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Resumo
Abstract
The article withdrew to picture the hystorical vision of the psycopedagogy trajectory
bringing clearence referring to its concept and its object of study. The discussion
about an interdisciplinarity shows the necessity of integrating the areas such as:
sociology, philosophy, pedagogy, psicology, and others, to sustain the
psycopedagogy.
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Este artigo é parte da Dissertação de Mestrado “Formação e atuação do psicopedagogo: busca de uma
identidade”. PUCCAMP – 2000.
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Licenciada em Pedagogia e especialista em Psicopedagogia pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada
(FIMI). Mestre em Educação e Doutora em Psicologia, ambos pela PUCCAMP. É Coordenadora Pedagógica
da FASAMA e docente.
A ordem que norteia esse pensar é complexa e desafia a ir além dos
pensamentos dados, prontos e acabados, pontuados por inúmeros pontos finais.
Restam, contudo, inúmeras interrogações, mas perguntar não é tarefa fácil, afinal
somos tão acostumados e treinados apenas a responder, tornando-se difícil, em
certo momento, inverter os papéis. Outro desafio,é responder com uma pergunta,
porque precisamos, num primeiro momento, sintetizá-la, organizá-la no
pensamento, incorporá-la e devolvê-la num desejo de querer saber mais.
1. Histórico da Psicopedagogia
Mas, tudo não se deu num campo totalmente neutro. Masini, Vasquez e
Oury questionam a Educação e a Psicologia, alertando contra o perigo de
“dissertações abstratas” ao considerar e rotular o aluno no seu aspecto individual
(medindo, observando, testando). Com essa visão crítica, eles se propõem a
desenvolver um trabalho tido como “Pedagogia Institucional”, através do qual o
pedagogo e a psicóloga participavam do contexto em que o aluno estava inserido.
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Diretor dos Centros Pedagógicos Claude Bernard, da Academia de Paris.
escolares, pois a escola tem se caracterizado pela massividade de seus
fracassos.
O último período citado (por volta da década de 30) é visto por Visca
como uma época em que alguns cientistas abandonam suas posições irredutíveis
e mergulham no conhecimento de outros, o que permite a tomada de consciência
das limitações, das descrições e explicações das distintas correntes, com a qual
se gera um movimento integracionista.
Neves afirma:
Começarei, portanto, por revolver uma grande questão que parece estar
latente em seu corpo de conhecimento, qual seja, identificar se a raiz da
Psicopedagogia parte da Pedagogia ou da Psicologia. Nesse sentido, Neves nos
diz: “Falar sobre a psicopedagogia é, necessariamente falar sobre a articulação
entre educação e psicologia, articulação esta que desafia estudiosos e práticos
dessas duas áreas” (1991, p.10).
O que é científico é a Psicologia! Por que então não recorrer logo a essa
Ciência nascente, para fundar racionalmente e cientificamente a
Pedagogia? Desse recurso ilusório que confunde os fins da educação, o
conhecimento do sujeito a educar e o domínio dos meios para educar,
nasceu um termo confuso: Psicopedagogia. A pedagogia: conhece então
um primeiro avaliar: é reduzido a não ser senão a conseqüência prática
ou aplicada de uma ciência que ela não é: a Psicologia. (p.7)
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Os primeiros termos usados pela psicopedagogia carregavam a força de uma nomenclatura subsidiada pela
medicina. Por isso, os termos: tratar, paciente, sintomas, diagnóstico. Em Portugal, existe a Universidade
Moderna que oferece um curso de Graduação intitulado Psicopedagogia Curativa.
está inserido. Esse olhar cuidadoso é diferenciado na medida em que a grande
nos esportes, nas escolas, nas clínicas... enfim, em todo o espaço onde o homem
preocupação dessa área passa a ser o buscar saber como o ser aprende e, se
não aprende, qual a causa dessa dificuldade, e como ele ensina e, por sua vez,
como está ensinando. Esse movimento de metacognição faz com que a ação
possa ser revista, transformada, visando a um ser que aprende.
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O termo vir-a-ser é encontrado na fala de vários especialista, entre eles Mônica Hoehne Mendes,
Presidente da ABPp no Biênio 91/92. Esse termo também é referência de Aristóteles, quando diz que
o Ser tem muitas possibilidades de “Vir a Ser”.
Para chegar à grandeza de um saber científico, a psicopedagogia
precisa ir além da mera constatação de fatos que se agrupam sem
grandes critérios críticos e abandonar o nível de representações
esquemáticas e sumárias, formadas apenas pela prática e para a prática.
É necessário e imprescindível que os dados coletados sejam
efetivamente referenciados a um contexto teórico tal, que permita a
interpretação desses dados brutos e orientar as investigações (Ibid, p.
21).
Para poder dar resposta ao conjunto das suas missões, a educação deve
organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao
longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os
pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é adquirir os
instrumentos de compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre
o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e
cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente
aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. (1999, p.
90)
Referências Bibliográficas