhou, então Jesus
diz: Você quer ser meu discípulo: “Negue-se a si mesmo”.
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*Permanecer em Cristo é ser discípulo de Cristo, ser discípulo de
Cristo é ser identificado com Cristo, se fosse possível fazer isso de uma
maneira física, seria como alguém olhar a nossa identidade e ver a
foto, a digital, a altura, a cor da pele e dos olhos de Cristo!
De verdade, seriamente:
Não podemos ser galhos soltos, pois eles mirram, secam, sofrem.
Você já deve ser percebido que um galho quando cortado da planta que o
nutre, mesmo que ele fique ali na planta, com o tempo ele vai amarelar,
murchar e secar, porque não está sendo nutrido verdadeiramente pela
planta, ele apenas “parece” ter permanecido, mas não está mais
identificado com aquela planta.
Há muitas pessoas no rol de membros das igrejas que são galhos soltos,
estão murchando, amarelando, e secando, porque não são
verdadeiramente discípulos de Jesus, não se identificam com
Jesus, porque não querem abrir mão da própria identidade e por
isso passam a vida toda em busca de AMOR, VALORIZAÇÃO E
RECONHECIMENTO, porque não conseguem receber isso da videira
verdadeira, pois parecem ligados, mas estão separados dessa videira.
Você conseguiu perceber até aqui que “Permanecer em Cristo” é “ter uma
identidade em Cristo” e isso é ser discípulos de Jesus Cristo?
Você também entendeu, assim como eu, que assim como um galho fora
da videira nós, se não permanecemos em Cristo, nós vamos murchar,
amarelar e secar, ou seja, nós nunca nunca seremos alimentados o
suficiente com amor, valorização e reconhecimento?
Ótimo, até aqui era isso que eu queria que nós pensássemos.
Mas eu quero pedir que você faça algo que eu não posso fazer por
você e ninguém pode:
*Eu quero que você avalie o quanto está ligado a Jesus, o quanto é
discípulo de Jesus, o quanto sua identidade é Cristo.
Mas seguindo o tema que o Pastor Enilton nos propôs para este mês, eu
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preciso falar sobre o que chamamos de “Frutos”. E eu vou te dizer que:
ME parece que não, pensando no caso do Profeta Jonas, pois mostra que
podemos pregar sem um pingo de interesse na conversão das
pessoas e elas ainda assim se quebrantarem na presença de Deus.
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Mesmo que sejamos instrumentos de propagação do Evangelho, a
conversão é resultado da ação do Espírito Santo, não nossa.
*1) Somos galhos não a planta toda, Jesus é a planta, logo, o fruto
é identificado com algo que a planta (Jesus) produz, somos apenas um
instrumento para a planta produzir o fruto (sem mim, nada podeis fazer).
Neste sentido:
O que chamamos de serviço cristão, é bom, mas apenas isso não é fruto.
Nós podemos fazer muitas coisas boas na igreja mas, irmãos, nós
precisamos frutificar discípulos para Jesus para que o nosso Pai celestial
seja glorificado por meio das nossas vidas!
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*1) todos nós queremos ser amados. Nós desejamos ser o foco do
amor de outra pessoa e algumas vezes não recebemos amor como
ansiamos. Antes de nos criar Deus já possuía um relacionamento perfeito
de amor na Trindade (Deus Pai, Filho e Espírito Santo). Deus não nos
criou para receber amor, Ele já tinha isso; Deus nos criou para
compartilhar o amor Dele conosco, por isso precisamos saber que somos
amados e só vamos ser nutridos por este amor se construirmos nossa
identidade em Cristo, se permanecermos verdadeiramente em Jesus;
*2) Todos nós queremos ser valorizados. Precisamos que alguém nos
diga que temos valor, que nossa existência tem um sentido; um
propósito, que realizamos algo nesta terra, não estamos apenas
sobrevivendo mais um dia, mas estamos vivendo uma vida significativa.
Essa necessidade existe porque a Bíblia diz que fomos criados à imagem e
semelhança de Deus, isso já nos confere uma dignidade intrínseca.
Apenas o fato de Deus ter escolhido compartilhar conosco do seu caráter,
suas qualidades, seus sentimentos, seus atributos comunicáveis como
justiça, amor, alegria; compaixão, misericórdia etc., faz com que nós
tenhamos esta necessidade de ter reconhecido o nosso valor. Só
um relacionamento pessoal com Jesus Cristo vai nos fazer sentir que
temos valor tão grande que Ele deu a própria vida por mim e por você.
Ninguém vai poder dizer que nós “não valemos nada”! A vida de Deus é
tudo, se Deus deu o seu tudo por mim e por você, significa que valemos
tudo para Deus!
*3) Todos nós queremos ser reconhecidos. Ninguém quer ser apenas
“mais uma peça” em uma linha de produção em série, como uma linha de
produção de carros ou peças. Nós fomos criados por Deus com
características absolutamente distintas de qualquer outro ser humano.
Nossas digitais, nossa orelha, nossa íris e tantos outros sinais, podem nos
distinguir de outras pessoas. Deus nos criou diferentes e só Ele conhece
a extensão e a profundidade das nossas diferenças e
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particularidades físicas, emocionais e espirituais.
Só Jesus Cristo pode nos amar com amor completo; só Ele vai nos
valorizar por quem somos, mesmo com nossas lutas e dificuldades; só ele
vai nos reconhecer individualmente, porque Ele deseja participar das
nossas vidas, deseja nos amar e cuidar, como uma videira nutre os seus
galhos e lhes dá vida e uma vida tão abundante que produz vida, que
frutifica!
O verso 11 diz que quem toma essa decisão Jesus lhe concede uma
“alegria plena”!
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