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DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Modulo:
Elaboração de um Projecto
Tema:
Discente:
Micaela Manuel
Candida Mecheu
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Modulo:
Elaboração de um Projecto
Tema:
Discente:
Micaela Manuel
Candida Mecheu
CAPITULO Iː INTRODUÇÃO........................................................................................ 4
1.1.Introdução ................................................................................................................... 4
Conclusões .................................................................................................................. 14
Recomendações .......................................................................................................... 15
1.1.Introdução
A lei dos órgãos locais do Estado (LOLE), aprovada em 2003 e respectivo regulamento
(2005) constituem a base para a transferência de responsabilidades e autonomia para os
órgãos locais municipais.
A lei das finanças municipais (Lei 1/2008), define o sistema de finanças municipais,
incluindo a provisão de transferências e a atribuição de impostos municipais, bem como
várias outras fontes de receita municipal.
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1.2. Problema de pesquisa
Guamba (2013.) diz que os investidores pretendem uma comunicação directa com os
dirigentes locais e um ambiente integrado de desenvolvimento físico e de infra-
estruturas que crie economias externas facilitadoras dos seus objectivos empresariais.
Este facto exprime a conjugação perversa da dependência financeira das autarquias com
a sua fraca capacidade de, no actual contexto, aumentarem significativamente as suas
receitas próprias e responderem com qualidade à procura crescente de serviços pelos
munícipes.
ANNAM (2015. P.129) referência que as autarquias deveriam tomar algumas medidas
no sentido de melhorar a responsabilização como por exemplo alargando mecanismos
de controlo interno de modo a reduzir a possibilidade de corrupção em áreas chaves
como a polícia, a fiscalização e o planeamento de utilização de terrenos. Mecanismos
externos de controlo como auditorias deveriam também ser uma propriedade. Exemplos
recentes de orçamentos participativos em municípios como Maputo, sugerem que a
adopção desses mecanismos conduz a transparência na aplicação dos recursos, já que os
cidadãos podem emitir opinião sobre a aplicação dos fundos públicos e podem
responsabilizar os seus representantes pelo cumprimento dos seus deveres. A Autarquia
de Chimoio devia adoptar o mecanismo de orçamento participativo como instrumento
de aproximar-se cada vez mais ao cidadão, onde o cidadão tem a oportunidade de expor
as suas preocupações sobre aquilo que é prioridade.
Neste contexto a presente pesquisa pretendeu responder a pergunta ː Até que ponto a
receita própria contribuiu na execução do orçamento da autarquia de Chimoio
durante o período de 2019 a 2021.
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1.3. Justificativa
O desempenho das autarquias locais tem merecido uma maior atenção por parte dos
munícipes, de forma a responder os seus anseios e desejos conforme a manifestação
eleitoral.
A motivação para a escolha do tema, surgiu devido a existência de vários problemas que
o município de Chimoio enfrenta, desde a falta de vias adequadas de acesso, falta de
recolha regular de resíduos sólidos, inadequado sistema de saneamento do meio
ambiente, fraca iluminação, com destaque para os bairros suburbanos. Com estes
problemas pretendi avaliar o orçamento da autarquia concretamente a arrecadação e
aplicação de receitas próprias para ver a razão da existência dos problemas acima
referidos.
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1.4. Contextualização
A autarquia tem ainda recurso a outros instrumentos de receita como tarifas, encargos e
taxas para melhoramentos. As autarquias podem cobrar pela emissão de licenças e por
actividades económicas. Podem ser cobradas taxas pela prestação de uma série de
serviços, incluindo construção, utilização de terreno, mercados e feiras, publicidade,
saneamento, cemitérios, venda ambulatória, recolha de resíduos, estacionamento e a
tributação de actividades económicas, incluindo o turismo. A autarquia tem o dever de
cobrar taxas de utilização de serviços que prestam como o abastecimento de água e
electricidade, recolha de resíduos sólidos, transporte urbano de pessoas e bens,
utilização de matadouro, manutenção de jardins, mercados e manutenção de estradas.
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1.5 Objectivos do Trabalho
1.6. Hipóteses
A Autarquia de Chimoio, não colecta todos os impostos e taxas previstos por lei.
1.6.2. Hipóteses Secundárias
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CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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proporcionalmente os benefícios proporcionados pelo consumo do bem público. Pelo
princípio da capacidade de pagamento, o ónus tributário deve ser atribuído aos
indivíduos de acordo com capacidade de pagamento de cada um. O princípio do
benefício apresenta uma limitação relacionada a dificuldades para serem identificados
os benefícios proporcionados a cada indivíduo. Além disso, esse princípio impede a
criação de impostos com fins redistributivos, devido há impossibilidades de diferenciar
tributos destinados a financiar serviços públicos em geral daqueles destinados às
necessidades específicas dos contribuintes beneficiários. Por essas razões, os critérios de
diferenciação usualmente é o princípio da capacidade de pagamento.
Conceito de Autarquia
Uma vez que o orçamento é uma previsão das despesas e das receitas que vão ser
afectadas à sua cobertura, põe-se a questão de saber quais os critérios que podem ser
utilizados pelos agentes encarregues da previsão orçamental para fazerem a estimativa
dos respectivos valores.
Em geral são usadas três grandes ordens de critérios, uns globais outros parcelares.
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2.1.2 Critérios administrativos
A previsão das despesas é feita através de uma avaliação directa dos serviços que a
compõem, a luz da sua experiência e de anos anteriores e das opções para o período
para o qual se elabora o orçamento, das quais as necessidades financeiras e os
correspondentes gastos (pessoal, telefone, material de escritório, combustível, etc.). É
também corrente falar-se em despesa de investimento, que se traduz na inscrição como
orçamento de investimentos o montante necessário que a entidade administrativa, ou
órgão da administração necessita que seja investido para melhoria das suas condições de
funcionamento (aquisição de uma viatura, reabilitação de um edifício, aquisição de
computadores, etc.).
Neste caso, torna-se igualmente como base para a previsão os resultados do penúltimo
exercício, mas eles são corrigidos em função de um factor que corresponde à tendência
para o aumento ou para a diminuição que se tenha registado nos últimos anos
relativamente àquela receita.
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Dos dados colectados, os impostos sobre o rendimento de pessoas singulares e
colectivas revelou tendência para aumentar; os impostos (TAE, SISA e IPRA) tendem
também a aumentar.
Este critério assenta na média dos resultados registados nos últimos anos. Para calcular
então o valor a ser inscrito, numa determinada receita, optar-se-á pela média anual
apurada nesse período. Trata-se de um método aplicável às receitas com tendência de
variação irregular de ano para ano, mas com certa estabilidade durante períodos longos.
Este critério é adoptado por vários sectores dado ao facto de durante o processo de
descentralização administrativa e financeira os sectores foram adoptando várias fontes
que surgem ao longo do processo evolutivo da economia da Autarquia e que vão se
consolidando através de experiencias adquiridas anualmente. Com efeito, os valores
orçamentados tiveram a sua revisão aquando da avaliação do meio-termo do programa
quinquenal da autarquia realizado em 2013, onde definiu-se bases na previsão e fontes
de colecta.
Com efeito, a autarquia adoptou este método na previsão das receitas resultantes de
imposto e taxas.
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acordo com esse regime jurídico as autarquias estão “sujeitas a tutela administrativa do
Estado e gozam de autonomia financeira, patrimonial e administrativa”
A lei 11/97 (Lei das Finanças Autárquicas) estabeleceu o enquadramento jurídico das
finanças municipais e foi subsequentemente regulamentada pelo Código Tributário
Autárquico (Decreto (52/00) de Dezembro 2000. Esta lei foi revogada pela lei 1/2008.
As despesas municipais são também reguladas pela lei 2/97 e pelo recente Decreto
33/06 que estabelece o enquadramento para a transferência de funções e competências
de organismos do Estado para os municipais.
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CAPITULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Conclusões
Guamba (2015) diz que a tributação municipal não é exclusivamente uma questão
técnica de administração dos impostos; a economia política (central e local) da
arrecadação de receitas locais deve ser bem entendida. As receitas municipais são
influenciadas pela dinâmica política e institucional ao nível central e também ao nível
local. O padrão das receitas autárquicas está bastante dependente das “transferências
orçamentais do Estado”
O mercado não garante uma boa distribuição do rendimento, podendo gerar situações de
pobreza e exclusão que não são aceitáveis do ponto de vista moral político e mesmo
económico. Em termos da distribuição de riqueza, o orçamento poderá absorver
parcelas do rendimento dos indivíduos mais ricos através da tributação, afectando-se
depois os recursos obtidos em benefício dos munícipes mais desfavorecidos, através de
(por exemplo) gastos na educação e saúde e no abastecimento de água potável nas áreas
suburbanas.
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Recomendações
Em segundo lugar, certos grupos na sociedade acabam por vezes, pôr os maiores
beneficiados das políticas sociais, devido ao seu poder e influencia, apesar de não se
encontrarem entre as camadas da população mais necessitada.
Em terceiro lugar, uma política fiscal voluntarista, caracterizada por uma grande
progressividade pode ter um impacto negativo nas receitas tributaria devido ao aumento
da evasão fiscal e no crescimento económico, pelo seu impacto negativo na poupança e
investimento, com consequências perversas em termos da desejada redução da pobreza.
No entanto dever-se-á também tomar em linha de conta que o nível de bem-estar dos
munícipes não depende apenas do seu rendimento. Olhar para o rendimento como
variável objectivo leva-nos, por vezes, a descurar outras dimensões igualmente
importantes do desenvolvimento humano, como o acesso a serviços autárquicos que
satisfazem necessidades básicas dos munícipes.
Ainda com vista a diminuir o maior volume de dependência financeira que a autarquia
tem para financiar as suas actividades, recomenda-se:
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Os munícipes saibam quais os planos a serem executados e qual o custo dessa
execução, devendo para isso ser necessário que os munícipes sejam envolvidos e
discutam com o poder autárquico os programas previstos e suas prioridades
(conselhos locais).
O orçamento seja discutido previamente a nível dos conselhos locais para que o
munícipe se sinta envolvido e se torne mais responsável pelo pagamento de
impostos e taxas e pela fiscalização das realizações.
Seja necessário que todo governo autárquico com uma das suas atribuições
cobrar receitas, disponham de um cadastro com informações sobre as
contribuições dos principais impostos e taxas.
Seja controlada e verificada a recolha dos valores cobrados, garantindo o seu
encaminhamento aos cofres da autarquia.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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