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INICIO DA ARTE CRISTÃ

(C. DE 100 d.C. até 476 d.C.)

Arte Paleocristã arte primitiva dos cristãos = arte dos


primeiros cristãos.
A cultura romana foi adaptada pela cultura helenística, mas
com o decorrer do tempo outras religiões foram surgindo
como religiões vindas do Egito e da Índia.

Temos também o surgimento do cristianismo em Roma, e


com o seu crescimento, os cristãos passaram a ser
perseguidos, principalmente as classes mais pobres.
Os romanos justificavam as perseguições aos cristãos pela
nova filosofia de vida que transformava o comportamento das
pessoas.

A participação das mulheres foi de grande importância para a


expansão do cristianismo, principalmente na classe
dominante.

Com a expansão do cristianismo e a falta de um espaço para


os cultos, as famílias doavam suas casas, que eram
reformadas para se transformar em locais de cerimônias
religiosas inclusive como batistérios.
Períodos da arte paleocristã:

1º Período – Catacumbário:
Cerca de 200 d.C. até 313 d.C. – as reuniões eram feitas
nas catacumbas ou galerias abandonadas.
Quando Deucleciano (Imperador Romano) proporcionou
uma matança geral sobre os cristãos, colocando todos eles
no Coliseu para serem devorados pelos leões, provocando
um verdadeiro massacre, ocorreu o fim da perseguição aos
cristãos.
A religião cristã passou a ser permitida depois da reunião do
Edito de Milão, organizada pelos dirigentes romanos em 313
d.C., no governo de Constantino. A partir desse período
passaram a ser construídas as Basílicas.
2º Período – Basilical:

Cerca de 310 d.C. até 476 d.C. – Fim do período paleocristão.


Com a queda do Império Romano do Ocidente houve uma
dissociação com a invasão dos bárbaros.
A partir desse período os cristãos puderam construir suas
basílicas.
Com o número de grandes seguidores, os templos deveriam
ser grandes para se reunirem e discutir sobre os escritos da
bíblia.
Os cristãos buscavam seus modelos nas basílicas romanas,
como adaptação também da casa romana. A única coisa que
se relacionava com a basílica era a sua construção, sua
função eram totalmente diferente.
PERÍODO CATACUMBÁRIO
ARQUITETURA:
O que restou deste período foram algumas casas na cidade
de Dura-Europos, que se mantém conservadas até hoje. As
outras foram destruídas ou construídas outras igrejas por
cima.
ESCULTURA:
Os cristãos eram contra os pagãos por eles representarem
seus deuses através da escultura, pois no início os cristãos
eram contra a representação através de imagens, portanto,
neste período praticamente não existem esculturas. O que
existe são relevos em sarcófagos, muito parecidos com os
relevos romanos pagãos, apenas o que mudava era o tema: O
Bom Pastor, e em cima do sarcófago tinha a imagem do
morto.
Incisões feitas em pedra com
símbolos cristão.
PINTURA:
Ao contrário da escultura a pintura foi muito difundida, era
uma forma de passar aos fiéis as mensagens do antigo
testamento. Suas técnicas eram simples, assim como os
próprios cristãos, eles mesmos eram os pintores (amadores
e escravos).
Técnica: de traços rápidos figuras sugeridas mais do que
representadas.
Composição: com enquadramento geométrico ou
enquadramento com elementos geométricos. Pintadas nos
tetos dentro de círculos ou semi círculos que simbolozavam a
cúpula celeste.
Principais temas:
 História de Jonas na baleia, representando o poder de
Deus para salvar os fiéis das garras da morte.
 Os três hebreus na fornalha em posição de prece de
braços abertos.
 A pomba que representavam a paz e o Espírito Santo.
 A cruz – martírio de Cristo.
 O cálice – o santo graal.
 O anjo.
 A ressurreição de Lázaro.
Na arte dos primeiros cristãos não havia a representação do
inferno, pecado, castigo e do demônio.

Entre os símbolos: o homem e a mulher entre flores que


representavam o paraíso. A filosofia cristã era de esperança,
paz e fé na vida eterna.
Inicialmente essas pinturas limitavam-se a representações dos
símbolos cristãos: a cruz - símbolo do sacrifício de Cristo; a
palma - símbolo do martírio; a âncora - símbolo da salvação; e o
peixe - o símbolo preferido dos artistas cristãos, pois as letras da
palavra "peixe", em grego (ichtys), coincidiam com a letra inicial
de cada uma das palavras da expressão lesous Chrastos, Theou
Yios, Soter.

Essas pinturas cristãs também evoluíram e, mais tarde,


começaram a aparecer cenas do Antigo e do Novo Testamento.
Mas o tema predileto dos artistas cristãos era a figura de Jesus
Cristo, o Redentor, representado como o Bom Pastor, que
significa "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador"
É importante notar que essa arte cristã primitiva não era
executada por grandes artistas, mas por homens do povo,
convertidos à nova religião. Daí sua forma rude, às vezes
grosseira, mas, sobretudo muito simples.
Noé na Arca - séc. III, Catacumba de São Pedro e São Marcellinus,
mostrando Noé com postura orando.
O Bom Pastor. Pintura Mural, Catacumba de Domitila.
Século III d.C. Roma
A Orante, Catacumbas de Tráson
Cena de banquete, Catacumba de Priscila, Roma século 2 d.C.
Pintura sobre reboco do século III nas
Catacumbas Romanas. Representa uma
mulher com os braços levantados em
súplica e oração num cenário que sugere
o paraíso. Sob a pintura, os “loculi”, ou
sepulturas escavadas na rocha.
A Ressurreição de Lázaro - Pintura
mural, séc. III.
Catacumba de São Pedro, Roma
História de Jonas
Peixe e pão

O batismo
de Cristo

O batismo de São
Calixto
[...]a mulher temendo,
e tremendo, sabendo o
que em si fora feito,
veio, e prostrou-se
diante dele, e disse-lhe
toda a verdade.
E ele lhe disse: Filha,
tua fé te salvou, vai-te
em paz, e sara deste
teu açoite.
Sidrac, Misac e Abdêgamo.
Atirados na fornalha por
Nabucodonosor. (Os três
hebreus na fornalha).

Sansão matando os filisteus.


Datáveis dos inícios do séc. 3º e que representam simbolicamente
os sacramentos da iniciação cristã: batismo e eucaristia. Com essas
representações, os cristãos dos primeiros séculos queriam antes de
tudo recordar o próprio catecumenato (preparação ao batismo), e
depois, deixar uma mensagem aos contemporâneos: eles tornaram-
se cristãos pelo batismo e perseveraram na vida cristã com a
comunhão frequente.
Período da Arte Paleocristã. Catacumbas romanas, séculos II e
III d.C.
Período da Arte Paleocristã. Catacumbas romanas, séculos II
e III d.C.
Período da Arte Paleocristã.
Catacumbas romanas, séculos II
e III d.C.
Período da Arte Paleocristã. Catacumbas romanas, séculos II e III d.C.
Período da Arte Paleocristã.
Catacumbas romanas, séculos
II e III d.C.
Período da Arte Paleocristã. Catacumbas romanas, séculos II e III d.C.
Período da Arte Paleocristã. Catacumbas romanas, séculos II e III d.C.
Período da Arte Paleocristã.
Catacumbas romanas, séculos II e III
d.C.
Período da Arte Paleocristã. Catacumbas romanas, séculos II e III d.C.
PERÍODO BASILICAL
ARQUITETURA:
Arte sempre ligada ao cristianismo. As basílicas paleocristãs
eram adaptadas das basílicas e das casas romanas.
Muitos dos nomes dados às basílicas eram de pessoas que
faziam grandes doações.
As basílicas romanas
eram construções que
funcionavam como
um tribunal de justiça,
questões comercias
eram discutidas e
julgadas.
Com a legalização da
religião cristã estes
espaços foram
adaptados para este
Adaptação das basílicas romanas para fim.
basílicas cristãs.
Basílica de São Paulo Extra muros, Roma - (recomposição)
Basílica de São Paulo Extra muros–
atual.
Interior – Basílica São Paulo Extra muros, Roma.
ESCULTURA:
São relevos encontrados nos sarcófagos e alguns objetos de
culto (cálice de prata, ouro e bronze) que receberam relevos.
Relevos feitos em pedra
Esse sarcófago pode ser
considerado como um
pequeno catecismo ilustrado.
Eis as cenas: Noé com a
pomba na arca, um profeta que
segura o rolo da lei divina,
Daniel na fossa dos leões, o
menino orante entre dois
santos, o milagre da Caná e a
ressurreição de Lázaro.
Ajoelhada aos pés de Jesus, a
irmã de Lázaro, Maria. Ao
centro da cobertura dois
pequenos gênios seguram uma
pequena placa; nas
extremidades estão duas
cabeças, esculpidas com
finalidade ornamental
PINTURA:
Vista de uma forma importante para as mensagens do
Antigo e do Novo Testamento, com finalidade didática para
difundir a doutrina, sempre de caráter narrativo simbólico.
Sendo que estas foram recobertas por mosaicos
provenientes do Período Bizantino.
OBJETOS:
Normalmente de fundo religioso: objetos de cerimônia,
capas de livros, tampas de caixas que serviam para guardar
objetos sagrados etc. Estes eram feitos normalmente de
madeira ou marfim com incrustação de ouro e pedra
preciosa.
ARTE BIZANTINA
476 d.C. – 1453 d.C.

Com a queda do Império Romano do Ocidente, começa o


Império Bizantino.
Bizâncio é a capital do Império Romano com todos os
monumentos da arte romana.
Bizâncio que hoje é a Turquia possuía arte romana.
Constantino mudou o nome da cidade de Bizâncio para
Constantinopla, e com a invasão dos turcos passou a se
chamar Istambul.
Nas igrejas bizantinas, o cristianismo foi muito importante,
passando a ser a religião oficial sofrendo influências orientais.
As igrejas bizantinas eram muito ricas nas suas construções e
ornamentações, onde se usou muito a estética oriental com
influência helenística.
Ravena se tornou um grande centro bizantino apesar de se
localizar na Itália.
Os três centros mais importantes da Arte Bizantina são:
 Bizâncio
 Ravena
 Veneza
A arte bizantina é uma arte totalmente vinculada ao Império, oficialmente
dirigida pela igreja que detém o poder do Império Romano do Oriente,
mostra o triunfo da igreja. Uma arte voltada para a propagação da fé.
Os períodos são divididos em três:

1ª idade de ouro: de 476 d.C. até 867 d.C. – marca a


mudança da cidade de Bizâncio para Constantinopla, é a
divisão da arte Paleocristã para a arte Bizantina.
Marca o fim da crise da Querela dos Iconoclastas. Crise da
igreja devido a pensamentos diferenciados.
Um grupo era a favor da representação através de imagens –
os monges.
Outro grupo não era a favor da representação através de
imagens – papa e imperadores.
Iconoclastas = destruidores de imagens.
As imagens feitas neste período eram dotadas de certo
realismo.
O receio dos imperadores era a proximidade dos monges
com o povo para a elaboração das imagens.

A querela durou mais ou menos cem anos. Quebraram


muitas imagens, não restando praticamente nada.

Finalmente a querela chega ao fim com a vitória dos monges,


que foi comemorada com uma grande festa na igreja de
Santa Sofia.

Durante o período da crise foram feitas várias figuras ligadas


a flora e a fauna – abstratas, e surge também uma pintura
mais forte, bem no estilo helenístico.
2ª idade de ouro: - 867 d.C. até 1204 d.C. – Fim da crise, o
imperador era Basílio I, ele fazia parte da dinastia da
Macedônia.
Cruzadas – era um exército formado pelo povo, para lutar a
favor da igreja do Ocidente.
A partir de 1050 começa o conflito entre Ocidente e Oriente.
Em 1204, é quando surge a 4ª cruzada que domina Bizâncio.
Os venezianos iniciam um período de luta.
O ocidente era a favor do celibato, acredita-se que surge este
movimento para que os padres não se casassem, não
dividindo assim os bens da igreja, acumulando desta maneira
mais bens para que pudessem construir novas igrejas, e se
impondo diante dos senhores feudais. Surge deste modo uma
nova crise na igreja.
Logo depois desse conflito o Império Romano do Oriente se
perde e é preciso gastar muito recurso, é então que é preciso
buscar o apoio do Ocidente.
O papa organiza uma cruzada para buscar a Terra Santa.
Bizâncio que não aceitou ajuda na 1ª, 2ª, 3ª cruzadas, se viu
obrigado agora a aceitar, na 4ª cruzada, dando fim a idade
do Ouro.

3ª Arte Bizantina Tardia – Nessa época a arte sofre uma


decadência, e perde todo o seu poder.
1453 com a tomada de Constantinopla, Constantino
Dragasés, o último Imperador cristão do Oriente é vencido
por Maomé II.
ARQUITETURA BIZANTINA
Nas duas idades do Ouro a marca mais importante da
arquitetura bizantina é a cúpula, com características de
representar a cúpula celeste.
Era uma cúpula estruturada na vertical e não na horizontal
como no Panteon.
Abriam-se janelas em toda a volta como a Igreja de Santa
Sofia, com 55m de altura.
“Desce do céu por correntes de ouro”. Assim era conhecida a
cúpula de Santa Sofia.
As igrejas na tinham só uma cúpula central, como também
outras em sua volta.
Toda igreja bizantina tem cúpula.
A característica mais forte é a planta centralizada com uma
cúpula no centro, onde é o espaço principal.
A Santa Sofia tem uma planta retangular centralizada com
espaços que indicam uma cruz grega, ou seja, os quatro
braços do mesmo tamanho.
A Igreja dos Santos Apóstolos tem uma planta em forma de
cruz latina, três braços do mesmo tamanho e um mais
alongado.
As plantas podem ser:
 Cruz grega
 Quadrada
 Quadrada com cruz grega
 Octogonal
 Circular
 Cruz latina
As características são:
 Muitos ângulos externos.
 Formas arredondadas internas.
 Interior rico em ornamentação.
 Exterior simples e rude.
 Uso de contrafortes nas laterais com arco de meio
ponto.
Contrafortes = paredes grossas nas laterais para sustentar os
arcos de meio ponto.
 Rica decoração de relevos com símbolos cristãos.
 Decoração interna com revestimentos em vários tipos de
mármores.
* Mosaicos que revestem partes importantes da igreja.
* Capitéis decorados com aparência Islâmica, com
rendilhados e formas abstratas.
 *Uso do arco pleno e arco de meio ponto.
 * Os materiais empregados variavam com a região,
inclusive o material dos mosaicos e os mármores.
 * O altar não podia ficar no centro da cúpula, foi então
construído a abside para colocar o altar sempre para o
leste.
Os símbolos usados nos mosaicos:
 Os quatro evangelistas:
 São Marcos = leão
 São João = anjo
 São Mateus = águia
 São Lucas = boi
 O Cristo sobre o globo terrestre, chamado também de
Cristo Pantocrato, sempre se apresentando como salvador.
 Os apóstolos.
 Os anciãos do apocalipse.
 Algumas cenas do Antigo e do Novo Testamento.
 As representações dos milagres de Cristo.
 Cristo em posição central envolto com anjos.
Estes mosaicos não passavam nada de negativo. Não há
evidências de representações do demônio, de penitências,
traição de Judas e nem a negação de São Pedro.

As três igrejas mais importantes:


 Santa Sofia (Constantinopla)
 Santos Apóstolos (Constantinopla)
 São Sergio (Constantinopla)
Em Ravena as igrejas mais importantes:
 Santo Apolinário o Novo
 Santo Apolinário In Classe
 São Vital

Em Veneza
 São Marcos – estilo bizantino da 2ª idade de ouro, igreja
de mesmo modelo de Santos Apóstolos, como cinco cúpulas
com planta em cruz grega.
 São Salvador – é do período tardio com três cúpulas
com abside (espaço circular na extremidade da igreja).
Santa Sofia
Interior de Santa Sofia
Interior de Santa Sofia
Interior de Santa Sofia
Igreja de SanVital, Ravena
Interior de San Vital
Capitel de San
Vital, perde as
referências das
artes clássicas.
Interior do Mausoléu as Gala Placídia - Mosaico
Interior de Santo Apolinário in Classe, Ravena.
Igreja de São
Marcos, Veneza.
Fachada, detalhe da
fachada e cúpulas.
Interior de São Marcos,
mosaicos e iluminação
através do cleristório.
São Marcos, iluminação e revestimentos com pastilhas em ouro.
MOSAICOS BIZANTINOS
Arte por excelência bizantina. São formados por tesselas -
(peças que compõem um mosaico).
O mosaico bizantino tem sempre uma linha circulando as
figuras. Suas características são:
 Presença de contorno
 Posição estática e simbólica
 Várias situações numa mesma cena
 Ausência de perspectiva
 Ausência de anatomia
 Deformação da figura e
 Cores simbólicas
o O branco – verdade, usado na veste de Cristo.
o O vermelho – o sol, o fogo, o sangue, usado nas asas
do anjo Serafim e o manto de Cristo.
o O azul – a noite, a lua, o céu. Usado mais tarde para o
manto de Nossa Senhora.
o O verde – esperança, vegetação, fertilidade.

A pintura e o mosaico em termos de temas são os mesmos.


É no mosaico que existe um triunfo da estética Oriental e
Ocidental helenística.
Mosaico quer dizer: artes das musas, uma arte que precisa
ter paciência para desenvolvê-la.
Mosaico Bizantino.
San Vital.
Teodora, esposa de
Justininano.
Contornos
aparentes e figuras
rígidas e alongadas.
Olhos expressivos e
cores fortes.
Elaboradas a partir
de pastilhas de
vidro e pedras.
San Vital - Ravena
Imperador Justiniano,
mosaico bizantino, San
Vital.
Imperador Justiniano – San Vital - Ravena
Reis Magos – Santo Apolinário - Novo
Santo Apolinário - Novo
Santo Apolinário - Novo
Santo Apolinário - Novo
Santo Apolinário - Novo
Batistério dos ortodoxos - Ravena
Santo Apolinário – In Classe
Mosaicos de São Marcos - Veneza
Mosaicos de São Marcos - Veneza
Mosaicos de São Marcos -
Veneza
Mosaicos de São Marcos - Veneza
Mosaicos da Igreja de Santo Sofia - Istambul
Mosaicos da Igreja de
Santo Sofia - Istambul
PINTURA BIZANTINA:

Temos duas tendências:


1ª Tendência helenística
 Caráter naturalista
 Movimento das vestes
2ª Tendência oriental:
 Lei da frontalidade
 Ausência de perspectiva
 Caráter simbólico
 Figuras estáticas.
Tipos de pinturas:

 Afrescos nas igrejas


 Iluminuras de manuscritos ou miniaturas são
ilustrações dos textos.
Toda pintura era de caráter narrativo.
Os temas eram bíblicos com iconografia cristã.
Não havia preocupação em mostrar uma narração em
ordem e sim dois ou três momentos diferente, sem
seqüência.
Observa-se certa simetria e um equilíbrio nos desenhos.
O artista bizantino volta a ser anônimo.
Pintura Bizantina
Pintura bizantina
representando Pedro e
Paulo.

Nossa Senhora no Trono com o


Menino - Idade Média Arte
Bizantina
ESCULTURA BIZANTINA:
Quase toda escultura desapareceu com a crise dos
iconoclastas, o que restou são poucos exemplares:

 Uma cabeça de um imperador Acádio, como olhos


grandes, cabelos estilizados, olhar de contemplação. É um
busto retrato.
 Pequenos objetos dedicados ao culto, na maior parte
das vezes em ouro, prata e com algumas pedras preciosas.
 A cadeira do arcebispo Maximiniano de Ravena, em
madeira e marfim com símbolos cristãos esculpidos. (pode
ser considerada uma escultura).
ARTE ROMÂNICA
(aprox. séculos XI e XII)

Período da história da arte na Europa ocidental que abrange


basicamente os séculos XI e XII, caracterizado pelo auge do
feudalismo, pela variedade regional de estilos,
predominância da arquitetura religiosa, rica decoração de
fachadas e capitéis de colunas, uso de arcos plenos,
abóbadas de berço e arestas, espigões e contrafortes, e
pela criação de abundante imaginária.
Feudalismo – sistema econômico, político e social que se fundamenta
basicamente sobre a propriedade da terra, cedida pelo senhor feudal ao
vassalo em troca de serviços mútuos (proteção por parte do senhor e
servidão por parte do vassalo) e que caracteriza a sociedade feudal
(surgida após as invasões germânicas na Europa, a sociedade feudal
desenvolveu-se do período que vai do século IX ao XIII).

Sobre a influência do apocalipse no ano 1000d.C. a igreja


passou a organizar as cruzadas para a Terra Santa para a
reconquista de Jerusalém e o túmulo de Cristo. Surge neste
período uma série de rotas de peregrinações que saía da
Itália e da França com destino a Santiago de Compostela na
Espanha. As cruzadas influenciaram positivamente todo o
comércio da região. Traziam também recursos para toda a
rota de peregrinação e com isso a igreja foi conseguindo
posses, terras. etc...
As doações de terras e de bens eram feitas em troca da
salvação quando chegasse o juízo final.
No período medieval não havia muitos horizontes. As
perspectivas de vida para os filhos conseqüentemente eram
muito pequenas, a maioria ia para os mosteiros ou
trabalhavam em profissões menos valorizadas: cozinheiros,
carpinteiros, sapateiros, ferreiros, etc...

Essa dificuldade fez com que os mosteiros de multiplicassem


na Europa, e dentro dos mosteiros houve uma diversidade de
cultura bastante expressiva. Foi observada também a
necessidade de uma constante manutenção nos mosteiros
aumentando o número de pedreiros que atuavam inclusiva na
elaboração de esculturas, que mais tarde estes pedreiros se
uniram numa confraria dando origem às marcenarias.
A arte nesse período continua a ser anônima, mas a mão-de-
obra começa a ser valorizada, fazendo com que esses
profissionais (escultores e pintores), começassem a ter fama.

Em todo o período medieval sente-se a presença da


opressão e da autoflagelação, e mesmo depois do ano 1000,
que não houve o apocalipse, ainda existia a autoflagelação, é
a partir daí que começa a aparecer o demônio, as trevas, o
castigo, o inferno e a inquisição.
Dentro deste aspecto da sociedade medieval a arte seria
toda opressiva, rígida e controlada. Na arquitetura todos os
ambientes seriam escuros, com galerias no alto das
construções, de onde os monges passavam e observavam
os que estavam presentes na igreja.
É nesta época que surgiu a ordem dos beneditinos, hoje
onde originalmente foi sua sede existe a maior biblioteca da
Europa. Com esta ordem foi criado o mosteiro de Cluny,
Borgonha (França), que se tornou o modelo para outros
mosteiros e o berço da reforma.

Dentro do sistema de hierarquia nesse período temos: os


nobres, a cavalaria, o clero, os burgueses e os camponeses.

A arte românica é uma arte heterogenia onde as origens


étnicas da diferentes populações interferem nas soluções
arquitetônicas.

Os mosteiros são inseridos em ambientes rurais, deferente


do gótico que é uma arte das cidades.
Os períodos da arte românica se dividem em:

Românico primitivo – 1000 a 1100

Alto românico – 1100 a 1180

Românico tardio – 1180 a 1240

ARQUITETURA ROMÂNICA:

Tipos:Religiosa – mosteiros e igrejas


Civil – castelos, fortificações e casas
A ARQUITETURA NOS MOSTEIROS:
As partes dos mosteiros são:
•Biblioteca
•Campo santo (cemitério)
•Oficina (pinturas dos livros, iluminuras ou miniaturas)
•Despensa
•Cozinha
•Sala capitular (sala de reuniões)
•Refeitório
•Atrium
•Pátio
•Pocilga
•Estábulo
•As celas (cômodo muito fechado, eram os quartos, muito
simples, despojado de qualquer coisa que se refere à
riqueza, um ambiente opressor e escuro)
•Instalações sanitárias
•Farmácia
•Ferraria
•Igreja, com uma cripta subterrânea sob o altar (catacumba)
Era uma construção auto-suficiente, fácil de entrar, difícil de
sair. Construídos no alto do morro, ambiente rural.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA
ROMÂNICA:
 Pequenas aberturas
 Construções muito sólidas e fechadas
 Predominância do cheio sobre o vazio
 Abóbada de berço
 Arco pleno ou arco de meio ponto
 Abóbada de arestas
 Paredes grossas
 Uso de contrafortes

Os materiais variavam de região para região


CARACTERÍSTICAS DAS IGREJAS ROMÂNICAS:
•Localizada sobretudo nas aldeias, é uma evolução da
basílica cristã.
•Tem planta em forma de cruz latina
•Com o desenvolvimento românico nas rotas de peregrinação
as relíquias foram colocadas nas capelas radiais e na abside.
Fizeram o deambulatório, uma espécie de corredor para
pessoas não se aproximarem muito das imagens.
•Na igreja românica há a presença da torre sineira, que varia
de aspecto de região para região:
oNa França ela sempre faz parte da fachada ou do cruzeiro
oNa Itália, sempre separada da igreja
•A cripta sob o altar
•Galerias no alto formavam alguns espaços vazios
ALGUNS ELEMENTOS DA ARQUITETURA:

O portal da igreja:
Mainel;
Lintel e
Tímpano

ESCULTURA ROMÂNICA:
Diretamente vinculada a arquitetura e a representação
transmitindo um forte sentimento religioso, recriando a
imagem da igreja triunfante.
Tem caráter didático e simbólico.
OS TEMAS SÃO:
•Sagradas esculturas
•Cultura popular
•Alegorias das estações
•Representação
•De fábulas populares
•Atividades dos camponeses
•O céu
•E o inferno
•A virtude e o vício
•Temas vinculados a Virgem Maria, mais freqüentes no
período gótico.
•O Cristo envolto numa mandala sentado sobre um trono na
parte do tímpano
Apocalipse e o juízo final

Algumas ornamentações variam de lugar para lugar, assim


como a arquitetura.
As ornamentações dos tímpanos são mais importantes.
Na Borgonha existe uma predominância de temas ligados
ao demônio, mostrando a divergência entre o bem e o mal.
“O Cristo de Autum” feito pelo escultor Gilesbertus, serviu de
modelo para todos os outros, por isso seu escultor ficou
famoso.
Os espaços destinados à escultura deixados pela
arquitetura são:
Portais tímpanos
•As bases dos altares
•Os capitéis
•Lintéis

PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DA ESCULTURA


ROMÂNICA:
1o. A lei de domínio da arquitetura: essa decoração da
escultura se localiza em pontos estratégicos da arquitetura
como altares, portais etc.
2o. A lei do enquadramento: as figuras se enquadram em um
espaço determinado no tímpano se ajeitando de modo que
caiba e ocupe todo o espaço.

3o. A lei do maior número de contatos: encosta-se o máximo


possível de uma escultura na outra e mesmo nas bordas,
como se na escultura houvesse um horror de espaços vazios.
Todo o espaço devia ser preenchido tendo o máximo de
contato com as margens criando figuras tortas.

4o. A lei do formalismo interno: consiste em que algumas


formas primordiais passem a gerar outras figuras com
semelhança a ela. Era uma metamorfose feita com formas
análogas.
CARACTERÍSTICAS DA ESCULTURA ROMÂNICA:

•Maior número de contatos com as margens


•A maior parte das esculturas em alto e baixo relevo
•São figuras atarracadas
•Forma rígida com contorno simbólico
•Cabeça sempre grande em relação ao corpo
•Não existe a escultura plena como no período romano
•Toda escultura era de caráter simbólico e didático, com
diferenças regionais sobretudo nos materiais.
PINTURA MURAL:
Técnica do afresco com detalhes de encáustica que é o
pigmento misturado com cera.
Os artistas orientais viajavam muito havendo uma troca
sobretudo nas técnicas.
Os temas tanto da pintura mural ou sobre madeira são de
caráter educativo, didático e simbólico.
São feitos três ou quatro composições num mesmo quadro.
TEMAS:
•Vida de Cristo
•Virgem Maria
•Antigo e novo testamento
Pintura sobre madeira:
Era um quadro pequeno onde havia pinturas
douradas, às vezes se apresentavam como díptico e outras
como trípticos, que eram feitas com madeiras lado a lado e
juntas por tiras de couro, e serviam para serem levadas nas
procissões.

As iluminuras ou miniaturas:

São ornamentações feitas nos livros, na bíblia. Nestas


pinturas temos a presença quase que constante da fauna e
da flora. A primeira letra do texto também sempre é
trabalhada.
A pintura mural quase desapareceu.
OS VITRAIS:
Começa no período românico e se desenvolve no período
gótico.
O vitral é formado por pedaços de vidro incrustados com um
perfil de chumbo. O vidro nesta época ainda tinha um aspecto
rudimentar, eram bastante grossos.Ainda com o vidro quente
se joga o pigmento. Percebe-se uma tonalidade amarelada
nos vidros do período românico, provavelmente ao tipo de
areia usada.
A moldura e a estrutura dos vitrais no início do período
românico eram feitos de madeira. Só a partir de 1200 que as
estruturas passaram a ser de ferro fazendo ligações e
estruturando a janela.
Eles costumavam colocar muitos vidros brancos e alguns
coloridos, e o contorno do chumbo fornecia uma linha de
contorno.

O esmalte era usado em pequenos objetos de culto com:


candelabros, taças e etc...
O mosaico também teve seus momentos de utilização.
ARTE GÓTICA

Notre Dame, Paris. (fachada)

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