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DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO SVATs

PARA REGIÃO SEMI-ÁRIDA DE SÃO JOÃO DO CARIRI (PB)

Resumo: O presente trabalho descreve o desenvolvimento de um modelo


para representação das transferências verticais de energia e umidade no
complexo solo-vegetação-atmosfera na região semi-árida de São João do Cariri
(PB). O modelo físico é embasado nas equações de conservação e transporte
de calor e massa, assim como, nos procedimentos apresentados por Milly
(1982) e Passerat de Silans (1986). Admite-se ainda, conforme observado por
Silva (2003), os processos de convecção livre no contorno superior,
descrevendo-os através da metodologia de Jacobs e Verhoef (1997). A solução
numérica é desenvolvida na linguagem Fortran, aplicando-se o método dos
volumes finitos. Os resultados indicam que o modelo simula de forma bastante
satisfatória a distribuição de temperatura no solo, no entanto, o mesmo não
ocorre com o perfil de potencial matricial. A incapacidade do modelo em
simular a distribuição do perfil de umidade indicam duas possibilidades a
serem investigadas: processo de reumidificação do solo através da umidade da
atmosfera, e a possibilidade da vegetação conduzir água, em sentido inverso,
da atmosfera até a zona das raízes.

De acordo com Passerat de


1. Introdução Silans (2000), apesar da importância
do bioma representado pela
A elaboração e a validação de Caatinga, que abrange todos os
modelos denominados SVATs (Soil estados do Nordeste do Brasil,
Vegetation Atmosphere Transfer poucos estudos têm sido
scheme), para determinação dos desenvolvidos no sentido de se
fluxos de energia e umidade entre o compreender os fenômenos
solo a vegetação e a atmosfera, tem associados às transferências de
sido um importante objeto de calor e massa nessa região. O
investigação científica. O IGBP PROJETO CARIRI foi desenvolvido no
(International Geosphere-Biosphere sentido de preencher esta lacuna.
Program), por exemplo, tem Ele tem por objetivo analisar
incentivado a realização de diversos localmente, através de um estudo
estudos internacionais para experimental complexo, as
melhorar o conhecimento da transferências de massa (água
interação entre o solo e a líquida e vapor) e de calor, no
atmosfera. O HAPEX-MOBILHY, em sistema formado pelo solo,
região temperada da França, o vegetação e atmosfera, na região de
ABRACOS, na Amazônia, o BOREAL, São João do Cariri, bastante
no Canadá, e o HAPEX SAHEL na característica da Caatinga do cariri
zona Saheliana do Oeste Africano, paraibano. Importantes trabalhos
são exemplos de projetos dessa têm sido desenvolvidos no âmbito
natureza. do projeto Cariri: Silva (2003)
mostrou, por meio da relação entre em região semi-árida com
os números de Reynolds e Rayleigh, vegetação esparsa.
que os processos de transferência O presente trabalho descreve
de massa e calor ocorrem, naquela a modelização das transferências de
região semi-árida, prioritariamente água, sob a forma líquida e vapor, e
devido ao fenômeno de convecção do calor entre o solo desnudo e a
livre e, atribui, à vegetação e ao vegetação (primeira coluna do
solo, um importante papel na modelo Cariri). Dois outros artigos
formação do clima local; Goldfarb científicos, em fase de elaboração,
(2006) trabalhou na formulação de completam o trabalho aqui
uma modelagem numérica para apresentado. O primeiro artigo
avaliar quantitativamente as trata, especificamente, do papel da
constatações de Silva (2003), ou vegetação daquela região e da
seja, a importância da contribuição modelagem da segunda coluna do
da vegetação tipo caatinga nos modelo SVATs; o segundo trabalho,
processos de transferência de calor descreve a importância da
e massa no complexo solo- variabilidade espacial dos
vegetação-atmosfera. Werlang parâmetros termodinâmicos do solo.
(2006) dá ênfase, especificamente,
à modelagem numérica das 2. Experimento Cariri
transferências de calor e massa
dentro do solo e, analisa o papel Para possibilitar a realização
termodinâmico do solo sobre a de estudos teóricos e experimentais
repartição da energia entre o fluxo dos balanços hídricos e energéticos
de calor sensível e o fluxo de na região semi-árida do Nordeste
evaporação, assim como analisa a brasileiro, foi montada, no âmbito
importância da variabilidade do Projeto Cariri a estação
espacial dos parâmetros do modelo. bioclimatológica de São João do
Embasados nas equações de Milly Cariri. A estação está instalada na
(1982) e Passerat de Silans (1986), região central do estado da Paraíba,
e descrevendo o processo de denominada de Cariris Velhos, na
convecção livre à superfície do solo, Bacia
os autores deste trabalho
desenvolveram, um modelo SVATs,
denominado modelo CARIRI.
O modelo CARIRI foi desenvolvido
para a região semi-árida dominada
por vegetação esparsa de tipo
Caatinga. Ele representa as
transferências verticais de água e
de calor entre o solo, a vegetação e
a atmosfera em duas colunas
conforme sugerido em Silva e Figura 1 – Localização do projeto
Passerat de Silans (no prelo) a partir
das observações experimentais e Escola da Universidade
dos trabalhos de Boulet et al. (1998) Federal da Paraíba, na zona rural do
município de São João do Cariri profundidade, potencial matricial do
(www.lrh.ct.ufpb/cariri). solo a 10, 20 e 40cm de
De acordo com Silva (2003), profundidade, fluxo de calor em solo
trata-se de uma região semi-árida, vegetado a 5cm de profundidade, e
com chuvas pouco abundantes e fluxo de calor em solo descoberto a
concentradas entre os meses de 5cm de profundidade. Os dados são
fevereiro a abril. A cobertura coletados em um sistema de
vegetal, formada basicamente por aquisição de dados CR23X da
xerófilas do tipo catinga, é Campbell Scientific Inc., o qual é
espaçada, com porções vegetadas alimentado em contínuo por uma
intercaladas de solo completamente bateria de 12 volts e 55Ah, acoplada
descoberto. Os solos são rasos, a um painel solar e 20 W. O sistema
característico da região do cariri de aquisição de dados é
paraibano. programado para operar como
unidade de controle de todo o
experimento. Maiores detalhes a
respeito do experimento e das
características físicas do solo podem
ser encontrados em Silva (2003) e
Werlang et al. (2005), assim como
em http://www.lrh.ct.ufpb.br/cariri/.

3. O Modelo Físico

O modelo físico da primeira


Figura 2 – Estação bioclimatológica coluna do modelo SVATs “Cariri”
de São João do Cariri aplica-se nas porções de solo
Em intervalos de 20 minutos, descoberto da Caatinga. Ele é
são coletados e armazenados na composto das equações de
estação bioclimatológica (figura 2) transferência de massa, a água sob
diversos dados: radiação global, forma líquida e vapor, e de calor no
saldo de radiação, velocidade do solo e na camada atmosférica entre
vento, precipitação, umidade do o solo e a altura do dossel da
solo a 5cm de profundidade, vegetação. As variáveis de estado
temperatura na copa da vegetação, do modelo são o potencial matricial,
temperatura na camada limite h, que representa a umidade do solo
atmosférica, temperatura no nível e a temperatura, T que representa a
da copa da vegetação em solo energia. O potencial matricial é
desnudo, pressão de vapor na copa escolhido em vez do teor
da vegetação, pressão de vapor na
volumétrico de água no solo, θ ,
camada limite atmosférica,
para garantir a continuidade da
temperatura em solo vegetado a
variável em solo apresentando
2cm e a 5cm de profundidade,
horizontes distintos.
temperatura em solo descoberto a
As equações de transferências
0, 2cm, 5cm, 15cm e 50cm de
no solo utilizadas no
desenvolvimento do modelo, têm A equação de conservação da
sido aplicadas por diversos energia é obtida da primeira lei da
pesquisadores a exemplo de Milly termodinâmica, desprezando-se as
(1982), Passerat de Silans (1986), variações de energia potencial e
Antonino (1992), Goldfarb (2006) e cinética no sistema, e considerando
Werlang (2006); e são basicamente o equilíbrio termodinâmico, tem-se:.
as equações de conservação
(conservação da massa e primeira • dH
lei da termodinâmica) e as equações Q= (3)
de transporte (equação de Darcy, dt
equação de Fick e equação da •
condução de calor). onde H é a entalpia do sistema e Q
é o calor fornecido ao sistema, por
unidade de tempo, pelo meio
3.1 Equações de conservação externo.

A equação de conservação da 3.2 Equações de transporte


massa estipula que a massa de um
determinado sistema não varia para O fluxo de água líquida no solo
um fluido incompressível. é descrito pela equação de Darcy
Considerando-se as duas fases nas generalizada:
quais a umidade pode ser
encontrada, isto é, a fase líquida e a ql ∂(h − z )  ∂h 
fase de vapor, essas equações se = −K = −K  − 1 (4)
ρl ∂z  ∂z 
escrevem:
∂ρlθ l ∂ •
+ ql = − ql (1) onde ρ l é a massa específica da
∂t ∂z água líquida, z é a cota e K é a
condutividade hidráulica do solo não
∂ρvθv ∂ •
saturado, que depende da umidade
+ qv = − q v
∂t ∂z do solo e da temperatura, e as
(2) outras variáveis ql e h já foram
definidas anteriormente
onde: ql é a densidade de fluxo de O transporte de água sob a
água sob a forma líquida e qv é a forma de vapor é representado, pela
densidade de fluxo de água sob a equação de Fick.
• •
forma de vapor; ql e qv
representam as taxas de variação ∂ρV
q V = −D V (5)
das densidades dos fluxos líquido e ∂z
de vapor oriundas dos processos de
condensação-evaporação; θ l e θ v onde: DV é o coeficiente de difusão
são os teores volumétricos de água do vapor de água no solo úmido; DV
sob a forma líquida e sob a forma de é função do coeficiente de difusão
vapor, respectivamente. molecular do vapor de água no ar e
da geometria dos poros na matriz
porosa; ρ V é a massa específica do onde, os termos A1, dado em m-1, e
vapor de água, função do potencial B1, dado em K-1 são interpretados
matricial,h, e da temperatura, T. como sendo capacidades hidráulicas
O fluxo de calor no solo, qh, no associadas, respectivamente, ao
solo é representado através da gradiente de potencial matricial e ao
equação de condução de calor em gradiente de temperatura.
um sólido.

∂T
 ρ  ∂θ θ V ∂ρ V 
q h = −λ (6) A1 = 1 − V  + 
 ρ l  ∂h ρ l ∂h
T T
∂z  (9)
  ρ  ∂θ θ V ∂ρ V 
em que λ é a condutividade térmica B1 = 1 − V  + 
  ρ l  ∂T ρ l ∂T
h h
do meio poroso, a qual depende da  (10)
temperatura T, da umidade
volumétrica, θ e do teor
onde θ v é o teor volumétrico de
volumétrico de vapor de água no ar.
água sob a forma de vapor.
3.3 O sistema de equações {∂ ρ v/∂h}T e {∂ ρ v/∂h}h
representam respectivamente a
O sistema de equações que variação da massa específica de
compõe o modelo é finalmente vapor de água com o potencial
obtido a partir de uma adequada matricial considerando a
manipulação, das equações (1), (2), temperatura constante e a variação
(3), (4), (5) e (6) e das seguintes da massa específica de vapor de
hipóteses principais: o solo é um água com a temperatura
meio contínuo, poroso, indeformável considerando o potencial matricial
e inerte; a umidade é composta das constante.
fases líquida (água nas formas livre,
capilar ou adsorvida) e de vapor; O termo A2, dado em J.m-4, é
assim como, existe equilíbrio interpretado como sendo uma
termodinâmico entre a fase sólida, capacidade calorífica associada a
líquida e de vapor nos poros. um gradiente do potencial matricial,
Na forma simbólica, o sistema e B2, dado em Jm-3K-1, uma
é finalmente escrito, com a equação capacidade calorífica associada ao
de transporte de umidade e a gradiente de temperatura
equação de transporte de calor  ∂ρ ∂θ 
A2 =  Lθ V V − ( ρ lW + ρ V L ) 
∂h ∂T ∂  ∂h ∂T   ∂h T
∂h T
 (11)
A1 + B1 = C1 + D1 + E1 
∂t ∂t ∂z  ∂z ∂z 
 ∂ρ ∂θ 
(7) B2 = C * + Lθ V V − ( ρ lW + ρV L )
 ∂T h
∂T h 
∂h ∂T ∂ ∂h ∂T  (12)
A2 + B2 = C 2 + D2 + E2 
∂t ∂t ∂z  ∂z ∂z 
(8) onde: L é o calor latente de
vaporização da água, W é a
diferencial do calor de molhamento
e C* é a capacidade calorífica do associado ao gradiente de potencial
meio poroso. {∂ θ /∂h}T e matricial, e o termo D2, dado em
{∂ θ /∂h}h representam Wm-1K-1, é interpretado como um
respectivamente a variação da coeficiente de transporte de calor
umidade volumétrica com o associado ao gradiente de
potencial matricial considerando a temperatura
temperatura constante e variação
da umidade volumétrica com a C2 = LDVh (15)
temperatura considerando o
potencial matricial constante. D2 = λ *
= λ + LDVT (16)
O termo C1, dado em ms-1, é
interpretado como sendo um onde λ é a condutividade térmica
coeficiente de condução da umidade do solo e λ * representa a
associado ao gradiente de potencial condutividade térmica aparente do
matricial. O termo D1, dado em m2s- solo, a qual incorpora os efeitos
K , é um coeficiente de difusão de
1 -1 devidos aos processos de
umidade associado ao gradiente de convecção, evaporação e
temperatura. condensação dentro do poro (de
Vries, 1963).
Finalmente, E1 e E2 são
C1 = D h = K +
1
D vh
termos fonte, respectivamente, da
(13)
ρl equação de transferência de massa
e da equação de transferência de
calor.
1
D1 = DT = DIT + DvT (14)
ρl
4. Condições de contorno

onde: Dh é a difusividade líquida 4.1 Contorno inferior


(m.s-1) associada ao gradiente de
potencial matricial; K é a A região do semi-árido do
condutividade hidráulica do solo não Cariri paraibano é caracterizada,
saturada (m.s-1); Dvh é a difusividade entre outros fatores, por possuir
do vapor associado ao gradiente de solos relativamente rasos. A
potencial matricial (kg/ m s); DT é a profundidade inferior máxima do
difusividade da umidade associada solo é comumente limitada por uma
ao gradiente de temperatura; DlT é a camada rochosa de origem
difusividade da água líquida magmática, em estados variáveis de
associada ao gradiente de intemperismo, porém, geralmente
impermeável. No local de estudo, a
temperatura (m /s/K) e DvT é a
2
profundidade máxima de solo
difusividade do vapor associado ao aproxima-se de 0,4m. Por este
gradiente de temperatura (kg/m s K). motivo, considerou-se que não
O termo C2, dado em Jm-2s-1, é existe fluxo de umidade na condição
interpretado como sendo um de contorno inferior (qm = 0).
coeficiente de transporte de calor
Silva et al. (2002), analisando de contorno superior é também de
resultados experimentais da segunda espécie. O fluxo de massa
variação da temperatura com a é dado pela quantidade evaporada
profundidade na estação por segundo e por m2, EVAP.
experimental de São João do Cariri, Silva et al. (2002)
observaram uma grande redução na demonstraram que os processos de
amplitude diária da temperatura troca de calor e vapor de água entre
com o aumento da profundidade do a superfície do solo e o topo da
solo. Nos períodos estudados, vegetação, na Caatinga em São João
enquanto na superfície do solo a do Cariri, ocorrem, prioritariamente,
amplitude máxima diária superava através dos processos de convecção
20oC, a 0,05m de profundidade, este livre, justificando a possibilidade de
valor não ultrapassou o valor de 5oC aplicação da metodologia de Jacobs
e a 15cm de profundidade é sempre e Verhoef (1997), que utiliza o
inferior a 0,3oC. critério proposto por Gates (1980)
O fato observado por Silva para avaliar o tipo de convecção:
(2002), ocasionado pela baixa convecção livre - Ra > 16Re2;
difusividade térmica do solo, convecção forçada - Ra < 0,1Re2; e
associada às características convecção mista - 0,1Re2 < Ra <
impermeáveis das camadas 16Re2, onde Ra é o número de
inferiores, sugerem a possibilidade Rayleigh proposto por Kreith e Bohn
de simplificação na condição de (1986) na forma:
contorno inferior: TS constante, onde
Ts é a temperatura estimada a Ra =l 3 gb ∆T Pr ν2 (18)
partir de valores médios
experimentais observados a 15cm Sendo, l um parâmetro associado a
de profundidade na estação rugosidade da superfície,
bioclimatológica de São João do denominado comprimento horizontal
Cariri. característico, que para região de
Caatinga em São João do Cariri foi
estimado por Silva (2003) como
4.2 Contorno superior sendo igual a distância média entre
as ilhas de vegetação (l = 9,0m); g é
Para a equação de a aceleração da gravidade; ∆ T é a
transferência de calor, a condição diferença de temperatura entre a
de contorno superior é de segunda superfície do solo e o ar na altura do
espécie. O fluxo de calor no solo, G, dossel; b é o coeficiente de
é medido e corrigido em função da expansão (para gases perfeitos o
diferença entre a condutividade valor de b é igual ao inverso da
térmica do solo e a condutividade temperatura absoluta, b=1/T); Pr é o
térmica do polipropileno que número de Prandtl e ν é a
constitui o sensor (maiores detalhes viscosidade cinemática do ar.
em Passerat de Silans e Silva, O número de Reynolds, Re,
2006). definido conforme Jacobs e Verhoef
Para a equação de (1997):
transferência de massa, a condição
Re = ( u l ) ν (19) Ainda conforme Jacobs e
Verhoef (1997), o calor latente de
onde u é a velocidade do vento evaporação do solo, LES pode ser
medida a 0,5 metro de altura da calculado utilizando a razão de
superfície do solo, l é o Bowen, β S:
comprimento horizontal
característico e ν a viscosidade HS
cinemática do ar. βS = (24)
LES
Considerando a convecção
livre, o número de Nusselt se A razão de Bowen é dada pela
escreve para representar as expressão:
transferências de calor:
TS − Ta
Nu = H S l λ ∆T (20) βS = γ (25)
eS − e a

Onde, Hs é o calor sensível do solo,


dado em W.m-2 e λ é a onde γ é a constante psicrométrica;
condutividade térmica do ar em Ta e ea representam
repouso em W.m-1K-1 respectivamente a temperatura e a
Para regiões de topografias pressão de vapor no ar, na altura do
planas, quando o número de dossel, enquanto TS e eS
Rayleigh for superior a 107, o representam respectivamente a
número de Nusselt pode ser temperatura e a pressão de vapor
calculado por: no ar imediatamente em contato
com a superfície do solo. Essa
1 última é obtida admitindo
Nu = 0,14 Ra 3 (21) continuidade e equilíbrio
termodinâmico entre o ar na matriz
Combinando as equações (18) porosa do solo e o ar atmosférico à
e (21), teremos uma relação para o superfície do solo.
cálculo do calor sensível do solo, a Massman (1992) propus
saber: calcular a razão de Bowen pela
expressão:
 1 
H S =  0,14 λ Ra 3
 l (22) βS = c W βS, E
  (26)

Finalmente, combinando as onde β s,e = γ /s é a razão de Bowen


equações (18) e (22), teremos uma de equilíbrio do solo, γ é a
equação para cálculo do calor constante psicrométrica e s é a
sensível independente do declividade da curva da pressão do
comprimento característico. vapor de saturação na temperatura
do solo, e, cw, é o coeficiente da
 1 1
H S =  0,14 λ g 3 b 3 Pr
1
3  2
∆T  ν 3 (23) razão de Bowen do solo usado por
  Massman (1992), obtida para a
região semi-árida do Sahel por
Jacobs e Verhoef (1997):
c W = 27 ,6 exp ( −29 θ 5 ) (27) (i-1)
zw W

onde θ 5 é a umidade volumétrica


w
do solo na camada de solo de 0 a Volume elementar de integracao

5cm de profundidade em m3.m-3.


integracao

z P (i)
Combinando-se as equações 22 e 24
obtem-se o valor do fluxo de massa e
à superfície do solo, onde o sinal
E
negativo é colocado porque os ze
fluxos dentro do solo são positivos (i+1)
quando dirigidos para baixo:
Figura 3 – Esquema da malha de
 1 1 1  2 discretização
EVAP = −  0,14 λ g 3 b 3 Pr 3 ∆T  L βS ν 3
 
(28) Para a integração temporal
um esquema semi-implicito foi
5. Procedimento numérico escolhido com coeficiente de
relaxação de 0,55. Maiores detalhes
Dada a impossibilidade de sobre a discretização das equações
solução puramente analítica do encontram-se em Werlang (2006). O
sistema representado pelas metodo de cálculo é iterativo.
equações (7) e (8), utiliza-se o Adotou-se o seguinte critério de
método numérico dos volumes convergência da solução:
finitos, através da integração
espaço-temporal das equações ( h( i ) − h ant ( i ) ) ( T( i ) − Tant ( i ) )
< 0,002 e < 0,001
diferenciais sobre o volume finito ( h ant ( i ) ) ( Tant ( i ) )
elementar, conforme descrito por
29
Maliska (1999). A figura 3 apresenta
um esquema da malha. As variaveis
Tendo em vista a necessidade
de estado do sistema, quais sejam,
de descrever com maiores detalhes
h e T são calculadas no centro de
os gradientes de temperatura e de
cada elemento. Na figura 3 ele é
pontencial matricial à superfície e
representado por P, W ou E onde P é
na fronteira inferior do perfil
o elemento de cálculo atual, W o
vertical, uma malha irregular foi
elemnto anterior e E o elemento
adotada. A distribuição de Δz, o
posterior. Por sua vez os fluxos são
tamanho do volume elementar de
cálculados nas fronteiras de
cálculo (figura 3), seguiu uma
montante (w) e de jusante (e) do
distribuição de Gauss. Δz é então
volume finito elementar de cálculo.
mais fino próximo à superfície e à
fronteira inferior e mais grosso no
centro.

6. Resultados
O modelo foi aplicado ao período de e observados experimentalmente da
12 a 22 de Janeiro de 2002, que umidade volumétrica a 5cm de
corresponde a um longo período de profundidade. Os eletrodos da sonda
secagem do solo, iniciando com solo TDR foram dispostos
úmido. Nos dias 10 e 11, anteriores horizontalmente a 2,5 cm e 7,5 cm
ao dia 12, choveram 14,8 mm, num de profundidade, fornecendo o valor
solo já úmido, pois na primeira médio da umidade nesta camada, o
semana de janeiro foi registrado 112 qual foi atribuído à profundidade
mm. Posteriormente a este dia, não média de 5cm.
ocorreram chuvas com exceção do 0,2000
dia 17, quando caiu 2 mm em torno 0,1800
de meio dia. 0,1600

(mca)
0,1400
A simulação foi efetuada 0,1200
Teta 5cm (simul.)
Teta 5cm ( Exp.)

considerando 120 volumes finitos 0,1000


1 73 145 217 289 361 433 505 577
elementares para a discretização do (h)
espaço vertical e um incremento de
tempo ∆ T=2s.
A figura 4 compara os valores Figura 5 – Valores da umidade volumétrica
de temperatura à superfície, simulados e experimentais.
observados no campo durante este A simulação representa um
período e simulados pelo modelo. processo de secagem bem mais
Nota-se na figura que nos três rápido do que foi observado
últimos dias de simulação os valores experimentalmente.
simulados distanciam-se dos valores Experimentalmente, o solo a 5 cm
observados. Vê-se mais adiante que de profundidade praticamente não
o solo seca mais rápido na seca, apesar de Passerat de Silans e
simulação do que ocorreu na Silva (no prelo) terem estimado a
realidade. Isto explica o motivo evaporação do solo em 1,6 mm em
deste distanciamento. média neste período pelo método do
balanço hídrico de Vachaud et al.
T ( superfície) Simul. (1978). Observa-se também nesta
Exp.
figura, a forte reumidificação do solo
nesta profundidade, motivo pelo
60.000
qual ele não seca. Curioso é de
40.000
constatar, como já assinalado em
20.000 Passerat de Silans et al. (2003) que
0.000 essa reumidificação ocorre nas
1 73 145 217 28 36 43 50 577
horas as mais quentes do dia, isto é
Figura 4 – Temperatura simulada e entre as 11:00 horas e as 17:00
experimental na superfície do solo horas.
Nas figuras 6 e 7 são
representados os fluxos de água
Na figura 5, estão (sob a forma líquida e vapor)
representados os valores simulados calculados pelo modelo a 5 cm de
profundidade. Esses fluxos, como dias os fluxos de água simulados
observado em Werlang (2006) respectivamente a 2 cm e 0,4 cm de
resultam dos coeficientes de difusão profundidade. Observa-se
da água C1 e D1 (equações 13 e 14) claramente o processo de
e dos gradientes respectivos de reumidificação nessas
potencial matricial e de temperatura profundidades devido ao efeito do
que agem em sentido inverso boa gradiente de temperatura. Este
parte do período diurno. processo é mais acentuado a 0,4 cm
de profundidade, isto é próximo à
Fluxo h
Figura - 6a
Fluxo T superfície, indicando que existe na
2,0E-07 Fluxo (h+T) camada superficial do solo, uma
1,0E-07 transferência de água dirigida para
dentro do solo, ou seja
(m/s)

0,0E+00
-1,0E-07 0 4 8 12 16 20 24 reumidificando o solo. Durante a
-2,0E-07 noite e pela manha, os fluxos
(h) simulados a 0,4 cm, a 2 cm e a 5 cm
são negativos, indicando que os
mesmos são dirigidos para cima
provocando certamente evaporação
Figura - 6b Fluxo h noturna.
Fluxo T
1,0E-07
Fluxo (h+T) Figura - 7a Fluxo h
5,0E-08
Fluxo T
2,0E-07
(m/s)

0,0E+00 Fluxo (h+T)


0 4 8 12 16 20 24 1,0E-07
-5,0E-08
(m/s)

-1,0E-07 0,0E+00
0 4 8 12 16 20 24
(h)
-1,0E-07

-2,0E-07
(h)

Figura 6 – Fluxos de água devidos ao


gradiente de potencial matricial, ao gradiente
de temperatura e total, a 5cm de Fluxo h
Figura - 7b
profundidade. (a) no dia 15/01/2002, e (b) no Fluxo T
dia 18/01/2002. 1,E-07 Fluxo (h+T)
5,E-08
Os fluxos são dirigidos para
(m/s)

0,E+00
cima, ou seja, alimentam o processo -5,E-08 0 4 8 12 16 20 24
evaporativo, quando o seu valor é -1,E-07
negativo. Nos dois dias ilustrados, (h)
nota-se que, a 5 cm de
profundidade, durante o dia, o fluxo
de água é negativo, mas com um
Figura 7 – Fluxos de água devidos ao
valor absoluto muito baixo. Os
gradiente de potencial matricial, ao gradiente
gradientes de temperatura freiam
de temperatura e total a 2 cm de
consideravelmente o processo de
profundidade. (a) no dia 15/01/2002, e (b) no
transferência vertical de água para
dia 18/01/2002.
a superfície. Nas figuras 7 e 8,
representaram-se para os mesmos
Figura - 8a Fluxo h
Durante o período diurno, os
Fluxo T gradientes simulados são inferiores
2,00E-07
Fluxo (h+T)
aos gradientes observados. Caso
1,00E-07
estivessem mais próximos, a
(m/s)

0,00E+00
0 4 8 12 16 20 24
reumidificação diurna, no modelo,
-1,00E-07
que ocorreu apenas algumas horas
-2,00E-07
de alguns dias, ocorreria com um
(h)
padrão mais próximo das
observações de campo.
Duas questões, nesta análise
Fluxo h
Figura - 8b
Fluxo T
tem de ser colocadas. A primeira é:
1,E-07 Fluxo (h+T) de onde vem a água que realimenta
5,E-08 o solo durane o dia? A segunda que
lhe é correlata é: a evaporação
(m/s)

0,E+00
-5,E-08
0 4 8 12 16 20 24
calculada pelo modelo na sua fase
-1,E-07 aérea, representa a dinâmica
(h) sugerida pelo que ocorre no solo?
Assim como a temperatura, o
modelo simula para cada
Figura 8 – Fluxos de água devidos ao profundidade da malha os valores
gradiente de potencial matricial, ao gradiente do potencial matricial. Na Figura (8)
de temperatura e total a 0,4 cm de são comparados os potenciais
profundidade. (a) no dia 15/01/2002, e (b) no matriciais simulados a 5cm de
dia 18/01/2002. profundidade, com os potenciais
Na figura 9, são representados matriciais obtidos das observações
os gradientes de temperatura no experimentais. A comparação não é
solo, observados e simulados pelo boa. Se de um lado, o modelo
modelo. Esses gradientes são simula aparentemente um processo
calculados pela diferença entre as de secagem, mesmo lento,
temperaturas à superfície do solo e considerando que o solo é
a temperatura a 5 cm de descoberto e que a simulação foi
profundidade. realizada no mês de janeiro, mês de
alta radiação solar, do outro lado,
T simulado
400 T experimental não representa as observações
experimentais, as quais indicam que
300

200
o solo praticamente não perde sua
(ºC)

100

0 umidade e apresenta uma dinâmica


-100 1
73 145 217 289 361 433 505 577 649
de reumidificação durante o dia.
-200
(h) Vale salientar que este fato, curioso,
foi também observado, quando
foram feitas determinações de
Figura 9 – Comparação entre os gradientes de umidade para a calibração da sonda
temperatura simulados e observados. a partir de levantamentos
gravimétricos de amostras do solo
(Passerat de Silans et al. 2001).
7. Considerações finais
100 h (Simu l. 5 c m)
h (e xp . 5 c m)
h siml.
A fundamentação
metodológica, que compreende a
- h (mca)

10
h exp. base do modelo desenvolvido, a
exemplo da transferência através
1
dos processos de convecção livre no
0 12 24 36 48 60 72 84 96 contorno superior, conforme
T em p o (h )
proposto por Jacobs e Verhoef
(1997) para região semi-árida,
mostrou-se bastante eficiente para
Figura 8 - Comparação entre os determinação das condições de
potenciais matriciais observados e contorno superior do modelo.
simulados a 5cm de profundidade Observou-se, também, a
necessidade da elaboração do
A Figura (9), ainda relativa ao modelo na forma de mosaico, de
potencial matricial do solo, compara acordo com a proposta por Boulet
os valores de umidade observados (1998), onde devem ser
com a sonda TDR e deduzidos dos consideradas de maneira distinta as
valores simulados da potencial transferências: solo-atmosfera mais
matricial por meio da curva de solo-vegetação-atmosfera, nas
retenção. Os resultados superfícies para as porções
apresentados confirmam o que foi vegetadas, e, solo-atmosfera para
observado na Figura (8). Na Figura as superfícies de solo descoberto.
(9), observa-se que o primeiro valor Apesar de ter possibilitado a
simulado indica um solo muito determinação satisfatória, entre
úmido, enquanto o valor outros parâmetros, do perfil de
experimental indica um solo com temperatura no solo, o modelo não
umidade abaixo da capacidade de foi suficiente para representar o
campo. potencial matricial do solo. Nesse
0,30 caso, o modelo simula de forma
0,25
teta (Simu l. 5 cm)
teta (exp . 5 cm)
insatisfatória o processo de
0,20
secagem do solo. Este fato deve ser
θ ( mca )

0,15
pensado juntamente com os
0,10
resultados experimentais de
0,05
umidade do solo, bastante
interessante e peculiar daquela
0,00
12 13 14 15 17 18 19
16
T em p o (dia)
região: durante o período analisado,
o solo secou de forma muito lenta
em algumas profundidades e
Figura 9 – Comparação entre os praticamente não secou em outras.
valores experimentais e A partir destas observações, duas
simulados da umidade hipóteses devem ser investigadas
volumétrica (θ ) a 5 cm com relação ao solo e a vegetação
daquela região semi-árida de de seiva, assim como do potencial
estudo. hídrico foliar.
A primeira hipótese que pode
explicar este fenômeno é a 8. Bibliografia
umidificação do solo, a partir da
superfície, durante o período
noturno, sem a presença de chuvas. Agan, N. Berliner, P.R. 2005. Dew
Nesse caso, o solo retira umidade da formation and water vapor
camada atmosférica mais baixa, adsorpation in semi-arid
com pressão de vapor superior a environments – A review. Journal of
pressão de vapor na matriz porosa, Arid Environments, v. 65, p. 572-
conforme fenômeno descrito em 590.
Agam e Berliner (2005). Esta
possibilidade pode está em Antonino, A. C. D., 1992.
concordância com a distribuição Modélisation des transferts de
fracionada da vegetação masse et de chaleur dans le
característica da região semi-árida système solplante-atmosphère.
de São João do Cariri. Estaria, nesse Influence de la variabilité spatiale
caso, a vegetação formando des caractéristiques
estrategicamente regiões de solo hydrodynamiques du sol, Tese
desnudo para possibilitar a Doutorado, Universidade Joseph
ampliação deste fenômeno? Fourier Grenoble I, Grenoble,
A segunda hipótese é a France, 195 pp.
possibilidade de ocorrer
umidificação do solo através da Boulet, G. 1998. Mosaic versus
vegetação que, nesse caso, retira source approaches for modeling the
água na atmosfera e a conduz surface energy balance or a semi-
através de suas estruturas, em arid land. American Meteorological
sentido inverso ao solo. Este Society – Special Symposium on
fenômeno, que foi observado por Hydrology. Phoenix, Arizona. Paper –
Gutiérrez (2004) em arbustos de 1.7.
região semi-árida do Chile, é
possível de acontecer em diversas Gates, D.M., 1980. Biophysical
espécimes de xerófilas, a exemplo Ecology. Springer-Verlag, New York,
das bromeliáceas, bastante 611p.
abundantes no semi-árido
nordestino. Para a avaliação desta Goldfarb, M. C., 2006. Contribuição
hipótese sugere-se a classificação da vegetação tipo caatinga nos
apresentada neste trabalho, processos de transferência de calor
bastante eficaz para separar grupos e massa no complexo solo-
de vegetação com comportamento vegetação-atmosfera na região
climático semelhante, e, semi-árida de São João do Cariri.
obviamente, a utilização de Tese Doutorado. Universidade
instrumentação necessária para Federal da Paraíba, João Pessoa,
determinação experimental do fluxo 116p.
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