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SUMÁRIO

Legislação
Decreto n. 85.878, de 7 de Abril de 1981..............................................3
Lei n. 3.820, de 11 de Novembro de 1960.............................................7
Lei n. 5.991, de 17 de Dezembro de 1973............................................ 20
Lei n. 12.514, de 28 de Outubro de 2011............................................. 40
Lei n. 13.021, de 8 de Agosto de 2014................................................ 45
Resolução n. 357, de 20 de Abril de 2001............................................ 50
Resolução n. 566, de 6 de Dezembro de 2012.................................... 104
Resolução n. 585, de 29 de Agosto de 2013....................................... 113
Resolução n. 586, de 29 de Agosto de 2013....................................... 131
Resolução n. 698, de 16 de Dezembro de 2020.................................. 156
Resolução n. 700, de 29 Janeiro de 2021........................................... 177
Resolução n. 701, de 26 Fevereiro de 2021........................................ 229
Resolução n. 711, de 30 Julho de 2021.............................................. 236
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

DECRETO N. 85.878, DE 7 DE ABRIL DE 1981

Estabelece normas para execução da Lei


n. 3.820, de 11 de novembro de 1960,
Lei n. 3.820, de 11.11.1960
sobre o exercício da profissão de farma-
cêutico, e dá outras providências

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o


artigo 81, item III, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º São atribuições privativas dos profissionais farmacêuticos:
I – desempenho de funções de dispensação ou manipulação de fórmulas
magistrais e farmacopéicas, quando a serviço do público em geral ou mesmo
de natureza privada;
II – assessoramento e responsabilidade técnica em:
a) estabelecimentos industriais farmacêuticos em que se fabriquem pro-
dutos que tenham indicações e/ou ações terapêuticas, anestésicos ou auxilia-
res de diagnóstico, ou capazes de criar dependência física ou psíquica;
b) órgãos, laboratórios, setores ou estabelecimentos farmacêuticos em
que se executem controle e/ou inspeção de qualidade, análise prévia, análise
de controle e análise fiscal de produtos que tenham destinação terapêutica,
anestésica ou auxiliar de diagnósticos ou capazes de determinar dependência
física ou psíquica;
c) órgãos, laboratórios, setores ou estabelecimentos farmacêuticos em
que se pratiquem extração, purificação, controle de qualidade, inspeção de
qualidade, análise prévia, análise de controle e análise fiscal de insumos far-
macêuticos de origem vegetal, animal e mineral;
d) depósitos de produtos farmacêuticos de qualquer natureza;

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III – a fiscalização profissional sanitária e técnica de empresas, estabeleci-


mentos, setores, fórmulas, produtos, processos e métodos farmacêuticos ou
de natureza farmacêutica;
IV – a elaboração de laudos técnicos e a realização de perícias técnico-le-
gais relacionados com atividades, produtos, fórmulas, processos e métodos
farmacêuticos ou de natureza farmacêutica;
V – o magistério superior das matérias privativas constantes do currículo
próprio do curso de formação farmacêutica, obedecida a legislação do ensino;
VI – desempenho de outros serviços e funções, não especificados no pre-
sente Decreto, que se situem no domínio de capacitação técnico-científica
profissional.
Art. 2º São atribuições dos profissionais farmacêuticos, as seguintes ati-
vidades afins, respeitadas as modalidades profissionais, ainda que não priva-
tivas ou exclusivas:
I – a direção, o assessoramento, a responsabilidade técnica e o desempe-
nho de funções especializadas exercidas em:
a) órgãos, empresas, estabelecimentos, laboratórios ou setores em que se
preparem ou fabriquem produtos biológicos, imunoterápicos, soros, vacinas,
alérgenos, opoterápicos para uso humano e veterinário, bem como de deri-
vados do sangue;
b) órgãos ou laboratórios de análises clínicas ou de saúde pública ou seus
departamentos especializados;
c) estabelecimentos industriais em que se fabriquem produtos farmacêu-
ticos para uso veterinário;
d) estabelecimentos industriais em que se fabriquem insumos farmacêu-
ticos para uso humano ou veterinário e insumos para produtos dietéticos e
cosméticos com indicação terapêutica;
e) estabelecimentos industriais em que se fabriquem produtos saneantes,
inseticidas, raticidas, antisséticos e desinfetantes;
f) estabelecimentos industriais ou instituições governamentais onde se-
jam produzidos radioisótopos ou radiofármacos para uso em diagnóstico e
terapêutica;

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g) estabelecimentos industriais, instituições governamentais ou laborató-


rios especializados em que se fabriquem conjuntos de reativos ou de reagen-
tes destinados às diferentes análises auxiliares do diagnóstico médico;
h) estabelecimentos industriais em que se fabriquem produtos cosméticos
sem indicação terapêutica e produtos dietéticos e alimentares;
i) órgãos, laboratórios ou estabelecimentos em que se pratiquem exames
de caráter químico-toxicológico, químico-bromatológico, químico-farmacêuti-
co, biológicos, microbiológicos, fitoquímicos e sanitários;
j) controle, pesquisa e perícia da poluição atmosférica e tratamento dos
despejos industriais.
II – tratamento e controle de qualidade das águas de consumo humano,
de indústria farmacêutica, de piscinas, praias e balneários, salvo se necessá-
rio o emprego de reações químicas controladas ou operações unitárias;
Ill - vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e serviços técnicos, elabora-
ção de pareceres, laudos e atestados do âmbito das atribuições respectivas.
Art. 3º As disposições deste Decreto abrangem o exercício da profissão
de farmacêutico no serviço público da União, dos Estados, Distrito Federal,
Territórios, Municípios e respectivos órgãos da administração indireta, bem
como nas entidades particulares.
Art. 4º As dúvidas provenientes do exercício de atividades afins com ou-
tras profissões regulamentadas serão resolvidas através de entendimento di-
reto entre os Conselhos Federais interessados.
Art. 5º Para efeito do disposto no artigo anterior, considera-se afim com a
do farmacêutico a atividade da mesma natureza, exercida por outros profis-
sionais igualmente habilitados na forma da legislação específica.
Art. 6º Cabe ao Conselho Federal de Farmácia expedir as resoluções ne-
cessárias à interpretação e execução do disposto neste Decreto.
Art. 7º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revoga-
das as disposições em contrário.

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Brasília, 07 de abril de 1981; 160º da Independência e 93º da República.

JOÃO FIGUEIREDO
Murilo Macêdo

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 9.4.1981

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LEI N. 3.820, DE 11 DE NOVEMBRO DE 1960


Vigência
Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regio-
Regulamento
nais de Farmácia, e dá outras providências.
(Vide Decreto n. 79.137, de 1977)

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL


decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Ficam criados os Conselhos Federal e Regionais de Farmácia, dotados
de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financei-
ra, destinados a zelar pela fiel observância dos princípios da ética e da disciplina
da classe dos que exercem atividades profissionais farmacêuticas no País.

CAPÍTULO I
DO CONSELHO FEDERAL E DOS CONSELHOS REGIONAIS DE FARMÁCIA

Art. 2º O Conselho Federal de Farmácia é o órgão supremo dos Conselhos


Regionais, com jurisdição em todo o território nacional e sede no Distrito Federal.
Art. 3º O Conselho Federal será constituído de 12 (doze) membros, sendo
9 (nove) efetivos e 3 (três) suplentes, todos brasileiros, eleitos por maioria
absoluta de votos, em escrutínio secreto, na assembleia geral dos delegados
dos Conselhos Regionais de Farmácia.
§ 1º O número de conselheiros federais poderá ser ampliado de mais 3
(três) membros, mediante resolução do Conselho Federal.
§ 2º O número de conselheiros será renovado anualmente pelo têrço.
§ 3º O conselheiro federal que, durante um ano, faltar, sem licença prévia
do Conselho, a 6 (seis) reuniões, perderá o mandato, sendo sucedido por um
dos suplentes.
Art. 3º O Conselho Federal será constituído de tantos membros quantos
forem os Conselhos Regionais. (Redação dada pela Lei n. 9.120, de 1995)
§ 1º Cada conselheiro federal será eleito, em seu Estado de origem, jun-
tamente com um suplente. (Redação dada pela Lei n. 9.120, de 1995)

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§ 2º Perderá o mandato o conselheiro federal que, sem prévia licença do


Conselho, faltar a três reuniões plenárias consecutivas, sendo sucedido pelo
suplente. (Redação dada pela Lei n. 9.120, de 1995)
§ 3º A eleição para o Conselho Federal e para os Conselhos Regionais far-
-se-á através do voto direto e secreto, por maioria simples, exigido o compa-
recimento da maioria absoluta dos inscritos. (Redação dada pela Lei n. 9.120,
de 1995)
Art. 4º O Presidente e o Secretário-Geral do Conselho Federal residirão
no Distrito Federal durante todo o tempo de seus mandatos. (Revogado pela
Lei n. 9.120, de 1995)
Art. 5º O mandato dos membros do Conselho Federal é gratuito, mera-
mente honorífico, e terá a duração de 3 (três) anos.
Art. 5º O mandato dos membros do Conselho Federal é privativo de far-
macêuticos de nacionalidade brasileira, será gratuito, meramente honorífico
e terá a duração de quatro anos. (Redação dada pela Lei n. 9.120, de 1995)
Parágrafo único. O mandato da diretoria do Conselho Federal terá a dura-
ção de dois anos, sendo seus membros eleitos através do voto direto e secre-
to, por maioria absoluta. (Incluído pela Lei n. 9.120, de 1995)
Art. 6º São atribuições do Conselho Federal:
a) organizar o seu regimento interno;
b) eleger, na primeira reunião ordinária, sua diretoria, composta de Presi-
dente, Vice-Presidente, Secretário-Geral e Tesoureiro;
b) eleger, na primeira reunião ordinária de cada biênio, sua diretoria, com-
posta de Presidente, Vice-Presidente, Secretário-Geral e Tesoureiro; (Reda-
ção dada pela Lei n. 9.120, de 1995)
c) aprovar os regimentos internos organizados pelos Conselhos Regionais,
modificando o que se tornar necessário, a fim de manter a unidade de ação;
d) tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas pelos Conselhos
Regionais e dirimí-las;

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e) julgar em última instância os recursos das deliberações dos Conselhos


Regionais;
f) publicar o relatório anual dos seus trabalhos e, periòdicamente, a rela-
ção de todos os profissionais registrados;
g) expedir as resoluções que se tornarem necessárias para a fiel interpre-
tação e execução da presente lei;
h) propor às autoridades competentes as modificações que se tornarem
necessárias à regulamentação do exercício profissional, assim como colabo-
rar com elas na disciplina das matérias de ciência e técnica farmacêutica, ou
que, de qualquer forma digam respeito à atividade profissional; i) organizar o
Código de Deontologia Farmacêutica;
j) deliberar sôbre questões oriundas do exercício de atividades afins às do
farmacêutico;
k) realizar reuniões gerais dos Conselhos Regionais de Farmácia para o
estudo de questões profissionais de interêsse nacional;
l) ampliar o limite de competência do exercício profissional, conforme o
currículo escolar ou mediante curso ou prova de especialização realizado ou
prestada em escola ou instituto oficial;
m) expedir resoluções, definindo ou modificando atribuições ou compe-
tência dos profissionais de farmácia, conforme as necessidades futuras;
n) regulamentar a maneira de se organizar e funcionarem as assembleias
gerais, ordinárias ou extraordinárias, do Conselho Federal e dos Conselhos
Regionais;
o) fixar a composição dos Conselhos Regionais, organizando-os à sua se-
melhança e promovendo a instalação de tantos órgãos quantos forem julga-
dos necessários, determinando suas sedes e zonas de jurisdição.
p) zelar pela saúde pública, promovendo a assistência farmacêutica; (In-
cluída pela Lei n. 9.120, de 1995)
q) (VETADO) (Incluída pela Lei n. 9.120, de 1995)

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r) estabelecer as normas de processo eleitoral aplicáveis às instâncias Fe-


deral e Regional. (Incluída pela Lei n. 9.120, de 1995)
Parágrafo único. As questões referentes às atividades afins com as outras
profissões serão resolvidas através de entendimentos com as entidades regu-
ladoras dessas profissões.
Art. 7º O Conselho Federal deliberará com a presença mínima de metade
mais um de seus membros.
Parágrafo único. As resoluções a que se refere a alínea “g” do art. 6º só se-
rão válidas quando aprovadas pela maioria dos membros do Conselho Federal.
Parágrafo único. As resoluções referentes às alíneas g e r do art. 6º só
serão válidas quando aprovadas pela maioria dos membros do Conselho Fe-
deral. (Redação dada pela Lei n. 9.120, de 1995)
Art. 8º Ao Presidente do Conselho Federal compete, além da direção geral
do Conselho, a suspensão de decisão que êste tome e lhe pareça inconveniente.
Parágrafo único. O ato de suspensão vigorará até novo julgamento do
caso, para o qual o Presidente convocará segunda reunião, no prazo de 30
(trinta) dias contados do seu ato. Se no segundo julgamento o Conselho man-
tiver por dois terços de seus membros a decisão suspensa, esta entrará em
vigor imediatamente.
Parágrafo único. O ato de suspensão vigorará até novo julgamento do
caso, para o qual o Presidente convocará segunda reunião, no prazo de 30
dias contados do seu ato. Se no segundo julgamento o Conselho mantiver por
maioria absoluta de seus membros a decisão suspensa, esta entrará em vigor
imediatamente. (Redação dada pela Lei n. 9.120, de 1995)
Art. 9º O Presidente do Conselho Federal é o responsável administrativo
pelo referido Conselho, inclusive pela prestação de contas perante o órgão
federal competente.
Art. 10. As atribuições dos Conselhos Regionais são as seguintes: a) re-
gistrar os profissionais de acôrdo com a presente lei e expedir a carteira pro-
fissional;

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b) examinar reclamações e representações escritas acêrca dos serviços de


registro e das infrações desta lei e decidir;
c) fiscalizar o exercício da profissão, impedindo e punindo as infrações à
lei, bem como enviando às autoridades competentes relatórios documentados
sôbre os fatos que apurarem e cuja solução não seja de sua alçada;
d) organizar o seu regimento interno, submetendo-o à aprovação do Con-
selho Federal;
e) sugerir ao Conselho Federal as medidas necessárias à regularidade dos
serviços e à fiscalização do exercício profissional;
f) eleger um delegado-eleitor para a assembleia referida no art. 3º;
f) eleger seu representante e respectivo suplente para o Conselho Federal.
(Redação dada pela Lei n. 9.120, de 1995)
g) dirimir dúvidas relativas à competência e âmbito das atividades profis-
sionais farmacêuticas, com recurso suspensivo para o Conselho Federal.
Art. 11. A responsabilidade administrativa de cada Conselho Regional
cabe ao respectivo Presidente, inclusive a prestação de contas perante o ór-
gão federal competente.
Art. 12. Os membros dos Conselhos Regionais deverão ser brasileiros, e
seus mandatos serão gratuitos, meramente honoríficos e terão a duração de
3 (três) anos.
Art. 12. O mandato dos membros dos Conselhos Regionais é privativo de
farmacêuticos de nacionalidade brasileira, será gratuito, meramente honorífico
e terá a duração de quatro anos. (Redação dada pela Lei n. 9.120, de 1995)
Parágrafo único. O mandato da diretoria dos Conselhos Regionais terá a
duração de dois anos, sendo seus membros eleitos através do voto direto e
secreto, por maioria absoluta. (Incluído pela Lei n. 9.120, de 1995)

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CAPÍTULO II
DOS QUADROS E INSCRIÇÕES

Art. 13. Somente aos membros inscritos nos Conselhos Regionais de Farmá-
cia será permitido o exercício de atividades profissionais farmacêuticas no País.
Art. 14. Em cada Conselho Regional serão inscritos os profissionais de
Farmácia que tenham exercício em seus territórios e que constituirão o seu
quadro de farmacêuticos.
Parágrafo único. Serão inscritos, em quadros distintos, podendo represen-
tar-se nas discussões, em assuntos concernentes às suas próprias categorias;
a) os profissionais que, embora não farmacêuticos, exerçam sua atividade
(quando a lei autorize) como responsáveis ou auxiliares técnicos de laborató-
rios industriais farmacêuticos, laboratórios de análises clínicas e laboratórios
de contrôle e pesquisas relativas a alimentos, drogas, tóxicos e medicamentos;
b) os práticos ou oficiais de Farmácia licenciados.
Art. 15. Para inscrição no quadro de farmacêuticos dos Conselhos Regio-
nais é necessário, além dos requisitos legais de capacidade civil:
1) ser diplomado ou graduado em Farmácia por Instituto de Ensino Oficial
ou a êste equiparado;
2) estar com seu diploma registrado na repartição sanitária competente;
3) não ser nem estar proibido de exercer a profissão farmacêutica;
4) gozar de boa reputação por sua conduta pública, atestada por 3 (três)
farmacêuticos inscritos.
Art. 16. Para inscrição nos quadros a que se refere o parágrafo único do
art. 14, além de preencher os requisitos legais de capacidade civil, o interes-
sado deverá:
1) ter diploma, certificado, atestado ou documento comprobatório da ati-
vidade profissional, quando se trate de responsáveis ou auxiliares técnicos
não farmacêuticos, devidamente autorizados por lei;
2) ter licença, certificado ou título, passado por autoridade competente,
quando se trate de práticos ou oficiais de Farmácia licenciados;

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3) não ser nem estar proibido de exercer sua atividade profissional;


4) gozar de boa reputação por sua conduta pública, atestada por 3 (três)
farmacêuticos devidamente inscritos.
Art. 17. A inscrição far-se-á mediante requerimento escrito dirigido ao Pre-
sidente do Conselho Regional, acompanhado dos documentos comprobatórios
do preenchimento dos requisitos dos arts. 15 e 16, conforme o caso, constan-
do obrigatòriamente: nome por extenso, filiação, lugar e data de nascimento,
currículo educacional e profissional, estabelecimento em que haja exercido ati-
vidade profissional e respectivos endereços, residência e situação atual.
§ 1º Qualquer membro do Conselho Regional, ou pessoa interessada, pode-
rá representar documentadamente ao Conselho contra o candidato proposto.
§ 2º Em caso de recusar a inscrição, o Conselho dará ciência ao candidato
dos motivos de recusa, e conceder-lhe-á o prazo de 15 (quinze) dias para que
os conteste documentadamente e peça reconsideração.
Art. 18. Aceita a inscrição, o candidato prestará, antes de lhe ser entre-
gue a carteira profissional perante o Presidente do Conselho Regional, o com-
promisso de bem exercer a profissão, com dignidade e zêlo.
Art. 19. Os Conselhos Regionais expedirão carteiras de identidade pro-
fissional aos inscritos em seus quadros, aos quais habilitarão ao exercício da
respectiva profissão em todo o País.
§ 1º No caso em que o interessado tenha de exercer temporariamente a
profissão em outra jurisdição, apresentará sua carteira para ser visada pelo
Presidente do respectivo Conselho Regional.
§ 2º Se o exercício da profissão passar a ser feito, de modo permanente,
em outra jurisdição, assim se entendendo o exercício da profissão por mais
de 90 (noventa) dias da nova jurisdição, ficará obrigado a inscrever-se no
respectivo Conselho Regional.
Art. 20. A exibição da carteira profissional poderá, em qualquer opor-
tunidade, ser exigida por qualquer interessado, para fins de verificação, da
habilitação profissional.

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Art. 21. No prontuário do profissional de Farmácia, o Conselho Regional fará


tôda e qualquer anotação referente ao mesmo, inclusive elogios e penalidades.
Parágrafo único. No caso de expedição de nova carteira, serão transcritas tô-
das as anotações constantes dos livros do Conselho Regional sôbre o profissional.

CAPÍTULO III
DAS ANUIDADES E TAXAS

Art. 22. O profissional de Farmácia, para o exercício de sua profissão, é


obrigado ao registro no Conselho Regional de Farmácia a cuja jurisdição es-
tiver sujeito, ficando obrigado ao pagamento de uma anuidade ao respectivo
Conselho Regional até 31 de março de cada ano, acrescida de 20% (vinte por
cento) de mora, quando fora desse prazo.
Parágrafo único. As emprêsas que exploram serviços para os quais são
necessárias atividades profissionais farmacêuticas estão igualmente sujeitas
ao pagamento de uma anuidade, incidindo na mesma mora de 20% (vinte por
cento), quando fora do prazo.
Art. 23. Os Conselhos Federal e Regionais cobrarão taxas pela expedição
ou substituição de carteira profissional.
Art. 24. As emprêsas e estabelecimentos que exploram serviços para os
quais são necessárias atividades de profissional farmacêutico deverão provar
perante os Conselhos Federal e Regionais que essas atividades são exercidas
por profissional habilitado e registrado.
Parágrafo único. Aos infratores dêste artigo será aplicada pelo respecti-
vo Conselho Regional a multa de Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros) a Cr$
5.000,00 (cinco mil cruzeiros). (Vide Lei n. 5.724, de 1971)
Art. 25. As taxas e anuidades a que se referem os arts. 22 e 23 desta Lei
e suas alterações posteriores serão fixadas pelos Conselhos Regionais, com
intervalos não inferiores a 3 (três) anos.

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Art. 26. Constitui renda do Conselho Federal o seguinte: a) 1/4 da taxa


de expedição de carteira profissional;
b) 1/4 das anuidades;
c) 1/4 das multas aplicadas de acôrdo com a presente lei;
d) doações ou legados;
e) subvenção dos govêrnos, ou dos órgãos autárquicos ou dos para-estatais;
f) 1/4 da renda das certidões.
Art. 27. A renda de cada Conselho Regional será constituída do seguinte:
a) 3/4 da taxa de expedição de carteira profissional;
b) 3/4 das anuidades;
c) 3/4 das multas aplicadas de acôrdo com a presente lei;
d) doações ou legados;
e) subvenções dos govêrnos, ou dos órgãos autárquicos ou dos para-estatais;
f) 3/4 da renda das certidões;
g) qualquer renda eventual.
§ 1º Cada Conselho Regional destinará 1/4 de sua renda líquida à forma-
ção de um fundo de assistência a seus membros necessitados, quando invá-
lidos ou enfêrmos.
§ 2º Para os efeitos do disposto no parágrafo supra considera-se líquida a
renda total com a só dedução das despesas de pessoal e expediente.

CAPÍTULO IV
DAS PENALIDADES E SUA APLICAÇÃO

Art. 28. O poder de punir disciplinarmente compete, com exclusividade,


ao Conselho Regional em que o faltoso estiver inscrito ao tempo do fato pu-
nível em que incorreu.
Art. 29. A jurisdição disciplinar, estabelecida no artigo anterior, não derro-
ga a jurisdição comum, quando o fato constituía crime punido em lei.

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Art. 30. As penalidades disciplinares serão as seguintes:


I – de advertência ou censura, aplicada sem publicidade, verbalmente ou
por ofício do Presidente do Conselho Regional, chamando a atenção do culpa-
do para o fato brandamente no primeiro caso, energicamente e com emprêgo
da palavra “censura” no segundo;
II – de multa de Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros) a Cr$ 5.000,00 (cinco
mil cruzeiros), que serão cabíveis no caso de terceira falta e outras subse-
quêntes, a juízo do Conselho Regional a que pertencer o faltoso; (Vide Lei n.
5.724, de 1971)
III – de suspensão de 3 (três) meses a um ano, que serão impostas por
motivo de falta grave, de pronúncia criminal ou de prisão em virtude de sen-
tença, aplicáveis pelo Conselho Regional em que estiver inscrito o faltoso;
IV – de eliminação que será imposta aos que porventura houverem perdi-
do algum dos requisitos dos arts. 15 e 16 para fazer parte do Conselho Regio-
nal de Farmácia, inclusive aos que forem convencidos perante o Conselho Fe-
deral de Farmácia ou em juízo, de incontinência pública e escandalosa ou de
embriaguez habitual; e aos que, por faltas graves, já tenham sido três vêzes
condenados definitivamente a penas de suspensão, ainda que em Conselhos
Regionais diversos.
§ 1º A deliberação do Conselho procederá, sempre audiência do acusado,
sendo-lhe dado defensor, se não for encontrado ou se deixar o processo à revelia.
§ 2º Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, no prazo de 30
(trinta) dias, contados da ciência, para o Conselho Federal sem efeito suspen-
sivo, salvo nos casos dos números III e IV dêste artigo, em que o efeito será
suspensivo.

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CAPÍTULO V
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 31. Os Presidentes do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais


de Farmácia prestarão, anualmente, suas contas perante o Tribunal de Contas
da União.
§ 1º A prestação de contas do Presidente do Conselho Federal será feita
diretamente ao referido Tribunal após aprovação do Conselho.
§ 2º A prestação de contas dos Presidentes dos Conselhos Regionais será
feita ao referido Tribunal por intermédio do Conselho Federal de Farmácia.
§ 3º Cabe aos Presidentes de cada Conselho a responsabilidade pela pres-
tação de contas.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 32. A inscrição dos profissionais e práticos já registrados nos órgãos


de Saúde Pública na data desta lei, será feita, seja pela apresentação de tí-
tulos, diplomas, certificados ou cartas registradas no Ministério da Educação
e Cultura, ou Departamentos Estaduais, seja mediante prova de registro na
repartição competente.
Parágrafo único. Os licenciados, práticos habilitados, passarão a denomi-
nar-se, em todo território nacional, “oficial de Farmácia”.
Art. 33. Os práticos e oficiais de Farmácia, já habilitados na forma da lei,
poderão ser provisionados para assumirem a responsabilidade técnico-pro-
fissional para farmácia de sua propriedade, desde que, na data da vigência
desta lei, os respectivos certificados de habilitação tenham sido expedidos há
mais de 6 (seis) anos pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina ou
pelas repartições sanitárias competentes dos Estados e Territórios, e sua con-
dição de proprietários de farmácia datado de mais de 10 (dez) anos, sendo-
-lhes, porém, vedado o exercício das mais atividades privativas da profissão
de farmacêutico.

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§ 1º Salvo exceção prevista neste artigo, são proibidos provisionamentos


para quaisquer outras finalidades.
§ 2º Não gozará do benefício concedido neste artigo o prático ou oficial de
Farmácia estabelecido com farmácia sem a satisfação de tôdas as exigências
legais ou regulamentares vigentes na data da publicação desta lei.
§ 3º Poderão ser provisionadas, nos têrmos dêste artigo, as Irmãs de Ca-
ridade que forem responsáveis técnicas de farmácias pertencentes ou admi-
nistradas por Congregações Religiosas. (Incluído pela Lei n. 4.817, de 1965)
Art. 34. O pessoal a serviço dos Conselhos de Farmácia será inscrito, para
efeito de previdência social, no Instituto de Previdência e Assistência dos Ser-
vidores do Estado (IPASE), em conformidade com o art. 2º do Decreto-lei n.
3.347, de 12 de junho de 1941.
Art. 35. Os Conselhos Regionais poderão, por procuradores seus, promo-
ver perante o Juízo da Fazenda Pública, e mediante processo de executivo
fiscal, a cobrança das penalidades e anuidades previstas para a execução da
presente lei.
Art. 36. A assembleia que se realizar para a escolha dos membros do
primeiro Conselho Federal da Farmácia será presidida pelo Consultor-Técnico
do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e se constituirá dos delega-
dos-eleitores dos sindicatos e associações de farmacêuticos, com mais de 1
(um) ano de assistência legal no País, eleitos em assembleias das respectivas
entidades por voto secreto e segundo as formalidades estabelecidas para a
escolha de suas diretorias ou órgãos dirigentes.
§ 1º Cada sindicato ou associação indicará um único delegado-eleitor, que
deverá ser, obrigatòriamente, farmacêutico e no pleno gôzo de seus direitos.
§ 2º Os sindicatos ou associações de farmacêuticos, para obterem seus
direitos de representação na assembleia a que se refere êste artigo, deverão
proceder, no prazo de 60 (sessenta) dias, ao seu registro prévio perante a Fe-
deração das Associações de Farmacêuticos do Brasil mediante a apresentação
de seus estatutos e mais documentos julgados necessários.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 3º A Federação das Associações de Farmacêuticos do Brasil, de acôrdo


com o Consultor-Técnico do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, to-
mará as providências necessárias à realização da assembleia de que cogita
êste artigo.
Art. 37. O Conselho Federal de Farmácia procederá, em sua primeira reu-
nião, ao sorteio dos conselheiros federais que deverão exercer o mandato por
um, dois ou três anos.
Art. 38. O pagamento da primeira anuidade deverá ser feito por ocasião
da inscrição no Conselho Regional de Farmácia.
Art. 39. Os casos omissos verificados nesta lei serão resolvidos pelo Con-
selho Federal de Farmácia. Enquanto não for votado o Código de Deontologia
Farmacêutica prevalecerão em cada Conselho Regional as praxes reconheci-
das pelos mesmos.
Art. 40. A presente lei entrará em vigor, em todo o território nacional, 120
(cento e vinte) dias depois de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

Brasília, em 11 de novembro de 1960; 139º da Independência e 72º da


República.

JUSCELINO KUBITSCHEK
S. Paes de Almeida
Clóvis Salgado
Allyrio Sales Coelho
Pedro Paulo Penido

Este texto não substitui o publicado no DOU de 21.11.1960

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

LEI N. 5.991, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1973

Dispõe sobre o Controle Sanitário do


Comércio de Drogas, Medicamentos,
Regulamento
Insumos Farmacêuticos e Correlatos, e
dá outras Providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional


decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, in-


sumos farmacêuticos e correlatos, em todo o território nacional, rege-se por
esta Lei.
Art. 2º As disposições desta Lei abrangem as unidades congêneres que
integram o serviço público civil e militar da administração direta e indireta,
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios e
demais entidades paraestatais, no que concerne aos conceitos, definições e
responsabilidade técnica.
Art. 3º Aplica-se o disposto nesta Lei às unidades de dispensação das ins-
tituições de caráter filantrópico ou beneficente, sem fins lucrativos.
Art. 4º Para efeitos desta Lei, são adotados os seguintes conceitos:
I – Droga - substância ou matéria-prima que tenha a finalidade medica-
mentosa ou sanitária;
II – Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elabora-
do, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico;

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

III – Insumo Farmacêutico - droga ou matéria-prima aditiva ou comple-


mentar de qualquer natureza, destinada a emprego em medicamentos, quan-
do for o caso, e seus recipientes;
IV – Correlato - a substância, produto, aparelho ou acessório não enqua-
drado nos conceitos anteriores, cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e
proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes,
ou a fins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes, e, ainda, os
produtos dietéticos, óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários;
V – Órgão sanitário competente - órgão de fiscalização do Ministério da
Saúde, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
VI – Laboratório oficial - o laboratório do Ministério da Saúde ou congêne-
re da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, com competên-
cia delegada através de convênio ou credenciamento, destinado à análise de
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos;
VII – Análise fiscal - a efetuada em drogas, medicamentos, insumos far-
macêuticos e correlatos, destinada a comprovar a sua conformidade com a
fórmula que deu origem ao registro;
VIII – Empresa - pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,
que exerça como atividade principal ou subsidiária o comércio, venda, forne-
cimento e distribuição de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos, equiparando-se à mesma, para os efeitos desta Lei, as unidades
dos órgãos da administração direta ou indireta, federal, estadual, do Distrito
Federal, dos Territórios, dos Municípios e entidades paraestatais, incumbidas
de serviços correspondentes;
IX – Estabelecimento - unidade da empresa destinada ao comércio de dro-
gas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos;
X – Farmácia - estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais
e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica;

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

XI – Drogaria - estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, me-


dicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais;
XII – Ervanaria - estabelecimento que realize dispensação de plantas medicinais;
XIII – Posto de medicamentos e unidades volante - estabelecimento desti-
nado exclusivamente à venda de medicamentos industrializados em suas em-
balagens originais e constantes de relação elaborada pelo órgão sanitário fede-
ral, publicada na imprensa oficial, para atendimento a localidades desprovidas
de farmácia ou drogaria;
XIV – Dispensário de medicamentos - setor de fornecimento de medicamen-
tos industrializados, privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalente;
XV – Dispensação - ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medica-
mentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não;
XVI – Distribuidor, representante, importador e exportador - empresa que
exerça direta ou indiretamente o comércio atacadista de drogas, medicamentos
em suas embalagens originais, insumos farmacêuticos e de correlatos;
XVII – Produto dietético - produto tecnicamente elaborado para atender às
necessidades dietéticas de pessoas em condições fisiológicas especiais.
XVIII – Supermercado - estabelecimento que comercializa, mediante auto-
-serviço, grande variedade de mercadorias, em especial produtos alimentícios
em geral e produtos de higiene e limpeza; (Incluído pela Lei n. 9.069 de 1995)
XIX – Armazém e empório - estabelecimento que comercializa, no atacado
ou no varejo, grande variedade de mercadorias e, de modo especial, gêneros ali-
mentícios e produtos de higiene e limpeza; (Incluído pela Lei n. 9.069 de 1995)
XX – Loja de conveniência e “drugstore” - estabelecimento que, median-
te auto-serviço ou não, comercializa diversas mercadorias, com ênfase para
aquelas de primeira necessidade, dentre as quais alimentos em geral, pro-
dutos de higiene e limpeza e apetrechos domésticos, podendo funcionar em
qualquer período do dia e da noite, inclusive nos domingos e feriados; (Inclu-
ído pela Lei n. 9.069 de 1995)

22
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

CAPÍTULO II
DO COMÉRCIO FARMACÊUTICO

Art. 5º O comércio de drogas, medicamentos e de insumos farmacêuticos


é privativo das empresas e dos estabelecimentos definidos nesta Lei.
§ 1º O comércio de determinados correlatos, tais como, aparelhos e aces-
sórios, produtos utilizados para fins diagnósticos e analíticos, odontológicos,
veterinários, de higiene pessoal ou de ambiente, cosméticos e perfumes,
exercido por estabelecimentos especializados, poderá ser extensivo às far-
mácias e drogarias, observado o disposto em lei federal e na supletiva dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
§ 2º A venda de produtos dietéticos será realizada nos estabelecimentos
de dispensação e, desde que não contenham substâncias medicamentosas,
pelos do comércio fixo.
Art. 6º A dispensação de medicamentos é privativa de:
a) farmácia;
b) drogaria;
c) posto de medicamento e unidade volante;
d) dispensário de medicamentos.
Parágrafo único. Para atendimento exclusivo a seus usuários, os estabe-
lecimentos hoteleiros e similares poderão dispor de medicamentos anódinos,
que não dependam de receita médica, observada a relação elaborada pelo
órgão sanitário federal.
Art. 6º A dispensação de medicamentos é privativa de: (Redação dada
pela Medida Provisória n. 1.027, de 1995)
a) farmácia; (Redação dada pela Medida Provisória n. 1.027, de 1995)
b) drogaria; (Redação dada pela Medida Provisória n. 1.027, de 1995)
c) posto de medicamento e unidade volante; (Redação dada pela Medida
Provisória n. 1.027, de 1995)
d) dispensário de medicamentos; (Redação dada pela Medida Provisória
n. 1.027, de 1995)

23
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

e) supermercado; (Redação dada pela Medida Provisória n. 1.027, de


1995)
f) armazém e empório; (Redação dada pela Medida Provisória n. 1.027,
de 1995)
g) loja de conveniência e drugstore. (Redação dada pela Medida Provisória
n. 1.027, de 1995)
§ 1º A dispensação de medicamentos em supermercado, armazém e em-
pório, loja de conveniência e drugstore é limitada ao fornecimento de drogas
e medicamentos anódinos que não dependem de receita médica. (Redação
dada pela Medida Provisória n. 1.027, de 1995)
§ 2º Para atendimento exclusivo a seus usuários, os estabelecimentos
hoteleiros e similares poderão dispor de medicamentos anódinos, que não
dependam de receita médica, observada a relação elaborada pelo órgão sani-
tário federal. (Redação dada pela Medida Provisória n. 1.027, de 1995)
Art. 6º A dispensação de medicamentos é privativa de:
a) farmácia;
b) drogaria;
c) posto de medicamento e unidade volante;
d) dispensário de medicamentos.
Parágrafo único. Para atendimento exclusivo a seus usuários, os estabe-
lecimentos hoteleiros e similares poderão dispor de medicamentos anódinos,
que não dependam de receita médica, observada a relação elaborada pelo
órgão sanitário federal.
Art. 7º A dispensação de plantas medicinais é privativa das farmácias e
ervanarias, observados o acondicionamento adequado e a classificação botâ-
nica.
Art. 8º Apenas poderão ser entregues à dispensação drogas, medica-
mentos, insumos farmacêuticos e correlatos que obedeçam aos padrões de
qualidade oficialmente reconhecidos.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

CAPÍTULO III
DA FARMÁCIA HOMEOPÁTICA

Art. 9º O comércio de medicamentos homeopáticos obedecerá às dispo-


sições desta Lei, atendidas as suas peculiaridades.
Art. 10. A farmácia homeopática só poderá manipular fórmulas oficinais e
magistrais, obedecida a farmaco-técnica homeopática.
Parágrafo único. A manipulação de medicamentos homeopáticos não cons-
tantes das farmacopeias ou dos formulários homeopáticos depende de apro-
vação do órgão sanitário federal.
Art. 11. O Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia bai-
xará instruções sobre o receituário, utensílios, equipamentos e relação do
estoque mínimo de produtos homeopáticos.
Art. 12. É permitido às farmácias homeopáticas manter seções de vendas
de correlatos e de medicamentos não homeopáticos quando apresentados em
suas embalagens originais.
Art. 13. Dependerá da receita médica a dispensação de medicamentos
homeopáticos, cuja concentração de substância ativa corresponda às doses
máximas farmacologicamente estabelecidas.
Art. 14. Nas localidades desprovidas de farmácia homeopática, poderá
ser autorizado o funcionamento de posto de medicamentos homeopáticos ou
a dispensação dos produtos em farmácia alopática.

CAPÍTULO IV
DA ASSISTÊNCIA E RESPONSABILIDADE TÉCNICAS

Art. 15. A farmácia e a drogaria terão, obrigatoriamente, a assistência de


técnico responsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia, na forma da lei.
§ 1º A presença do técnico responsável será obrigatória durante todo o
horário de funcionamento do estabelecimento.

25
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 2º Os estabelecimentos de que trata este artigo poderão manter técnico


responsável substituto, para os casos de impedimento ou ausência do titular.
§ 3º Em razão do interesse público, caracterizada a necessidade da exis-
tência de farmácia ou drogaria, e na falta do farmacêutico, o órgão sanitário
de fiscalização local licenciará os estabelecimentos sob a responsabilidade
técnica de prático de farmácia, oficial de farmácia ou outro, igualmente ins-
crito no Conselho Regional de Farmácia, na forma da lei.
Art. 16. A responsabilidade técnica do estabelecimento será comprovada
por declaração de firma individual, pelos estatutos ou contrato social, ou pelo
contrato de trabalho do profissional responsável.
§ 1º Cessada a assistência técnica pelo término ou alteração da declara-
ção de firma individual, contrato social ou estatutos da pessoa jurídica ou pela
rescisão do contrato de trabalho, o profissional responderá pelos atos pratica-
dos durante o período em que deu assistência ao estabelecimento.
§ 2º A responsabilidade referida no § anterior substituirá pelo prazo de
um ano a contar da data em que o sócio ou empregado cesse o vínculo com
a empresa.
Art. 17. Somente será permitido o funcionamento de farmácia e drogaria
sem a assistência do técnico responsável, ou do seu substituto, pelo prazo
de até trinta dias, período em que não serão aviadas fórmulas magistrais ou
oficiais nem vendidos medicamentos sujeitos a regime especial de controle.
Art. 18. É facultado à farmácia ou drogaria manter serviço de atendimen-
to ao público para aplicação de injeções a cargo de técnico habilitado, obser-
vada a prescrição médica.
§ 1º Para efeito deste artigo o estabelecimento deverá ter local privativo,
equipamento e acessório apropriados, e cumprir os preceitos sanitários per-
tinentes.
§ 2º A farmácia poderá manter laboratório de análises clínicas, desde que
em dependência distinta e separada, e sob a responsabilidade técnica do far-
macêutico bioquímico.

26
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 19. Não dependerá de assistência técnica e responsabilidade profis-


sional o posto de medicamentos e a unidade volante.
Art. 19. Não dependerão de assistência técnica e responsabilidade pro-
fissional o posto de medicamentos, a unidade volante e o supermercado, o
armazém e o empório, a loja de conveniência e a “drugstore”. (Incluído pela
Lei n. 9.069 de 1995)
Art. 20. A cada farmacêutico será permitido exercer a direção técnica de,
no máximo, duas farmácias, sendo uma comercial e uma hospitalar.

CAPÍTULO V
DO LICENCIAMENTO

Art. 21. O comércio, a dispensação, a representação ou distribuição e a


importação ou exportação de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos
e correlatos será exercido somente por empresas e estabelecimentos licen-
ciados pelo órgão sanitário competente dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios, em conformidade com a legislação supletiva a ser baixada pelos
mesmos, respeitadas as disposições desta Lei.
Art. 22. O pedido da licença será instruído com:
a) prova de constituição da empresa;
b) prova de relação contratual entre a empresa e seu responsável técnico,
quando for o caso;
c) prova de habilitação legal do responsável técnico, expedida pelo Conse-
lho Regional de Farmácia.
Art. 23. São condições para a licença:
a) localização conveniente, sob o aspecto sanitário;
b) instalações independentes e equipamentos que a satisfaçam aos requi-
sitos técnicos adequados à manipulação e comercialização pretendidas;
c) assistência de técnico responsável, de que trata o Art. 15 e seus pará-
grafos, ressalvadas as exceções previstas nesta Lei.

27
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Parágrafo único. A legislação supletiva dos Estados, do Distrito Federal e


dos Territórios poderá reduzir as exigências sobre a instalação e equipamen-
tos, para o licenciamento de estabelecimentos destinados à assistência far-
macêutica no perímetro suburbano e zona rural.
Art. 24. A licença, para funcionamento do estabelecimento, será expedida
após verificação da observância das condições fixadas nesta Lei e na legisla-
ção supletiva.
Art. 25. A licença é válida pelo prazo de um ano e será revalidada por
períodos iguais e sucessivos.
Art. 25. A licença terá sua validade fixada em regulamentação específica
pela autoridade sanitária local, de acordo com o risco sanitário das atividades
desenvolvidas pelos estabelecimentos, e poderá ser revalidada por períodos
iguais e sucessivos. (Redação dada pela Lei n. 13.097, de 2015)
Parágrafo único. A revalidação deverá ser requerida até cento e vinte dias
antes do término de sua vigência.
Parágrafo único. A revalidação de licença deverá ser requerida nos pri-
meiros 120 (cento e vinte) dias de cada exercício. (Redação dada pela Lei n.
6.318, de 1975)
Art. 25-A. Os requisitos e procedimentos para registro, ou notificação, e
comercialização de produtos sujeitos à vigilância sanitária considerados de
uso tradicional serão regulamentados por ato específico da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária. (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
Art. 25-B. A transferência de titularidade do registro de produtos sujeitos
à vigilância sanitária fica condicionada ao pagamento da diferença, a maior,
do valor da taxa de fiscalização sanitária. (Incluído pela Lei n. 13.097, de
2015)
Art. 26. A revalidação somente será concedida após a verificação do cum-
primento das condições sanitárias exigidas para o licenciamento do estabele-
cimento, através de inspeção.

28
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 27. A transferência da propriedade e a alteração da razão social ou


do nome do estabelecimento não interromperá o prazo de validade da licença,
sendo porém obrigatória a comunicação das alterações referidas e a apresen-
tação dos atos que as comprovem, para averbação.
Art. 28. A mudança do estabelecimento para local diverso do previsto no
licenciamento dependerá de licença prévia do órgão sanitário competente e
do atendimento das normas exigidas para o licenciamento.
Art. 29. O posto de medicamentos de que trata o item XIII, do Art. 4,
terá as condições de licenciamento estabelecidas na legislação supletiva dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Art. 30. A fim de atender às necessidades e peculiaridades de regiões
desprovidas de farmácia, drogaria e posto de medicamentos consoante le-
gislação supletiva dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, o órgão
sanitário competente poderá licenciar unidade volante para a dispensação
de medicamentos, constantes de relação elaborada pelo Serviço Nacional de
Fiscalização da Medicina e Farmácia.
§ 1º A dispensação será realizada em meios de transportes terrestres,
marítimos, fluviais, lacustres ou aéreos, que possuam condições adequadas à
guarda dos medicamentos.
§ 2º A licença prevista neste artigo será concedida a título provisório e
cancelada tão logo se estabeleça uma farmácia na região.
Art. 31. Para o efeito de controle estatístico o órgão sanitário competente
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios enviará ao Serviço Nacional
de Fiscalização da Medicina e Farmácia do Ministério da Saúde, anualmente,
até 30 de junho, a relação numérica dos licenciamentos, das revalidações e
baixas concedidas às empresas e estabelecimentos de que trata o Art. 21.
Art. 32. As licenças poderão ser suspensas, cassadas, ou canceladas no
interesse da saúde pública, mediante despacho fundamentado da autoridade
competente, assegurado o direito de defesa em processo administrativo, ins-
taurado pelo órgão sanitário.

29
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 33. O estabelecimento de dispensação que deixar de funcionar por


mais de cento e vinte dias terá sua licença cancelada.
Art. 34. Os estabelecimentos referidos nos itens X e XI, do Art. 4 desta
Lei, poerão manter sucursais e filiais que, para efeito de licenciamento, insta-
lação e responsabilidade serão considerados como autônomos.

CAPÍTULO VI
DO RECEITUÁRIO

Art. 35. Somente será aviada a receita:


a) que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo le-
gível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais;
(Revogado pela Medida Provisória n. 983, de 2020)
a) (revogada); (Redação dada pela Lei n. 14.063, de 2020)
b) que contiver o nome e o endereço residencial do paciente e, expres-
samente, o modo de usar a medicação; (Revogado pela Medida Provisória n.
983, de 2020)
b) (revogada); (Redação dada pela Lei n. 14.063, de 2020)
c) que contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consul-
tório ou da residência, e o número de inscrição no respectivo Conselho profis-
sional. (Revogado pela Medida Provisória n. 983, de 2020)
c) (revogada). (Redação dada pela Lei n. 14.063, de 2020)
I – que seja escrita no vernáculo, redigida sem abreviações e de forma le-
gível, e que observe a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais;
(Incluído pela Medida Provisória n. 983, de 2020)
I – que seja escrita no vernáculo, redigida sem abreviações e de forma
legível e que observe a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais;
(Incluído pela Lei n. 14.063, de 2020)
II – que contenha o nome e o endereço residencial do paciente e, expres-
samente, o modo de usar a medicação; e (Incluído pela Medida Provisória n.
983, de 2020)

30
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

II – que contenha o nome e o endereço residencial do paciente e, expressa-


mente, o modo de usar a medicação; e (Incluído pela Lei n. 14.063, de 2020)
III – que contenha a data e a assinatura do profissional de saúde, o ende-
reço do seu consultório ou da sua residência e o seu número de inscrição no
conselho profissional. (Incluído pela Medida Provisória n. 983, de 2020)
III – que contenha a data e a assinatura do profissional de saúde, o ende-
reço do seu consultório ou da sua residência e o seu número de inscrição no
conselho profissional. (Incluído pela Lei n. 14.063, de 2020)
Parágrafo único. O receituário de medicamentos entorpecentes ou a estes
equiparados e os demais sob regime de controle, de acordo com a sua classifi-
cação, obedecerá às disposições da legislação federal específica.
Parágrafo único. O receituário de medicamentos terá validade em todo o
território nacional, independentemente da unidade da Federação em que te-
nha sido emitido, inclusive o de medicamentos sujeitos ao controle sanitário
especial, nos termos disciplinados em regulamento. (Redação dada pela Lei n.
13.732, de 2018) (Vigência) (Revogado pela Medida Provisória n. 983, de 2020)
§ 1º O receituário de medicamentos terá validade em todo o território
nacional, independentemente do ente federativo em que tenha sido emitido,
inclusive o de medicamentos sujeitos ao controle sanitário especial, nos ter-
mos da regulação. (Incluído pela Medida Provisória n. 983, de 2020)
§ 1º O receituário de medicamentos terá validade em todo o território na-
cional, independentemente do ente federativo em que tenha sido emitido, in-
clusive o de medicamentos sujeitos ao controle sanitário especial, nos termos
da regulação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei n. 14.063, de 2020)
§ 2º As receitas em meio eletrônico somente serão válidas se contiverem
a assinatura eletrônica do profissional e se atenderem aos requisitos de ato
da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ou do Mi-
nistro de Estado da Saúde, conforme as respectivas competências. (Incluído
pela Medida Provisória n. 983, de 2020)

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 2º As receitas em meio eletrônico, ressalvados os atos internos no am-


biente hospitalar, somente serão válidas se contiverem a assinatura eletrôni-
ca avançada ou qualificada do profissional e atenderem aos requisitos de ato
da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
ou do Ministro de Estado da Saúde, conforme as respectivas competências.
(Incluído pela Lei n. 14.063, de 2020)
§ 3º É obrigatória a utilização de assinaturas eletrônicas qualificadas para
receituários de medicamentos sujeitos a controle especial e para atestados
médicos em meio eletrônico. (Incluído pela Lei n. 14.063, de 2020)
Art. 36. A receita de medicamentos magistrais e oficinais, preparados na
farmácia, deverá ser registrada em livro de receituário.
§ 1º É vedada a captação de receitas contendo prescrições magistrais e
oficinais em drogarias, ervanárias e postos de medicamentos, ainda que em
filiais da mesma empresa, bem como a intermediação entre empresas. (In-
cluído pela Lei n. 11.951, de 2009)
§ 2º É vedada às farmácias que possuem filiais a centralização total da
manipulação em apenas 1 (um) dos estabelecimentos. (Incluído pela Lei n.
11.951, de 2009)
Art. 37. A farmácia, a drogaria e o dispensário de medicamentos terão
livro, segundo modelo oficial, destinado ao registro do receituário de medica-
mentos sob regime de controle sanitário especial.
Parágrafo único. O controle do estoque dos produtos de que trata o pre-
sente artigo será feito mediante registro especial, respeitada a legislação
específica para os entorpecentes e os a estes equiparados, e as normas bai-
xadas pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia.
Art. 38. A farmácia e a drogaria disporão de rótulos impressos para uso
nas embalagens dos produtos aviados, deles constando o nome e endereço
do estabelecimento, o número da licença sanitária, o nome do responsável
técnico e o número do seu registro no Conselho Regional de Farmácia.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
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Parágrafo único. Além dos rótulos a que se refere o presente artigo, a


farmácia terá impressos com os dizeres: “Uso Externo”, “Uso Interno”, “Agite
quando Usar”, “Uso Veterinário” e “Veneno”.
Art. 39. Os dizeres da receita serão transcritos integralmente no rótulo
aposto ao continente o invólucro do medicamento aviado, com a data de sua
manipulação, número de ordem do registro de receituário, nome do paciente
e do profissional que a prescreveu.
Parágrafo único. O responsável técnico pelo estabelecimento rubricará os
rótulos das fórmulas aviadas e bem assim a receita correspondente para de-
volução ao cliente ou arquivo, quando for o caso.
Art. 40. A receita em código, para aviamento na farmácia privativa da
instituição, somente poderá ser prescrita por profissional vinculado à unidade
hospitalar.
Art. 41. Quando a dosagem do medicamento prescrito ultrapassar os li-
mites farmacológicos ou a prescrição apresentar incompatibilidades, o res-
ponsável técnico pelo estabelecimento solicitará confirmação expressa ao
profissional que a prescreveu.
Art. 42. Na ausência do responsável técnico pela farmácia ou de seu
substituto, será vedado o aviamento de fórmula que dependa de manipulação
na qual figure substância sob regime de controle sanitário especial.
Art. 43. O registro do receituário e dos medicamentos sob regime de con-
trole sanitário especial não poderá conter rasuras, emendas ou irregularida-
des que possam prejudicar a verificação da sua autenticidade.

CAPÍTULO VII
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 44. Compete aos órgãos de fiscalização sanitária dos Estados, do Dis-
trito Federal e dos Territórios a fiscalização dos estabelecimentos de que trata
esta Lei, para a verificação das condições de licenciamento e funcionamento.

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§ 1º A fiscalização nos estabelecimentos de que trata o Art. 2 obedecerá


aos mesmos preceitos fixados para o controle sanitário dos demais.
§ 2º Na hipótese de ser apurada infração ao disposto nesta Lei e demais
normas pertinentes, os responsáveis ficarão sujeitos às sanções previstas na
legislação penal e administrativa, sem prejuízo da ação disciplinar decorrente
do regime jurídico a que estejam submetidos.
Art. 45. A fiscalização sanitária das drogas, medicamentos, insumos far-
macêuticos e correlatos será exercida nos estabelecimentos que os comer-
ciem, pelos Estados, Distrito Federal e Territórios, através de seus órgãos
competentes.
Art. 46. No caso de dúvida quanto aos rótulos, bulas e ao acondicionamento
de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a fiscalização
apreenderá duas unidades de produto, das quais uma será remetida para exa-
me no órgão sanitário competente, ficando a outra em poder do detentor do
produto, lavrando-se o termo de apreensão, em duas vias, que será assinado
pelo agente fiscalizador e pelo responsável técnico pelo estabelecimento, ou seu
substituto eventual e, na ausência deste, por duas testemunhas.
Parágrafo único. Constatada a irregularidade pelo órgão sanitário compe-
tente, será lavrado auto de infração, aplicando-se as disposições constantes do
Decreto-Lei número 785, de 25 de agosto de 1969.
Art. 47. Para efeito de análise fiscal, proceder-se-á, periodicamente, à co-
lheita de amostras dos produtos e materiais, nos estabelecimentos compreendi-
dos nesta Lei, devendo a autoridade fiscalizadora, como medida preventiva, em
caso de suspeita de alteração ou fraude, interditar o estoque existente no local,
até o prazo máximo de sessenta dias, findo os quais o estoque ficará automati-
camente liberado, salvo se houver notificação em contrário.
§ 1º No caso de interdição do estoque, a autoridade fiscalizadora lavrará o
auto de interdição correspondente, que assinará, com o representante legal da
empresa e o possuidor ou detentor do produto, ou seu substituto legal e, na
ausência ou recusa destes, por duas testemunhas, especificado no auto a na-
tureza e demais características do produto interditado e o motivo da interdição.

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§ 2º A mercadoria interditada não poderá ser dada a consumo, desviada,


alterada ou substituída no todo ou em parte, sob pena de ser apreendida,
independentemente da ação penal cabível.
§ 3º Para análise fiscal serão colhidas amostras que serão colocadas em
quatro invólucros, lavrando a autoridade fiscalizadora o auto de apreensão,
em quatro vias, que será assinado pelo autuante, pelo representante legal da
empresa, pelo possuidor ou detentor do produto, ou seu substituto legal, e,
na ausência ou recusa destes, por duas testemunhas, especificado no auto a
natureza e outras características do material apreendido.
§ 4º O número de amostras será limitado à quantidade necessária e sufi-
ciente às análises e exames.
§ 5º Dos quatro invólucros, tornados individualmente invioláveis e con-
venientemente autenticados, no ato de apreensão, um ficará em poder do
detentor do produto, com a primeira via do respectivo auto para efeito de
recursos; outro será remetido ao fabricante com a segunda via do auto para
defesa, em caso de contraprova; o terceiro será enviado, no prazo máximo
de cinco dias, ao laboratório oficial, com a terceira via do auto de apreensão
para a análise fiscal e o quarto ficará em poder da autoridade fiscalizadora,
que será responsável pela integridade e conservação da amostra.
§ 6º O laboratório oficial terá o prazo de trinta dias, contados da data do
recebimento da amostra, para efetuar a análise e os exames.
§ 7º Quando se tratar de amostras de produtos perecíveis em prazo infe-
rior ao estabelecido no § anterior, a análise deverá ser feita de imediato.
§ 8 O prazo previsto no § 6º poderá ser prorrogado, excepcionalmente,
até quinze dias, por razões técnicas devidamente justificadas.
Art. 48. Concluída a análise fiscal, o laboratório oficial remeterá imediata-
mente o laudo respectivo à autoridade fiscalizadora competente, que proce-
derá de acordo com a conclusão do mesmo.
§ 1º Se o resultado da análise fiscal não comprovar alteração do produto,
este será desde logo liberado.

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§ 2º Comprovada a alteração, falsificação, adulteração ou fraude, será


lavrado, de imediato, auto de infração e notificada a empresa para início do
processo.
§ 3º O indiciado terá o prazo de dez dias, contados da notificação, para
apresentar defesa escrita ou contestar o resultado da análise, requerendo, na
seguinte hipótese, perícia de contraprova.
§ 4º A notificação do indiciado será feita por intermédio de funcionário
lotado no órgão sanitário competente ou mediante registro postal e, no caso
de não ser localizado ou encontrado, por meio de edital publicado no órgão
oficial de divulgação.
§ 5 Decorrido o prazo de que trata o § 3º deste artigo, sem que o notificado
apresente defesa ou contestação ao resultado da análise, o laudo será consi-
derado definitivo e proferida a decisão pela autoridade sanitária competente,
consoante o disposto no Decreto-Lei número 785, de 25 de agosto de 1969.
Art. 49. A perícia de contraprova será realizada no laboratório oficial que
expedir o laudo condenatório, com a presença do perito que efetuou a análise
fiscal, do perito indicado pela empresa e do perito indicado pelo órgão fiscaliza-
dor, utilizando-se as amostras constantes do invólucro em poder do detentor.
§ 1º A perícia de contraprova será iniciada até quinze dias após o rece-
bimento da defesa apresentada pelo indiciado, e concluída nos quinze dias
subsequentes, salvo se condições técnicas exigirem prazo maior.
§ 2º Na data fixada para a perícia de contraprova, o perito do indiciado
apresentará o invólucro de amostras em seu poder.
§ 3º A perícia de contraprova não será realizada se houver indício de al-
teração ou violação dos invólucros, lavrando-se ata circunstanciada sobre o
fato, assinada pelos peritos.
§ 4º Na hipótese do § anterior, prevalecerá, para todos os efeitos, o laudo
de análise fiscal condenatória.
§ 5º Aos peritos serão fornecidos todos os informes necessários à realiza-
ção da perícia de contraprova.

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§ 6º Aplicar-se-á à perícia de contraprova o mesmo método de análise


empregado na análise fiscal condenatória, podendo, porém, ser adotado ou-
tro método de reconhecida eficácia, se houver concordância dos peritos.
§ 7º Os peritos lavrarão termo e laudo do ocorrido na perícia de contra-
prova, que ficarão arquivados no laboratório oficial, remetendo sua conclusão
ao órgão sanitário de fiscalização.
Art. 50. Confirmado pela perícia de contraprova o resultado da análise
fiscal condenatória, deverá a autoridade sanitária competente, ao proferir a
sua decisão, determinar a inutilização do material ou produto, substância ou
insumo, objeto de fraude, falsificação ou adulteração, observado o disposto
no Decreto-Lei número 785, de 25 de agosto de 1969.
Art. 51. Em caso de divergência entre os peritos quanto ao resultado da
análise fiscal condenatória ou discordância entre os resultados dessa última
com a da perícia de contraprova, caberá recurso da parte interessada ou do
perito responsável pela análise condenatória à autoridade competente, de-
vendo esta determinar a realização de novo exame pericial sobre a amostra
em poder do laboratório oficial de controle.
§ 1º O recurso de que trata este artigo deverá ser interposto no prazo de
dez dias, contados da data da conclusão da perícia de contraprova.
§ 2º A autoridade que receber o recurso deverá decidir sobre o mesmo no
prazo de dez dias, contados da data do seu recebimento.
§ 3º Esgotado o prazo referido no § 2, sem decisão do recurso, prevalece-
rá o resultado da perícia de contraprova.
Art. 52. Configurada infração por inobservância de preceitos ético- pro-
fissionais, o órgão fiscalizador comunicará o fato ao Conselho Regional de
Farmácia da jurisdição.
Art. 53. Não poderá ter exercício nos órgãos de fiscalização sanitária o
servidor público que for sócio ou acionista de qualquer categoria, ou que
prestar serviços a empresa ou estabelecimento que explore o comércio de
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos.

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CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 54. O Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia baixa-


rá normas sobre:
a) a padronização do registro do estoque e da venda ou dispensação dos
medicamentos sob controle sanitário especial, atendida a legislação pertinente;
b) os estoques mínimos de determinados medicamentos nos estabeleci-
mentos de dispensação, observado o quadro nosológico local;
c) os medicamentos e materiais destinados a atendimento de emergência,
incluídos os soros profiláticos.
Art. 55. É vedado utilizar qualquer dependência da farmácia ou da droga-
ria como consultório, ou outro fim diverso do licenciamento.
Art. 56. As farmácias e drogarias são obrigadas a plantão, pelo sistema
de rodízio, para atendimento ininterrupto à comunidade, consoante normas a
serem baixadas pelos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios.
Art. 57. Os práticos e oficiais de farmácia, habilitados na forma da lei, que
estiverem em plena atividade e provarem manter a propriedade ou copro-
priedade de farmácia em 11 de novembro de 1960, serão provisionados pelo
Conselho Federal e Conselhos Regionais de Farmácia para assumir a respon-
sabilidade técnica do estabelecimento.
§ 1º O prático e o oficial de farmácia nas condições deste artigo não pode-
rão exercer outras atividades privativas da profissão de farmacêutico.
§ 2º O provisionamento de que trata este artigo será efetivado no prazo
máximo de noventa dias, a contar da data de entrada do respectivo requeri-
mento, devidamente instruído.
Art. 58. Ficam revogados os Decretos do Governo Provisório números
19.606, de 19 de janeiro de 1931; 20.627, de 9 de novembro de 1931, que
retificou o primeiro; 20.377, de 8 de setembro de 1931, ressalvados seus ar-
tigos 2 e 3, e a Lei número 1.472, de 22 de novembro de 1951.
Art. 59. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas
as disposições em contrário.

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Brasília, 17 de dezembro de 1973; 152º da Independência e 85º da República.

EMÍLIO G. MÉDICI
Mário Lemos

Este Texto não substitui o publicado no DOU de 19.12.1973 e retificado


em 21.12.1973

39
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
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LEI N. 12.514, DE 28 DE OUTUBRO DE 2011

Dá nova redação ao art. 4º da Lei n.


6.932, de 7 de julho de 1981, que dispõe
Conversão da Medida
sobre as atividades do médico-residente;
Provisória n. 536, de 2011
e trata das contribuições devidas aos con-
selhos profissionais em geral.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional


decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O art. 4º da Lei n. 6.932, de 7 de julho de 1981, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 4º Ao médico-residente é assegurado bolsa no valor de R$ 2.384,82
(dois mil, trezentos e oitenta e quatro reais e oitenta e dois centavos), em
regime especial de treinamento em serviço de 60 (sessenta) horas semanais.
§ 1º O médico-residente é filiado ao Regime Geral de Previdência Social -
RGPS como contribuinte individual.
§ 2º O médico-residente tem direito, conforme o caso, à licença-paterni-
dade de 5 (cinco) dias ou à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias.
§ 3º A instituição de saúde responsável por programas de residência mé-
dica poderá prorrogar, nos termos da Lei n. 11.770, de 9 de setembro de
2008, quando requerido pela médica-residente, o período de licença-mater-
nidade em até 60 (sessenta) dias.
§ 4º O tempo de residência médica será prorrogado por prazo equivalente
à duração do afastamento do médico-residente por motivo de saúde ou nas
hipóteses dos §§ 2º e 3º.
§ 5º A instituição de saúde responsável por programas de residência mé-
dica oferecerá ao médico-residente, durante todo o período de residência:
I – condições adequadas para repouso e higiene pessoal durante os plantões;
II – alimentação; e
III – moradia, conforme estabelecido em regulamento.

40
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§ 6º O valor da bolsa do médico-residente poderá ser objeto de revisão


anual.” (NR)
Art. 2º O art. 26 da Lei n. 9.250, de 26 de dezembro de 1995, passa a
vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:
“Art. 26...........................................................................................
Parágrafo único. Não caracterizam contraprestação de serviços nem van-
tagem para o doador, para efeito da isenção referida no caput , as bolsas de
estudo recebidas pelos médicos-residentes.” (NR)
Art. 3º As disposições aplicáveis para valores devidos a conselhos pro-
fissionais, quando não existir disposição a respeito em lei específica, são as
constantes desta Lei.
Parágrafo único. Aplica-se esta Lei também aos conselhos profissionais
quando lei específica:
I – estabelecer a cobrança de valores expressos em moeda ou unidade de
referência não mais existente;
II – não especificar valores, mas delegar a fixação para o próprio conselho.
Art. 4º Os Conselhos cobrarão:
I – multas por violação da ética, conforme disposto na legislação;
II – anuidades; e
III – outras obrigações definidas em lei especial.
Parágrafo único. O inadimplemento ou o atraso no pagamento das anui-
dades previstas no inciso II do caput deste artigo não ensejará a suspensão
do registro ou o impedimento de exercício da profissão. (Incluído pela Lei n.
14.195, de 2021)
Art. 5º O fato gerador das anuidades é a existência de inscrição no con-
selho, ainda que por tempo limitado, ao longo do exercício.
Art. 6º As anuidades cobradas pelo conselho serão no valor de:
I – para profissionais de nível superior: até R$ 500,00 (quinhentos reais);
II – para profissionais de nível técnico: até R$ 250,00 (duzentos e cin-
quenta reais); e

41
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

III – para pessoas jurídicas, conforme o capital social, os seguintes valores


máximos:
a) até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais): R$ 500,00 (quinhentos reais);
b) acima de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e até R$ 200.000,00 (du-
zentos mil reais): R$ 1.000,00 (mil reais);
c) acima de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) e até R$ 500.000,00 (qui-
nhentos mil reais): R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais);
d) acima de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) e até R$ 1.000.000,00
(um milhão de reais): R$ 2.000,00 (dois mil reais);
e) acima de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e até R$ 2.000.000,00
(dois milhões de reais): R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais);
f) acima de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) e até R$ 10.000.000,00
(dez milhões de reais): R$ 3.000,00 (três mil reais);
g) acima de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais): R$ 4.000,00 (qua-
tro mil reais).
§ 1º Os valores das anuidades serão reajustados de acordo com a variação
integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, calculado pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou pelo índice
oficial que venha a substituí-lo.
§ 2º O valor exato da anuidade, o desconto para profissionais recém-ins-
critos, os critérios de isenção para profissionais, as regras de recuperação de
créditos, as regras de parcelamento, garantido o mínimo de 5 (cinco) vezes,
e a concessão de descontos para pagamento antecipado ou à vista, serão es-
tabelecidos pelos respectivos conselhos federais.
Art. 7º Os Conselhos poderão deixar de promover a cobrança judicial de
valores inferiores a 10 (dez) vezes o valor de que trata o inciso I do art. 6º.
Art. 7º Os Conselhos poderão, nos termos e nos limites de norma do res-
pectivo Conselho Federal, independentemente do disposto no art. 8º desta
Lei e sem renunciar ao valor devido, deixar de cobrar: (Redação dada pela Lei
n. 14.195, de 2021)

42
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

I – administrativamente, os valores definidos como irrisórios; ou (Incluído


pela Lei n. 14.195, de 2021)
II – judicialmente, os valores considerados irrecuperáveis, de difícil recu-
peração ou com custo de cobrança superior ao valor devido. (Incluído pela Lei
n. 14.195, de 2021)
Art. 8º Os Conselhos não executarão judicialmente dívidas referentes a
anuidades inferiores a 4 (quatro) vezes o valor cobrado anualmente da pes-
soa física ou jurídica inadimplente.
Art. 8º Os Conselhos não executarão judicialmente dívidas, de quaisquer
das origens previstas no art. 4º desta Lei, com valor total inferior a 5 (cinco)
vezes o constante do inciso I do caput do art. 6º desta Lei, observado o dis-
posto no seu § 1º. (Redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021)
Parágrafo único. O disposto no caput não limitará a realização de medidas
administrativas de cobrança, a aplicação de sanções por violação da ética ou
a suspensão do exercício profissional.
Parágrafo único. O disposto no caput não obsta ou limita a realização de
medidas administrativas de cobrança, tais como a notificação extrajudicial, a
inclusão em cadastros de inadimplentes e o protesto de certidões de dívida
ativa. (Redação dada pela Medida Provisória n. 1.040, de 2021)
§ 1º O disposto no caput deste artigo não obsta ou limita a realização de
medidas administrativas de cobrança, tais como a notificação extrajudicial, a
inclusão em cadastros de inadimplentes e o protesto de certidões de dívida
ativa. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
§ 2º Os executivos fiscais de valor inferior ao previsto no caput deste ar-
tigo serão arquivados, sem baixa na distribuição das execuções fiscais, sem
prejuízo do disposto no art. 40 da Lei n. 6.830, de 22 de setembro de 1980.
(Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
Art. 9º A existência de valores em atraso não obsta o cancelamento ou a
suspensão do registro a pedido.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 10. O percentual da arrecadação destinado ao conselho regional e ao


conselho federal respectivo é o constante da legislação específica.
Art. 11. O valor da Taxa de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART,
prevista na Lei n. 6.496, de 7 de dezembro de 1977, não poderá ultrapassar
R$ 150,00 (cento e cinquenta reais).
Parágrafo único. O valor referido no caput será atualizado, anualmente, de
acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
- INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
- IBGE, ou índice oficial que venha a substituí-lo.
Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 28 de outubro de 2011; 190º da Independência e 123º da República.

DILMA ROUSSEFF
Fernando Haddad
Miriam Belchior

Este texto não substitui o publicado no DOU de 31.10.2011*

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LEI N. 13.021, DE 8 DE AGOSTO DE 2014

Dispõe sobre o exercício e a fiscalização


Mensagem de veto
das atividades farmacêuticas.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional


decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º As disposições desta Lei regem as ações e serviços de assistência


farmacêutica executados, isolada ou conjuntamente, em caráter permanente
ou eventual, por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado.
Art. 2º Entende-se por assistência farmacêutica o conjunto de ações e de
serviços que visem a assegurar a assistência terapêutica integral e a promo-
ção, a proteção e a recuperação da saúde nos estabelecimentos públicos e
privados que desempenhem atividades farmacêuticas, tendo o medicamento
como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional.
Art. 3º Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a
prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária
individual e coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de
medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados, cos-
méticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos.
Parágrafo único. As farmácias serão classificadas segundo sua natureza
como:
I – farmácia sem manipulação ou drogaria: estabelecimento de dispensa-
ção e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correla-
tos em suas embalagens originais;

45
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II – farmácia com manipulação: estabelecimento de manipulação de fór-


mulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendi-
mento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de
assistência médica.
Art. 4º É responsabilidade do poder público assegurar a assistência far-
macêutica, segundo os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, de
universalidade, equidade e integralidade.

CAPÍTULO II
DAS ATIVIDADES FARMACÊUTICAS

Art. 5º No âmbito da assistência farmacêutica, as farmácias de qualquer


natureza requerem, obrigatoriamente, para seu funcionamento, a responsa-
bilidade e a assistência técnica de farmacêutico habilitado na forma da lei.

CAPÍTULO III
DOS ESTABELECIMENTOS FARMACÊUTICOS

Seção I
Das Farmácias

Art. 6º Para o funcionamento das farmácias de qualquer natureza, exi-


gem-se a autorização e o licenciamento da autoridade competente, além das
seguintes condições:
I – ter a presença de farmacêutico durante todo o horário de funciona-
mento;
II – ter localização conveniente, sob o aspecto sanitário;
III – dispor de equipamentos necessários à conservação adequada de
imunobiológicos;

46
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
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IV – contar com equipamentos e acessórios que satisfaçam aos requisitos


técnicos estabelecidos pela vigilância sanitária.
Parágrafo único. Tendo em vista o disposto nos § 3º e § 6º do art. 1º da
Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, aplica-se o disposto
no art. 15 da Lei n. 5.991, de 17 de dezembro de 1973, às farmácias que se
caracterizem como microempresas ou empresas de pequeno porte, na forma
da Lei Complementar n. 123, de 2006. (Incluído pela Medida Provisória n.
653, de 2014) (Vigência) Vigência encerrada
Art. 7º Poderão as farmácias de qualquer natureza dispor, para atendi-
mento imediato à população, de medicamentos, vacinas e soros que atendam
o perfil epidemiológico de sua região demográfica.
Art. 8º A farmácia privativa de unidade hospitalar ou similar destina-se
exclusivamente ao atendimento de seus usuários.
Parágrafo único. Aplicam-se às farmácias a que se refere o caput as mes-
mas exigências legais previstas para as farmácias não privativas no que con-
cerne a instalações, equipamentos, direção e desempenho técnico de farma-
cêuticos, assim como ao registro em Conselho Regional de Farmácia.
Art. 9º (VETADO).

Seção II
Das Responsabilidades

Art. 10. O farmacêutico e o proprietário dos estabelecimentos farmacêu-


ticos agirão sempre solidariamente, realizando todos os esforços para promo-
ver o uso racional de medicamentos.
Art. 11. O proprietário da farmácia não poderá desautorizar ou desconsi-
derar as orientações técnicas emitidas pelo farmacêutico.
Parágrafo único. É responsabilidade do estabelecimento farmacêutico for-
necer condições adequadas ao perfeito desenvolvimento das atividades pro-
fissionais do farmacêutico.

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Art. 12. Ocorrendo a baixa do profissional farmacêutico, obrigam-se os


estabelecimentos à contratação de novo farmacêutico, no prazo máximo de
30 (trinta) dias, atendido o disposto nas Leis n.s 5.991, de 17 de dezembro
de 1973, e 6.437, de 20 de agosto de 1977.
Art. 13. Obriga-se o farmacêutico, no exercício de suas atividades, a:
I – notificar os profissionais de saúde e os órgãos sanitários competentes,
bem como o laboratório industrial, dos efeitos colaterais, das reações adver-
sas, das intoxicações, voluntárias ou não, e da farmacodependência observa-
dos e registrados na prática da farmacovigilância;
II – organizar e manter cadastro atualizado com dados técnico-científicos
das drogas, fármacos e medicamentos disponíveis na farmácia;
III – proceder ao acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes, in-
ternados ou não, em estabelecimentos hospitalares ou ambulatoriais, de na-
tureza pública ou privada;
IV – estabelecer protocolos de vigilância farmacológica de medicamentos,
produtos farmacêuticos e correlatos, visando a assegurar o seu uso raciona-
lizado, a sua segurança e a sua eficácia terapêutica;
V – estabelecer o perfil farmacoterapêutico no acompanhamento siste-
mático do paciente, mediante elaboração, preenchimento e interpretação de
fichas farmacoterapêuticas;
VI – prestar orientação farmacêutica, com vistas a esclarecer ao paciente
a relação benefício e risco, a conservação e a utilização de fármacos e medi-
camentos inerentes à terapia, bem como as suas interações medicamentosas
e a importância do seu correto manuseio.
Art. 14. Cabe ao farmacêutico, na dispensação de medicamentos, visando
a garantir a eficácia e a segurança da terapêutica prescrita, observar os as-
pectos técnicos e legais do receituário.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

CAPÍTULO IV
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 15. (VETADO).


Art. 16. É vedado ao fiscal farmacêutico exercer outras atividades profis-
sionais de farmacêutico, ser responsável técnico ou proprietário ou participar
da sociedade em estabelecimentos farmacêuticos.

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 17. (VETADO).


Art. 18. (VETADO).

Brasília, 8 de agosto de 2014; 193º da Independência e 126º da República.

DILMA ROUSSEFF
Guido Mantega
Manoel Dias
Arthur Chioro
Miriam Belchior
Guilherme Afif Domingos

Este texto não substitui o publicado no DOU de 11.8.2014 - Edição extra

49
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

RESOLUÇÃO N. 357, DE 20 DE ABRIL DE 2001


(Alterada pela Resolução n. 416/04)

Ementa: Aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia.

O Conselho Federal de Farmácia, no uso de suas atribuições legais e re-

gimentais, CONSIDERANDO o disposto no artigo 5º, XIII da Constituição Fe-

deral, que outorga liberdade de exercício, trabalho ou profissão, atendidas as

qualificações que a lei estabelecer;

CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Farmácia, no âmbito de sua

área específica de atuação e como Conselho de Profissão Regulamentada,

exerce atividade típica do Estado, nos termos dos artigos 5º, XIII; 21, XXIV

e 22, XVI todos da Constituição Federal;

CONSIDERANDO que é atribuição do Conselho Federal de Farmácia expe-

dir resoluções para eficácia da lei federal n. 3.820/60 e ainda, compete-lhe

o múnus de definir ou modificar a competência dos profissionais de farmácia

em seu âmbito, conforme o Artigo 6º, alíneas “g” e “m”, da Lei Federal n.

3.820, de 11 de novembro de 1960;

Considerando, ainda a outorga legal ao Conselho Federal de Farmácia de

zelar pela saúde pública, promovendo ações que implementem a assistência

farmacêutica em todos os níveis de atenção à saúde, conforme alínea “p”,

do artigo 6º, da Lei Federal n. 3.820/60 com as alterações da Lei Federal n.

9.120/95;

CONSIDERANDO ainda, o disposto nas Leis Federal n. 8.078/90 (Código

de Defesa do Consumidor) e n. 9.787/99 (Lei dos Medicamentos Genéricos),

RESOLVE:

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 1º Aprovar as BOAS PRÁTICAS EM FARMÁCIA, nos termos do Anexo


“I”, “II” e “III” desta Resolução, constantes de boas práticas de farmácia,
ficha de consentimento informado e ficha de verificação das condições do
exercício profissional, respectivamente.
Art. 2º Adotar a referência legal e doutrinária utilizada nesta resolução,
podendo a qualquer tempo ser atualizada, por determinação do Conselho fe-
deral de Farmácia:
2.1. BRASIL. Decreto n. 20.377, de 8 de setembro de 1931. Aprova a re-
gulamentação do exercício da profissão farmacêutica no Brasil.
2.2. BRASIL. Decreto n. 20.931, de 11 de janeiro de 1932. Regula e fiscaliza
o exercício da medicina, da odontologia, da medicina veterinária e das profis-
sões de farmacêutico, parteira e enfermeira, no Brasil, e estabelece penas.
2.3. BRASIL, Lei n. 3820, de 11 de novembro de 1960, cria o Conselho Fe-
deral e os Conselhos Regionais de Farmácia, e dá outras providências. Diário
Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília 21 nov. 1960.
2.4. BRASIL, Lei n. 9120, de 26 de outubro de 1995, Altera dispositivos
da Lei n. 3820, de 11 de novembro de 1960, que dispõe sobre a criação do
Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Farmácia. Diário Oficial da
República Federativa do Brasil, Brasília 27 out. 1995
2.5. BRASIL, Lei n. 5991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o
controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêu-
ticos e correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial da República Fede-
rativa do Brasil, Brasília, 19 dez. 1973
2.6. BRASIL, Lei n. 6360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre a vigi-
lância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos
farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá
outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília
24 set. 1976

51
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

2.7. BRASIL. Lei n. 6480, de 1º de dezembro de 1977. Altera a Lei n. 6360,


de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam
sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos,
cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências.
2.8. BRASIL, Lei n. 6368, de 21 de outubro de 1976. Dispõe sobre medidas
de prevenção e repressão ao tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entor-
pecentes ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá outra provi-
dências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 29 out. 1976.
2.9. BRASIL, Lei n. 6437, de 20 de agosto de 1977, configura infrações a
legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras pro-
vidências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília 24 ago. 1977.
2.10. BRASIL, Lei n. 8078, de 11 de setembro de 1990. Código Defesa do
Consumidor. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, v. 128,
n. 176, supl., p. I, 12 set. 1990.
2.11. BRASIL. Lei n. 9695, de 20 de agosto de 1998. Acrescenta inciso ao
artigo 1º da Lei n. 8072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes
hediondos, e altera os artigos 2º, 5º e 10º da Lei n. 6437, de 20 de agosto
de 1997, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil, Brasília 21 ago. 1998.
2.12. BRASIL, Lei n. 9787, de 10 de fevereiro de 1999. Estabelece o medi-
camento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos
farmacêuticos e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa
do Brasil, Brasília, 11 fev. 1999.
2.13. BRASIL. Decreto n. 57.477, de 20 de dezembro de 1965. Dispõe so-
bre manipulação, receituário, industrialização e venda de produtos. Utilizados
em Homeopatia e dá outras providências. Diário Oficial da República Federa-
tiva do Brasil, Brasília, 28 dez. 1965.
2.14. BRASIL, Decreto n. 74.170, de 10 de junho de 1974. Regulamenta a
Lei n. 5991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitá-
rio do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correla-
tos, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil,
Brasília, 11 jun. 1974.

52
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

2.15. BRASIL, Decreto n. 78.992, de 21 de dezembro de 1976. Regula-


menta a Lei n. 6368, de 21 de outubro de 1976. Dispõe sobre medidas de pre-
venção e repressão ao tráfico ilícito e uso indevido de substância entorpecentes
ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá outras providências.
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 22 dez. 1976.
2.16. BRASIL, Decreto n. 79.094, de 5 de janeiro de 1977. Regulamenta a
Lei n. 6360, de 23 de setembro de 1976. Que submete a sistema de vigilân-
cia os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos,
produtos de higiene, saneantes e outros. Diário Oficial da República Federati-
va do Brasil, Brasília, 7 jan. 1977.
2.17. BRASIL. Decreto n. 85.878, de 7 de abril 1981. Estabelece normas
para execução da Lei n. 3820, de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício
da profissão farmacêuticas, e dá outras providências.
2.18. BRASIL. Decreto n. 78.841, de 25 de novembro de 1976. Aprova a
1º edição da Farmacopeia Homeopática.
2.19. BRASIL. Decreto n. 3181, de 23 de setembro de 1999. Regulamenta
a Lei n. 9787, de 10 de fevereiro de 1999. Estabelece o medicamento genéri-
co, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos,
e dá outras providência.
2.20. BRASIL. Decreto n. 3675, de 28 de novembro de 2000. Dispõe sobre
medidas especiais relacionadas com o registro de medicamentos genéricos,
de que trata o artigo 4º da Lei n. 9787, de fevereiro de 1999.
2.21. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS n. 1180, de 19 de
agosto de 1997. Aprova a 2º edição da Farmacopeia Homeopática.
2.22. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS n. 344, de 12 de
maio de 1998. Aprova o regulamento técnico sobre substância e medicamen-
to sujeito a controle especial. Diário Oficial de República Federativa do Brasil.
Brasília 1 fev. 1999.

53
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

2.23. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS n. 802, de 8 de ou-


tubro de 1998. Instituir o sistema de controle e fiscalização em toda a cadeia
dos produtos farmacêuticos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil,
2.24. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC n. 10, de 2 de janeiro
de 2001. Regulamento técnico para medicamentos genéricos. Diário Oficial
da República Federativa do Brasil.
2.24. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC N. 17, de 24 de feve-
reiro de 2000. Aprova o Regulamento técnico, visando normatizar o registro
de medicamento fitoterápico junto ao Sistema de Vigilância Sanitária. Diário
Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília 25 fev. 2000.
2.26. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC n. 33, de 19 de abril de
2000. Aprova o Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de
Medicamentos em farmácias. Diário Oficial da República Federativa do Brasil,
Brasília, 8 jan. 2001.
2.27. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC n. 45, de 15 de maio
de 2000. Revogada pela RDC n. 99 de 22 de julho de 2000. Estabelece que
todas as farmácia e drogarias e estabelecimento que comercializem medica-
mentos, ficam obrigados a afixar em local fácil acesso e visibilidade a relação
de medicamentos genéricos.
2.28. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC n. 92 de 26 de outubro
de 2000. Dá nova redação a RDC n. 510, de 1º de outubro de 1999. Estabe-
lece critérios para rotulagem de todos os medicamentos.
2.29. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n. 160, de 23 de
abril de 1982. Dispõe sobre o exercício profissional Farmacêutico.
2.30. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n. 239, de 25 de
setembro de 1992. Dispõe sobre aplicação de injeção em farmácias e drogarias.
2.31. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n. 258, de 24 de
fevereiro da 1994. Aprova o regulamento do processo administrativo fiscal
dos Conselhos Regionais de Farmácia.

54
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

2.32. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n. 261, de 16 de


setembro de 1994. Dispõe sobre responsabilidade técnica.
2.33. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n. 290, de 26 de
abril de 1996. Aprova o Código de Ética Farmacêutica.
2.34. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n. 299, de 13 de
dezembro de 1996. Regulamenta o procedimento de Fiscalização dos Conse-
lhos Regionais de Farmácia, e dá outras providências.
2.35. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n. 308, de 2 de maio
de 1997. Dispõe sobre a Assistência Farmacêutico em farmácia e drogarias.
2.36. ARGENTINA. CONFEDERAÇÃO FARMACÊUTICA ARGENTINA. Buenas
práticas de dispensación, 5º Congreso Argentino del Medicamento. Correo
Farmacêutico, 1992, p.11 - 13.
2.37. HAMMARSTRON, B & WESTERHOLM, B. Los farmacêuticos, al primer
plano. Foro Mundial de la Salud, vol. 9, 1988, p. 528 - 531.
2.38. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE VIGILANCIA SA-
NITÁRIA. Boas práticas para a fabricação de produtos farmacêuticos: Comitê
de peritos da OMS em especificações para preparados farmacêuticos. Tradu-
ção de Jamil Elias Sultanus Cordeiro e Maria Gisela Piros. Brasília (DF), 1994,
146 p.
2.39. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. CENTRAL DE MEDICAMENTOS.
Boas Práticas para estocagem de medicamentos. Brasília (DF), 1989, 22 p.
2.40. REIS, N. B.; RODRIGUES, P. R. M. Manuel de Boas Práticas de Dis-
tribuição, Estocagem e Transporte de Medicamentos. Goiânia (GO), 2º ed.,
2000, 104 p.
2.41. WORLD HEALTH ORGANIZATION. The role of the pharmacist in the
health care system: Report of a WHO Consultative group, New Delhi, Índia,
13 - 16, December 1988.
2.42. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Report of a WHO Meeting, Tokio,
Japan, 31 August - 3 September 1993 (WHO/PHARM/94.569)

55
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

2.43. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Resolution WHA 47. 12: Role of


the pharmacist in support of the WHO revised drug strategy (WHA 47/1994/
REC/1).
2.44. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Good Pharmacy pratice (GPP) in
Community and Hospital Pharmacy Settings (WHO/PHARM/DAP 96.1).
2.45. WORLD HEALTH ORGANIZATION. The role of the pharmacist in self-
-care ande self-medication. Report of the 4 th WHO Consultive Group on the
Role of the Pharmacist (WHO/DAP/98.13).
2.46. POPOVICH, N. G. Assistencia del paciente ambulatorio. In: GENNA-
RO, R. (ed). Remington Farmácia Pratica, 17º Ed. Buenos Aires: Panamerica-
na, 1987, p. 2289.
2.47. HUSSAR, D. A. Cumplimiento del Paciente, In: GENNARO, A. R. (ed.)
Remington Farmacia Pratica 17, ed. Buenos Aires: Panamericana, 1987, p. 2403.
2.48. ARANDA DA SILVA, J. A. Medicamentos: Riscos e Benefícios. Lisboa
(Portugal), Infarmed, 1996, 54 p.
2.49. BRASIL. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICO MAGIS- TRAIS.
Manual de recomendações para aviamento de formulações magistrais. Boas
Práticas de Manipulação São Paulo, 1º ed. São Paulo, 1997, 57 p.
2.50. SOARES, A. A. D. Farmácia Homeopática. Organização Andrei Ltda.
São Paulo (SP), 1997, 300 p.
2.51. BRASIL, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOME-
OPATAS. Manual de normas técnicas para farmácia homeopática, 2º ed., São
Paulo, 1995.
2.52. ORGANIZACIÓS MUNDIAL DE LA SALUD. Control y evolución de los
efectos secundarios de los medicamentos. Informe del grupo de trabajo del
CIOMS. Genebra, 1986, 32 p.
2.53. PORTUGAL. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS FARMÁCIAS. Livro Branco
da Farmácia Europeia. Grupo Farmacêutico da Comunidade Econômica Europeia.

56
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

2.54. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Resolução WHA 47.12 de 1994,


que aprovou a função do farmacêutico apoiando sua estratégia em matéria de
medicamentos.
2.55. PARANÁ. Resolução n. 54, de 3 de junho de 1996, trata da abertura
e funcionamento dos estabelecimentos farmacêuticos. Diário Oficial do Esta-
do n. 4378, 14 jun. 1996.
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revo-
gando-se às disposições em contrário.
Sala das sessões, 20 de abril de 2001.

JALDO DE SOUZA SANTOS


Presidente

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ANEXO I
BOAS PRÁTICAS EM FARMÁCIA

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O exercício da profissão farmacêutica, sem prejuízo de outorga


legal já conferida, abrange com privatividade e exclusividade as farmácias,
drogarias e ervanarias no que concerne as competências de farmacêuticos
nesses estabelecimentos.
Parágrafo único. caracteriza-se além da aplicação de conhecimentos téc-
nicos, completa autonomia técnico - científica e conduta elevada que se en-
quadra dentro dos padrões éticos que norteiam a profissão.
Art. 2º É permitido ao farmacêutico, quando no exercício da assistência e
direção técnica em farmácia:
I – Manipular e dispensar fórmulas alopáticas e homeopáticas, com finali-
dade profilática, curativa, paliativa, estética ou para fins de diagnóstico;
II – Dispensar medicamentos alopáticos;
III – Dispensar medicamentos homeopáticos;
IV – Dispensar e fracionar plantas de aplicações terapêuticas e medica-
mentos fitoterápicos, observados o acondicionamento adequado e a classifi-
cação botânica.
V – Executar o fracionamento;
VI – Dispensar drogas (matérias-primas), insumos farmacêuticos (maté-
rias-primas aditivas), correlatos e alimentos para fins especiais;
VII – Dispensar produtos dietéticos;
VIII – Prestar serviços farmacêuticos de acordo com a legislação sanitária;
IX – Promover ações de informação e educação sanitária;
X – Prestar serviço de aplicação de injeção;

58
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XI – Desempenhar serviços e funções não especificadas no âmbito desta re-


solução que se situem no domínio de capacitação técnico - científica profissional.
Art. 3º É permitido ao farmacêutico, quando no exercício da assistência e
direção técnica em drogaria:
I – Dispensar medicamentos alopáticos em suas embalagens originais;
II – Dispensar drogas (matérias-primas), insumos farmacêuticos (maté-
rias-primas aditivas), correlatos e alimentos para fins especiais;
III – Dispensar produtos dietéticos;
IV – Promover ações de informação e educação sanitária;
V – Prestar serviço de aplicação de injeção;
Art. 4º No exercício da assistência e direção técnica em ervanaria, é per-
mitido ao farmacêutico, dispensar e fracionar plantas de aplicação terapêu-
ticas, observados o acondicionamento adequado e a classificação botânica.
Art. 5º O farmacêutico diretor técnico das farmácias, drogarias e ervana-
rias é obrigado a manter exemplar atualizado da Farmacopeia Brasileira nas
dependências do estabelecimento.
Art. 6º Para efeito do controle do exercício profissional serão adotadas as
seguintes definições:
6.1. Adoçantes com restrição de sacarose, frutose e/ou glicose (Adoçante
dietético): São adoçantes formulados para dietas com restrição destes açúca-
res para atender as necessidades de pessoas sujeitas à restrição da ingestão
desses carboidratos. As matériasprimas sacarose, frutose e glicose não po-
dem ser utilizadas na formulação desses produtos.
6.2. Alimentos funcionais - São divididos em 2 (dois) grupos:
6.2.1. Alegação de propriedade funcional: é aquela relativa ao papel meta-
bólica ou fisiológico que o nutriente e não nutriente tem no crescimento, desen-
volvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano.
6.2.2. Alegação de propriedade de saúde: é aquela que afirma, sugere ou
implica a existência de relação entre o alimento ou ingrediente com doença
ou condição relacionada a saúde.

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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

6.3. Alimentos para controle de peso - São alimentos especialmente for-


mulados e elaborados de forma a apresentar composição definida, adequada
a suprir parcialmente as necessidades nutricionais do indivíduo e que sejam
destinados a proporcionar redução, manutenção ou ganho de peso corporal.
6.4. Alimentos para dietas com restrição de carboidratos - São alimentos
para dietas de restrição de açúcares, constituídos por 2 (duas) subcategorias:
6.4.1. Restrição de sacarose, frutose e/ou glicose (dextrose);
6.4.2. Restrição de outros mono ou dissacarídeos.
6.5. Alimentos para dietas com restrição de gorduras - São alimentos es-
pecialmente formulados para pessoas que necessitam de dietas com restrição
de gorduras. Podem conter no máximo 0,5 grama de gordura total por 100
gramas ou 100ml do produto final a ser consumido.
6.6. Alimentos para dietas com restrição de outros mono e/ou dissacaríde-
os - São alimentos especialmente formulados para atender as necessidades de
portadores de intolerância à ingestão de dissacarídeos e/ou portadores de erros
inatos do metabolismo de carboidratos. Podem conter no máximo 0,5g do nu-
triente em referência por 100,0g ou 100,0ml do produto final a ser consumido.
6.7. Alimentos para dietas com restrição de proteínas - São alimentos
especialmente elaborados para atender às necessidades de portadores de er-
ros inatos do metabolismo, intolerância, síndromes de má absorção e outros
distúrbios relacionados a ingestão de aminoácidos e/ou proteínas. Esses pro-
dutos devem ser totalmente isentos do componente associado ao distúrbio.
6.8. Alimentos para dietas com restrição de sacarose, frutose e/ou glicose
(dextrose) - São alimentos especialmente formulados para atender as neces-
sidades de pessoas com distúrbios no metabolismo desses açúcares.
6.9. Alimentos para dietas com restrição de sódio - Alimentos hipossódicos
- São alimentos especialmente elaborados para pessoas que necessitam de
dietas com restrição de sódio, cujo valor dietético especial é o resultado da
redução ou restrição de sódio.

60
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

6.10. Alimentos para dietas para nutrição enteral - São alimentos espe-
cialmente formulados e elaborados de forma a apresentarem composição
definida e características físicas que permitam sua administração através de
sondas gastroentéricas e a serem utilizados para substituir ou complementar
a alimentação oral. Neste último caso, também poderão ser administrados
por via oral.
6.11. Alimentos para fins especiais - São alimentos especialmente formu-
lados ou processados, nos quais se introduzem modificações no conteúdo de
nutrientes adequados à utilização em dietas diferenciadas e opcionais, aten-
dendo as necessidades de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas
específicas.
6.12. Alimentos para geriatria - São alimentos que atendem as necessida-
des nutricionais e fisiológicas especiais dos idosos.
6.13. Alimentos para lactentes sucedâneos ou Substitutos do leite mater-
no - são alimentos que de alguma forma possam substituir parcial ou total-
mente o leite materno.
6.14. Alimentos para praticantes de atividades físicas - São alimentos es-
pecialmente formulados para atender as necessidades de pessoas praticantes
de atividades físicas. São subdivididos em 2 (duas) categorias:
6.14.1. Repositores hidroeletrolíticos - são produtos formulados a partir
de concentração variada de eletrólitos, associada a concentrações variadas
de carboidratos, com objetivo de reposição hídrica e eletrolítica decorrente da
prática de atividade física.
6.14.2. Repositor energético - são produtos formulados com nutrientes
que permitam o alcance e/ou manutenção do nível apropriado de energia
para atletas.
6.15. Alimentos protéicos - são produtos com predominância de proteínas,
formulados para aumentar a ingestão protéica ou complementar à dietas de
atletas, cujas necessidades protéicas não estejam sendo satisfatoriamente
supridas pelas fontes alimentares habituais.

61
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

6.16. Aminoácidos de cadeia ramificada - são produtos formulados a partir


de concentrações variadas de aminoácidos de cadeia ramificada, com o obje-
tivo de fornecimento de energia para atletas.
6.17. Alimentos compensadores - são produtos formulados de forma va-
riada para serem utilizados na adequação de nutrientes da dieta de pratican-
tes de atividade física.
6.18. Anti-sepsia - emprego de substância capaz de impedir a ação de
microorganismos pela inativação ou destruição.
6.19. Armazenamento / Estocagem - procedimento que possibilita o esto-
que ordenado e racional de várias categorias de materiais e produtos, garan-
tindo a sua adequada conservação.
6.20. Assistência Farmacêutica - é o conjunto de ações e serviços que vi-
sam assegurar a assistência integral, a promoção, a proteção e a recuperação
da saúde nos estabelecimentos públicos ou privados, desempenhados pelo
farmacêutico ou sob sua supervisão.
6.21. Assistência Técnica - é o conjunto de atividades profissionais que
requer obrigatoriamente a presença física do farmacêutico nos serviços ine-
rentes ao âmbito da profissão farmacêutica efetuando a assistência e atenção
farmacêutica.
6.22. Atenção Farmacêutica - é um conceito de prática profissional no qual
o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico. A atenção é
o compêndio das atitudes, dos comportamentos, dos compromissos, das in-
quietudes, dos valores éticos, das funções, dos conhecimentos, das responsa-
bilidades e das habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia,
com objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na
qualidade de vida do paciente.
6.23. Ato Farmacêutico - ato privativo do farmacêutico por seus conheci-
mentos adquiridos durante sua formação acadêmica como perito do medica-
mento.

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6.24. Automedicação Responsável - uso de medicamento não prescrito


sob a orientação e acompanhamento do farmacêutico.
6.25. Aviamento de Receitas - manipulação de uma prescrição na farmá-
cia, seguida de um conjunto de orientações adequadas, para um paciente
específico.
6.26. Certificado de Regularidade: É o documento com valor de certidão,
expedido pelo Conselho Regional de Farmácia, com valor probante de ausên-
cia de impedimento ou suspeição do profissional farmacêutico, para exercer
a direção técnica pelo estabelecimento, ou responsabilidade técnica em caso
de substituição ao titular, sem prejuízo dos termos dos artigos 19 a 21 da Lei
Federal n. 3.820/60.
6.27. Complementos alimentares para gestantes ou nutrizes - São alimen-
tos que se destinam a complementar a alimentação de gestantes ou nutrizes
e que forneçam 100% das quantidades adicionais de energia e de todos os
nutrientes.
6.28. Correlato - substância, produto, aparelho ou acessório, cujo uso ou
aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva,
à higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos, os
cosméticos, perfumes e produtos de higiene e, ainda, os produtos óticos, de
acústica médica, odontológicos, dietéticos e veterinários.
6.29. Denominação Comum Brasileira (DCB) - denominação do fármaco
ou princípio farmacologicamente ativo aprovada pela Agencia Nacional de Vi-
gilância Sanitária.
6.30. Denominação Comum internacional (DCI) - denominação do fár-
maco ou princípio farmacologicamente ativo recomendada pela Organização
Mundial de Saúde.
6.31. Direção técnica - compreende a coordenação de todos os serviços
farmacêuticos do estabelecimento e é o fator determinante do gerenciamen-
to da disponibilização do medicamento, devendo atender aos seguintes ob-
jetivos: atendimento ao paciente, economia, eficiência e cooperação com a
equipe de saúde.

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6.32. Diretor técnico - é o farmacêutico responsável que trata a Lei n.


5991/73, cuja função é a assistência e a direção técnica do estabelecimento
farmacêutico.
6.33. Dispensação - ato do farmacêutico de orientação e fornecimento ao
usuário de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remu-
nerado ou não.
6.34. Drogaria - estabelecimento de dispensação e comércio de drogas,
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlato em suas embalagens ori-
ginais.
6.35. Ervanária - estabelecimento que realiza dispensação de plantas me-
dicinais.
6.36. Especialidade Farmacêutica - produto oriundo da indústria farma-
cêutica com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e disponível
no mercado.
6.37. Farmácia - estabelecimento de prestação de serviços farmacêutico
de interesse público e/ou privado, articulada ao Sistema Único de Saúde,
destinada a prestar assistência farmacêutica e orientação sanitária individual
ou coletiva, onde se processe a manipulação e/ou dispensação de produtos e
correlatos com finalidade profilática, curativa, paliativa, estética ou para fins
de diagnósticos.
6.38. Fármaco - substância que é o principio ativo do medicamento.
6.39. Farmacopeia Brasileira - conjunto de normas e monografias de far-
moquímicos, estabelecido por e para o país.
6.40. Farmacoquímico - todas as substâncias ativas ou inativas que são
empregadas na fabricação de produtos farmacêuticos.
6.41. Farmacovigilância - identificação e avaliação dos efeitos, agudos ou
crônicos, do risco do uso dos tratamentos farmacológicos no conjunto da po-
pulação ou em grupos de pacientes expostos a tratamentos específicos.

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6.42. Formulário Terapêutico Nacional - documento que reúne os medi-


camentos disponíveis no país e que apresenta informações farmacológicas
destinadas a promover o uso efetivo, seguro e econômico destes produtos.
6.43. Fórmulas infantis destinadas a lactentes - são produtos que devem
ser nutricionalmente adequados para proporcionar o crescimento e desenvol-
vimento normal do lactente.
6.44. Fórmulas magistrais - fórmula constante de uma prescrição que es-
tabelece a composição, a forma farmacêutica e a posologia.
6.45. Fórmulas oficinais - fórmulas constantes das Farmacopeia Brasileiras
ou de outros compêndios oficiais reconhecidos pelo Ministério da Saúde.
6.46. Fracionamento - subdivisão de um medicamento em frações me-
nores a partir da sua embalagem original, sem o rompimento do invólucro
primário e mantendo os seus dados de identificação.
6.47. Insumo Farmacêutico - droga ou matéria-prima aditiva ou comple-
mentar de qualquer natureza, destinada a emprego em medicamentos, quan-
do for o caso, ou em seus recipientes.
6.48. Lactentes - são crianças menores de 1 ano de idade.
6.49. Manipulação - Conjunto de operações farmacotécnicas, realizadas
na farmácia, com a finalidade de elaborar produtos e fracionar especialidades
farmacêuticas.
6.50. Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elabo-
rado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
6.51. Medicamento de Referência - produto inovador registrado no órgão
federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país, cuja
eficácia, segurança, e qualidade foram comprovados cientificamente junto ao
órgão federal competente, por ocasião do registro.
6.52. Medicamento Genérico - medicamento similar a um produto de refe-
rência ou inovador, que se pretende ser por este intercambiável, geralmente
produzido após expiração ou renuncia da proteção patentária ou de outros
direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade,
e designado pela DCB ou na sua ausência pela DCI.

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6.53. Medicamento Homeopático - são preparações manipuladas de forma


específica de acordo com regras farmacotécnicas bem definidas, descritas na
Farmacopeia Homeopática Brasileira.
6.54. Medicamento Similar - aquele que contém o mesmo ou os mesmos
princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via
de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnós-
tico, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável
pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em característica relativas
ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem,
excipiente e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial
ou marca.
6.55. Medicamentos de Controle Especial - medicamentos entorpecentes
ou psicotrópicos e outros relacionados pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária capazes de causar dependência física ou psíquicas.
6.56. Medicamentos de Uso Contínuo - são aqueles empregados no tra-
tamento de doenças crônicas e ou degenerativas, utilizados continuamente.
6.57. Medicamentos Essenciais - medicamentos considerados básicos e
indispensáveis para atender a maioria dos problemas de saúde da população.
6.58. Medicamentos Não Prescritos - são aqueles cuja dispensação não
requer prescrição por profissional habilitado.
6.59. Medicamentos Órfãos - medicamentos utilizados em doenças raras,
cuja dispensação atende a casos específicos.
6.60. Medicamentos Tarjados - são os medicamentos cujo uso requer a
prescrição por profissional habilitado e que apresentem, em sua embalagem,
tarja (vermelha ou preta) indicativa desta necessidade.
6.61. Notificação de Receita - documento padronizado, acompanhado de
receita, destinado à notificação da prescrição de substâncias e de medica-
mentos sujeitos a controle especial.

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6.62. Preparações Magistrais - é aquela preparada na farmácia atendendo


a uma prescrição de um profissional habilitado, que estabelece sua composi-
ção, forma farmacêutica, posologia e modo de usar.
6.63. Preparações Oficinais - é aquela preparada na farmácia, cuja fór-
mula esteja inscrita na Farmacopeia Brasileira ou Compêndios ou Formulários
reconhecidos pelo Ministério da Saúde.
6.64. Procedimento Operacional Padrão (POP) - descrição escrita porme-
norizada de técnicas e operações a serem utilizadas na farmácia e drogaria,
visando proteger, garantir a preservação da qualidade dos produtos, a unifor-
midade dos serviços e a segurança dos profissionais.
6.65. Produto - substância ou mistura de substâncias minerais, animais,
vegetais ou química, com finalidade terapêutica, profilática, estética ou de
diagnóstico.
6.66. Produto Farmacêutico intercambiável - equivalente terapêutico de
um medicamento de referência, comprovado, essencialmente, os mesmos
efeitos de eficácia e segurança.
6.67. Receita - prescrição de medicamento, contendo orientação de uso
para o paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado.
6.68. Responsabilidade Técnica - é o ato de aplicação dos conhecimentos
técnicos e profissionais, cuja responsabilidade objetiva, está sujeita à san-
ções de natureza cível, penal e administrativa.
6.69. Sal com reduzido teor de sódio - pode conter no máximo 60% de
teor de sódio no produto final.
6.70. Sal para dieta com restrição de sódio - pode conter no máximo 20%
de teor de sódio no produto final.
6.71. Serviços Farmacêuticos - serviços de atenção à saúde prestados
pelo farmacêutico.
6.72. Sucedâneas do sal (sal hipossódico) - é produto elaborado a partir
da mistura de cloreto de sódio com outros sais, com poder salgante seme-

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lhante ao sal de mesa, pode conter no máximo 50% do teor de sódio do clo-
reto de sódio.
6.73. Supervisão farmacêutica - constitui a supervisão, no estabelecimento,
efetuada pelo farmacêutico responsável técnico ou seu farmacêutico substituto.
6.74. Suplementos vitamínicos e/ou minerais - são alimentos que servem
para complementar a dieta diária de uma pessoa, em casos onde sua inges-
tão, a partir da alimentação seja insuficiente, ou quando a dieta requer suple-
mentação. Devem conter no mínimo 25% e no máximo até 100% da ingestão
diária recomendada (IDR), na porção indicada pelo fabricante, não podendo
substituir os alimentos, nem serem considerados como dieta exclusiva.

CAPÍTULO II
DA DIREÇÃO, RESPONSABILIDADE E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Art. 7º Toda a farmácia ou drogaria contará obrigatoriamente, com profis-


sional farmacêutico responsável, que efetiva e permanentemente assuma e
exerça a sua direção técnica, sem prejuízo de mantença de farmacêutico
substituto, para atendimento às exigências de lei.
Art. 8º Nos requerimentos para registro de empresas e de seus estabe-
lecimentos de dispensação deverá ser indicado, pelo representante legal, o
horário de funcionamento do estabelecimento.
§ 1º Os estabelecimentos de que trata este artigo contarão obrigatoria-
mente com a presença e assistência técnica de tantos farmacêuticos quantos
forem necessários para cobrir todo o seu horário de funcionamento.
§ 2º Além do farmacêutico que presta a assistência e a direção técnica, o
estabelecimento poderá manter outro farmacêutico substituto para prestar a
assistência e responder tecnicamente na ausência do efetivo.
Art. 9º Será afixado em lugar visível ao público, dentro da farmácia ou
drogaria, o Certificado de Regularidade Técnica emitido pelo Conselho Regio-
nal da respectiva jurisdição, indicando o nome, função e o horário de assistên-
cia de cada farmacêutico e o horário de funcionamento do estabelecimento.

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Parágrafo único. O Certificado de Regularidade Técnica é a prova da habi-


litação legal que o farmacêutico está apto para exercer a direção técnica pelo
estabelecimento, sem prejuízo dos termos dos artigos 19 a 21 da Lei Federal
n. 3.820/60.
Art. 10. O farmacêutico que exerce a direção técnica é o principal respon-
sável pelo funcionamento do estabelecimento farmacêutico de que trata a Lei
n. 5.991/73 e terá obrigatoriamente sob sua responsabilidade a supervisão e
coordenação de todos os serviços técnicos do estabelecimento que a ele ficam
subordinados hierarquicamente.
Parágrafo único. A designação da função de diretor técnico deverá ser
requerida ao Conselho Regional de Farmácia para a devida anotação, com a
informação de seu horário de trabalho.
Art. 11. Ocorrida, por qualquer motivo, a rescisão contratual e/ou baixa
de assistência técnica ou afastamento temporário de qualquer do(s) farma-
cêutico(s) da empresa a que se refere o artigo 2º, parágrafo 1º, esta terá o
prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da ciência, conforme determina
o artigo 17 da Lei n. 5.991/73, para regularizar-se, sob pena de incorrer em
infração ao artigo 24, da Lei n. 3.820/60.
Parágrafo único. Decorrido o prazo indicado neste artigo e não se efetivan-
do a substituição do (s) farmacêutico(s) pela assistência técnica em seu ho-
rário de trabalho, implicará na autuação do estabelecimento além das demais
sanções cabíveis e nas medidas judiciais pertinentes.
Art. 12. O farmacêutico que tiver necessidade de afastar-se da farmácia
ou drogaria só poderá fazê-lo após a comunicação por escrito ao Conselho Re-
gional respectivo, cabendo ao estabelecimento providenciar um farmacêutico
substituto para exercer suas funções durante todo o tempo de afastamento
do titular, caso o afastamento seja superior a 30 (trinta) dias.
Art. 13 Qualquer alteração quanto à direção técnica e/ou responsabilida-
de profissional e assistência técnica dos estabelecimentos, implicará a cadu-
cidade do Certificado de Regularidade.

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Parágrafo único. Qualquer alteração nos horários de assistência técnica


dos farmacêuticos dos estabelecimentos de que trata o artigo 1º deverá ser
comunicada ao Conselho Regional de Farmácia.
Art. 14. Ao requerer a assistência técnica e o exercício da direção técnica
pelo estabelecimento, o farmacêutico deverá declarar junto ao Conselho Re-
gional de Farmácia da jurisdição, que tem meios de prestar a assistência e a
direção técnica com disponibilidade de horário.
Parágrafo único. A informação falsa ou a não declaração de outras ativida-
des em horário proposto de assistência técnica perante o Conselho Regional,
pelo farmacêutico, implicará sanções disciplinares sem prejuízo das ações
civis e penais pertinentes, nos termos da lei.
Art. 15. O Certificado de Regularidade concedido aos estabelecimentos
farmacêuticos poderão ser revistos a qualquer tempo pelo Conselho Regional
que o expediu.
Art. 16 O diretor técnico e/ou seus substitutos responderão disciplinar-
mente caso os representantes legais do estabelecimento tentem obstar, ne-
gar ou dificultar o acesso dos fiscais do Conselho Regional de farmácia às
dependências dos mesmos com o objetivo de realizar inspeção do exercício
da profissão farmacêutica.
§ 1º Em caso de intransigência do representante legal e constatada a de-
fesa do diretor técnico em favor da inspeção, o fiscal deverá buscar medidas
legais a fim de garantir a sua atividade.
§ 2º A recusa ou a imposição de dificuldade à inspeção do exercício profis-
sional, pelo diretor técnico, implicará em sanções previstas na Lei n. 3.820,
de 11 de novembro de 1960 ou nos atos dela decorrentes e nas medidas ju-
diciais cabíveis, nos termos da lei.
Art. 17. A responsabilidade profissional e a assistência técnica são inde-
legáveis e obriga o(s) farmacêutico(s) a participação efetiva e pessoal nos
trabalhos a seu cargo.

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Art. 18 Cabe exclusivamente ao farmacêutico diretor técnico representar


a empresa e/ou estabelecimento em todos os aspectos técnico - científicos.
Art. 19. São atribuições dos farmacêuticos que respondem pela direção
técnica da farmácia ou drogaria, respeitada as suas peculiaridades:
I – Assumir a responsabilidade pela execução de todos os atos farma-
cêuticos praticados na farmácia, cumprindo-lhe respeitar e fazer respeitar as
normas referentes ao exercício da profissão farmacêutica;
II – Fazer com que sejam prestados ao público esclarecimentos quanto
ao modo de utilização dos medicamentos, nomeadamente de medicamentos
que tenham efeitos colaterais indesejáveis ou alterem as funções nervosas
superiores;
III – Manter os medicamentos e substâncias medicamentosas em bom
estado de conservação, de modo a serem fornecidos nas devidas condições
de pureza e eficiência;
IV – Garantir que na farmácia sejam mantidas boas condições de higiene
e segurança;
V – Manter e fazer cumprir o sigilo profissional;
VI – Manter os livros de substâncias sujeitas a regime de controle especial
em ordem e assinados, demais livros e documentos previstos na legislação
vigente;
VII – Garantir a seleção de produtos farmacêuticos na intercambialidade,
no caso de prescrição pelo nome genérico do medicamento;
VIII – Assegurar condições para o cumprimento das atribuições gerais de
todos envolvidos, visando prioritariamente a qualidade, eficácia e segurança
do produto;
IX – Favorecer e incentivar programas de educação continuada para todos
os envolvidos nas atividades realizadas na farmácia;
XII – Gerenciar aspectos técnico-administrativos de todas atividades;
XIII – Assegurar a atualização dos conhecimentos técnico-científicos e sua
aplicação;

71
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XII – Garantir a qualidade dos procedimentos de manipulação.


XIII – Prestar a sua colaboração ao Conselho Federal e Conselho Regional
de Farmácia de sua jurisdição e autoridades sanitárias;
XII – Informar as autoridades sanitárias e o Conselho Regional de Farmá-
cia sobre as irregularidades detectadas em medicamentos no estabelecimen-
to sob sua direção técnica;
XIII – Manter os medicamentos e demais produtos sob sua guarda com
controle de estoque que garanta no mínimo o reconhecimento do lote e do
distribuidor;
XIV – Realizar treinamento aos auxiliares onde constem por escrito suas
atividades, direitos e deveres compatíveis com a hierarquia técnica.
Parágrafo único. Todos os farmacêuticos respondem solidariamente pelos
itens constantes neste artigo.

CAPÍTULO III
DA DISPENSAÇÃO

Seção I
Dos Medicamentos Prescritos

Art. 20. A presença e atuação do farmacêutico é requisito essencial para


a dispensação de medicamentos aos pacientes, cuja atribuição é indelegável,
não podendo ser exercida por mandato nem representação.
§ 1º É obrigatório o uso de cartão e/ou crachá de identificação do farma-
cêutico, expedido pelo Conselho Regional de Farmácia da jurisdição.
§ 2º O cartão de identificação do farmacêutico deve conter em destaque a
palavra “FARMACÊUTICO (A)” e atender os seguintes requisitos: nome, foto-
grafia 3 x 4, registro no CRF, n. da identidade civil e função exercida.
Art. 21. O farmacêutico é responsável pela avaliação farmacêutica do re-
ceituário e somente será aviada/dispensada a receita que:

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I – Estiver escrita a tinta, em português, em letra de forma, clara e legível,


observada a nomenclatura oficial dos medicamentos e o sistema de pesos e me-
didas oficiais do Brasil. A datilografia ou impressão por computador é aceitável;
II – Contiver o nome e o endereço residencial do paciente;
III – Contiver a forma farmacêutica, posologia, apresentação, método de
administração e duração do tratamento;
IV – Contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consultó-
rio e o número de inscrição no respectivo Conselho Profissional. A prescrição
deve ser assinada claramente e acompanhada do carimbo, permitindo iden-
tificar o profissional em caso de necessidade.
V – A prescrição não deve conter rasuras e emendas.
Parágrafo único. Deve-se observar o receituário específico e a notificação
de receita para a dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial.
Art. 22. Não poderão ser aviadas receitas ilegíveis e/ou que possam indu-
zir a erro ou troca na dispensação dos medicamentos ou que se apresentem
em código (sob siglas, números, etc.);
Art. 23 Na interpretação do receituário deve o farmacêutico fazê-lo com
fundamento nos seguintes aspectos:
I – Aspectos terapêuticos (farmacêuticos e farmacológicos)
II – Adequação ao indivíduo;
III – Contra-indicações e interações;
IV – Aspectos legais, sociais e econômicos
V – Parágrafo único. Em havendo necessidade, o farmacêutico deve entrar
em contato com o profissional prescritor para esclarecer eventuais problemas
que tenha detectado.
Art. 24. Quando a dosagem ou posologia dos medicamentos prescritos
ultrapassar os limites farmacológicos, ou a prescrição apresentar incompa-
tibilidade ou interação potencialmente perigosa com demais medicamentos
prescritos ou de uso do paciente, o farmacêutico exigirá confirmação expres-
sa ao profissional que prescreveu;

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§ 1º Na ausência ou negativa da confirmação, o farmacêutico não pode


aviar e/ou dispensar os medicamentos prescritos ao paciente, expostos os
seus motivos por escrito, com nome legível, n. do CRF e assinatura em duas
vias, sendo 01 (uma) via entregue ao paciente e outra arquivada no estabe-
lecimento farmacêutico com assinatura do paciente;
§ 2º pode ser transcrito no verso da prescrição devolvida ao paciente os
motivos expostos;
§ 3º o farmacêutico pode enviar cópia de sua via ao Conselho Regional de
Farmácia respectivo para análise e encaminhamento ao Conselho do profis-
sional prescritor.
Art. 25. Na obtenção e dispensação do medicamento prescrito devem ser
desenvolvidas as seguintes ações pelo farmacêutico:
I – Seleção do medicamento em função de racionalidade de farmacoterapia;
II – Seleção de fornecedores de medicamentos e outros produtos para a saúde
III – Preparação e garantia de qualidade das preparações extemporâneas/
manipuladas;
Art. 26. No ato de dispensação ao paciente, o farmacêutico deve assegu-
rar as condições de estabilidade do medicamento e ainda verificar o estado da
embalagem e o prazo de validade.
Art. 27 Deve o farmacêutico notificar a ocorrência de reações adversas,
de interações medicamentosas e qualquer desvio de qualidade e/ou irregula-
ridade a medicamentos e produtos dispensados no estabelecimento às auto-
ridades competentes, através de ficha apropriada;
Art. 28. É vedado ao farmacêutico manter em estoque e dispensar ao
paciente medicamentos divulgados como amostras grátis, medicamentos do
SUS e medicamentos de uso exclusivo hospitalar;
Art. 29 É vedado a dispensação de medicamentos sujeitos a controle es-
pecial ao usuário, por meios eletrônicos.
Art. 30. É vedada a dispensação de medicamentos ao público pelo siste-
ma de auto-atendimento.

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Art. 31. O farmacêutico deve explicar clara e detalhadamente ao paciente


o benefício do tratamento, conferindo-se a sua perfeita compreensão, ado-
tando os seguintes procedimentos:
I – O farmacêutico deve fornecer toda a informação necessária para o uso
correto, seguro e eficaz dos medicamentos de acordo com as necessidades
individuais do usuário.
II – Além da informação oral, as orientações prestadas pelo farmacêutico
podem ser reforçadas por escrito ou com material de apoio adequado.
III – As contra-indicações, interações e possíveis efeitos secundários do
medicamento devem ser explicados no momento da dispensação.
IV – O farmacêutico deve procurar os meios adequados para ficar ciente
de que o paciente não tem dúvidas sobre o modo de ação dos medicamentos,
a forma de usar (como, quando e quanto), a duração do tratamento, possí-
veis efeitos adversos e precauções especiais.
Art. 32. É recomendável que o farmacêutico estabeleça os procedimentos
para acompanhamento da adesão e do efeito dos tratamentos prescritos.
Art. 33 A documentação e o registro das atividades profissionais do far-
macêutico é uma forma de permitir rápido acesso à informação.
I – O farmacêutico deve registrar todas as ações profissionais que possam
requerer confirmação no futuro.
II – Deverão ser mantidos registros atualizados das prescrições de medi-
camentos que exigem controle e de outras em que são obrigatórias por lei ou
por exigência dos organismos profissionais.
III – A origem do fornecimento de um medicamento genérico à farmácia
deve ser rapidamente acessível, bem como a sua disponibilidade.
IV – Qualquer advertência ou precaução emitidas pelos organismos profis-
sionais ou autoridades oficiais relativamente a medicamentos ou legislação
farmacêutica deve ser registrada e aplicada imediatamente.

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Seção II
Dos Medicamentos Genéricos

Art. 34. É dever dos farmacêuticos responsáveis técnicos por farmácia e


drogaria:
I – Esclarecer ao usuário sobre a existência do medicamento genérico,
substituindo, se for o caso, o medicamento prescrito exclusivamente pelo
medicamento genérico correspondente, salvo restrições expressas de próprio
punho consignadas no documento pelo profissional prescritor.
II – Indicar, no verso da prescrição a substituição realizada, citando o
nome genérico do medicamento e a indústria produtora, apondo o carimbo
que conste seu nome e número de inscrição no CRF, local e data, assinando
a declaração;
III – No ato da dispensação explicar detalhadamente ao paciente sobre a
utilização do medicamento, fornecendo toda a orientação necessária ao seu
consumo racional;
III – Informar ao paciente e ao prescritor sobre a existência ou não de
medicamentos genérico, diferenciando-os dos similares;
§ 1º O farmacêutico não deverá indicar ou dispensar medicamentos simi-
lares em substituição à prescrição dos medicamentos genéricos, registrados
e comercializados, mesmo que não possua genéricos em estoque;
§ 2º Se o paciente deseja a substituição do medicamento de marca pres-
crito por um similar, o farmacêutico deverá entrar em contato com o pres-
critor sobre a viabilidade da substituição, informando sobre o volume ou a
quantidade do similar, seus dados de biodisponibilidade, indicando no verso
da receita o procedimento e a autorização do prescritor.
Art. 35. Os estabelecimentos ficam obrigados a manter à disposição dos
consumidores lista atualizada dos medicamentos genéricos, conforme rela-
ção publicada mensalmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária no
Diário Oficial.

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§ 1º A relação dos medicamentos genéricos deve ser exposta nos estabe-


lecimentos de dispensação de medicamentos em local de fácil visualização,
de modo a permitir imediata identificação pelos consumidores.
§ 2º Na dispensação de medicamentos genéricos de fármacos idênticos os
profissionais farmacêuticos deverão ofertar mais de uma alternativa dos me-
dicamentos genéricos cuja compra foi solicitada, a fim de possibilitar a esco-
lha por parte do usuário e prevenir que o fornecedor do produto se prevaleça
da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe marca de produto.

Seção III
Das Substâncias e/ou Medicamentos Sujeitos a Controle Especial

Art. 36. O farmacêutico deverá proceder o controle das substâncias e/


ou medicamentos sujeitos a controle especial, cumprindo as determinações
contidas em normativas do órgão de vigilância sanitária federal, estadual ou
municipal, quando houver.
Parágrafo único. Em caso do estabelecimento decidir pelo controle e emis-
são de relatórios pelo sistema informatizado, o mesmo será efetuado com a
concordância e sob a responsabilidade do farmacêutico diretor técnico, res-
peitando-se as normas sanitárias vigentes sobre a matéria.
Art. 37. A dispensação das substâncias e medicamentos sujeitos a con-
trole especial, deverá ser feita exclusivamente por farmacêutico, sendo ve-
dado a delegação de responsabilidade sobre a chave dos armários a outros
funcionários da farmácia que não sejam farmacêuticos.
Art. 38 O farmacêutico que manipular, fracionar e/ou dispensar subs-
tâncias e/ou medicamentos sujeitos a controle especial deverá escriturar e
manter no estabelecimento para efeito de fiscalização e controle, livros de
escrituração conforme discriminado a seguir:
a) Livro de Registro Específico para escrituração de substâncias e/ou me-
dicamentos sujeitos a controle especial;
b) Livro de Receituário Geral para prescrições magistrais.

77
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Art. 39. Os Livros de Receituário Geral e de Registro Específico deverão conter


Termos de Abertura e de Encerramento lavrados pela Autoridade Sanitária local.
Parágrafo único. Os livros a que se refere o caput deste artigo, poderão
ser elaborados através de sistema informatizado previamente avaliado pelo
farmacêutico e aprovado pela Autoridade Sanitária local.
Art. 40. Para a baixa da responsabilidade técnica, o farmacêutico deve
apresentar à autoridade sanitária local um levantamento do estoque das
substâncias sujeitas a controle especial e/ou dos medicamentos que as con-
tenham até seu último dia de trabalho naquele estabelecimento.
Art. 41 Na assunção da responsabilidade técnica pelo estabelecimento, o
farmacêutico deve identificar, datar e assinar o livro de registro geral e/ou es-
pecífico logo abaixo da assinatura do farmacêutico responsável técnico anterior.

Seção IV
Dos Medicamentos Manipulados

Art. 42. Na elaboração de medicamentos e insumos farmacêuticos serão


observadas as normas e condições estabelecidas na Farmacopeia Brasileira e
seus fascículos.
Art. 43 O farmacêutico é responsável pela manipulação e manutenção da
qualidade das preparações até a sua dispensação ao cliente, devendo orientar
e treinar os funcionários que realizam o seu transporte, quando for o caso.
Art. 44. A preparação das formulações envolve a avaliação farmacêutica
da prescrição, a manipulação, o controle de qualidade, a conservação e a dis-
pensação.
Art. 45 A avaliação farmacêutica das prescrições quanto à concentração,
compatibilidade físico-química e farmacológica dos componentes, dose e via de
administração, é de responsabilidade do farmacêutico e deve ser feita antes do
início da manipulação. Qualquer alteração na prescrição, que se fizer necessá-
ria, em função desta avaliação, deve ser discutida com o profissional prescritor.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 46. As alterações realizadas na prescrição, após contato com o pres-


critor, devem ser anotadas, datadas e assinadas pelo farmacêutico na receita
e a fórmula, devidamente corrigida, registrada no Livro de Receituário, po-
dendo este ser informatizado.
Art. 47 É vedado fazer alterações nas prescrições de medicamentos a
base de substâncias sujeitas a controle especial.
Art. 48. O farmacêutico pode transformar especialidade farmacêutica,
quando da indisponibilidade da matéria prima no mercado e na ausência da
especialidade na dose e concentração e ou forma farmacêutica compatíveis
com as condições clínicas do paciente, de forma a adequá-la à prescrição.
Art. 49 O farmacêutico deve assegurar a qualidade microbiológica, quí-
mica e física de todos os produtos manipulados, fracionados, reconstituídos,
diluídos, adicionados, misturados ou de alguma maneira manuseados antes
da sua dispensação.
Art. 50. É indispensável a supervisão farmacêutica em todo o processo
de obtenção dos produtos manipulados na farmácia, de modo a garantir ao
paciente um produto com qualidade.
Art. 51 São inerentes ao farmacêutico na manipulação as seguintes atri-
buições:
I – Conhecer, interpretar, cumprir e estabelecer condições para cumpri-
mento da legislação pertinente;
II – Especificar, selecionar, inspecionar e armazenar criteriosamente as
matérias-primas e materiais de embalagem necessários ao preparo dos pro-
dutos manipulados;
III – Assegurar que os rótulos ou etiquetas dos produtos manipulados conte-
nham todas as informações necessárias de acordo com a legislação específica;
IV – Assegurar que todas os rótulos ou etiquetas de advertência necessá-
rias venham auxiliar e garantir o uso correto do produto

79
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

V – Adquirir insumos de fabricantes/ fornecedores qualificados e asse-


gurar que a recepção da matéria-prima seja acompanhada de certificado de
análise emitido pelo fabricante/fornecedor;
VI – Estabelecer critérios e supervisionar o processo de aquisição;
VII – Avaliar a prescrição quanto à concentração e compatibilidade físico-
-química dos componentes, dose e via de administração;
VIII – Assegurar condições adequadas de manipulação, conservação, dis-
pensação e avaliação final do produto manipulado;
IX – Atender aos requisitos técnicos dos produtos manipulados;
X – Manter arquivo que pode ser informatizado ou não, de toda a docu-
mentação correspondente à preparação;
XI – Determinar o prazo de validade para cada produto manipulado;
XII – Participar de estudos para o desenvolvimento de novas preparações;
XIII – Participar, promover e registrar as atividades de treinamento ope-
racional e de educação continuada, garantindo a atualização dos seus cola-
boradores, bem como de todos os profissionais envolvidos na manipulação;
XIV – Manter atualizado o livro de receituário, podendo ser informatizado;
XV – Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos rela-
tivos aos aspectos operacionais da manipulação de produtos magistrais e oficinais;

Seção V
Das Preparações Homeopáticas

Art. 52. O farmacêutico diretor técnico da farmácia com manipulação de


preparações homeopáticas é obrigado a manter exemplar atualizado da Far-
macopeia Homeopática Brasileira nas dependências do estabelecimento.
Art. 53 Na manipulação de preparações homeopáticas serão observadas
as normas e condições estabelecidas na Farmacopeia Homeopática Brasileira
e/ou compêndios reconhecidos pelo Ministério da Saúde.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 54. São inerentes ao farmacêutico na manipulação de preparações


homeopáticas as seguintes atribuições:
I – Garantir a aquisição de materiais com qualidade assegurada;
II – Avaliar a prescrição quanto a sua nomenclatura, forma farmacêutica
e o grau de toxicidade;
III – Manipular e/ou supervisionar a formulação de acordo com o receitu-
ário, obedecendo os procedimentos adequados para que seja obtida a quali-
dade exigida;
IV – Aprovar e supervisionar os procedimentos relativos às operações de
preparação e garantir a implementação dos mesmos;
V – Garantir que seja realizado treinamento específico, inicial e contínuo dos
funcionários e que os mesmos sejam adaptados conforme as necessidades;
VI – Assegurar que os rótulos dos produtos manipulados apresentem, de
maneira clara e precisa, todas as informações exigidas pela legislação espe-
cífica a fim de auxiliar e garantir o uso correto do produto;
VII – Preparar isoterápicos provenientes de especialidades farmacêuticas;
VIII – Preparar isoterápicos provenientes de medicamentos e/ou substân-
cias sujeitos a controle especial

Seção VI
Dos Medicamentos Não Prescritos.

Art. 55. A automedicação responsável é responsabilidade do farmacêutico


relativamente a cada patologia que possa ser objeto de sua intervenção no
processo saúde-doença.
I – O farmacêutico deve promover ações de informação e educação sani-
tária dirigidas ao consumidor ou doente de modo que relativamente aos me-
dicamentos se possa fazer uma opção e não um abuso;
II – O farmacêutico deverá desenvolver ações na seleção e dispensação de
medicamentos não prescritos.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 56. A avaliação das necessidades na automedicação responsável pe-


los usuário deve ser efetuada com base no interesse dos que são beneficiários
dos serviços prestados pelo farmacêutico.
I – O farmacêutico deve avaliar as necessidades do usuário através da
análise dos sintomas e das características individuais para decidir correta-
mente sobre o problema específico de cada paciente.
II – O farmacêutico deve avaliar se os sintomas podem ou não estar associa-
dos a uma patologia grave e em sua ocorrência recomendar a assistência médica.
III – No caso de patologias menores, deverão ser dados conselhos ade-
quados ao usuário, só devendo ser-lhe dispensados os medicamentos em
caso de absoluta necessidade.
Art. 57. A seleção para a dispensação de medicamentos não sujeitos a
prescrição deve ser realizada em função do perfil farmacológico.
a) O farmacêutico na dispensação de medicamentos não sujeitos a pres-
crição, deve ter em conta a sua qualidade, eficácia e segurança, bem como,
as vantagens e desvantagens de certas formulações específicas na seleção de
medicamentos.
b) Na dispensação de um medicamento não sujeito a prescrição, o farma-
cêutico deve estar ciente de que o usuário não apresenta dúvidas a respeito
dos seguintes aspectos:
I – O modo de ação do medicamento;
II – A forma como deve ser tomado (como, quando, quanto);
III – A duração do tratamento;
IV – Possíveis reações adversas, contra-indicações e interações;
Art. 58. A seleção para a dispensação de medicamentos não sujeitos a
prescrição deve ser realizada em função do perfil do usuário, atendidos os
seguintes requisitos:
a) O farmacêutico deve avaliar a eficácia do produto em estreita colabo-
ração com o usuário;

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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

b) A orientação farmacêutica deve levar em consideração situações espe-


ciais relativas ao perfil do doente: gravidez, aleitamento materno, pediatria e
doentes idosos, alertando para eventuais riscos decorrentes do estado fisio-
lógico ou patológico de cada usuário;
c) O farmacêutico deve orientar o usuário a recorrer a uma consulta mé-
dica se os sintomas persistirem além de um período determinado;

Seção VII
Dos Medicamentos Fitorerápicos

Art. 59. É atribuição privativa do farmacêutico a dispensação de plantas


de aplicações terapêuticas.
Art. 60 O farmacêutico somente poderá dispensar plantas medicinais em
farmácias e ervanárias devidamente legalizadas perante o órgão sanitário
competente e o Conselho Regional de Farmácia da Jurisdição.
Art. 61. A dispensação de plantas medicinais somente poderá ser efetu-
ada pelo farmacêutico em farmácias e ervanarias, desde que observados os
seguintes requisitos:
a) Se verificado o acondicionamento adequado;
b) Se indicada a classificação botânica correspondente no acondicionamen-
to, que deve ser aposta em etiqueta ou impresso na respectiva embalagem.
Art. 62. Apenas poderão ser dispensadas pelo farmacêutico, os medi-
camentos fitoterápico que obedeçam aos padrões de qualidade oficialmente
reconhecidos pelo órgão sanitário federal competente.
Art. 63 As plantas dispensadas sob classificação botânica falsa, bem como
as desprovidas de ação terapêutica e entregues ao consumo com o mesmo
nome vulgar de outras terapêuticas ativas, constitui infração ética, sendo os
infratores exemplarmente punidos, quando constatados produtos alterados
ou falsificados.

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CAPÍTULO IV
PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO

Art. 64. O farmacêutico deverá estar em condições de instrumentalizar


procedimentos adequados que propiciem a construção do perfil farmacotera-
pêutico dos pacientes que acorram à farmácia.
Art. 65 O perfil farmacoterapêutico de um paciente é o registro cronológi-
co da informação relacionada com o consumo de medicamentos, permitindo
ao farmacêutico realizar o acompanhamento de cada paciente para garantir o
uso seguro e eficaz dos medicamentos.
Parágrafo único. O perfil farmacoterapêutico de um paciente inclui os me-
dicamentos prescritos ou não, o consumo de plantas medicinais, os regimes
dietéticos, o consumo de bebidas (álcool, café, chá e outras), reação adversas
ou hipersensibilidade a certos medicamentos e demais fatores que podem
alterar a relação paciente - medicamento.
Art. 66. A confecção da ficha do perfil farmacoterapêutico e o acompa-
nhamento do paciente permite ao farmacêutico:
I – Relacionar os problemas do paciente com a administração dos medi-
camentos;
II – Controlar o cumprimento da prescrição;
III – Relacionar a ingestão alimentar com os medicamentos e os horários
de administração;
IV – Dar informação ao paciente sobre os medicamentos prescritos refe-
rindo-se aos seguintes aspectos:
a) modo de empregar os medicamentos;
b) necessidade de respeitar os horários de administração;
c) importância de duração do tratamento;
d) necessidade de alterar hábitos dietéticos ou bebidas (álcool, café, chá
e outros) que prejudiquem o tratamento terapêutico.

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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 67. O farmacêutico no estabelecimento de critérios de seleção dos pa-


cientes para fazer a ficha do perfil farmacoterapêutico deve incluir aqueles que:
I – Apresentam sinais ou sintomas que sugerem problemas relacionados
com os medicamentos: reações adversas a medicamentos ou resposta tera-
pêutica inadequada;
II – Recebem medicamentos com uma estreita margem entre a ação te-
rapêutica e tóxica, que podem requerer a monitorização da concentração no
sangues;
III – Consomem muitas medicamentos ou padecem de várias enfermidades;
IV – São psiquiátricos ou idosos que recebem um grande número de medi-
camentos e que com elevada frequência apresentam problemas relacionados
com a medicação.
Art. 68. O farmacêutico ao elaborar a ficha do perfil farmacoterapêutico
deve incluir os seguintes dados:
I – Identificação do paciente
II – Dados clínico - patológicos:
a) Regimes dietéticos;
b) Consumo frequente de bebidas alcoólicas, fumo e consumo de bebidas
com cafeína e outras;
c) Alergias a medicamentos ou alimentos;
d) Doenças crônicas;
e) Tratamento medicamentoso atual e do passado
III – Medicamentos prescritos:
a) Nome genérico, concentração, forma farmacêutica, via de administra-
ção, quantidade e indicações
b) Nome dos prescritores;
c) Registro de reações adversas a medicamentos.
IV – Cumprimento dos tratamentos

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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 69. A farmácia deve dispor de local adequado que assegure a priva-
cidade necessária para a entrevista do farmacêutico com o paciente e a ga-
rantia do sigilo profissional.
Art. 70 O farmacêutico deve estar em condição de identificar os medica-
mentos que possam provocar reações adversas e enfermidades induzidas por
fármacos e comunicá-las ao órgão sanitário competente das localidade em
que exerçam a atividade profissional.

CAPÍTULO V
DO FRACIONAMENTO DE MEDICAMENTOS

Art. 71. O fracionamento de medicamentos será efetuado pelo farmacêu-


tico, observadas as seguintes exigências e condições:
I – Será realizado apenas na farmácia e sob a responsabilidade e assistên-
cia do farmacêutico;
II – O fracionamento se efetuará na quantidade que atenda a prescrição;
III – O fracionamento será feito, a partir da embalagem original, para a
unidade comprimido, drágea, supositório, flaconete, ou ampola;
IV – Outra formulação líquida não se poderá fracionar; sua unidade será
a embalagem original;
V – A embalagem para medicamento fracionado deverá ser adequada às
normas de conservação do produto;
V – Junto com o medicamento fracionado deverá seguir as informações sobre:
a) o seu nome genérico e de marca;
b) a concentração da unidade básica referente ao genérico;
c) o número do lote de sua fabricação;
d) o seu prazo de validade;
e) o nome da empresa que o produziu;
f) o nome do farmacêutico responsável técnico pela farmácia e o seu nú-
mero de inscrição no Conselho Regional de Farmácia da jurisdição;

86
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

VII – O fracionamento de medicamento será da inteira responsabilidade


do farmacêutico que deverá obedecer as normas de farmacotécnica de modo
a preservar a qualidade, segurança e eficácia do medicamento

CAPÍTULO VI
DO ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO DO MEDICAMENTO

Art. 72. O armazenamento e a conservação de medicamentos é atribuição


e responsabilidade do farmacêutico para os quais deve atender os seguintes
requisitos:
I – Se as condições de transporte foram compatíveis com as condições de
armazenamento necessárias aos medicamentos e produtos;
II – Os medicamentos e produtos devem estar acompanhados dos respec-
tivos prazos de validade, número do lote, número de registro no Ministério da
Saúde, bem como se apresentarem com composição especificada e embala-
gens, bulas e rótulos íntegros;
III – É vedado a colocação de etiquetas com novos prazos de validade e/
ou número de lote sobre o prazo de validade e/ou número de lote na embala-
gem original, bem como a dispensação ao público de produtos e medicamen-
tos com o prazo de validade expirado;
IV – Todos os produtos e medicamentos que apresentem problemas e/ou
irregularidades devem ser retirados da área de dispensação ao público e co-
municado ao Serviço de Vigilância Sanitária para as providências cabíveis, em
especial aos relacionados para interdição cautelar e/ ou inutilização;
V – Os medicamentos e produtos que necessitarem de guarda em baixa
temperatura deverão estar acondicionados em geladeira ou congelador con-
forme a especificação;

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

CAPÍTULO VII
DOS ALIMENTOS

Art. 73. O farmacêutico poderá dispensar as seguintes categorias de ali-


mentos:
I – Os alimentos para fins especiais, regulamentados por legislação espe-
cífica vigente, abaixo especificados:
a) Alimentos para dietas com restrição de nutrientes:
a.1. Alimentos com restrição de carboidratos (adoçantes dietéticos e isen-
tos de açúcares);
a.2. Alimentos para dietas com restrição de gorduras;
a.3. Alimentos para dietas com restrição de proteínas (fenilcetonúria);
a.4. Alimentos para dietas com restrição de sódio;
b) Alimentos para ingestão controlada de nutrientes:
b.1. Alimentos para controle de peso;
b.2. Alimentos para praticantes de atividades físicas;
b.3. Alimentos para dietas de nutrição enteral;
b.4. Alimentos para dietas de ingestão controlada de açúcares;
c) Alimentos para grupos populacionais específicos:
c.1. Alimentos para lactentes, sucedâneos do leite materno (leite em pó
modificado / leite em pó integral);
c.2. Complementos alimentares para gestantes e nutrizes;
c.3. Alimentos para idosos;
d) Outros alimentos específicos:
d.1. Suplementos vitamínicos e/ou minerais;
d.2. Sucedâneos do Sal (sal hiposódico);
d.3. Alimentos ricos em fibras;
d.4. Alimentos funcionais;
d.5. Mel e derivados;
d.6. Chás aromáticos;
d.7. Reconstituidores da flora intestinal liofilizados;

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 1º O farmacêutico diretor técnico não poderá permitir a dispensação nas


farmácias e drogarias dos seguintes alimentos:
I – Alimentos convencionais e bebidas em geral, “in natura” e/ou indus-
trializados;
II – Refrigerantes dietéticos;
III – Leites pasteurizados, esterilizados, e outros derivados do leite na
forma líquida;
IV – Alimentos para fins especiais não incluídos na Lei de Vigilância Sanitária;
V – Alimentos convencionais modificados classificados como: baixo teor,
reduzido teor, alto teor, fonte de, ou low, light, rich or high, source.
§ 2º Deverão ser observados os seguintes procedimentos quanto a guarda
e dispensação dos alimentos facultados pela legislação:
I – Os alimentos devem ter registro no Ministério competente;
II – Devem estar separados dos demais produtos e medicamentos;
III – Os produtos devem obedecer a rotulagem da legislação específica;
IV – Devem estar em unidades pré-embaladas sendo vedado o seu fracio-
namento;
V – Os consumidores devem ser orientados quanto as diferenças, indica-
ções e riscos do uso destes alimentos.

CAPÍTULO VIII
DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS

Art. 74. O farmacêutico poderá prestar serviços obedecidas as Legisla-


ções Federal, Estadual e Municipal quando houver.
Art. 75 A presença do farmacêutico é indispensável à realização dos serviços.
Art. 76. A autorização expressa ao auxiliar ou profissional habilitado e a
manutenção de treinamentos periódicos, definição de procedimentos ope-
racionais padrões e seu aperfeiçoamento é condicional para o farmacêutico
prestar os serviços desejados no estabelecimento.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 77 O farmacêutico deverá exibir em lugar visível nome, endereço e


telefone dos estabelecimentos hospitalares mais próximos para atendimento
de emergência aos pacientes que necessitarem de tratamento hospitalar e/
ou ambulatorial.

Seção I
Da Aplicação de Injetáveis

Art. 78. É atribuição do farmacêutico, na farmácia e drogaria, a prestação


do serviço de aplicação de injetáveis desde que o estabelecimento possua
local devidamente aparelhado, em condições técnicas higiênicas e sanitárias
nos termos estabelecidos pelo órgão competente da Secretaria de Saúde;
Art. 79 Os medicamentos só devem ser administrados mediante prescri-
ção de profissional habilitado;
Art. 80. As injeções realizadas nas farmácias ou drogarias, só poderão ser
ministradas pelo farmacêutico ou por profissional habilitado com autorização
expressa do farmacêutico diretor técnico pela farmácia ou drogaria, preenchi-
das as exigências legais;
Parágrafo único. A presença e/ou supervisão do profissional farmacêutico
é condição e requisito essencial para aplicação de medicamentos injetáveis
aos pacientes;
Art. 81. A responsabilidade técnica referida no caput do artigo anterior
caracteriza-se, além da aplicação de conhecimentos técnicos, por assistência
técnica, completa autonomia técnico-científica, conduta elevada que se en-
quadra dentro dos padrões éticos que norteiam a profissão e atendimento,
como parte diretamente responsável às autoridades sanitárias profissionais;
Art. 82. O farmacêutico responsável técnico deverá possuir um livro de
receituário destinado aos registros das injeções efetuadas;

90
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 83 na aplicação dos medicamentos injetáveis não poderão existir dú-


vidas quanto a qualidade do produto a ser administrado e caso o medicamento
apresentar características diferenciadas como cor, odor, turvação ou presença
de corpo estranho no interior do medicamento, o mesmo não deverá ser ad-
ministrado, devendo o profissional notificar os serviços de Vigilância Sanitária;

Seção II
Dos Pequenos Curativos

Art. 84 é facultado ao farmacêutico, a realização de pequenos curativos,


desde que atendidas as normas supletivas do órgão sanitário competente dos
Estados e Municípios e as condições abaixo:
I – Presença de cadeira ou poltrona de material liso, resistente e lavável;
II – Armário de material liso, resistente, de fácil limpeza e desinfecção
para o preparo e armazenamento de materiais;
III – Local independente das salas de aplicação e inalação;
IV – Presença de estojo ou armário com material de primeiros socorros e
emergências, dotado no mínimo de:
a) anti-sépticos para ferimentos contaminados;
b) soluções estéreis de soro fisiológico ou água destilada para a lavagem
de feridas;
c) luvas e gazes estéreis;
d) algodão e esparadrapo
e) espátulas descartáveis e outros conforme a necessidade;
Parágrafo único. todo o material supra citado deverá ser descartável, sen-
do proibido o seu reaproveitamento.
Art. 85. Na realização dos curativos deverão ser seguidas as técnicas de
biossegurança preconizadas pelo órgão federal competente.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 86. Só poderão ser realizados pequenos curativos, na ausência de


sangramento arterial, onde não haja a necessidade de realização de suturas
ou procedimentos mais complexos.
Art. 87 É vedada a realização de curativos nos casos de haver infecção
profunda ou abcesso, nos casos de mordidas de animais, perfurações pro-
fundas, retiradas de pontos, curativos na região ocular, ouvido, lavagem de
ouvido, e outros procedimentos que necessitam atendimento ambulatorial ou
hospitalar, devendo estes casos serem prontamente encaminhados à unidade
ambulatorial ou hospitalar mais próxima.

Seção III
Da Nebulização e/ou Inalação

Art. 88 os medicamentos só devem ser administrados mediante prescri-


ção;
Art. 89 o local de nebulização e/ou inalação deve oferecer condições téc-
nicas, higiênicas e sanitárias adequadas.
Art. 90. Os procedimentos realizados deverão ser registrados em livro
específico, segundo normas sanitárias vigentes.

Seção IV
Da Verificação de Temperatura e Pressão Arterial

Art. 91. É facultado ao farmacêutico, para serviço de verificação de tem-


peratura e pressão arterial, a manutenção de aparelhos como: termôme-
tro, estetoscópio e esfignomanômetro ou aparelhos eletrônicos, ficando ditos
aparelhos sob sua responsabilidade.
Parágrafo único: No exercício das disposições do caput deste artigo,
quando em acompanhamento de pacientes hipertensos, serão observadas os
seguintes procedimentos:

92
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

a) É vedada a utilização de procedimentos técnicos para indicação ou pres-


crição de medicamentos;
b) Os aparelhos de verificação de pressão arterial devem ser aferidos
anualmente ou quando necessário, por instituição oficial (Selo do INMETRO,
IPEM) ou assistência técnica autorizada.
c) Devem ser seguidas as técnicas preconizadas para verificação de pres-
são arterial e temperatura;
d) Na observação de alterações significativas na temperatura e pressão
dos pacientes, os mesmos devem ser encaminhados ao serviço de saúde mais
próximo para a devida assistência médica;
e) As verificações de pressão arterial devem ser registradas em ficha e/ou
carteira de hipertenso do paciente caso o mesmo possua;
f) Os registros, citados no item anterior, devem ser fornecidos ao profis-
sional que assiste o paciente mediante solicitação do mesmo e autorização
do paciente;
g) Deverá haver próximo ao local onde é verificada a pressão, cartaz com
os seguintes dizeres: “ISTO NÃO É UMA CONSULTA MÉDICA, NÃO SE AU- TO-
MEDIQUE E NÃO ACEITE INDICAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA REGULAÇÃO
DE PRESSÃO ARTERIAL. CONSULTE O SEU MÉDICO!”.

Seção V
Da Determinação de Parâmetros Bioquímicos e Fisiológicos

Art. 92. O farmacêutico, no âmbito da farmácia, poderá desenvolver ati-


vidades de determinação dos parâmetros bioquímicos e fisiológicos dos usu-
ários como forma de contribuição para a melhoria do nível de saúde da co-
munidade.
Art. 93 Para a determinação dos parâmetros bioquímicos e fisiológicos
deverão ser estabelecidos protocolos relativos ao registro de resultado dos
teste e que permitam a validação da qualidade dos métodos e instrumentos
usados para o rasteio.

93
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 94. No caso de detecção de qualquer anormalidade nos parâmetros


bioquímicos e fisiológicos deve o paciente ser aconselhado ao atendimento
hospitalar ou ambulatorial adequado.

Seção VI
Da Colocação de Brincos

Art. 95. Será permitido ao farmacêutico a colocação de brincos, obser-


vadas as condições de assepsia, desinfecção e existência de equipamento
adequado para este fim.
Art. 96 Na colocação de brincos o farmacêutico deverá observar as condi-
ções estabelecidas abaixo:
I – Deverá ser feita com aparelho próprio para colocação de brincos, na
sala de aplicações de injetáveis;
II – A colocação deverá ser feita pelo farmacêutico, ou profissional sob sua
supervisão, observadas as condições de assepsia das mãos e bioproteção;
III – Perfeita condição de anti-sepsia dos locais de colocação de brinco,
através de fricção de algodão embebido com anti-séptico recomendado pelo
Ministério da Saúde;
IV – O aparelho de colocação de brincos deve estar perfeitamente desin-
fetado, conforme as normas preconizadas pelo Ministério da Saúde;
V – Só poderá haver a colocação de brincos acondicionados em embala-
gens estéreis, visando a proteção ao consumidor;
VI – É vedada a utilização de agulhas de aplicação de injeção, agulhas de
suturas, e outros objetos para a realização da perfuração.

94
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

CAPÍTULO IX
DA PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DOMICILIAR

Art. 97. A prestação da assistência farmacêutica domiciliar no estrito


cumprimento da legislação vigente, dos princípios éticos da profissão farma-
cêutica e dos requisitos mínimos contemplados neste regulamento deve aten-
der a melhoria do acesso dos pacientes e da população em geral aos cuidados
farmacêuticos.
Parágrafo único. A prestação da assistência farmacêutica domiciliar so-
mente é permitida em farmácias e drogarias, abertas ao público, definidas
nos termos da lei federal n. 5991 de 17 de dezembro de 1973

Seção I
Dos Princípios Gerais

Art. 98. A ação do farmacêutico deve pautar-se pelos princípios éticos


que regem o seu exercício profissional especialmente à propaganda, publici-
dade, promoção de medicamentos, a relação com o paciente, colegas e ou-
tros profissionais de saúde.
Art. 99 Deve ser assegurado o princípio da livre escolha da farmácia e do
farmacêutico pelo usuário.
Art. 100. Cabe ao farmacêutico diretor técnico a garantia do cumprimen-
to da legislação em vigor, das normas éticas dentro e fora da farmácia no es-
trito cumprimento dos atos inerentes ao farmacêutico e com vista a adequar
a qualidade do serviço com as necessidades do paciente.
Art. 101 A prestação deste serviço por parte do farmacêutico na farmácia
e drogaria é facultativo.
Art. 102. O farmacêutico diretor técnico pela farmácia prestadora de as-
sistência farmacêutica domiciliar deve articular-se com outros colegas no
sentido de proporcionar a melhor assistência possível ao atendimento dos
usuários.

95
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 103 As informações e condições da prestação desta assistência deve


ser dada à população tendo em atenção os princípios gerais e as normas es-
pecíficas estipuladas de forma a não afetar a dignidade profissional dos far-
macêuticos.
Art. 104. A remuneração da prestação desta assistência é obrigatória.

Seção II
Das Normas Específicas

Art. 105. É assegurada a prestação dos serviços farmacêuticos domiciliar


quando da solicitação através dos meios de comunicação existentes, sejam
estes fax, telefone, correio, Internet ou similares, desde que comprovado
pelo estabelecimento farmacêutico e farmacêutico diretor técnico, o cadastro
prévio do beneficiário, o qual deverá ser disponibilizado às autoridades de
fiscalização, em qualquer tempo.
Parágrafo único. É obrigatório o prévio cadastramento por parte do usuá-
rio da assistência farmacêutica domiciliar, cabendo aos Conselhos Regionais
de Farmácia expedirem deliberações necessárias a elaboração do cadastro
mencionado neste artigo, cujo procedimento é de obrigação do farmacêutico
diretor técnico ou substituto.
Art. 106. O farmacêutico deverá manter na farmácia toda a informação
necessária: identificação do paciente, identificação do prescritor, prescrição,
produtos dispensados, características particulares do paciente e patologias.
Caso não seja possível dispor de toda informação especificamente da prescri-
ção deverá o farmacêutico de acordo com o paciente, encontrar uma forma
de avaliação e acompanhamento.
Art. 107 O farmacêutico é responsável pela validação da informação re-
cebida, solicitando ao usuário ou ao prescritor os esclarecimentos adicionais
necessárias à dispensação dos medicamentos.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 108. Os produtos a serem dispensados devem ser acondicionados


em embalagens seladas e individualizadas por usuário de acordo com a ca-
racterísticas dos produtos requeridos. Deve ainda constar todas as informa-
ções necessárias para a sua correta utilização.
Art. 109 O transporte dos medicamentos deverá assegurar que os pro-
dutos chegarão aos usuários em perfeitas condições de conservação e segu-
rança, tendo para qual que cumprir as adequadas condições de temperatura,
luminosidade e umidade de acordo com as definições da Farmacopeia brasi-
leira ou de outras normas determinados pela ANVISA.
Art. 110. A dispensação de medicamentos domiciliar será acompanhada
por documento onde deverão constar as seguintes informações: nome do usu-
ário, residência do usuário, nome da farmácia, nome do farmacêutico, meio de
contato, endereço da farmácia e a descrição dos produtos dispensados.
Art. 111 O usuário deverá conferir os produtos solicitados, bem como as
informações que devem acompanha-los. Em caso de dúvida deve se reportar
ao farmacêutico.
Parágrafo único. No caso de não haver contato por parte do usuário, de-
verá o farmacêutico obrigatoriamente entrar em contato com o mesmo, para
averiguação de eventuais dúvidas na utilização dos produtos dispensados.
Art. 112. Fica vedada a dispensação de medicamentos domiciliar fora de
suas embalagens originais.
Art. 113. Para medicamentos manipulados o farmacêutico deverá dispen-
sar em embalagens com lacre ou outro mecanismo que assegure a inviolabi-
lidade do conteúdo.
Art. 114 Os registros decorrente da prestação de assistência farmacêuti-
ca domiciliar devem ser elaboradas com o prévio consentimento por expresso
dos usuários e respeitando a sua privacidade. (Anexo II)
I – A confidencialidade dos dados, a privacidade do paciente e a garantia
de que acessos indevidos ou não autorizados a estes dados sejam evitados e
que seu sigilo seja garantido;

97
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

II – Que os dados sobre pacientes, armazenados em formato eletrônico,


não serão utilizados para qualquer forma de promoção, publicidade, propa-
ganda ou outra forma de indução de consumo de medicamentos;

CAPÍTULO X
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 115. Não se admitirá o exercício da atividade técnica científica e sani-


tária sem a presença física do profissional farmacêuticos no estabelecimento.
Art. 116 Compete aos Conselhos Regionais de Farmácia, a fiscalização
dos estabelecimentos farmacêuticos, para verificação das condições de Aten-
ção Farmacêutica.
Parágrafo único. A Atenção Farmacêutica será comprovada através da ficha
de verificação das condições do exercício profissional. (Anexo III), que passa
a fazer parte da Resolução N. 299/96 - do Conselho Federal de Farmácia.
Art. 117. Os Conselhos Regionais de Farmácia, deverão comunicar pron-
tamente os Serviços Municipais e/ou Regionais de Vigilância Sanitária, Pro-
motoria Pública, Delegacia do Consumidor e outros órgãos afins.
Art. 118 Todo diretor técnico de estabelecimento farmacêutico deverá afixar
em local visível ao público, informações com telefone para reclamação junto ao
Conselho Regional de Farmácia e a Vigilância Sanitária municipal ou Regional.
Art. 119. A inobservância de qualquer destes procedimentos constitui in-
fração do Código de Ética da Profissão Farmacêutica.
Art. 120 O farmacêutico que não prestar efetiva assistência farmacêutica
aos estabelecimentos sob sua responsabilidade técnica, ficam sujeitos às pe-
nas previstas pela legislação.
Art. 121. O poder de punir disciplinarmente compete, com exclusividade,
ao Conselho Regional de Farmácia que o faltoso estiver inscrito ao tempo do
fato punível em que incorreu.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 122. Deverão ser observados os seguintes procedimentos quanto à


dispensação e guarda dos produtos de que trata esta Resolução:
I – Os produtos devem dispor de registro, ou manifestação expressa de
isenção de registro, e rotulagem obedecendo a normatização específica que o
classifica dentre os de dispensação permitido por esta Resolução;
II – Os saneantes domissanitários e os produtos veterinários devem estar
em local específico, separados dos demais produtos e medicamentos;
III – Os produtos, aparelhos e acessórios devem estar em local específico,
separados dos demais produtos e medicamentos;
Art. 123. Para o perfeito cumprimento deste regulamento o farmacêutico
deverá denunciar ao Conselho Regional de Farmácia respectivo constrangi-
mento para exercer a atividade profissional, a falta de condição de trabalho e
o descumprimento deste regulamento.
Art. 124 Os casos omissos na presente resolução e questões de âmbito
profissional, serão resolvidos pelo Plenário do Conselho Federal de Farmácia.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

ANEXO II
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DOMICILIAR

CONSENTIMENTO INFORMADO

Nome Completo:_____________________________
Data do Nascimento: / /
Residência: _____________________________
Telefone: _____________________________
Telefone celular: _____________________________
E-mail: _____________________________

Autorizo os dados pessoais fornecidos para efeitos de prestação de assis-


tência farmacêutica domiciliar.
Declaro que as informações, por mim prestadas, são verdadeira.
Assinatura do usuário: _____________________________
Data: / /

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

ANEXO III
FICHA DE VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO EXERCÍCIO PROFIS-

SIONAL

Nome do Estabelecimento _____________________________


CGC: _____________________________
Razão Social Registro: _____________________________
Atividade: _____________________________
Endereço: _____________________________
Bairro: _____________________________
Cidade: _____________________________
CEP: _____________________________
Responsável Técnico: _____________________________
CRF: _____________________________
Horário de Assistência: _____________________________ h às h.
RT Substituto: _____________________________
CRF: _____________________________
Horário de Assistência: _____________________________
Horário de Inspeção: _____________________________
Horário de Funcionamento: _____________________________
Possui CRT para o presente exercício? ( ) SIM ( ) NÃO
Possui ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO da Vigilância Sanitária? ( ) SIM ( ) NÃO
Possui AUTORIZAÇÃO ESPECIAL, conforme Port. n. 933/94 da PF? ( ) SIM ( ) NÃO
OBS.: _____________________________

101
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
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ANÁLISE DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL EM ESTABELECIMENTO

DE DISPENSAÇÃO

1. Farmacêutico Responsável Técnico presente? ( ) SIM ( ) NÃO


OBS.: _____________________________
2. Farmacêutico Diretor - Técnico presente? ( ) SIM ( ) NÃO
OBS.: _____________________________
3. Farmacêutico Substituto presente? ( ) SIM ( ) NÃO
OBS.: _____________________________
4. Existe local específico para guarda de medicamentos sob controle espe-
cial? ( ) SIM ( ) NÃO
OBS.: _____________________________
4.a. Em havendo dispensação, possui os livros para registro e controle de
estoque?
( ) SIM ( ) NÃO
4.b. Os produtos controlados estão armazenados em conformidade com a
Lei. ( ) SIM ( ) NÃO
Em caso de negativo descrever as situações de armazenamento observadas:
4.c. Foram encontrados medicamentos com prazo de validade vencido nas
prateleiras do estabelecimento? ( ) SIM ( ) NÃO
5. Foi constatado alguma atividade divergente ao objetivo social do esta-
belecimento e/ou que fere a legislação vigente? Quais?
6. Sala de aplicação de injetáveis adequadas: ( ) SIM ( ) NÃO
Porque? _____________________________
7. Dispensa Medicamento Genérico: ( ) SIM ( ) NÃO
8. Verifica temperatura? ( ) SIM ( ) NÃO
9. Verifica pressão arterial? ( ) SIM ( ) NÃO
10. Faz nebulização e/ou inalação? ( ) SIM ( ) NÃO
11. Determina parâmetros bioquímicos? ( ) SIM ( ) NÃO
12. Determina parâmetros fisiológicos? ( ) SIM ( ) NÃO

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

13. Coloca-se brinco? ( ) SIM ( ) NÃO


14. Laboratório de Manipulação adequado: ( ) SIM ( ) NÃO
Porque? _____________________________
15. Condições de armazenamento dos medicamentos.
16. Condições sanitárias do estabelecimento.
17. Existe propaganda para venda de medicamentos?
18. Outras observações
Data / / Assinatura e carimbo do fiscal
Ciente: _____________________________
Assinatura: _____________________________
Nome: _____________________________
RG ou CPF: _____________________________
1ª Via Vigilância Sanitária 2ª Via Responsável Técnico 3ªVia CRF

103
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

RESOLUÇÃO N. 566 DE 6 DE DEZEMBRO DE 2012

Ementa: Aprova o Regulamento do Processo Administrativo


Fiscal dos Conselhos Federal e Regionais de Farmácia.

O CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, no uso das atribuições conferidas


pelo artigo 6º, alínea “g”, da Lei n. 3.820, de 11 de novembro de 1960;
CONSIDERANDO a necessidade de atualização dos procedimentos, de
manter a unidade de ação a serem adotados no Processo Administrativo Fis-
cal dos Conselhos Regionais de Farmácia, bem como em grau de recurso jun-
to ao Conselho Federal de Farmácia, RESOLVE:
Art. 1º Aprovar o Regulamento do Processo Administrativo Fiscal dos
Conselhos Regionais de Farmácia, conforme estabelecido nos Capítulos I e III
desta Resolução.
Art. 2º Aprovar o trâmite do Processo Administrativo Fiscal em grau de
recurso no âmbito do Conselho Federal de Farmácia, conforme estabelecido
no Capítulo II desta Resolução.
Art. 3º Revogam-se as Resoluções n. 258/94, n. 450/06 e n. 554/11, bem
como as demais disposições em contrário.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor a partir de sua publicação, manten-
do-se a aplicação da regulamentação anterior nos procedimentos atualmente
em trâmite.

WALTER DA SILVA JORGE JOÃO


Presidente – CFF

104
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

REGULAMENTO DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO FISCAL

CAPÍTULO I
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

Seção I
Dos Atos e Termos Processuais

Art. 1º Este Regulamento rege o processo administrativo fiscal de deter-


minação e exigência dos créditos pecuniários dos Conselhos de Farmácia.
Art. 2º Os atos e termos processuais, quando a lei não prescrever forma
determinada, conterão somente o indispensável à sua finalidade, sem espaço
em branco, sem rasuras, devidamente numerados e rubricados iniciando-se o
processo com seu registro em livro próprio e juntada do seu respectivo auto
de infração, inclusive sob a forma eletrônica mediante programa específico
devidamente aprovado pelo Conselho Federal de Farmácia.
Parágrafo único. O processo administrativo fiscal deverá ser aberto sob
número de protocolo, controle ou tombo do Conselho Regional de Farmácia,
em autos individualizados para cada auto de infração lavrado, mediante capa
identificadora, com folhas sequencialmente numeradas e juntada de docu-
mentos e expedientes preferencialmente em ordem cronológica de data.
Art. 3º Salvo disposição em contrário ou impossibilidade devidamente
justificada, o Conselho Regional de Farmácia executará cada ato processual
em até 15 (quinze) dias, a partir da instauração do processo.
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o do-
bro, mediante comprovada justificação.

105
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Seção II
Dos Prazos

Art. 4º Os prazos serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia


do início e incluindo-se o do vencimento, devendo-se atestá-los mediante
certidão lavrada pelo Conselho Regional de Farmácia e juntada ao processo.
§ 1º Os prazos se iniciam ou vencem no dia de expediente normal do ór-
gão autárquico em que tramita o processo ou deva ser praticado o ato.
§ 2º Começa a correr o prazo da ciência inequívoca da parte ou do inte-
ressado, sendo que, quando a citação ou intimação for pelo correio, da data
de juntada aos autos, mediante certidão emitida pelo Conselho Regional de
Farmácia, do aviso de recebimento ou termo de entrega da correspondên-
cia, podendo ser extraída do sítio eletrônico dos correios.

Seção III
Do Procedimento

Art. 5º O procedimento fiscal tem início com o Termo de Visita ou de Ins-


peção, sob a forma manual ou eletrônica.
§ 1º Verificada a regularidade da pessoa jurídica fiscalizada, o referido ter-
mo será arquivado no setor de fiscalização do Conselho Regional de Farmácia
para fins de controle e estatística.
§ 2º Verificada a irregularidade prevista no parágrafo único do artigo 24
da Lei Federal n. 3.820/60, será lavrado, além do termo de visita ou inspeção,
o respectivo auto de infração, no local ou posteriormente junto ao Conselho
Regional de Farmácia, mediante termo justificado.
Art. 6º O auto de infração será lavrado pelo fiscal farmacêutico e conterá,
obrigatoriamente:
I – O número de ordem;
II – A qualificação do autuado;
III – O local, a data e a hora da lavratura;

106
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

IV – A descrição do fato e, se necessário, outras observações pertinentes;


V – A disposição legal infringida;
VI – A determinação da exigência e a notificação para contestá-la, no pra-
zo de 5 (cinco) dias;
VII – A assinatura do autuante, a indicação de sua função e o número de
sua inscrição no Conselho Regional de Farmácia;
VIII – A assinatura do autuado, representante legal ou seu preposto, com
aviso de recebimento de uma das vias, sempre que possível.
§ 1º O auto de infração poderá ser lavrado pelo fiscal farmacêutico na sede
do Conselho Regional de Farmácia, mediante atesto de um dos Diretores, em
caso já constatado por termo de inspeção presencial e no qual não houver
regularização pelo autuado no prazo, se previsto em lei, de 30 (trinta) dias.
§ 2º O procedimento previsto no parágrafo anterior não impede ou inter-
rompe a fiscalização presencial e contínua durante o referido prazo.
§ 3º Quando for utilizada mesa digitalizadora para coleta de assinatura no
ato de inspeção, dispensa-se a entrega de documento impresso, o qual terá
seu conteúdo disponível no sítio eletrônico do Conselho Regional de Farmácia,
em 5 (cinco) dias e poderá ser contestado no prazo de 5 (cinco) dias a partir
da data prevista para disponibilização, acessível através de senha que será
entregue ao interessado no momento da visita.
§ 4º Em todos os casos deve ser observada a fé pública e a presunção de
veracidade dos atos praticados pelo farmacêutico fiscal.
§ 5º O protocolo junto ao órgão não significa presunção de regularidade
da empresa ou estabelecimento farmacêutico, a qual somente ocorre após
pronunciamento procedente ou favorável por parte do Conselho Regional de
Farmácia.
Art. 7º Apresentada defesa no prazo, o Setor de Fiscalização instruirá o
processo prestando as devidas informações sobre o autuado, mediante ficha
resumida com os dados principais e seu respectivo histórico.

107
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 1º Não apresentada defesa ou fora do prazo legal, sem prejuízo da jun-


tada das referidas informações, o auto de infração será homologado mediante
ato ad referendum da Diretoria do Conselho Regional de Farmácia, emitindo-
-se certidão ou extrato de ata atestando tal procedimento.
§ 2º Em qualquer das hipóteses, da decisão que reconhecer a infração, a
autuada será notificada para pagar a multa estipulada ou recorrer ao Conse-
lho Federal no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 8º Das informações de que trata o caput do artigo anterior deverão
constar necessariamente, mediante certidão:
a) se a defesa é tempestiva ou não;
b) se é ou não registrado no Conselho;
c) se possui ou não responsabilidade técnica e a data da respectiva baixa,
quando for o caso;
d) se é ou não reincidente.
§ 1º Considera-se reincidente para os efeitos deste Regulamento, a em-
presa ou o estabelecimento que tiver antecedentes fiscais à mesma prática
punível em processos findados administrativamente ou com decisão transita-
da em julgado.
§ 2º Verifica-se a reincidência quando o infrator cometer outra infração
durante o prazo de 5 (cinco) anos após o trânsito em julgado da decisão ad-
ministrativa que o tenha condenado pela infração anterior.
Art. 9º A defesa, formulada por escrito e instruída com os documentos
em que se fundamentar, será apresentada ao Conselho Regional de Farmácia
ou postada nos correios no prazo de até 5 (cinco) dias a partir da data do
recebimento do auto de infração, ressalvado o disposto no § 3º do artigo 6º.
Art. 10. A defesa conterá:
I – Requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Regional de Farmácia;
II – A qualificação do autuado;
III – Os motivos de fato e de direito em que se fundamenta;
IV – O pedido de diligências, expondo os motivos que as justifiquem.

108
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

V – A assinatura do representante legal da empresa ou estabelecimento,


que deverá anexar procuração, contrato social ou documento equivalente que
conceda tais poderes, sob pena de não conhecimento.
Art. 11. O Setor de Fiscalização, após instrução do processo, o encami-
nhará a Diretoria que determinará de ofício ou a requerimento da autuada,
a realização das diligências, indeferindo o que considerar impertinente ou
impraticável.
Art. 12 Cumpridas, indeferidas ou dispensadas as diligências, o Presiden-
te ou seu substituto regimental designará o Conselheiro Relator, ressalvados
os casos de impedimento ou suspeição.
Art. 13. A Secretaria receberá o processo do Setor de Fiscalização e o
encaminhará ao Conselheiro Relator, com a indicação da reunião plenária em
que ocorrerá o julgamento, devendo ser julgado em até duas reuniões subse-
quentes, sob pena de nova designação de relatoria.
Art. 14 O Conselheiro Relator designado apresentará relatório fundamen-
tado, com a exposição dos fatos, conclusão e voto, indicando a infração co-
metida e a respectiva penalidade ou pedido de arquivamento do processo,
neste caso mediante expressa justificativa legal, sob pena de incorrer em
eventual ato de improbidade administrativa ou de prevaricação.
Parágrafo único. Observado o quórum regimental, a votação será por
maioria simples dos membros do Plenário, atestada mediante ata, extrato de
ata, folha de votação ou certidão lavrada pelo Conselho Regional de Farmácia,
devidamente anexada ao processo.
Art. 15. Da decisão do Plenário que reconhecer a infração, que deverá ser
expressamente atestada conforme o parágrafo único do artigo anterior, a au-
tuada será notificada para pagar a multa estipulada ou recorrer ao Conselho
Federal no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 1º O recurso ao Conselho Federal de Farmácia deverá ser interposto pe-
rante o Conselho Regional de Farmácia no qual tramita o processo, mediante
o pagamento de porte de remessa e retorno dos autos através de boleto ban-

109
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

cário oriundo de convênio específico, sob pena de deserto e não encaminha-


mento, cujos valores serão definidos em portaria do Presidente do Conselho
Federal de Farmácia.
§ 2º Não apresentado recurso, os autos serão encaminhados a Tesouraria
para emissão de boleto para pagamento.
Art. 16. Interposto o recurso, a Fiscalização declarará a tempestividade,
fazendo remessa do processo ao Conselho Federal de Farmácia no prazo de
até 60 (sessenta) dias, facultando-se ao Conselho Regional de Farmácia, atra-
vés da Fiscalização ou do Departamento Jurídico, apresentar contrarrazões.
Parágrafo único. No caso de recurso interposto intempestivamente, deve-
rá ser lavrada certidão respectiva e determinado o prosseguimento regular
no âmbito do Conselho Regional de Farmácia, notificando-se em seguida a
autuada para pagar a multa estipulada.

CAPÍTULO II
DO JULGAMENTO EM SEGUNDA INSTÂNCIA

Art. 17. O julgamento no Conselho Federal de Farmácia far-se-á conforme


o seu Regimento Interno.
§ 1º Caso o processo encaminhado não esteja acompanhado dos docu-
mentos indispensáveis ou das formalidades legais, deverá ser, de ofício, de-
volvido ao Conselho Regional de Farmácia para que o instrua adequadamen-
te, sob pena de nulidade e arquivamento.
§ 2º O recurso interposto diretamente no Conselho Federal de Farmácia
será devolvido ao Conselho Regional de Farmácia, o qual deverá atestar o
seu preparo, além da sua tempestividade com base em correspondência de
envio ou protocolo originário, para o seu regular procedimento, sob pena de
arquivamento.

110
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

CAPÍTULO III
DA EFICÁCIA E EXECUÇÃO DAS DECISÕES

Art. 18. Transitada em julgado a decisão mediante certidão atestada no


processo, a Secretaria do Conselho Regional de Farmácia expedirá notificação
ao autuado, juntamente com a guia de recolhimento de multa para que, no
prazo de 15 (quinze) dias, a partir do recebimento, efetue o pagamento.
Art. 19 Decorrido o prazo de que trata o artigo anterior sem o cumpri-
mento da obrigação, o crédito será inscrito em dívida ativa.
§ 1º A certidão de dívida ativa indicará obrigatoriamente:
a) o nome do devedor e, sendo o caso, dos corresponsáveis, bem como o
domicílio ou a residência de um e de outros;
b) a quantia devida e a maneira de calcular a correção monetária e os ju-
ros de mora acrescidos;
c) a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposi-
ção da lei em que seja fundado;
d) a data em que foi inscrita;
e) o número do processo administrativo de que se originar o crédito;
f) a indicação do livro e da folha de inscrição, podendo ser sob a forma
eletrônica;
g) outras exigências previstas na Lei Federal n. 6.830/80 e em outros di-
plomas legais supervenientes e que disponham sobre a matéria.
§ 2º Após a inscrição em dívida ativa, o Conselho Regional de Farmácia
deverá promover a cobrança judicial dos débitos no prazo de até 120 (cento
e vinte) dias, sob pena de responsabilização do agente administrativo por
eventual improbidade e prevaricação.
Art. 20. São definitivas as decisões:
I – De primeira instância, esgotado o prazo para recurso voluntário, sem
que este tenha sido interposto;
II – De segunda instância após a publicação no Diário Oficial da União ou
disponibilização no sítio eletrônico do Conselho Federal de Farmácia.

111
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Parágrafo único. Serão também definitivas as decisões de primeira instân-


cia na parte que não for objeto de recurso voluntário ou não estiver sujeita a
recurso de ofício.
Art. 21. Todos os atos praticados pelo Conselho Regional de Farmácia
devem ser formais, devendo-se promover a expedição de certidão respectiva
quando da sua exigência, observando-se o devido processo legal e a ampla
defesa, sob pena de nulidade e responsabilização do agente administrativo e
eventual corresponsável, inclusive gestor, mediante apuração específica.
Art. 22 Os casos omissos serão resolvidos pelo Plenário do Conselho Fe-
deral de Farmácia.
Publique-se:

WALTER DA SILVA JORGE JOÃO


Presidente – CFF

José Vílmore Silva Lopes Júnior


Secretário-Geral – CFF

112
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

RESOLUÇÃO N. 585 DE 29 DE AGOSTO DE 2013

Ementa: Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e


dá outras providências.

PREÂMBULO

Esta resolução regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico que,


por definição, constituem os direitos e responsabilidades desse profissional
no que concerne a sua área de atuação.
É necessário diferenciar o significado de “atribuições”, escopo desta reso-
lução, de “atividades” e de “serviços”.
As atividades correspondem às ações do processo de trabalho. O conjunto
de atividades será identificado no plano institucional, pelo paciente ou pela
sociedade como “serviços”.
Os diferentes serviços clínicos farmacêuticos, por exemplo, o acompa-
nhamento farmacoterapêutico, a conciliação terapêutica ou a revisão da far-
macoterapia caracterizam-se por um conjunto de atividades específicas de
natureza técnica. A realização dessas atividades encontra embasamento legal
na definição de atribuições clínicas do farmacêutico. Assim, uma lista de atri-
buições não corresponde, por definição, a uma lista de serviços.
A Farmácia Clínica, que teve início no âmbito hospitalar, nos Estados Uni-
dos, a partir da década de sessenta, atualmente incorpora a filosofia do Phar-
maceutical Care e, como tal, expandese a todos os níveis de atenção à saúde.
Esta prática pode ser desenvolvida em hospitais, ambulatórios, unidades de
atenção primária à saúde, farmácias comunitárias, instituições de longa per-
manência e domicílios de pacientes, entre outros.
A expansão das atividades clínicas do farmacêutico ocorreu, em parte,
como resposta ao fenômeno da transição demográfica e epidemiológica ob-
servado na sociedade. A crescente morbimortalidade relativa às doenças e
agravos não transmissíveis e à farmacoterapia repercutiu nos sistemas de
saúde e exigiu um novo perfil do farmacêutico.

113
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Nesse contexto, o farmacêutico contemporâneo atua no cuidado direto ao


paciente, promove o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias
em saúde, redefinindo sua prática a partir das necessidades dos pacientes,
família, cuidadores e sociedade.
Por fim, é preciso reconhecer que a prática clínica do farmacêutico em
nosso país avançou nas últimas décadas. Isso se deve ao esforço visionário
daqueles que criaram os primeiros serviços de Farmácia Clínica no Brasil, as-
sim como às ações lideradas por entidades profissionais, instituições acadê-
micas, organismos internacionais e iniciativas governamentais.
As distintas realidades e as necessidades singulares de saúde da popula-
ção brasileira exigem bastante trabalho e união de todos. O êxito das atribui-
ções descritas nesta resolução deverá ser medido pela efetividade das ações
propostas e pelo reconhecimento por parte da sociedade do papel do farma-
cêutico no contexto da saúde.
O Conselho Federal de Farmácia (CFF), no uso de suas atribuições legais e
regimentais previstas na Lei n. 3.820, de 11 de novembro 1960, e
considerando o disposto no artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal,
que outorga liberdade de exercício, trabalho ou profissão, desde que atendi-
das as qualificações que a lei estabelecer;
considerando que o CFF, no âmbito de sua área específica de atuação e,
como entidade de profissão regulamentada, exerce atividade típica de Esta-
do, nos termos do artigo 5º, inciso XIII; artigo 21, inciso XXIV e artigo 22,
inciso XVI, todos da Constituição Federal;
considerando a outorga legal ao CFF de zelar pela saúde pública, promo-
vendo ações de assistência farmacêutica em todos os níveis de atenção à
saúde, de acordo com a alínea “p”, do artigo 6º da Lei Federal n. 3.820, de
11 de novembro de 1960, com as alterações da Lei Federal n. 9.120, de 26
de outubro de 1995;

114
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

considerando que é atribuição do CFF expedir resoluções para eficácia da


Lei Federal n. 3.820, de 11 de novembro de 1960 e, ainda, compete-lhe o
múnus de definir ou modificar a competência dos profissionais de Farmácia
em seu âmbito, conforme o artigo 6º, alíneas “g” e “m”;
considerando o disposto na Lei Federal n. 8.078, de 11 de setembro de
1990, que estabelece o Código de Defesa do Consumidor;
considerando que a Lei Federal no 8.080, de 19 de setembro de 1990, em
seu artigo 6º, alínea “d”, inclui no campo de atuação do Sistema Único de
Saúde (SUS) a assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
considerando as disposições do Decreto Federal n. 20.377, de 8 de setem-
bro de 1931, que aprova a regulamentação do exercício da profissão farma-
cêutica no Brasil;
considerando as disposições do Decreto Federal n. 85.878, de 7 de abril de
1981, que estabelece normas para execução da Lei Federal n. 3.820, de 11 de
novembro de 1960, que dispõe sobre o exercício da profissão farmacêutica,
e dá outras providências;
considerando a Portaria MS/SNVS n. 272, de 08 de abril de 1998, que
aprova o regulamento técnico dos requisitos mínimos para terapia de nutrição
parenteral;
considerando a Portaria MS/GM n. 2.616, de 12 de maio de 1998, que
institui as diretrizes e normas para a prevenção e o controle das infecções
hospitalares;
considerando a Portaria MS/GM n. 3.916, de 30 de outubro de 1998, que
aprova a Política Nacional de Medicamentos;
considerando a Portaria MS/GM n. 687, de 30 de março de 2006, que
aprova a Política de Promoção da Saúde;
considerando a Portaria MS/GM n. 4.283, de 30 de dezembro de 2010, que
aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e apri-
moramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais, com
destaque para o capítulo 4.2, alínea “d”;

115
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

considerando a Portaria MS/GM n. 3.124, de 28 de dezembro de 2012,


que redefine os parâmetros de vinculação dos Núcleos de Apoio à Saúde da
Família (NASF) Modalidades 1 e 2 às Equipes Saúde da Família e/ou Equipes
de Atenção Básica para populações específicas, cria a Modalidade NASF 3, e
dá outras providências;
considerando a Portaria MS/GM n. 529, de 1º de abril de 2013, que institui
o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP);
considerando a Resolução MS/CNS n. 338, de 6 de maio de 2004, que
aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica;
considerando o disposto na Resolução n. 2, de 19 de fevereiro de 2002, do
Conselho Nacional de Educação, que institui as Diretrizes Curriculares Nacio-
nais do Curso de Graduação em Farmácia;
considerando a Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) n.
397, de 9 de outubro de 2002, que institui a Classificação Brasileira de Ocu-
pações – CBO (atualizada em 31 de janeiro de 2013), que trata da identifi-
cação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios junto
aos registros administrativos e domiciliares;
considerando a Resolução/CFF n. 160, de 23 de abril de 1982, que dispõe
sobre o exercício profissional farmacêutico;
considerando a Resolução/CFF n. 357, de 20 de abril de 2001, que aprova
o regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia;
considerando a Resolução/CFF n. 386, de 12 de novembro de 2002, que
dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito da assistência domici-
liar em equipes multidisciplinares;
considerando a Resolução/CFF n. 486, de 23 de setembro de 2008, que
dispõe sobre as atribuições do farmacêutico na área de radiofarmácia e dá
outras providências;
considerando a Resolução/CFF n. 492, de 26 de novembro de 2008, que re-
gulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré-hospitalar,
na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza pública ou
privada, alterada pela Resolução/CFF n. 568, de 6 de dezembro de 2012;

116
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

considerando a Resolução/CFF n. 499, de 17 de dezembro de 2008, que


dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias,
e dá outras providências, alterada pela Resolução/CFF n. 505, de 23 de junho
de 2009;
considerando a Resolução/CFF n. 500, de 19 de janeiro de 2009, que dis-
põe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito dos serviços de diálise,
de natureza pública ou privada;
considerando a Resolução/CFF n. 509, de 29 de julho de 2009, que regula
a atuação do farmacêutico em centros de pesquisa clínica, organizações re-
presentativas de pesquisa clínica, indústria ou outras instituições que reali-
zem pesquisa clínica;
considerando a Resolução/CFF n. 546 de 21 de julho de 2011, que dispõe
sobre a indicação farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicos isentos
de prescrição, e o seu registro;
considerando a Resolução/CFF n. 555, de 30 de novembro de 2011, que
regulamenta o registro, a guarda e o manuseio de informações resultantes da
prática da assistência farmacêutica nos serviços de saúde;
considerando a RDC Anvisa n. 220, de 21 de setembro de 2004, que regu-
lamenta o funcionamento dos serviços de terapia antineoplásica e institui que
a equipe multidisciplinar em terapia antineoplásica (EMTA) deve ter obrigato-
riamente em sua composição um farmacêutico;
considerando a RDC Anvisa n. 7, de 24 de fevereiro de 2010, que na seção
IV, artigo 18, estabelece a necessidade da assistência farmacêutica à beira
do leito na Unidade de Terapia Intensiva e, em seu artigo 23, dispõe que a
assistência farmacêutica deve integrar a equipe multidisciplinar, RESOLVE:
Art. 1º Regulamentar as atribuições clínicas do farmacêutico nos termos
desta resolução.
Parágrafo único. As atribuições clínicas regulamentadas pela presente re-
solução constituem prerrogativa do farmacêutico legalmente habilitado e re-
gistrado no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição.

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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 2º As atribuições clínicas do farmacêutico visam à promoção, pro-


teção e recuperação da saúde, além da prevenção de doenças e de outros
problemas de saúde.
Parágrafo único. As atribuições clínicas do farmacêutico visam proporcio-
nar cuidado ao paciente, família e comunidade, de forma a promover o uso
racional de medicamentos e otimizar a farmacoterapia, com o propósito de
alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida do paciente.
Art. 3º No âmbito de suas atribuições, o farmacêutico presta cuidados à saú-
de, em todos os lugares e níveis de atenção, em serviços públicos ou privados.
Art. 4º O farmacêutico exerce sua atividade com autonomia, baseado em
princípios e valores bioéticos e profissionais, por meio de processos de traba-
lho, com padrões estabelecidos e modelos de gestão da prática.
Art. 5º As atribuições clínicas do farmacêutico estabelecidas nesta reso-
lução visam atender às necessidades de saúde do paciente, da família, dos
cuidadores e da sociedade, e são exercidas em conformidade com as políticas
de saúde, com as normas sanitárias e da instituição à qual esteja vinculado.
Art. 6º O farmacêutico, no exercício das atribuições clínicas, tem o dever
de contribuir para a geração, difusão e aplicação de novos conhecimentos que
promovam a saúde e o bem-estar do paciente, da família e da comunidade.

CAPÍTULO I
DAS ATRIBUIÇÕES CLÍNICAS DO FARMACÊUTICO

Art. 7º São atribuições clínicas do farmacêutico relativas ao cuidado à


saúde, nos âmbitos individual e coletivo:
I – Estabelecer e conduzir uma relação de cuidado centrada no paciente;
II – Desenvolver, em colaboração com os demais membros da equipe de
saúde, ações para a promoção, proteção e recuperação da saúde, e a preven-
ção de doenças e de outros problemas de saúde;

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

III – Participar do planejamento e da avaliação da farmacoterapia, para


que o paciente utilize de forma segura os medicamentos de que necessita,
nas doses, frequência, horários, vias de administração e duração adequados,
contribuindo para que o mesmo tenha condições de realizar o tratamento e
alcançar os objetivos terapêuticos;
IV – Analisar a prescrição de medicamentos quanto aos aspectos legais e
técnicos;
V – Realizar intervenções farmacêuticas e emitir parecer farmacêutico a
outros membros da equipe de saúde, com o propósito de auxiliar na seleção,
adição, substituição, ajuste ou interrupção da farmacoterapia do paciente;
VI – Participar e promover discussões de casos clínicos de forma integrada
com os demais membros da equipe de saúde;
VII – Prover a consulta farmacêutica em consultório farmacêutico ou em
outro ambiente adequado, que garanta a privacidade do atendimento;
VIII – Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e sinto-
mas, com o propósito de prover cuidado ao paciente;
IX – Acessar e conhecer as informações constantes no prontuário do pa-
ciente;
X – Organizar, interpretar e, se necessário, resumir os dados do paciente,
a fim de proceder à avaliação farmacêutica;
XI – Solicitar exames laboratoriais, no âmbito de sua competência profis-
sional, com a finalidade de monitorar os resultados da farmacoterapia;
XII – Avaliar resultados de exames clínico-laboratoriais do paciente, como
instrumento para individualização da farmacoterapia;
XIII – Monitorar níveis terapêuticos de medicamentos, por meio de dados
de farmacocinética clínica;
XIV – Determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente, para
fins de acompanhamento da farmacoterapia e rastreamento em saúde;
XV – Prevenir, identificar, avaliar e intervir nos incidentes relacionados aos
medicamentos e a outros problemas relacionados à farmacoterapia;

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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

XVI – Identificar, avaliar e intervir nas interações medicamentosas indese-


jadas e clinicamente significantes;
XVII – Elaborar o plano de cuidado farmacêutico do paciente;
XVIII – Pactuar com o paciente e, se necessário, com outros profissionais
da saúde, as ações de seu plano de cuidado;
XIX – Realizar e registrar as intervenções farmacêuticas junto ao paciente,
família, cuidadores e sociedade;
XX – Avaliar, periodicamente, os resultados das intervenções farmacêu-
ticas realizadas, construindo indicadores de qualidade dos serviços clínicos
prestados;
XXI – Realizar, no âmbito de sua competência profissional, administração
de medicamentos ao paciente;
XXII – Orientar e auxiliar pacientes, cuidadores e equipe de saúde quanto
à administração de formas farmacêuticas, fazendo o registro destas ações,
quando couber;
XXIII – Fazer a evolução farmacêutica e registrar no prontuário do paciente;
XXIV – Elaborar uma lista atualizada e conciliada de medicamentos em
uso pelo paciente durante os processos de admissão, transferência e alta en-
tre os serviços e níveis de atenção à saúde;
XXV – Dar suporte ao paciente, aos cuidadores, à família e à comunidade
com vistas ao processo de autocuidado, incluindo o manejo de problemas de
saúde autolimitados;
XXVI – Prescrever, conforme legislação específica, no âmbito de sua com-
petência profissional;
XXVII – Avaliar e acompanhar a adesão dos pacientes ao tratamento, e
realizar ações para a sua promoção;
XXVIII – Realizar ações de rastreamento em saúde, baseadas em evidên-
cias técnicocientíficas e em consonância com as políticas de saúde vigentes.

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Art. 8º São atribuições do farmacêutico relacionadas à comunicação e


educação em saúde:
I – Estabelecer processo adequado de comunicação com pacientes, cuida-
dores, família, equipe de saúde e sociedade, incluindo a utilização dos meios
de comunicação de massa;
II – Fornecer informação sobre medicamentos à equipe de saúde;
III – Informar, orientar e educar os pacientes, a família, os cuidadores e a
sociedade sobre temas relacionados à saúde, ao uso racional de medicamen-
tos e a outras tecnologias em saúde;
IV – Desenvolver e participar de programas educativos para grupos de
pacientes;
V – Elaborar materiais educativos destinados à promoção, proteção e re-
cuperação da saúde e prevenção de doenças e de outros problemas relacio-
nados;
VI – Atuar no processo de formação e desenvolvimento profissional de
farmacêuticos;
VII – Desenvolver e participar de programas de treinamento e educação
continuada de recursos humanos na área da saúde.
Art. 9º São atribuições do farmacêutico relacionadas à gestão da prática,
produção e aplicação do conhecimento:
I – Participar da coordenação, supervisão, auditoria, acreditação e certifi-
cação de ações e serviços no âmbito das atividades clínicas do farmacêutico;
II – Realizar a gestão de processos e projetos, por meio de ferramentas e
indicadores de qualidade dos serviços clínicos prestados;
III – Buscar, selecionar, organizar, interpretar e divulgar informações que
orientem a tomada de decisões baseadas em evidência, no processo de cui-
dado à saúde;
IV – Interpretar e integrar dados obtidos de diferentes fontes de informa-
ção no processo de avaliação de tecnologias de saúde;

121
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

V – Participar da elaboração, aplicação e atualização de formulários te-


rapêuticos e protocolos clínicos para a utilização de medicamentos e outras
tecnologias em saúde;
VI – Participar da elaboração de protocolos de serviços e demais normati-
vas que envolvam as atividades clínicas;
VII – Desenvolver ações para prevenção, identificação e notificação de
incidentes e queixas técnicas relacionados aos medicamentos e a outras tec-
nologias em saúde;
VIII – Participar de comissões e comitês no âmbito das instituições e ser-
viços de saúde, voltados para a promoção do uso racional de medicamentos
e da segurança do paciente;
IX – Participar do planejamento, coordenação e execução de estudos epi-
demiológicos e demais investigações de caráter técnico-científico na área da
saúde;
X – Integrar comitês de ética em pesquisa;
XI – Documentar todo o processo de trabalho do farmacêutico.

CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 10. As atribuições dispostas nesta resolução correspondem aos direi-


tos, responsabilidades e competências do farmacêutico no desenvolvimento
das atividades clínicas e na provisão de serviços farmacêuticos.
Art. 11 Consideram-se, para os fins desta resolução, as definições de ter-
mos (glossário) e referências contidas no Anexo.
Art. 12. Esta resolução entra em vigor nesta data, revogando-se as dis-
posições em contrário.

WALTER DA SILVA JORGE JOÃO


Presidente – CFF

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ANEXO
GLOSSÁRIO

Anamnese farmacêutica: procedimento de coleta de dados sobre o pa-


ciente, realizada pelo farmacêutico por meio de entrevista, com a finalidade
de conhecer sua história de saúde, elaborar o perfil farmacoterapêutico e
identificar suas necessidades relacionadas à saúde.
Bioética: ética aplicada especificamente ao campo das ciências médicas
e biológicas. Representa o estudo sistemático da conduta humana na atenção
à saúde à luz de valores e princípios morais. Abrange dilemas éticos e deon-
tológicos relacionados à ética médica e farmacêutica, incluindo assistência
à saúde, as investigações biomédicas em seres humanos e as questões hu-
manísticas e sociais como o acesso e o direito à saúde, recursos e políticas
públicas de atenção à saúde. A bioética se fundamenta em princípios, valores
e virtudes tais como a justiça, a beneficência, a não maleficência, a equidade,
a autonomia, o que pressupõe nas relações humanas a responsabilidade, o
livre-arbítrio, a consciência, a decisão moral e o respeito à dignidade do ser
humano na assistência, pesquisa e convívio social.
Consulta farmacêutica: atendimento realizado pelo farmacêutico ao pa-
ciente, respeitando os princípios éticos e profissionais, com a finalidade de
obter os melhores resultados com a farmacoterapia e promover o uso racional
de medicamentos e de outras tecnologias em saúde.
Consultório farmacêutico: lugar de trabalho do farmacêutico para aten-
dimento de pacientes, familiares e cuidadores, onde se realiza com privaci-
dade a consulta farmacêutica. Pode funcionar de modo autônomo ou como
dependência de hospitais, ambulatórios, farmácias comunitárias, unidades
multiprofissionais de atenção à saúde, instituições de longa permanência e
demais serviços de saúde, no âmbito público e privado.

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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Cuidado centrado no paciente: relação humanizada que envolve o res-


peito às crenças, expectativas, experiências, atitudes e preocupações do pa-
ciente ou cuidadores quanto às suas condições de saúde e ao uso de medica-
mentos, na qual farmacêutico e paciente compartilham a tomada de decisão
e a responsabilidade pelos resultados em saúde alcançados.
Cuidador: pessoa que exerce a função de cuidar de pacientes com depen-
dência numa relação de proximidade física e afetiva. O cuidador pode ser um
parente, que assume o papel a partir de relações familiares, ou um profissio-
nal, especialmente treinado para tal fim.
Evolução farmacêutica: registros efetuados pelo farmacêutico no pron-
tuário do paciente, com a finalidade de documentar o cuidado em saúde
prestado, propiciando a comunicação entre os diversos membros da equipe
de saúde.
Farmácia clínica: área da farmácia voltada à ciência e prática do uso
racional de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao pa-
ciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar, e
prevenir doenças.
Farmacoterapia: tratamento de doenças e de outras condições de saú-
de, por meio do uso de medicamentos.
Incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resul-
tou, em dano desnecessário ao paciente.
Intervenção farmacêutica: ato profissional planejado, documentado e
realizado pelo farmacêutico, com a finalidade de otimização da farmacotera-
pia, promoção, proteção e da recuperação da saúde, prevenção de doenças e
de outros problemas de saúde.
Lista de medicamentos do paciente: relação completa e atualizada
dos medicamentos em uso pelo paciente, incluindo os prescritos e os não
prescritos, as plantas medicinais, os suplementos e os demais produtos com
finalidade terapêutica.

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Otimização da farmacoterapia: processo pelo qual se obtém os melho-


res resultados possíveis da farmacoterapia do paciente, considerando suas
necessidades individuais, expectativas, condições de saúde, contexto cultural
e determinantes de saúde.
Paciente: pessoa que solicita, recebe ou contrata orientação, aconselha-
mento ou prestação de outros serviços de um profissional da saúde.
Parecer farmacêutico: documento emitido e assinado pelo farmacêuti-
co, que contém manifestação técnica fundamentada e resumida sobre ques-
tões específicas no âmbito de sua atuação. O parecer pode ser elaborado
como resposta a uma consulta, ou por iniciativa do farmacêutico, ao identifi-
car problemas relativos ao seu âmbito de atuação.
Plano de cuidado: planejamento documentado para a gestão clínica das
doenças, de outros problemas de saúde e da terapia do paciente, delineado
para atingir os objetivos do tratamento. Inclui as responsabilidades e ativida-
des pactuadas entre o paciente e o farmacêutico, a definição das metas te-
rapêuticas, as intervenções farmacêuticas, as ações a serem realizadas pelo
paciente e o agendamento para retorno e acompanhamento.
Prescrição: conjunto de ações documentadas relativas ao cuidado à saúde,
visando à promoção, proteção e recuperação da saúde, e à prevenção de doenças.
Prescrição de medicamentos: ato pelo qual o prescritor seleciona, inicia,
adiciona, substitui, ajusta, repete ou interrompe a farmacoterapia do paciente e
documenta essas ações, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde,
e a prevenção de doenças e de outros problemas de saúde.
Prescrição farmacêutica: ato pelo qual o farmacêutico seleciona e docu-
menta terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras intervenções rela-
tivas ao cuidado à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e recupera-
ção da saúde, e à prevenção de doenças e de outros problemas de saúde.
Problema de saúde autolimitado: enfermidade aguda de baixa gravi-
dade, de breve período de latência, que desencadeia uma reação orgânica
a qual tende a cursar sem dano para o paciente e que pode ser tratada de
forma eficaz e segura com medicamentos e outros produtos com finalidade

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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo medica-


mentos industrializados e preparações magistrais - alopáticos ou dinamizados
-, plantas medicinais, drogas vegetais ou com medidas não farmacológicas.
Queixa técnica: notificação feita pelo profissional de saúde quando ob-
servado um afastamento dos parâmetros de qualidade exigidos para a comer-
cialização ou aprovação no processo de registro de um produto farmacêutico.
Rastreamento em saúde: identificação provável de doença ou condição
de saúde não identificada, pela aplicação de testes, exames ou outros proce-
dimentos que possam ser realizados rapidamente, com subsequente orienta-
ção e encaminhamento do paciente a outro profissional ou serviço de saúde
para diagnóstico e tratamento.
Saúde baseada em evidência: é uma abordagem que utiliza as ferra-
mentas da epidemiologia clínica, da estatística, da metodologia científica e da
informática para trabalhar a pesquisa, o
conhecimento e a atuação em saúde, com o objetivo de oferecer a melhor
informação disponível para a tomada de decisão nesse campo.
Serviços de saúde: serviços que lidam com o diagnóstico e o tratamento
de doenças ou com a promoção, manutenção e recuperação da saúde. In-
cluem os consultórios, clínicas, hospitais, entre outros, públicos e privados.
Tecnologias em saúde: medicamentos, equipamentos e procedimentos
técnicos, sistemas organizacionais, informacionais, educacionais e de supor-
te, e programas e protocolos assistenciais, por meio dos quais a atenção e os
cuidados com a saúde são prestados à população.
Uso racional de medicamentos: processo pelo qual os pacientes rece-
bem medicamentos apropriados para suas necessidades clínicas, em doses
adequadas às suas características individuais, pelo período de tempo adequa-
do e ao menor custo possível, para si e para a sociedade.
Uso seguro de medicamentos: inexistência de injúria acidental ou evi-
tável durante o uso dos medicamentos. O uso seguro engloba atividades de
prevenção e minimização dos danos provocados por eventos adversos, que
resultam do processo de uso dos medicamentos.

126
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

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130
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

RESOLUÇÃO N. 586 DE 29 DE AGOSTO DE 2013

Ementa: Regula a prescrição farmacêutica e dá outras provi-


dências.

PREÂMBULO

No mundo contemporâneo, os modelos de assistência à saúde passam por


profundas e sensíveis transformações resultantes da demanda por serviços,
da incorporação de tecnologias e dos desafios de sustentabilidade do seu fi-
nanciamento. Esses fatores provocam mudanças na forma de produzir o cui-
dado à saúde das pessoas, a um tempo em que contribuem para a redefinição
da divisão social do trabalho entre as profissões da saúde.
A ideia de expandir para outros profissionais, entre os quais o farmacêuti-
co, maior responsabilidade no manejo clínico dos pacientes, intensificando o
processo de cuidado, tem propiciado alterações nos marcos de regulação em
vários países. Com base nessas mudanças, foi estabelecida, entre outras, a
autorização para que distintos profissionais possam selecionar, iniciar, adicio-
nar, substituir, ajustar, repetir ou interromper a terapia farmacológica. Essa
tendência surgiu pela necessidade de ampliar a cobertura dos serviços de
saúde e incrementar a capacidade de resolução desses serviços.
É fato que, em vários sistemas de saúde, profissionais não médicos estão
autorizados a prescrever medicamentos. É assim que surge o novo modelo
de prescrição como prática multiprofissional. Esta prática tem modos espe-
cíficos para cada profissão e é efetivada de acordo com as necessidades de
cuidado do paciente, e com as responsabilidades e limites de atuação de cada
profissional. Isso favorece o acesso e aumenta o controle sobre os gastos,
reduzindo, assim, os custos com a provisão de farmacoterapia racional, além
de propiciar a obtenção de melhores resultados terapêuticos.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

A literatura internacional demonstra benefícios da prescrição por farma-


cêuticos segundo diferentes modelos, realizada tanto de forma independente
ou em colaboração com outros profissionais da equipe de saúde. O farmacêu-
tico, neste último caso, prescreve medicamentos definidos em programas de
saúde no âmbito dos sistemas públicos, em rotinas de instituições ou confor-
me protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas pré-estabelecidos.
Esta resolução encerra a concepção de prescrição como a ação de reco-
mendar algo ao paciente. Tal recomendação pode incluir a seleção de opção
terapêutica, a oferta de serviços farmacêuticos, ou o encaminhamento a ou-
tros profissionais ou serviços de saúde.
Vale ressaltar que concepções de prescrição farmacêutica encontram-se
fragmentadas na legislação vigente, tanto sanitária como profissional. Esta
resolução inova ao considerar a prescrição como uma atribuição clínica do
farmacêutico, definir sua natureza, especificar e ampliar o seu escopo para
além do produto e descrever seu processo na perspectiva das boas práticas,
estabelecendo seus limites e a necessidade de documentar e avaliar as ativi-
dades de prescrição.
O Conselho Federal de Farmácia, ao regular a prescrição farmacêutica, o
faz em consonância com as tendências de maior integração da profissão far-
macêutica com as demais profissões da área da saúde, reforça a sua missão
de zelar pelo bem-estar da população e de propiciar a valorização técnico-
-científica e ética do farmacêutico.
O Conselho Federal de Farmácia (CFF), no uso de suas atribuições previs-
tas na Lei Federal n. 3.820, de 11 de novembro 1960, e considerando o dis-
posto no artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal, que outorga liberdade
de exercício, trabalho ou profissão, desde que atendidas as qualificações que
a lei estabelecer;
considerando que o CFF, no âmbito de sua área específica de atuação e,
como entidade de profissão regulamentada, exerce atividade típica de Esta-
do, nos termos do artigo 5º, inciso XIII; artigo 21, inciso XXIV e artigo 22,
inciso XVI, todos da Constituição Federal;

132
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

considerando a outorga legal ao CFF de zelar pela saúde pública, promo-


vendo ações de assistência farmacêutica em todos os níveis de atenção à
saúde, de acordo com a alínea “p”, do artigo 6º da Lei Federal n. 3.820, de
11 de novembro de 1960, com as alterações da Lei Federal n. 9.120, de 26
de outubro de 1995;
considerando que é atribuição do CFF expedir resoluções para eficácia da
Lei Federal n. 3.820, de 11 de novembro de 1960, e, que ainda, compete-lhe
o múnus de definir ou modificar a competência dos profissionais de Farmácia
em seu âmbito, conforme o artigo 6º, alíneas “g” e “m”;
considerando a Lei Federal n. 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dis-
põe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências;
considerando o Decreto Federal n. 85.878, de 7 de abril de 1981, que es-
tabelece normas para execução da Lei Federal n. 3.820, de 11 de novembro
de 1960, que dispõe sobre o exercício da profissão farmacêutica, e dá outras
providências;
considerando as deliberações da Conferência Internacional sobre Cuida-
dos Primários em Saúde realizada em Alma-Ata, promovida pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef),
de 6/12 de setembro de 1978;
considerando a Portaria MS/GM n. 687, de 30 de março de 2006, que
aprova a Política de Promoção da Saúde;
considerando a Portaria MS/GM n. 4.279, de 30 de dezembro de 2010,
que estabelece diretrizes para a organização da rede de atenção à saúde no
âmbito do sistema único de saúde (SUS);
considerando a Portaria MS/GM n. 3.124, de 28 de dezembro de 2012,
que redefine os parâmetros de vinculação dos Núcleos de Apoio à Saúde da
Família (NASF) Modalidades 1 e 2 às Equipes Saúde da Família e/ou Equipes
de Atenção Básica para populações específicas, cria a Modalidade NASF 3, e
dá outras providências;

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

considerando a Portaria MS/GM n. 529, de 1º de abril de 2013, que institui


o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP);
considerando a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) n. 338,
de 6 de maio de 2004, que aprova a Política Nacional de Assistência Farma-
cêutica, em particular o inciso IV do artigo 1º, no que se refere à atenção
farmacêutica;
considerando a Resolução/CFF n. 386, de 12 de novembro de 2002, que
dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito da assistência domici-
liar em equipes multidisciplinares;
considerando a Resolução/CFF n. 357, de 27 de abril de 2001, que aprova
o regulamento técnico das boas práticas de farmácia;
considerando a Resolução/CFF n. 417, de 29 de setembro de 2004, que
aprova o Código de Ética da Profissão Farmacêutica;
considerando a Resolução/CFF n. 467, de 28 de novembro de 2007, que
regulamenta e estabelece as atribuições e competências do farmacêutico na
manipulação de medicamentos e de outros produtos farmacêuticos;
considerando a Resolução/CFF n. 499, de 17 de dezembro de 2008, que
dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias,
e dá outras providências, alterada pela Resolução/CFF n. 505, de 23 de junho
de 2009;
considerando a Resolução/CFF n. 546, de 21 de julho de 2011, que dispõe
sobre a indicação farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicos isentos
de prescrição e o seu registro;
considerando a Resolução/CFF n. 555, de 30 de novembro de 2011, que
regulamenta o registro, a guarda e o manuseio de informações resultantes da
prática da assistência farmacêutica em serviços de saúde;
considerando a Resolução/CFF no 585, de 29 de agosto de 2013, que re-
gulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências;

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considerando a Instrução Normativa (IN) da Agência Nacional de Vigilân-


cia Sanitária (Anvisa) n. 5, de 11 de abril de 2007, que dispõe sobre os limites
sobre potência para o registro e notificação de medicamentos dinamizados;
considerando a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC)Anvisa n. 138, de
29 de maio de 2003, que dispõe sobre o enquadramento na categoria de ven-
da de medicamentos;
considerando a RDC Anvisa n. 222, de 29 de julho de 2005, que aprova a
1ª Edição do Formulário Nacional, elaborado pela Subcomissão do Formulá-
rio Nacional, da Comissão Permanente de Revisão da Farmacopeia Brasileira
(CPRVD);
considerando a RDC Anvisa n. 26, de 30 de março de 2007, que dispõe so-
bre o registro de medicamentos dinamizados industrializados homeopáticos,
antroposóficos e anti-homotóxicos;
considerando a RDC Anvisa n. 67, de 8 de outubro de 2007, que dispõe
sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais
para Uso Humano em Farmácias, alterada pela RDC Anvisa n. 87, de 21 de
novembro de 2008; e, considerando a RDC Anvisa n. 44, de 17 de agosto de
2009, que dispõe sobre boas práticas farmacêuticas para o controle sanitário
do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da
prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras
providências, RESOLVE:
Art. 1º Regulamentar a prescrição farmacêutica, nos termos desta resolução.
Art. 2º O ato da prescrição farmacêutica constitui prerrogativa do farma-
cêutico legalmente habilitado e registrado no Conselho Regional de Farmácia
de sua jurisdição.
Art. 3ºPara os propósitos desta resolução, define-se a prescrição farma-
cêutica como ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias
farmacológicas e não farmacológicas, e outras intervenções relativas ao cui-
dado à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e recuperação da
saúde, e à prevenção de doenças e de outros problemas de saúde.

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Parágrafo único. A prescrição farmacêutica de que trata o caput deste artigo


constitui uma atribuição clínica do farmacêutico e deverá ser realizada com base
nas necessidades de saúde do paciente, nas melhores evidências científicas, em
princípios éticos e em conformidade com as políticas de saúde vigentes.
Art. 4º O ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer em diferentes
estabelecimentos farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à
saúde, desde que respeitado o princípio da confidencialidade e a privacidade
do paciente no atendimento.
Art. 5º O farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e
outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija pres-
crição médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações ma-
gistrais - alopáticos ou dinamizados -, plantas medicinais, drogas vegetais e
outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas
pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico.
§ 1º O exercício deste ato deverá estar fundamentado em conhecimentos
e habilidades clínicas que abranjam boas práticas de prescrição, fisiopatolo-
gia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica.
§ 2º O ato da prescrição de medicamentos dinamizados e de terapias rela-
cionadas às práticas integrativas e complementares, deverá estar fundamen-
tado em conhecimentos e habilidades relacionados a estas práticas.
Art. 6º O farmacêutico poderá prescrever medicamentos cuja dispensa-
ção exija prescrição médica, desde que condicionado à existência de diag-
nóstico prévio e apenas quando estiver previsto em programas, protocolos,
diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições
de saúde ou quando da formalização de acordos de colaboração com outros
prescritores ou instituições de saúde.
§ 1º Para o exercício deste ato será exigido, pelo Conselho Regional de
Farmácia de sua jurisdição, o reconhecimento de título de especialista ou de
especialista profissional farmacêutico na área clínica, com comprovação de

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formação que inclua conhecimentos e habilidades em boas práticas de pres-


crição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clí-
nica e terapêutica.
§ 2º Para a prescrição de medicamentos dinamizados será exigido, pelo
Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição, o reconhecimento de título
de especialista em Homeopatia ou Antroposofia.
§ 3º É vedado ao farmacêutico modificar a prescrição de medicamentos
do paciente, emitida por outro prescritor, salvo quando previsto em acordo de
colaboração, sendo que, neste caso, a modificação, acompanhada da justifi-
cativa correspondente, deverá ser comunicada ao outro prescritor.
Art. 7º O processo de prescrição farmacêutica é constituído das seguintes
etapas:
I – identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde;
II – definição do objetivo terapêutico;
III – seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado à saúde, com
base em sua segurança, eficácia, custo e conveniência, dentro do plano de
cuidado;
IV – redação da prescrição;
V – orientação ao paciente;
VI – avaliação dos resultados;
VII – documentação do processo de prescrição.
Art. 8º No ato da prescrição, o farmacêutico deverá adotar medidas que
contribuam para a promoção da segurança do paciente, entre as quais se
destacam:
I – basear suas ações nas melhores evidências científicas;
II – tomar decisões de forma compartilhada e centrada no paciente;
III – considerar a existência de outras condições clínicas, o uso de outros
medicamentos, os hábitos de vida e o contexto de cuidado no entorno do pa-
ciente;

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IV – estar atento aos aspectos legais e éticos relativos aos documentos


que serão entregues ao paciente;
V – comunicar adequadamente ao paciente, seu responsável ou cuidador,
as suas decisões e recomendações, de modo que estes as compreendam de
forma completa;
VI – adotar medidas para que os resultados em saúde do paciente, decor-
rentes da prescrição farmacêutica, sejam acompanhados e avaliados.
Art. 9º A prescrição farmacêutica deverá ser redigida em vernáculo, por
extenso, de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos
e medidas oficiais, sem emendas ou rasuras, devendo conter os seguintes
componentes mínimos:
I – identificação do estabelecimento farmacêutico, consultório ou do ser-
viço de saúde ao qual o farmacêutico está vinculado;
II – nome completo e contato do paciente;
III – descrição da terapia farmacológica, quando houver, incluindo as se-
guintes informações:
a) nome do medicamento ou formulação, concentração/dinamização, for-
ma farmacêutica e via de administração;
b) dose, frequência de administração do medicamento e duração do tra-
tamento;
c) instruções adicionais, quando necessário.
IV – descrição da terapia não farmacológica ou de outra intervenção rela-
tiva ao cuidado do paciente, quando houver;
V – nome completo do farmacêutico, assinatura e número de registro no
Conselho Regional de Farmácia;
VI – local e data da prescrição.
Art. 10. A prescrição de medicamentos, no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS), estará necessariamente em conformidade com a Denominação
Comum Brasileira (DCB) ou, em sua falta, com a Denominação Comum In-
ternacional (DCI).

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Art. 11 A prescrição de medicamentos, no âmbito privado, estará prefe-


rentemente em conformidade com a DCB ou, em sua falta, com a DCI.
Art. 12. É vedado ao farmacêutico prescrever sem a sua identificação ou
a do paciente, de forma secreta, codificada, abreviada, ilegível ou assinar fo-
lhas de receituários em branco.
Art. 13 Será garantido o sigilo dos dados e informações do paciente, obti-
dos em decorrência da prescrição farmacêutica, sendo vedada a sua utilização
para qualquer finalidade que não seja de interesse sanitário ou de fiscalização
do exercício profissional.
Art. 14. No ato da prescrição, o farmacêutico deverá orientar suas ações
de maneira ética, sempre observando o benefício e o interesse do paciente,
mantendo autonomia profissional e científica em relação às empresas, ins-
tituições e pessoas físicas que tenham interesse comercial ou possam obter
vantagens com a prescrição farmacêutica.
Art. 15 É vedado o uso da prescrição farmacêutica como meio de propa-
ganda e publicidade de qualquer natureza.
Art. 16. O farmacêutico manterá registro de todo o processo de prescri-
ção na forma da lei.
Art. 17 Consideram-se, para os fins desta resolução, o preâmbulo, as de-
finições de termos (glossário) e as referências contidas no Anexo.
Art. 18 –Esta resolução entrará em vigor nesta data, revogando-se as
disposições em contrário.

WALTER DA SILVA JORGE JOÃO


Presidente – CFF ANEXO

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GLOSSÁRIO
Acordo de colaboração: é a parceria formal entre o farmacêutico e o
prescritor ou a instituição, com explícito acordo entre quem está delegando
(prescritor ou instituição) e quem está recebendo a autorização (farmacêuti-
co) para prescrever.
Concentração: quantidade de substância(s) ativa(s) ou inativa(s) conti-
da(s) em determinada unidade de massa ou volume do produto farmacêutico.
Consultório farmacêutico: lugar de trabalho do farmacêutico para aten-
dimento de pacientes, familiares e cuidadores, onde se realiza com privaci-
dade a consulta farmacêutica. Pode funcionar de modo autônomo ou como
dependência de hospitais, ambulatórios, farmácias comunitárias, unidades
multiprofissionais de atenção à saúde, instituições de longa permanência e
demais serviços de saúde, no âmbito público e privado. Dose: quantidade de
medicamento que se administra de uma só vez ou total das quantidades fra-
cionadas administradas durante um período de tempo determinado.
Dinamização: processo de diluição seguido de agitação ritmada ou de
sucussão, e/ou triturações sucessivas do insumo ativo em insumo inerte ade-
quado, cuja finalidade é o desenvolvimento da capacidade terapêutica do
medicamento.
Denominação Comum Brasileira: denominação do fármaco ou princí-
pio farmacologicamente ativo, aprovado pelo Órgão Federal responsável pela
Vigilância Sanitária.
Denominação Comum Internacional: denominação do fármaco ou
princípio farmacologicamente ativo, recomendada pela Organização Mundial
da Saúde.
Droga vegetal: planta medicinal, ou suas partes, que contenham as
substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica,
após processos de coleta, estabilização, quando aplicável, e secagem, poden-
do estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada.

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Estabelecimento farmacêutico: estabelecimento sustentável centrado


no atendimento das necessidades de saúde do indivíduo, da família e da co-
munidade, por meio da prestação de serviços farmacêuticos e da provisão de
medicamentos e outros produtos para a saúde, que visem à promoção e recu-
peração da saúde, a prevenção de doenças e de outros problemas de saúde.
Farmácia clínica: área da farmácia voltada à ciência e prática do uso
racional de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao pa-
ciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bemestar, e
prevenir doenças.
Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado,
com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
Medicamento dinamizado: medicamento preparado a partir de subs-
tâncias que são submetidas a triturações sucessivas ou diluições seguidas de
sucussão, ou outra forma de agitação ritmada, com finalidade preventiva ou
curativa a ser administrado conforme a terapêutica homeopática, homotoxi-
cológica ou antroposófica.
Medicamento fitoterápico: medicamento alopático, obtido por proces-
sos tecnologicamente adequados, empregando-se exclusivamente matérias-
-primas vegetais, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de
diagnóstico.
Paciente: pessoa que solicita, recebe ou contrata orientação, aconselha-
mento ou prestação de outros serviços de um profissional da saúde.
Planta medicinal: espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com pro-
pósitos terapêuticos.
Plano de cuidado: planejamento documentado para a gestão clínica das
doenças, outros problemas de saúde e da terapia do paciente, delineado para
atingir os objetivos do tratamento. Inclui as responsabilidades e atividades
pactuadas entre o paciente e o farmacêutico, a definição das metas terapêuti-
cas, as intervenções farmacêuticas, as ações a serem realizadas pelo pacien-
te e o agendamento para retorno e acompanhamento.

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Prescrição: conjunto de ações documentadas relativas ao cuidado à saú-


de, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde, e à prevenção de
doenças e outros problemas relacionados.
Prescrição de medicamentos: ato pelo qual o prescritor seleciona, ini-
cia, adiciona, substitui, ajusta, repete ou interrompe a farmacoterapia do
paciente e documenta essas ações, visando à promoção, proteção e recupe-
ração da saúde, e a prevenção de doenças e de outros problemas de saúde.
Saúde baseada em evidência:é uma abordagem que utiliza as ferra-
mentas da epidemiologia clínica, da estatística, da metodologia científica, e
da informática para trabalhar a pesquisa, o conhecimento, e a atuação em
saúde, com o objetivo de oferecer a melhor informação disponível para a to-
mada de decisão nesse campo.
Serviços de saúde:serviços que lidam com o diagnóstico e o tratamento
de doenças ou com a promoção, manutenção e recuperação da saúde. In-
cluem os consultórios, clínicas, hospitais, entre outros, públicos e privados.
Uso racional de medicamentos: processo pelo qual os pacientes rece-
bem medicamentos apropriados para suas necessidades clínicas, em doses
adequadas às suas características individuais, pelo período de tempo adequa-
do e ao menor custo possível, para si e para a sociedade.
Uso seguro de medicamentos: inexistência de injúria acidental ou evi-
tável durante o uso dos medicamentos. O uso seguro engloba atividades de
prevenção e minimização dos danos provocados por eventos adversos, que
resultam do processo de uso dos medicamentos.

142
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

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bitstream/10665/70882/4/WHO_IER_PSP_2010.2_por.df
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). World Alliance for Patient Sa-
fety: Forward programme 2006–2007. Geneva. Disponívelem: http://www.
who. int/patientsafety/World Health.

155
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

RESOLUÇÃO N. 698, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2020

Ementa: altera a Cédula de Identidade profissional (CIP) do farmacêu-


tico e não farmacêutico, a Certidão de Regularidade e cria a Cédula
de Identidade Profissional Digital, a Cédula de Identificação digital dos
Conselheiros Federais e Regionais e estabelece itens de segurança na
Carteira de Identidade Profissional, e dá outras providências.

O CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, no uso de suas atribuições legais e


regimentais, nos termos da Lei n. 3.820, de 11 de novembro de 1960;
Considerando os artigos 10, 19 e 20 da Lei n. 3.820/60;
Considerando os termos do artigo 6º, alínea “f” da Lei n. 3.820/60 e a
necessidade de atualização permanente do cadastro das pessoas físicas e
jurídicas jurisdicionadas no Conselho Federal de Farmácia e nos Conselhos
Regionais de Farmácia, seus órgãos executivos;
Considerando os termos da Lei n. 6.206/75, que dá valor de documento de
identidade às cédulas de identidade expedidas pelos Órgãos Fiscalizadores do
Exercício Profissional em todo o território nacional como prova de identidade,
para qualquer efeito;
Considerando a Lei n. 13.709, de 14 de agosto de 2018, Lei Geral de Pro-
teção de Dados Pessoais (LGPD);
Considerando a Resolução n. 517 de 26 de novembro de 2009, que dispõe
sobre a inscrição e carteira profissional do técnico de nível médio e asseme-
lhados, e dá outras providências;
Considerando a Resolução n. 628 de 30 de setembro de 2016, que acres-
centa os parágrafos primeiro e segundo ao artigo 10 da Resolução/CFF n.
517/09, dispondo sobre a cédula de identidade profissional do não farmacêu-
tico de nível médio.
Considerando a Resolução/CFF n. 638, de 24 de março de 2017, que dis-
põe sobre a inscrição, o registro, o cancelamento, a baixa e a averbação nos
Conselhos Regionais de Farmácia, além de outras providências ou outra reso-
lução que venha substituí-la;

156
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Considerando, a necessidade de se estabelecer procedimentos para a


emissão da Cédula de Identidade Profissional de forma física e digital e da
Certidão de Regularidade, capazes de garantir a necessária segurança dos
registros, a facilidade de manuseio dos mesmos, e ainda possibilitar meios
seguros para a aferição estatística;
Considerando que, no Brasil, o sistema de certificação digital foi adotado
pela Medida Provisória n. 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, que instituiu a
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP- Brasil) para, nos termos
literais de seu artigo 1º, garantir a autenticidade, a integridade e a validade
jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das
aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realiza-
ção de transações eletrônicas seguras;
Considerando que, em 5 de julho de 2012, o Comitê Gestor da Infraestru-
tura de Chaves Públicas Brasileiras (CG ICP-Brasil) aprovou a criação dos cer-
tificados de atributos no âmbito da ICP-Brasil (os documentos ICP números
16 e 16.1 apresentam a visão geral, o perfil de uso, além dos requisitos para
gerar e verificar certificados de atributos na ICP-Brasil);
Considerando a possibilidade de uso da tecnologia para dar maior segu-
rança à Cédula de Identidade Profissional, maior portabilidade do documento
e que ofereça meios digitais que asseguram sua autenticidade, resolve:
Art. 1º Instituir normas para emissão da Cédula de Identidade Profis-
sional aos jurisdicionados previstos no artigo 14 da Lei Federal n. 3.820/60,
em meios físico e digital, da Cédula de Identificação Digital dos Conselheiros
Federais, Regionais e a Certidão de Regularidade para comprovação da exi-
gência prevista no artigo 24 do referido diploma legal, nos termos dos anexos
I e II da presente resolução.
Art. 2º Determinar aos Conselhos Regionais de Farmácia que adotem as
providências necessárias ao cumprimento desta resolução, bem como pro-
movam o envio dos dados dos inscritos nos respectivos regionais ao CFF, no
prazo de 60 (sessenta) dias após a publicação desta resolução.

157
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Parágrafo único: o envio dos dados de novos inscritos e atualizações ca-


dastrais dos Conselhos Regionais ao CFF, deverá ser feito de forma sincroni-
zada, atendendo o que está disposto no § 6º, art. 18 da lei n. 13.709, de 14
de agosto de 2018, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Art. 3º A Certidão de Regularidade é o documento que comprova a exi-
gência prevista no artigo 24 Lei n. 3.820, de 11 de novembro de 1960 e de-
verá estar de acordo com os termos dos anexos I e II da presente resolução.
Art. 4º A carteira e a cédula de identidade profissional definitiva e/ou
provisória em meio físico, expedidas pelos Conselho Federal e Regionais de
Farmácia são obrigatórias para o exercício profissional, válidas como prova
de identidade para todos os efeitos legais, conforme prevê a Lei Federal n.
6.206/75;
§ 1º As despesas decorrentes da confecção ou substituição dos documen-
tos de identidade do profissional correrão por conta do profissional inscrito,
exceto o disposto no § 3º do artigo 5º.
§ 2º A cédula de identidade profissional provisória, será concedida aos
profissionais inscritos conforme art. 21 da Resolução 638/2017, ou outra que
vier a substituí-la.
§ 3º Na hipótese de inscrição provisória, a cédula conterá, no verso, acima
do campo para assinatura do Presidente do CRF, a expressão “INSCRIÇÃO
PROVISÓRIA” e, logo abaixo, o campo “VÁLIDA ATÉ:..../..../ “, nos termos
dos anexos I e II da presente resolução.
Art. 5º Os Conselhos Regionais de Farmácia adotarão progressivamente
as novas Cédulas de Identidade nas versões física e digital.
§1º A atual cédula de identidade, instituída pelas Resoluções/CFF n.
494/2008 e 628/2016, será gradualmente substituída e continuará válida por
período indeterminado para todos os inscritos que ainda não tenham provi-
denciado a emissão do novo modelo;

158
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 2º A emissão da nova cédula de identidade, versão em cartão policar-


bonato com chip e QR- code, será confeccionada mediante requerimento do
interessado.
§ 3º Quando se tratar da primeira inscrição definitiva do profissional em
Conselho Regional de Farmácia, o custo da emissão da cédula em cartão
policarbonato com chip e QR-code caberá ao Conselho Federal de Farmácia,
sendo gratuita ao farmacêutico e ao técnico.
§ 4º A cédula de identidade digital para os inscritos e a cédula de identifi-
cação dos conselheiros federais e regionais, serão disponibilizadas na versão
compatível aos sistemas operacionais existentes, conforme especificações
contidas no Anexo I e modelo no Anexo II, de forma gratuita para o profissio-
nal que possuir a versão em cartão policarbonato, com QR-code e poderá ser
carregada mediante uso de aplicativo fornecido exclusivamente pelo Conse-
lho Federal de Farmácia.
§ 5º O Conselho Federal de Farmácia deverá prover meios para que a cé-
dula de identidade digital, sejam confeccionadas de acordo com as exigências
técnicas definidas nos regulamentos da Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileira (ICP-Brasil), conforme especificado no Anexo I, não podendo este
documento substituir a obrigatoriedade da versão em cartão policarbonato
com chip e QR-code.
Art. 6º A Certidão de Regularidade será expedida pelos Conselhos Regio-
nais de Farmácia, na forma digital, conforme especificações técnicas constan-
tes no item 2 do anexo I, e modelo constante do anexo II desta resolução,
não podendo os Conselhos Regionais de Farmácia cobrar taxas e/ou emolu-
mentos.
Art. 7º As especificações técnicas e o modelo da Carteira de Identidade
Profissional e da nova Cédula de Identidade Profissional em formato físico e
digital e a cédula de identificação dos Conselheiros federais e regionais, bem
como da Certidão de Regularidade, obedecerão aos termos dos anexos I e II
da presente resolução.

159
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Parágrafo único. É facultativa a adesão do inscrito ao uso da Cédula de


Identidade Digital;
Art. 8º Esta resolução entra em vigor em 60 (sessenta) dias após sua
publicação, revogando-se as Resoluções/CFF n. 289 de 22 de março de 1996,
n. 494 de 26 de novembro de 2008, n. 559 de 23 de março de 2012 e demais
disposições em contrário.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

ANEXO I
A Cédula de Identidade Profissional física e digital, a Cédula de Identifi-
cação digital para conselheiros federais, regionais e diretores, a Certidão de
Regularidade Técnica e a Carteira de Identidade Profissional serão confeccio-
nadas sob as seguintes especificações técnicas:

CÉDULA DE IDENTIDADE

1.1 INSCRIÇÃO DEFINITIVA


A Cédula de Identidade do CFF deverá conter as seguintes especificações
técnicas básicas: Cor: verde
Formato: Largura: 85,6 +/- 0.12 mm Altura: 53,98 +/- 0,05 mm Espessu-
ra: 0,76 +/- 0,08 mm Cantos arredondados com o raio de 3.18 +/- 0.30 mm
Base para a Cédula: A base para a confecção da Cédula de Identidade Pro-
fissional do CFF deverá ser de cartão policarbonato, cujas características finais
de resistência mecânica estejam de acordo com a norma ISO IEC 7816 - 1.
Pré-impressos:
a. Símbolo Conselho Federal de Farmácia em cores reais;
b. Brasão da Republica;
c. Dizeres “REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”, “CONSELHO FEDERAL
DE FARMÁCIA” e “CÉDULA DE IDENTIDADE”;
d. Dizeres identificadores dos campos dos dados variáveis;
e. Desenhos de fundo;
f. Micro textos.
Dados variáveis: (Deverão ser impressos a laser entre camadas do Cartão)
a) Nome completo/ ou nome social;
b) Número de Registro do Profissional CRF/UF;
c) Filiação;
d) Data de Nascimento;
e) Categoria Profissional;

161
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

f) Nacionalidade;
g) Naturalidade (Município e UF);
h) Número do RG e data de Expedição;
i) Número de CPF;
j) Número do Título de Eleitor, Zona e Seção;
k) Diplomado por;
l) Data de Conclusão;
m) Grupo Sanguíneo;
n) Fator-Rh;
o) Observações: Doador de órgãos e tecidos? (PREENCHER “SIM” OU
“NÃO”)
p) Local e data de expedição;
q) Fotografia impressa
r) Assinatura digitalizada do identificado;
s) Assinatura digitalizada com nome do Presidente do CRF/UF;
t) QR-code.
Descrição do Chip: Chip Microprocessado com capacidade mínima de 32 KB
de memória podendo armazenar até 4 certificados com chaves 1024 bits RSA.
Fips 104-2 padrão ISO 7816-3/-4/-8 com Interfaces (T=0/T=1). Os dados va-
riáveis serão impressos no momento de emissão da Cédula de Identidade.
Impressões Gráficas (pré-impressões) e Elementos de Segurança Frente:
1. Fundo numismático duplex combinado com guilhoches composto pela
logomarca CFF estilizada impresso em íris;
2. Micro textos positivos formando a linha de assinatura com os dizeres
“CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA “ com erro técnico;
3. IR - Infravermelho visível somente sob ação de luz infravermelha;
4. Imagem de fundo integrada, degrade harmonioso entre a área do cartão
e a área da foto, sobreposição da borda da foto com o fundo de segurança.
5. Relevo Táctil composto da sigla CFF Verso:

162
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

1. Fundo numismático composto pela sigla CFF combinado com guilhoches


e brasão da Armas da República integrada ao fundo se segurança impresso
em íris;
2. Armas da República estilizada e sigla CFF visível apenas sob ação de luz
ultravioleta;
3. Micro textos positivos formando a linha de assinatura com os dizeres
“CFF CÉDULA DE IDENTIDADE” com erro técnico;
4. Armas da República visível apenas sob ação de luz ultravioleta;
5. Desenho estilizado impresso com tinta opticamente variável (OVI);
6. Desenho estilizado impresso com tinta anti-scanner da logomarca CFF;
1.2. Cédula de Identidade Profissional Provisória.
1.2.1 - Cor verde
1.2.2 - Características do Documento a. Formato - aberta - 10,0 cm x 14,0
cm fechada - 10,0 cm x 7,0 cm;
b. Papel - Fibra Color 94 g/m2;
c. Impressões: 5 (frente) x 1 (verso);
d. Frente Em talho doce - Brasão e tarja especial com filigranas em ne-
gativo e positivo, texto microscópico em negativo e positivo; imagem latente
(CFF);
e. Falha técnica;
f. Em off-set;
g. Texto reativo a filtro cromático; Texto e Brasão em impressão invisível
reativa à luz ultravioleta; Fundo numismático duplex, com efeito, íris; impres-
são simultânea frente e verso;
h. Texto microscópico;
i. Em tipografia;
j. Codificação numérica ou alfanumérica, com dígito verificador sensível à
luz ultravioleta;
k. Numeração de controle;
l. Verso Em off-set;

163
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

m. Fundo numismático duplex;


n. Impermeabilização;
o. Obtida através de película transparente, colocada sobre os dados variáveis;
p. Campos da Cédula de Identidade;
outro país.
6.206/75”.
1. Foto: 3 x 4.
2. Numeração: CRF/UF e número.
3. Impressão Digital.
4. Portador: Nome/ Nome social.
5. Filiação: Pai e Mãe.
6. Tipo de Profissional:
7. Data de nascimento.
8. Validade:
9. Naturalidade. inclusão de campo para preenchimento de profissionais
que nasceram em
10. Diplomado por:
11. Data de conclusão do curso.
12. Título de eleitor: zona e seção.
13. Grupo sanguíneo e fator Rh.
14. RG: Registro Geral.
15. CPF.
16. Inscrita: “Válida como prova de identidade, para qualquer efeito, de
acordo com a Lei n.
17. Local e data de expedição.
18. Assinatura do Presidente do Regional
1.3. CÉDULA DE IDENTIDADE DO TÉCNICO:
A Cédula de Identidade do Técnico deverá conter as seguintes especifica-
ções técnicas básicas: Cor: Cinza

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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Formato: Largura: 85,6 +/- 0.12 mm Altura: 53,98 +/- 0,05 mm Espes-
sura: 0,76 +/- 0,08 mm
Cantos arredondados com o raio de 3.18 +/- 0.30 mm
Base para a Cédula: A base para a confecção da Cédula de Identidade do
Técnico deverá ser de cartão policarbonato, cujas características finais de re-
sistência mecânica estejam de acordo com a norma ISO IEC 7816 - 1.
Pré-impressos:
a. Símbolo Conselho Federal de Farmácia em cores reais;
b. Brasão da Republica;
c. Dizeres “REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”, “CONSELHO FEDERAL
DE FARMÁCIA” e “CÉDULA DE IDENTIDADE”;
d. Dizeres identificadores dos campos dos dados variáveis;
e. Desenhos de fundo;
f. Micro textos.
Dados variáveis: (Deverão ser impressos a laser entre camadas do Cartão)
a. Nome completo/ Nome social;
b. Número de Registro do Profissional CRF/UF;
c. Filiação;
d. Data de Nascimento;
e. Categoria Profissional;
f. Nacionalidade;
g. Naturalidade (Município e UF); inclusão de campo para preenchimento
de profissionais que nasceram em outro país.
h. Número do RG e data de Expedição;
i. Número de CPF;
j. Número do Título de Eleitor, Zona e Seção;
k. Diplomado por;
l. Data de Conclusão;
m. Grupo Sanguíneo;
n. Fator-Rh;

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

o. Observações: Doador de órgãos e tecidos? (PREENCHER “SIM” OU


“NÃO”)
p. Local e data de expedição;
q. Fotografia impressa;
r. Assinatura digitalizada do identificado;
s. Assinatura digitalizada com nome do Presidente do CRF/UF;
t. QR-code.
Descrição do Chip: Chip Microprocessado com capacidade mínima de 32
KB de memória podendo armazenar até 4 certificados com chaves 1024 bits
RSA. Fips 104-2 padrão ISO 7816-3/-4/-8 com Interfaces (T=0/T=1).
Os dados variáveis serão impressos no momento de emissão da Cédula de
Identidade. Impressões Gráficas (pré-impressões) e Elementos de Segurança
Frente:
1. Fundo numismático duplex combinado com guilhoches composto pela
logomarca CFF estilizada impresso em íris;
2. Micro textos positivos formando a linha de assinatura com os dizeres
“CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA “ com erro técnico;
3. IR - Infravermelho visível somente sob ação de luz infravermelha;
4. Imagem de fundo integrada, degrade harmonioso entre a área do cartão
e a área da foto, sobreposição da borda da foto com o fundo de segurança.
5. Relevo Táctil composto da sigla CFF Verso:
1. Fundo numismático composto pela sigla CFF combinado com guilhoches
e brasão da Armas da Republica integrada ao fundo se segurança impresso
em íris;
2. Armas da República estilizada e sigla CFF visível apenas sob ação de luz
ultravioleta;
3. Micro textos positivos formando a linha de assinatura com os dizeres
“CFF CÉDULA DE IDENTIDADE” com erro técnico;
4. Armas da República visível apenas sob ação de luz ultravioleta;
5. Desenho estilizado impresso com tinta opticamente variável (OVI);

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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

6. Desenho estilizado impresso com tinta anti-scanner da logomarca CFF;


2 - CÉDULA DE IDENTIDADE DIGITAL
A cédula de identidade digital do profissional (farmacêutico, não farma-
cêutico e do Técnico) será emitida por meio de aplicativo próprio do CFF e
conterá as seguintes informações:
Frente:
1. Foto:
2. Nome completo/ Nome social:
outro país.
3. Filiação:
4. Data de nascimento:
5. Nacionalidade:
6. Naturalidade: inclusão de campo para preenchimento de profissionais
que nasceram em
7. Registro no CRF:
8. CPF:
9. Identidade:
10. Assinatura digitalizada do profissional:
Verso
1. QR-code;
2. Nome e assinatura digitalizada do presidente do CRF

3 - CÉDULA DE IDENTIFICAÇÃO DIGITAL DOS CONSELHEIROS


A cédula de identificação do conselheiro será emitida de forma digital, em
aplicativo próprio do
CFF e conterá as seguintes informações: Frente:
1. Foto:
2. Nome completo/ Nome social:
3. Filiação:
4. Data de nascimento:

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5. Nacionalidade:
6. Naturalidade: inclusão de campo para preenchimento de profissionais
que nasceram em outro país.
7. Cargo Eletivo:
8. Período de mandato:
9. Registro no CRF:
10. CPF:
11. Identidade:
12. Assinatura digitalizada do conselheiro:
Verso
1. QR-code;
2. Nome e assinatura digitalizada do presidente do CFF ou CRF. 4 - CERTI-
DÃO DE REGULARIDADE
4.1 - Especificações Técnicas da Certidão de Regularidade
4.1.1 - Formato - A4 (210 mm x 297 mm);
a. Número de registro no CRF;
b. Regional;
c. Razão Social;
d. Tipo de Estabelecimento;
e. Natureza de atividade;
f. Endereço;
g. CNPJ;
h. Bairro;
i. Cidade;
j. Horário de funcionamento;
k. Responsável(eis) Técnico (s);
l. Nome;
m. Quadro;
n. Inscrição;
o. Horário de assistência do(s) Farmacêutico(s);

168
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
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p. Conselho Regional de Farmácia do Estado de (UF);


q. Data:
r. Diretor do CRF:
s. Assinatura;
t. QR-code;
u. Repositório Público.

5 - CARTEIRA DE IDENTIDADE PROFISSIONAL


5.1 - A Carteira de Identidade Profissional preservará suas características
atuais, sendo sobrepostas nas folhas 2, 3 e 4, etiquetas autoadesivas, com di-
gitalização eletrônica, com apresentação dos seguintes requisitos de segurança:
Tinta de variação óptica ou interferência luminosa repetindo a sigla CFF 6
(seis) vezes considerando o formato unitário da sigla de 1 cm de largura por
0,7 cm de altura. Fundo invisível fluorescente englobando o brasão da repú-
blica formato 1,5cm X 1,5cm e a sigla CFF, no mesmo formato anterior.
6 - Disposições Gerais
O Conselho Federal de Farmácia coordenará o processo de confecção do
material para a emissão das Carteiras e Cédulas de Identidade Profissional;
A contratação do fornecedor do material será efetuada através de Proces-
so Licitatório, centralizada pelo Conselho Federal de Farmácia, sendo o custo
unitário dos respectivos documentos, remetidos aos CRFs, quando da sua
requisição;

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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

ANEXO II
Os modelos da Cédula de Identidade Profissional e da Certidão de Regula-
ridade não conterão os campos pré-impressos de cada quadrículo, que cons-
tarão no próprio programa de preenchimento.

CARTEIRA DE IDENTIDADE PROFISSIONAL

CÉDULA DE IDENTIDADE FARMACÊUTICO

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CÉDULA DE IDENTIDADE TÉCNICO

171
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CÉDULA DE IDENTIDADE DIGITAL DO PROFISSIONAL

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
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CÉDULA DE IDENTIDADE DIGITAL DO TÉCNICO

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
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CÉDULA DE IDENTIFICAÇÃO DIGITAL DO CONSELHEIRO

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CÉDULA DE IDENTIFICAÇÃO DIGITAL DO CONSELHEIRO

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CERTIDÃO DE REGULARIDADE

WALTER DA SILVA JORGE JOÃO


Presidente - CFF

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

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RESOLUÇÃO N. 700, DE 29 JANEIRO DE 2021

Ementa: Regulamenta o procedimento de fiscalização dos Conselhos


Regionais de Farmácia e dá outras providências.

O Conselho Federal de Farmácia (CFF), no uso de suas atribuições legais


conferidas pelo artigo 6º, alínea “g”, da Lei Federal n. 3.820, de 11 de novem-
bro de 1960 e;
Considerando que o registro de empresas e a anotação dos profissionais
legalmente habilitados, delas encarregados, serão obrigatórios nas entidades
competentes para a fiscalização do exercício das profissões regulamentadas
em razão da atividade básica ou em relação àquela pela qual prestem ser-
viços a terceiros, nos termos do artigo 1º da Lei Federal n. 6.839, de 30 de
outubro de 1980;
Considerando que as empresas e os estabelecimentos que exploram servi-
ços para os quais são necessárias atividades de profissional farmacêutico de-
verão provar, perante os Conselho Federal e Regionais de Farmácia, que essas
atividades são exercidas por profissional habilitado e registrado, nos termos
do artigo 24 da Lei Federal n. 3.820, de 11 de novembro de 1960;
Considerando a Lei Federal n. 13.021, de 8 de agosto de 2014, que dispõe
sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas;
Considerando as normas e legislações sanitárias do Ministério da Saúde e
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), bem como as resoluções
do CFF referente ao registro e à fiscalização das empresas e dos estabeleci-
mentos que desenvolvam atividades para as quais é necessário profissional
farmacêutico devidamente inscrito no Conselho Regional de Farmácia (CRF),
além da necessidade de se comprovar a assistência farmacêutica plena;
Considerando a Lei Federal n. 12.846, de 1º de agosto de 2013, que dis-
põe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela
prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, dan-
do outras providências, regulamentada pelo Decreto Federal n. 8.420, de 18
de março de 2015; resolve:

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 1º O procedimento de fiscalização dos Conselhos Regionais de Far-


mácia obedecerá às regras e procedimentos dispostos nesta resolução.
Parágrafo único. O Conselho Regional de Farmácia (CRF) adotará Fichas
de Fiscalização do Exercício das Atividades Farmacêuticas (FFEAF), cuja apli-
cabilidade será descrita no plano de fiscalização anual, conforme propostas
previstas nos anexos VI ao XVI, podendo os órgãos regionais acrescentarem
informações adequadas à sua realidade e aprovadas pelo plenário do CRF.
Art. 2º É vedado o exercício da atividade privativa do farmacêutico sem a
sua presença física no estabelecimento.
Art. 3º Os estabelecimentos que prestem serviços para os quais são neces-
sárias atividades de farmacêutico, para que provem que estas são exercidas
por profissional habilitado e devidamente registrado junto ao CRF, inclusive
quando a legislação exigir a presença em horário integral de funcionamento,
deverão possuir Certidão de Regularidade (CR).
§ 1º A CR será expedida conforme modelo definido pelo CFF em resolução
específica.
§ 2º É vedada a expedição da CR quando houver impedimento profissional
ou inabilitação do farmacêutico, bem como se a carga horária de assistência
técnica for insuficiente à atividade pretendida ou exercida pelo estabeleci-
mento, conforme exigido pela legislação pertinente.
§ 3º A CR perderá sua validade quando ocorrer alteração de quaisquer dos
seus dados.
§ 4º O estabelecimento deve manter atualizada a escala de serviço, espe-
cificando os horários de trabalho e folgas dos farmacêuticos, em documento
acessível ao público e ao fiscal no momento da inspeção.
§ 5º Na hipótese de haver farmacêutico legalmente habilitado presente
no ato da fiscalização e que ainda não tenha apresentado o vínculo com o
estabelecimento junto ao CRF, deverá ser lavrado um termo de notificação,
determinando a regularização junto ao CRF no prazo de 5 (cinco) dias úteis.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 6º A CR conterá um código de segurança (QR Code - quick response)


ou outra tecnologia que venha a substituí-la, gerado a cada emissão e a ser
utilizado para verificação de autenticidade para a devida validade.
Art. 4º A Fiscalização Eletrônica Móvel (FEM) deve ser aplicada pelos Con-
selhos Regionais de Farmácia, desde que observadas as legislações e as re-
soluções do CFF relacionadas à garantia da veracidade, tempestividade das
informações, transparência, fidedignidade, confiabilidade e confidencialidade.
Parágrafo único. A utilização de recursos eletrônicos deverá ser realizada
através de sistema próprio ou prestador de serviço especializado, este me-
diante implantação de Infraestrutura de Chaves Públicas do Brasil (ICP - Bra-
sil) ou, ainda, outras que sejam legalmente válidas ou venham a substituí-la
ou aprimorá-la, desde que aprovadas pelo CFF.
Art. 5º Para efeito desta resolução, conforme disposto no anexo II e nas
complementações definidas pelo regional, define-se como:
I – Termo de Inspeção: documento preenchido manual ou eletronicamente
pelo farmacêutico fiscal, destinado à verificação do exercício das atividades
farmacêuticas nos estabelecimentos, sendo obrigatório seu preenchimento
em todas as inspeções.
II – Termo de Notificação: documento preenchido manual ou eletroni-
camente pelo farmacêutico fiscal, destinado a determinar a adoção de pro-
vidências imediatas aos representantes legais referente à documentação e
registros, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
III – Termo de Intimação: documento preenchido manual ou eletronica-
mente pelo farmacêutico fiscal, destinado a determinar a adoção de provi-
dências imprescindíveis ao farmacêutico e/ou estabelecimento, referente às
atividades farmacêuticas.
IV – Auto de Infração: documento preenchido manual ou eletronicamente
pelo farmacêutico fiscal, quando constatado o não cumprimento das determi-
nações do artigo 24 da Lei Federal n. 3.820/60.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

V – Termo de Ciência e Notificação do Auto de Infração: é o documento


oficial emitido pela autarquia para registro e conhecimento da autuação do
estabelecimento.
VI – Certidão de Regularidade (CR) - documento expedido pelo CRF, com
valor probante de não haver impedimento do farmacêutico para exercer a
função de responsável técnico ou substituto, respeitando os princípios legais,
éticos e sanitários pelo profissional e pela empresa ou estabelecimento para
o pleno exercício da responsabilidade técnica farmacêutica.
Art. 6º Ficam instituídas a carteira, a cédula de identificação funcional, o
colete e o uniforme do farmacêutico fiscal.
§ 1º A cédula de identidade funcional do farmacêutico fiscal de que trata
o caput obedecerá ao modelo definido no anexo I e será de porte obrigatório.
§ 2º O colete e a carteira de identificação funcional obedecerão aos mode-
los definidos no anexo I e terão o seu uso implementado de forma facultativa.
§ 3º Fica a critério do CRF o uso de uniforme pelos farmacêuticos fiscais.
Art. 7º O preenchimento do Relatório de Atividade Fiscal (RAF) deve obe-
decer estritamente aos termos do anexo V desta resolução.

CAPÍTULO I
DO CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA

Art. 8º O Conselho Federal de Farmácia apoiará os Conselhos Regionais


de Farmácia na realização das atividades de fiscalização, através do Programa
de Aprimoramento da Fiscalização definido em regulamentação específica.
Art. 9º O CFF fiscalizará a aplicação dos recursos por verificação in loco e/
ou através de relatórios mensais encaminhados pelo presidente do CRF.
Art. 10. O não encaminhamento, no prazo regimental, dos relatórios de-
monstrativos do setor de fiscalização por parte dos Conselhos Regionais de
Farmácia, e desde que sem as devidas justificativas, poderá incorrer na sus-
pensão do auxílio caso não seja saneada a pendência junto ao CFF no prazo
30 (trinta) dias contados da ciência por parte do CRF, independente de outras
medidas que deverão ser adotadas pelo CFF.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 11 O CFF manterá comissão assessora de fiscalização para analisar,


auditar, emitir parecer e apresentar à diretoria do CFF, quando solicitado, o
relatório das ações fiscalizadoras dos Conselhos Regionais de Farmácia.
Parágrafo único. Poderão ser convidados um ou mais farmacêuticos fiscais
para participar de reunião em assuntos específicos, quando solicitado pela
comissão de fiscalização e aprovado pela diretoria do CFF.
Art. 12. Após avaliação pela diretoria do CFF, o relatório de auditoria dos
Conselhos Regionais de Farmácia será apresentado ao plenário do CFF.
Art. 13 As dúvidas ou omissões serão resolvidas pelo CFF.

CAPÍTULO II
DOS CONSELHOS REGIONAIS DE FARMÁCIA

Art. 14. Os Conselhos Regionais de Farmácia, durante sua ação fiscali-


zadora do exercício das atividades farmacêuticas, deverão observar todos
os preceitos legais, normas e regulamentos suplementares que envolvam as
atividades dos estabelecimentos farmacêuticos.
Parágrafo único. Para cumprimento do caput deste artigo, os Conselhos
Regionais de Farmácia deverão elaborar manuais de rotinas e procedimentos
de acordo com as resoluções do CFF e as deliberações do órgão regional, des-
de que observada a hierarquia e os limites de sua atuação.
Art. 15. Os formulários usados nos setores de fiscalização dos Conselhos Re-
gionais de Farmácia deverão seguir os modelos disponibilizados nesta resolução,
podendo, de forma complementar, o CRF acrescentar informações para adequar
as suas realidades e desde que não contrariem os termos dessa resolução.
Art. 16 O CRF obriga-se a fiscalizar os estabelecimentos, registrados ou
não no órgão regional, que explorem atividades onde se faz necessária a
atuação de farmacêutico, abrangendo a avaliação das condições relativas ao
exercício ético-profissional e a observância de outras que necessitem de apu-
ração pelas demais autoridades competentes, realizando o respectivo envio
nos termos do artigo 10, alínea “c”, da Lei Federal n. 3.820/60.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Parágrafo único. Nos estabelecimentos que não exploram atividades pri-


vativas do farmacêutico, o CRF poderá se limitar a uma inspeção anual, salvo
se houver irregularidade ou denúncia a ser apurada.
Art. 17. Os farmacêuticos deverão comunicar aos seus Conselhos Regio-
nais de Farmácia as atividades farmacêuticas e os horários em que as desen-
volvem, bem como declarar, ainda, se desenvolvem outras que venham a im-
possibilitar o cumprimento do horário da assistência farmacêutica requerida.
Parágrafo único. As mudanças de horários em qualquer das atividades do
farmacêutico, mesmo os que possuem inscrição em Conselhos Regionais de
Farmácia de jurisdição distinta, deverão antecipadamente ser comunicadas
por escrito aos respectivos órgãos regionais, sob pena de abertura de proces-
so ético-disciplinar.
Art. 18. Os Conselhos Regionais de Farmácia apenas permitirão respon-
sabilidade técnica por estabelecimentos que necessitem de atividade de far-
macêutico, desde que mediante o protocolo e a aprovação dos seguintes
documentos:
a) Formulário padrão para solicitação de responsabilidade técnica e termo
de compromisso do profissional e do estabelecimento;
b) Formulário padrão para declaração de outras atividades farmacêuticas;
c) Declaração do proprietário e do farmacêutico que requerer a responsa-
bilidade técnica, referente aos dias da semana e horário de funcionamento do
estabelecimento, comprovando a disponibilidade de número de farmacêuticos
para prover a assistência integral, se exigida por lei;
§ 1º A primeira solicitação da empresa será concedida mediante aprecia-
ção do plenário ou, desde que justificada a necessidade ou a urgência, atra-
vés de ad referendum da diretoria.
§ 2º Os procedimentos para as renovações subsequentes ficarão a critério
de cada CRF.
§ 3º Os documentos poderão ser apresentados sob a forma eletrônica.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 19. Ficam os Conselhos Regionais de Farmácia obrigados a remete-


rem ao CFF, mensalmente, a relação de todos os farmacêuticos com inscrição
definitiva, secundária, e provisória com a sua data de validade em sua juris-
dição, contendo CPF, endereços e suas respectivas responsabilidades técni-
cas, em formato eletrônico e modelo específico definido pelo CFF, sendo que
a mesma relação deverá conter. de forma separada, oficiais e práticos de
farmácia, técnicos em farmácia com RT sob demanda judicial, contendo CPF,
endereços e suas respectivas responsabilidades e, ainda, os técnicos de labo-
ratório contendo CPF, endereços e seus locais de trabalho.
Parágrafo único. O CRF enviará com as referidas informações os seguintes
dados: número de farmacêuticos por gênero; número de farmacêuticos dis-
criminados por habilitação (farmacêuticos industrial, generalista, bioquímico
analista clínico e alimentos, dentre outros); número acumulado no ano de
farmacêuticos com inscrição baixada e remido; número de farmácia ou dro-
garias com 24 (vinte e quatro) horas diárias de funcionamento contínuo.
Art. 20. Define-se como Perfil de Assistência Farmacêutica do Estabe-
lecimento, o percentual obtido de presença em relação ao número total de
inspeções constatadas pela fiscalização em um período de 24 (vinte e quatro)
meses anteriores à análise, sendo classificados em:
I – Perfil 1 - Assistência Farmacêutica Efetiva: 66% a 100% de presença
constatadas nas inspeções;
inspeções;
II – Perfil 2 - Assistência Farmacêutica Parcial: 41% a 65% de presença
constatadas nas
III – Perfil 3 - Assistência Farmacêutica Deficitária: 0% a 40% de presença
constatadas nas inspeções;
IV – Perfil 4 - Sem Dados Definidos de Assistência Farmacêutica: estabe-
lecimentos com número inferior a 3 (três) inspeções em um período de 24
(vinte e quatro) meses anteriores a análise;
V – Perfil 5 - Estabelecimentos irregulares.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 1º Os estabelecimentos serão classificados nos perfis de 1 a 4 quando


possuírem assistência farmacêutica que atenda as normas de assistência de-
clarada perante o CRF.
§ 2º Definem-se como irregulares os estabelecimentos registrados que
não possuem farmacêutico responsável técnico ou farmacêutico substituto,
declarados junto ao CRF e em quantidade suficiente para garantir a assistên-
cia farmacêutica necessária.
§ 3º Definem-se como ilegais os estabelecimentos que não possuem re-
gistro ativo no CRF.
§ 4º É obrigatório a utilização do Perfil de Assistência Farmacêutica para
fins de autuação do estabelecimento, devendo ser, obrigatoriamente, anexa-
do ao respectivo processo administrativo fiscal.
§ 5º Deverão ser observadas as seguintes regras para fiscalização e autu-
ação do estabelecimento, conforme o perfil:
I – Em estabelecimentos enquadrados nos Perfis de 1 a 4, mesmo que
funcionando em horário não declarado ao CRF e desde que com a presença
de farmacêutico, porém sem a regular anotação de responsabilidade técnica
ou de ser substituto, não ocorrerá autuação em uma primeira constatação,
devendo o estabelecimento ser notificado a providenciar anotação de respon-
sabilidade técnica em até 5 (cinco) dias úteis, sob pena de autuação se não
regularizado no prazo determinado.
II – Constatado o funcionamento de estabelecimento irregular (Perfil 5),
deverá ser lavrado auto de infração excetuando-se as situações previstas em
leis ou disposto no artigo 3º, §5º, desta resolução.
III – Em estabelecimentos ilegais, quando houver a constatação do fun-
cionamento sem registro ativo perante o CRF, o estabelecimento deverá ser
autuado.
IV – Em estabelecimentos enquadrados no Perfil 1, quando houver a cons-
tatação da ausência do farmacêutico responsável técnico ou substituto no ho-
rário de assistência farmacêutica declarado ao CRF, deverá ser lavrado termo
de inspeção com a caracterização da ausência, sem gerar autuação.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

V – Em estabelecimentos enquadrados no Perfil 4, quando houver a cons-


tatação da ausência do farmacêutico responsável técnico ou substituto no ho-
rário de assistência farmacêutica declarado ao CRF, deverá ser lavrado termo
de inspeção com a caracterização da ausência, sem gerar autuação.
VI – Em estabelecimentos enquadrados no Perfil 2 e 3, quando houver a
constatação da ausência do farmacêutico responsável técnico ou substituto
no horário de assistência farmacêutica declarado ao CRF, o estabelecimento
deverá ser autuado.
VII – Em situações que o período de afastamento do farmacêutico respon-
sável técnico ou substituto no horário de assistência farmacêutica declarado
ao CRF seja superior a 30 (trinta) dias, independentemente do perfil, deverá
ocorrer a autuação do estabelecimento, excetuando-se as situações previstas
em lei e nesta resolução.
VIII – Constatada atividade privativa do farmacêutico exercida por leigo e
na ausência do referido profissional, o estabelecimento deverá ser autuado,
sem prejuízo das demais ações legais.
Art. 21. Autuado o estabelecimento, o processo administrativo fiscal será
instruído com, no mínimo, os seguintes elementos: termo de inspeção; auto
de infração; perfil de assistência farmacêutica da empresa; e defesa deste
processo, se houver.
§ 1º Em caso em que houver apresentação de atestado ou declaração de
comparecimento, emitidos por profissionais de saúde, habilitados na forma
da lei, desde que em situação de urgência, emergencial ou imprevisível, es-
tes se destinarão como elemento de justificativa para ausência, quando fato
ocorrido no momento da fiscalização.
§ 2º A certidão de óbito, de parentes em primeiro e segundo grau, se des-
tinarão como elemento de justificativa para ausência.
§ 3º Os atestados e declarações emitidos por profissionais de saúde, ha-
bilitados na forma da lei, referentes a procedimentos eletivos e/ou ambula-
toriais destinam-se apenas para fins de justificativa do farmacêutico, ficando
a empresa responsável por garantir a assistência farmacêutica plena através
de farmacêutico substituto habilitado na forma da lei.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 22. Os Conselhos Regionais de Farmácia deverão encaminhar até o


20º (vigésimo) dia útil do mês subsequente, o Relatório de Atividade Fiscal -
RAF (anexo V) preenchido.
Art. 23 Os Conselhos Regionais de Farmácia deverão encaminhar o Plano
de Fiscalização Anual do exercício subsequente, aprovado em Plenária, ao
e-mail protocolo@cff.org.br, até o último dia de atividades do mês de dezem-
bro do CFF.
§ 1º O Plano de Fiscalização Anual poderá ser alterado mediante justifica-
tiva e aprovação do plenário do CRF.
§ 2º O Plano de Fiscalização Anual e alterações deverão ser encaminhados
à Comissão de Fiscalização (Cofisc), para avaliação, parecer e encaminha-
mento à Presidência do CFF para as devidas providências.
Art. 24. Os Conselhos Regionais de Farmácia deverão encaminhar ao
e-mail protocolo@cff.org.br, até o último dia do mês de fevereiro do ano
seguinte, o Relatório de Fiscalização Anual (RFA) aprovado em Plenário, con-
forme formulário padrão disposto no anexo IV desta resolução, devendo se
reportar ao plano anual valido.
Art. 25 Os Conselhos Regionais de Farmácia, após inspeção na qual se
constate a ausência de registro ou da assunção do responsável técnico, pode-
rão autuar à distância a empresa ou estabelecimento, a cada 30 (trinta) dias
e até a efetiva regularização, desde que inicialmente seja observado o prazo
do artigo 17 da Lei Federal no 5.991/73 c/c o do artigo 12 da Lei Federal n.
13.021/14.
Parágrafo único. O CRF deverá promover nova inspeção decorridos 6 (seis) me-
ses para renovação do procedimento de emissão do auto de infração à distância.
Art. 26. A implantação da fiscalização eletrônica móvel é obrigatória aos
Conselhos Regionais de Farmácia, podendo excepcionalmente manter a fis-
calização manual desde que motivados por questões técnicas devidamente
justificadas.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Parágrafo único. O sistema informatizado a ser utilizado pelo CRF deverá


ser seguro e compatível com o banco de dados.
Art. 27. Os documentos produzidos pela FEM deverão ser baseados nos
modelos estabelecidos por esta resolução, visando garantir unidade legal ad-
ministrativa entre os Conselhos Regionais de Farmácia.
Art. 28 O CFF e os Conselhos Regionais de Farmácia deverão ofertar ati-
vidades de atualização e capacitação aos farmacêuticos fiscais, incluindo no
Relatório de Fiscalização Anual.
Art. 29. Os Conselhos Federal e Regionais de Farmácia deverão realizar,
alternadamente, encontros nacionais e regionais de fiscalização, deles parti-
cipando diretores, supervisores/gerentes de fiscalização e os farmacêuticos
fiscais dos Conselhos Regionais de Farmácia.
Art. 30 Os Conselhos Regionais de Farmácia deverão dispor de quadro de
farmacêuticos fiscais em número suficiente a garantir a fiscalização de todos
os estabelecimentos no estado, sendo, no mínimo, composto por 2 (dois)
membros.
§ 1º Conceitua-se como farmacêutico fiscal, o profissional concursado e
nomeado, com poder de polícia e fé pública, responsável pela fiscalização
das atividades farmacêuticas no âmbito do local de atuação em empresas ou
estabelecimentos que explorem atividades onde se faça necessária a atuação
de farmacêutico, lavrando os formulários de termo de inspeção, termo de inti-
mação, termo de notificação, auto de infração, termo de ciência e notificação
e Ficha de Fiscalização do Exercício das Atividades Farmacêuticas (FFEAF) ou
outros documentos em situações previstas na legislação vigente, adstritas às
atividades farmacêuticas.
§ 2º Compete exclusivamente ao farmacêutico fiscal a fiscalização dos
estabelecimentos que explorem atividades onde se faz necessária a atuação
de farmacêutico, registrados ou não no CRF, abrangendo a avaliação das con-
dições relativas ao exercício ético-profissional.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 31. Os farmacêuticos fiscais, obrigatoriamente, devem estar inscritos


no CRF de sua jurisdição, respeitando-se os seguintes critérios:
I – Aprovação em concurso público constando de prova objetiva e discursiva,
versando seu conteúdo predominantemente sobre deontologia, legislação far-
macêutica e sanitária, além de prova de títulos, todas de caráter classificatório;
II – O edital do concurso para farmacêutico fiscal deverá constar de forma
clara as pontuações referentes à prova objetiva e discursiva, prova de títulos
correlacionada com a área de atuação farmacêutica, prevendo o número de
vagas para assunção imediata.
III – Os farmacêuticos fiscais deverão trabalhar em regime de dedicação
exclusiva, sendo vedado participarem como sócios, proprietários ou copro-
prietários, inclusive de assumir responsabilidade técnica ou prestar serviços
com ou sem vínculo empregatício.
IV – Serem portadores de carteira nacional de habilitação, no mínimo para
categoria B, expedida pelo Departamento Nacional de Trânsito.
Parágrafo único. É facultado ao CRF disponibilizar aos farmacêuticos fis-
cais a utilização de transportes pela modalidade contratual de aplicativo, em
observância a legislação vigente.
Art. 32. Compete aos farmacêuticos fiscais:
I – participar em conjunto com o supervisor de fiscalização da elaboração
do Plano de Fiscalização Anual;
II – cumprir e fazer cumprir o Plano de Fiscalização Anual vigente;
III – participar da estratégia de fiscalização considerando as situações ge-
ográficas e profissionais do estado;
IV – elaborar os relatórios mensais e anual com base nos dados de fisca-
lização;
V – fiscalizar a área de jurisdição do regional, em cumprimento à legisla-
ção vigente e lavrando os documentos pertinentes;
VI – orientar os farmacêuticos no âmbito técnico da atividade fiscalizadora
e os demais profissionais envolvidos, quando pertinente;

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

VII – Utilizar, se preferir, o Anexo XVII - Formulário de Orientação Farma-


cêutica ou outro modelo que contemple as não conformidades constatadas,
normas aplicáveis à situação, orientações e comprometimento do farmacêuti-
co em adotar providências para regularização, para cumprimento no previsto
no inciso VI.
Art. 33. É proibido ao farmacêutico fiscal receber qualquer valor ou do-
cumento em nome do CRF, intermediar exigências já previstas na legislação,
assim como passar recibo de quitação ou equivalente.
Art. 34. É facultada ao CRF a criação de chefia, gerência ou coordenação
do setor de fiscalização, a qual, obrigatoriamente, deve ser exercida por far-
macêutico fiscal, sob estrita orientação do vice-presidente do CRF.
Art. 35 É proibida a vinculação de gratificação ao farmacêutico fiscal à
lavratura de auto de infração e multas decorrentes.
Art. 36. É vedado aos farmacêuticos fiscais a participação nos processos
eleitorais nos Conselhos Regionais de Farmácia, devendo manter a isenção e
lisura de seus atos.

CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO

Art. 37. Ao término de qualquer etapa de fiscalização, os farmacêuticos


fiscais deverão apresentar relatório das atividades realizadas, consolidando
em até 5 (cinco) dias úteis do mês subsequente.
Art. 38 É vedado aos farmacêuticos fiscais lavrarem autuações, bem como
ao setor de fiscalização emitir notificações e multas, exceto as previstas na
legislação profissional pertinente ao campo de atuação dos Conselhos Regio-
nais de Farmácia.
Art. 39. As infrações constatadas de natureza sanitária ou de natureza
alheia à fiscalização do exercício profissional, deverão ser encaminhadas por
ofício às autoridades competentes, por ato do Presidente, conforme previsto
no artigo 10 da Lei Federal n. 3820/60.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 40 O farmacêutico fiscal poderá acionar a força policial em caso de


impedimento do exercício da atividade de fiscalização.
Art. 41. O farmacêutico fiscal deve tratar com respeito e urbanidade to-
dos os envolvidos no processo de fiscalização.
Art. 42 Todo farmacêutico fiscal receberá treinamento para assunção ao
cargo no CRF.
Art. 43. Em razão da complexidade dos vários tipos de inspeções, bem
como documentos fiscais preenchidos e tempo despendido nas inspeções,
será usado a pontuação conforme descrito abaixo:
I – Inspeções sem preenchimento de FFEAF terão pontuação 1.
II – Inspeções com preenchimento de FFEAF, cuja duração da inspeção
seja inferior a 90 minutos terão pontuação 2.
III – Inspeções com preenchimento de FFEAF, cuja duração da inspeção
seja igual ou superior a 90 minutos terão pontuação 3.
Art. 44. Com o objetivo de avaliar o desempenho das atividades de fisca-
lização, o CRF deverá observar os seguintes conceitos:
I – Índice de Desempenho do Fiscal (IDF): o resultado obtido pela divisão
do número de pontos obtidos em fiscalização por cada fiscal, ponderados con-
forme a complexidade de cada inspeção e preenchimento da FFEAF realizadas
no período de um mês, divididos pelo número de dias trabalhados exclusiva-
mente na fiscalização externa, não podendo este ser inferior a 10 (dez) dias
trabalhados no mês. Cálculo do IDF: índice médio de, no mínimo, 12 pontos/
dia. Não podendo ser inferior a 180 pontos/mês.
Parágrafo único. Para determinação do Índice de Desempenho Fiscal -
IDF foi considerado o número de inspeções individuais de cada fiscal, reali-
zadas no período, divididas pelo número de dias trabalhados exclusivamente
na fiscalização externa, ponderando a complexidade de cada inspeção por
meio da fórmula:
IDF = ____________ (n. Ax1) + (n. Bx2) + (n.Cx3)______________

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

(n.º fiscais x n.º dias trabalhados exclusivamente na fiscalização externa)


A - Número de inspeções sem preenchimento de FFEAF ou Formulários de
Orientação Farmacêutica (OF).
B - Número de inspeções com preenchimento de FFEAF ou Formulários
de OF (< 1,5hs). C - Número de inspeções com preenchimento de FFEAF ou
Formulários de OF (> 1,5hs).
II – Índice de Desempenho Fiscal mensal (IDF mensal): [(número de pontos
obtidos em fiscalização por cada fiscal, ponderados conforme a complexidade
de cada inspeção e preenchimento da FFEAF realizadas no período de um mês)
/ (número de dias trabalhados exclusivamente na fiscalização externa)].
III – Índice de Desempenho Fiscal anual (IDF anual): somatório dos IDF
mensais / 12 meses.
IV – Índice de Desempenho do Conselho Regional (IDCR): o resultado ob-
tido pela divisão do [(número de inspeções realizadas pelo regional no perío-
do de um ano) / (número total de estabelecimentos passíveis de fiscalização
e ativos na base de cadastro do CRF)].
V – Índice de atendimento à meta de preenchimento de FFEAF (%): [(nú-
mero de lavraturas de termos com FVEEP realizados no corrente ano) / (nú-
mero de estabelecimentos registrados no exercício anterior)] x 100.
VI – Índice de inspeções noturnas, inspeções em finais de semana ou fe-
riados (%): [(somatório n. inspeções noturnas, n. inspeções em finais de se-
mana ou feriados) / (n. inspeções noturnas, n. inspeções em finais de semana
ou feriados estabelecidos no Plano Anual de Fiscalização do regional para o
referido ano)] x 100.
Art. 45. Os Conselhos Regionais de Farmácia deverão acompanhar e re-
gulamentar o IDF de cada fiscal.
Art. 46 Para garantir o Índice de Desempenho satisfatório da atividade
fiscalizatória, os Conselhos Regionais de Farmácia, deverão acompanhar a
execução do seu Plano de Fiscalização Anual para contemplar requisitos míni-
mos, como três inspeções por estabelecimento de atividade privativa por ano,
IDF mínimo de 12 pontos.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Parágrafo único. Em caso de não atendimento, apresentar justificativa ex-


pressa para avaliação. No Plano de Fiscalização Anual, cada regional deverá
considerar as particularidades de acesso e a garantia de uma fiscalização efe-
tiva, de cada profissional e estabelecimento.
Art. 47. Constituem atos lesivos à administração pública, para os fins
desta norma, todos aqueles praticados pelos fiscalizados pelo CRF que obs-
tem ou dificultem a atuação da atividade de fiscalização, inclusive através dos
comunicadores instantâneos, sujeitos a penalidades conforme a legislação
aplicável à espécie.
Art. 48 Os anexos desta resolução estão assim dispostos:
ANEXO I - INDENTIFICAÇÃO FUNCIONAL (MODELOS DE CÉDULA DE IDEN-
TIDADE, CARTEIRA DE IDENTIFICAÇÃO E COLETE);
ANEXO II - FORMULÁRIOS PARA TERMO DE INSPEÇÃO, TERMO DE NOTI-
FICAÇÃO, TERMO DE INTIMAÇÃO, AUTO DE INFRAÇÃO, AUTO DE INFRAÇÃO
A DISTÂNCIA E TERMO DE CIÊNCIA E NOTIFICAÇÃO DE AUTO DE INFRAÇÃO;
ANEXO III - FORMULÁRIOS PARA NOTIFICAÇÃO DE MULTA E GUIA DE RE-
COLHIMENTO;
ANEXO IV- DIRETRIZES E INSTRUÇÕES PARA O PLANO DE FISCALIZAÇÃO
ANUAL E RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO ANUAL DO CONSELHO REGIONAL
FARMÁCIA;
ANEXO V - INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO E MODELO DO RELATÓ-
RIO DE ATIVIDADE FISCAL (RAF);
ANEXO VI - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS ATI-
VIDADES FARMACÊUTICAS EM FARMÁCIA SEM MANIPULAÇÃO OU DROGARIA;
ANEXO VII - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS
ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM FARMÁCIA COM MANIPULAÇÃO;
ANEXO VIII - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS
ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM FARMÁCIA HOSPITALAR;
ANEXO IX - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS
ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM FARMÁCIA PÚBLICA;

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ANEXO X - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS


ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM DISTRIBUIDOR, ARMAZENADOR, IMPOR-
TADOR E EXPORTADOR;
ANEXO XI - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS
ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS;
ANEXO XII - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS
ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM INDÚSTRIA;
ANEXO XIII - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS
ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM SAÚDE ESTÉTICA;
ANEXO XIV - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS
ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM RADIOFARMÁCIA;
ANEXO XV - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS
ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM CONSULTÓRIO FARMACEUTICO;
ANEXO XVI - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS
ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM SERVIÇO DE VACINA
ANEXO XVII- PROPOSTA DE FORMULÁRIO DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA;
ANEXO XVIII - PROPOSTA PARA DECLARAÇÃO DE OUTRAS ATIVIDADES
DE FARMACÊUTICO; ANEXO XIX - PROPOSTA DE FORMULÁRIO PARA SOLICI-
TAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
TÉCNICA E TERMO DE COMPROMISSO DO PROFISSIONAL E DO ESTABE-
LECIMENTO;
ANEXO XX - FORMULÁRIO PARA DECLARAÇÃO DE BAIXA DE RESPONSA-
BILIDADE TÉCNICA;
Art. 49. Esta resolução entra em vigor em 90 dias após a data da sua pu-
blicação, revogando-se a Resolução/CFF n. 648/17, publicada no DOU de 11
de outubro de 2017, Seção 1, páginas 176 a 179.

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ANEXO I - IDENTIFICAÇÃO FUNCIONAL (MODELOS DE CÉDULA DE IDEN-


TIDADE, CARTEIRA DE IDENTIFICAÇÃO E COLETE)
MODELO DE CÉDULA IDENTIDADE
Frente:
REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE XXXX-CRF-XX CÉ-
DULA DE IDENTIDADE FUNCIONAL
Nome:
Função: Farmacêutico Fiscal N. Inscrição CRF:
R.G.:
CPF:
Filiação:
Assinatura do Farmacêutico Fiscal:
Foto Verso:
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE XXXXXXXXX - CRF-XX
É o portador do presente documento de identidade n. XXX, servidor pú-
blico federal, investido na função de farmacêutico fiscal do CRF-XX, podendo,
para o pleno desempenho de suas funções, nos termos previstos na Lei Fe-
deral n. 3.820 de 11 de novembro de 1960, diligenciar e fiscalizar quaisquer
estabelecimentos civil ou militar, comercial, industrial, profissional ou outros
que exploram serviços para os quais são necessárias atividades de farmacêu-
tico, assim como fiscalizar o exercício profissional para o fiel cumprimento do
Código de Ética da profissão farmacêutica e da legislação relacionada. Para
garantir a execução das prerrogativas legais da investidura, requeremos às
autoridades civis e policiais, que prestem o apoio institucional previsto na le-
gislação civil e penal ao portador.
Local e data:
Assinatura do Presidente(a) do CRF/XX:
Especificações Técnicas:
-Cédula de Identidade Funcional de Farmacêutico Fiscal.

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-Cor Azul
-Formato: aberta - 20,0 cm x 7,0 cm / fechada - 10,0 cm x 7,0 cm
-Papel - Fibra Color 94 g/m2
-Impressões: 5 (frente) x 1 (verso) Frente:
Em talho doce - Brasão e tarja especial com filigranas em negativo e posi-
tivo, texto microscópico em negativo e positivo; imagem latente (CFF); falha
técnica.
Em off-set - Texto reativo a filtro cromático; texto e brasão em impressão
invisível reativa à luz ultravioleta; fundo numismático duplex, com efeito,
íris; impressão simultânea frente e verso; texto microscópico. Em tipografia
- codificação numérica ou alfanumérica, com dígito verificador sensível à luz
ultravioleta.
Numeração de controle.
Verso:
Em off-set - Fundo numismático duplex.
Impermeabilização - obtida por meio de película transparente, colocada
sobre os dados variáveis.
MODELO DECARTEIRA DE IDENTIFICAÇÃO FUNCIONAL
Descrição:
- Carteira de couro de pelica preta medindo 17,5 x 12,5 cm (aberta), com
pala móvel de 6,5 x 11,5 cm do mesmo couro.
- Estrutura de papelão prensado com forro de nylon preto
- Bolso principal interno e dois bolsos de plástico PVC 030 soldados com
acabamento de viés.
- Na pala móvel interna, Brasão da República em suas cores originais, de
metal fundido 7 x 4,5 cm, banhado a ouro, recortado, com dois listeis supe-
riores com inscrições “Serviço Público” e “Federal” e dois listeis inferiores,
um com a inscrição “CFF” e outro para gravação personalizada embutidos
no couro. Na parte superior do Brasão metálico da pala interna, haverá uma
plaqueta de metal dourado em formato de meia lua com a inscrição pantogra-
fada “FISCALIZAÇÃO”, também embutida no couro.

195
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- Na capa externa frontal, em gravação “hot stamp” dourada do Brasão


das armas ao centro, com inscrições, em caixa alta “FISCALIZAÇÃO” e “ FE-
DERAL”, em formato de meia lua.

MODELO DE COLETE
Descrição:
Colete preto de brim ou outro tecido resistente, modelo “tático”. Parte Frontal
do Colete:
-02 (dois) bolsos tipo “cargo”, no quadrante inferior direito e no quadrante
inferior esquerdo.
-No quadrante superior direito do colete, deverá dispor a logomarca do CFF.
-No quadrante superior esquerdo do colete, deverá dispor a logomarca do CRF.
-As logomarcas terão dimensão mínima de 08 centímetros e máxima de
12 centímetros. Parte Posterior do Colete:
-Deverá constar na parte superior, na cor amarela e letras modelo Verda-
na, caixa alta, altura máxima das letras de 7,0 cm, em semicírculo, a palavra
“FISCALIZAÇÃO” e abaixo desta, fechando o semicírculo, a palavra “FEDE-
RAL”, formando ambas uma “meia lua”.
-Deverá constar na parte inferior o nome ou abreviação do CFF e respec-
tivo CRF.

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ANEXO II - FORMULÁRIOS PARA TERMO DE INSPEÇÃO, TERMO DE NOTI-


FICAÇÃO, TERMO DE INTIMAÇÃO, AUTO DE INFRAÇÃO, AUTO DE INFRAÇÃO
A DISTÂNCIA E TERMO DE CIÊNCIA E NOTIFICAÇÃO DE AUTO DE INFRAÇÃO
FORMULÁRIO PARA TERMO DE INSPEÇÃO, TERMO DE INTIMAÇÃO E AUTO
DE INFRAÇÃO

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FORMULÁRIO DE AUTO DE INFRAÇÃO A DISTÂNCIA

FORMULÁRIO DE TERMO DE CIÊNCIA E NOTIFICAÇÃO DE AUTO DE IN-


FRAÇÃO

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ANEXO III - FORMULÁRIOS PARA NOTIFICAÇÕES DE MULTA E GUIA DE


RECOLHIMENTO NOTIFICAÇÃO DE MULTA PARA AUTO DE INFRAÇÃO SEM DE-
FESA E/OU DEFESA
INTEMPESTIVA COM GUIA DE RECOLHIMENTO DE MULTA

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NOTIFICAÇÃO DE MULTA PARA AUTO DE INFRAÇÃO COM DEFESA E/OU


DEFESA TEMPESTIVA COM GUIA DE RECOLHIMENTO DA MULTA ANEXA.

ANEXO IV - DIRETRIZES, MODELOS E INSTRUÇÕES PARA O PLANO DE


FISCALIZAÇÃO ANUAL E RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO ANUAL DO CONSE-
LHO REGIONAL DE FARMÁCIA
DIRETRIZES E INSTRUÇÕES PARA PLANO DE FISCALIZAÇÃO ANUAL
Plano Anual de Fiscalização: é o documento estratégico para o planeja-
mento, elaboração e execução das atividades de fiscalização do exercício
profissional, elaborado em conjunto pelo vicepresidente, gerente de fiscaliza-
ção e fiscais do Conselho Regional de Farmácia, aprovado em plenária, consi-
derando as diretrizes, modelo padrão e instruções abaixo descritas.
1. Diretoria Presidente
Vice-presidente Secretário Geral Tesoureiro

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2. Estrutura do departamento de fiscalização Nome do gerente da fiscalização


Nome do coordenador de fiscalização Nomes dos fiscais atuantes na fisca-
lização Nomes dos fiscais em serviços internos
Nomes dos auxiliares administrativos
Relação dos veículos de uso exclusivo para fiscalização (informar se pró-
prio ou locado)
Número de computadores, terminais telefônicos, impressoras, equipa-
mentos para fiscalização eletrônica, etc.
3. Localização dos fiscais e seccionais Fiscais lotados na sede
Fiscais lotados nas seccionais
Fiscais lotados em outras localidades
4. Diretrizes do regional
4.1 Referentes à carga horária de assistência farmacêutica a ser exigida
em cada tipo de estabelecimento, definições anexando deliberações, porta-
rias, ordem de serviço e termo de ajuste de conduta em vigência, se houver.
4.2 Referentes à assistência farmacêutica exigida em outras situações.
4.3 Afastamentos provisórios, deliberar e discriminar os procedimentos
que serão adotados, informando se ocorre notificação prévia, orientações,
concessão de prazos, autuação, etc.
4.4 Procedimentos para autuação do estabelecimento, informando se
ocorrerá notificação prévia, orientações, concessão de prazos, etc. Anexar
deliberações, portarias ou ordem de serviços, se houver.
4.5 Metas da Fiscalização.
4.6 Comunicações à Presidência pelo departamento de fiscalização, infor-
mar a metodologia, a periodicidade e as situações.
4.7 Parcerias com outros órgãos.
4.8 Formas de fiscalizações no setor público: descrever a forma e situação
atual do setor.
5. Abrangência de Fiscalização no estado, incluindo as regiões e a capital,
contendo:

201
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5.1 Número de municípios e sua população, número de estabelecimentos


privados e públicos e número de farmacêuticos.
5.2 Índices de soma de farmácias e drogarias, número habitantes por far-
mácia e drogaria, número de farmacêuticos por estabelecimento, número de
habitantes por farmacêuticos, número de estabelecimento por fiscal.
6. Custos da Fiscalização, descrevendo a previsão de despesas com combus-
tível, diárias, salários e encargos dos fiscais, auxiliares, renovação da frota e/
ou custo de locação de veículos, manutenção dos veículos e serviços gráficos.
7. Sistemática da Fiscalização
7.1 Os índices de desempenho de fiscalização (IDF e IDCR).
7.2 Fiscalização de todos os estabelecimentos farmacêuticos, com priori-
dade para estabelecimentos ilegais, irregulares (perfil 5), apuração de denún-
cias, estabelecimentos sem assistência farmacêutica efetiva (perfil 3) e perfil
4, quando não há dados para classificação em perfil.
7.3 A eficácia da fiscalização exercida, avaliando se o plano de fiscalização
aplicado no exercício anterior foi integralmente cumprido, incluindo evolução dos
índices de acompanhamento descritos em comparação aos exercícios anteriores.
7.4 Anexar as Fichas de Fiscalização do Exercício das Atividades Farma-
cêuticas estabelecidas no regional.

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MODELO DO PLANO DE FISCALIZAÇÃO ANUAL

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204
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DIRETRIZES E INSTRUÇÕES PARA RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO


ANUAL

Relatório de Fiscalização Anual: é o documento que informa sobre a exe-


cução e resultados das atividades de fiscalização do exercício profissional no
exercício anterior, considerando as diretrizes definidas no respectivo Plano de
Fiscalização Anual, seguindo o modelo padrão e diretrizes abaixo descritas.
1. Diretoria atual Presidente
Vice-presidente Secretário Geral Tesoureiro
2. Estrutura do departamento de fiscalização, referente ao ano anterior
Nome do gerente da fiscalização
Nome do coordenador de fiscalização Nomes dos fiscais atuantes na fis-
calização Nomes dos fiscais em serviços internos Nomes dos auxiliares admi-
nistrativos
Relação dos veículos de uso exclusivo para fiscalização
Número de computadores, terminais telefônicos, impressoras, equipa-
mentos para fiscalização eletrônica, etc.
3. Localização dos fiscais e seccionais Fiscais lotados na sede
Fiscais lotados nas seccionais
Fiscais lotados em outras localidades

205
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4. Diretrizes do regional
4.1 Referentes à carga horária de assistência farmacêutica exigida em
cada tipo de estabelecimento, definições anexando deliberações, portarias,
ordem de serviço e termo de ajuste de conduta em vigência, se houver.
4.2 Afastamentos provisórios, informando os procedimentos adotados no ano.
4.3 Procedimentos para autuação do estabelecimento, informando os proce-
dimentos adotados no ano.
4.4 Metas da Fiscalização.
4.5 Comunicações à Presidência pelo departamento de fiscalização.
4.6 Parcerias com outros órgãos.
4.7 Formas de fiscalizações no setor público: descrever a forma e situação
atual do setor.
5. Abrangência de Fiscalização no estado, incluindo as regiões e a capital, con-
tendo as informações do ano anterior:
5.1 Número de municípios e sua população, número de estabelecimentos pri-
vados e públicos e número de farmacêuticos.
5.2 Índices de soma de farmácias e drogarias, número habitantes por farmá-
cia e drogaria, número de farmacêuticos por estabelecimento, número de habi-
tantes por farmacêuticos, número de estabelecimento por fiscal.
6. Custos da Fiscalização, descrevendo as despesas do ano anterior com com-
bustível, diárias, salários e encargos dos fiscais, auxiliares, renovação da frota e/
ou custo de locação de veículos, manutenção dos veículos e serviços gráficos.
7. Sistemática da Fiscalização
7.1 Informar os índices de desempenho de fiscalização (IDF), colocando
os resultados obtidos.
7.2 Informar como ocorreu a fiscalização dos estabelecimentos farmacêu-
ticos, as prioridades realizadas.
7.3 Proporções do número de multas aplicadas pelo Plenário, por quanti-
dade e tipo de autuação efetuada: número de multas aplicadas dividido pelo
número de autuações lavradas, por cada tipo de autuação.

206
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

7.4 A eficácia da fiscalização exercida, avaliando se o plano de fiscalização


aplicado no exercício anterior foi integralmente cumprindo, incluindo evolu-
ção dos índices de acompanhamento descritos abaixo em comparação aos
exercícios anteriores.
Caso tenha sido tomada alguma decisão diferente do Plano de Fiscalização
Anual vigente, informar os motivos da alteração no relatório.

MODELO DO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO ANUAL

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ANEXO V - INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO E MODELO DO RELATÓ-


RIO DE ATIVIDADE FISCAL (RAF)
DEFINIÇÕES
I – TIPOS DE ESTABELECIMENTO: atividades e ramos farmacêuticos.
FARMÁCIA SEM MANIPULAÇÃO OU DROGARIA DE PROPRIEDADE DO FAR-
MACÊUTICO: é a farmácia de dispensação ou drogaria onde o farmacêutico é
o proprietário ou coproprietário.
FARMÁCIA COM MANIPULAÇÃO DE PROPRIEDADE DO FARMACÊUTICO: é
a farmácia com manipulação alopática e homeopática onde o farmacêutico é
o proprietário ou coproprietário.
FARMÁCIA HOMEOPÁTICA DE PROPRIEDADE DO FARMACÊUTICO: é a far-
mácia com manipulação e/ou dispensação de medicamentos exclusivamente
homeopáticos de propriedade do farmacêutico.
TOTAL DE FARMÁCIAS DE PROPRIEDADE DE FARMACÊUTICO: é o somató-
rio de todas as farmácias ou drogarias, de propriedade do farmacêutico.

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FARMÁCIA SEM MANIPULAÇÃO OU DROGARIA DE PROPRIEDADE DE NÃO


FARMACÊUTICO: é a farmácia de dispensação ou drogaria onde o farmacêu-
tico não é o proprietário ou coproprietário.
FARMÁCIA COM MANIPULAÇÃO DE PROPRIEDADE DE NÃO FARMACÊUTI-
CO: é a farmácia com manipulação alopática e homeopática onde o farma-
cêutico não é o proprietário ou coproprietário.
FARMÁCIA HOMEOPÁTICA DE PROPRIEDADE DE NÃO FARMACÊUTICO: é
a farmácia de manipulação e dispensação de medicamentos, exclusivamente,
homeopáticos de propriedade não farmacêutico.
FARMÁCIA DE PROPRIEDADE DE OFICIAL DE FARMÁCIA: é a drogaria onde
o RT é o oficial de farmácia provisionado ou licenciado, sendo ele o proprietá-
rio ou coproprietário.
TOTAL DE FARMÁCIAS DE PROPRIEDADE DE NÃO FARMACÊUTICOS: é a
somatória de todas as farmácias e drogarias de propriedade de não farma-
cêuticos.
FARMÁCIA DE ÓRGÃO PÚBLICO: é a farmácia pertencente aos órgãos pú-
blicos: municipal, estadual ou federal.
TOTAL DE FARMÁCIAS: é o somatório das farmácias de propriedade de
farmacêuticos, de não farmacêuticos e órgãos públicos.
FARMÁCIA HOSPITALAR PRIVADA: é a farmácia privativa destinada ao
atendimento de pacientes, ou usuários de estabelecimentos hospitalares, não
sendo permitido o atendimento ao público externo.
FARMÁCIA HOSPITALAR DE ÓRGÃO PÚBLICO: é a farmácia privativa desti-
nada ao atendimento de pacientes, ou usuários de estabelecimentos públicos
hospitalares, não sendo permitido o atendimento ao público externo.
FARMÁCIA EQUIVALENTE A HOSPITALAR PRIVADA: é a farmácia privati-
va destinada ao atendimento de pacientes ou usuários de estabelecimentos
equivalentes às farmácias hospitalares privadas (radiofarmácia, nutrição pa-
renteral, clínicas, entre outras).

210
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FARMÁCIA EQUIVALENTE À HOSPITALAR DE ÓRGÃO PÚBLICO: é a farmá-


cia privativa destinada ao atendimento de pacientes, ou usuários de estabe-
lecimentos equivalentes às farmácias hospitalares públicas (radiofarmácia,
nutrição parenteral, clínicas, entre outras).
TOTAL DE FARMÁCIAS HOSPITALARES: é a somatória de todas as farmá-
cias hospitalares e as equivalentes à hospitalar, públicas ou privadas.
DISTRIBUIDORA OU CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO DE
ÓRGÃO PÚBLICO: é o estabelecimento pertencente aos órgãos públicos: mu-
nicipal, estadual ou federal, que exercem atividade atacadista de medicamen-
tos, insumos e drogas, destinados ao abastecimento das farmácias públicas.
DISTRIBUIDORAS DE MEDICAMENTOS, INSUMOS E DROGAS: são empre-
sas que exercem direta ou indiretamente o comércio atacadista de medica-
mentos, insumos e drogas sob a responsabilidade técnica do farmacêutico.
DISTRIBUIDORAS DE CORRELATO E PRODUTO PARA A SAÚDE: são em-
presas que exercem o comércio atacadista de substância, produto, aparelho
ou acessório não enquadrado nos conceitos anteriores, cujo uso ou aplicação
esteja ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene
pessoal ou de ambientes, ou afins diagnósticos e analíticos, e ainda os produ-
tos dietéticos, óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários.
DISTRIBUIDORA DE COSMÉTICOS E PERFUMARIA: são empresas que
exercem o comércio atacadista, de produtos destinados à estética corporal e
que se utilizam, quer para manter o aspecto exterior ou para tornar o corpo
mais atraente e ocultar as suas imperfeições.
OUTRAS DISTRIBUIDORAS: são as distribuidoras que não se encaixam
nos itens acima. TOTAL DE DISTRIBUIDORAS: é a somatória de todas distri-
buidoras.
LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DE PROPRIEDADE DE FARMACÊU-
TICOS: é o laboratório que exerce as atividades de análises clínicas, sendo de
propriedade de farmacêutico.

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LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DE PROPRIEDADE DE NÃO FAR-


MACÊUTICOS: é o laboratório que exerce as atividades de análises clínicas
sendo de propriedade de não farmacêutico.
LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DE ÓRGÃO PÚBLICO: é o labora-
tório que exerce as atividades de análises clínicas, pertencente aos órgãos
públicos: municipal, estadual ou federal.
TOTAL DE LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS: é a somatória de to-
dos os laboratórios de análises clínicas.
POSTO DE COLETA: é o estabelecimento destinado à coleta de material
para análise clínica laboratorial, vinculada a um laboratório de análise clínicas.
LABORATÓRIO DE CONTROLE DE QUALIDADE: estabelecimento responsá-
vel pelo conjunto de medidas destinadas a garantir, a qualquer momento, a
produção de lotes de medicamentos que satisfaçam às normas de atividade,
pureza, eficácia e inocuidade.
OUTROS LABORATÓRIOS: são os laboratórios que não se encaixam nos
itens acima (bromatológico, toxicológico, entre outros).
INDÚSTRIA DE MEDICAMENTO, INSUMO E DROGA: estabelecimento que
executa qualquer operação de industrialização de drogas, medicamentos em
suas embalagens originais, envolvendo todas as operações envolvidas no
preparo de determinado medicamento, incluindo a aquisição de materiais,
produção, controle de qualidade, liberação, estocagem, expedição de produ-
tos terminados e os controles relacionados.
INDÚSTRIA DE CORRELATO E PRODUTOS PARA A SAÚDE: estabelecimento
que produz aparelho ou acessório, cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e
proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, ou
afins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes, e ainda os produtos
dietéticos, óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários.
INDÚSTRIAS DE COSMÉTICOS E PERFUMARIA: estabelecimentos que exe-
cutem qualquer operação de industrialização cosmética, que envolve produtos
destinados à estética corporal e que se utilizam quer para manter o aspecto
exterior ou para tornar o corpo mais atraente e ocultar as suas imperfeições.

212
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

OUTRAS INDÚSTRIAS: são aquelas que não se encaixam nos itens acima,
como de alimentos, saneantes e outras.
TOTAL DE INDÚSTRIAS: é a somatória de todas indústrias descritas acima.
IMPORTADORAS DE MEDICAMENTOS, INSUMOS E DROGAS: estabeleci-
mentos que exercem, direta ou indiretamente, o comércio atacadista interna-
cional (compra) de drogas, medicamentos, substâncias, insumos ou produtos
sujeitos ao controle sanitário relacionados a drogas ou medicamentos.
IMPORTADORA DE CORRELATO E PRODUTO PARA A SAÚDE: estabeleci-
mento que exerça, direta ou indiretamente, o comércio atacadista interna-
cional (compra) de substância, produto, aparelho ou acessório, cujo uso ou
aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, à
higiene pessoal ou de ambientes, ou afins diagnósticos e analíticos, e ainda os
produtos dietéticos, óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários.
OUTRAS IMPORTADORAS: são as importadoras que não se encaixam nas
descrições dos itens acima.
TOTAL DE IMPORTADORAS: é a somatória de todas as importadoras des-
critas acima. OPERADOR LOGÍSTICO DE MEDICAMENTOS: estabelecimento
devidamente licenciado e autorizado a prestar os serviços de transporte e/ou
armazenamento de medicamentos;
OUTROS OPERADORES LOGÍSTICOS: estabelecimentos devidamente li-
cenciado e autorizado a prestar os serviços de transporte e/ou armazena-
mento de produtos sujeitos à vigilância sanitária de âmbito de atuação do
farmacêutico, exceto os medicamentos.
TOTAL DE OPERADORES LOGÍSTICOS: é a somatória de todos os opera-
dores logísticos descritos acima.
TRANSPORTADORA: empresa que exerce o transporte terrestre, aéreo,
ferroviário, fluvial e marítimo de drogas, medicamentos em suas embala-
gens originais, insumos farmacêuticos, de substância, produto, aparelho ou
acessório, cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde
individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, ou afins diagnós-
ticos e analíticos, e ainda os produtos dietéticos, óticos, de acústica médica,
odontológicos e veterinários.

213
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

SERVIÇOS EM SAÚDE E ESTÉTICA: atividades voltadas à promoção, pro-


teção, manutenção e recuperação estética do indivíduo, de forma a selecionar
e aplicar procedimentos e recursos estéticos, utilizandose para isto, produtos
cosméticos, técnicas e equipamentos específicos, de acordo com as caracte-
rísticas e necessidades do paciente.
CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: para efeito dessa resolução, entende-se
como sendo estabelecimento farmacêutico autônomo destinado ao atendi-
mento de pacientes, familiares e cuidadores, onde se realiza com privacidade
a consulta farmacêutica.
CONSULTÓRIO DE ACUPUNTURA: para efeito dessa resolução, entende-se
como sendo estabelecimento farmacêutico autônomo destinado ao atendi-
mento de pacientes, familiares e cuidadores, onde se realiza com privacidade
atendimentos de acupuntura pelo farmacêutico habilitado na área.
POSTO DE MEDICAMENTOS: é o estabelecimento destinado, exclusiva-
mente, à venda de medicamentos industrializados em suas embalagens origi-
nais e constantes de relação elaborada pelo órgão sanitário federal publicada
na imprensa oficial, para atendimento a localidades desprovidas de farmácia
ou drogaria, não cabendo seu registro no CRF, devendo, no entanto, ser man-
tido cadastro dos dados legais do estabelecimento.
OUTROS ESTABELECIMENTOS: empresas ou estabelecimentos que este-
jam sob a responsabilidade técnica de farmacêutico e que não se encaixam
em qualquer categoria acima.
TOTAL DE ESTABELECIMENTOS: Somatório de todos os tipos de estabele-
cimentos.
II – INFORMAÇÕES DA FISCALIZAÇÃO: estabelecimentos registrados, ile-
gais e resultados das inspeções realizadas.
Estabelecimentos registrados: indicam o número de estabelecimentos que
efetivaram seu registro no CRF.

214
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Regulares: indicam o número de estabelecimentos registrados no CRF que


possuem carga horária de assistência farmacêutica compatível com o horário
de funcionamento declarado e responsabilidade/assistência técnica declarada.
Irregulares: indicam o número de estabelecimentos registrados no CRF que
possuem carga horária de assistência farmacêutica incompatível com o horário
de funcionamento declarado ou não possuem responsável/assistente técnica.
Total: Soma do número de estabelecimentos registrados no CRF em situ-
ação regular e irregular.
Estabelecimentos ilegais: indicam o número de estabelecimentos que não
possuem registro no CRF.
Inspeções efetuadas: inspeções realizadas no mês, distribuídas por tipo
de assistência farmacêutica constatada e excetuando as autuações.
Presente: indica o número de inspeções realizadas em que o farmacêutico
diretor técnico ou responsável técnico, assistente técnico ou substituto esta-
vam presentes no estabelecimento no momento da inspeção.
Ausente: indica o número de inspeções realizadas em que o farmacêutico
diretor técnico ou responsável técnico, assistente técnico ou substituto esta-
vam ausentes no estabelecimento no momento da inspeção.
Outro: indica o número de inspeções realizadas em estabelecimentos onde
não foi constatada presença ou ausência do farmacêutico diretor técnico ou
responsável técnico, assistente técnico ou substituto, e se enquadra em ou-
tras situações, como por exemplo, estabelecimento fechado, com prazo legal
para regularização, entre outras situações que não geram autuação.
Total: somatório das inspeções efetuadas com constatação de presença,
ausência e outras situações.
Autos de Infração lavrados para estabelecimentos: número de autuações
lavradas por motivo de irregularidade constatada.
Sem farmacêutico responsável ou assistente técnico: indica o número de
autos de infração lavrados no estabelecimento que não possui responsável ou
assistente técnico.

215
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Funcionamento divergente do horário declarado em Certidão de Regula-


ridade (CR): indica o número de autos de infrações lavrados nos estabeleci-
mentos que não possuem registro de farmacêuticos durante todo o horário
de funcionamento.
Atividade privativa exercida por leigo na ausência do farmacêutico: indica
o número de autos de infração lavrados nos estabelecimentos onde o farma-
cêutico está ausente e se constata atividade privativa do farmacêutico exer-
cida por leigo.
Estabelecimento sem registro: indica o número de autos de infração lavra-
dos em estabelecimentos que não possuem registro no CRF (ilegais).
Farmacêutico ausente: indica o número de autos de infração lavrados em
estabelecimentos cujo farmacêutico responsável ou assistente técnico ou
substituto estava ausente no estabelecimento no momento da inspeção.
Total: trata-se do número de autos de infração lavrados para os estabele-
cimentos no mês. III - Dados do CRF
Farmacêuticos: indica o número de farmacêuticos inscritos no CRF.
Profissionais provisionados ou licenciados: indica o número de profissio-
nais provisionados ou licenciados inscritos no CRF.
Técnicos de laboratórios: indica o número de técnicos de laboratório ins-
critos no CRF. Número de estabelecimento no Estado: somatória de estabele-
cimentos no estado.
Número de estabelecimento na capital: somatória de estabelecimentos
na capital do estado. Número de estabelecimento no interior: somatória de
estabelecimentos no interior do estado.
Número de municípios existentes no estado: trata-se do número de muni-
cípios existentes no estado.
Número de municípios visitados no mês: trata-se do número de municí-
pios inspecionados no mês.
Número de fiscais em atividade: indica o número de fiscais que estão em
atividade externa de fiscalização no referido mês.

216
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Média de estabelecimentos por fiscal: indica o número de estabelecimen-


tos, incluindo os registrados e ilegais, dividido pelo número de fiscais em ati-
vidade de fiscalização no mês.
Índice de Desempenho da Fiscalização (IDF): é o resultado obtido pela divi-
são do número de inspeções realizadas no mês pelo número de dias úteis em
atividade externa, e ainda pelo número de fiscais em atividade de fiscalização.
Número de Fichas de Fiscalização do Exercício das Atividades Farmacêuti-
cas (FFEAF) aplicadas: número de formulários preenchidos pelo fiscal durante
a inspeção para fiscalização do exercício éticoprofissional, no mês.
Número de ações conjuntas com outros órgãos: número de inspeção do
CRF em conjunto com outros órgãos.
Número de inspeções noturnas: inspeções realizadas no período das 18h
às 6h.
Número de inspeções em finais de semana e feriados: inspeções realiza-
das aos sábados, domingos e feriados.
Número de denúncias recebidas pelo CRF: número de denúncias recebidas
pelo regional no mês.
Número de denúncias apuradas: número de inspeções realizadas para
apurar denúncias, no mês.
Número de ofícios enviados aos órgãos: ofícios enviados aos órgãos com
encaminhamentos de denúncias ou situações que não são de responsabilida-
de de apuração do CRF.
Número de comunicados ético-disciplinares encaminhados ao Presidente
do CRF, pelo setor de fiscalização: indica o número de situações encaminha-
das pela fiscalização para avaliação da Presidência.
Número de processos disciplinares instaurados: indica o número de pro-
cessos disciplinares instaurados.

217
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218
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ANEXO VI - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS


ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM FARMÁCIA SEM MANIPULAÇÃO OU DROGARIA

219
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ANEXO VII - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS


ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO

220
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ANEXO VIII - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS


ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM FARMÁCIA HOSPITALAR

221
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222
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223
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ANEXO IX - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS


ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM FARMÁCIA PÚBLICA

224
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ANEXO X - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS


ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM DISTRIBUIDOR, ARMAZENADOR, IMPOR-
TADOR E EXPORTADOR

225
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ANEXO XI - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS


ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM LABORATÓRIO DE ANÁLISES

226
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ANEXO XII - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS


ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM INDÚSTRIA

227
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ANEXO XIII- PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS


ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM SAÚDE ESTÉTICA

ANEXO XIV - PROPOSTA DE FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS


ATIVIDADES FARMACÊUTICAS EM RADIOFARMÁCIA

228
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RESOLUÇÃO N. 701, DE 26 FEVEREIRO DE 2021

Institui a Declaração de Atividade Profissional (DAP).

O Conselho Federal de Farmácia (CFF), no uso das atribuições que lhe são
atribuídas nas alíneas “g” e “m” do artigo 6º da Lei Federal n. 3.820, de11 de
novembro de 1960;
Considerando o artigo 24 da Lei Federal n. 3.820, de 11 de novembro de
1960, que dispõe que as empresas e os estabelecimentos que explorem ser-
viços para os quais são necessárias atividades de farmacêutico, devem provar
que estas são exercidas por profissional habilitado e devidamente registrado
junto ao Conselho Regional de Farmácia, inclusive quando a legislação exigir
a presença em horário integral de funcionamento;
Considerando que o registro de empresas e a anotação dos profissionais
farmacêuticos legalmente habilitados, delas encarregados, serão obrigatórios
nas entidades fiscalizadoras do exercício profissional, em razão da atividade
básica ou em relação àquela pela qual prestem serviços a terceiros, nos ter-
mos da Lei Federal n. 6.839, de 30 de outubro de 1980;
Considerando a Lei Federal n. 5.991, de 17 de dezembro de 1.973, que
dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, in-
sumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências;
Considerando o artigo 11 da Medida Provisória n. 2.190-34, de 23 de
agosto de 2001, que altera dispositivos da Lei Federal n. 9.782, de 26 de ja-
neiro de 1999, que define o sistema nacional de vigilância sanitária e cria a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e da Lei Federal n. 6.437,
de 20 de agosto de 1977, que define infrações à legislação sanitária federal e
estabelece as sanções respectivas, dando outras providências;
Considerando a Lei Federal n. 6.360, de 23 de setembro de 1976, que
dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os Medicamentos, as
Drogas, os Insumos Farmacêuticos e Correlatos, Cosméticos, Saneantes e
Outros Produtos, e dá outras providências;

229
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Considerando a Lei Federal n. 13.021, de 8 de agosto de 2014, que dispõe


sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas;
Considerando o artigo 2º do Decreto Federal n. 20.377, de 8 de setembro
de 1931, que aprova a regulamentação do exercício da profissão farmacêuti-
ca no Brasil;
Considerando o Decreto Federal n. 20.931, de 11 de janeiro de 1932, que
regula e fiscaliza o exercício da medicina, da odontologia, da medicina vete-
rinária e das profissões de farmacêutico, parteira e enfermeira, no Brasil, e
estabelece penas;
Considerando o Decreto Federal n. 85.878, de 7 de abril de 1981, que
estabelece normas para execução da Lei Federal n. 3.820, de 11 de novem-
bro de 1960, bem como sobre o exercício da profissão de farmacêutico, e dá
outras providências;
Considerando a Resolução CFF n. 698 de 16 de dezembro de 2020, que
altera a Cédula de Identidade profissional (CIP) do farmacêutico e não farma-
cêutico, a Certidão de Regularidade e cria a Cédula de Identidade Profissional
Digital, a Cédula de Identificação digital dos Conselheiros Federais e
Regionais e estabelece itens de segurança na Carteira de Identidade Profis-
sional, e dá outras providências;
Considerando a Resolução n. 700, de 29 janeiro de 2021, que regulamen-
ta o procedimento de fiscalização dos Conselhos Regionais de Farmácia e dá
outras providências;
Considerando a necessidade de normatizar e uniformizar os procedimen-
tos administrativos da direção ou responsabilidade e a assistência técnica
em empresas ou estabelecimentos, a fim de orientar a ação fiscalizadora dos
Conselhos Regionais de Farmácia;
Considerando a necessidade de responsabilização pelos atos profissionais
específicos executados nos estabelecimentos e seus respectivos responsáveis
técnicos registrados nos Conselhos Regionais de Farmácia, para dar cumpri-
mento ao previsto no Código de Ética da Profissão Farmacêutica, resolve:

230
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 1º A empresa ou estabelecimento que necessitar de responsabilidade


técnica de forma eventual ou por tempo limitado, bem como para desenvolver
atividades em sistema de escalas, folgas, plantões ou outras necessidades
de ausência, afastamento ou impedimento temporário ou imprevisto do far-
macêutico responsável técnico ou substituto, desde que por até 30 (trinta)
dias, poderá disponibilizá-la, mediante o farmacêutico substituto, através de
Declaração de Atividade Profissional (DAP).
§ 1º A DAP poderá apenas ser utilizada em empresas ou estabelecimentos
regulares e nas quais exista farmacêutico anotado perante o Conselho Regio-
nal de Farmácia (CRF) na condição de responsável técnico, além dos demais
farmacêuticos necessários para atendimento a todo o horário de funciona-
mento do estabelecimento.
§ 2º O procedimento mediante a DAP, a ser solicitado pela empresa ou
estabelecimento perante o CRF, será isento de custo.
Art. 2º O farmacêutico substituto que desenvolve a atividade por tempo
limitado ou eventual, em razão de férias, escalas, folgas, plantões, licenças
específicas, educação continuada, dentre outros, do substituído, deverá de-
clará-la perante o CRF, assim como seus respectivos horários e formas de
execução, conforme modelo anexo, devendo apresentar o documento com-
probatório de vínculo ou contrato de trabalho com a empresa ou estabeleci-
mento, nos termos da legislação em vigor.
§ 1º O farmacêutico substituto que assumir a responsabilidade técnica
não poderá exercê-la em horário conflitante, sob pena de infração ética-dis-
ciplinar e demais cominações legais.
§ 2º O farmacêutico, em seu período de férias e desde que devidamente co-
municado ao CRF, poderá atuar como substituto em outro estabelecimento uti-
lizando a DAP, uma vez observada a legislação trabalhista aplicável à espécie.
Art. 3º Cabe ao farmacêutico responsável técnico e aos demais farma-
cêuticos, a responsabilidade pelas informações prestadas e o protocolo da
respectiva DAP junto ao CRF.

231
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 4º A DAP será preenchida em 3 (três) vias de igual teor, sendo uma
encaminhada ao CRF para arquivamento na pasta do estabelecimento e, as
demais, às partes contratantes, devendo a via do estabelecimento estar dis-
ponível para consulta ao público.
§ 1º Quando a substituição envolver plantões ou folgas, a escala atualiza-
da deverá estar disponível e visível no estabelecimento junto a CR e, ainda,
a DAP, se o ingresso for por esta via, para fins de averiguação do profissional
encarregado e responsável pela assistência no horário declarado.
§ 2º Em caso de urgência e/ou emergência, no ato da fiscalização, quando
o farmacêutico presente for divergente daqueles inscritos na CR, a DAP pode-
rá ser preenchida e entregue ao fiscal, que dará ciência do seu recebimento.
§ 3º Em caso de urgência e/ou emergência e na ausência da fiscalização,
a DAP deverá ser encaminhada ao CRF por meio eletrônico.
§ 4º No ato da fiscalização, o fiscal deve considerar o farmacêutico pre-
sente e a assistência farmacêutica regular desde que observada a regra dis-
posta no caput desse artigo.
§ 5º Na substituição eventual ou temporária, uma vez terminado o prazo,
a DAP perderá seu efeito sem a necessidade de comunicação ao CRF.
Parágrafo único. O prazo se iniciará na data da rescisão contratual, da
declaração do profissional, da data da comunicação de baixa definitiva proto-
colizada pelo farmacêutico no CRF ou, ainda, da data de outro fator gerador
de afastamento constatado pelo serviço de fiscalização, sob pena de infração
ao artigo 24 da Lei Federal n. 3.820/60, além das demais sanções previstas
na legislação vigente.
Art. 5º A DAP não poderá ser utilizada:
I – Nos casos de afastamentos do farmacêutico responsável técnico ou do
substituto, por período superior a 30 (trinta) dias referentes à licença mater-
nidade, licença médica ou outras situações devendo, nesses casos, ser reque-
rida a responsabilidade técnica efetiva de acordo com a legislação vigente.

232
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

II – Para horários de funcionamento não declarados junto ao CRF, sendo


nesses casos necessário a regularização formal dos respectivos horários.
III – Na hipótese de rescisão contratual, desligamento da empresa, aban-
dono do emprego do farmacêutico responsável técnico ou dos substitutos ou,
ainda, da baixa de responsabilidade técnica, a empresa deverá promover a
imediata regularização.
Parágrafo único. O prazo se iniciará na data da rescisão contratual, decla-
ração do profissional, da data da comunicação de baixa definitiva protocoli-
zada pelo farmacêutico no CRF ou, ainda, da data de outro fator gerador de
afastamento constatado pelo serviço de fiscalização, sob pena de infração ao
artigo 24 da Lei Federal n. 3.820/60, além das demais sanções previstas na
legislação vigente.
Art. 6º Cessam de imediato os efeitos da DAP em vigor, quando houver a
baixa do farmacêutico responsável técnico ou do substituto.
Art. 7º Quando se tratar de afastamento provisório do farmacêutico res-
ponsável técnico ou de seus substitutos, o mesmo deverá, obrigatoriamente,
comunicar ao respectivo CRF, sob pena das sanções cabíveis.
§ 1º Em situações já regulamentadas como férias, licenças maternidade
e paternidade, consultas e cirurgias eletivas, casamento ou outros similares,
o farmacêutico deverá comunicar por escrito, até 12 (doze) horas antes do
início do fato ou situação, de acordo com as condições técnicas e adminis-
trativas do CRF, além de deliberação específica regulamentando o referido
procedimento.
§ 2º Nos casos de cursos, congressos ou outras atividades profissionais, o
farmacêutico deverá protocolizar por escrito, até 12 (doze) horas do início do
evento, de acordo com as condições técnicas e administrativas do CRF, além
de deliberação específica regulamentando o referido procedimento.
§ 3º Em se tratando de doenças, óbitos familiares, acidentes pessoais,
cirurgias ou atendimento de urgência ou outras situações similares, o farma-
cêutico, seu representante legal ou do estabelecimento deverá comunicar o
CRF em até 5 (cinco) dias úteis após o fato ou situação.

233
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 4º Em se tratando de exercício de atividades privativas, a substituição


deverá ser imediata, sob pena de infração ao artigo 24 da Lei Federal n.
3.820/60, além das demais sanções previstas na legislação vigente.
Art. 8º Qualquer alteração nos horários da empresa ou estabelecimento,
bem como do farmacêutico responsável técnico, ou do substituto, deverá ser
comunicado previamente ao respectivo CRF, ficando sem validade a CR ex-
pedida.
Art. 9º As alterações promovidas nesta norma deverão ser adaptadas às
regras dispostas na Resolução/CFF n. 698/2020.
Art. 10. Os casos omissos serão resolvidos pelo plenário do CFF.
Art. 11 Esta resolução entra em vigor concomitantemente ao prazo pre-
visto no artigo 49 da Resolução/CFF n. 700/2021.

WALTER DA SILVA JORGE JOÃO


Presidente do Conselho

234
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ANEXO Modelo de formulário para Declaração de Atividade Profissional -


DAP Declaração de Atividade Profissional - DAP
Nome________________________________________________, far-
macêutico (a) regulamente inscrito(a) sob o número _________, declaro para
fins de atividade junto ao estabelecimento com razão social ________________
____________________, Nome Fantasia ____________________________,
registro no CRF/__ n. ________CNPJ_______________, que exercerei ativi-
dade técnica profissional, conforme documentação comprobatória anexa, no
período de ____/____/_____ a ____/____/____.
Nos termos acima, firmo o compromisso perante o CRF/__ e, em cumpri-
mento ao dever profissional, declaro que prestarei efetiva assistência técnica
na forma declarada, e demais compromissos para com a profissão farmacêu-
tica, de acordo com o que dispõe a Lei Federal n. 3820/60 e as Resoluções do
Conselho Federal de Farmácia, em especial ao Código de Ética da Profissão
Farmacêutica e legislações complementares, ciente de que a falsidade da
presente declaração pode implicar na sanção penal prevista no artigo 299 do
Código Penal (falsidade ideológica). Declaro ainda ter conhecimento que de-
verei informar ao CRF/__ o término da presente atividade, quando a mesma
não for declarada temporária, sob pena de responsabilidade profissional.
Declaro ainda que:
( ) Não exerço outras atividades profissionais no horário declarado acima;
Local, data.
________________________________ Farmacêutico

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

235
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RESOLUÇÃO N. 711, DE 30 JULHO DE 2021

Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo


Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções
disciplinares.

O Conselho Federal de Farmácia (CFF), no exercício das atribuições que


lhe confere o artigo 6º, alínea “g”, da Lei n. 3.820, de 11 de novembro de
1960, resolve:
Art. 1º Aprovar o CÓDIGO DE ÉTICA FARMACÊUTICA, nos termos da se-
ção I desta resolução. Art. 2º - Aprovar o CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO, nos
termos da seção II desta resolução.
Art. 3º Estabelecer as infrações e as regras de aplicação das sanções dis-
ciplinares, nos termos da seção III desta resolução.
Art. 4º Todos os atos e procedimentos poderão ser praticados eletroni-
camente, desde que observadas as exigências e garantias da Medida Provi-
sória n. 2.200/2001, da Lei Federal n. 14.063/2020 e do Decreto Federal n.
10.543/2020.
Art. 5º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revo-
gando-se a Resolução/CFF n. 596/14 (DOU 25/03/2014, Seção 1, página 99).

Seção I
Código De Ética Farmacêutica Preâmbulo

O Conselho Federal de Farmácia (CFF), pessoa jurídica de direito público


e classificado como autarquia criada por lei, é uma entidade fiscalizadora do
exercício profissional e da ética farmacêutica no país.
O Código de Ética Farmacêutica contém as normas que devem ser obser-
vadas pelos farmacêuticos e os demais inscritos nos conselhos regionais de
farmácia no exercício do âmbito profissional respectivo, inclusive nas ativida-
des relativas ao ensino, à pesquisa e à administração/gestão de serviços de
saúde, bem como em quaisquer outras atividades em que se utilize o conhe-
cimento advindo do estudo da Farmácia, em prol do zelo pela saúde.

236
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

O farmacêutico e os demais inscritos no Conselho Regional de Farmácia


(CRF) são profissionais da saúde, cumprindo-lhes executar todas as ativida-
des inerentes ao seu âmbito profissional, de modo a contribuir para a salva-
guarda da saúde.

TÍTULO I
DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL

CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º O exercício da profissão farmacêutica tem dimensões de valores


éticos e morais que são reguladas por este código, além de atos regulatórios
e diplomas legais vigentes, cuja transgressão poderá resultar em sanções
disciplinares por parte do CRF, após apuração de sua Comissão de Ética, ob-
servado o direito ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa,
independentemente das demais penalidades estabelecidas pela legislação em
vigor no país.
Parágrafo único. Os farmacêuticos e demais inscritos que transgredirem
este regulamento, enquanto no exercício do serviço de atividade militar, não
estão sujeitos à ação disciplinar dos conselhos regionais ante ao artigo 5º da
Lei Federal n. 6.681/79.
Art. 2º Todos os inscritos atuarão com respeito à vida humana, ao meio
ambiente e à liberdade de consciência nas situações de conflito entre a ciên-
cia e os direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal.
Art. 3º A dimensão ética profissional é determinada em todos os seus
atos, sem qualquer discriminação, pelo benefício ao ser humano, aos demais
seres vivos, ao meio ambiente, e pela responsabilidade social e consciência
de cidadania.

237
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Art. 4º Todos os inscritos respondem individualmente ou, de forma solidá-


ria (responsabilidade solidária), na forma da lei, ainda que por omissão, pelos
atos que praticarem, autorizarem ou delegarem no exercício da profissão.
Parágrafo único. o farmacêutico que exercer a responsabilidade técnica, a
assistência técnica ou a substituição nos estabelecimentos somente terá con-
tra si instaurado um processo ético, na medida de sua culpabilidade.
Art. 5º Todos os inscritos devem exercer a profissão com honra e digni-
dade, devendo dispor de condições de trabalho e receber justa remuneração
por seu desempenho.
Art. 6º Todos os inscritos devem zelar pelo desempenho ético, mantendo
o prestígio e o elevado conceito de sua profissão.
Art. 7º Todos os inscritos devem manter atualizados os seus conhecimen-
tos técnicos e científicos para aprimorar, de forma contínua, o desempenho de
sua atividade profissional.
Art. 8º A profissão farmacêutica deve ser exercida com vistas à promoção,
prevenção e recuperação da saúde, e sem fins meramente mercantilistas.
Parágrafo único. no exercício da profissão farmacêutica devem ser obser-
vadas todas as normas que a regulamentam.
Art. 9º O trabalho do farmacêutico deve ser exercido com autonomia téc-
nica e sem a inadequada interferência de terceiros, tampouco com objetivo
meramente de lucro, finalidade política, religiosa ou outra forma de explora-
ção em desfavor da sociedade.
Art. 10. Todos os inscritos devem cumprir as disposições legais e regula-
mentares que regem a prática profissional no país, inclusive aquelas previstas
em normas sanitárias, sob pena de aplicação de sanções disciplinares e éticas
regidas por este regulamento.
Art. 11 Todos os inscritos devem exercer a profissão com justiça, compro-
misso, equidade, resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade,
honestidade, legalidade e moralidade.

238
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

CAPÍTULO II
DOS DIREITOS

Art. 12. É direito do farmacêutico:


I – interagir com os demais profissionais, para garantir a segurança e a
eficácia da terapêutica, observado o uso racional de medicamentos;
II – exigir dos profissionais da saúde o cumprimento da legislação sanitá-
ria vigente, em especial quanto à legibilidade da prescrição e demais aspectos
legais e técnicos;
III – opor-se a exercer a profissão ou suspender a sua atividade em insti-
tuição pública ou privada sem remuneração ou condições dignas de trabalho,
ressalvadas as situações de urgência ou emergência, devendo comunicá-las
imediatamente às autoridades sanitárias e profissionais;
IV – negar-se a realizar atos farmacêuticos que sejam contrários aos dita-
mes da ciência, da ética e da técnica, comunicando o fato, quando for o caso,
ao usuário, a outros profissionais envolvidos e ao respectivo CRF;
V – ser fiscalizado no âmbito profissional e sanitário, obrigatoriamente por
farmacêutico;
VI – ter acesso a todas as informações técnicas e ferramentas tecnológicas
existentes, relacionadas ao seu local de trabalho e ao pleno exercício da profis-
são, relativas ao período em que esteve no desempenho de suas atribuições;
VII – realizar, com base nas necessidades de saúde do paciente e em con-
formidade com as políticas de saúde vigentes, a prescrição de medicamen-
tos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija
prescrição médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações
magistrais e oficinais (alopáticos ou homeopáticos), fitoterápicos, plantas
medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou relações de medicamen-
tos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição
do farmacêutico, desde que devidamente documentada, visando à promoção,
proteção e recuperação da saúde, e à prevenção de doenças e de outros pro-
blemas de saúde;

239
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Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

VIII – prescrever medicamentos de acordo com protocolos aprovados para


uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da formalização de acordos
de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde, desde que
atendidas as normativas vigentes;
IX – realizar a intercambialidade de medicamentos, respeitando a decisão
do usuário, dentro dos limites legais, e documentando o ato;
X – recusar o fornecimento de medicamentos a estabelecimentos que não
cumpram os requisitos legais para aquisição;
XI – estabelecer e perceber honorários para os serviços prestados, de for-
ma justa e digna;
XII – receber estagiários, respeitando as normas e legislações preconi-
zadas para estágio supervisionado, bem como a capacidade de alocação da
unidade ou estabelecimento farmacêutico;
XIII – utilizar as mídias sociais na divulgação de informações cientificas,
baseadas em evidências, nos limites legais e regulamentares, que esclareçam
a população sobre o uso racional de medicamentos e abordem temas que
promovam a saúde e a segurança do paciente, sem cunho promocional;
XIV – decidir, justificadamente, sobre a dispensação ou não de qualquer
prescrição objetivando a garantia, a segurança e a eficácia da terapêutica e
observando o uso racional de medicamentos e outros produtos para a saúde,
bem como fornecer as orientações necessárias ao usuário e informações so-
licitadas pelo prescritor e órgão fiscalizador.
Art. 13. É direito de todos os inscritos no CRF:
I – exercer a sua profissão sem qualquer discriminação, seja por motivo de
religião, etnia, identidade de gênero, raça, nacionalidade, idade, condição so-
cial, opinião política, deficiência ou de qualquer outra natureza vedada por lei;
II – recusar-se a exercer a profissão em instituição pública ou privada sem
condições dignas de trabalho ou que possam prejudicar o usuário, com direito
a representação às autoridades sanitárias e profissionais;

240
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

III – exercer sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar
serviços que contrariem os ditames da legislação vigente;
IV – ser valorizado e respeitado no exercício da profissão, independente-
mente da função que exerce ou do cargo que ocupe;
V – não ser limitado, por disposição estatutária ou regimental de estabele-
cimento farmacêutico, tampouco de instituição pública ou privada, na escolha
dos meios cientificamente reconhecidos a serem utilizados no exercício da
sua profissão;
VI – recorrer ao CRF, de forma fundamentada, quando impedido de cum-
prir o presente código, a legislação do exercício profissional e as resoluções,
decisões e pareceres normativos emanados do CFF, bem como do CRF e de-
mais autoridades;
VII – negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias sociais,
durante o desempenho de suas atividades profissionais;
VIII – ser respeitado por colaboradores, gestores, empregadores, usuários
e pacientes de estabelecimento de saúde onde atua no exercício da profissão,
recusando-se de forma respeitosa, a sofrer qualquer tipo de coação, agressão
ou violência.

CAPÍTULO III
DOS DEVERES

Art. 14. O farmacêutico, durante o tempo em que permanecer inscrito em


um CRF, independentemente de estar ou não no exercício efetivo da profis-
são, deve:
I – comunicar ao CRF e às autoridades competentes os fatos que carac-
terizem infringência a este código e às normas que regulam o exercício das
atividades farmacêuticas;
II – supervisionar, nos limites da lei, os colaboradores para atuarem no
auxílio ao exercício das suas atividades;

241
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

III – fornecer orientações necessárias ao usuário, objetivando a garantia,


a segurança e a efetividade da terapêutica, observando o uso racional de me-
dicamentos;
IV – avaliar a prescrição, decidindo, justificadamente, pela não dispensa-
ção ou aviamento;
V – participar, promover e registrar as atividades de treinamento opera-
cional e educação continuada, bem como definir manuais de boas práticas,
procedimentos operacionais padrões e seus aperfeiçoamentos, zelando pelos
seus cumprimentos, estando estes acessíveis a todos os funcionários envolvi-
dos nas atividades e aos órgãos de fiscalização;
VI – participar da elaboração e zelar pelo cumprimento do Plano de Ge-
renciamento de Resíduos de Serviços da Saúde (PGRSS) do local sob sua
responsabilidade;
VII – notificar aos profissionais da saúde e aos órgãos sanitários compe-
tentes, bem como ao laboratório industrial ou a farmácia com manipulação
envolvido, qualquer eventos adversos, tal como efeito adverso, falha tera-
pêutica, interação, incompatibilidade, clinicamente relevante, que se suspeita
estar associado a um tratamento farmacológico;
VIII – utilizar dados técnico-científicos baseados na melhor evidência dis-
ponível;
IX – executar, quando aplicável, as atribuições clínicas farmacêuticas;
X – prestar orientação farmacêutica, com vista a esclarecer aos pacientes
os benefícios esperados dos tratamentos farmacológicos e o risco de efeitos
adversos, interações entre medicamentos e entre estes e alimentos, álcool e
tabaco, bem como orientar a respeito de aspectos relacionados ao preparo,
conservação e uso seguro do medicamentos;
XI – elaborar por escrito, e de forma organizada, o Manual de Boas Práti-
cas Farmacêuticas, bem como os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs)
que contemplem todas as atividades executadas, mantendo-os atualizados e
disponíveis a todos os funcionários envolvidos nas atividades;

242
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XII – supervisionar os conteúdos expostos pelo estabelecimento com o


qual mantém vínculo profissional nas redes sociais, em sítios eletrônicos e
demais meios de comunicação, fazendo cumprir as normas técnicas e a legis-
lação vigente;
XIII – atender os prazos regulamentares, em qualquer instância, de tra-
mitação de processo administrativo.
Art. 15. Todos os inscritos em um CRF, independentemente de estar ou
não no exercício efetivo da profissão, devem:
I – dispor seus serviços profissionais às autoridades constituídas, ain-
da que sem remuneração ou qualquer outra vantagem pessoal, em caso de
conflito social interno, catástrofe, epidemia, pandemia ou qualquer tipo de
desastre natural decretado por autoridades legalmente competentes;
II – recusar o recebimento de medicamentos ou outros produtos para a
saúde sem registro/notificação junto a Anvisa, quando aplicável, sem rastre-
abilidade de sua origem, sem documento fiscal ou equivalente, ou em desa-
cordo com a legislação vigente;
III – exercer a profissão respeitando os atos, as diretrizes, as normas téc-
nicas e a legislação vigentes;
IV – respeitar o direito de decisão do usuário sobre seu tratamento, sua
própria saúde e bemestar, excetuando-se aquele que, mediante laudo médico
ou determinação judicial, for considerado incapaz de discernir sobre opções
de tratamento ou decidir sobre sua própria saúde e bem-estar;
V – comunicar ao CRF e às autoridades competentes a recusa em se sub-
meter à prática de atividade contrária à lei ou regulamento, bem como a
desvinculação do cargo, função ou emprego, motivada pela necessidade de
preservar os legítimos interesses da profissão e da saúde;
VI – guardar sigilo de fatos e informações de que tenha conhecimento no
exercício da profissão, excetuando-se os casos amparados pela legislação
vigente, cujo dever legal exija comunicação, denúncia ou relato a quem de
direito;

243
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VII – respeitar a vida, jamais cooperando com atos que intencionalmente


atentem contra ela ou que coloquem em risco a integridade de qualquer ser
vivo ou da coletividade;
VIII – assumir, com responsabilidade social, ética, sanitária, ambiental e
educativa, sua função na determinação de padrões desejáveis em todo o âm-
bito profissional, inclusive nas atividades de ensino;
IX – contribuir para a promoção, proteção e recuperação da saúde indivi-
dual e coletiva da pessoa humana e dos animais;
X – garantir ao usuário o acesso à informação independente, e de fonte
confiável, sobre as práticas terapêuticas, sem detrimento às oficialmente re-
conhecidas no país, de modo a possibilitar a sua livre escolha;
XI – denunciar às autoridades competentes quaisquer formas de agressão
ao meio ambiente e riscos inerentes ao trabalho, que sejam prejudiciais à
saúde e à vida;
XII – comunicar formalmente ao CRF, em até 5 (cinco) dias úteis, o encer-
ramento de seu vínculo profissional de qualquer natureza, independentemen-
te de retenção de documentos pelo empregador;
XIII – basear suas relações com os demais profissionais com urbanidade,
respeito mútuo, cooperação técnica, liberdade e independência de cada um,
desde que observadas as evidências científicas;
XIV – respeitar as normas éticas nacionais vigentes, bem como proteger a
vulnerabilidade dos envolvidos, ao participar de pesquisas envolvendo seres
humanos ou animais;
XV – promover ações que garantam a qualidade em todas as áreas ineren-
tes à atividade farmacêutica;
XVI – cumprir os princípios de biossegurança, bem como aplicar medidas
técnicas, administrativas e normativas para prevenir acidentes de trabalho, à
saúde pública e ao meio ambiente;

244
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XVII – exercer as atividades farmacêuticas conforme as normas especificas


vigentes para cada atividade, mantendo efetivo controle da qualidade no âmbito
interno e externo, bem como o cumprimento de boas práticas laboratoriais;
XVIII – tratar com respeito e urbanidade os farmacêuticos fiscais, permi-
tindo que promovam todos os atos necessários à verificação da execução do
exercício da profissão farmacêutica;
XIX – informar ao CRF, os estabelecimentos farmacêuticos que estejam
recebendo estagiários de cursos de graduação em Farmácia, em desacordo
com a legislação vigente;
XX – Notificar, no que couber em seu âmbito de atuação profissional, aos
órgãos de saúde, vigilância epidemiológica ou outros, quando da detecção de
agravo decorrente de doenças de notificação compulsória, seja por meio de
exames laboratoriais, testes rápidos ou em rastreamento em saúde;
XXI – documentar as orientações técnicas fornecidas aos colaboradores
para a correta execução das atividades.
Art. 16. O farmacêutico deve comunicar formalmente ao CRF, pelas manei-
ras disponíveis definidas pelo respectivo regional, o afastamento temporário
das atividades profissionais pelas quais detém responsabilidade/assistência
técnica, quando não houver outro farmacêutico que, legalmente, o substitua.
§ 1º Na hipótese de afastamento por motivo de doença, acidente pessoal,
licença maternidade, óbito de familiar ou por outro imprevisível, que requeira
avaliação pelo CRF, a comunicação formal e documentada deverá ocorrer em
até 5 (cinco) dias úteis após o fato, acompanhada de documentos comproba-
tórios válidos pela legislação vigente.
§ 2º Quando o afastamento ocorrer por motivo previamente agendado,
como férias, congressos e cursos de aperfeiçoamento relacionados à área de
atuação farmacêutica, a comunicação ao CRF deverá ocorrer com antecedên-
cia mínima de 12 (doze) horas.

245
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CAPÍTULO IV
DAS PROIBIÇÕES

Art. 17. É proibido ao farmacêutico:


I – exercer simultaneamente a Medicina;
II – produzir, manipular, fornecer, manter em estoque, armazenar, co-
mercializar, dispensar ou permitir que sejam dispensados meio, instrumento,
substância, conhecimento, medicamento, fórmula magistral/oficinal ou espe-
cialidade farmacêutica, fracionada ou não, que não inclua a identificação clara
e precisa sobre a(s) substância(s) ativa(s) nela contida(s), suas respectivas
quantidades, bem como informações imprescindíveis de rotulagem e garan-
tia da procedência e rastreabilidade, contrariando as normas legais e técni-
cas, excetuando-se a dispensação hospitalar interna, em que poderá haver
a codificação do medicamento que for fracionado sem, contudo, omitir o seu
nome ou fórmula;
III – extrair, produzir, fabricar, transformar, beneficiar, preparar, manipu-
lar, purificar, embalar, reembalar medicamento, produto, substância ou in-
sumo, em contrariedade à legislação vigente, ou permitir que tais práticas
sejam realizadas;
IV – armazenar, estocar, manter em depósito, ainda que transitoriamente,
distribuir, transportar, importar, exportar, trazer consigo medicamento, pro-
duto, substância ou insumo, em contrariedade à legislação vigente, ou permi-
tir que tais práticas sejam realizadas;
V – fracionar medicamento, produto, substância ou insumo, em contra-
riedade à legislação vigente, ou permitir que tais práticas sejam realizadas;
VI – expor, comercializar, dispensar ou entregar ao consumo medicamen-
to, produto, substância ou insumo, em contrariedade à legislação vigente, ou
permitir que tais práticas sejam realizadas;
VII – prescrever, ministrar ou utilizar medicamento, produto, substância
ou insumo, em contrariedade à legislação vigente, ou permitir que tais práti-
cas sejam realizadas;

246
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VIII – delegar ou permitir que outros profissionais pratiquem atos ou atri-


buições privativas da profissão farmacêutica;
IX – fornecer, dispensar ou permitir que sejam dispensados, sob qualquer
forma, substância, medicamento ou fármaco para uso diverso da indicação
para a qual foi licenciado, salvo quando baseado em evidência ou mediante
entendimento com o prescritor, formalizado por escrito no verso da prescri-
ção, prontuário ou em documento específico;
X – coordenar, supervisionar, assessorar ou exercer a fiscalização sani-
tária ou profissional quando for sócio ou acionista de qualquer categoria, ou
interessado por qualquer forma, bem como prestar serviços a empresa ou
estabelecimento que forneça drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos
e correlatos, bem como a laboratórios, distribuidoras ou indústrias, com ou
sem vínculo empregatício;
XI – intitular-se responsável técnico por qualquer estabelecimento sem a
autorização prévia do CRF, comprovada mediante a Certidão de Regularidade
correspondente;
XII – realizar a dispensação ou aviar prescrições médicas ou de outros
profissionais em desacordo com a técnica farmacêutica e/ou as boas práticas
de farmácia e/ou a legislação vigente;
XIII – produzir, fabricar, fornecer, em desacordo com a legislação vigente,
radiofármacos e conjuntos de reativos ou reagentes, destinados às diferentes
análises complementares do diagnóstico clínico;
XIV – alterar o processo de fabricação de produtos sujeitos a controle sa-
nitário, modificar os seus componentes básicos, nomes e demais elementos
objeto do registro, contrariando as disposições legais e regulamentares;
XV – receber estagiário do curso de graduação em Farmácia e/ou de pós-
-graduação sem o Termo de Compromisso de Estágio, ou outro documento
que vier a substituí-lo, para a instituição na qual trabalha;
XVI – exercer o magistério, coordenar, supervisionar ou ser preceptor de
estágio em cursos de graduação e/ou de pós-graduação na área da Farmácia
que descumpram a legislação vigente.

247
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Art. 18. É proibido a todos os inscritos no CRF:


I – participar de qualquer tipo de experiência com fins bélicos, raciais ou
eugênicos, bem como de pesquisa não aprovada por Comitê de Ética em Pes-
quisa/Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP) ou Comissão de
Ética no Uso de Animais;
II – divulgar informações sigilosas de que tenha conhecimento, quando
em participação de comissões, reuniões, auditoria interna ou externa, ou
qualquer outro tipo de processo avaliativo ou investigativo;
III – exercer atividade não reconhecida pelo CFF, ou que não tenha apti-
dão ou qualificação mínima necessária para as atividades reconhecidas;
IV – praticar ato profissional que cause dano material, físico, moral ou
psicológico e/ou que possa ser caracterizado como imperícia, negligência ou
imprudência;
V – permitir a utilização do seu nome por qualquer estabelecimento ou
instituição onde não exerça pessoal e efetivamente a sua função;
VI – realizar ou participar de atos fraudulentos em qualquer área da profis-
são ou usar desta para favorecer ou facilitar a ação criminosa;
VII – fornecer meio, instrumento, substância, medicamento, fórmula ma-
gistral ou conhecimento para induzir à prática, ou dela participar, de tortura,
eutanásia, aborto ilegal, toxicomania ou de quaisquer outras formas de pro-
cedimento degradante ou cruel em relação ao ser humano e aos animais;
VIII – manter em estoque, ainda que transitoriamente, ou armazenar ins-
trumento substância, medicamento, fórmula magistral/oficinal ou especialidade
farmacêutica, fracionada ou não, que não inclua a identificação clara e precisa
sobre a(s) substância(s) ativa(s) nela contida(s), suas respectivas quantida-
des, ou informações imprescindíveis de rotulagem e garantia da procedência
e rastreabilidade, contrariando as normas legais e técnicas, excetuando-se a
dispensação hospitalar interna, em que poderá haver a codificação do medica-
mento que for fracionado sem, contudo, omitir o seu nome ou fórmula;

248
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

IX – dificultar a ação fiscalizadora ou desacatar as autoridades sanitárias


ou profissionais, quando no exercício das suas funções;
X – aceitar ou pagar remuneração abaixo do estabelecido como o piso sa-
larial oriundo de acordo, convenção coletiva ou dissídio da categoria, quando
aplicável;
XI – declarar possuir títulos científicos ou de especialização que não possa
comprovar, nos termos da lei;
XII – exercer atividade ou realizar procedimento no âmbito da profissão,
sem comprovação da habilitação, quando aplicável, perante o CRF;
XIII – aceitar ser perito, auditor ou relator de qualquer processo ou proce-
dimento, quando houver interesse, envolvimento pessoal, familiar ou institu-
cional, e quando não estiver devidamente habilitado e/ou capacitado;
XIV – permitir interferência nos resultados apresentados como perito ou
auditor;
XV – exercer a profissão farmacêutica quando estiver sob a sanção disci-
plinar de suspensão;
XVI – exercer deliberadamente a profissão em estabelecimento não regis-
trado/cadastrado ou não licenciado nos órgãos do exercício profissional e/ou
de fiscalização sanitária;
XVII – aceitar a interferência de leigos em seus trabalhos e em suas deci-
sões de natureza profissional, bem como permitir que estes desautorizem ou
desconsiderem as orientações técnicas emitidas pelo farmacêutico;
XVIII – omitir-se ou acumpliciar-se com os que exercem ilegalmente a ati-
vidade farmacêutica ou com profissionais ou instituições que pratiquem atos
ilícitos em qualquer das suas áreas de abrangência;
XIX – assinar trabalho realizado por outrem, alheio à sua execução, orien-
tação, supervisão ou fiscalização ou, ainda, assumir responsabilidade por ato
que não praticou ou do qual não participou;

249
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
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XX – prevalecer-se de cargo de liderança ou empregador para desrespei-


tar a dignidade de subordinados, bem como para praticar ou exigir que se
pratique ato em desconformidade com a técnica ou norma vigente;
XXI – pleitear, de forma desleal, para si ou para outrem, emprego, cargo
ou função exercidos por outro profissional, bem como praticar atos de con-
corrência desleal;
XXII – exercer atividade no âmbito da profissão farmacêutica em intera-
ção com outros profissionais, concedendo vantagem de qualquer natureza
aos demais profissionais habilitados para o direcionamento de usuário, ferin-
do o direito deste de escolher livremente o serviço e o profissional;
XXIII – receber remuneração por serviços que não tenha efetivamente
prestado;
XXIV – submeter-se a fins meramente mercantilistas que venham a com-
prometer o seu desempenho técnico, em prejuízo da sua atividade profissional;
XXV – deixar de obter de participante de pesquisa ou de seu representante
legal o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para sua reali-
zação envolvendo seres humanos, após as devidas explicações sobre a sua
natureza e as suas consequências, quando exigido pela legislação vigente;
XXVI – conduzir pesquisa ou utilizar dados envolvendo seres humanos ou
animais, sem submetê-la à avaliação prévia do respectivo Comitê de Ética em
Pesquisa;
XXVII – utilizar-se de conhecimentos da profissão com a finalidade de co-
meter ou favorecer atos ilícitos de qualquer espécie;
XXVIII – fazer uso, elaborar, produzir documento, atestado, certidão ou
declaraçãofalsos ou alterados;
XXIX – permitir que terceiros tenham acesso a senhas pessoais, sigilosas
e intransferíveis, bem como a dispositivos certificadores digitais utilizados
para identificação e validação em sistemas informatizados inerentes à sua
atividade profissional;

250
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

XXX – exercer interação com outros estabelecimentos, farmacêuticos ou


não, de forma a viabilizar a realização de prática vedada em lei ou regula-
mento, exceto em situações emergenciais devidamente justificadas e docu-
mentadas;
XXXI – produzir e/ou divulgar, por qualquer meio, informação sobre temas
farmacêuticos ou de saúde em geral de conteúdo inverídico, sensacionalista,
promocional que não possua a devida comprovação ou que contrarie a legis-
lação vigente;
XXXII – promover a utilização de substâncias ou a comercialização de
produtos que não tenham a indicação terapêutica analisada e aprovada, bem
como que não estejam descritos em literatura ou compêndio nacionais ou in-
ternacionais reconhecidos pelo órgão sanitário federal;
XXXIII – utilizar-se de qualquer meio ou forma para difamar, caluniar,
injuriar ou divulgar preconceitos e apologia a atos ilícitos ou vedados por lei
específica;
XXXIV – exercer sem a qualificação necessária o magistério de nível supe-
rior, bem como utilizar esta prática para aproveitar-se de terceiros em bene-
fício próprio ou para obter quaisquer vantagens pessoais;
XXXV – exercer a profissão e funções relacionadas à Farmácia, exclusivas
ou não, sem a necessária habilitação legal;
XXXVI – fazer declarações injuriosas, caluniosas, difamatórias ou que de-
preciem o profissional inscrito, a profissão, as instituições, as entidades far-
macêuticas, seus representantes, funcionários e colaboradores, sob qualquer
forma ou meio de comunicação ou redes sociais, bem como repercuti-las e/
ou compartilhá-las;
XXXVII – desrespeitar ou discriminar o ser humano no exercício da ativi-
dade farmacêutica;
XXXVIII – Deixar de notificar, no que couber em seu âmbito de atuação
profissional, aos órgãos de saúde, vigilância epidemiológica ou outros, quan-
do da detecção de agravo decorrente de doenças de notificação compulsória,
seja por meio de exames laboratoriais, testes rápidos ou em rastreamento
em saúde;

251
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

XXXIX – realizar propaganda de substância, medicamento, procedimento


ou técnica em saúde que contrarie a norma vigente, induza o usuário a erro,
induza a exposição indevida ou ao uso irracional;
XL – fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir paciente ou sua
imagem em qualquer meio de comunicação, sob qualquer pretexto, salvo se
possuir autorização expressa e formal do paciente;
XLI – receber, para si ou para outrem, vantagem indevida no exercício da
atividade farmacêutica;
XLII – valer-se, quando no exercício da profissão, de mecanismos de co-
ação, omissão ou suborno, com pessoas físicas ou jurídicas, para conseguir
qualquer tipo de vantagem indevida;
XLIII – fornecer a terceiros qualquer dado relativo ao paciente, inclusive
aqueles provenientes de receita ou de registros da assistência prestada, que
possam de alguma forma identificar o paciente, o prescritor, ou o respectivo
estabelecimento de saúde, em desacordo com a Lei Geral de Proteção de Da-
dos (LGPD);
XLIV – manter vínculos profissionais, ou outra atividade qualquer, com
incompatibilidade de horário ao declarado para assistência farmacêutica nos
conselhos regionais;
XLV – dar falso testemunho ou fazer acusações a colegas de profissão far-
macêutica ou em detrimento de terceiros sem possuir provas;
XLVI – fazer promessas que contrariem as normas legais, normas profis-
sionais e ainda contrárias à fiscalização do exercício profissional, com o intui-
to de obter vantagem para si ou outros, quando candidato a cargo eletivo de
representação da categoria farmacêutica ou ocupante do cargo;
XLVII – reduzir, irregularmente, quando em função de chefia ou coordena-
ção, a remuneração devida a outro profissional;
XLVIII – praticar injustiças, perseguições, assédios ou impor penalidades,
trabalhos degradantes ou jornadas extenuantes ao farmacêutico subordina-
do, valendo-se da posição ou cargo de chefia.

252
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 19. Quando atuando no serviço público, é vedado ao inscrito no CRF:


I – utilizar-se do serviço, emprego ou cargo público para realizar trabalho
de empresa privada de sua propriedade ou de outrem, obtendo vantagens
indevidas para si ou para terceiros;
II – cobrar ou receber remuneração do usuário do serviço. CAPÍTULO V
Da Publicidade e dos Trabalhos Científicos Art. 20 - É vedado ao inscrito
em CRF:
I – divulgar assunto ou descoberta de conteúdo inverídico, ou que não
possua a devida comprovação;
II – publicar, em seu nome, trabalho científico do qual não tenha participa-
do, ou atribuir-se a autoria exclusiva, quando houver participação de subordi-
nados ou outros profissionais, farmacêuticos ou não;
III – promover publicidade enganosa ou abusiva da boa-fé do usuário;
IV – anunciar produtos farmacêuticos ou processos por quaisquer meios
capazes de induzir ao uso indevido e indiscriminado de medicamentos ou de
outros produtos farmacêuticos;
V – utilizar-se, sem referência ao autor ou sem a sua autorização expres-
sa, de dados ou informações, publicados ou não;
VI – deixar de incluir nas divulgações profissionais, de qualquer ordem, o
seu número de inscrição no CRF.

TÍTULO II
DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS

Art. 21. O profissional, perante seus pares e demais profissionais, deve


comprometer-se a:
I – tratar com urbanidade a sua equipe de trabalho, observando os pre-
ceitos éticos;
II – adotar critério justo em suas atividades e nos pronunciamentos sobre
serviços e funções confiados anteriormente a outro profissional;

253
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

III – prestar colaboração aos colegas que dela necessitem, assegurando-


-lhes consideração, apoio e solidariedade que reflitam a harmonia e o prestí-
gio da categoria;
IV – prestigiar iniciativas de interesse da categoria;
V – empenhar-se em elevar e firmar seu próprio conceito, procurando
manter a confiança dos membros da equipe de trabalho e dos destinatários
do seu serviço;
VI – manter relacionamento harmonioso com outros profissionais, limitan-
do-se às suas atribuições, no sentido de garantir unidade de ação na realiza-
ção das atividades a que se propõe em benefício individual e coletivo;
VII – denunciar ao conselho regional atos que contrariem os postulados
éticos e legais da profissão;
VIII – respeitar as opiniões de farmacêuticos e outros profissionais, man-
tendo as discussões no plano técnico-científico;
IX – tratar com respeito e urbanidade os farmacêuticos fiscais, permitindo
que promovam todos os atos necessários à verificação do exercício profissional.

TÍTULO III
DAS RELAÇÕES COM OS CONSELHOS FEDERAL
E REGIONAIS DE FARMÁCIA

Art. 22 - Na relação com os conselhos, obriga-se o inscrito a:


I – cumprir as normas (resoluções e deliberações) e as determinações
(acórdãos e decisões) dos Conselhos Federal e Regionais de Farmácia;
II – prestar com fidelidade e veracidade as informações que lhe forem so-
licitadas, bem como as prestadas voluntariamente a respeito do seu exercício
profissional;
III – comunicar ao CRF em que estiver inscrito toda e qualquer conduta
ilegal ou antiética que observar na prática profissional;

254
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

IV – atender a convocação, intimação, notificação ou requisição adminis-


trativa no prazo determinado, feitas pelos Conselhos Federal e Regionais de
Farmácia, a não ser por motivo de força maior, comprovadamente justificado;
V – tratar com respeito e urbanidade os empregados, conselheiros, direto-
res e demais representantes dos Conselhos Federal e Regionais de Farmácia.
Art. 23. O profissional, no exercício de sua função, é obrigado a informar
por escrito e manter atualizado perante o respectivo conselho regional de far-
mácia todos os seus vínculos, com dados completos da empresa (razão social,
nome(s) do(s) sócio(s), Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (C.N.P.J)., ende-
reço, horários de funcionamento, horário de assistência, endereços residencial
e eletrônico, telefone, bem como qualquer outra atividade farmacêutica ou não.

TÍTULO IV
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES

Art. 24. As sanções disciplinares, definidas nos termos da seção III desta
resolução e conforme previstas na Lei Federal n. 3.820/60, consistem em:
I – advertência, com ou sem o uso da palavra “censura”, sem publicidade,
mas com registro no prontuário;
II – multa no valor de 1 (um) salário mínimo a 3 (três) salários mínimos
regionais, que será elevada ao dobro em caso de reincidência;
III – suspensão de 3 (três) meses a 1 (um) ano;
IV – eliminação.
§ 1º A deliberação do conselho precederá, sempre, de audiência prévia
do acusado, sendo-lhe designado defensor dativo, se o profissional não for
encontrado nos endereços por ele fornecidos e registrados em seu cadastro,
ou se deixar o processo à revelia.
§ 2º Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, no prazo de 30
(trinta) dias úteis, contados da ciência, para o CFF.
§ 3º Considera-se violação a um dispositivo descrito na seção I desta re-
solução cada caso ou falta, sendo permitida aplicação cumulativa de sanções.

255
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 25. As normas deste código aplicam-se a todos os inscritos no CRF.


Art. 26 A verificação do cumprimento das normas estabelecidas neste
Código é atribuição precípua do CFF, dos Conselhos Regionais de Farmácia
e suas Comissões de Ética, sem prejuízo das autoridades da área da saúde,
policial e judicial, dos farmacêuticos e da sociedade.
Art. 27. A apuração das infrações éticas compete ao CRF em que o profis-
sional estiver inscrito, ao tempo do fato punível em que incorreu.
Art. 28 O profissional portador de doença que o incapacite ao exercício
da profissão farmacêutica, atestada em instância administrativa, judicial ou
médica, e certificada pelo CRF, terá o seu registro e as suas atividades profis-
sionais suspensas de ofício, enquanto perdurar sua incapacidade.
Art. 29. O profissional condenado por sentença criminal transitada em
julgado ficará ex officio suspenso da atividade, enquanto durar a execução da
pena privativa de liberdade em regime fechado.
Parágrafo único: O profissional preso, provisória ou preventivamente,
também ficará ex officio suspenso de exercer as suas atividades, enquanto
durar a pena privativa de liberdade em regime fechado.
Art. 30. Prescreve em 24 (vinte e quatro) meses a constatação fiscal de
ausência do farmacêutico no(s) estabelecimento(s), por meio de auto de in-
fração ou termo de visita, para efeito de instauração de processo ético.
Art. 31 O CFF, ouvido cada CRF e a categoria farmacêutica mediante consulta
pública, promoverá, quando necessário, a revisão e a atualização deste código.
Art. 32. As omissões deste código serão decididas pelo CFF.

256
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

SEÇÃO II

CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I
DO PROCESSO

Art. 1º A apuração ética, nos Conselhos Regionais de Farmácia, reger-


-se-á por este código, aplicando-se, supletivamente, os princípios gerais de
direito aos casos omissos ou lacunosos.
Art. 2º A competência disciplinar é do CRF em que o faltoso estiver inscri-
to ao tempo do fato punível em que incorreu, devendo o processo ser instau-
rado, instruído e julgado em caráter sigiloso, sendo permitida vista dos autos
apenas às partes (indiciado e CRF) e aos procuradores constituídos.
§ 1º No decurso da apuração ética, poderá o profissional solicitar transfe-
rência para outro CRF, sem interrupção do processo ético no CRF em que se
apura a falta cometida, devendo o CRF julgador, após o processo transitado
em julgado, informar ao CRF em que o profissional estiver inscrito quanto ao
teor do veredicto e à penalidade imposta.
§ 2º Por se tratar de direito intertemporal, o processo ético não será sus-
penso nem encerrado na hipótese de pedido de desligamento ou cancelamen-
to de inscrição profissional, e deverá seguir seu regular procedimento.
§ 3º O terceiro interessado terá acesso somente à decisão final, mas po-
derá a todo e a qualquer tempo ter ciência do andamento processual, mas
sem acessar os autos ou obter cópia.
Art. 3º Os CRF instituirão comissões de ética com a competência de emitir
parecer, justificadamente, pela abertura ou não de processo ético-disciplinar.

257
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 1º Cada Comissão de Ética será composta por, no mínimo, 3 (três) far-


macêuticos nomeados pela Diretoria do CRF, homologados pelo Plenário, com
mandato igual ao da Diretoria.
§ 2º Compete à Comissão de Ética escolher, dentre os seus membros, o
seu presidente.
§ 3º É vedada à Diretoria, aos conselheiros e empregados do CRF a parti-
cipação como membro da Comissão de Ética.
§ 4º Verificada a ocorrência de vaga na Comissão de Ética, a Diretoria do
CRF nomeará o substituto para exercer a função, mediante homologação pelo
Plenário e mandato igual ao da Diretoria.
§ 5º Os custos necessários à realização dos trabalhos da Comissão de
Ética deverão ser arcados pelo CRF, vedado o pagamento de qualquer tipo de
gratificação aos seus membros.
§ 6º Os conselhos poderão constituir mais de uma Comissão de Ética para
o atendimento adequado na extensão do território sob sua jurisdição.
Art. 4º O presidente do CRF nomeará defensor(es) dativo(s) que deverá(-
rão) ser homologado(s) pela Diretoria, com mandato igual ao desta.
§ 1º O defensor dativo deve ser isento de conflitos de interesses com o
indiciado, não podendo estar respondendo a processo ético e nem estar cum-
prindo penalidade impostas pelo CRF.
§ 2º É vedado à diretoria, aos conselheiros e empregados do CRF a parti-
cipação como defensor dativo.
Art. 5º A apuração ética obedecerá cronologicamente para sua tramitação
os seguintes passos:
I – Recebimento da denúncia;
II – Instauração ou arquivamento;
III – Montagem do processo ético-disciplinar;
IV – Instalação dos trabalhos;
V – Conclusão da Comissão de Ética;
VI – Julgamento;

258
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

VII – Recurso;
VIII – Execução;
IX – Revisão.
Art. 6º Compete ao CRF processar e julgar em primeira instância os profis-
sionais sob sua jurisdição e seus membros colegiados, inclusive gestores e
conselheiros, observado o princípio da segregação.
Art. 7º Compete ao Plenário do CFF julgar em instância recursal os pro-
cessos disciplinares éticos.

TÍTULO II
DOS PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO I
DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA

Art. 8º A apuração do processo ético-disciplinar inicia-se por ato do pre-


sidente do CRF, quando este:
I – tomar ciência inequívoca do ato ou matéria que caracterize infração
ética profissional;
II – tomar conhecimento de infração ética profissional por meio do Relató-
rio de Fiscalização do CRF.
Art. 9º O presidente do CRF encaminhará, em até 30 (trinta) dias úteis
do conhecimento do fato, despacho ao presidente da Comissão de Ética, de-
terminando a análise e a decisão sobre a viabilidade de abertura de processo
ético-disciplinar, com base nos indícios apresentados na denúncia recebida.
§ 1º O presidente da Comissão de Ética terá o prazo de 30 (trinta) dias
úteis, contados a partir do recebimento da solicitação, para entregar o pa-
recer, que pode ser monocrático ou em conjunto com os demais membros,
prorrogáveis por mais 30 (trinta) dias úteis, quando da necessidade de reque-
rimento de documentos ou para diligências complementares.

259
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 2º O parecer da Comissão de Ética deverá conter uma parte expositiva,


em que serão fundamentados os motivos, e uma conclusiva, na qual será
aposta a expressão “pela instauração de processo ético-disciplinar” ou “pelo
arquivamento”, sendo que, no primeiro caso, deverão constar os dispositivos
do Código de Ética, em tese, infringidos.
§ 3º No período de transição de gestão dos CRF, enquanto não houver
Comissão de Ética nomeada, os prazos previstos ficam suspensos por no má-
ximo 90 dias úteis.

CAPÍTULO II
DA INSTAURAÇÃO OU ARQUIVAMENTO

Art. 10. O presidente do CRF analisará o parecer do presidente da Comis-


são de Ética, e despachará, em consonância com o parecer, pela instauração
ou não do processo ético-disciplinar no prazo de até 30 (trinta) dias úteis.

CAPÍTULO III
DA MONTAGEM DO PROCESSO ÉTICO-DISCIPLINAR

Art. 11. Instaurado o processo ético-disciplinar, mediante despacho do


presidente do CRF, a secretaria o registrará por escrito, atribuindo-lhe um
número e, de imediato, o encaminhará à Comissão de Ética.
Art. 12 O processo será formalizado por meio de autos, que poderá ocor-
rer por meio eletrônico, com peças anexadas por termo, com folhas numera-
das, sendo os despachos, pareceres e decisões juntados, preferencialmente,
em ordem cronológica.

260
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

CAPÍTULO IV
DA INSTALAÇÃO DOS TRABALHOS

Art. 13. Recebido o processo, o presidente da Comissão de Ética o insta-


lará, e deverá observar os prazos prescricionais previstos em lei para concluir
os seus trabalhos, obedecendo aos seguintes procedimentos:
I – lavrar o competente termo de instalação dos trabalhos;
II – designar, dentre os seus membros, o relator do processo;
III – designar empregado(s) do CRF para secretariar os trabalhos.
Art. 14. Compete ao relator da Comissão de Ética no processo ético-dis-
ciplinar:
I – instruir o processo para julgamento;
II – intimar pessoas mediante correspondência com Aviso de Recebimento
(AR) ou ciência inequívoca;
III – determinar local, dia e hora para a sessão de depoimento do indiciado
e oitiva de testemunha;
IV – determinar a imediata comunicação por meio físico e/ou eletrônico ao
indiciado, relatandolhe sobre:
a) a abertura do processo ético;
b) o local, a data e a hora designados para a sessão em que ocorrerá o
seu depoimento;
c) o direito de arrolar até 3 (três) testemunhas na sua defesa prévia, que
deverá ser apresentada até 2 (dois) dias úteis antes da data de realização da
audiência;
d) o dever do indiciado em garantir o comparecimento das testemunhas
arroladas na Sessão de Depoimento designada pela Comissão de Ética, inde-
pendentemente da intimação;
e) a faculdade de constituir advogado.
V – determinar a produção de provas ou diligências consideradas necessá-
rias à instrução do processo;
VI – emitir relatório.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 1º O indiciado ou seu procurador constituído terá acesso ao processo


sempre que desejar consultá-lo.
§ 2º O acesso ao processo tratado no parágrafo anterior poderá, mediante
disponibilidade do CRF, ocorrer por meio eletrônico, mediante cadastro prévio
e acesso individualizado ao sistema, sem prejuízo da responsabilidade ad-
ministrativa, cível e penal do indiciado ou de seu procurador, por divulgação
indevida do conteúdo a terceiros.
§ 3º Quando as testemunhas arroladas pelas partes não comparecerem
em depoimento previamente agendado, e inexistindo provas documentais ap-
tas a justificar a redesignação, ficará a critério do relator declarar a preclusão
desta fase processual, ou redesignar a audiência, hipótese em que o compa-
recimento das testemunhas será de responsabilidade do indiciado.
§ 4º Na hipótese do não recebimento da comunicação, deverá CRF, utili-
zar outros meios de comunicação para cientificar o indiciado, como telefone,
e-mail, e, por último, pelo envio de correspondência no endereço da Pessoa
Jurídica vinculada ao profissional, se pertencente ao quadro societário.
§ 5º Caso seja necessário, poderá ser designado novo relator para o pro-
cesso, sem prejuízo dos atos já praticados.
Art. 15. A sessão de depoimento do indiciado obedecerá ao que segue:
I – somente poderão estar presentes no recinto, os membros da Comissão de
Ética, o depoente e seu procurador, as testemunhas individualmente, o advogado
do CRF e o empregado do CRF responsável por secretariar a Comissão de Ética;
II – cabe ao presidente da Comissão de Ética ou ao membro relator determi-
nar a ordem de entrada e a permanência no recinto dos participantes da sessão;
III – a Sessão de Depoimento poderá ser gravada em áudio, exclusiva-
mente, pelo CRF, sendo as gravações anexadas ao processo;
IV – ao final da sessão de depoimento, o relator do processo oferecerá aos
presentes o “Termo de Depoimento”, por escrito, em duas vias de igual teor, o
qual deverá ser lido e assinado pelos presentes, sendo uma via anexada aos
autos do processo e a outra entregue ao indiciado.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Parágrafo único: A sessão de depoimento poderá ocorrer por meio remo-


to, desde que regulamentado por cada conselho regional por deliberação de
plenária.
Art. 16. O indiciado será notificado na audiência do prazo de 15 (quinze)
dias úteis, a contar do dia útil seguinte ao da audiência, para apresentar ra-
zões finais.
Parágrafo único: Caso as razões finais sejam protocoladas após o prazo,
será certificada a sua intempestividade, mantendo-se o documento nos autos
do processo, devendo o membro relator e o Plenário desconsiderarem as ar-
gumentações constantes do documento para fins de conclusão e julgamento.
Art. 17. Caso o indiciado não se manifeste à Comissão de Ética e também
não compareça ao local, no dia e hora marcados para prestar depoimento,
o presidente da Comissão de Ética somente o convocará novamente se hou-
ver apresentação de justificativa plausível de eventual impedimento, decla-
rando-o revel, se ausente, sendo que, no prazo de 20 (vinte) dias úteis, o
presidente da Comissão de Ética comunicará o ocorrido presidente do CRF,
requerendo-lhe a nomeação de defensor dativo, salvo se o indiciado tenha
apresentado defesa prévia ou razões finais.
§ 1º O presidente do CRF terá o prazo de 15 (quinze) dias úteis, a contar
do recebimento dos autos para proceder à nomeação do defensor dativo.
§ 2º O defensor dativo, a partir de sua nomeação, terá o prazo de 30 (trin-
ta) dias úteis contados do recebimento dos autos para apresentar, por escrito,
à Comissão de Ética, a defesa do indiciado.
§ 3º O Defensor Dativo poderá apresentar sua defesa sem o ônus da im-
pugnação específica dos fatos. vencido.
Art. 18. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, não lhe
sendo devolvido prazo já Art. 19 - Findado o prazo para apresentação de ra-
zões finais, só é lícito ao indiciado deduzir novas alegações quando:
I – relativas a fato superveniente;
II – realizadas diligências posteriores pelo relator e que geraram fatos
novos.

263
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

CAPÍTULO V
DA CONCLUSÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA

Art. 20. Concluída a instrução processual, a Comissão de Ética apresen-


tará seu relatório. Parágrafo único - O relatório a que alude o caput deste
artigo conterá uma parte expositiva, que inclui um sucinto relato dos fatos,
a explícita referência ao local, data e hora da infração, e a apreciação das
provas acolhidas, além de uma parte conclusiva, com a apreciação do valor
probatório das provas, indicando expressamente a infração e os dispositivos
do Código de Ética infringidos, e se houve ou não culpa.
Art. 21. Concluído o processo, o presidente da Comissão de Ética reme-
terá os autos ao presidente do CRF para adoção das providências cabíveis de
encaminhamento, visando ao julgamento do processo em sessão plenária.

CAPÍTULO VI
DO JULGAMENTO

Art. 22. Recebido o processo, o presidente do CRF terá o prazo de até 60


(sessenta) dias úteis para:
a) marcar a data de julgamento do processo em reunião plenária;
b) designar um conselheiro relator entre os conselheiros efetivos, com
exceção do presidente e do vice-presidente, por distribuição da secretaria,
observados os eventuais impedimentos e suspeições;
c) comunicar ao indiciado e ao procurador constituído a data de julgamen-
to, com antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis.
§ 1º A reunião plenária de julgamento do processo ético-disciplinar deverá
ser realizada no prazo de 180 (cento e oitenta) dias úteis, contados a partir
da data de recebimento do processo éticodisciplinar pelo presidente do CRF.
§ 2º O julgamento do processo ético-disciplinar deverá ser finalizado, pre-
ferencialmente, no prazo de 1 (um) ano, contado a partir da data de recebi-
mento do processo éticodisciplinar pelo presidente do CRF.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 3º O julgamento atenderá, preferencialmente, à ordem cronológica de


conclusão dos relatórios pela Comissão de Ética.
Art. 23. O conselheiro relator designado deverá apresentar seu parecer
na data da reunião plenária em que o processo será submetido a julgamento.
§ 1º O conselheiro relator, uma vez observada a não iminência de prescri-
ção e desde que devidamente justificado, poderá permanecer com os autos
por até 2 (duas) reuniões plenárias, podendose prorrogar por mais 2 (duas)
se assim for deliberado pelo Plenário, sob pena de instauração de processo
ético e demais procedimentos cabíveis em seu desfavor, observado o princípio
da segregação.
§ 2º Não apresentando o conselheiro relator o parecer, tampouco a jus-
tificativa prévia, o presidente do CRF determinará a instauração de processo
ético nos moldes do parágrafo anterior e designará outro relator, que o apre-
sentará na reunião plenária subsequente.
Art. 24. Aberta a sessão de julgamento, o presidente da reunião plenária
concederá a palavra ao conselheiro relator, que lerá seu parecer e, após a
concessão de direito à defesa oral por 10 (dez) minutos ao indiciado ou seu
procurador legalmente constituído, proferirá o seu voto, em julgamento rea-
lizado em sessão secreta.
§ 1º Apenas podem permanecer no recinto de julgamento os conselheiros
membros do Plenário, as partes interessadas e os empregados necessários à
sua condução.
§ 2º A sessão de julgamento poderá ocorrer por meio remoto, desde que
regulamentado pelo conselho regional por deliberação de plenária e mantido
o sigilo do processo Ético.
Art. 25. Cumprido o disposto nos artigos anteriores, o presidente da reu-
nião plenária dará a palavra, pela ordem, ao conselheiro que a solicitar, para:
I – pedir vista dos autos;
II – requerer a conversão do julgamento em diligência, que será determi-
nada pelo presidente da sessão, para atender aos quesitos pontuados pelo
conselheiro e adotará as medidas necessárias;

265
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

III – opinar sobre a matéria, os fundamentos ou conclusões do conselheiro


relator, devendo as suas razões serem reduzidas a termo em ata;
IV – proferir seu voto.
Art. 26. Na hipótese de pedido de vista dos autos ou conversão do julga-
mento em diligência, o processo será retirado de pauta.
§ 1º No caso de pedido de vista dos autos, o conselheiro que a solicitou
deverá apresentar seu parecer, favorável ou contrário, no prazo máximo de 2
(duas) reuniões plenárias que tenham julgamentos éticos pautados a contar
do pedido, para que haja tempo hábil para notificação do indiciado nos termos
do artigo 22, alínea “c”.
§ 2º Para fins procedimentais, considerar-se-á voto revisor aquele que
divergir do voto do relator e voto-vista aquele que apenas acrescentar outros
pontos ao voto já existente, sem alterar o julgamento.
§ 3º A diligência solicitada deve ser cumprida no prazo de 60 (sessenta)
dias úteis, contados a partir da data da realização da reunião plenária que deu
origem ao pedido de diligência, sendo que este prazo poderá ser prorrogado
por igual período, desde que plenamente justificado e aprovado pelo Plenário.
§ 4º Cumprida a diligência, os autos do processo ético-disciplinar serão
remetidos ao presidente do CRF e serão contados novamente os prazos pre-
vistos no artigo 22.
Art. 27. A decisão do Plenário do CRF será fundamentada no parecer e
voto do relator ou, quando vencido, no parecer e voto do conselheiro revisor.
Parágrafo único. Na hipótese de divergência do voto do relator, o conse-
lheiro revisor apresentará voto por escrito na mesma sessão ou na sessão
subsequente.
Art. 28. A decisão do Plenário terá a forma de acórdão, a ser lavrado
de acordo com o parecer do conselheiro cujo voto tenha sido adotado, com
expressa numeração própria, número do processo, nome do indiciado e seu
número de inscrição no CRF, procuradores, se existentes, e um documento
de identificação, no caso de procurador advogado o número de inscrição na

266
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), relator e revisor, se houver, além de


ementa com palavras-chave de pesquisa, dispositivos infringidos, pena apli-
cada, forma de votação e data, sob pena de nulidade.

CAPÍTULO VII
DOS RECURSOS

Art. 29. Da decisão do CRF caberá recurso ao CFF no prazo de 30 (trinta)


dias úteis, contados da data do AR ou de outro documento idôneo e similar
com a mesma efetividade, juntado aos autos como comprovante de que foi
dado o conhecimento ao infrator ou da publicidade realizada pelo veículo ofi-
cial de imprensa.
§ 1º Interposto tempestivamente, o recurso terá efeito suspensivo nos
casos previstos em lei.
§ 2º No caso de interposição intempestiva, que deverá ser certificada nos
autos pelo CRF e o profissional intimado, o processo será arquivado, com cer-
tidão de trânsito em julgado.
Art. 30. O recurso administrativo ético será julgado de acordo com o que
dispuserem as normas do CFF.
Art. 31 O recurso ao CFF deverá ser interposto perante o CRF no qual
tramita o processo. CAPÍTULO VIII
Da Execução
Art. 32. Compete ao CRF a execução da decisão proferida em processo
ético-disciplinar, que se processará nos estritos termos do acórdão e será
anotada no prontuário do infrator.
§ 1º Na execução da penalidade de eliminação da inscrição do profissional
no quadro do CRF, além dos editais e das comunicações feitas às autoridades
e interessados, proceder-se-á à apreensão da cédula e da carteira profissio-
nal do infrator, inclusive mediante ação judicial, se necessário.
§ 2º Na hipótese de aplicação definitiva de penalidade de suspensão, o
Conselho Regional de Farmácia deverá:

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

a) dar publicidade à decisão;


b) efetuar as anotações necessárias na Carteira de Identidade Profissional;
c) apreender temporariamente a cédula e a carteira de identidade profis-
sional, inclusive mediante ação judicial, se necessário;
d) informar ao CFF a penalidade aplicada no caso de suspensão, quando o
profissional cancelar a inscrição no CRF em que o processo foi julgado, para
que em eventual reativação da inscrição em outro regional, a penalidade seja
aplicada.

CAPÍTULO IX
DA REVISÃO

Art. 33. No prazo de 1 (um) ano, a contar do trânsito em julgado da deci-


são, o punido poderá requerer revisão do processo ao CRF, com base em fato
novo ou na hipótese de a decisão condenatória ter sido fundada em depoi-
mento, exame pericial ou documento cuja falsidade vier a ser comprovada.
Parágrafo único: Considera-se fato novo aquele que o punido conheceu
somente após o trânsito em julgado da decisão e que dê condição, por si só,
ou em conjunto com as demais provas já produzidas, de criar nos julgadores
uma convicção diversa daquela já firmada.
Art. 34. A revisão terá início por petição dirigida ao presidente do CRF,
instruída com a certidão de trânsito em julgado da decisão e as provas docu-
mentais comprobatórias dos fatos arguidos.
§ 1º O Presidente do CRF, ao acatar o pedido, nomeará um relator para
emissão de parecer, que será submetido a julgamento em sessão plenária do
CRF, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias úteis.
§ 2º O relator referido no parágrafo anterior será designado entre os Con-
selheiros Efetivos, por distribuição da Secretaria, observados os eventuais
impedimentos e suspeições, sendo vedada a designação do relator original e/
ou revisor.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

§ 3º Caso o pedido de revisão não cumpra os requisitos mínimos, o Pre-


sidente do Conselho Regional de Farmácia indeferirá o pedido, de forma fun-
damentada, devendo o pedido e sua decisão serem arquivados no proces-
so ético-disciplinar correspondente, a decisão homologada em plenário e o
profissional cientificado.

CAPÍTULO X
DAS INTIMAÇÕES E NOTIFICAÇÕES

Art. 35. As intimações e notificações serão feitas na seguinte ordem pre-


ferencial:
I – por meio eletrônico cadastrado pelo farmacêutico no CRF;
II – pelo correio com AR;
III – pelo funcionário do CRF, pessoalmente ao indiciado;
IV – por edital, que poderá ser por veículo de imprensa oficial ou portal
eletrônico do conselho regional.
Art. 36. As intimações e notificações serão feitas, preferencialmente, por
empresas de postagem (correio), sendo inicialmente encaminhadas ao en-
dereço residencial cadastrado e, frustrada a primeira tentativa, ao endereço
comercial declarado junto ao órgão, se o profissional pertencer ao quadro
societário.
§ 1º Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço nos cadas-
tros do conselho regional fornecido pelo indiciado, ainda que não recebidas
pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não
tiver sido devidamente comunicada ao CRF, nos termos do artigo
20 da seção I, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do compro-
vante de entrega da correspondência no primitivo endereço.
§ 2ºNos condomínios, edifícios ou nos loteamentos com controle de aces-
so, será válida a entrega da intimação ou notificação a funcionário da portaria
responsável pelo recebimento de correspondência.

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GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 37. As intimações ou notificações serão realizadas por edital, quando


desconhecido, ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o
profissional.
Parágrafo Único: O profissional indiciado será considerado em local igno-
rado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização.
Art. 38. Constando dos autos pedido expresso para que as comunica-
ções dos atos processuais sejam feitas em nome dos advogados indicados,
o descumprimento por parte do CRF implicará nulidade do ato, sendo que o
pedido dispensará a comunicação complementar ao indiciado do andamento
do processo.

CAPÍTULO XI
DOS PRAZOS

Art. 39. Considera-se prorrogado o prazo até o 1º (primeiro) dia útil sub-
sequente, se o vencimento se der em feriado ou em recesso do CRF.
Parágrafo único: Os prazos serão contados a partir da juntada de AR, ou ou-
tro documento idôneo e similar com a mesma efetividade, aos autos, mediante
certidão respectiva lavrada pelo CRF ou por ciência inequívoca do interessado.
Art. 40. Considera-se dia do começo do prazo:
I – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento (AR), ou outro
documento idôneo e similar com a mesma efetividade, mediante certidão
lavrada nos autos pelo Conselho Regional de Farmácia ou por ciência inequí-
voca do interessado;
II – a data de juntada aos autos do documento preenchido pelo funcioná-
rio do CRF ou do documento referente a retirada da intimação ou notificação
pelo indiciado no CRF;
III – a data de publicação, quando a intimação ou notificação se der no
veículo de imprensa oficial e/ou no sítio do respectivo regional;
IV – o dia da carga, quando a intimação ou notificação se der por meio da
cópia dos autos, na secretaria do CRF;
V – da data da confirmação de recebimento do documento quando envia-
do por meio eletrônico.

270
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 41. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluin-


do o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º- Considera-se prorrogado o prazo até o 1º (primeiro) dia útil subse-
quente, se o início ou o vencimento se der em feriado ou em recesso do CRF.
§ 2º Considera-se como data de publicação do edital o primeiro dia útil se-
guinte ao da disponibilização da informação na rede mundial de computadores,
no sítio do respectivo regional ou em veículo de comunicação oficial do CRF.
Art. 42. A representação por procurador deverá estar instruída com o
respectivo instrumento, com firma devidamente reconhecida, excetuando-se
aquela outorgada a advogado.
§ 1º O advogado não será admitido a postular sem procuração, salvo para
evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado
urgente.
§ 2º Nas hipóteses previstas no parágrafo anterior, o advogado deverá
juntar a procuração aos autos no prazo de 10 (dez) dias uteis após a prática
do ato.
§ 3º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele
em cujo nome foi praticado.
Art. 43. Incumbe ao advogado informar o endereço físico e eletrônico,
seu número de inscrição na OAB e/ou nome da sociedade de advogados da
qual participa, para o recebimento de intimações, e comunicar ao CRF qual-
quer mudança de endereço.
Parágrafo único. Se o advogado não cumprir o previsto no caput, serão
consideradas válidas as intimações e notificações enviadas por carta registra-
da ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos.
Art. 44. A punibilidade por falta sujeita a processo ético-disciplinar pelo
CRF em que o profissional está inscrito prescreve em 5 (cinco) anos, conta-
dos a partir da verificação do ato pelo gestor, no caso de infração permanente
ou continuada, do dia em que tiver cessado, nos termos da Lei Federal n.
6.838/80 ou outra que lhe sobrevenha.

271
GRAN VADE MECUM – Legislação Consolidada para o CRF/PA
Conhecimentos Gerais para os Cargos de Nível Médio

Art. 45 Interrompe-se a prescrição da ação punitiva, nos termos da Lei


Federal n. 6.838/80:
I – pela notificação ou citação do indiciado ou acusado, inclusive por meio
de edital;
II – por qualquer ato inequívoco, que importe apuração do fato;
III – pela decisão condenatória recorrível;
IV – por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa
de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da administração pú-
blica federal.
Parágrafo único: O prazo prescricional recomeçará a fluir a partir de cada
um dos atos previstos neste artigo.
Art. 46. Todo processo ético-disciplinar paralisado por mais de 3 (três)
anos, pendente de despacho ou julgamento, será arquivado ex officio, ou a
requerimento da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as res-
ponsabilidades pela paralisação.
Art. 47. Para abertura de processo ético-disciplinar com fundamento na
ausência do profissional no(s) estabelecimento(s) em que presta assistência
técnica, respeitado o artigo 30 da seção I, serão necessárias, no mínimo, 3
(três) constatações fiscais, no período de 24 (vinte e quatro) meses.
Parágrafo único. O prazo prescricional do processo ético-disciplinar funda-
mentado neste artigo inicia-se a partir da data da terceira constatação neces-
sária à instauração do processo éticodisciplinar.

CAPÍTULO XII
Dos Impedimentos e Das Causas de Suspeição

Art. 48. Há impedimento de os membros da Comissão de Ética, conselhei-


ros e defensor dativo, exercer suas funções no processo quando:
I – prestou depoimento como testemunha;
II – atuando como conselheiro federal, proferiu decisão/voto em conselho
regional;

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III – membro da Comissão de Ética, tendo realizado a audiência ou relato-


ria, passe a exercer a função de conselheiro regional ou conselheiro federal;
IV – Presidente anterior, que instaurou o processo ético, e passe a exercer
a função de conselheiro regional ou conselheiro federal;
V – for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou pa-
rente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau,
inclusive;
VI – for funcionário, sócio ou membro de direção ou de administração de
pessoa jurídica em que o profissional exercia ou exerce a assistência técnica;
Art. 49. Há suspeição dos membros da Comissão de ética, conselheiros e
defensor dativo, sendo-lhes vedado exercer suas funções no processo quando:
I – amigo íntimo ou inimigo das partes;
II – receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes
ou depois de iniciado o processo, que aconselhar o indiciado acerca do objeto
da causa, ou que subministrar meios para atender às despesas do processo;
III – o indiciado for seu credor ou devedor, de seu cônjuge ou companhei-
ro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau;
IV – tenha interesse direto ou indireto no processo.
Art. 50. As alegações de impedimentos e de suspeições serão analisadas
pelo plenário do CRF.

CAPÍTULO XIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 51. Todos os atos e termos anteriores ao processo, como orientações


aos profissionais, recebimentos de denúncias, dentre outros, assim como os
praticados no decorrer das instruções dos processos éticos, incluindo audi-
ências e julgamentos, poderão ocorrer eletronicamente, mediante assinatura
avançada ou qualificada, desde que observadas as diretrizes contidas na Lei
Federal n. 13.709/2018 e na Lei Federal n. 14.063/2020, assim como seus
decretos regulamentadores, ou legislações que os sobrevenham, por se tratar
de interações entre os particulares e a administração pública.

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Art. 52 Em todos os atos e termos do processo, é obrigatório o uso da


língua portuguesa.
Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente
poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua
portuguesa firmada por tradutor juramentado.
Art. 53. É vedado à Comissão de Ética, ao indiciado e a seus procurado-
res, aos conselheiros julgadores e a qualquer pessoa que participe do proces-
so empregar expressões ofensivas nas manifestações escritas e orais.
Art. 54 A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente
aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situ-
ações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.
Art. 55. Extingue-se o processo pela morte do indiciado, devendo o pro-
cedimento ser arquivado sem resolução de mérito.
Art. 56 Os casos omissos serão resolvidos pelo Plenário do CFF, podendo
inclusive decidir em processos em andamento, desde que observados a ampla
defesa e o devido processo legal.

Seção III
Estabelece As Infrações E As Regras de
Aplicação Das Sanções Disciplinares

Art. 1º As transgressões às normas (resoluções e deliberações) e às de-


terminações (acórdãos e decisões) dos Conselhos Federal e Regionais de Far-
mácia, bem como as infrações à legislação farmacêutica e correlata, são pas-
síveis de penalidades, ressalvadas as previstas em normas especiais.
Art. 2º Nas infrações éticas e disciplinares serão observadas a tipificação
da conduta, a reincidência, a análise do fato e as suas consequências ao exer-
cício profissional e à saúde coletiva, sem prejuízo das sanções de natureza
civil ou penal cabíveis.

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Art. 3º É assegurada a revisão das decisões a qualquer tempo, a pedido


ou de ofício, desde que surjam fatos novos ou circunstâncias relevantes sus-
cetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada, observado o parágra-
fo único do artigo 65 da Lei Federal n. 9.784/99.
Parágrafo único. Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso ao CFF,
no prazo de 30 (trinta) dias úteis, contados da ciência, com efeito suspensivo.
Art. 4º Considera-se reincidente aquele que tiver antecedentes disciplina-
res em processos com decisão transitada em julgado.
§ 1º Verifica-se a reincidência quando se comete infração ética, idêntica
ou não, durante o prazo de 5 (cinco) anos após o trânsito em julgado da de-
cisão que o tenha condenado anteriormente.
§ 2º Considera-se trânsito em julgado quando não há mais possibilidade
de recursos.
Art. 5º Quando aplicada a pena de suspensão e eliminação, deve esta ser
publicada no órgão de divulgação oficial do CRF, depois do trânsito em julgado.
Art. 6º As sanções aplicadas serão objeto de registro no prontuário do
profissional, devendo ainda ser comunicadas, no caso de suspensão, ao CFF,
aos empregadores e aos órgãos sanitários competentes, além da apreensão
da cédula e da carteira profissional, na qual será feita a devida anotação.
§ 1º Quando for aplicada pena de suspensão e o profissional tiver cancela-
do a sua inscrição, suspender-se-á a aplicação da penalidade até que sobre-
venha nova inscrição, ainda que em outro regional, ficando esta condicionada
ao cumprimento da penalidade.
§ 2º A suspensão referida no parágrafo anterior não será superior a 5 (cin-
co) anos, a contar do trânsito em julgado da decisão.
Art. 7º O conselheiro relator e o conselheiro revisor, de acordo com sua
livre convicção motivada e de forma fundamentada, aplicarão a penalidade
devida atendendo os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, obser-
vando as circunstâncias atenuantes e agravantes.

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Art. 8º Observada a individualização da pena, as sanções possíveis são:


I – advertência, sem publicidade, mas com registro no prontuário;
II – advertência com o uso da palavra “censura”, sem publicidade, mas
com registro no prontuário;
III – multa de 01 (um) a 03 (três) salários mínimos regionais, que serão
elevados ao dobro no caso de reincidência;
IV – suspensão do exercício profissional de 03 (três) a 12 (doze) meses,
nos casos de falta grave, de pronúncia criminal ou de prisão em virtude de
sentença;
V – de eliminação, que será imposta aos que porventura houverem per-
dido algum dos requisitos dos artigos 15 e 16 da Lei n. 3.820/60, para fazer
parte do CRF, inclusive aos que forem convencidos perante o CFF ou em juízo,
de incontinência pública e escandalosa ou de embriaguez habitual; e aos que,
por faltas graves, já tenham sido três vezes condenados definitivamente a
penas de suspensão, ainda que em conselhos regionais diversos.
§ 1º Considera-se falta como a violação a cada infração previsto neste
Código de Ética.
§ 2º O valor do salário mínimo a ser considerado para a penalidade de
multa é o valor da data do julgamento no conselho regional.
§ 3º Na hipótese de mais de uma condenação de suspensão, o cumpri-
mento da pena será em período distinto e sequencial.
Art. 9º São circunstâncias excludentes de ilicitude e culpabilidade, desde
que devidamente comprovadas documentalmente, e, portanto, causas de ar-
quivamento do processo ético disciplinar pelo plenário do CRF, respectivamente:
I – A legítima defesa, o estado de necessidade, o estrito cumprimento do
dever legal e o exercício regular de direito consistem em causas excludentes
da ilicitude;
II – A coação moral irresistível e a obediência hierárquica são causas ex-
cludentes da culpabilidade.

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Art. 10. São circunstâncias atenuantes:


I – a caracterização de caso fortuito ou força maior;
II – o profissional nunca ter sofrido qualquer penalidade ao longo de seu
histórico profissional;
III – o infrator ter, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após
a infração, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do pro-
cesso ético-disciplinar, reparado o dano;
IV – a ação ou omissão do indiciado não ter sido o fundamento para a
consecução do evento;
V – a confissão espontânea da infração, se for relevante para a descoberta
da verdade, com o propósito de reparar ou diminuir as suas consequências
para o exercício profissional e a saúde coletiva;
VI – Ter o indiciado sofrido coação a que não podia resistir para a prática
do ato. Art. 11 - São circunstâncias agravantes:
I – a existência de dolo na conduta do infrator;
II – a comprovação de dano material, psicológico, físico ou moral a terceiros;
III – a obtenção de vantagem pecuniária ou outra vantagem indevida pelo
infrator;
IV – conluio para a prática da infração;
V – a infração ter sido realizada no exercício de cargo eletivo de órgão re-
presentativo da categoria farmacêutica;
VI – a infração cometida contra criança, gestante, incapaz ou pessoa com
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;
VII – profissional reincidente;
VIII – quando o profissional é também sócio ou proprietário;
IX – suborno ou coação a terceiro para execução da infração.
Art. 12 - Será considerado falta grave:
I – quando a conduta resultar em lesão corporal ou óbito;
II – quando da ocorrência de dano coletivo e/ou ambiental, ainda que de
forma culposa;

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III – quando houver constrangimento de terceiro;


IV – quando o fato corresponder a ilícito penal;
V – quando a ação extrapolar sua habilitação legal;
VI – quando envolver substâncias ou medicamentos potencialmente peri-
gosos, descritos em manuais, guias ou publicações;
VII – quando em processos distintos, com trânsito em julgado e no perío-
do de 5 (cinco) anos, o profissional tiver cometido por mais de 2 (duas) vezes
a mesma infração ou 5 (cinco) infrações distintas;
VIII – impedir a ação da fiscalização.
Parágrafo único. Toda a caracterização como falta grave deverá ser funda-
mentada e motivada, atendendo aos princípios da razoabilidade e proporcio-
nalidade, bem como a sua descaracterização.
Art. 13. Àquele que continuar a exercer a profissão, mesmo enquanto es-
tiver sob a sanção disciplinar de suspensão, será aplicada idêntica pena pelo
prazo em dobro ao originalmente determinado, sem prejuízo da aplicação do
artigo 205 do Código Penal.
Art. 14 A pena de suspensão de 3 (três) a 12 (doze) meses será aplicada
pelo presidente do CRF ex officio, por motivo de pronúncia criminal, medida
cautelar substitutiva da prisão prevista no artigo 319 e seguintes do Código
de Processo Penal que impeçam a atividade laboral pelo profissional, ou ainda
prisão em flagrante, provisória, preventiva ou definitiva, a partir da comuni-
cação da decisão judicial e enquanto durar a execução da medida.
§ 1º O profissional em cumprimento de pena privativa em regime fechado
ficará suspenso da atividade ex officio por ato do presidente do CRF e homo-
logado pelo Plenário, enquanto durar a execução da pena privativa em regime
fechado.
§ 2º O profissional preso, provisória ou preventivamente, em razão do
exercício da profissão, também ficará ex officio suspenso de exercer as suas
atividades, enquanto durar a pena privativa em regime fechado.

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Art. 15. Na hipótese da perda de um dos requisitos listados nos artigos


15 e 16 da Lei Federal n. 3.820/60, inclusive aos que forem convencidos pe-
rante o CFF ou em juízo de incontinência pública e escandalosa e embriaguez
habitual; e aos que por faltas graves já tenham sido 3 (três) vezes condena-
dos definitivamente a penas de suspensão, ainda que em conselhos regionais
diversos, será imposta a penalidade de eliminação ao profissional.
§ 1º O presidente do CRF, ao tomar conhecimento de profissional na hi-
pótese do caput, submeterá o caso à análise do Plenário que determinará a
penalidade de eliminação.
§ 2º A penalidade prevista no caput deste artigo deverá ser homologada
pelo Plenário do CFF.
Art. 16. Na hipótese de diversas condutas praticadas pelo indiciado, oriun-
das do mesmo fato ou processo ético-disciplinar, as punições serão aplicadas de
forma cumulativa e sequencial, delineando-se a pena por cada infração apurada.

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