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Agentes Ocupacionais de Risco

Riscos físicos: são agentes ambientais que se apresentam em forma de energia e imprimem algum tipo
de impacto ao organismo humano, que é afetado por essa pressão exercida sobre seus órgãos e
sistemas. O ruído, por exemplo, exerce pressão sobre o sistema auditivo, que chamamos de pressão
sonora. Todos os riscos deste grupamento são absorvidos por meios físicos, por isso são chamados de
riscos físicos.

Riscos químicos: diferentemente dos riscos físicos, os riscos químicos vão se caracterizar por serem
absorvidos pelo organismo, ou seja, penetram no corpo humano e essa absorção pode ocorrer de 3
formas: inalação (respiração); ingestão (“consumido” via oral e caindo no trato digestivo) e por
contato (sendo absorvido pela pele e mucosas).

Riscos biológicos: assim como os agentes químicos, os agentes biológicos também penetram no
organismo. A diferença é que o segundo é composto por seres vivos, ou seja, são outros organismos
vivos (fungos, bactérias, etc).
Os riscos biológicos são exposições a outros organismos vivos, os químicos não.

A NR 9 (PPRA) classifica como riscos ambientais apenas esses 3 grupamentos (físico, químico e
biológico). Muitas vezes, quando é elaborado, o PPRA não contempla os riscos ergonômico e de
acidentes (classificados como “riscos ocupacionais”), mas não é por isso que esses riscos devem ser
negligenciados, devendo haver sempre atenção total a esses dois grupamentos também, mesmo que
eles não façam parte do PPRA.

Fatores Ocupacionais de Risco


Como já foi comentado anteriormente, os riscos ergonômicos e de acidentes também estão presentes
na tabela 23 do e-Social, portanto, muitas empresas têm optado por inserir esses dois grupamentos no
PPRA, de forma opcional, a fim de otimizar a qualidade das informações passadas ao sistema e tornar
o documento ainda mais completo. Logo, falaremos deles também:
Riscos ergonômicos: a ergonomia, também chamada de engenharia humana, é uma ciência
relativamente recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho. Os
riscos ergonômicos podem afetar a integridade física ou mental (psicológica) do trabalhador,
proporcionando-lhe desconforto físico ou doença.

Riscos de acidentes: é o grupamento mais amplo e abrangente de todos. São todos os fatores
que colocam o trabalhador em perigo, afetando sua integridade física ou moral. Normalmente
é concebido por meio de incidente ou acidente causador de lesão.

QUALIFICAÇÃO e QUANTIFICAÇÃO do Risco


Qualificação: Qualificar um risco nada mais é que verificar sua existência, concluir que ele
está ali presente, que existe risco em determinado ambiente. Então, QUALIFICAR, neste
caso, é VER SE EXISTE e QUAL EXISTE. Feito isso, vamos quantificá-lo.

Quantificação: verificar em que quantidade determinado risco está presente por meio de
medições com equipamentos específicos. Exemplo: numa sala de compressores de uma
fábrica foi detectado risco físico por meio de ruído. Logo, o risco presente foi qualificado
como sendo ruído.

Para quantificá-lo, neste caso, deverá ser utilizado um equipamento chamado decibelímetro
ou audiodosímetro, que vai aferir o nível de ruído em decibéis presente no ambiente. Logo,
quantificar nada mais é que verificar a quantidade, obtendo informações numéricas com
precisão.

O motivo pelo qual quantificamos um determinado risco se deve ao fato de que a exposição
pode ser prejudicial quando a concentração/intensidade deste risco estiver acima do limite
permitido, configurando condição insalubre no ambiente de trabalho. Logo, esta quantificação
é feita para determinarmos os ambientes que são insalubres ou não.

O mundo ideal é aquele onde não há insalubridade e o trabalhador exerce sua atividade de
forma tranquila, com a certeza de que estará sempre saudável e apto a desenvolver suas
tarefas pessoais e profissionais.

Porém, não são todas as atividades que conseguimos eliminar/minimizar esses riscos, então,
as empresas acabam pagando adicionais ao salário do seu funcionário, uma forma de
“compensação” por expor um ser humano a uma condição desumana.

Nas Normas Regulamentadoras (NRs) 15 e 16 encontraremos diversos anexos


regulamentando os limites de exposição e atividades que configuram trabalho insalubre e
perigoso, respectivamente.

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