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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS – TCU-TI

Aula I – O Direito Administrativo: origem, fontes e conceitos


Conforme explicado, a intenção do curso é ser o mais objetivo possível,
sem perder, claro, a qualidade e a profundidade requeridas nos concursos
públicos. Por esse motivo, em alguns instantes, será efetuado um “passeio”
um pouquinho mais longo.
As aulas serão mais extensas que as de costume, isso porque há a
necessidade de avançarmos em vários tópicos do edital em cinco aulas. Isso,
obviamente, não prejudicará a qualidade do trabalho.
Ainda quanto ao método, nesse curso teremos questões sem
comentários vindo antes, para treinamento, e depois os comentários para
simples conferência. Isso possibilitará que o aluno teste seu conhecimento
antes de ler os comentários, se assim desejar.
Além disso, no final do tópico, será lançado um desafio para a prova
subjetiva, apesar de os amigos encontrarem, no pacote, curso específico na
área de discursivas.
Sugerimos que seja dada atenção especial aos itens e às questões em
que tenham falhado, pois há uma tendência natural de fixarmos o que não
entendemos.
No mais, vamos dar início ao primeiro tópico. Nesse capítulo, serão
vistos os seguintes assuntos (dois tópicos do edital):
• Origens históricas do Direito Administrativo;
• conceito;
• objeto;
• e fontes do Direito Administrativo
E
Regime Jurídico da Administração
• Princípios da Administração.

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Parte I – Origem, fontes, conceito

QUESTÕES EM SEQUÊNCIA
1) (Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1/2009) Por ser um ramo do direito público, o
direito administrativo não se utiliza de institutos do direito privado.
(Certo/Errado).

2) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 1) Para a identificação da função


administrativa como função do Estado, os doutrinadores administrativistas têm
se valido dos mais diversos critérios, como o subjetivo, o objetivo material e o
objetivo formal. (Certo/Errado)

3) (2009/Cespe – SEFAZ/ES – Auditor Fiscal) A administração pública,


compreendida no sentido subjetivo como o conjunto de órgãos e de pessoas
jurídicas que, por força de lei, exercem a função administrativa do Estado,
submete-se exclusivamente ao regime jurídico de direito público.
(Certo/Errado)

4) (2004/Cespe – STJ – Cargo 9) Enquanto pessoas jurídicas, órgãos e


agentes públicos formam o sentido subjetivo da administração pública, a
atividade administrativa exercida por eles indica o sentido objetivo.
(Certo/Errado)

5) (2009/Cespe – SEFAZ – Consultor) Define-se, como administração pública


externa ou extroversa, a atividade desempenhada pelo Estado, como, por
exemplo, a regulação, pela União, da atividade de aviação civil pelas
respectivas concessionárias. (Certo/Errado)

6) (2007/Cespe – TJ/TO – Juiz Substituto) Enquanto a administração pública


extroversa é finalística, dado que ela é atribuída especificamente a cada ente
político, obedecendo a uma partilha constitucional de competências, a
administração pública introversa é instrumental, visto que é atribuída
genericamente a todos os entes, para que possam atingir aqueles objetivos.
(Certo/Errado)

7) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) O direito administrativo pode ser


conceituado de acordo com vários critérios. Desses, o que prepondera, para a
melhor doutrina, é o critério do Poder Executivo, segundo o qual o direito
administrativo é o conjunto de regras e princípios jurídicos que disciplina a
organização e a atividade desse poder. (Certo/Errado)

8) (2008/Cespe – MC – Área 1) Atividades administrativas são também


desempenhadas pelo Poder Judiciário e pelo Poder Legislativo. (Certo/Errado)

9) (2009/Cespe – AGU) Na França, formou-se a denominada Escola do Serviço


Público, inspirada na jurisprudência do Conselho de Estado, segundo a qual a
competência dos tribunais administrativos passou a ser fixada em função da
execução de serviços públicos. (Certo/Errado)

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10) (2009/Cespe – AGU) Pelo critério teleológico, o Direito Administrativo é


considerado como o conjunto de normas que regem as relações entre a
administração e os administrados. Tal critério leva em conta, necessariamente,
o caráter residual ou negativo do Direito Administrativo. (Certo/Errado)

11) (2009/Cespe – TCU – Cargo 2) O direito administrativo, como ramo


autônomo, tem como finalidade disciplinar as relações entre as diversas
pessoas e órgãos do Estado, bem como entre este e os administrados.
(Certo/Errado)

12) (Cespe – ES/Sejus – Agente/2009) A vontade do Estado é manifestada por


meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os quais, no exercício da
atividade administrativa, devem obediência às normas constitucionais próprias
da administração pública. (Certo/Errado)

13) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) A natureza da atividade administrativa é


a de múnus público para quem a exerce, isto é, a de um encargo de defesa,
conservação e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da coletividade.
(Certo/Errado)

14) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 1) Um conceito válido para a função


administrativa é o que a define como a função que o Estado, ou aquele que lhe
faça às vezes, exerce na intimidade de uma estrutura e regimes hierárquicos e
que, no sistema constitucional brasileiro, se caracteriza pelo fato de ser
desempenhada mediante comportamentos infralegais ou, excepcionalmente,
infraconstitucionais vinculados, submissos ao controle de legalidade pelo Poder
Judiciário. (Certo/Errado)

15) (2005/Cespe – SERPRO – Analista Jurídico) As atividades tipicamente


legislativas e judiciárias não são objeto de estudo do direito administrativo.
(Certo/Errado)

16) (2004/Cespe – TCU – Analista) A jurisprudência e os costumes são fontes


do direito administrativo, sendo que a primeira ressente-se de caráter
vinculante, e a segunda tem sua influência relacionada com a deficiência da
legislação. (Certo/Errado)

17) (2008/Cespe – TCE/AC – Cargo 1) A partir da Constituição de 1988, vigora


no Brasil o princípio norte-americano do stare decisis, segundo o qual a
decisão judicial superior vincula as instâncias inferiores para os casos
idênticos. (Certo/Errado)

18) (2009/Cespe – TCU – Cargo 2) A CF, as leis complementares e ordinárias,


os tratados internacionais e os regulamentos são exemplos de fontes do direito
administrativo. (Certo/Errado)

19) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) O costume não se confunde com a


chamada praxe administrativa. Aquele exige cumulativamente os requisitos
objetivo (uso continuado) e subjetivo (convicção generalizada de sua

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obrigatoriedade), ao passo que nesta ocorre apenas o requisito objetivo. No


entanto, ambos não são reconhecidos como fontes formais do direito
administrativo, conforme a doutrina majoritária. (Certo/Errado)

20) (Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1/2009) O costume e a praxe administrativa


são fontes inorganizadas do direito administrativo, que só indiretamente
influenciam na produção do direito positivo. (Certo/Errado)

21) (Cespe – Sefaz/AC – Fiscal/2009) Os costumes são fontes do direito


administrativo, não importando se são contra legem, praeter legem ou
secundum legem. (Certo/Errado)

22) (Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1/2009) A doutrina é a atividade intelectual


que, sobre os fenômenos que focaliza, aponta os princípios científicos do
direito administrativo, não se constituindo, contudo, em fonte dessa disciplina.
(Certo/Errado)

23) (2008/Cespe – TCE/AC – Cargo 1) Assinale a opção correta quanto às


fontes do direito administrativo brasileiro
a) Os regulamentos e regimentos dos órgãos da administração pública são
fontes primárias do direito administrativo brasileiro.
b) São fontes principais do direito administrativo a doutrina, a jurisprudência e
os regimentos internos dos órgãos administrativos.
c) A jurisprudência dos tribunais de justiça, como fonte do direito
administrativo, não obriga a administração pública federal.
d) A partir da Constituição de 1988, vigora no Brasil o princípio norte-
americano do stare decisis, segundo o qual a decisão judicial superior vincula
as instâncias inferiores para os casos idênticos.
e) O costume é fonte primária do direito administrativo, devendo ser aplicado
quando a lei entrar em conflito com a Constituição Federal.

24) (2004/CESPE – Delegado de Polícia Federal) A jurisprudência é fonte do


Direito Administrativo, mas não vincula as decisões administrativas, apesar de
o direito administrativo se ressentir de codificação legal. (Certo/Errado)

25) (2006/CESPE – Procurador Federal/AGU) Classificar um sistema de controle


jurisdicional da administração pública como sistema contencioso ou sistema de
jurisdição única não implica afirmar a exclusividade da jurisdição comum ou
especial, mas a predominância de uma delas. (Certo/Errado)

26) (2006/CESPE – Procurador Federal/AGU) No Brasil, sempre se afastou a


idéia de coexistência de uma justiça administrativa e de uma justiça praticada
com exclusividade pelo poder judiciário, razão pela qual é adotado, no país, o
sistema contencioso. (Certo/Errado)

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27) (2002/CESPE Procurador Federal/AGU) O Estado e o administrado


comparecem, em regra, em posição de igualdade nas relações jurídicas entre
si. (Certo/Errado)

28) (Cespe – ES/Sejus – Agente/2009) Julgue os itens a seguir, relativos aos


conceitos de Estado, governo e administração pública.
O Estado constitui a nação politicamente organizada, enquanto a administração
pública corresponde à atividade que estabelece objetivos do Estado,
conduzindo politicamente os negócios públicos. (Certo/Errado)

29) (2010/Cespe – TRE-BA/Analista) Como exemplo da incidência do


princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional sobre os atos
administrativos no ordenamento jurídico brasileiro, é correto citar a vigência
do sistema do contencioso administrativo ou sistema francês. (Certo/Errado)

30) (Cespe – TRE/MA – Cargo 5/2009) A principal característica do sistema


denominado contencioso administrativo é a de que os ordenamentos jurídicos
que o adotam conferem a determinadas decisões administrativas a natureza de
coisa julgada oponível ao próprio Poder Judiciário. (Certo/Errado)

31) (Cespe – DPE/PI - Defensor/2009) A CF adota o sistema do contencioso


administrativo. (Certo/Errado)

32) (1997/Cespe – BACEN/PROCURADOR) A doutrina costuma distinguir ,


em síntese, três sistemas de controle jurisdicional : o sistema de
administração-juiz, o sistema de jurisdição única e o sistema de jurisdição
dual. Toa, nos tempos atuais, some nte vigoram os dois últimos. O sistema
de jurisdição única teve sua origem na Inglaterra e foi adotado pelo
ordenamento jurídico pátrio. O sistema de jurisdição dual, também chamado
de sistema de contencioso administrativo, nasceu na Franca e é hoje e
acolhido na Itália, na Alemanha e no Uruguai, entre outros países.
(Certo/Errado)

Marca aqui o gabarito:

1 6 11 16 21 26 31
2 7 12 17 22 27 32
3 8 13 18 23 28
4 9 14 19 24 29
5 10 15 20 25 30

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Gabarito Organizado

1 E 6 C 11 C 16 C 21 E 26 E 31 E
2 C 7 E 12 C 17 E 22 E 27 E 32 C
3 E 8 C 13 C 18 C 23 C 28 E
4 C 9 C 14 C 19 C 24 C 29 E
5 C 10 E 15 C 20 C 25 C 30 C

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QUESTÕES COMENTADAS

1) (Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1/2009) Por ser um ramo do direito público, o


direito administrativo não se utiliza de institutos do direito privado.
(Certo/Errado).
Comentários:
O Direito divide-se, em seus grandes ramos, em Público e Privado.
Em uma primeira acepção, o Direito Público regula, principalmente, a
organização e competência do Estado, ou seja, os interesses estatais e sociais
– Direito Público Interno, como, por exemplo, o Direito Administrativo e Direito
Tributário. Em outra vertente, o Direito Público ocupa-se das relações dos
Estados soberanos entre si, assim como das atividades destes com os
organismos internacionais – Direito Público Externo.
Já o Direito Privado cuida predominantemente dos interesses
individuais, de modo a dar segurança às relações das pessoas em sociedade,
seja em suas relações individuais, seja em suas relações com o Estado.
Apesar da bipartição, os ramos não são estanques, isolados, havendo
situações de normas de direito privado no interior de entidades de Direito
Público, regidas que são pelo Direito Administrativo, por exemplo: a Lei de
Licitações diz expressamente que se houver lacuna no tratamento dos
contratos, é cabível o uso subsidiário de normas de direito privado.

Gabarito: ERRADO.

2) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 1) Para a identificação da função


administrativa como função do Estado, os doutrinadores administrativistas têm
se valido dos mais diversos critérios, como o subjetivo, o objetivo material e o
objetivo formal. (Certo/Errado)
Comentários:
Nessa questão, serão identificadas as três funções principais de Estado:
legislar, julgar, e administrar, as quais, inclusive, dão origem aos “Poderes”
constituídos, tal qual escrito na Constituição (art. 2º) (a divisão funcional do
Estado): “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
Voltando ao item, tem razão o examinador do Cespe quando afirma que
vários critérios são utilizados pela doutrina para definir a função
administrativa. Esses critérios, basicamente, são de três ordens:
I) subjetivo – a função administrativa é definida pelo SUJEITO
exercente;
II) objetivo formal – explica a função pelo REGIME JURÍDICO
aplicável à atividade em si;
III) objetivo material – aqui se examina o conteúdo da ATIVIDADE
para se aferir se o desempenho da atividade é administrativo.
De forma prática, boa parte da doutrina aponta que é insuficiente adotar
um desses critérios, isoladamente, para se tentar definir a função
administrativa. Somente a utilização combinada dos critérios permite a correta
conceituação da função administrativa.

Gabarito: CERTO.

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3) (2009/Cespe – SEFAZ/ES – Auditor Fiscal) A administração pública,


compreendida no sentido subjetivo como o conjunto de órgãos e de pessoas
jurídicas que, por força de lei, exercem a função administrativa do Estado,
submete-se exclusivamente ao regime jurídico de direito público.
(Certo/Errado)
Comentários:
A expressão Administração Pública pode assumir sentidos diversos,
conforme o contexto em que esteja inserida. Em um primeiro sentido,
subjetivo, orgânico ou formal, a expressão diz respeito aos sujeitos, aos
entes que exercem a atividade administrativa (pessoas jurídicas, órgãos e
agentes públicos). Já o sentido objetivo, material ou funcional designa a
natureza da atividade, as funções exercidas pelos entes, caracterizando,
portanto, a própria função administrativa, exercida predominantemente
pelo Poder Executivo. O erro da questão está em afirmar que as pessoas são
regidas exclusivamente pelo direito público, isso porque há situações em que o
direito privado será aplicado.

Gabarito: ERRADO.

4) (2004/Cespe – STJ – Cargo 9) Enquanto pessoas jurídicas, órgãos e


agentes públicos formam o sentido subjetivo da administração pública, a
atividade administrativa exercida por eles indica o sentido objetivo.
(Certo/Errado)
Comentários:
Fixação. PESSOAS JURÍDICAS, ÓRGÃOS E AGENTES formam a parte
SUBJETIVA. ATIVIDADE ADMINISTRATIVA, aspecto funcional, material ou
OBJETIVO.

Gabarito: CERTO.

5) (2009/Cespe – SEFAZ – Consultor) Define-se, como administração


pública externa ou extroversa, a atividade desempenhada pelo Estado, como,
por exemplo, a regulação, pela União, da atividade de aviação civil pelas
respectivas concessionárias. (Certo/Errado)
Comentários:
A Administração Pública pode ser entendida sob dois aspectos: subjetivo
e objetivo. Para encontrarmos o sentido subjetivo de Administração Pública,
basta perguntar: quem exerce a função? Já para o sentido material, vale a
pergunta: quais são as atividades exercidas?
Na visão objetiva, administração pública consiste nas atividades levadas
a efeito pelos órgãos e agentes incumbidos de atender as necessidades da
coletividade. Sob o ponto de vista material, a administração pública abarca as
seguintes atividades finalísticas: fomento, polícia administrativa, serviço
público e intervenção, como, por exemplo, a regulamentação e fiscalização
de atividade econômica, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

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6) (2007/Cespe – TJ/TO – Juiz Substituto) Enquanto a administração


pública extroversa é finalística, dado que ela é atribuída especificamente a
cada ente político, obedecendo a uma partilha constitucional de competências,
a administração pública introversa é instrumental, visto que é atribuída
genericamente a todos os entes, para que possam atingir aqueles objetivos.
(Certo/Errado)
Comentários:
Sabe-se que a Administração Pública extroversa é, realmente, finalística
(vista de dentro para fora), já a introversa diz respeito às ferramentas de
trabalho, são os instrumentos de trabalho. O Direito Administrativo é o
instrumento de trabalho do Poder Executivo, no entanto, a este não fica
restrito, pois todos os Poderes podem administrar, daí a correção da
alternativa.

Gabarito: CERTO.

7) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) O direito administrativo pode ser


conceituado de acordo com vários critérios. Desses, o que prepondera, para a
melhor doutrina, é o critério do Poder Executivo, segundo o qual o direito
administrativo é o conjunto de regras e princípios jurídicos que disciplina a
organização e a atividade desse poder. (Certo/Errado)
Comentários:
Os principais doutrinadores muito têm discutido sobre qual critério deve
ser adotado para a conceituação do Direito Administrativo (não mais da função
administrativa em si, mas do ramo do direito que lhe é próprio, o Direito
Administrativo). Entre os critérios, destaca-se o do Poder Executivo ou
Italiano, segundo o qual o Direito Administrativo teria por objeto de estudo a
atividade desempenhada pelo Poder Executivo, pois deste é a incumbência das
atividades estatais de Administração Pública. O critério é insuficiente, já
que essas atividades são principalmente, mas não exclusivamente,
realizadas pelo Executivo. Além disso, há outras atividades levadas a efeito
pelo Executivo que, por sua natureza, são regidas por outros ramos do direito,
como o Constitucional, Civil, Comercial etc.

Gabarito: ERRADO.

8) (2008/Cespe – MC – Área 1) Atividades administrativas são também


desempenhadas pelo Poder Judiciário e pelo Poder Legislativo. (Certo/Errado)
Comentários:
Apesar de ser uma obviedade para os amigos concursandos, vale
reforçar: não é tão-só o Poder Executivo que edita atos administrativos.
Todos os Poderes editam atos administrativos quando, por exemplo, abrem
sindicância, efetuam aquisição de bens, nomeiam um funcionário ou, mesmo,
concedem férias.
A diferença básica é que compete tipicamente ao Poder Executivo
administrar, ao passo que os outros Poderes, ao exercerem atividades
administrativas, encontram-se no desempenho de atribuições atípicas. Frise-se
ainda que o Poder Executivo exerce, além da sua típica função administrativa,

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as funções de governo, que não constituem objeto de estudo do Direito


Administrativo.
O Direito Administrativo, portanto, rege toda e qualquer atividade de
administração, provenha esta do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário.
Isso porque o ato administrativo não se desnatura pelo só fato de ser aplicado
no âmbito do Legislativo ou do Judiciário, desde que seus órgãos estejam
atuando como administradores de seus serviços, de seus bens, ou de seu
pessoal.

Gabarito: CERTO.

9) (2009/Cespe – AGU) Na França, formou-se a denominada Escola do


Serviço Público, inspirada na jurisprudência do Conselho de Estado, segundo a
qual a competência dos tribunais administrativos passou a ser fixada em
função da execução de serviços públicos. (Certo/Errado)
Comentários:
Um dos critérios para a definição do objeto do Direito Administrativo é o
critério do serviço público. De inspiração francesa, por tal critério o Direito
Administrativo estudaria as atividades entendidas como serviço público.
Críticas são feitas a este critério:
- o conceito de “serviço público” é muito amplo e, com isso, Leon Duguit
defendia que o Direito Administrativo abrangeria assuntos que seriam
estudados por outros importantes ramos do direito, como o Constitucional;
- serviço, em si, é atividade material, não jurídica. Em sentido menos
amplo, restrito (Gaston Jèze), o serviço público abrangeria atividades
industriais e comerciais prestadas pelo Estado, fugindo ao objeto do estudo do
Direito Administrativo.

Gabarito: CERTO.

10) (2009/Cespe – AGU) Pelo critério teleológico, o Direito Administrativo é


considerado como o conjunto de normas que regem as relações entre a
administração e os administrados. Tal critério leva em conta, necessariamente,
o caráter residual ou negativo do Direito Administrativo. (Certo/Errado)
Comentários:
Esse quesito proposto pela banca parece jogo dos “sete erros”. De
acordo com o critério teleológico, o Direito Administrativo seria um sistema
de princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o
cumprimento de seus fins. A crítica é que não se ocupa de definir os limites
(fins) do Direito Administrativo, o qual, em certa medida, abrangeria mesmo a
atividade legislativa do Estado.
Já pelo critério das relações jurídicas, o objeto de estudo do Direito Ad-
ministrativo seria constituído pelo conjunto de normas que regem as
relações entre a Administração e os administrados, daí a primeira parte da
incorreção. O critério é também insuficiente, já que diversos outros ramos
também regem a relação Estado X administrado (Direitos Tributário, Penal,
Eleitoral etc.).
Por fim, o critério negativista ou residual, em que o Direito
Administrativo pode ser definido excluindo-se as atividades do Estado de

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legislação e de jurisdição, além das atividades patrimoniais, regidas pelo


direito privado, decorrendo daí o segundo erro do quesito. É um ótimo
critério, porém, não define o que é Direito Administrativo.

Gabarito: ERRADO.

11) (2009/Cespe – TCU – Cargo 2) O direito administrativo, como ramo


autônomo, tem como finalidade disciplinar as relações entre as diversas
pessoas e órgãos do Estado, bem como entre este e os administrados.
(Certo/Errado)
Comentários:
Temos a reprodução do critério das relações jurídicas. Para seus
defensores o objeto de estudo do Direito Administrativo seria constituído pelo
conjunto de normas que regem as relações entre a Administração e os
administrados, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

12) (Cespe – ES/Sejus – Agente/2009) A vontade do Estado é manifestada


por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os quais, no exercício
da atividade administrativa, devem obediência às normas constitucionais
próprias da administração pública. (Certo/Errado)
Comentários:
No Brasil, a função administrativa de Estado é exercida, essencialmente,
pelo Poder Executivo. Contudo, não há como se negar que a mesma função é
desempenhada por todos os demais Poderes. A questão seria identificar a
quem é dada a função de forma típica (precípua) ou atipicamente.
Continuemos.
A missão típica do Poder Judiciário é aplicar o direito aos casos litigiosos
que lhe sejam submetidos. Contudo, atipicamente, o mesmo Poder pode
deflagrar o processo legislativo, quando encaminha normas para apreciação do
Poder Legislativo.
Da mesma forma, o Judiciário faz licitações (administração de compras,
obras, serviços) e concursos públicos para seleção de servidores
(administração de pessoas), no que o Judiciário está, de maneira atípica,
exercendo funções administrativas.
Essa mesma função – administrativa – pode ser percebida com relação
ao Poder Legislativo, o qual também exerce atipicamente funções
administrativas, quando faz licitações, concursos etc. O mesmo Legislativo
também desempenha a atividade jurisdicional quando, por exemplo, o Senado
processa e julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade
(inc. I do art. 52 da Constituição Federal).
O Poder Executivo, cuja missão típica é a atividade administrativa,
também exerce, atipicamente, a missão legislativa. O melhor exemplo disso
é a possibilidade de edição por parte de seu Chefe de medidas provisórias,
que, no caso federal, é o Presidente da República. Medidas provisórias essas
que possuem força de lei desde sua edição (art. 62 da CF/1988).
Assim, no exercício da atividade administrativa, devem obediência às
normas constitucionais próprias da administração pública.

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13) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) A natureza da atividade administrativa é


a de múnus público para quem a exerce, isto é, a de um encargo de defesa,
conservação e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da coletividade.
(Certo/Errado)
Comentários:
Pode-se afirmar que função administrativa é a desempenhada pelo
Estado, em quaisquer de seus Poderes, ou por seus representantes, de
maneira subjacente à Constituição e às Leis, sob regime de Direito Público,
com vistas ao atendimento concreto das demandas da coletividade.

Gabarito: CERTO.

14) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 1) Um conceito válido para a função


administrativa é o que a define como a função que o Estado, ou aquele que lhe
faça às vezes, exerce na intimidade de uma estrutura e regimes hierárquicos e
que, no sistema constitucional brasileiro, se caracteriza pelo fato de ser
desempenhada mediante comportamentos infralegais ou, excepcionalmente,
infraconstitucionais vinculados, submissos ao controle de legalidade pelo Poder
Judiciário. (Certo/Errado)
Comentários:
O conceito dado pelo examinador do Cespe descreve bem a função
administrativa do Estado, com alguns destaques:
I) A função administrativa é levada a efeito pelo Estado ou por
aquele que lhe faça às vezes. Veremos mais à frente que nem todas as
atividades de administração pública serão, necessariamente, realizadas pelo
Estado. Exemplo disso é a prestação de serviços públicos, muitas vezes
desempenhados por particulares (concessionários, permissionários e
autorizatários, por exemplo), que fazem às vezes do Estado.
II) Há toda uma hierarquia posta no desempenho da atividade
administrativa. De fato, há chefes e subordinados responsáveis pelo
desempenho da atividade administrativa. A presença da hierarquia é traço
inerente à Administração. Sem hierarquia, não teríamos administração, mas
desorganização...
Antecipo, desde logo, que não há hierarquia (no sentido de
subordinação) no exercício de atividades tipicamente legislativas (produzir as
leis) ou judiciais (julgar). O assunto voltará a ser trabalhado no momento
oportuno, mas é bom que fique “gravado”: na visão da doutrina majoritária, só
há hierarquia, em sentido estrito, no desempenho de atividades tipicamente
administrativas;

Gabarito: CERTO.

15) (2005/Cespe – SERPRO – Analista Jurídico) As atividades tipicamente


legislativas e judiciárias não são objeto de estudo do direito administrativo.
(Certo/Errado)
Comentários:
O Direito Público Interno, que nos importa aqui, subdivide-se em ramos.
Exemplo disso, o Direito Administrativo, que é ramo do Direito Público, o

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qual estuda, no essencial, a atividade administrativa do Estado. No entanto, o


Estado possui ainda duas outras atividades clássicas, consagradas no atual
texto da Constituição Federal (art. 2º): a de legislar e a de julgar.
A atividade legislativa estatal é estudada por outro ramo do Direito
Público Interno – o Constitucional, que, dentre outros assuntos, estuda o
processo de elaboração das leis e a hierarquia entre estas (processo
legislativo).
Já as atividades judiciárias cuidam da produção de sentenças com vistas
à solução de conflitos porventura surgidos no seio da sociedade, e são
estudadas por diversos outros ramos do Direito, como os processuais (penal e
civil).
Contudo, como já dito, o Direito Administrativo não se ocupa das demais
atividades de Estado, mas apenas da Administrativa, daí a correção da
alternativa.

Gabarito: CERTO

16) (2004/Cespe – TCU – Analista) A jurisprudência e os costumes são fontes


do direito administrativo, sendo que a primeira ressente-se de caráter
vinculante, e a segunda tem sua influência relacionada com a deficiência da
legislação. (Certo/Errado)
Comentários:
Ainda que óbvio, o Direito Administrativo, em sendo ciência, nasce de
algum lugar. É exatamente esse o sentido da palavra “fontes”, que funcionam
como se fossem o “ponto de partida” do Direito, suas formas de expressão.
No estudo do Direito Administrativo, encontramos, regra geral, as
seguintes fontes ou formas de expressão: I) lei; II) jurisprudência; III)
doutrina; e IV) costumes.
A Jurisprudência é um conjunto de decisões judiciais reiteradas
num mesmo sentido, a respeito de uma matéria. Dessa forma, não se pode
considerar “jurisprudência” uma decisão judicial isolada, a qual, no máximo,
constitui um caso paradigmático, referencial, indicativo de uma situação
concreta submetida à apreciação de um juiz ou tribunal judicial.
Apesar de fazermos referência à jurisprudência como sendo resultante
de decisões judiciais, órgãos administrativos também podem produzir
sua própria jurisprudência. Por exemplo: o inc. II do art. 71 da CF/1988
garante ao Tribunal de Contas da União – TCU – julgar as contas dos
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos
da administração direta e indireta.
Importante detalhe de prova é que a jurisprudência no Brasil não possui
força vinculante (regra geral, efeito apenas moral), diferentemente do
sistema norte-americano, no qual as decisões proferidas pelas instâncias
superiores vinculam as inferiores, para os casos idênticos, o que é conhecido
como sistema do stare decises.
Já os costumes são os comportamentos tidos por obrigatórios pela
consciência popular. No que respeita ao Direito Administrativo, o costume é de
pouca relevância, à vista do princípio da legalidade. Ainda que de somenos
importância, o costume constitui, sim, fonte para o Direito Administrativo,
sendo aplicado quando da deficiência da legislação, sempre segundo a lei

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(ou secundum legem, para os amigos mais chegados ao latim) e nunca contra
a lei (ou contra legem).

17) (2008/Cespe – TCE/AC – Cargo 1) A partir da Constituição de 1988,


vigora no Brasil o princípio norte-americano do stare decisis, segundo o qual a
decisão judicial superior vincula as instâncias inferiores para os casos
idênticos. (Certo/Errado)
Comentários:
Não é aplicável a força dos precedentes judiciais dentro do ordenamento
brasileiro, diferentemente do que ocorre com o sistema norte-americano,
assim, está incorreto afirmar que a decisão judicial superior vincula as
instâncias inferiores (como regra).
Destaco, no entanto, que há algumas decisões advindas do Judiciário que
vincularão tanto a atuação daquele Poder, quanto a própria Administração
Pública. Nesse sentido, destacam-se, entre outras, as Súmulas Vinculantes,
constantes do sistema jurídico nacional a partir da Emenda Constitucional
45/2004, conhecida como a Reforma do Judiciário (ver art. 103-A da
CF/1988).

Gabarito: ERRADO.

18) (2009/Cespe – TCU – Cargo 2) A CF, as leis complementares e


ordinárias, os tratados internacionais e os regulamentos são exemplos de
fontes do direito administrativo. (Certo/Errado)
Comentários:
A lei é a mais importante (primordial) fonte para o Direito Administrativo
Brasileiro, geradora de direitos e obrigações, impondo-se tanto à conduta dos
particulares, quanto à ação estatal. Enquanto fonte, a lei tem um sentido
amplo (lato sensu), abrangendo todas as normas produzidas pelo Estado que
digam respeito, de alguma maneira, à atividade administrativa do Estado.
Nesse sentido, a lei abrange desde a maior de todas – a Constituição Federal –
, passando por leis complementares, ordinárias, delegadas, medidas
provisórias e outras normas com força de lei, como os extintos Decretos-Lei,
daí a correção do quesito.
A lei costuma ser corretamente indicada como fonte escrita e primária
para o Direito Administrativo. Adianto que há outras normas infralegais
também fontes para o Direito Administrativo, contudo secundárias, uma vez
que a Administração Pública, de modo geral, organiza-se mediante lei, em
decorrência do princípio da legalidade contido no caput do art. 37 da CF/1988.

Gabarito: CERTO.

19) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) O costume não se confunde com a


chamada praxe administrativa. Aquele exige cumulativamente os requisitos
objetivo (uso continuado) e subjetivo (convicção generalizada de sua
obrigatoriedade), ao passo que nesta ocorre apenas o requisito objetivo. No
entanto, ambos não são reconhecidos como fontes formais do direito
administrativo, conforme a doutrina majoritária. (Certo/Errado) Comentários:

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O item está perfeito e de elevado grau de complexidade.


Os costumes não se confundem mesmo com as chamadas praxes
administrativas. Para a caracterização dos costumes, é necessária a
presença de dois requisitos: o objetivo (hábito continuado) e subjetivo (deve
gerar para os destinatários a convicção de ser obrigatório).
Já as praxes não contam com o aspecto subjetivo, pois são práticas
reiteradas dentro da Administração, usadas pelos agentes públicos na
resolução de casos concretos, portanto, desconhecidas dos cidadãos em geral,
diferentemente dos costumes, espalhados na sociedade.
Para a doutrina majoritária, os costumes, distintamente das praxes,
podem ser considerados como fontes para o Direito Administrativo, porém não
como fontes formais (a lei é a fonte formal), sendo, portanto, quando
muito, fontes substanciais ou materiais.
Em síntese: tanto as praxes como os costumes não podem ser
reconhecidos como fontes formais do Direito Administrativo (as praxes, para
parte da doutrina, seriam fontes não-organizadas, não são formais).
Gabarito:
CERTO

20) (Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1/2009) O costume e a praxe


administrativa são fontes inorganizadas do direito administrativo, que só
indiretamente influenciam na produção do direito positivo. (Certo/Errado)
Comentários:
Os costumes e as praxes não são fontes escritas, mas sim não-escritas,
sendo encontrados espalhados na sociedade (no caso dos costumes) e no
interior da Administração (para as praxes), portanto, são consideradas fontes
inorganizadas (não-organizadas).

Gabarito: CERTO.

21) (Cespe – Sefaz/AC – Fiscal/2009) Os costumes são fontes do direito


administrativo, não importando se são contra legem, praeter legem ou
secundum legem. (Certo/Errado)
Comentários:
Ainda que de menor relevância, os costumes constituem fonte para o
Direito Administrativo, sobretudo em razão da deficiência da legislação relativa
a tal ramo jurídico. Porém, a utilização dos costumes encontra restrições, não
podendo ser utilizados contra a lei, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

22) (Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1/2009) A doutrina é a atividade intelectual


que, sobre os fenômenos que focaliza, aponta os princípios científicos do
direito administrativo, não se constituindo, contudo, em fonte dessa disciplina.
(Certo/Errado)
Comentários:
A doutrina significa o conjunto dos trabalhos dos estudiosos a respeito
do Direito Administrativo, ou seja, os livros, os artigos, os pareceres,
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elaborados por estudiosos desse ramo jurídico. Tais trabalhos fornecem,


muitas vezes, bases para textos legais, sentenças, acórdãos e interpretações,
sendo responsável, de certa maneira, pela unificação das interpretações. O
erro do quesito é que a doutrina é sim fonte escrita e mediata (secundária)
para o Direito Administrativo, não gerando direitos para os particulares, mas
contribuindo para a formação do nosso ramo jurídico.

Gabarito: ERRADO.

23) (2008/Cespe – TCE/AC – Cargo 1) Assinale a opção correta quanto às


fontes do direito administrativo brasileiro
a) Os regulamentos e regimentos dos órgãos da administração pública são
fontes primárias do direito administrativo brasileiro.
b) São fontes principais do direito administrativo a doutrina, a jurisprudência e
os regimentos internos dos órgãos administrativos.
c) A jurisprudência dos tribunais de justiça, como fonte do direito
administrativo, não obriga a administração pública federal.
d) A partir da Constituição de 1988, vigora no Brasil o princípio norte-
americano do stare decisis, segundo o qual a decisão judicial superior vincula
as instâncias inferiores para os casos idênticos.
e) O costume é fonte primária do direito administrativo, devendo ser aplicado
quando a lei entrar em conflito com a Constituição Federal.
Comentários:
Direto às análises.
Item A – INCORRETO. Os regulamentos podem INOVAR? Não (regra
geral), logo, não podem ser considerados atos primários, mas sim derivados.
Item B – INCORRETO. Regimentos Internos dos órgãos
administrativos?! São atos secundários, logo, não podem ser considerados
como fontes primárias, mas sim secundárias.
Item C – CORRETO. Exatamente como estudamos. A jurisprudência
não tem o condão de vincular a Administração Pública (regra geral), daí a
correção da alternativa.
Item D – INCORRETO. É um tipo de questão que “matamos” por
eliminação. Percebam que a redação do item “C” é o reverso do item “D”, logo,
a resposta só poderia ser um dos dois quesitos.
Estudamos que não é aplicável a força dos precedentes judiciais dentro
do ordenamento brasileiro, diferentemente do que ocorre com o sistema norte-
americano, assim, está incorreto afirmar que a decisão judicial superior vincula
as instâncias inferiores (como regra).
Item E – INCORRETO. Os costumes são fontes secundárias e não-
escritas. Além disso, entre a lei e os costumes, prevalecerá a lei, afinal,
costumes não podem ser usados contra a lei, sempre segundo a lei (secundum
legem), daí a incorreção do quesito.

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24) (2004/CESPE – Delegado de Polícia Federal) A jurisprudência é fonte do


Direito Administrativo, mas não vincula as decisões administrativas, apesar de
o direito administrativo se ressentir de codificação legal. (Certo/Errado)
Comentários:
Fixação. Distintamente do que ocorre com o sistema anglo-saxão, em
que as decisões jurisprudenciais são verdadeiras leis, portanto, vinculantes
para a Administração (stare decisis), no Brasil, tirante raras situações, a
jurisprudência ressente-se de caráter vinculante. Por exemplo, no Brasil, os
Tribunais de Contas não ficam vinculados às decisões em sede Mandado de
Segurança, a não ser pela força moral, porque tais ações são válidas para
casos concretos.
Gabarito: CERTO.

25) (2006/CESPE – Procurador Federal/AGU) Classificar um sistema de


controle jurisdicional da administração pública como sistema contencioso ou
sistema de jurisdição única não implica afirmar a exclusividade da jurisdição
comum ou especial, mas a predominância de uma delas. (Certo/Errado)
Comentários:
Excelente quesito. Tanto no sistema de jurisdição dual (contencioso
administrativo) como no sistema de jurisdição UNA, não há, de fato,
exclusividade da jurisdição especial ou comum, isso porque elas convivem
harmonicamente no sistema de julgamento.
Gabarito: CERTO.

26) (2006/CESPE – Procurador Federal/AGU) No Brasil, sempre se afastou a


idéia de coexistência de uma justiça administrativa e de uma justiça praticada
com exclusividade pelo poder judiciário, razão pela qual é adotado, no país, o
sistema contencioso. (Certo/Errado)
Comentários:
No Brasil, vigora o sistema de jurisdição única (art. 5º, XXXV, da
CF/1988) e não o sistema francês (chamado de contencioso administrativo),
logo, não se adota o sistema de contencioso. No entanto, a jurisdição
administrativa pode sim coexistir com a judicial, com o detalhe de que a
administrativa não tem o mesmo colorido da judicial, como diz o STF é quase-
jurisdicional.
Trazendo para nossa realidade, os Tribunais de Contas são órgãos
administrativos contenciosos, formam jurisprudência, contudo, suas decisões,
apesar de formarem coisa julgada, são definitivas para a própria Corte, sendo
cabível a revisão pelo Poder Judiciário, acaso provocado.
Gabarito: ERRADO.

27) (2002/CESPE – Procurador Federal/AGU) O Estado e o administrado


comparecem, em regra, em posição de igualdade nas relações jurídicas entre
si. (Certo/Errado)
Comentários:
Posição de igualdade?! Nem pensar, vale a unilateralidade, a
desigualdade jurídica.
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Gabarito: ERRADO.

28) (Cespe – ES/Sejus – Agente/2009) Julgue os itens a seguir, relativos aos


conceitos de Estado, governo e administração pública.
O Estado constitui a nação politicamente organizada, enquanto a administração
pública corresponde à atividade que estabelece objetivos do Estado,
conduzindo politicamente os negócios públicos. (Certo/Errado)
Comentários:
Questão relativamente simples, suficiente concentração e leitura atenta.
A Administração Pública não é responsável por estabelecer os objetivos do
Estado, mas sim o Governo. E mais: a Administração Pública não conduz
politicamente os negócios públicos, mas sim tecnicamente.
Gabarito: ERRADO.

29) (2010/Cespe – TRE-BA/Analista) Como exemplo da incidência do


princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional sobre os atos
administrativos no ordenamento jurídico brasileiro, é correto citar a vigência
do sistema do contencioso administrativo ou sistema francês. (Certo/Errado)
Comentários:
Fixação. Dispensáveis novos comentários.
Gabarito: ERRADO.

30) (Cespe – TRE/MA – Cargo 5/2009) A principal característica do sistema


denominado contencioso administrativo é a de que os ordenamentos jurídicos
que o adotam conferem a determinadas decisões administrativas a natureza de
coisa julgada oponível ao próprio Poder Judiciário. (Certo/Errado)
Comentários:
Excelente quesito. As decisões administrativas, no contencioso
administrativo (sistema francês), não podem ser revistas pelo Poder Judiciário,
ou seja, são oponíveis pelo Poder Judiciário.
Gabarito: CERTO.

31) (Cespe – DPE/PI - Defensor/2009) A CF adota o sistema do contencioso


administrativo. (Certo/Errado)
Comentários:
Por favor, não é para ficar com raiva! Não adotamos o sistema do
contencioso, mas sim o de jurisdição única.
Gabarito: ERRADO.

32) (1997/Cespe – BACEN/PROCURADOR) A doutrina costuma distinguir, em


síntese, três sistemas de controle jurisdicional : o sistema de administração-
juiz, o sistema de jurisdição única e o sistema de jurisdição dual. Toa, nos
tempos atuais, somente vigoram os dois últimos. O sistema de jurisdição única
teve sua origem na Inglaterra e foi adotado pelo ordenamento jurídico pátrio.
O sistema de jurisdição dual, também chamado de sistema de contencioso

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administrativo, nasceu na Franca e é hoje e acolhido na Itália, na Alemanha e


no Uruguai, entre outros países. (Certo/Errado)
Comentários:
Está perfeito, serve-nos, tão-somente, a título de reforço de
aprendizado.
Gabarito: CERTO.

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Parte II – Regime Jurídico da Administração

Segue, antes das questões, um pouco de jurisprudência. Divirtam-se!

Jurisprudência

ADI 1.694

Os princípios gerais regentes da Administração Pública, previstos no art. 37,


caput, da Constituição, são invocáveis de referência à administração de
pessoal militar federal ou estadual, salvo no que tenha explícita disciplina em
atenção às peculiaridades do serviço militar.

ADI 2661 MC/MA – MARANHÃO

As disponibilidades de caixa dos Estados-membros, dos órgãos ou


entidades que os integram e das empresas por eles controladas deverão ser
depositadas em instituições financeiras oficiais, cabendo, unicamente, à União
Federal, mediante lei de caráter nacional, definir as exceções autorizadas pelo
art. 164, § 3º da Constituição da República.

O Estado-membro não possui competência normativa, para, mediante


ato legislativo próprio, estabelecer ressalvas à incidência da cláusula geral que
lhe impõe a compulsória utilização de instituições financeiras oficiais, para os
fins referidos no art. 164, § 3º da Carta Política.

O desrespeito, pelo Estado-membro, dessa reserva de competência


legislativa, instituída em favor da União Federal, faz instaurar situação de
inconstitucionalidade formal, que compromete a validade e a eficácia jurídicas
da lei local, que, desviando-se do modelo normativo inscrito no art. 164, § 3º
da Lei Fundamental, vem a permitir que as disponibilidades de caixa do Poder
Público estadual sejam depositadas em entidades privadas integrantes do
Sistema Financeiro Nacional.

ADI 2.600-ES

A atividade estatal, qualquer que seja o domínio institucional de sua


incidência, está necessariamente subordinada à observância de parâmetros
ético-jurídicos que se refletem na consagração constitucional do princípio da
moralidade administrativa.

Esse postulado fundamental, que rege a atuação do Poder Público,


confere substância e dá expressão a uma pauta de valores éticos sobre os
quais se funda a ordem positiva do Estado. O princípio constitucional da
moralidade administrativa, ao impor limitações ao exercício do poder estatal,
legitima o controle jurisdicional de todos os atos do Poder Público que
transgridam os valores éticos que devem pautar o comportamento dos agentes
e órgãos governamentais.

A ratio subjacente à cláusula de depósito compulsório, em instituições


financeiras oficiais, das disponibilidades de caixa do Poder Público em geral
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(CF, art. 164, § 3º) reflete, na concreção do seu alcance, uma exigência
fundada no valor essencial da moralidade administrativa, que representa
verdadeiro pressuposto de legitimação constitucional dos atos emanados do
Estado.

A medida cautelar, em ação direta de inconstitucionalidade, reveste-se,


ordinariamente, de eficácia ex nunc, "operando, portanto, a partir do momento
em que o Supremo Tribunal Federal a defere" (RTJ 124/80).
Excepcionalmente, no entanto, e para que não se frustrem os seus objetivos, a
medida cautelar poderá projetar-se com eficácia ex tunc, em caráter
retroativo, com repercussão sobre situações pretéritas (RTJ 138/86).

Para que se outorgue eficácia ex tunc ao provimento cautelar, em sede


de ação direta de inconstitucionalidade, impõe-se que o Supremo Tribunal
Federal assim o determine, expressamente, na decisão que conceder essa
medida extraordinária (RTJ 164/506-509, 508, Rel. Min. CELSO DE MELLO).
Situação excepcional que se verifica no caso ora em exame, apta a justificar a
outorga de provimento cautelar com eficácia ex tunc.

ADI 2.472-MC

Cláusula que determina que conste nos comunicados oficiais o custo da


publicidade veiculada. Exigência desproporcional e desarrazoada, tendo-se em
vista o exagero dos objetivos visados. Ofensa ao princípio da economicidade
(CF, artigo 37, caput).

ADI 3.324

(...) é consentânea com a Carta da República previsão normativa


asseguradora, ao militar e ao dependente estudante, do acesso a instituição de
ensino na localidade para onde é removido. Toa, a transferência do local
do serviço não pode se mostrar verdadeiro mecanismo para lograr-se a
transposição da seara particular para a pública, sob pena de se colocar em
plano secundário a isonomia — artigo 5º, cabeça e inciso I —, a
impessoalidade, a moralidade na Administração Pública, a igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola superior, prevista no inciso I
do artigo 206, bem como a viabilidade de chegar-se a níveis mais elevados do
ensino, no que o inciso V do artigo 208 vincula o fenômeno à capacidade de
cada qual.

RE-140889

Não é desarrazoada a exigência de altura mínima de 1,60m para o


preenchimento de cargo de delegado de polícia do Estado do Mato Grosso do
Sul, prevista na Lei Complementar 38/89, do mesmo Estado. A Turma
entendeu que, no caso, a exigência mostrou-se própria à função a ser
exercida, não ofendendo, portanto, o princípio da igualdade (CF, art. 5º,
caput).

RE 359.043

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Embora a lei inconstitucional pereça mesmo antes de nascer, os efeitos


eventualmente por ela produzidos podem incorporar-se ao patrimônio dos
administrados, em especial quando se considere o princípio da boa-fé.

RE 253.885

Transação. Validade. Em regra, os bens e o interesse público são indisponíveis,


porque pertencem à coletividade. É, por isso, o Administrador, mero gestor da
coisa pública, não tem disponibilidade sobre os interesses confiados à sua
guarda e realização. Toa, há casos em que o princípio da indisponibilidade
do interesse público deve ser atenuado, mormente quando se tem em vista
que a solução adotada pela Administração é a que melhor atenderá à
ultimação deste interesse.

RE 442.683

A Constituição de 1988 instituiu o concurso público como forma de


acesso aos cargos públicos. CF, art. 37, II. Pedido de desconstituição de ato
administrativo que deferiu, mediante concurso interno, a progressão de
servidores públicos. Acontece que, à época dos fatos — 1987 a 1992 —, o
entendimento a respeito do tema não era pacífico, certo que, apenas em 17-2-
1993, é que o Supremo Tribunal Federal suspendeu, com efeito ex nunc, a
eficácia do art. 8º, III; art. 10, parágrafo único; art. 13, § 4º; art. 17 e art.
33, IV, da Lei 8.112, de 1990, dispositivos esses que foram declarados
inconstitucionais em 27/8/1998: ADI 837/DF, Relator o Ministro Moreira Alves,
DJ de 25-6-1999. Os princípios da boa-fé e da segurança jurídica autorizam a
adoção do efeito ex nunc para a decisão que decreta a inconstitucionalidade.
Ademais, os prejuízos que adviriam para a Administração seriam maiores que
eventuais vantagens do desfazimento dos atos administrativos.

RE 390.939

Constitucional. Administrativo. Concurso público. Prova física. Alteração


no edital. Princípios da razoabilidade e da publicidade. Alterações no edital do
concurso para agente penitenciário, na parte que disciplinou o exercício
abdominal, para sanar erro material, mediante uma errata publicada dias
antes da realização da prova física no Diário Oficial do Estado.
Desnecessária a sua veiculação em jornais de grande circulação. A divulgação
no Diário Oficial é suficiente per se para dar publicidade a um ato
administrativo. A Administração pode, a qualquer tempo, corrigir seus atos e,
no presente caso, garantiu aos candidatos prazo razoável para o conhecimento
prévio do exercício a ser realizado.

RE 290.346

Em face do princípio da legalidade, pode a Administração Pública, enquanto


não concluído e homologado o concurso público, alterar as condições do
certame constantes do respectivo edital, para adaptá-las à nova legislação
aplicável à espécie, visto que, antes do provimento do cargo, o candidato tem
mera expectativa de direito à nomeação ou, se for o caso, à participação na
segunda etapa do processo seletivo.
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RE 205.535

Discrepa da razoabilidade norteadora dos atos da Administração Pública o fato


de o edital de concurso emprestar ao tempo de serviço público pontuação
superior a títulos referentes a pós-graduação.

MS 24.660

O Tribunal retomou julgamento de mandado de segurança impetrado


contra ato omissivo do Procurador-Geral da República e da Procuradora-Geral
da Justiça Militar, consistente na negativa de nomeação da impetrante,
aprovada em concurso público para o cargo de promotor da Justiça Militar, não
obstante a existência de dois cargos vagos — (...) Considerou, por fim, que
essa autoridade teria incorrido em ilegalidade, haja vista a ofensa ao princípio
da impessoalidade, eis que não se dera a nomeação por questões pessoais,
bem como agido com abuso de poder, porquanto deixara de cumprir, pelo
personalismo e não por necessidade ou conveniência do serviço público, a
atribuição que lhe fora conferida.

MS 21.729

Não cabe ao Banco do Brasil negar, ao Ministério Público, informações sobre


nomes de beneficiários de empréstimos concedidos pela instituição, com
recursos subsidiados pelo erário federal, sob invocação do sigilo bancário, em
se tratando de requisição de informações e documentos para instruir
procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimônio público.
Princípio da publicidade, ut art. 37 da Constituição.

AI 442.918-AgR

A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de ilegalidade


(Súm. 473), não podendo ser invocado o princípio da isonomia com o pretexto
de se obter benefício ilegalmente concedido a outros servidores.

SÚMULA 683 – STF

O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face


do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza
das atribuições do cargo a ser preenchido.

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QUESTÕES EM SEQUENCIA
1) (2007/Cespe – SECAD-TO – Delegado) O princípio da vinculação política ao
bem comum é, entre os princípios constitucionais que norteiam a
administração pública, o mais importante. (Certo/Errado)

2) (2004/Cespe – TCU – Analista) A expressão regime jurídico-administrativo,


em seu sentido amplo, refere-se tanto aos regimes de direito público e de
direito privado a que se submete a administração pública quanto ao regime
especial que assegura à administração pública prerrogativas na relação com o
administrado. (Certo/Errado)

3) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) O regime jurídico de direito público


encontra-se fundado nos princípios da prevalência do interesse público sobre o
privado e o da indisponibilidade desse interesse público. No entanto, de acordo
com uma concepção moderna do direito administrativo, de cunho gerencial,
não se pode afirmar que o interesse público se confunde com o do Estado.
(Certo/Errado)

4) (2007/Cespe – PGE-PA – Advogado) A doutrina aponta como princípios do


regime jurídico administrativo a supremacia do interesse público sobre o
privado e a indisponibilidade do interesse público. (Certo/Errado)

5) (2009/Cespe – SEFAZ – Consultor) O regime jurídico administrativo está


fundado basicamente em dois princípios: o da supremacia do interesse público
sobre o privado e o da indisponibilidade, pela administração, dos interesses
públicos. (Certo/Errado)

6) (2009/Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1) De acordo com o princípio da


indisponibilidade do interesse público, aos agentes administrativos, no
desempenho de suas funções, não é lícito fazer prevalecer a sua vontade
psicológica, apesar de esses agentes deterem a guarda e a titularidade do
interesse público. (Certo/Errado)

7) (2009/Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1) Os princípios da legalidade e da


supremacia do interesse público informam todos os demais, incluindo-se os
expressos na CF. (Certo/Errado)

8) (Cespe – Sefaz/AC – Fiscal/2009) Em uma sociedade democrática, a correta


aplicação do princípio da supremacia do interesse público pressupõe a
prevalência do interesse da maioria da população. (Certo/Errado)

9) (2009/Cespe – MPOG – Nível Intermediário) Os princípios constitucionais da


administração pública correspondem a formulações normativas gerais que
servem de orientação para a interpretação dos administradores. Com base
nessa premissa, a jurisprudência prevalecente adota o entendimento de que
um princípio pode ser invocado para sustentar não somente a ilegalidade de
um ato administrativo, mas também para fundamentar a inconstitucionalidade

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de determinadas decisões administrativas em certas circunstâncias.


(Certo/Errado)

Acerca dos princípios explícitos e implícitos da administração pública,


julgue os itens subsequentes.
10) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 1) A Constituição Federal faz menção
expressa apenas aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e
publicidade. (Certo/Errado)

11) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 1) Diversos princípios administrativos,


embora não estejam expressamente dispostos no texto constitucional, podem
ser dela deduzidos logicamente, como consequências inarredáveis do próprio
sistema administrativo-constitucional. (Certo/Errado)

12) (2006/Cespe – ANA – Analista) Conforme previsto na Constituição de 1988


as administrações públicas direta e indireta de qualquer dos poderes da União,
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, probidade administrativa, moralidade, publicidade e eficiência.
(Certo/Errado)

13) (2007/Cespe – MP-AM – Promotor) A lei que trata dos processos


administrativos no âmbito federal previu outros princípios norteadores da
administração pública. Tal previsão extrapolou o âmbito constitucional, o que
gerou a inconstitucionalidade da referida norma. (Certo/Errado)

14) (2008/Cespe – MC – Área 1) Os princípios básicos referentes à atividade


administrativa possuem previsão restritamente constitucional, não havendo
hipótese de ampliação, em respeito ao princípio da legalidade. (Certo/Errado)

15) (2007/Cespe – TCU – Técnico) A administração pública deve obedecer aos


princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade e eficiência,
entre outros. (Certo/Errado)

16) (2006/Cespe – ANA – Analista) Entre as disposições fundamentais do art.


37 da Constituição Federal, encontram-se as do concurso público, das
licitações, da responsabilidade objetiva do Estado, da participação na
Administração e da probidade administrativa. (Certo/Errado)

17) (2008/CESPE – OAB-SP/137) Tanto a administração direta quanto a


indireta se submetem aos princípios constitucionais da administração pública.
(Certo/Errado)

18) (2009/Cespe – PCRN – Delegado) Os princípios gerais regentes da


administração pública, previstos na CF, podem ser invocados no âmbito da
administração de pessoal militar. (Certo/Errado)

19) (2009/Cespe – MPOG – Nível Intermediário) Os princípios básicos da


administração pública não se limitam à esfera institucional do Poder Executivo,

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ou seja, tais princípios podem ser aplicados no desempenho de funções


administrativas pelo Poder Judiciário ou pelo Poder Legislativo. (Certo/Errado)

20) (2008/CESPE – MPE/RR – Procurador) Os agentes públicos de qualquer


nível ou hierarquia são obrigados a observar, de forma estrita, os princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos de
sua competência. (Certo/Errado)

21) (2007/Cespe – SECAD-TO – Delegado) Em toda atividade desenvolvida


pelos agentes públicos, o princípio da legalidade é o que precede todos os
demais. (Certo/Errado)

22) (2008/Cespe – TCE/AC – Cargo 1) O princípio da legalidade tem por escopo


possibilitar ao administrador público fazer o que a lei permitir. No entanto,
esse princípio não tem caráter absoluto, uma vez que um administrador
poderá editar um ato que não esteja previsto em lei, mas que atenda ao
interesse público. (Certo/Errado)

23) (2008/Cespe – OAB/SP/136 – Exame da Ordem) A administração pública


pode, sob a invocação do princípio da isonomia, estender benefício ilegalmente
concedido a um grupo de servidores a outro grupo que esteja em situação
idêntica. (Certo/Errado)

24) (2009/Cespe – AGU) O Poder Judiciário, fundado no princípio da isonomia


previsto na Carta da República, pode promover a equiparação dos vencimentos
de um servidor com os de outros servidores de atribuições diferentes.
(Certo/Errado)

25) (2007/Cespe – PC-PA – TEC EM ADM) De acordo com o princípio da


legalidade, é permitido ao agente público, quando no exercício de sua função,
fazer tudo que não seja expressamente proibido pela Constituição Federal.
(Certo/Errado)

26) (2008/CESPE – OAB-SP/137) O princípio da legalidade, por seu conteúdo


generalizante, atinge, da mesma forma e na mesma extensão, os particulares
e a administração pública. (Certo/Errado)

27) (2005/Cespe – TCU – Analista) A existência de atos administrativos


discricionários constitui uma exceção ao princípio da legalidade, previsto
expressamente na Constituição da República. (Certo/Errado)

28) (2008/Cespe – OAB/SP/136 – Exame da Ordem) Ato administrativo não


pode restringir, em razão da idade do candidato, inscrição em concurso para
cargo público. (Certo/Errado)

29) (2009/Cespe – AGU) Segundo a doutrina, a aplicação do princípio da


reserva legal absoluta é constatada quando a CF remete à lei formal apenas a
fixação dos parâmetros de atuação para o órgão administrativo, permitindo

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que este promova a correspondente complementação por ato infralegal.


(Certo/Errado)

30) (2009/Cespe – AGU) De acordo com o princípio da legalidade, apenas a lei


decorrente da atuação exclusiva do Poder Legislativo pode originar comandos
normativos prevendo comportamentos forçados, não havendo a possibilidade,
para tanto, da participação normativa do Poder Executivo. (Certo/Errado)

31) (2004/Cespe – Defensor Público) Para parte da doutrina, o princípio da


impessoalidade na administração pública nada mais representa do que outra
formulação do princípio da finalidade. (Certo/Errado)

32) (2006/Cespe – ICMS/AC) A vedação constitucional e legal de promoção


pessoal de autoridades e de servidores públicos sobre suas realizações
administrativas decorre do princípio da finalidade ou impessoalidade.
(Certo/Errado)

33) (2007/Cespe – TCU – Analista) O atendimento do administrado em


consideração ao seu prestígio social angariado junto à comunidade em que
vive não ofende o princípio da impessoalidade da administração pública.
(Certo/Errado)

34) (2008/Cespe – ME – todos os cargos) A inauguração de uma praça de


esportes, construída com recursos públicos federais, e cujo nome homenageie
pessoa viva, residente na região e eleita deputado federal pelo respectivo
estado, não chega a configurar promoção pessoal e ofensa ao princípio da
impessoalidade. (Certo/Errado)

35) (2008/Cespe – SEAD/UEPA – Cargo 1) Determinada administração


municipal trocou um terreno público onde havia uma pracinha e construiu
outra em outro local, onde inseriu placa visando cientificar todos sobre a
construção, com os seguintes dizeres.
Conserve a praça.
Ela é nossa.
Obra realizada pelo Prefeito Dr. Odorico – Gente que faz
Fica patente, no caso relatado, a violação do princípio da impessoalidade.
(Certo/Errado)

36) (2009/Cespe – TCU – Cargo 2) Caso o governador de um estado da


Federação, diante da aproximação das eleições estaduais e preocupado com a
sua imagem política, determine ao setor de comunicação do governo a inclusão
do seu nome em todas as publicidades de obras públicas realizadas durante a
sua gestão, tal determinação violará a CF, haja vista que a publicidade dos
atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos. (Certo/Errado)

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37) (2009/Cespe – ANAC – Analista Administrativo – Cargo 6) A inserção de


nome, símbolo ou imagem de autoridades ou servidores públicos em
publicidade de atos, programas, obras, serviços ou campanhas de órgãos
públicos fere o princípio da impessoalidade da administração pública.
(Certo/Errado)

38) (2009/Cespe – TRT – 17R – Cargo 2) As sociedades de economia mista e


as empresas públicas que prestam serviços públicos estão sujeitas ao princípio
da publicidade tanto quanto os órgãos que compõem a administração direta,
razão pela qual é vedado, nas suas campanhas publicitárias, mencionar nomes
e veicular símbolos ou imagens que possam caracterizar promoção pessoal de
autoridade ou servidor dessas entidades. (Certo/Errado)

39) (2009/Cespe – PGE/PE – Procurador) De acordo com o princípio da


impessoalidade, é possível reconhecer a validade de atos praticados por
funcionário público irregularmente investido no cargo ou função, sob o
fundamento de que tais atos configuram atuação do órgão e não do agente
público. (Certo/Errado)

40) (2008/Cespe – Hemobrás – Cargo 1) O princípio da impessoalidade prevê


que o administrador público deve buscar, por suas ações, sempre o interesse
público, evitando deste modo a subjetividade. (Certo/Errado)

(2009/Cespe – Anatel – Cargo 5) O presidente de um tribunal de justiça


estadual tem disponível no orçamento do tribunal a quantia de R$
2.000.000,00 para pagamento de verbas atrasadas dos juízes de direito e
desembargadores. Cada juiz e desembargador faz jus, em média, a R$
130.000,00. Ocorre que o presidente da Corte determinou, por portaria
publicada no Diário Oficial, o pagamento das verbas apenas aos
desembargadores, devendo os juízes de direito aguardar nova disponibilização
de verba orçamentária para o pagamento do que lhes é devido. O presidente
fundamentou sua decisão de pagamento inicial em razão de
os desembargadores estarem em nível hierárquico superior ao dos
juízes. Irresignados, alguns juízes pretendem ingressar com ação popular
contra o ato que determinou o pagamento das verbas aos desembargadores.
Considerando a situação hipotética acima apresentada, julgue os itens
subsequentes, acerca do controle e dos princípios fundamentais da
administração pública.

41) A decisão do presidente do tribunal de justiça violou o princípio da


impessoalidade, na medida em que esse princípio objetiva a igualdade de
tratamento que o administrador deve dispensar aos administrados que se
encontrarem em idêntica situação jurídica. (Certo/Errado)

42) Respeitado o princípio da publicidade, uma vez que a decisão do presidente


que determinou o pagamento aos desembargadores foi publicada mediante
portaria no Diário Oficial, é correto afirmar que, em consequência, os princípios
da moralidade e legalidade não foram violados. (Certo/Errado)

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43) (2008/Cespe – Auditor) A moralidade administrativa, por traduzir conceito


jurídico indeterminado, não se submete, em sua acepção pura, ao controle
judicial. (Certo/Errado)

44) (2008/Cespe – STF – Cargo 1) A CF confere aos particulares o poder de


controlar o respeito ao princípio da moralidade pela administração por meio da
ação popular. (Certo/Errado)

45) (2007/Cespe – TCU – Analista) A probidade administrativa é um aspecto


da moralidade administrativa que recebeu da Constituição Federal brasileira
um tratamento próprio. (Certo/Errado)

46) (2009/Cespe - TCE/ES - Procurador) Na doutrina de Diógenes Gasparini, a


probidade administrativa deve ser tratada de forma diferenciada da moralidade
administrativa, pois somente quando o presidente da República violar aquele
princípio é que estará autorizada a suspensão de seus direitos políticos.
(Certo/Errado)

47) (2007/Cespe – PC-PA – TEC EM ADM) A prática do nepotismo na


administração pública, caracterizada pela nomeação de parentes para funções
públicas, pode ser considerada uma violação ao princípio da impessoalidade.
(Certo/Errado)

48) (2007/Cespe – TCE-GO – Procurador) O nepotismo, por ofender os


princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade, caracteriza
abuso de direito, porquanto se trata de manifesto exercício do direito fora dos
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, o que acarreta a nulidade
do ato. (Certo/Errado)

49) (2009/Cespe – AGU) Considere que Platão, governador de estado da


Federação, tenha nomeado seu irmão, Aristóteles, que possui formação
superior na área de engenharia, para o cargo de secretário de estado de obras.
Pressupondo-se que Aristóteles atenda a todos os requisitos legais para a
referida nomeação, conclui-se que esta não vai de encontro ao posicionamento
adotado em recente julgado do STF. (Certo/Errado)

50) (2008/Cespe – Sebrae/BA – Analista Técnico II/Jurídico) A nomeação de


cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade,
até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou,
ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, em
qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
CF. (Certo/Errado)

51) (2008/Cespe – OAB/SP/136 – Exame da Ordem) Não ofende o princípio


da moralidade administrativa a nomeação de servidora pública do Poder

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Executivo para cargo em comissão em tribunal de justiça no qual o vice-


presidente seja parente da nomeada. (Certo/Errado)

52) (2009/Cespe – IBRAM/DF/SEPLAG – Cargo 3) Ofende os princípios


constitucionais que regem a administração pública, a conduta de um prefeito
que indicou seu filho para cargo em comissão de assessor do secretário de
fazenda do mesmo município, que efetivamente o nomeou. (Certo/Errado)

53) (2009/Cespe – AGU) Segundo entendimento do STF, a vedação ao


nepotismo não exige edição de lei formal, visto que a proibição é extraída
diretamente dos princípios constitucionais que norteiam a atuação
administrativa. (Certo/Errado)

54) (2009/Cespe – IPOJUCA – Procurador Judicial) A vedação do nepotismo não


exige a edição de lei formal para coibir a prática, uma vez que decorre
diretamente dos princípios contidos na CF. No entanto, às nomeações para o
cargo de conselheiro do Tribunal de Contas Estadual, por ser de natureza
política, não se aplica a proibição de nomeação de parentes pelo governador
do estado. (Certo/Errado)

55) (2008/Cespe – MC – Área 1) A contratação de assessores informais para


exercerem cargos públicos sem a realização de concurso público, além de ato
de improbidade, configura lesão aos princípios da impessoalidade e da
moralidade administrativa. (Certo/Errado)

56) (2005/Cespe – Serpro – Analista Jurídico) Com base na melhor doutrina, o


princípio da moralidade é o mesmo que o princípio da legalidade. Assim, todo
ato administrativo ilegal será imoral e todo ato praticado dentro da legalidade
será moral. (Certo/Errado)

57) (2008/Cespe – CGE-PB – Auditor) A veiculação de propaganda de obra


pública que promova o administrador público, se autorizada por lei, não implica
violação da moralidade administrativa. (Certo/Errado)

58) (2008/Cespe – TCE/AC – Cargo 1) O princípio da moralidade administrativa


está relacionado com o princípio da legalidade, mas pode um ato
administrativo ser considerado legal, ou seja, estar em conformidade com a
lei, e ser imoral. (Certo/Errado)

59) (2005/Cespe – TJBA/Juiz Substituto) A moralidade administrativa possui


conteúdo específico, que não coincide, necessariamente, com a moral comum
da sociedade, em determinado momento histórico; não obstante,
determinados comportamentos administrativos ofensivos à moral comum
podem ensejar a invalidação do ato, por afronta concomitante à moralidade
administrativa. (Certo/Errado)

60) (2006/Cespe – ANA – Analista) Ato administrativo eivado de ilegalidade


praticado por superintendente de conservação de água e solo (SAS) da

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Agência Nacional de Água (ANA) poderá ser examinado pelo Poder Judiciário
sob o aspecto da legalidade, mas não, da moralidade. (Certo/Errado)

(2009/Cespe – AGU) Ora, um Estado funcionalmente eficiente demanda um


Direito Público que privilegie, por sua vez, a funcionalidade. Um Direito Público
orientado por uma teoria funcional da eficiência. (...)
A administração privada é sabidamente livre para perseguir as respectivas
finalidades a que se proponha e, assim, a falta de resultados não traz
repercussões outras que as decorrentes das avenças privadas, como ocorre,
por exemplo, nas relações societárias. Distintamente, a administração pública
está necessariamente vinculada ao cumprimento da Constituição e, por isso, os
resultados devem ser alcançados, de modo que se não o forem, salvo cabal
motivação da impossibilidade superveniente, está-se diante de uma violação
praticada pelo gestor público, pois aqui existe relevância política a ser
considerada.
Diogo de Figueiredo Moreira Neto. Quatro paradigmas do direito
administrativo pós-moderno. Belo Horizonte: Ed. Fórum, 2008, p. 110-11 (com
adaptações).
Considerando o texto acima e com base nos princípios que regem a
administração pública, julgue os próximos itens.
61) Com base no princípio da eficiência e em outros fundamentos
constitucionais, o STF entende que viola a Constituição a nomeação de
cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até
o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para
o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes
da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o
ajuste mediante designações recíprocas. (Certo/Errado)

62) (2009/Cespe - TCE/ES - Procurador) A alteração das regras do edital de um


concurso público já em curso não afronta o princípio da moralidade ou da
impessoalidade, mesmo que seja para coibir que haja, no curso de
determinado processo de seleção, ainda que de forma velada, escolha
direcionada dos candidatos habilitados às provas orais, especialmente quando
já concluída a fase das provas escritas subjetivas e divulgadas as notas
provisórias de todos os candidatos. (Certo/Errado)

63) (2009/Cespe - MPOG - Nível Superior) A publicidade na administração


pública pode ser restringida quando a defesa da intimidade o exigir. Por essa
razão, é juridicamente justificável o aumento de salário de servidores
municipais por meio de boletim interno não publicado. (Certo/Errado)

64) (2009/Cespe - MPOG - Nível Superior) Um prefeito que nomeie parentes


como funcionários de seu gabinete por meio de boletim interno não publicado
viola o princípio da moralidade. (Certo/Errado)

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65) (2005/Cespe – TCU – Analista) Um jornal noticiou que, de acordo com o


princípio constitucional da publicidade, a publicação na imprensa oficial é
requisito essencial de validade dos atos administrativos praticados pela
administração federal direta. Nessa situação, a afirmação veiculada pelo jornal
é correta. (Certo/Errado)

66) (2008/Cespe – Seplag/DFTRANS – Administrador) Considerada um


princípio fundamental da administração pública, a impessoalidade representa a
divulgação dos atos oficiais de qualquer pessoa integrante da administração
pública, sem a qual tais atos não produzem efeitos. (Certo/Errado)

67) (2007/Cespe – PC-PA – TEC EM ADM) Conferir transparência aos atos dos
agentes públicos é um dos objetivos do princípio da publicidade.
(Certo/Errado)

68) (2007/Cespe – TCU – Técnico) Em obediência ao princípio da publicidade,


é obrigatória a divulgação oficial dos atos administrativos, sem qualquer
ressalva de hipóteses. (Certo/Errado)

69) (2006/Cespe – CENSIPAM) Nem mesmo os atos ligados a atividades de


segurança nacional e os ligados a investigações disciplinares podem fugir ao
princípio da publicidade que rege os atos administrativos. (Certo/Errado)

70) (2008/CESPE – OAB-SP/137) Embora vigente o princípio da publicidade


para os atos administrativos, o sigilo é aplicável em casos em que este seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. (Certo/Errado)

71) (2008/Cespe – MPOG – Analista de Infraestrutura) De acordo com o


princípio da publicidade, a publicação no Diário Oficial da União é indispensável
para a validade dos atos administrativos emanados de servidores públicos
federais. (Certo/Errado)

72) (2008/Cespe – STF – Cargo 1) Nos municípios em que não exista imprensa
oficial, admite-se a publicação dos atos por meio de afixação destes na sede da
prefeitura ou da câmara de vereadores. (Certo/Errado)

73) (2009/Cespe – TCU – Cargo 3) Quando o TCU emite uma certidão, ele
evidencia o cumprimento do princípio constitucional da publicidade.
(Certo/Errado)

74) (2004/Cespe – PF – Delegado) A veiculação do ato praticado pela


administração pública na Voz do Brasil, programa de âmbito nacional, dedicado
a divulgar fatos e ações ocorridos ou praticados no âmbito dos três poderes da
União, é suficiente para ter-se como atendido o princípio da publicidade.
(Certo/Errado)

75) (2008/Cespe – ABIN – Agente de Inteligência) Com base no princípio da


publicidade, os atos internos da administração pública devem ser publicados
no diário oficial. (Certo/Errado)

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76) (2009/Cespe – TRF/2ªR – Juiz Substituto) De acordo com o princípio da


publicidade, os atos administrativos devem ser publicados necessariamente no
Diário Oficial, não tendo validade a mera publicação em boletins internos das
repartições públicas. (Certo/Errado)

(2009/Cespe – PCRN – Agente) O art. 37, caput, reportou de modo expresso à


administração pública apenas cinco princípios. Fácil é ver-se, entretanto, que
inúmeros outros merecem igualmente consagração constitucional: uns, por
constarem expressamente da Lei Maior, conquanto não mencionados no art.
37, caput; outros, por nele estarem abrigados logicamente.
Celso Antônio Bandeira de Mello. Curso de Direito Administrativo. São
Paulo: Malheiros, 2008, 25.a ed., p. 378 (com adaptações).
Com base no texto, julgue o quesito a seguir.
77) O núcleo do princípio da publicidade é a procura da economicidade e da
produtividade, o que exige a redução dos desperdícios do dinheiro público,
bem como impõe a execução dos serviços com presteza e rendimento
funcional. (Certo/Errado)

78) (2008/Cespe – PGE-PB – Procurador) O princípio da eficiência, introduzido


expressamente na Constituição Federal (CF) na denominada Reforma
Administrativa, traduz a ideia de uma administração gerencial. (Certo/Errado)

79) (Cespe – PGE/PB – Procurador) O princípio da eficiência, introduzido


expressamente na Constituição Federal (CF) na denominada Reforma
Administrativa, traduz a idéia de uma administração burocrática.
(Certo/Errado)

80) (Cespe – MPE/RR – Cargo 7) Apesar de não estar previsto expressamente


na Constituição Federal, o princípio da eficiência é aplicado na administração
pública por força de lei específica. (Certo/Errado)

81) (2008/CESPE – OAB-SP/137) O rol dos princípios administrativos,


estabelecido originariamente na CF, foi ampliado para contemplar a inserção
do princípio da eficiência. (Certo/Errado)

82) (2007/Cespe – CPC Renato Chaves-PA/Téc. Em Info) O princípio da


eficiência alcança apenas os serviços públicos prestados diretamente pelo
Estado à coletividade, não se estendendo aos serviços administrativos
internos, que ficam submetidos ao princípio da estrita legalidade.
(Certo/Errado)

83) (2009/Cespe – PCPB/Perito) O princípio da eficiência na administração


pública foi inserido no caput do art. 37 da CF apenas com a edição da Emenda
Constitucional n.º 19/1998. Entretanto, mesmo antes disso, já era considerado
pela doutrina e pela jurisprudência pátria como um princípio implícito no texto
constitucional. Sob o enfoque desse princípio, o princípio da eficiência,
relacionado na CF apenas na parte em que trata da administração pública, não
se aplica às ações dos Poderes Legislativo e Judiciário. (Certo/Errado)

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84) (2008/CESPE – STJ – Cargo 4) A exigência de que o administrador público


atue com diligência e racionalidade, otimizando o aproveitamento dos recursos
públicos para obtenção dos resultados mais úteis à sociedade, se amolda ao
princípio da continuidade dos serviços públicos. (Certo/Errado)

85) (2009/Cespe – MPOG – Nível Intermediário) O texto da Constituição


Federal de 1988 (CF) menciona explicitamente a eficiência como princípio que
deve reger a administração pública. Além disso, com base na doutrina
prevalecente, é correto afirmar que tal princípio se confunde com o da
moralidade administrativa. (Certo/Errado)

86) (2008/CESPE – STJ – Cargo 1) As formas de participação popular na gestão


da coisa pública previstas na CF incluem a autorização para a lei disciplinar a
representação do usuário do serviço público contra o exercício negligente ou
abusivo do cargo público. (Certo/Errado)

87) (2008/Cespe – MC – Área 1) O princípio da eficiência se concretiza também


pelo cumprimento dos prazos legalmente determinados, razão pela qual, em
caso de descumprimento injustificado do prazo fixado em lei para exame de
requerimento de aposentadoria, é cabível indenização proporcional ao prejuízo
experimentado pelo administrado. (Certo/Errado)

88) (2008/Cespe – Hemobrás – Cargo 1) O princípio da eficiência impõe ao


administrador público a obtenção da plena satisfação da sociedade a qualquer
custo. (Certo/Errado)

89) (2008/Cespe – TJ-DF/Analista Judiciário) O Poder Judiciário poderá exercer


amplo controle sobre os atos administrativos discricionários quando o
administrador, ao utilizar-se indevidamente dos critérios de conveniência e
oportunidade, desviar-se da finalidade de persecução do interesse público.
(Certo/Errado)

90) (2006/Cespe – PC-PA – Delegado) A comunicação, por meio de denúncia


anônima, de fatos ilícitos graves que tenham sido praticados no âmbito da
administração pública, autoriza, em cada caso concreto, a ponderação entre a
vedação constitucional do anonimato e a obrigação jurídica do Estado de
investigar condutas funcionais desviantes, imposta pelo dever de observância à
legalidade, à impessoalidade e à moralidade administrativa. (Certo/Errado)

91) (2005/Cespe – TJ/BA) O princípio da proporcionalidade é hoje amplamente


reconhecido pela doutrina e pela jurisprudência brasileiras como um dos que
regem a atividade administrativa, conquanto remanesça como princípio
implícito no ordenamento jurídico positivo do país. (Certo/Errado)

92) (2008/Cespe – STF – Cargo 1) Os princípios da razoabilidade e da


proporcionalidade estão previstos de forma expressa na CF. (Certo/Errado)

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93) (2008/Cespe – Sebrae/BA – Analista Técnico II/Jurídico) É certo que cabe


ao Poder Judiciário verificar a regularidade dos atos normativos e de
administração do poder público em relação às causas, aos motivos e à
finalidade que os ensejam. Contudo, a valoração do princípio da
proporcionalidade, realizada pelo Poder Judiciário, não pode chegar ao ponto
de, em processo judicial, se exigir que seja guardada correlação entre o
número de cargos efetivos e em comissão existentes no Poder Legislativo,
como forma de garantir estrutura para usa atuação. (Certo/Errado)

94) (2009/Cespe - TCE/ES - Procurador) É ilegítima a verificação pelo Poder


Judiciário de regularidade de ato discricionário, mesmo no que se refere às
suas causas, motivos e finalidade. (Certo/Errado)

95) (2009/Cespe – PCRN – Delegado) Não se trata de exigência


desproporcional e desarrazoada a cláusula que determina que conste nos
comunicados oficiais o custo da publicidade veiculada. (Certo/Errado)

96) (2009/Cespe – ANAC – Analista Administrativo – Cargo 6) O princípio da


razoabilidade impõe à administração pública a adequação entre meios e fins,
não permitindo a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público. (Certo/Errado)

97) (2005/Cespe – ANTAQ) A ausência de previsão constitucional expressa da


obrigação do administrador de motivar os seus atos não impede que se exija
dele essa motivação com fundamento na adoção da democracia pelo Estado
brasileiro, bem como no princípio da publicidade e na garantia do contraditório.
(Certo/Errado)

98) (2008/Cespe – Seplag/DFTRANS – Administrador) Segundo o princípio da


motivação, os atos da administração pública devem receber a indicação dos
pressupostos de fato e de direito que determinaram a decisão. (Certo/Errado)

99) (2008/Cespe – ABIN – Agente de Inteligência) Não viola o princípio da


motivação dos atos administrativos o ato da autoridade que, ao deliberar
acerca de recurso administrativo, mantém decisão com base em parecer da
consultoria jurídica, sem maiores considerações. (Certo/Errado)

100) (2006/Cespe – CENSIPAM) O Poder Judiciário não está sujeito ao


princípio da motivação quando exerce funções atípicas. (Certo/Errado)

101) (2009/Cespe – ANAC – Analista – Cargo 5) São princípios da


administração pública expressamente previstos na CF: legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e motivação.
(Certo/Errado)

102) (2008/Cespe – OAB-SP) A Lei Complementar nº 1.025, de 7 de


dezembro de 2007, do estado de São Paulo, ao criar a Agência Reguladora de
Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP), dispôs que essa

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agência, no desempenho de suas atividades, deveria obedecer, entre outras,


às diretrizes de “adequação entre meios e fins, vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente
necessárias ao atendimento do interesse público” (art. 2.º, III) e de “indicação
dos pressupostos de fato e de direito que determinem as suas decisões” (art.
2.º, V). Tais diretrizes dizem respeito aos seguintes princípios
proporcionalidade e motivação. (Certo/Errado)

103) (2007/Cespe – PGE-PA – Técnico) Com base no princípio da segurança


jurídica, é possível a modulação dos efeitos dos atos administrativos ilegais ou
inconstitucionais, de forma a permitir que sejam declarados nulos com efeitos
ex nunc. (Certo/Errado)

104) (Cespe – TRE/MA – Cargo 5/2009) João, servidor público federal, obteve,
mediante ação judicial transitada em julgado, determinada vantagem
pecuniária que, cerca de 15 anos depois, foi incorporada aos proventos da sua
aposentadoria. O TCU, ao examinar a concessão da aposentadoria, determinou
a suspensão do pagamento da parcela, arguindo estar em conflito com
jurisprudência pacífica do STF. Considerando essa situação hipotética, para
impedir o ato do TCU, a defesa de João deve arguir o princípio da princípio da
segurança jurídica. (Certo/Errado)

105) (Cespe – Sefaz/AC – Fiscal/2009) A aplicação do princípio da segurança


jurídica pode afastar o da mera legalidade. (Certo/Errado)

106) (2009/Cespe - TCE/ES - Procurador) O princípio da segurança jurídica


não pode ser concretizado desconsiderando-se o princípio da legalidade. Nesse
sentido já entendeu o STF, para o qual, se uma lei editada após o advento da
CF for por ele declarada inconstitucional, no âmbito do controle difuso, não
haverá como se aplicar a técnica da modulação dos efeitos para que essa
declaração somente passe a vigorar a partir de outra data, pois, se a lei é
inconstitucional, toda declaração de inconstitucionalidade deverá retroagir
(eficácia ex tunc) para extirpar a lei do ordenamento jurídico, desde o seu
nascimento. (Certo/Errado)

107) (2009/Cespe - TCE/ES - Procurador) Considere que determinado servidor


tenha se aposentado no serviço público e que, sete anos depois, o TCU tenha
negado o registro dessa aposentadoria. Nessa situação, conforme
entendimento do STF, de acordo com o princípio da segurança jurídica, deveria
esse servidor ser convocado para participar do processo administrativo em tela
diante da garantia do contraditório e da ampla defesa. (Certo/Errado)

108) (2009/Cespe – PGE/PE – Procurador) O princípio da boa-fé está previsto


expressamente na CF e, em seu aspecto subjetivo, corresponde à conduta leal
e honesta do administrado. (Certo/Errado)

109) (2007/Cespe – Bombeiros/DF) Com fundamento no princípio da


proporcionalidade, a sanção por ato de improbidade administrativa deve ser

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fixada com base na extensão do dano causado e no proveito patrimonial obtido


pelo agente. (Certo/Errado)

110) (2008/Cespe – OAB/SP/136 – Exame da Ordem) O Poder Judiciário pode


dispensar a realização de exame psicotécnico em concurso para investidura em
cargo público, por ofensa ao princípio da razoabilidade, ainda quando tal
exigência esteja prevista em lei. (Certo/Errado)

111) (2008/Cespe – MC – Área 1) Em exames de avaliação psicológica para


seleção de candidatos a cargos públicos, é inadmissível a existência de sigilo e
subjetivismo, sob pena de afronta aos princípios da publicidade e da
legalidade. (Certo/Errado)

112) (2008/Cespe – Sebrae/BA – Analista Técnico II/Jurídico) Uma vez


constituída por ato administrativo uma situação jurídica que venha causar
modificação favorável ao patrimônio do administrado ou do servidor, o
desfazimento do ato pode ocorrer sem prévio contraditório, caso seja
constatada ilegalidade. (Certo/Errado)

113) (2008/Cespe – Sebrae/BA – Analista Técnico II/Jurídico) Na análise dos


atos administrativos, a teoria do fato consumado se caracteriza como matéria
infraconstitucional, pois se relaciona à aplicação do princípio da segurança
jurídica em atos administrativos inválidos. (Certo/Errado)

114) (2009/Cespe – SECONT/ES – Administrador) Tendo em vista o princípio


da continuidade do serviço público, na hipótese de rescisão do contrato
administrativo, a administração pública detém a prerrogativa de, nos casos de
serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato. (Certo/Errado)

MARCA AQUI O GABARITO

1 16 31 46 61 76 91 106
2 17 32 47 62 77 92 107
3 18 33 48 63 78 93 108
4 19 34 49 64 79 94 109
5 20 35 50 65 80 95 110
6 21 36 51 66 81 96 111
7 22 37 52 67 82 97 112
8 23 38 53 68 83 98 113
9 24 39 54 69 84 99 114
10 25 40 55 70 85 100
11 26 41 56 71 86 101
12 27 42 57 72 87 102
13 28 43 58 73 88 103
14 29 44 59 74 89 104
15 30 45 60 75 90 105

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CONFIRA O DESEMPENHO

1 E 16 C 31 C 46 E 61 C 76 E 91 E 106 E
2 E 17 C 32 C 47 C 62 E 77 E 92 E 107 C
3 C 18 C 33 E 48 E 63 E 78 C 93 E 108 E
4 C 19 C 34 E 49 C 64 C 79 E 94 E 109 C
5 C 20 C 35 C 50 C 65 E 80 E 95 E 110 E
6 E 21 C 36 C 51 E 66 E 81 C 96 C 111 C
7 C 22 E 37 C 52 C 67 C 82 E 97 C 112 C
8 E 23 E 38 C 53 C 68 E 83 E 98 C 113 E
9 C 24 E 39 C 54 E 69 E 84 E 99 C 114 C
10 E 25 E 40 C 55 C 70 C 85 E 100 E
11 C 26 E 41 C 56 E 71 E 86 C 101 E
12 C 27 E 42 E 57 E 72 C 87 C 102 C
13 E 28 E 43 E 58 C 73 C 88 E 103 C
14 E 29 E 44 C 59 C 74 E 89 C 104 C
15 C 30 E 45 C 60 E 75 E 90 C 105 C

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QUESTÕES COMENTADAS
1. Comentários
Vejamos o erro do item: mesmo que se admitisse esse tal “princípio da
vinculação política ao bem comum” não se poderia falar que ele,
hierarquicamente, fosse superior aos demais, daí a incorreção da
alternativa. De fato, não há hierarquia material entre princípios.

Gabarito: ERRADO

2. Comentários:
No item examinado aponta-se o regime jurídico-administrativo, em seu
sentido amplo, como sendo maior que os regimes de direito público e privado.
Essa parte do item está perfeita, isso porque o regime jurídico-administrativo,
em sentido amplo, tendo por sinônimo Regime Jurídico da Administração,
engloba tanto o regime de direito privado (quando a Administração funciona
como se particular fosse – CEF, BB, Petrobras) quanto o regime jurídico-
administrativo (em sentido estrito), este de Direito Público, aplicável à
atividade administrativa do Estado.
A expressão regime jurídico-administrativo, em seu sentido amplo,
abarca tanto o regime jurídico administrativo (de Direito Público) como o de
Direito Privado, ok? No entanto, só há regime especial, garantidor de
prerrogativas na relação com o administrado, quando da presença do Direito
Público (regime jurídico administrativo, sentido estrito). O erro, portanto, é
subtender que haverá prerrogativas também quando o Estado
comparece como pessoa jurídica de Direito Privado, perceberam como
“maledita” é a banca Cespe.

Gabarito: ERRADO

3. Comentários:
A questão é excelente, pois trata de um tema “na moda” em concursos
recentes. Isso mesmo, concurso também tem moda...
Em determinadas épocas, alguns assuntos passam a ser recorrentes nas
provas, como é a diferenciação entre interesse público primário e
secundário.
O interesse primário representa a Administração Pública no sentido
finalístico, extroverso, com outras palavras, é o interesse público
propriamente dito, pois dirigido diretamente aos cidadãos (de dentro do Estado
para fora – Administração Extroversa).
Já o interesse secundário diz respeito aos interesses do próprio
Estado, internos, introversos, portanto, inconfundíveis com os primários
(propriamente ditos), daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO

4. Comentários:
O regime jurídico-administrativo é formado por dois pilares: o da
supremacia do interesse público sobre o privado e o da

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indisponibilidade do interesse público (ou legalidade, para outros), os


quais podem ser sintetizados, respectivamente, no seguinte binômio:
prerrogativas e restrições.

Gabarito: CERTO

5. Comentários:
O regime jurídico-administrativo é um conjunto de prerrogativas e
sujeições concedido à Administração Pública, para melhor cumprimento dos
interesses públicos. As prerrogativas traduzem o princípio da supremacia do
interesse público sobre o privado, enquanto que as restrições/sujeições
remetem-nos ao princípio da indisponibilidade do interesse público/legalidade,
daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

6. Comentários:
Cespe, sempre Cespe! É verdade que, de acordo com o princípio da
indisponibilidade, não é lícito prevalecer a vontade psicológica, no entanto, os
agentes não são titulares do interesse público, são sim guardiães.

Gabarito: ERRADO.

7. Comentários:
Os princípios da supremacia e o da legalidade são os informadores do
Regime Jurídico Administrativo, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

8. Comentários:
Prevalência do interesse da maioria da população?! E se a maioria da
população se debelar contra o Estado Democrático e de Direito?! A supremacia
é do interesse público, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

9. Comentários:
Na parte de Direito Constitucional, os amigos estudaram que os vícios
podem ser de legalidade ou de constitucionalidade. Se o contraste do ato
normativo é diretamente com a lei, temos controle de legalidade, por exemplo:
Decreto Regulamentar do Presidente da República que extrapola o conteúdo da
lei. Já se o contraste do ato normativo é diretamente com o texto
constitucional, temos o controle de constitucionalidade, por exemplo:
Resolução do CNJ, por ser ato primário.

Gabarito: CERTO.

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10. Comentários:
A questão é simples. A partir da leitura do caput do art. 37 da CF/1988
chegamos facilmente à resposta.
O referido dispositivo coloca, explicitamente, cinco princípios a serem
aplicados à Administração Pública, velhos conhecidos de quem já vem há
tempos se preparando para concursos públicos: Legalidade; Impessoalidade;
Moralidade; Publicidade e Eficiência (o tradicional LIMPE, tão repetido em sala
nos cursos preparatórios para concursos). Não resta dúvida quanto à
incorreção da questão: faltou o princípio explícito da eficiência, detalhado
mais à frente.
Esse tão conhecido processo mnemônico – LIMPE diz respeito tão-só aos
princípios constitucionais expressos. Há inúmeros outros princípios de
Administração encontrados (deduzidos) em nosso ordenamento.

Gabarito: ERRADO

11. Comentários:
Nem todos os princípios que valem para a Administração Pública
encontram previsão expressa no texto constitucional. Vários princípios, ainda
que assim não chamados pelo texto da CF/1988, podem ser dessa extraídos.
São exemplos: o princípio da participação popular (art. 37, §3º); princípio da
licitação (art. 37, inc. XXI); princípio da probidade (art. 37, §4 º) etc.

Gabarito: CERTO

12. Comentários:
A questão é quase repetição da anterior, só que, ao tempo que omite a
impessoalidade como princípio, acresce outro: o princípio da probidade.
Existem inúmeros princípios de Administração Pública os quais, ainda que
não tenham sido chamados assim, de princípios, o são, uma vez que
reconhecidos amplamente pela doutrina, como, por exemplo, o da probidade
administrativa.

Gabarito: CERTO

13. Comentários:
Vamos aproveitar o item para citarmos o art. 2º da Lei n. 9.784/1999
(Lei de Processo Administrativo Federal):
A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Inúmeros princípios, além daqueles constantes da Constituição Federal,
foram positivados (reproduzidos, previstos) em nossa ordem jurídica para a
Administração Federal pela Lei n. 9.784/1999.
Portanto, a lei não incorre em nenhuma inconstitucionalidade por ter
trazido “novos” princípios para a Administração Pública. De fato, se fôssemos
buscar fundamentos constitucionais para os princípios enumerados pela Lei n.

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9.784/1999, encontraríamos para todos! Ou seja, a Lei só faz reproduzir de


maneira expressa aquilo que o assoalho Constitucional já garante.

Gabarito: ERRADO

14. Comentários:
Os princípios são verdadeiros pilares, suporte para toda atividade da
Administração. Alguns desses “pilares” são explícitos na Constituição e
constam do caput do art. 37 da CF/1988. Outros são encontrados
implicitamente no texto constitucional, são depreendidos do sistema jurídico-
administrativo-constitucional. Outros princípios vêm de textos legais, como os
do art. 2º da Lei n. 9.784/1999 (Lei de Processo Federal), e, por fim, a
doutrina “constrói” inúmeros princípios, a partir da interpretação da ordem
jurídica, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

15. Comentários:
A questão, sem sombra de dúvidas, está correta, pois a Administração
deve obediência a todos os princípios enumerados, além de outros mais.

Gabarito: CERTO

16. Comentários:
Todas as disposições fundamentais do art. 37 constituem princípios de
Administração Pública e não apenas o seu caput, por exemplo:
I) concursos públicos – exigência do inc. II do art. 37. O acesso a
cargos e empregos públicos ocorrerá mediante concurso público (regra geral).
Toa, para tal regra há exceções, que serão vistas em capítulos futuros;
II) licitações – o inc. XXI do art. 37 determina que, salvo exceções
previstas em Lei, as compras, alienações, obra e serviços a serem
contratados pela Administração Pública devem ser antecedidos de licitação.
Observe-se que licitações e contratos são coisas diferentes: para que os
últimos sejam firmados, as primeiras devem, em regra, ser realizadas. Assim,
licitações são o antecedente e o contrato o consequente (regra geral);
III) responsabilidade do Estado: a regra é que o Estado responde
objetivamente pelos atos provocados por seus agentes (nessa qualidade),
como estabelece o §6º do art. 37. Teremos a oportunidade de destrinchar o
tema responsabilidade no momento mais adequado;
IV) dever de probidade: determina que o agente público mantenha
conduta honesta, reta, leal, e ética;
V) participação na Administração: o §3º do art. 37 (com redação
oferecida pela EC 19/1998) estabelece que a lei disciplinará as formas de
participação do usuário na administração pública direta e indireta.
Em síntese: Os comandos do art. 37 contêm inúmeros princípios que
não foram assim chamados, por serem implícitos ou reconhecidos pelo seu
valor para ordem jurídica.

Gabarito: CERTO

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17. Comentários:
De acordo com o art. 37, caput, da CF/1988, os princípios têm aplicação
para todos os Poderes e suas administrações direta (conjunto de órgãos, por
exemplo: Ministérios) e indireta (conjunto de entidades administrativas, por
exemplo: sociedades de economia mista).

Gabarito: CERTO.

18. Comentários:
Na ADI 1.694, o STF esclareceu que os princípios gerais regentes da
Administração Pública são invocáveis de referência à administração de pessoal
militar federal ou estadual, salvo no que tenha explícita disciplina em
atenção às peculiaridades do serviço militar.

Gabarito: CERTO.

19. Comentários:
Mais um item sobre o alcance dos princípios. Visto e revisto, os princípios
são aplicáveis a todos os Poderes, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

20. Comentários:
O comando do art. 37, caput, da CF/1988 não alcança apenas as
administrações direta e indireta de todos os Poderes da República, como
também os agentes públicos integrantes, independentemente do nível de
hierarquia (do Presidente da República ao agente administrativo), daí a
correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

21. Comentários:
Essa “precedência” não tem sentido hierárquico. Não é que o princípio da
legalidade seja mais importante que os demais, mas sim que os outros
princípios devem ser interpretados à luz das leis, pois, como dito, a
Administração só pode fazer o que a lei determina ou autoriza.
Por exemplo. Os amigos concursandos devem lembrar que a expressão
regime jurídico administrativo quer significar um conjunto de regras e de
princípios, certo? E lembram, igualmente, que dois são os princípios
informadores deste regime: supremacia do interesse público e
indisponibilidade do interesse público, certo? E vimos que a
indisponibilidade do interesse público traduz a idéia de que a Administração
está submissa ao princípio da legalidade.
Portanto, se a indisponibilidade é informadora dos demais princípios e o
princípio da legalidade é sinônimo dela, chegamos à conclusão de que o
princípio da legalidade precede (vem antes!) os demais, pois comparece como
informador do regime jurídico-administrativo.

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Muito boa essa questão! E palmas ao Cespe, banca sempre capaz de nos
surpreender...

Gabarito: CERTO

22. Comentários:
Enquanto o particular age do modo que julgue mais conveniente, desde
que a lei (não apenas a Constituição) não o proíba, o agente público,
responsável por tornar concreta a missão da Administração Pública, não pode
fazer tudo o que não seja proibido em lei, e sim só o que a norma
autoriza ou determina, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

23. Comentários:
A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
ilegalidade (Súmula 473/STF – princípio da autotutela), não podendo ser
invocado o princípio da isonomia com o pretexto de se obter benefício
ilegalmente concedido a outros servidores, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

24. Comentários:
Aplicação direta da Súmula 339/STF: não cabe ao Poder Judiciário, que
não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob
fundamento de isonomia. O §1º do artigo 39 da CF/1988 é preceito dirigido ao
legislador, a quem compete concretizar o princípio da isonomia, considerando
especificamente os casos de atribuições iguais ou assemelhadas, não cabendo
ao Poder Judiciário substituir-se ao legislador, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

25. Comentários:
O princípio da legalidade tem uma dupla face, dupla aplicação. Ora
dirige-se à conduta do agente público (legalidade administrativa – caput do
art. 37), ora relaciona-se à forma de atuar dos particulares em geral
(legalidade constitucional – inc. II do art. 5º).
Porém, o alcance é distinto. Tratando-se de Administração, só é dado
fazer ou deixar de fazer o que a lei permitir ou autorizar, quando e como
(indisponibilidade); já para o particular há autonomia de vontade, faz ou
deixa de fazer tudo, desde que a lei não o proíba.
No presente quesito, a banca inverteu a aplicação, pois o agente só pode
fazer o que a lei determina. Por exemplo: por decorrência do regime jurídi-
coadministrativo se tolera que o Poder Público celebre acordos judiciais,
ainda que benéficos, sem a expressa autorização legislativa? Sonoramente
não! Só pode fazer ou deixar de fazer o que está previsto/autorizado nas leis.
Acrescento que, apesar da importância do princípio da legalidade,
existem situações em que referido postulado poderá sofrer constrições

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(afastamentos) provisórias e excepcionais, por exemplo: estado de defesa, de


sítio, e edição de Medida Provisória (esta, como sabemos, tem força de lei).

Gabarito: ERRADO

26. Comentários:
Enquanto a legalidade constitucional dirige-se aos particulares em
geral, facultando-os fazer ou deixar de fazer qualquer coisa, a não ser que a lei
expressamente os proíba, a legalidade administrativa tem aplicabilidade
para os administradores públicos, no sentido de que só podem fazer ou deixar
de fazer se a lei permitir ou autorizar, logo, incorreto o presente quesito.

Gabarito: ERRADO.

27. Comentários:
Como dito, a Administração Pública só pode agir de forma determinada
ou autorizada por lei.
No primeiro caso, tem-se a atuação vinculada à norma, com a produção
de atos dessa natureza, vinculados. Nestes, a doutrina costuma apontar que
falta liberdade ao administrador, o qual se limitaria simplesmente a cumprir o
estabelecido pela norma, de forma clara e precisa.
Noutros casos, a Administração Pública contará com certo grau de
liberdade, mais ou menos amplo, aquilo que foi convencionado chamar,
doutrinariamente, de discricionariedade administrativa. Contudo, mesmo
quando possui tal liberdade, que, em síntese, diz respeito à conveniência
(modo) e oportunidade (momento) de agir, a Administração não escapa do
dever de cumprir a lei.
De outra forma: discricionariedade não é sinônimo de
arbitrariedade, livre disposição de vontade. Discricionariedade significa,
sim, liberdade, mas com limites postos pela lei, daí a incorreção do
item.

Gabarito: ERRADO

28. Comentários:
O STF reconhece como legítima a fixação de idade (máxima e mínima,
conforme o caso), no entanto, só ganha validade quando indispensável em
razão da natureza e atribuições do cargo e quando fixado em lei e não em ato
administrativo, como, por exemplo, edital de concurso, daí a incorreção do
quesito.

Gabarito: ERRADO.

29. Comentários:
A CF/1988 traça dois tipos de reserva legal: a absoluta e a relativa. A
absoluta ocorre ao se solicitar a edição de lei formal para a regulamentação
do texto constitucional, elaborada segundo o devido processo legislativo. Já a
relativa, embora se exija edição de lei formal, garante a fixação de

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parâmetros de atuação do Poder Executivo, que pode complementá-la por ato


infralegal (edição de decreto regulamentar), daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

30. Comentários:
O texto constitucional, além da reserva legal absoluta, prevê a reserva
relativa, essa que permite ao Executivo a complementação da lei formal por
meio de atos infralegais. Assim, o Chefe do Executivo pode editar decreto
regulamentar (ato normativo) e, portanto, dar fiel cumprimento à lei,
obrigando seus destinatários, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

31. Comentários:
Por tal princípio, o tratamento conferido aos administrados em geral
deve levar em consideração não o “prestígio” por estes desfrutado, mas sim
suas condições objetivas frente às normas que cuidam da situação, tendo em
conta o interesse público, que deve prevalecer.
Para esses doutrinadores, a atuação impessoal determina uma atuação
finalística da Administração, ou seja, voltada ao melhor atendimento dos
interesses públicos. Desse modo, o princípio da impessoalidade é
sinônimo de finalidade, portanto, correto o item. Com outras palavras, a
Administração Pública não detém a faculdade (prerrogativa) de alcançar a
finalidade das normas, o cumprimento de princípios é verdadeira restrição,
sendo o princípio da finalidade inerente ao princípio da impessoalidade.

Gabarito: CERTO

32. Comentários:
Uma segunda face do princípio da impessoalidade refere-se à
circunstância de os atos praticados pelo agente serem imputados ao
órgão/entidade ao qual se vincula. A atuação do agente, em realidade, é da
própria Administração Pública.
Não se justifica, pois, que as realizações da Administração Pública gerem
louros pessoais ao agente. Evita-se, com isso, a confusão entre público e
privado.

Gabarito: CERTO

33. Comentários:
De acordo com o princípio da finalidade, o tratamento dado aos
administrados em geral deve levar em consideração não o “prestígio”
desfrutado por estes, mas sim suas condições objetivas diante das normas que
cuidam da situação, tendo em conta o interesse público, que deve prevalecer.
Por isso, o erro da questão: não há outra finalidade da Administração
que não seja a de alcançar os interesses públicos, pouco importando à
Administração o prestígio do administrado.

46
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Gabarito: ERRADO

34. Comentários:
O princípio da impessoalidade, na acepção de finalidade pública, tem
aplicações várias encontradas no texto constitucional, entre as quais, a
vedação à promoção pessoal (§1º do art. 37 da CF/1988), logo, incorre em
desvio de finalidade o administrador que usa nome, símbolo ou imagem para
se autopromover, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

35. Comentários:
A publicidade a partir de símbolos, de imagens e de nomes não pode
servir para autopromoção dos agentes, mas sempre promovida em caráter
educativo, informativo e não de cooptação (captura) social. Logo, no presente
caso, está patente a violação do princípio da impessoalidade.

Gabarito: CERTO.

36. Comentários:
De fato, ofende o princípio da impessoalidade a publicidade com uso de
símbolos, de imagens e de nomes que gere a promoção pessoal do agente
público, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

37. Comentários:
Mais um item de fixação. Dispensáveis novos comentários.

Gabarito: CERTO.

38. Comentários:
Os princípios são válidos para toda a Administração Direta e Indireta,
aqui incluídas as sociedades de economia mista e as empresas públicas, daí a
correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

39. Comentários:
Em outra interessante acepção do princípio da impessoalidade, os atos e
provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica,
mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário.
A tese é consagrada em diversos momentos da nossa atual Constituição
Federal, como, por exemplo, no art. 37, §6º, do texto constitucional, daí a
correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

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40. Comentários:
Não há, de fato, outro interesse a ser perseguido pelo administrador a
não ser o interesse público, daí a correção do quesito. Como diz a doutrina,
de acordo com a impessoalidade, é como se os administradores não tivessem
rosto e os administrados nomes e sobrenomes.

Gabarito: CERTO.

41. Comentários:
Ofende o princípio da impessoalidade, na acepção da igualdade, a
concessão de benefícios distintos a pessoas que se encontram em idêntico
patamar, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

42. Comentários:
A publicidade não é um requisito de validade, enfim, se o ato é imoral e
ilegal, não é com a publicidade que passa a ser legítimo, daí a incorreção do
quesito.

Gabarito: ERRADO.

43. Comentários:
A moralidade é princípio autônomo em relação aos demais princípios
constitucionais, logo, em havendo ofensa à moralidade, certo que o ato não
fica imune ao controle judicial. Basta ver o que diz o inc. XXXV do art. 5º da
CF/1988 para chegar a essa conclusão. Relembremos o dispositivo: a lei não
excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
Mesmo que tal conceito seja empregado em sua “acepção pura”, ou seja,
em seu sentido filosófico, entendida, portanto, como um conjunto de regras de
conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer
tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada (conceito extraído do
Dicionário Aurélio Eletrônico), estará submetido ao controle judicial, se for o
caso, daí a incorreção do item.

Gabarito: ERRADO.

44. Comentários:
A moralidade administrativa, além da ação popular – interposta por
qualquer cidadão – (art. 5º, LXXIII, da CF/1988), é reforçada pela própria
Constituição em outras passagens, como, por exemplo, nos arts. 37, §4º e 85,
V, (atos de improbidade administrativa) e 70 (princípios da legitimidade e
economicidade, dos quais irradia a moralidade).

Gabarito: CERTO.

45. Comentários:
Muito interessante esse item. A afirmação de que a probidade é um
aspecto da moralidade é correta quanto à origem do conceito.

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De acordo com o Dicionário Aurélio (eletrônico), probidade diz respeito à


integridade de caráter, honradez, ou seja, conceito estreitamente
correlacionado com o de moralidade administrativa, tal como afirmado pelo
examinador.

Gabarito: CERTO

46. Comentários:
De fato, há doutrinadores que diferenciam a probidade da moralidade
administrativa. No entanto, para o autor Diógenes Gasparini a probidade não
é distinta da moralidade, quando muito, a probidade é apenas um
particular aspecto da moralidade administrativa que recebeu da
Constituição Federal um tratamento próprio, na medida em que atribuiu ao
ímprobo a pena de suspensão dos direitos políticos.

Gabarito: ERRADO.

47. Comentários:
Excelente questão, mais uma vez, no velho e bom “estilo Cespe”.
Não há, de maneira geral, uma LEI que vede, expressamente, o
nepotismo no âmbito de todas as esferas federativas. Não obstante
prática indesejável, o nepotismo não seria, então, uma ilegalidade explícita,
por falta de lei que assim estabeleça.
Toa, além do princípio da legali dade, cabe observar e aplicar outros
princípios constitucionais na produção de atos administrativos. O nepotismo
precisa ser combatido, integrando todos os princípios constitucionais, o que,
por sorte da moralidade e da eficiência, já foi feito pelo Supremo Tribunal
Federal - STF.
Ao apreciar a Ação Declaratória de Constitucionalidade 12/2006 – ADC
12, a Corte Constitucional entendeu que o nepotismo é uma afronta a
princípios de Administração Pública constantes do art. 37 da CF/1988.
Por útil, vejamos parte da ementa do julgado de referência:
Os condicionamentos impostos pela Resolução em foco não
atentam contra a liberdade de nomeação e exoneração dos cargos
em comissão e funções de confiança (incisos II e V do art. 37).
Isto porque a interpretação dos mencionados incisos não pode se
desapegar dos princípios que se veiculam pelo caput do mesmo
art. 37. Donde o juízo de que as restrições constantes do ato
normativo do CNJ são, no rigor dos termos, as mesmas
restrições já impostas pela Constituição de 1988,
dedutíveis dos republicanos princípios da impessoalidade,
da eficiência, da igualdade e da moralidade. É dizer: o que já
era constitucionalmente proibido permanece com essa tipificação,
porém, agora, mais expletivamente positivado...
Destaco o trecho acima por deixar claro que o nepotismo é afronta
aos princípios da impessoalidade, moralidade, eficiência e igualdade.

Gabarito: CERTO

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48. Comentários:
Inicialmente, uma questão semântica – não seria, estritamente, abuso
de direito, mas sim de poder por parte da autoridade. O nepotismo é abuso de
poder, uma vez que o ato praticado pela autoridade responsável pela
nomeação para o cargo de chefia incide em desvio de finalidade, resultando no
uso de uma atribuição pública para fundir patrimônio público e privado, daí a
primeira incorreção do quesito.
A princípio, não há correlação direta entre o nepotismo e fins
econômicos, uma vez que não existe ato antieconômico. O nepotismo encontra
repúdio, porém, por razões morais, sociais, costumeiras, por assim dizer. Daí,
um segundo equívoco na questão;

Gabarito: ERRADO

49. Comentários:
Com a edição dessa Súmula Vinculante 13, a regra do nepotismo, antes
só existente no Poder Judiciário (Resolução do CNJ), foi estendida para
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas (o que a
doutrina chama de nepotismo cruzado).
No entanto, duas exceções à Súmula merecem destaques.
A primeira diz respeito aos servidores já admitidos via concurso
público, os quais, na visão do STF, não podem ser prejudicados em razão do
grau de parentesco, inclusive porque tais servidores passaram por rigorosos
concursos públicos, tendo, portanto, o mérito de assumir um cargo de chefia,
de direção. Se entendêssemos diferente disso, alguns servidores seriam
punidos eternamente, apesar de competentes para galgarem postos mais
elevados.
A segunda exceção foi cobrada pelo Cespe na presente questão. Na
Reclamação 6650 – PR, o STF reafirmou seu posicionamento no sentido de que
a Súmula 13 não se aplica às nomeações para cargos de natureza
política (Secretário Estadual de Transporte, no caso da decisão). Percebam
que o cargo ocupado por Aristóteles é de Secretário de Estado de Obras,
enfim, de natureza política, não sendo, portanto, o caso de se aplicar o
entendimento sumulado pelo STF, daí a correção do item.

Gabarito: CERTO

50. Comentários:
Com base no princípio da eficiência, da moralidade, e em outros
fundamentos constitucionais, o STF, por meio da Súmula Vinculante 13,
entendeu que viola a Constituição a nomeação de cônjuge, companheiro ou
parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau,
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta, portanto, correto o quesito.

Gabarito: CERTO.

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51. Comentários:
Mais uma aplicação direta da Súmula Vinculante 13 do STF, daí a
incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

52. Comentários:
Excelente quesito! O cargo de Secretário de Fazenda é político, no
entanto, o cargo de assessor do Secretário é administrativo, logo, há
incidência do nepotismo. E viva ao Cespe!

Gabarito: CERTO.

53. Comentários:
Com a edição da Súmula Vinculante 13, o STF estendeu a vedação ao
nepotismo para além do Poder Judiciário, sendo aplicável a toda Administração
direta e indireta de todos os Poderes, em matéria de contratação de pessoal. A
presente Súmula só faz reafirmar o entendimento do STF: a vedação ao
nepotismo (prescinde) não exige edição de lei formal, visto que a proibição é
extraída diretamente dos princípios constitucionais que norteiam a atuação
administrativa, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

54. Comentários:
Apesar de a doutrina apontar que membros dos Tribunais de Contas são
agentes políticos, o STF, em recente julgado, entendeu que não passam de
agentes administrativos, uma vez que exercem a função de auxiliares do
Legislativo (esses sim políticos). Na ocasião, foi feita uma diferenciação entre
cargos administrativos, criados por lei, e cargos políticos, como secretarias de
estado, exercidos por agentes políticos. No primeiro caso, a contratação de
parentes é absolutamente vedada. No segundo, ela pode ocorrer a não ser que
fique configurado o nepotismo cruzado, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

55. Comentários:
No REsp 713537/STJ, houve o entendimento de que a contratação de
assessores informais para exercerem cargos públicos sem a realização de
concurso público se amolda à conduta prevista no art. 11 da Lei de
Improbidade, revelando autêntica lesão aos princípios da impessoalidade e da
moralidade administrativa. Na visão do STJ, trata-se de uma situação não só
irregular, mas de uma ilegalidade exuberante, porquanto criada à margem da
lei, em que se atribui a terceiros a condição de agentes do Poder Público ou da
Administração, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

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56. Comentários:
Ainda que se trate de conceitos concêntricos (origem no mesmo
conceito: a conduta), moralidade e legalidade distinguem-se: cumprir
aparentemente a lei não implica necessariamente a observância da
moral.

Gabarito: ERRADO

57. Comentários:
A autopromoção do agente, além da impessoalidade, é ofensiva
igualmente ao princípio da moralidade, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

58. Comentários:
Imagine-se que um servidor da Receita Federal passe a namorar a filha
do Ministro da Fazenda, que é muito ciumento. Tão logo descobre o
relacionamento, o Ministro remove o servidor, transferindo-o para um distante
rincão de nosso país, no intuito de separar o casal. Pergunta-se: a conduta da
autoridade seria legal? A princípio, sim. Toa, no aspecto do
comportamento esperado da autoridade, o ato não se alinharia à moral, daí
porque deveria ser anulado, uma vez que conteria um desvio de finalidade, ou
seja, praticado visando fins outros, que não o interesse público.

Gabarito: CERTO.

59. Comentários:
A questão é bem interessante, vejamos. O servidor “X” é dono de
restaurante, para tanto, no lugar de empregar particulares, contrata parentes
próximos. Pergunto: houve ofensa à moralidade administrativa e a moralidade
comum? Obviamente que não, no presente caso, sua conduta particular em
nada denigre a imagem como servidor da Administração.
Agora, o servidor “X”, ao chegar a casa, bate em seu filho, em razão de
pirraças sucessivas. Pergunto: há ofensa a moralidade administrativa e a
comum? Logicamente que a moralidade comum fica afetada, o que não implica
dizer que o servidor deixará de ser um bom administrador, portanto, evidência
de que a moralidade comum nem sempre atingirá a administrativa, o que
significa dizer que a moralidade administrativa nem sempre coincide
com a moralidade comum.
Por fim, o servidor “X” contrata um parente para assumir um cargo
comissionado. Pergunto: a moralidade administrativa e a moralidade comum
ficam ofendidas? Nesse caso sim, isso porque os cidadãos, em geral, entendem
como sendo imoral o favorecimento de parentes (nepotismo), sendo,
igualmente, prática repelida internamente (por ofensiva à moralidade
administrativa), portanto, determinados comportamentos administrativos
ofensivos à moral comum podem mesmo ensejar a invalidação do ato.
Com outras palavras, o princípio da moralidade administrativa se vincula
a uma noção de moral jurídica, que não se confunde, necessariamente, com
a moral comum. Por isso, é pacífico que a ofensa à moral comum pode vir a

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implicar, a depender da situação concreta, ofensa ao princípio da


moralidade administrativa.

Gabarito: CERTO.

60. Comentários:
Ainda que legalidade e moralidade sejam conceitos que não se
confundem, ambos podem dar vazão à apreciação de um ato administrativo
pelo Poder Judiciário.
Uma das teorias que permitem o controle judicial do ato administrativo
sob o aspecto da moralidade é a do desvio de finalidade (ou de poder). Um ato
administrativo praticado visando a fins outros que não-públicos constitui abuso
de poder, devendo, portanto, ser anulado.
Vício de finalidade, ausentes outras informações, é vício que determina a
anulação do ato. Nesse sentido, exemplificativamente, devem ser anuladas a
remoção de servidor feita com caráter punitivo e a licitação realizada somente
para atender interesses de determinados fornecedores “próximos” do governo
etc.

Gabarito: ERRADO

61. Comentários:
Para a edição da Súmula Vinculante 13, responsável pela vedação ao
nepotismo direto e cruzado (mediante designações recíprocas), o STF se
baseou em princípios como da impessoalidade, da moralidade e da eficiência,
afinal de contas, o encaixe de parente no funcionalismo público, além de
imoral e pessoal, pode acarretar baixo rendimento funcional, porque a escolha
costuma não se pautar no mérito, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

62. Comentários:
Nesse caso concreto, há sim ofensa ao princípio da impessoalidade,
especialmente porque as provas já foram realizadas, daí a incorreção da
alternativa.

Gabarito: ERRADO.

63. Comentários:
O aumento de salário do funcionalismo não é ofensivo à intimidade ou à
honra ou à imagem, de tal sorte que o Estado tem o dever de dar visibilidade
mais ampla, por meio de Diário Oficial ou/e Jornais contratados com essa
finalidade, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

64. Comentários:
As nomeações para cargos comissionados podem ser publicadas tão-
somente nos boletins internos. No entanto, apesar de cumprido o princípio da

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publicidade, há ofensa à moralidade, mas especialmente à vedação à prática


do nepotismo.

Gabarito: CERTO

65. Comentários:
A publicidade não é elemento de formação do ato, mas sim
requisito de sua moralidade e eficácia, entendida esta última como aptidão
do ato para produção dos seus efeitos.

Gabarito: ERRADO.

66. Comentários:
A publicidade é da essência da República, que demanda transparência, a
divulgação oficial dos atos, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

67. Comentários:
O princípio da publicidade vai ao encontro da democracia, permitindo o
controle da gestão, trazendo às claras o que é feito da coisa pública. A
transparência, portanto, é um dos fins objetivados por intermédio do princípio
da publicidade, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

68. Comentários:
Ainda que a publicidade (não a publicação) seja um princípio para os
atos da Administração Pública, não se reveste de caráter absoluto,
encontrando exceções no próprio texto da CF/1988.
Por todo o exposto, sem dúvida, errada a questão, haja vista que nem
sempre será necessária a divulgação dos atos administrativos para
cumprimento do princípio da publicidade.

Gabarito: ERRADO

69. Comentários:
Há exceções ao dever de a Administração tornar públicos seus atos,
desde que assim necessário. Nesse sentido, a CF/1988 estabelece no inc.
XXXIII do art. 5º:
“todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado”.
Outro dispositivo do texto constitucional que permite certa restrição à
necessidade de a Administração dar publicidade a seus atos é o inc. LX do art.
5º, com a seguinte redação: a lei só poderá restringir a publicidade dos atos

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processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.


Daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

70. Comentários:
Há situações que, quando ocorridas, exigem o devido sigilo, como, por
exemplo, os assuntos atinentes à segurança da sociedade e do Estado (art. 5º,
XXXIII, da CF/1988), daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

71. Comentários:
Não será necessária a publicação de todos os atos administrativos para
que seja atendido o principio da publicidade. Assim, a indispensável publicação
do Diário Oficial... é o primeiro erro na questão.
Afora isso, a publicidade não é, estrito senso, um requisito de validade
dos atos administrativos, mas sim de sua eficácia, ou seja, para que um ato
possa produzir efeitos (tornar-se eficaz), em regra, deverá ser publicado. Vale
aqui novamente realçar: para a regra (de publicar), teremos exceções.

Gabarito: ERRADO

72. Comentários:
Publicidade não se confunde com publicação, sendo a publicação apenas
um dos meios de se dar cumprimento à primeira. De fato, é possível atender
ao princípio da publicidade mesmo sem publicação do ato administrativo,
entendida esta como divulgação do ato em meios da imprensa escrita, como
diários oficiais ou jornais contratados com essa finalidade. Conclui-se,
portanto, que podem existir outras formas de se cumprir com a publicidade,
mesmo que não haja publicação do ato, por exemplo, nos municípios em que
não exista imprensa oficial, admite-se a publicação dos atos por meio de
afixação destes na sede da prefeitura ou da câmara de vereadores.

Gabarito: CERTO.

73. Comentários:
A publicidade tanto pode ser geral como restrita. A geral é aquela
promovida pela Administração mediante a publicação em meios oficiais (diários
e jornais contratados), já a restrita é garantida, por exemplo, a partir da
expedição de certidões pela Administração, exatamente porque as informações
antes não tinham sido objeto de publicação, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

74. Comentários:
Este item é mais “curioso” do que complexo.
A forma de cumprimento do dever (princípio) de publicização vem
contida em norma (regra geral). Todavia, não há norma que indique ser a

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divulgação na Voz do Brasil (aquele programa radiofônico das 19 horas)


suficiente para atendimento do princípio da publicidade.
Apesar de a Voz do Brasil poder levar ao conhecimento da população o
que tem sido feito no âmbito dos três Poderes da União, a divulgação no citado
programa de rádio é insuficiente para observância do princípio da publicidade
oficial, ainda que contribua para o conhecimento do ato pela sociedade.
Nesse sentido, inclusive, é a jurisprudência do STF a respeito do assunto.

Gabarito: ERRADO

75. Comentários:
Para saber quais os atos necessitam ser publicados, deve-se vasculhar o
instrumento básico orientador da atuação do Estado: a lei. Na falta de
disposição legal específica, a regra é que atos externos ou internos (com
efeitos externos), por alcançarem particulares estranhos ao serviço público,
devam ser divulgados por meio de publicação em órgão oficial (diários oficiais).
Já atos com efeitos internos dos órgãos/entidades administrativos também
necessitam ser divulgados, mas não demandam publicação em diários oficiais,
daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

76. Comentários:
Os atos com efeitos internos não precisam de publicação nos diários
oficiais, por isso, muitos órgãos acabam criando boletins internos, cuja função
principal é exatamente dar publicidade aos atos internos da instituição, daí a
incorreção do quesito

Gabarito: ERRADO.

77. Comentários:
O incremento de produtividade e de economia de recursos públicos tem
estreita ligação com princípio da eficiência, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

78. Comentários:
Os valores da eficiência, a relação custo versus benefícios e a qualidade
dos serviços, com o cidadão tomado como cliente, ganham relevo. Por isso,
está correta a questão quando afirma que a eficiência traduz a ideia de
uma Administração Gerencial.

Gabarito: CERTO

79. Comentários:
A eficiência é, entre os princípios, o mais “moderno” da Administração, a
qual já não se contenta em apenas dar cumprimento estrito à norma, mas
exige de si resultados positivos para os serviços que presta, atendendo de
forma satisfatória aos cidadãos destinatários das ações públicas, que deixam

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de ser vistos como meros contribuintes e passam a ser reconhecidos como


clientes. Essa noção de “cidadão-cliente” é um dos principais valores da Nova
Administração Pública (ou Administração Gerencial), daí a incorreção do
quesito.

Gabarito: ERRADO.

80. Comentários:
Com a Emenda Constitucional n. 19/1998 (Reforma Administrativa),
houve a inserção expressa do princípio da eficiência no comando do art. 37 da
CF/1988, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

81. Comentários:
Com a Reforma Administrativa (de natureza gerencial), houve a inserção
do princípio da eficiência ao lado da legalidade, impessoalidade, moralidade e
publicidade, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

82. Comentários:
A eficiência é um dos princípios aplicáveis à Administração Pública (caput
do art. 37 da CF/1988). De acordo com tal postulado, pouco importa se a
atividade da administração é interna ou externa. É necessário,
invariavelmente, que se atue com eficiência. Logo, errado o item, por
limitar tal princípio a serviços prestados à coletividade.

Gabarito: ERRADO.

83. Comentários:
Os princípios são de alcance para todos os Poderes. Ora, a eficiência é
um princípio, logo, aplicável ao Legislativo e ao Judiciário, daí a incorreção
do quesito.

Gabarito: ERRADO.

84. Comentários:
O princípio (ou dever) correto não é da continuidade, mas sim da
eficiência, o qual se impõe a toda Administração Pública (art. 37, caput, da
CF/1988). Parte da doutrina entende que, caso atue eficientemente, o agente
público exercerá suas atribuições com perfeição, rendimento funcional,
rapidez, em síntese, deve ser eficiente. De fato, o que temos é uma
conjugação de fatores. Assim, não adianta o servidor ser rápido, se não
alcança a perfeição (fazer duas vezes não é ser eficiente); não adianta ter
ótimo rendimento funcional, se demora três anos para concluir o
trabalho; e não adianta ser perfeito, se do trabalho efetuado não decorre
qualquer utilidade.

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Gabarito: ERRADO.

85. Comentários:
Forçou a amizade. O princípio da eficiência não é sinônimo de
moralidade.

Gabarito: ERRADO.

86. Comentários:
Para o alcance da propalada eficiência, a Administração Pública, por
razões óbvias, deve buscar alterações em sua própria estrutura. Nesse sentido,
pode ser citado o §3º do art. 37 da CF/1988, o qual dispõe que a lei
disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente as reclamações relativas à
prestação dos serviços públicos em geral (...).

Gabarito: CERTO.

87. Comentários:
Nos termos do REsp 687947/STJ, ao processo administrativo devem ser
aplicados os princípios constitucionais do art. 37 da CF/1988, sendo dever da
Administração Pública pautar seus atos dentro dos princípios constitucionais,
notadamente pelo princípio da eficiência, que se concretiza também pelo
cumprimento dos prazos legalmente determinados. Legítimo o pagamento de
indenização, em razão da injustificada demora na concessão da aposentadoria,
daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

88. Comentários:
O princípio da eficiência poderia ser resumido como o do “cobertor
curto”: é cabeça ou pé! Não há recursos ilimitados. É preciso aperfeiçoar as
escolhas da Administração, é dizer, ampliar as quantidade e qualidade das
atividades prestadas pela Administração, em contrapartida à redução de
custos, daí a incorreção do quesito.
Inclusive, em sede de controle de constitucionalidade, a não-
observância da eficiência pode acarretar a declaração de inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo que deixe de observá-lo.

Gabarito: ERRADO.

89. Comentários:
O examinador quis “pregar uma peça”: é clássica a afirmação de que não
cabe ao Poder Judiciário adentrar o mérito da decisão administrativa, sob pena
de “fazer ruir” o sistema de separação de poderes, consagrado na CF/1988
(art. 2º).
Apesar disso, não quer dizer, sobremaneira, que o Judiciário estaria
afastado de exercer o controle amplo, como mencionado na questão, aos atos

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da Administração, em especial, se, no uso de uma suposta


“discricionariedade”, o administrador agisse de forma abusiva, arbitrária.
No caso examinado, a banca indica que a Administração praticou um ato
desviando de sua finalidade ampla, isto é, do cumprimento dos interesses
públicos, o que dá legitimidade para que o órgão judicial exerça o controle sob
tal ato.

Gabarito: CERTO

90. Comentários:
Mesmo que não provocada, a Administração poderá instaurar um
processo administrativo, desde que entenda necessário. Por isso, como no item
em análise, um documento apócrifo (anônimo), em casos concretos, poderá
dar início a um processo administrativo, ainda que tal processo não seja
constituído a partir do expediente anônimo. Afinal de contas, nos processos
administrativos prevalece a busca da verdade real, assim entendida
como aquela que se levanta dos fatos efetivamente ocorridos, ainda que não
constantes formalmente de um processo administrativo, por exemplo.
Dessa forma, ainda que a comunicação citada no item que
examinamos tenha sido anônima, poderia (e até deveria) o órgão
recebedor instaurar um procedimento de ofício, visando ao esclarecimento dos
fatos. A vedação ao anonimato, portanto, pode ser relativizada, em
casos específicos, a bem da preservação do interesse público.

Gabarito: CERTO

91. Comentários:
Não há dúvida de que, há tempos, o princípio da proporcionalidade é
reconhecido pela doutrina como um dos orientadores da atuação
administrativa. Toa, o referido prin cípio não mais permanece implícito em
nossa ordem jurídica, uma vez que textualmente previsto no art. 2º da Lei n.
9.784/1999 (Lei de Processo Administrativo Federal), daí a incorreção do
quesito.

Gabarito: ERRADO

92. Comentários:
O princípio da razoabilidade exige a adequação entre meios e fins, pelo
que não estaria incorreto, numa prova de concurso, afirmar-se que o princípio
da proporcionalidade está contido, ou é uma decorrência da razoabilidade,
como o faz parte da doutrina brasileira. Para que um ato da administração seja
entendido como legítimo, deve, dentre outras coisas, ser razoável e
proporcional. Apesar de tais princípios acharem-se expressos na Lei
9.784/1999, acham-se implícitos no texto constitucional, daí a incorreção do
quesito.

Gabarito: ERRADO.

93. Comentários:

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O número de cargos e de funções de confiança deve ser o mínimo


necessário para o bom exercício da atividade administrativa, sob pena de
configurar-se ato ilegal. Na visão do STF, os cargos em comissão e as funções
de confiança não podem servir para o exercício de funções meramente técnicas
sob pena de burlar o princípio do concurso público. Configura-se, portanto,
medida absolutamente inadequada e que fere a proporcionalidade, daí a
incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

94. Comentários:
Quanto às causas, aos motivos e à finalidade, não há qualquer vedação
de exame pelo Poder Judiciário. Tais critérios de aferição não interferem no
mérito administrativo, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

95. Comentários:
Na visão do STF, cláusula que determina que conste nos comunicados
oficiais o custo da publicidade veiculada é desproporcional e desarrazoada,
tendo-se em vista o exagero dos objetivos visados, sendo ofensa, ainda, ao
princípio da economicidade, afinal de contas, existem outros veículos para que
os cidadãos tenham acesso às informações, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

96. Comentários:
A proporcionalidade/razoabilidade pode ser traduzida como a
adequabilidade entre os meios utilizados e os fins pretendidos –
princípio da vedação de excesso. Se a conduta do Administrador não
respeita tal relação, será excessiva, portanto, desproporcional/desarrazoada,
daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

97. Comentários:
A motivação é desejável, mesmo quando não-obrigatória, uma vez que
possibilita à própria coletividade acompanhar as razões que levam a
Administração a agir. Só com a exposição dos motivos da prática dos atos
administrativos será dada tal oportunidade. Isso ampara, portanto, a
afirmativa do examinador quanto à democracia.

Gabarito: CERTO

98. Comentários:
Com a motivação serão tornados públicos os motivos (pressupostos de
fato e de direito), o que garante o cumprimento do princípio da
publicidade, também proporcionando a um eventual prejudicado pelo ato
praticado pela Administração, a possibilidade de contraditar a decisão. Assim,

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de forma geral, a validade do ato administrativo depende do caráter prévio ou


da concomitância da motivação pela autoridade que o proferiu com relação ao
momento da prática do próprio ato.

Gabarito: CERTO.

99. Comentários:
O ato sem motivação, embora existente, é inválido quanto ao
elemento forma. O administrador pode se utilizar de dois tipos de motivação:
a contextual (produção de texto com a exposição dos pressupostos de fato e
de direito) e a aliunde (quer dizer ‘de outro lugar’). Essa última (aliunde)
ocorre quando o administrador se reporta a decisões anteriores (pareceres) ou
a outros documentos (laudos), daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

100. Comentários:
Apesar de a CF/1988 manter implícito o princípio da motivação para a
Administração Pública. O mesmo não ocorre com o Poder Judiciário, para o
qual a motivação é princípio expresso, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

101. Comentários:
A Constituição não exige expressamente do administrador a motivação
como princípio, daí a incorreção do quesito. No entanto, para as decisões
levadas a efeito no âmbito do Poder Judiciário, a necessidade de motivação
é expressa na CF/1988. Vejamos o inc. X do art. 93 da CF/1988:
As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em
sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria
absoluta de seus membros.
Portanto, a motivação, hoje, não é um princípio absolutamente implícito
no texto constitucional. Mas seu registro constitucional expresso diz respeito às
decisões dos Tribunais Judiciais e, igualmente, do Ministério Público (art. 129,
§4º, da CF/1988), não sendo diretamente relacionado, portanto, aos
administradores públicos.

Gabarito: ERRADO.

102. Comentários:
Proporcionalidade – adequação entre meios e fins, vedada a imposição
de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente
necessárias ao atendimento do interesse público.
Motivação – indicação dos pressupostos de fato e de direito que
determinem as suas decisões.

Gabarito: CERTO.

103. Comentários:

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Por esse e por outros itens é que o Cespe é admirável. Prima por exigir
do candidato conhecimentos a respeito do sistema jurídico, e não aquele
conhecimento “decoreba”. A modulação temporal é uma técnica que vem
sendo utilizada pelo STF já há algum tempo. Regra geral, quando a Corte
Constitucional declara a inconstitucionalidade de um ato estatal, o faz com
efeitos ex tunc, isto é, retroativos à data de sua ocorrência. Apesar disso, o
STF tem reconhecido, excepcionalmente, a possibilidade de proceder à
modulação ou limitação temporal dos efeitos da declaração de
inconstitucionalidade, oferecendo a decisão efeitos ex nunc ou pro futuro, em
nome, obviamente, entre outros, do princípio da segurança jurídica.

Gabarito: CERTO

104. Comentários:
O longo decurso de tempo acaba por incutir no administrado o direito de
permanência do ato. No caso concreto, além do princípio da confiança e da
boa-fé, pode o administrado utilizar como fundamento de defesa o princípio da
segurança jurídica.

Gabarito: CERTO.

105. Comentários:
Não há hierarquia entre princípios, ou seja, no caso concreto, pode o
princípio da segurança jurídica prevalecer sobre a legalidade. Evidência da
preponderância da segurança jurídica, em casos concretos, pode ser
visualizada na Lei 9.784/1999, art. 54. Esse dispositivo veda que, depois de
cinco anos, a Administração anule seus atos, enfim, a legalidade foi vencida
pela segurança jurídica.

Gabarito: CERTO.

106. Comentários:
Fixação. A segurança jurídica pode prevalecer sim, em certas hipóteses,
sobre a legalidade. E mais: o STF vem-se utilizando da técnica da modulação
temporal, como decorrência da segurança jurídica, daí a incorreção do
quesito.

Gabarito: ERRADO.

107. Comentários:
A resposta imediata a partir da leitura da Súmula Vinculante 3 seria a de
que o TCU pode dispensar a convocação do aposentado. Contudo, em recentes
decisões, o STF vem orientando o chamamento do terceiro prejudicado, se
entre a aposentadoria e o momento do registro pelo TCU distar mais de
cinco anos, garantindo-se então o contraditório e a ampla defesa.

Gabarito: CERTO.

108. Comentários:

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O princípio da boa-fé não está expresso no texto constitucional, e


honestidade e lealdade formam o aspecto objetivo, daí a incorreção da
alternativa.

Gabarito: ERRADO.

109. Comentários:
Os atos de improbidade podem importar em (§4º do art. 37 da
CF/1988): - suspensão dos direitos políticos; - perda da função pública; -
indisponibilidade dos bens; e - ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei. O grifo é para que os amigos notem que as punições
decorrentes dos atos de improbidade deverão ser graduadas, na forma
prevista em Lei.
A proporcionalidade das penas vale não só para as condutas
caracterizadas como ímprobas, mas para toda sorte de punições a serem
aplicadas em nossa ordem jurídica, as quais, portanto, precisam ser “dosadas”
de acordo com a gravidade da conduta do infrator, daí a correção do
quesito.

Gabarito: CERTO

110. Comentários:
O princípio da razoabilidade não é maior que o da legalidade e vice-
versa, aparentes contradições serão resolvidas com base no valor. De
acordo com a Súmula 686 do STF, só por lei se pode sujeitar a exame
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público, logo, não cabe ao
Poder Judiciário deixar de exigir a realização de psicotécnico, daí a incorreção
do quesito.

Gabarito: ERRADO.

111. Comentários:
De acordo com o STF, a lei do cargo pode fixar a exigência de exame
psicotécnico, sendo pautado em critérios objetivos e sujeito a reexame.

Gabarito: CERTO.

112. Comentários:
O devido processo legal, com a aplicação dos princípios do contraditório e
da ampla defesa, é imposto à Administração caso queira tornar sem efeito ato
administrativo que já tenha repercutido na esfera patrimonial do administrado,
daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

113. Comentários:
A teoria do fato consumado relaciona-se certamente com o princípio da
segurança jurídica, isso porque serve para consolidar situações ilegais em
razão do decurso de prazo, ainda que menor que os prazos decadenciais e

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prescricionais, tudo em nome da dignidade da pessoa humana, da boa-fé, da


confiança. No entanto, por se referir a direito adquirido e a ato consumado, é
matéria constitucional, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

114. Comentários:
Entre as aplicações do princípio da continuidade, destacam-se: a
restrição ao direito de greve, a suplência, a não-oposição à exceção do
contrato não-cumprido, e, finalmente, a ocupação provisória, daí a correção
do quesito.

Gabarito: CERTO.

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TESTE DE APRENDIZADO

Abaixo, um mimo para os amigos. O gabarito só será divulgado na aula


do dia 8! Ah! Postaremos, igualmente, o gabarito, ok?

Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir.

1. (2010/CESPE/INSS/Médico) Povo, território e governo soberano são


elementos do Estado. (Certo/Errado)

2. (2010/CESPE/TER-BA/Analista) A União, os estados, o Distrito Federal e os


municípios são pessoas jurídicas de direito público interno. (Certo/Errado)

3. (2010/CESPE/INSS/Médico) O sistema administrativo ampara-se,


basicamente, nos princípios da supremacia do interesse público sobre o
particular e da indisponibilidade do interesse público pela administração.
(Certo/Errado)

4. (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A administração pública, no exercício do ius


imperii, subsume-se ao regime de direito privado. (Certo/Errado)

5. (2010/CESPE/INSS/Médico) Segundo a Escola Legalista, o direito


administrativo pode ser conceituado como o conjunto de leis administrativas
vigentes em determinado país, em dado momento. (Certo/Errado)

6. (2010/CESPE/INSS/Médico) A jurisprudência não é fonte de direito


administrativo. (Certo/Errado)

7. (2010/CESPE/BASA/Técnico) Os princípios da moralidade, da legalidade, da


publicidade, da eficiência e da impessoalidade, estipulados pelo texto
constitucional, somente se aplicam à legislação administrativa referente à
administração pública no âmbito federal, com desdobramentos na
administração direta, na indireta e na fundacional. (Certo/Errado)

8. (2010/CESPE/ANEEL/Analista) O princípio da moralidade administrativa


tem existência autônoma no ordenamento jurídico nacional e deve ser
observado não somente pelo administrador público, como também pelo
particular que se relaciona com a administração pública. (Certo/Errado)

9. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da publicidade


se verifica sob o aspecto da divulgação externa dos atos da administração, não
propiciando o conhecimento da conduta interna dos agentes públicos.
(Certo/Errado)

10. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A licitação e o concurso


público são, no Brasil, os dois principais instrumentos de impessoalidade,
eficiência e, ao mesmo tempo, de igualdade de condições na garantia da
profissionalização da atividade administrativa. (Certo/Errado)

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11. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da


impessoalidade implica, para a administração pública, o dever de agir segundo
uma racionalidade comunicativa. (Certo/Errado)

12. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da


impessoalidade, se aplicado de forma indiscriminada, provocará
disfuncionalidade administrativa. (Certo/Errado)

13. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A aplicação do princípio da


impessoalidade pode redundar em desigualdade e(ou) discriminação por não
considerar as especificidades de cada caso. (Certo/Errado)

14. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A meritocracia, empregada


na administração pública como forma de avaliação de desempenho, é
incompatível com a impessoalidade administrativa. (Certo/Errado)

15. (2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) Acerca dos princípios constitucionais,


assinale a opção correta.

A A atuação administrativa dos integrantes do setor público deve ser pautada


pela existência de uma permissão legal. Assim sendo, o princípio explicitado na
CF hierarquicamente definido como mais importante é o da legalidade, pois é
um princípio norteador das ações públicas.

B Entendendo que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza” (CF, art. 5, caput), determinado órgão público, responsável pela
fiscalização de tributos, estará adequadamente respaldado pelo princípio da
impessoalidade ao instituir fila única aos atendimentos à comunidade, não
dando diferenciação de atendimento aos cadeirantes, gestantes, idosos etc.

C Se determinado ato administrativo for analisado e categorizado como ilegal e


imoral, haverá redundância nessa categorização, pois, de acordo com os
princípios constitucionais, todo ato imoral é necessariamente um ato ilegal,
sujeito ao controle do Poder Judiciário.

D A publicidade dos atos administrativos é requisito de sua eficácia, sua forma


e sua moralidade, propiciando ao gestor público a transparência em suas
atuações e possibilitando aos administrados a defesa de seus direitos.

E O princípio da finalidade, explicitado no art. 37 da CF, define que, se o gestor


público praticar atos fora dos fins expressa ou implicitamente contidos na regra
de competência, praticará desvio de finalidade. E se tal ato atentar contra os
princípios da administração pública ao visar fim proibido em lei ou demais
normas, constituirá ato de improbidade administrativa.

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TEMAS PARA A PROVA DISCURSIVA


Como dissemos, o nosso curso não abarca a correção dos temas
sugeridos. Com essa finalidade (de maior detalhamento e abrangência de
disciplinas), os amigos podem se guiar pelo curso já lançado dos amigos Luiz
Henrique e no Oliveira, do qual o Cyonil também faz parte.
Vamos à primeira rodada de temas. Os temas são ótimos guias de
estudo.
Ah! Na aula que vem, além de novos temas, traremos comentários
teóricos, bem como o feedback das dissertações.
TEMA 1
(2008/FGV – TCM – Procurador) No Brasil, há duas correntes quanto à
natureza das decisões proferidas pelos Tribunais de Contas. Discorra sobre a
argumentação doutrinária de cada uma delas.
Extensão máxima: 20 linhas.

TEMA 2
(Inédita) O controle parlamentar ou legislativo, no Brasil, de natureza externa,
é exercido de forma direta ou indireta, nos termos da Constituição. O controle
parlamentar direto (ou político) é desempenhado pelos órgãos legislativos ou
por comissões parlamentares, sob os aspectos de legalidade e de
conveniência. Por sua vez, o controle parlamentar indireto (ou contábil-
financeiro) é efetuado pelos Tribunais de Contas, sob o aspecto de legalidade,
legitimidade e economicidade.
No Brasil, o controle legislativo indireto, no âmbito da União, é realizado
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, o qual, apesar de órgão não
integrante do Poder Judiciário, pode editar Regimento Interno, pode julgar as
contas dos responsáveis, pode aplicar penalidades.
Discorra objetivamente sobre o papel dos Tribunais de Contas,
abordando, necessariamente, os seguintes tópicos:
a) Poder regulamentar dos Tribunais enquanto fonte do Direito
Administrativo;
b) Formação de coisa julgada administrativa;
c) Sindicabilidade das decisões dos Tribunais de Contas (fundamento).
Extensão máxima: 20 linhas.

TEMA 3
(Inédita) O controle das atividades de gestão e aplicação dos recursos
financeiros auferidos pelo Estado é imprescindível para assegurar que sejam
eles corretamente vertidos em benefício da população, sem desperdícios e
desvios indevidos, em conformidade com o ordenamento jurídico e os anseios
da sociedade.
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Nesse contexto, exsurge a relevância dos Tribunais de Contas, a quem


compete diversas ações afetas à fiscalização contábil, financeira e
orçamentária dos entes e gestores públicos. Sua atuação, diante das
constantes inovações da sociedade da informação e da complexidade das
relações travadas no seio social, demanda os correspondentes avanços, para
que seja impregnada de maior celeridade, objetividade e eficiência.
O poder cautelar, consubstanciado na adoção de medidas urgentes
dirigidas à garantia da utilidade de futura manifestação e a evitar perecimento
de direitos, revela-se instrumento deveras profícuo ao Poder Judiciário no
exercício de seu mister, no qual se insere o controle externo sob o viés
jurisdicional.
Na esfera de atribuições dos Tribunais de Contas e diante do cenário
atual, um questionamento em especial tem rendido ensejo a debates entre os
estudiosos: pode o Tribunal de Contas exarar legitimamente pronunciamento
de natureza cautelar?
Bernardo Alves da Silva Júnior. Procurador da Fazenda Nacional. É bacharel em Direito e especialista em
Direito Processual pela Universidade Federal do Piauí.
Tendo o texto caráter motivador, responda, objetivamente, sobre a
tutela cautelar e a sua adoção no âmbito das Cortes de Contas, abordando,
necessariamente, os seguintes tópicos:
a) Os Tribunais de Contas e a relevância de sua missão constitucional;
b) Controle Externo e o momento do seu exercício;
c) Teoria dos Poderes Implícitos.
Extensão máxima: 20 linhas

TEMA 4
(Inédita) Lei estadual do Estado “X” dispõe que compete ao Tribunal de Contas
o registro prévio dos contratos celebrados entre os particulares e a
Administração Pública. Sabendo ao Tribunal de Contas da União não foi
outorgada referida competência pela CF/1988, responda, objetivamente, se a
Lei Estadual é constitucional, indicando, em todo caso, na linha de
argumentação, os fundamentos jurídico-constitucionais a favor ou contra a
constitucionalidade, conforme o caso.
Extensão máxima: 20 linhas

Abraço a todos,
Cyonil Borges (Seano’neal), Elaine Marsula ou Lanlan, e Sandro
“Maranhão”.

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TESTE DE APRENDIZADO
Como prometido, seguem os comentários do primeiro teste de
aprendizado.
Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir.
1. (2010/CESPE/INSS/Médico) Povo, território e governo soberano
são elementos do Estado. (Certo/Errado)
Comentários:
Apesar de o conceito de Estado variar conforme o tempo e o
espaço, alguns elementos (constitutivos) costumam ser constantes: o
humano, o geográfico, e o político-administrativo. Com outras
palavras, e respeitadas as posições doutrinárias divergentes, a
figura do Estado só se faz presente a partir da constituição, nessa
ordem, por um povo, por um território, e por um governo
soberano.
Sinteticamente, cada um desses pode assim ser definido:
POVO é elemento humano, a base DEMOGRÁFICA.
TERRITÓRIO são os limites do Estado, sua base
GEOGRÁFICA.
GOVERNO SOBERANO diz respeito ao elemento condutor,
responsável pela organização do Estado, afinal, não há Estado real
sem soberania!
Ao lado desses, há (bons) autores que acrescentam o
elemento finalidade como informador do Estado (verdadeiro
elemento teleológico – leia-se: finalístico), como nosso Afonso
da Silva. Afinal, não se pode pensar a figura do Estado sem um
projeto para o futuro. A leitura do art. 3º do texto constitucional
esclarece bem esse sentido, ao enumerar as normas
constitucionais programáticas.
Além disso, oportuno registrar, tentando evitar as velhas e boas
“pegadinhas” do Cespe, que a uniformidade linguística não é
elemento de formação dos Estados, apesar de excelente para que se
dê identidade a um povo e facilite a formação de um grande Estado.
Nosso país, por exemplo, é de grande extensão territorial,
sendo a integração bastante facilitada por conta da presença de um
único idioma, o português. De outro lado, há países em que se fala
mais de um idioma e nem por isso deixam de ser vistos como Estado.
Exemplos disso, apenas para ilustrar, a Bélgica, Suíça, Canadá etc.
Gabarito: CERTO.
2. (2010/CESPE/TER-BA/Analista) A União, os estados, o Distrito
Federal e os municípios são pessoas jurídicas de direito público
interno. (Certo/Errado)

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Comentários:
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são as
pessoas integrantes da Federação, ou seja, entes políticos
(federados) componentes da Federação Brasileira. São pessoas
jurídicas de direito público INTERNO. A Federação é a FORMA DE
ESTADO, portanto, adotada aqui no Brasil. Dessas, a União pode ficar
como pessoa jurídica de Direito Público Internacional, oportunidade
em que representa a REPÚBLICA FEDERATIVA.
Gabarito: CERTO.
3. (2010/CESPE/INSS/Médico) O sistema administrativo ampara-se,
basicamente, nos princípios da supremacia do interesse público sobre
o particular e da indisponibilidade do interesse público pela
administração. (Certo/Errado)
Comentários:
O regime jurídico-administrativo é formado por dois pilares: o
da supremacia do interesse público sobre o privado e o da
indisponibilidade do interesse público (ou legalidade, para
outros), os quais podem ser sintetizados, respectivamente, no
seguinte binômio: prerrogativas e restrições.
Gabarito: CERTO.
4. (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A administração pública, no
exercício do ius imperii, subsume-se ao regime de direito privado.
(Certo/Errado)
Comentários:
Ius imperii!? Que isso significa? Bilateralidade (horizontalidade)
ou unilateralidade (supremacia)? Opa, é supremacia, é império, logo
é uma característica do Direito Público e não do Direito Privado, daí a
incorreção.
Gabarito: ERRADO.
5. (2010/CESPE/INSS/Médico) Segundo a Escola Legalista, o direito
administrativo pode ser conceituado como o conjunto de leis
administrativas vigentes em determinado país, em dado momento.
(Certo/Errado)
Comentários:
Com a revolução francesa, e império da burguesia, houve
grande preocupação de se consolidar, codificar, o direito que andava
espalhado pela natureza em papel (leia-se: positivação do direito
natural em normas), com a finalidade, entre outras, de se garantir
aos cidadãos maior segurança em suas liberdades e, sobretudo,
propriedades.
Nessa época, o Direito Administrativo teve por objeto a
interpretação das normas jurídicas administrativas e atos

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complementares (leia-se: direito positivo). Assim, estruturou-se a


partir da interpretação de textos legais, proporcionada pelos
Tribunais Administrativos.
Crítica: a palavra direito não pode (não deve) se resumir a um
amontoado de leis. O direito não deve se resumir à interpretação de
leis e de regulamentos administrativos. Muito mais que leis, o Direito
Administrativo deve levar em consideração a carga valorativa dos
princípios, sem falar da doutrina, da jurisprudência, e dos costumes.
Pensemos juntos: há um cartaz na entrada do metrô que diz –
“proibido entrada com cães”; outro na entrada de um Parque que
diz – “proibido entrado com veículos automotores”. De acordo
com o critério exegético (legalista), a solução seria de se admitir a
entrada com cobras (são répteis) e baleias (são mamíferos, mas não
são cães) e a de não autorizar a entrada da ambulância, a fim de
socorrer pessoas dentro do Parque, por exemplo. Porém, nos dias
atuais, isso não seria possível, tendo, por exemplo, o princípio da
razoabilidade.
Gabarito: CERTO.
6. (2010/CESPE/INSS/Médico) A jurisprudência não é fonte de
direito administrativo. (Certo/Errado)
Comentários:
Ainda que óbvio, o Direito Administrativo, em sendo ciência,
nasce de algum lugar. É exatamente esse o sentido da palavra
“fontes”, que funcionam como se fossem o “ponto de partida” do
Direito, suas formas de expressão.
No estudo do Direito Administrativo, encontramos, regra geral,
as seguintes fontes ou formas de expressão:
I) lei;
II) jurisprudência;
III) doutrina; e
IV) costumes.
Gabarito: ERRADO.
7. (2010/CESPE/BASA/Técnico) Os princípios da moralidade, da
legalidade, da publicidade, da eficiência e da impessoalidade,
estipulados pelo texto constitucional, somente se aplicam à legislação
administrativa referente à administração pública no âmbito federal,
com desdobramentos na administração direta, na indireta e na
fundacional. (Certo/Errado)
Comentários:
Somente!? Só MENTE! Isso mesmo. Quando há a expressão
“somente”, o item costuma estar incorreto. Os princípios são

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aplicáveis a toda Administração Direta e Indireta de todos os Poderes


de todos os entes Federados.
Gabarito: ERRADO.
8. (2010/CESPE/ANEEL/Analista) O princípio da moralidade
administrativa tem existência autônoma no ordenamento jurídico
nacional e deve ser observado não somente pelo administrador
público, como também pelo particular que se relaciona com a
administração pública. (Certo/Errado)
Comentários:
O princípio da moralidade é “velho” conhecido, no entanto,
explícito no texto constitucional a partir de 1988. Na doutrina
francesa, Maurice Hauriou, depois de diferenciar a moral comum da
moral jurídica, define a moralidade jurídica como o conjunto de
regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração.
Portanto, a conduta da Administração deve ser mais exigente
do que simples cumprimento da frieza das leis, deve-se divisar o
justo do injusto, o lícito do ilícito, o honorável do desonorável, o
conveniente do inconveniente. A moralidade passa a ser pressuposto
de validade dos atos do Estado, em toda nossa atuação estão
presentes princípios da lealdade, da boa-fé, da fidelidade funcional.
Lúcia de Figueiredo esclarece que a anulação de atos
provenientes do excesso de poder é fundada tanto na noção de
moralidade administrativa quanto na legalidade, de tal sorte que a
Administração é ligada, em certa medida, pela moral jurídica,
particularmente no que concerne ao desvio de poder.
Lealdade, boa-fé, honestidade são preceitos éticos desejados
pela sociedade que nos remunera direta ou indiretamente. Por isso, o
princípio da moralidade pode ser considerado a um só tempo dever
do administrador e direito público subjetivo.
A moralidade é princípio autônomo em relação aos demais
princípios constitucionais, logo, em havendo ofensa à moralidade,
certo que o ato não fica imune ao controle judicial. Basta ver o que
diz o inc. XXXV do art. 5º da CF/1988 para chegar a essa conclusão.
Relembremos o dispositivo: a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito.
Gabarito: CERTO.
9. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da
publicidade se verifica sob o aspecto da divulgação externa dos atos
da administração, não propiciando o conhecimento da conduta
interna dos agentes públicos. (Certo/Errado)
Comentários:
Não será necessária a publicação de todos os atos
administrativos para que seja atendido o principio da publicidade.
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Assim, é dever da Administração, quando solicita, dar publicidade dos


atos internos praticados por seus agentes públicos.
Gabarito: ERRADO.
10. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A licitação e o
concurso público são, no Brasil, os dois principais instrumentos de
impessoalidade, eficiência e, ao mesmo tempo, de igualdade de
condições na garantia da profissionalização da atividade
administrativa. (Certo/Errado)
Comentários:
Essa questão foi, infelizmente, anulada. Dormi, acordei. Dormi,
acordei. E, depois de ler e reler os motivos da organizadora, não
consegui entender porque o item de CERTO passou a anulado! Digo
isso porque a licitação atende sim o princípio da eficiência, no aspecto
da economicidade. E mais: o concurso público, ao ser regido pela
meritocracia, garante o acesso de pessoas mais capacitadas, mais
eficientes. Inclusive, quanto ao último aspecto, o STF editou a
Súmula 13 (vinculante), vedando a nefasta prática do nepotismo.
Gabarito: ANULADA.
Razões de justificativa da organizadora: não há opção
correta, uma vez que a opção apontada no gabarito oficial preliminar afirma
equivocadamente que a licitação e o concurso público são instrumentos de
eficiência.

11. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da


impessoalidade implica, para a administração pública, o dever de agir
segundo uma racionalidade comunicativa. (Certo/Errado)
Comentários:
Racionalidade comunicativa e princípio da impessoalidade?! Aí
ficou fácil, não? O item está escandalosamente incorreto.
Gabarito: ERRADO.
12. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da
impessoalidade, se aplicado de forma indiscriminada, provocará
disfuncionalidade administrativa. (Certo/Errado)
Comentários:
Pode sorrir! O princípio da impessoalidade deve ser usado de
forma mitigada, reduzida?! Eita, nessa a banca forçou.
Gabarito: ERRADO.
13. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A aplicação do
princípio da impessoalidade pode redundar em desigualdade e(ou)
discriminação por não considerar as especificidades de cada caso.
(Certo/Errado)

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Comentários:
Dispensa extensos comentários. O princípio da impessoalidade
não pode redundar!
Gabarito: ERRADO.
14. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A meritocracia,
empregada na administração pública como forma de avaliação de
desempenho, é incompatível com a impessoalidade administrativa.
(Certo/Errado)
Comentários:
Esse item está parelho ao que comentamos acima. O concurso
público atende o princípio da isonomia, o qual, por sua vez, é uma
das acepções (sentidos) do princípio da impessoalidade. Por esse
motivo, a realização de concurso é congruente com a impessoalidade,
daí a correção do quesito.
Gabarito: CERTO.
15. (2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) Acerca dos princípios
constitucionais, assinale a opção correta.
A A atuação administrativa dos integrantes do setor público deve ser
pautada pela existência de uma permissão legal. Assim sendo, o
princípio explicitado na CF hierarquicamente definido como mais
importante é o da legalidade, pois é um princípio norteador das ações
públicas.
Comentários: não há hierarquia entre princípios, daí a
incorreção.
B Entendendo que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza” (CF, art. 5, caput), determinado órgão público,
responsável pela fiscalização de tributos, estará adequadamente
respaldado pelo princípio da impessoalidade ao instituir fila única aos
atendimentos à comunidade, não dando diferenciação de
atendimento aos cadeirantes, gestantes, idosos etc.
Comentários: tratar os iguais na medida de suas igualdades.
Tratar os desiguais, na medida de suas desigualdades. Velho
brocardo de Aristóteles, copiado mais tarde por Rui Barbosa, daí a
incorreção da alternativa.
C Se determinado ato administrativo for analisado e categorizado
como ilegal e imoral, haverá redundância nessa categorização, pois,
de acordo com os princípios constitucionais, todo ato imoral é
necessariamente um ato ilegal, sujeito ao controle do Poder
Judiciário.
Comentários: como sobredito, o princípio da moralidade tem
aplicação autônoma em relação ao princípio da legalidade. Um ato

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pode ser legal e ser imoral, lembram? Daí a incorreção. Esse foi o
gabarito apontado como correto, por isso a questão foi anulada.
D A publicidade dos atos administrativos é requisito de sua eficácia,
sua forma e sua moralidade, propiciando ao gestor público a
transparência em suas atuações e possibilitando aos administrados a
defesa de seus direitos.
Comentários: a publicidade é requisito de eficácia e de
moralidade e não de validade, daí a incorreção da alternativa ao falar
que é requisito de forma.
E O princípio da finalidade, explicitado no art. 37 da CF, define que,
se o gestor público praticar atos fora dos fins expressa ou
implicitamente contidos na regra de competência, praticará desvio de
finalidade. E se tal ato atentar contra os princípios da administração
pública ao visar fim proibido em lei ou demais normas, constituirá ato
de improbidade administrativa.
Comentários: já ouviram falar de LIMPE? Claro que sim! Há
algum “F” no limpe? Claro que não! Ou seja, não houve explicitação
do princípio da finalidade.

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Olá Pessoal, hoje vamos falar de um assunto dos mais curiosos


para os que estão fora da administração pública e loucos para aderir
ao sistema: AGENTES PÚBLICOS!
Quem quer ser agente público aí levanta a mão! Pode abaixar!
Então vamos lá! Na aula apresentarei meus famosos resumos e
esquemas, é uma forma sintética de apresentar os principais tópicos.
Os esquemas estão recheados de assuntos essenciais e também
aquelas curiosidades que, às vezes, despencam na nossa prova e a
gente não sabe de que lugar veio.
Ninguém vai se sentir atropelado por caminhão dessa vez,
porque não guardarei segredos ☺. Vocês que são da área de
informática (falaram-me uma vez que informática só se aprende
jogando o computador no chão e montando ele de novo ☺) vão
gostar ainda mais da aula, porque além dos esquemas, trouxe muitos
textos de lei. Essa aula é uma oportunidade para trabalhar bem a lei,
afinal muitos quesitos são literais. Algumas questões foram
adaptadas.
Então vamos desmontar essa lei e montá-la de novo, ok?

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AGENTES PÚBLICOS

Normas constitucionais concernentes aos servidores públicos


1)(2010/ CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) O regime
jurídico estatutário descreve direitos, deveres e obrigações dos
servidores públicos e do próprio ente federativo, sendo sua iniciativa
de competência privativa do chefe do Poder Executivo. Nos termos da
CF, o regime jurídico estatutário deve ser instituído,
obrigatoriamente, mediante edição de lei complementar.
(Certo/Errado)
2) (CESPE/MS/Analista/2010) O edital do concurso público é o
instrumento idôneo para o estabelecimento do limite mínimo de idade
para a inscrição no concurso. (Certo/Errado)
3) (2010/ CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A categoria
denominada servidores públicos celetistas está prevista na CF e
caracteriza-se por abranger todos aqueles servidores contratados por
prazo determinado para atender necessidade temporária de
excepcional interesse público. (Certo/Errado)
4) (2010/CESPE – UERN – TÉCNICO NS)O servidor deve ser probo e
demonstrar integridade de caráter no desempenho de suas funções,
toa, pode escolher, entre duas opções, aquela que melhor atenda
a seu interesse. (Certo/Errado)
5) (2009/CESPE – TRF-5 – JUIZ) Aos servidores vitalícios, ao
contrário do que ocorre com os notários, registradores e demais
servidores dos ofícios extrajudiciais, aplica-se a aposentadoria
compulsória por idade, sendo extensivas aos inativos, desde que
mediante lei específica, as vantagens de caráter geral outorgadas aos
servidores em atividade. (Certo/Errado)
6) (2009/CESPE – ANTAQ) Os cargos públicos em comissão não
poderão ser providos segundo as disposições da Consolidação das
Leis do Trabalho. (Certo/Errado)
7)(2010/CESPE – MPS – ADMINISTRADOR) No Brasil, o cargo de
diplomata pode ser ocupado por um estrangeiro naturalizado
brasileiro. (Certo/Errado)
8)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas
públicas e das sociedades de economia mista e considerando a
atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), julgue o
item.
A vedação de acumulação de empregos, cargos ou funções
públicas não se aplica às sociedades de economia mista, em razão do
regime concorrencial a que se submetem. (Certo/Errado)

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9)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) Por se submeterem a regime


jurídico tipicamente privado, os empregados das empresas públicas e
das sociedades de economia mistas não estão submetidos ao teto
salarial determinado pela CF aos servidores estatutários.
(Certo/Errado)
10) (2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A CF autoriza a acumulação
de dois cargos de médico, sendo compatível, de acordo com a
jurisprudência do STF, interpretação ampliativa para abrigar no
conceito cargo de perito criminal com especialidade em medicina
veterinária. (Certo/Errado)
11)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) O STF fixou jurisprudência no
sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico – funcional
pertinente à composição dos vencimentos ou à permanência do
regime legal de reajuste de vantagem, ainda que eventual
modificação introduzida por ato legislativo superveniente acarrete
decréscimo de caráter pecuniário. (Certo/Errado)
12)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A regra é a admissão de
servidor público mediante concurso público. As duas exceções à regra
são para os cargos em comissão e a contratação de pessoal por
tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público. Nessa segunda hipótese, deverão ser
atendidas as seguintes condições: previsão em lei dos cargos; tempo
determinado; necessidade temporária de interesse público; e
interesse público excepcional. (Certo/Errado)
13)(2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) A investidura em cargo
ou emprego público dependerá sempre de aprovação prévia em
concurso de provas ou de provas e títulos, de acordo com a sua
natureza e complexidade. (Certo/Errado)
14)(2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) Embora a Constituição
Federal de 1988 (CF) exija a reserva, por meio de lei, de percentual
dos cargos e empregos públicos para pessoas com deficiência física, é
entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que tal regra não
tem aplicação se a incidência do percentual previsto em lei resultar,
no caso concreto, em número inferior a um. (Certo/Errado)
15)(2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) Segundo expressa
previsão constitucional, é garantido ao servidor público civil o direito
à livre associação sindical, nos termos e limites definidos em lei.
(Certo/Errado)
16) (2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) Os vencimentos dos
cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não podem ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo. (Certo/Errado)

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17) (2010/CESPE – CETURB – Analista Administrativo) Na admissão


no serviço público, embora seja vedada a acumulação remunerada de
cargos, a própria Constituição Federal excepciona tal regra em
algumas situações. Um médico, por exemplo, pode exercer mais de
um cargo, mas essa regra não alcança os demais profissionais da
saúde. (Certo/Errado)
18) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a
Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, em
razão do princípio da eficiência, a CF prevê a avaliação de
desempenho como condição obrigatória para aquisição da
estabilidade. (Certo/Errado)
19)(2010/CESPE – CETURB – Analista Administrativo) As hipóteses
de demissão de servidor público civil incluem a possibilidade de
exclusão de servidor para adequar as despesas do ente aos limites
fixados na lei de responsabilidade fiscal, desde que já tenham sido
excluídos do quadro todos os servidores não estáveis e, ainda assim,
a redução de despesas não tenha sido suficiente. (Certo/Errado)
20) (2010/CESPE – CETURB – Analista Administrativo) Ao servidor
ocupante exclusivamente de cargo em comissão declarado de livre
nomeação e exoneração, bem como de cargo temporário ou de
emprego público, se aplica o regime geral da previdência social.
(Certo/Errado)
21) (2010/CESPE – MPOG – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – ÁREA
2) Considerando que determinado órgão público pretenda promover a
contratação de profissionais por tempo determinado, para atender
necessidade temporária de excepcional interesse público, a
contratação poderá dar-se sem concurso público. (Certo/Errado)
22) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a
Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, os
requisitos de idade e de tempo de contribuição necessários para a
aposentadoria são reduzidos para o professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério
no ensino fundamental e médio. (Certo/Errado)
23) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a
Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, o
servidor público investido no mandato de vereador deve ser afastado
do seu cargo, sem exceção. (Certo/Errado)
24) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a
Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, a

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proibição constitucional de acumulação remunerada de cargos


públicos não impede que uma pessoa ocupe concomitantemente dois
cargos de professor, desde que haja compatibilidade de horários.
(Certo/Errado)
25) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a
Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, o
diretor de uma escola pública estadual que for condenado por ato de
improbidade tem, entre outras cominações, a perda dos seus direitos
políticos em razão da prática de ato de improbidade no serviço
público. (Certo/Errado)
26) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a
Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, na
contagem do tempo de contribuição para fins de aposentadoria é
computado o tempo que o servidor público contribuiu nas esferas
federal, estadual ou municipal. (Certo/Errado)
27)(CESPE/2010 – ANEEL – ANALISTA ADMINISTRATIVO) No que se
refere aos vocábulos cargo, emprego e função pública, é correto
afirmar que o servidor contratado por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público
exerce função pública. (Certo/Errado)
Acumulação de cargos e empregos públicos
28)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO )
Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de
horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando
os cargos públicos forem acumulados em quadros de pessoal de
pessoas jurídicas de direito público interno diversas. (Certo/Errado)
29)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO )
Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de
horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando
a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas ou não.
(Certo/Errado)
30)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO)
Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de
horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando
a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
(Certo/Errado)
31)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO )
Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de
horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando
a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de

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profissionais de educação, com profissões regulamentadas.


(Certo/Errado)
32)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO )
Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de
horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando
a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de
professor, em regime de dedicação exclusiva, ainda em atividade.
(Certo/Errado)
33)(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) Caso uma enfermeira do
Ministério da Saúde ocupe também o cargo de professora de
enfermagem da Universidade Federal de Goiás e, em cada um dos
cargos, cumpra o regime de quarenta horas semanais, tal
acumulação, segundo o entendimento da AGU, deverá ser declarada
ilícita. (Certo/Errado)
34)(2010/CESPE – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Um analista
da DPU pode acumular seu cargo público com um de técnico bancário
no Banco do Brasil, por se tratarem de regimes distintos.
(Certo/Errado)
35)(2010/CESPE – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A proibição
constitucional de acumular cargos públicos alcança os servidores de
autarquias e fundações públicas, mas não os empregados de
empresas públicas e sociedades de economia mista. (Certo/Errado)
36) (2010/CESPE – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) É vedada a
acumulação por um servidor de dois cargos públicos, sendo um de
médico e outro de enfermeiro. (Certo/Errado)
Regime disciplinar

37)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) É cabível


aplicação de pena de demissão a servidor que atue de forma
desidiosa, isto é, que apresente conduta negligente de maneira
reiterada. (Certo/Errado)
38) (2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) Uma das
hipóteses de aplicação da pena de suspensão é a reincidência em
faltas punidas com a pena de advertência. (Certo/Errado)
39)Paulo, em função da reintegração de um colega, será reconduzido
ao cargo que anteriormente ocupava, cabendo-lhe devolver ao erário
os emolumentos percebidos no período. (Certo/Errado)
40) João, servidor público da ANEEL, teve sua demissão invalidada
por decisão administrativa. Nessa situação, João deverá ser
reintegrado ao cargo anteriormente ocupado, estando sua
aposentadoria automaticamente sujeita a cassação. (Certo/Errado)
41)Nessa situação, caso Paulo não faça a devolução dos referidos
emolumentos no prazo de noventa dias, ele estará sujeito à
suspensão e ao pagamento de multa diária. (Certo/Errado)
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42) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) De acordo


com o disposto na Lei n.º 8.112/1990, na hipótese de inassiduidade
habitual, a penalidade disciplinar a ser aplicada ao servidor público é
de
A multa.
B suspensão de até 15 dias.
C demissão.
D advertência.
E suspensão de até 30 dias.
43) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Se
determinado servidor público participar de gerência ou administração
de sociedade privada, sem ser na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário, a administração deverá aplicar a penalidade de
advertência por escrito. (Certo/Errado)
44) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Caso
servidor seja suspenso de suas atividades e posteriormente consiga
cancelar essa penalidade, o cancelamento deverá surtir efeitos
retroativos. (Certo/Errado)
45) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Quando
servidor público federal recusar-se a se submeter à inspeção médica
determinada por autoridade competente, sua recusa fará com que
seja demitido do serviço público. (Certo/Errado)
46) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) É vedada à
administração pública converter qualquer penalidade disciplinar em
multa. (Certo/Errado)
47) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Servidor
público que adotar incontinência pública e conduta escandalosa, na
repartição, estará sujeito a ser demitido do serviço público.
(Certo/Errado)
48) (2009/CESPE – ANTAQ) A exoneração não se caracteriza como
uma penalidade administrativa disciplinar aplicável aos servidores
públicos. (Certo/Errado)
49)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) Uma das
hipóteses de aplicação da pena de suspensão é a reincidência em
faltas punidas com a pena de advertência. (Certo/Errado)
50) (2010/CESPE – MPS – ADMINISTRADOR) A exoneração não
possui caráter punitivo. (Certo/Errado)
51) (2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) A Procuradoria-Geral
Federal ingressou com ação executiva fiscal por crédito não tributário
no valor de R$ 200.000,00. Consta dos autos que esse crédito
corresponde a multa administrativa imposta pela ANVISA, no
exercício do poder de polícia, já que, no dia 2/4/2002, havia sido

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praticada a infração administrativa respectiva, ficando paralisado esse


processo administrativo até 5/4/2006, quando então foi inscrita em
dívida ativa. Foram opostos embargos à execução, nos quais foi
proferida sentença extinguindo a ação, com fundamento na
prescrição.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) O fato de o servidor público
deixar de praticar, indevidamente, o ato de ofício constitui infração
administrativa prevista na Lei n.º 8.112/1990, mas não, ato de
improbidade administrativa. (Certo/Errado)
Estágio probatório x estabilidade

52)(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) No que concerne aos


agentes públicos, julgue os itens subsequentes.
É constitucional o decreto editado por chefe do Poder Executivo de
unidade da Federação que determine a exoneração imediata de
servidor público em estágio probatório, caso fique comprovada a
participação deste na paralisação do serviço, a título de greve.
(Certo/Errado)
53)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação
aos benefícios do servidor público civil, julgue o item.
Servidor público que se acidenta em serviço e entra em gozo de
licença pelo acidente receberá remuneração proporcional se estiver
em estágio probatório. (Certo/Errado)
54)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) É cabível a
exoneração de ofício quando não satisfeitas as condições do estágio
probatório. (Certo/Errado)
Direitos e Deveres
55)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) As vantagens
pecuniárias não são computadas nem acumuladas para efeito de
concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob
o mesmo título ou idêntico fundamento. (Certo/Errado)
56)(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) Carlos, servidor público
federal desde abril de 2000, jamais gozou o benefício da licença para
capacitação. Nessa situação, considerando-se que ele faz jus ao gozo
desse beneficio por três meses, a cada quinquênio, Carlos poderá
gozar dois períodos dessa licença a partir de abril de 2010.
(Certo/Errado)
57)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação
aos benefícios do servidor público civil, servidora pública que tiver
parto múltiplo receberá auxílio-natalidade equivalente a um
vencimento por nascituro. (Certo/Errado)

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58)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação


aos benefícios do servidor público civil, julgue o item.
Com base em perícia oficial, a administração pode conceder, tanto de
ofício quanto a pedido, licença para tratamento de saúde a servidor
público. (Certo/Errado)
59)(2010/CESPE – MPOG – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – ÁREA
1) Considere que servidora pública federal tenha filha com doença
rara, cujo diagnóstico foi feito por perícia médica oficial. Nessa
situação, considerando que a assistência dessa servidora, ao longo do
tratamento de sua filha, seja indispensável e que não seja possível a
manutenção de suas atribuições funcionais como servidora pública,
poderá ser-lhe concedida licença, por motivo de doença, pelo período
de doze meses, sem prejuízo da remuneração. (Certo/Errado)
60)(2010/CESPE – MPOG – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – ÁREA
1) Considere que Paulo, servidor público federal lotado em Brasília,
pretenda ser removido a pedido para o Rio de Janeiro,
independentemente do interesse da administração, para acompanhar
a esposa, servidora pública federal, aprovada recentemente em
concurso público, lotada no Rio de Janeiro. Nessa situação hipotética,
Paulo fará jus à citada remoção, conforme expressa autorização da
Lei 8.112. (Certo/Errado)

O sistema previdenciário do servidor público


61)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação
aos benefícios do servidor público civil, para que um cônjuge receba
pensão vitalícia pela morte de servidor, deverá comprovar sua
dependência econômica. (Certo/Errado)
62)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Servidor
público com quinze anos de serviço, acometido de moléstia
profissional grave e incurável, prevista em lei e aposentado por
invalidez permanente em função dessa doença, deverá receber
legalmente os proventos proporcionais aos anos de serviço.
(Certo/Errado)
(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) José, que foi
aprovado em concurso público com apenas 20 anos de idade, após
dezoito meses de sua posse, sem estar em serviço, sofreu um
acidente, que o deixou acamado por dois meses.
Posteriormente, José retornou ao trabalho e
concomitantemente passou mais nove anos fazendo fisioterapia, sem
mudança de cargo ou função. Por fim, ficou incapacitado para o
trabalho por invalidez permanente em decorrência daquele acidente.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item.

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63)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Pode ser


concedida aposentadoria por invalidez com proventos integrais tendo
em vista que José tem mais de dez anos de contribuição no serviço
público. (Certo/Errado)
64)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) José pode se
aposentar por invalidez com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição. (Certo/Errado)
65)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A
aposentadoria por invalidez pode ocorrer com proventos integrais.
(Certo/Errado)
66)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Por não
possuir idade mínima para aposentadoria no serviço público, José não
pode se aposentar. Contudo, poderá receber benefício social do INSS.
(Certo/Errado)
67)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A
aposentadoria voluntária é cabível nessa situação, com proventos
proporcionais no regime geral de previdência, pois José cumpriu mais
de dez anos no exercício do serviço público e cinco anos no cargo
efetivo. (Certo/Errado)
68)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) As normas regentes da
previdência dos servidores não se aplicam às aposentadorias e
pensões dos agentes públicos investidos em cargos vitalícios, tais
como magistrados e membros do Ministério Público, tendo em vista
que possuem regime constitucional diferenciado. (Certo/Errado)
69)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) A lei pode estabelecer
formas de contagem de tempo de contribuição fictício, para fins de
aposentadoria. (Certo/Errado)
70)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) Requerida a aposentadoria
voluntária, deverá o segurado se afastar do exercício de suas funções
a partir da data de protocolização do pedido, vigorando a
aposentação desde a data em que for deferido o pedido.
(Certo/Errado)
71)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) Os servidores abrangidos
pelo RPPS que se aposentarem por invalidez permanente terão
proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Tal regra somente
pode ser afastada se a aposentadoria for exclusivamente decorrente
de acidente em serviço, de moléstia profissional ou de doença grave
ou contagiosa, na forma da lei. (Certo/Errado)
72)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) São extensíveis aos
servidores inativos e aos pensionistas as vantagens concedidas aos
policiais militares ativos de forma geral, independentemente do
atendimento de qualquer requisito que não seja o mero exercício da
função policial. (Certo/Errado)

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73)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) É vedada a adoção de


requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria
aos abrangidos pelo RPPS, ressalvados os casos de servidores
portadores de deficiência, de servidores que exerçam atividade de
risco ou de servidores que tenham cargo ou emprego privativo de
profissional de saúde. (Certo/Errado)
74)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) É vedada, em qualquer
circunstância, a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do
RPPS dos servidores públicos. (Certo/Errado)
75)(2009/CESPE – TRF-5 – Juiz) As regras sobre aposentadoria e
estabilidade, constantes dos artigos 40 e 41 da CF, se aplicam ao
pessoal das sociedades de economia mista que exercem atividade
econômica. (Certo/Errado)
76)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Em
relação ao regime de previdência do servidor público, a aposentadoria
compulsória do servidor público ocorre aos setenta anos de idade,
com proventos integrais. (Certo/Errado)
77)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Em
relação ao regime de previdência do servidor público, os proventos de
aposentadoria podem exceder a remuneração do respectivo servidor,
no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria. (Certo/Errado)
78)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Em
relação ao regime de previdência do servidor público, a lei pode
estabelecer forma de contagem de tempo de contribuição fictício,
desde que para servidores portadores de deficiência, que exerçam
atividades de risco ou prejudiciais à saúde. (Certo/Errado)
79)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Em
relação ao regime de previdência do servidor público, os requisitos de
idade e de tempo de contribuição são reduzidos em cinco anos para o
professor que comprove tempo de efetivo e exclusivo exercício das
funções de magistério na educação superior. (Certo/Errado)
80)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Em
relação ao regime de previdência do servidor público, ao servidor
ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão aplica-se o regime
geral de previdência social. (Certo/Errado)
81)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao
servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser
concedida com remuneração, desde que justificada. (Certo/Errado)
82)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao
servidor público, para tratar de assuntos particulares, é concedida
sem remuneração e o servidor está proibido de participar da
administração de empresa privada ou de sociedade civil com fins

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lucrativos, ou exercer o comércio, individualmente ou em sociedade,


exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário.
(Certo/Errado)
83)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao
servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser
interrompida a qualquer tempo no interesse do serviço.
(Certo/Errado)
84)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao
servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser
renovada indefinidamente, a critério da administração, desde que o
servidor renove a solicitação e apresente justificativa. (Certo/Errado)
85)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao
servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser
interrompida a pedido do servidor, apenas se ainda não tiver
transcorrido o 1.o mês de gozo. (Certo/Errado)
86)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em
relação aos deveres dos servidores públicos, a em respeito à
hierarquia, o servidor tem o dever de cumprir as ordens superiores,
cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais.
(Certo/Errado)
87(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em
relação aos deveres dos servidores públicos, o servidor tem o dever
de manter conduta compatível com a moralidade administrativa e
observar, nos atos de ofício, os princípios éticos. (Certo/Errado)
88)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em
relação aos deveres dos servidores públicos, a representação contra
ilegalidade, abuso de poder ou omissão no cumprimento da lei deve
ser formulada diretamente à autoridade representada, para que esta
explicite as razões da prática do ato tido como ilegal. (Certo/Errado)
89)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em
relação aos deveres dos servidores públicos, a enumeração dos
deveres previstos na referida Lei 8.112 é taxativa, ou seja, limita os
deveres inerentes à natureza da função do servidor aos previstos
nessa lei. (Certo/Errado)
90)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em
relação aos deveres dos servidores públicos, é dever do servidor
atender com presteza ao público em geral, prestando todo tipo de
informação requerida. (Certo/Errado)
Direito de petição

12
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91)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos
Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, o prazo de
prescrição é contado da data da publicação do ato ou, na falta desta,
da ciência pessoal do interessado. (Certo/Errado)
92)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos
Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, para o
exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou
documento ao servidor ou a procurador por ele constituído, apenas
na repartição. (Certo/Errado)
93)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO
ADMINISTRATIVO)Acerca do direito de petição, estabelecido no
Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações
posteriores, quanto aos atos que afetem interesse patrimonial, o
direito de requerer prescreve em 120 dias, salvo quando outro prazo
for fixado em lei. (Certo/Errado)
94)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO
ADMINISTRATIVO)Acerca do direito de petição, estabelecido no
Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações
posteriores, com relação aos atos que afetem créditos resultantes das
relações de trabalho, o direito de requerer prescreve em 2 anos,
salvo quando outro prazo for fixado em lei. (Certo/Errado)
95)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO
ADMINISTRATIVO)Acerca do direito de petição, estabelecido no
Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações
posteriores, o direito de requerer prescreve em 2 anos no caso de
atos de demissão e de cassação de aposentadoria, e em 120 dias nos
demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.
(Certo/Errado)
Responsabilidades do servidor público

96)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A


respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei
8.112 e suas alterações posteriores, a responsabilidade civil não
decorre de atos omissivos, e sim de atos comissivos praticados no
desempenho do cargo, função ou emprego que causem prejuízo ao
erário público. (Certo/Errado)
97)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A
respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei
8.112 e suas alterações posteriores, a responsabilidade penal
abrange apenas os crimes imputados ao servidor, nessa qualidade.
(Certo/Errado)

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98)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A


respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei
8.112 e suas alterações posteriores, a obrigação de reparar o dano
não se estende aos sucessores do servidor público que o causou.
(Certo/Errado)
99)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A
respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei
8.112 e suas alterações posteriores, o servidor público de provimento
efetivo ou em comissão, responde civil, penal e administrativamente
pelo exercício irregular de suas atribuições. (Certo/Errado)
100)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A
respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei
8.112 e suas alterações posteriores, a responsabilidade
administrativa é afastada na hipótese de absolvição criminal por
insuficiência de provas de autoria, declarada em sentença criminal,
transitada em julgado. (Certo/Errado)
PENALIDADES

101) (2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


No que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de
acordo com a Lei 8.112, a advertência será sempre aplicada por
escrito. (Certo/Errado)
102)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No
que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo
com a Lei 8.112, o cancelamento do registro das penalidades de
advertência e de suspensão tem efeito retroativo. (Certo/Errado)
103)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No
que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo
com a Lei 8.112, apenas o cancelamento do registro da penalidade de
advertência tem efeito retroativo. (Certo/Errado)
104)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No
que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo
com a Lei 8.112, a pena de suspensão será aplicada por no mínimo 5
dias e no máximo 120 dias. (Certo/Errado)
105)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No
que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo
com a Lei 8.112, a pena de suspensão será aplicada por no mínimo 5
dias e no máximo 90 dias. (Certo/Errado)
106)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, é prevista a
pena de suspensão ao servidor que exercer pressão sobre auxiliar,
com ameaça de preterições funcionais ou outros meios intimidativos,
para forçá-lo a consentir em relacionamento sexual. (Certo/Errado)

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107)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, é passível de
demissão o servidor que ocultar, na declaração apresentada no ato
da posse, bens ou valores que nela deviam constar. (Certo/Errado)
108)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, pena de
demissão é cabível na hipótese de incontinência pública e
escandalosa na repartição, não gerando punição disciplinar sua
ocorrência fora do serviço. (Certo/Errado)
109)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, ao servidor
que solicita vantagem (corrupção ativa) em razão de seu cargo, é
cabível a aplicação da pena de demissão. Já o servidor que aceita
vantagem oferecida (corrupção passiva) é passível de suspensão.
(Certo/Errado)
110)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, quando houver
interesse do servidor, a pena de suspensão poderá ser convertida em
multa. (Certo/Errado)
111)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
(adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei
8.112 e suas alterações posteriores, na readaptação, se julgado
incapaz para o serviço público, o readaptando é exonerado.
(Certo/Errado)
112)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
(adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei
8.112 e suas alterações posteriores, reversão é o retorno à atividade
de servidor aposentado por tempo de serviço, para provimento de
cargo em comissão. (Certo/Errado)
113)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
(adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei
8.112 e suas alterações posteriores, a reintegração é o retorno de
servidor estável ao cargo anteriormente ocupado quando invalidada a
sua demissão por decisão administrativa ou judicial, sem o
ressarcimento de vantagens pretéritas. (Certo/Errado)
114)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
(adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei
8.112 e suas alterações posteriores, na recondução, se o cargo que
se pretende ocupar estiver provido, o servidor é exonerado.
(Certo/Errado)

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115)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


(adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei
8.112 e suas alterações posteriores, promoção é a elevação do
servidor na carreira, pela passagem à classe superior imediata da
respectiva categoria funcional. (Certo/Errado)

MARQUE O GABARITO

1 (C)(E)(RS) 31 (C)(E)(RS) 60 (C)(E)(RS) 91 (C)(E)(RS)

2 (C)(E)(RS) 32 (C)(E)(RS) 62 (C)(E)(RS) 92 (C)(E)(RS)

3 (C)(E)(RS) 33 (C)(E)(RS) 63 (C)(E)(RS) 93 (C)(E)(RS)

4 (C)(E)(RS) 34 (C)(E)(RS) 64 (C)(E)(RS) 94 (C)(E)(RS)

5 (C)(E)(RS) 35 (C)(E)(RS) 65 (C)(E)(RS) 95 (C)(E)(RS)

6 (C)(E)(RS) 36 (C)(E)(RS) 66 (C)(E)(RS) 96 (C)(E)(RS)

7 (C)(E)(RS) 37 (C)(E)(RS) 67 (C)(E)(RS) 97 (C)(E)(RS)

8 (C)(E)(RS) 38 (C)(E)(RS) 68 (C)(E)(RS) 98 (C)(E)(RS)

9 (C)(E)(RS) 39 (C)(E)(RS) 69 (C)(E)(RS) 99 (C)(E)(RS)

10 (C)(E)(RS) 40 (C)(E)(RS) 70 (C)(E)(RS) 100 (C)(E)(RS)

11 (C)(E)(RS) 41 (C)(E)(RS) 71 (C)(E)(RS) 101 (C)(E)(RS)

12 (C)(E)(RS) 42 Alt. C 72 (C)(E)(RS) 102 (C)(E)(RS)

13 (C)(E)(RS) 43 (C)(E)(RS) 73 (C)(E)(RS) 102 (C)(E)(RS)

14 (C)(E)(RS) 44 (C)(E)(RS) 74 (C)(E)(RS) 104 (C)(E)(RS)

15 (C)(E)(RS) 45 (C)(E)(RS) 75 (C)(E)(RS) 105 (C)(E)(RS)

16 (C)(E)(RS) 46 (C)(E)(RS) 76 (C)(E)(RS) 106 (C)(E)(RS)

17 (C)(E)(RS) 47 (C)(E)(RS) 77 (C)(E)(RS) 107 (C)(E)(RS)

18 (C)(E)(RS) 48 (C)(E)(RS) 78 (C)(E)(RS) 108 (C)(E)(RS)

19 (C)(E)(RS) 49 (C)(E)(RS) 79 (C)(E)(RS) 109 (C)(E)(RS)

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20 (C)(E)(RS) 50 (C)(E)(RS) 80 (C)(E)(RS) 110 (C)(E)(RS)

21 (C)(E)(RS) 51 (C)(E)(RS) 81 (C)(E)(RS) 111 (C)(E)(RS)

22 (C)(E)(RS) 52 (C)(E)(RS) 82 (C)(E)(RS) 112 (C)(E)(RS)

23 (C)(E)(RS) 53 (C)(E)(RS) 83 (C)(E)(RS) 113 (C)(E)(RS)

24 (C)(E)(RS) 54 (C)(E)(RS) 84 (C)(E)(RS) 114 (C)(E)(RS)

25 (C)(E)(RS) 55 (C)(E)(RS) 85 (C)(E)(RS) 115 (C)(E)(RS)

26 (C)(E)(RS) 56 (C)(E)(RS) 86 (C)(E)(RS) 116 (C)(E)(RS)

27 (C)(E)(RS) 57 (C)(E)(RS) 87 (C)(E)(RS)

28 (C)(E)(RS) 58 (C)(E)(RS) 88 (C)(E)(RS)

29 (C)(E)(RS) 59 (C)(E)(RS) 89 (C)(E)(RS)

30 (C)(E)(RS) 60 (C)(E)(RS) 90 (C)(E)(RS)

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CONFIRA O GABARITO

1 (C)(E)(RS) 31 (C)(E)(RS) 61 (C)(E)(RS) 91 (C)(E)(RS)

2 (C)(E)(RS) 32 (C)(E)(RS) 62 (C)(E)(RS) 92 (C)(E)(RS)

3 (C)(E)(RS) 33 (C)(E)(RS) 63 (C)(E)(RS) 93 (C)(E)(RS)

4 (C)(E)(RS) 34 (C)(E)(RS) 64 (C)(E)(RS) 94 (C)(E)(RS)

5 (C)(E)(RS) 35 (C)(E)(RS) 65 (C)(E)(RS) 95 (C)(E)(RS)

6 (C)(E)(RS) 36 (C)(E)(RS) 66 (C)(E)(RS) 96 (C)(E)(RS)

7 (C)(E)(RS) 37 (C)(E)(RS) 67 (C)(E)(RS) 97 (C)(E)(RS)

8 (C)(E)(RS) 38 (C)(E)(RS) 68 (C)(E)(RS) 98 (C)(E)(RS)

9 (C)(E)(RS) 39 (C)(E)(RS) 69 (C)(E)(RS) 99 (C)(E)(RS)

10 (C)(E)(RS) 40 (C)(E)(RS) 70 (C)(E)(RS) 100 (C)(E)(RS)

11 (C)(E)(RS) 41 (C)(E)(RS) 71 (C)(E)(RS) 101 (C)(E)(RS)

12 (C)(E)(RS) 42 Alt. C 72 (C)(E)(RS) 102 (C)(E)(RS)

13 (C)(E)(RS) 43 (C)(E)(RS) 73 (C)(E)(RS) 103 (C)(E)(RS)

14 (C)(E)(RS) 44 (C)(E)(RS) 74 (C)(E)(RS) 104 (C)(E)(RS)

15 (C)(E)(RS) 45 (C)(E)(RS) 75 (C)(E)(RS) 105 (C)(E)(RS)

16 (C)(E)(RS) 46 (C)(E)(RS) 76 (C)(E)(RS) 106 (C)(E)(RS)

17 (C)(E)(RS) 47 (C)(E)(RS) 77 (C)(E)(RS) 107 (C)(E)(RS)

18 (C)(E)(RS) 48 (C)(E)(RS) 78 (C)(E)(RS) 108 (C)(E)(RS)

19 (C)(E)(RS) 49 (C)(E)(RS) 79 (C)(E)(RS) 109 (C)(E)(RS)

20 (C)(E)(RS) 50 (C)(E)(RS) 80 (C)(E)(RS) 110 (C)(E)(RS)

21 (C)(E)(RS) 51 (C)(E)(RS) 81 (C)(E)(RS) 111 (C)(E)(RS)

22 (C)(E)(RS) 52 (C)(E)(RS) 82 (C)(E)(RS) 112 (C)(E)(RS)

23 (C)(E)(RS) 53 (C)(E)(RS) 83 (C)(E)(RS) 113 (C)(E)(RS)

24 (C)(E)(RS) 54 (C)(E)(RS) 84 (C)(E)(RS) 114 (C)(E)(RS)

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25 (C)(E)(RS) 55 (C)(E)(RS) 85 (C)(E)(RS) 115 (C)(E)(RS)

26 (C)(E)(RS) 56 (C)(E)(RS) 86 (C)(E)(RS)

27 (C)(E)(RS) 57 (C)(E)(RS) 87 (C)(E)(RS)

28 (C)(E)(RS) 58 (C)(E)(RS) 88 (C)(E)(RS)

29 (C)(E)(RS) 59 (C)(E)(RS) 89 (C)(E)(RS)

30 (C)(E)(RS) 60 (C)(E)(RS) 90 (C)(E)(RS)

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QUESTÕES COMENTADAS

AGENTE PÚBLICOS

Normas constitucionais concernentes aos servidores públicos


1)(2010/ CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) O regime
jurídico estatutário descreve direitos, deveres e obrigações dos
servidores públicos e do próprio ente federativo, sendo sua iniciativa
de competência privativa do chefe do Poder Executivo. Nos termos da
CF, o regime jurídico estatutário deve ser instituído,
obrigatoriamente, mediante edição de lei complementar.
Comentários:
O artigo 61 da CF/88 dispõe que:
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as
leis que:
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na
administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração;
O artigo diz “Presidente da República”, mas por uma questão de
simetria devemos entender que essa tarefa cabe ao chefe do
Executivo de qualquer dos entes federativos. Até esse ponto o item
está correto, mas desanda quando afirma que a edição da lei seguirá
o processo de lei complementar. Vamos ao artigo da CF que aborda o
assunto:
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico
único e planos de carreira para os servidores da administração
pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
Em nenhum momento a CF fala em lei complementar. Essa foi
tranquilinha, suficiente a lembrança de que a Lei 8.112/1990 é lei
ordinária.
Gabarito: Errado
2) (CESPE/MS/Analista/2010) O edital do concurso público é o
instrumento idôneo para o estabelecimento do limite mínimo de idade
para a inscrição no concurso.
Comentários:
Vamos lembrar uma máxima do DAD: ao administrador público
é lícito fazer tudo que a LEI determina ou autoriza. Sendo assim,
para o edital estabelecer idade mínima ele tem que ser pautado na lei

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do cargo que exige esse requisito. O simples fato de o edital traçar


requisitos que restrinjam inescrupulosamente os direitos de acessos
dos cidadãos aos cargos é ilícito.
Mais um pouco, tenho certeza que tem gente aí que acertou
essa questão considerando errado o fato da restrição a idade. Gente!
Olha lá o que diz o STF na súmula 683:
“O limite de idade para a inscrição em concurso público só se
legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa
ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser
preenchido.”
Colinha! ☺
Todas as exigências do cargo devem ser previstas na lei de
criação do cargo.
Pode ser limitada a altura EM RAZÃO DA RAZOABILIDADE

A IDADE (MÍNIMA OU MÁXIMA), em razão da complexidade do


cargo.

O SEXO, em razão de defender a honra das mulheres que se


encontrem em penitenciária feminina.

TESTE PSICOTÉCNICO, baseado em fatores científicos, poderá


ser pedido. Porém deve haver garantia de reexame.
Gabarito: Errado
3) (2010/ CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A categoria
denominada servidores públicos celetistas está prevista na CF e
caracteriza-se por abranger todos aqueles servidores contratados por
prazo determinado para atender necessidade temporária de
excepcional interesse público.
Comentários:
Os temporários não são celetistas! São sim regidos por lei (na
esfera federal, Lei 8745/1993).
Resuminho básico com relação aos temporários:
TEMPORÁRIOS (Lei 8745/1993)
Contratação excepcional;
Regime contratual de direito público;
Temporário não tem cargo, tem função;
Não há concurso público, é exceção ao princípio do concurso
público, afinal são admitidos por processo seletivo simplificado,
o qual pode conter provas, provas e títulos ou mera análise
curricular. Em casos de emergência, não cabe nem processo
simplificado.

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Gabarito: Errado
4) (2010/CESPE – UERN – TÉCNICO NS)O servidor deve ser probo e
demonstrar integridade de caráter no desempenho de suas funções,
toa, pode escolher, entre duas opções, aquela que melhor atenda
a seu interesse.
Comentários: Essa questão rompe com um dos principais
mandamentos da administração pública. Afronta, sem muita
pretensão aos princípio da moralidade, da impessoalidade, e ofende
ainda a estrutura basilar da administração, a supremacia do interesse
público.
Gabarito: Errado

5) (2009/CESPE – TRF-5 – JUIZ) Aos servidores vitalícios, ao


contrário do que ocorre com os notários, registradores e demais
servidores dos ofícios extrajudiciais, aplica-se a aposentadoria
compulsória por idade, sendo extensivas aos inativos, desde que
mediante lei específica, as vantagens de caráter geral outorgadas aos
servidores em atividade.
Comentários:
Não é necessária a edição de lei específica para conceder
vantagem de caráter geral.
Aproveitando esse item para falar dos notários. Um lembrete
com alguns dados da sonhada carreira! ☺
NOTÁRIOS –TABELIÃES ( Agentes delegados – estes têm
função pública)
Ingresso mediante concurso público de prova e
títulos;
Não há aposentadoria compulsória – não são
detentores de cargos, é uma função.
Fiscalizado pelo poder judiciário;
Só é exercida por pessoa física;
Atividade não mercantil – atividade do Estado;
Cobrança de emolumentos e taxas.
No passado, a atividade era transferida de pai para
filho. Isso não acontece mais!
Quando o notário morre, um substituto assume a
vaga interinamente, até que se abra um novo
concurso e o novo tabelião assuma.
Gabarito: Errado

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6) (2009/CESPE – ANTAQ) Os cargos públicos em comissão não


poderão ser providos segundo as disposições da Consolidação das
Leis do Trabalho.
Comentários:
Vamos combinar uma coisa? E garanto que nunca mais haverá
confusão. As regras da Lei 8.112 disciplinam os servidores
estatutários, mas essas mesmas regras se estendem aos servidores
comissionados. ENTRETANTO, tem um detalhe, os comissionados –
no que diz respeito à previdência – não fazem parte do regime
próprio de seguridade, eles são regidos pela RGPS.
Então um esqueminha:
Comissionados:
Regras – seguem o estatuto – Lei 8.112 –
Previdência / aposentadoria – CLT
Gabarito: Correto
7)(2010/CESPE – MPS – ADMINISTRADOR) No Brasil, o cargo de
diplomata pode ser ocupado por um estrangeiro naturalizado
brasileiro.
Comentários:
O artigo 12 da Constituição nos dá a resposta:
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os
cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da
República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa
Gabarito: Errado
8)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas
públicas e das sociedades de economia mista e considerando a
atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), julgue o
item.
A vedação de acumulação de empregos, cargos ou funções
públicas não se aplica às sociedades de economia mista, em razão do
regime concorrencial a que se submetem.
Comentários:

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A vedação à acumulação de cargos é constitucional, jamais o


TCU poderia deliberar contra o que é expresso na Constituição.
Vejamos:
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e
funções e abrange autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público;
Mais umas colinhas com relação à acumulação:
STF + PROFESSOR:
De acordo com O STF, esse tipo de acumulação garante que o
somatório ultrapasse o teto remuneratório. Na visão do STF o teto
será considerado isoladamente. Cargos políticos não devem observar
o inciso XI, art. 37.
JUIZ + MAGISTÉRIO PÚBLICO + MATRÍCULAS EM
INSTITUIÇÃO PRIVADAS
*** Pode membro do MP acumular um cargo comissionado fora
da instituição? NÃO, SÓ DENTRO DO MP
Pode haver acumulação de 3 cargos públicos ? REGRA:
NÃO. EXCEÇÃO: MÉDICO MILITAR + 2 CARGOS DE MÉDICO CIVIL
Pensões podem ser acumuladas?
CARGO + PENSÃO = PODE
PENSÃO + PENSÃO= PODE
Gabarito: Errado
9)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) Por se submeterem a regime
jurídico tipicamente privado, os empregados das empresas públicas e
das sociedades de economia mistas não estão submetidos ao teto
salarial determinado pela CF aos servidores estatutários.
Comentários:
Epa, epa! REGRA: todos se submetem! Olha o que diz a CF:
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos da administração direta,
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos
demais agentes políticos e os proventos, pensões ou
outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente
ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer
outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do
Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio
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mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o


subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito
do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores
do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte
e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos
membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos
Defensores Públicos;
Entretanto, há outro dispositivo a ser trabalhado. Vejamos:
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas
públicas e às sociedades de economia mista, e suas
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em
geral.
O limite do teto remuneratório aplica-se tão somente a
empresas dependentes de verba estatal. Vejam que existe a
possibilidade de não ser atingido por teto remuneratório trabalhandose
em sociedades de economia mista, mas para isso elas não poderão
depender de recursos estatais, combinados?
Colinha de Teto Remuneratório:
TETO REMUNERATÓRIO
Fixação do TETO: Iniciativa do STF, aprovação do congresso e
veto – sanção do presidente.
UNIÃO
REGRA Ninguém pode ultrapassar o ministro do STF.
EXCEÇÃO SEM E EP (todas as esferas)
Dependentes: recebem dinheiro para pagamento de pessoal e
de custeio. Submetem-se ao teto.
Independentes: autossuficientes. Não se submetem ao teto
remuneratório.
ESTADO
PE – Governador
PL – Deputado estadual – 75% STF
PJ – Desembargado do TJ, limitado a 90,25% do subsídio do
STF. Esse limite é extensivo às funções essenciais à justiça (MP,
Procurador, Defensor)
** STF, 2007, o teto de todos os desembargadores tem como
limite o subsídio do ministro do STF, tendo em vista que o
poder judiciário é uno. O teto de 90,25% é para o
funcionalismo público do judiciário.
Gabarito: Errado

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10) (2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A CF autoriza a acumulação


de dois cargos de médico, sendo compatível, de acordo com a
jurisprudência do STF, interpretação ampliativa para abrigar no
conceito cargo de perito criminal com especialidade em medicina
veterinária.
Comentários:
Ei, diz aí, perito criminal de animais? Profissional de saúde?
Tudo bem que amamos nossos bichinhos de estimação, mas essa do
CESPE não colou! Lembrando: dois profissionais de saúde,
enfermeiros ou médicos. Sabiam que existe uma única possibilidade
de acumulação de 3 cargos?? Pois é, 3 cargos, amigos, isso é
possível. No caso de médico militar, ele pode ainda acumular mais
dois cargos de médico. Ficou na dúvida? Reveja a colinha acima!
Gabarito: Errado
11)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) O STF fixou jurisprudência no
sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico – funcional
pertinente à composição dos vencimentos ou à permanência do
regime legal de reajuste de vantagem, ainda que eventual
modificação introduzida por ato legislativo superveniente acarrete
decréscimo de caráter pecuniário.
Comentários:
Não há que se falar em direito adquirido a regime jurídico,
entretanto, a redução de vencimentos é inaceitável. A irredutibilidade
de vencimentos é princípio constitucional. As matérias encontram-se
pacificadas pelo SUPREMO:
"Estando o acórdão impugnado (...) assentado em
situação jurídica alcançada pelo servidor (...),
descabe cogitar de ofensa à Constituição Federal a
partir do argumento genérico segundo o qual não
há direito adquirido a regime jurídico.”
“O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no
sentido de que a lei nova não pode revogar
vantagem pessoal já incorporada ao patrimônio do
servidor sob pena de ofensa ao direito adquirido.”
“O Supremo Tribunal Federal já pacificou sua
jurisprudência no sentido de que os quintos
incorporados, conforme Portaria MEC 474/1987,
constituem direito adquirido, não alcançado pelas
alterações promovidas pela Lei 8.168/1991. A
aplicação da referida lei às parcelas já incorporadas
aos vencimentos, com a redução de valores,
configuraria ofensa ao princípio constitucional da
irredutibilidade de vencimentos.”

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Resumindo: O STF entende que não há proteção para a


manutenção do regime. Não há direito adquirido com relação à
mudança do Regime jurídico. Quando o servidor vai para o serviço
público ele já sabe das prerrogativas do Estado. Entretanto, devemos
observar o princípio constitucional que veda a redução dos
vencimentos.
Gabarito: Errado
12)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A regra é a admissão de
servidor público mediante concurso público. As duas exceções à regra
são para os cargos em comissão e a contratação de pessoal por
tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público. Nessa segunda hipótese, deverão ser
atendidas as seguintes condições: previsão em lei dos cargos; tempo
determinado; necessidade temporária de interesse público; e
interesse público excepcional.
Comentários:
O quesito está perfeito!
Só alguns adendos:
Formas de ingresso sem concurso público:
Cargos comissionados
Quinto constitucional
Membros dos TCs
Art. 198 – processo seletivo público
Art. 37, IX – processo seletivo simplificado
Gabarito: Correto
13)(2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) A investidura em cargo
ou emprego público dependerá sempre de aprovação prévia em
concurso de provas ou de provas e títulos, de acordo com a sua
natureza e complexidade.
Comentários:
Olhem bem, o examinador, às vezes, é exagerado demais.
SEMPRE é algo que quase nunca é verdadeiro. Principalmente quando
falamos nessa disciplina, a regra é ter exceção ☺. Vimos no item
anterior que cabem algumas exceções, concordam?
Gabarito: Errado
14)(2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) Embora a Constituição
Federal de 1988 (CF) exija a reserva, por meio de lei, de percentual
dos cargos e empregos públicos para pessoas com deficiência física, é
entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que tal regra não
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tem aplicação se a incidência do percentual previsto em lei resul-


tar, no caso concreto, em número inferior a um.
Comentários:
Sejamos razoáveis! Com razoabilidade chegamos lá!
REGRA:
CF – será reservado para determinados cargos “percentual
mínimo”.
8.112/90 – Até 20% das vagas
Decreto Federal fixou 5% das vagas
Pode um cargo não reservar vaga para deficiente?
SIM, O princípio da RAZOABILIDADE garante que não se
reserve vagas para alguns cargos. Pode ainda, dependendo do
número de vagas, não se reservar vaga para deficiente. Vejam, se
um concurso tem 2 vagas, no caso de reservarmos 1 vaga para
deficiente, estaríamos definindo um percentual de 50%, o que, mais
uma vez, não é razoável.
Gabarito: Correto
15)(2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) Segundo expressa
previsão constitucional, é garantido ao servidor público civil o direito
à livre associação sindical, nos termos e limites definidos em lei.
Comentários:
Opss! Vejam que no na cabeça do cidadão. Será que já não
lemos isso em algum lugar? Claro que sim, mas a redação aí é para
direito à greve, lembram? Vamos ver o texto que fala de associação
sindical:
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre
associação sindical;
Agora o texto que fala em greve:
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos
limites definidos em lei específica;
Já que chegamos aqui, vamos só dar uma olhadinha em um
julgado do STF com relação ao mandato de injunção a respeito da
matéria:
Direito de greve dos servidores públicos civis.
Regulamentação da lei de greve dos trabalhadores em
geral (Lei 7.783/1989). Fixação de parâmetros de

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controle judicial do exercício do direito de greve pelo


legislador infraconstitucional. (...) Considerada a omissão
legislativa alegada na espécie, seria o caso de se acolher
a pretensão, tão somente no sentido de que se aplique a
Lei 7.783/1989 enquanto a omissão não for devidamente
regulamentada por lei específica para os servidores
públicos civis (CF, art. 37, VII).
Resumindo, aplica-se aos servidores a lei que regula o direito
de greve dos trabalhadores em geral.
Gabarito: Errado
16) (2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) Os vencimentos dos
cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não podem ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
Comentários:
Item literal! CF, Artigo 37, XII
XII - os vencimentos dos cargos do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
Gabarito: Correto
17) (2010/CESPE – CETURB – Analista Administrativo) Na admissão
no serviço público, embora seja vedada a acumulação remunerada de
cargos, a própria Constituição Federal excepciona tal regra em
algumas situações. Um médico, por exemplo, pode exercer mais de
um cargo, mas essa regra não alcança os demais profissionais da
saúde.
Comentários: Já vimos algumas vezes hoje que essa
afirmação é falsa! O texto constitucional garantiu a acumulação aos
profissionais de saúde, em geral, com profissão regulamentada.
Gabarito: Errado
18) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a
Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, em
razão do princípio da eficiência, a CF prevê a avaliação de
desempenho como condição obrigatória para aquisição da
estabilidade.
Comentários:
A emenda 19 acabou com a festa do caqui, não tem mais essa
de servidor preguiçoso ter dinheirinho garantido no bolso:

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CF, artigo 41 - § 4º Como condição para a aquisição da


estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Gabarito: Correto
19)(2010/CESPE – CETURB – Analista Administrativo) As hipóteses
de demissão de servidor público civil incluem a possibilidade de
exclusão de servidor para adequar as despesas do ente aos limites
fixados na lei de responsabilidade fiscal, desde que já tenham sido
excluídos do quadro todos os servidores não estáveis e, ainda assim,
a redução de despesas não tenha sido suficiente.
Comentários:
“Não estáveis” são os servidores que receberam a estabilização
constitucional, do art. 19 do ADCT. Alcança também os que ainda
estão em estágio probatório. Assim, quando a questão diz “todos” os
não estáveis ela se equivoca. E mais: o item como está redigido
passa a ideia de que os servidores não estáveis não são servidores.
Percebam que a banca omitiu o termo “demissão de servidor civil
estável”.
As formas de perda de cargo:
Processo judicial transitado em julgado.
Processo administrativo transitado em julgado.
Avaliação periódica de desempenho*.
Excesso de despesas. Art. 169 limite Estados – 60%
arrecadação/ limite União -50% arrecadação
* Nos termos de lei complementar.
O corte de despesa deve obedecer a uma ordem:
pelo menos 20% dos cargos comissionados;
servidores não estáveis;
servidores estáveis;
Gabarito: Errado
20) (2010/CESPE – CETURB – Analista Administrativo) Ao servidor
ocupante exclusivamente de cargo em comissão declarado de livre
nomeação e exoneração, bem como de cargo temporário ou de
emprego público, se aplica o regime geral da previdência social.
Comentários:

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O quesito é literal.
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração bem como de outro cargo temporário ou de
emprego público, aplica-se o regime geral de previdência
social. (EC nº 20/98)
Gabarito: Correto
21) (2010/CESPE – MPOG – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – ÁREA
2) Considerando que determinado órgão público pretenda promover a
contratação de profissionais por tempo determinado, para atender
necessidade temporária de excepcional interesse público, a
contratação poderá dar-se sem concurso público.
Comentários:
Parece que está dando certo, essa ninguém errou! Errou? Oi lá,
não nos decepcionem.
Gabarito: Correto
22) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a
Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, os
requisitos de idade e de tempo de contribuição necessários para a
aposentadoria são reduzidos para o professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério
no ensino fundamental e médio.
Comentários:
APOSENTADORIA DE PROFESSORES
INFANTIL
FUNDAMENTAL
MÉDIO
UNIVERSITÁRIO
Haverá redução de cinco anos de idade e de contribuição. Está
previsão não alcança professor universitário. A redução só valerá
para aposentadoria integral.
Gabarito: Correto
23) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a
Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, o
servidor público investido no mandato de vereador deve ser afastado
do seu cargo, sem exceção.
Comentários:

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Sem exceção? Nem pensar! A regra é ter exceção! O vereador


pode acumular a vereança e o cargo público, e de quebra fica com os
vencimentos dos dois cargos. Atenção!!! Atenção!!
O vereador só poderá acumular a vereança e o cargo público se
o cargo não for cargo em comissão, se for cargo em comissão NÃO
poderá acumular, afinal, cargos em comissão são cargos de
dedicação exclusiva, 100%! Tempo de mandato eletivo é contado
para todos os efeitos, exceto merecimento. No caso da acumulação
de vereador, ele também terá o tempo contado para merecimento,
caso opte por não se afastar do cargo público.
Gabarito: Errado
24) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a
Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, a
proibição constitucional de acumulação remunerada de cargos
públicos não impede que uma pessoa ocupe concomitantemente dois
cargos de professor, desde que haja compatibilidade de horários.
Comentários:
Molezinha, né?
Gabarito: Correto
25) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a
Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, o
diretor de uma escola pública estadual que for condenado por ato de
improbidade tem, entre outras cominações, a perda dos seus direitos
políticos em razão da prática de ato de improbidade no serviço
público.
Comentários:
Perda de direitos políticos? Não! Suspensão! Lei de
Improbidade, artigo 12:

I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores


acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento
integral do dano, quando houver, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez
anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor
do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo de dez anos;

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Gabarito: Errado
26) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a
Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, na
contagem do tempo de contribuição para fins de aposentadoria é
computado o tempo que o servidor público contribuiu nas esferas
federal, estadual ou municipal.
Comentários:
A emenda 20 trouxe novas regras ao artigo 201 da CF:

§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a


contagem recíproca do tempo de contribuição na
administração pública e na atividade privada, rural e
urbana, hipótese em que os diversos regimes de
previdência social se compensarão financeiramente,
segundo critérios estabelecidos em lei.
Gabarito: Correto
27)(CESPE/2010 – ANEEL – ANALISTA ADMINISTRATIVO) No que se
refere aos vocábulos cargo, emprego e função pública, é correto
afirmar que o servidor contratado por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público
exerce função pública.
Comentários: Já foi dito lá em cima, TEMPORÁRIO tem FUNÇÃO
pública. Vamos ver a colinha de novo? Nunca é demais, depois de
umas lidas nunca mais se esquece! ☺

TEMPORÁRIOS (lei 8745/93)


Em caso de necessidade, razão excepcional;
Contratação excepcional;
Regime contratual de direito público;
Temporário não tem cargo, tem função;
Pode haver processo seletivo simplificado ou análise de
currículo;
Não há concurso público, é exceção ao princípio do concurso
público, afinal de contas realizam processo seletivo
simplificado, o qual pode conter provas, provas e títulos ou
mera análise curricular.
No caso de lides trabalhistas a CLT é usada supletivamente.

Gabarito: Correto

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ACUMULAÇÃO DE CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS


28)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO )
Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de
horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando
os cargos públicos forem acumulados em quadros de pessoal de
pessoas jurídicas de direito público interno diversas.
Comentários:
Nem pensar! A acumulação abrange todos os entes e esferas,
dessa forma não pode mesmo! Já vimos isso.
Gabarito: Errado
29)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO )
Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de
horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando
a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas ou não.
Comentários:
Não basta a simples compatibilidade de horários para que se
possa acumular cargo público. Isso é um dos requisitos para a
acumulação legal, deve-se observar ainda a serem os cargos de
profissionais da saúde devem ser de profissões regulamentadas, a
acumulação ainda se estende a professor, cargos técnicos científicos
entre outros, lembrando:
CF, artigo 37, XVI:
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no
inciso XI.
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou
científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas; Daí a incorreção do quesito.
Gabarito: Errado
30)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO)
Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de
horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando
a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

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Comentários:
Questão assim, quase literal, olha lá:
c) a de dois cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Gabarito: Correto
31)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO )
Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de
horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando
a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de
profissionais de educação, com profissões regulamentadas.
Comentários:
Esse joguinho de inverter texto de lei pega muita gente,
cuidado! Profissionais de Saúde e não de educação.
Gabarito: Errado
32)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO )
Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de
horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando
a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de
professor, em regime de dedicação exclusiva, ainda em atividade.
Comentários:
Bomba! Vamos pensar: Se é regime de dedicação exclusiva,
sabemos que a pessoa respira 100% o cargo, dessa forma não dá
para ter compatibilidade de horários.
Gabarito: Errado
33)(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) Caso uma enfermeira do
Ministério da Saúde ocupe também o cargo de professora de
enfermagem da Universidade Federal de Goiás e, em cada um dos
cargos, cumpra o regime de quarenta horas semanais, tal
acumulação, segundo o entendimento da AGU, deverá ser declarada
ilícita.
Comentários:
Coloquei a questão para lembrá-los de que TCU e AGU têm
visões iguais aqui. A AGU entende que a acumulação não pode
totalizar 80 horas semanais. Máximo de 60 horas semanais. Mais
uma informação: O TCU também entende que o limite de horas
acumuladas semanais será de 60 horas, ok?
PARECER N. AGU/WM-9/98 (Anexo ao Parecer GQ-145)
PROCESSOS NS. 46215.008040/97-54 e 46215.008041/97-17
(Procs. de sindicância ns. 46215.016699/97-20 e
46215.016700/97-15)
ASSUNTO: Exame de casos de acumulação de cargos.

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EMENTA : Ilícita a acumulação de dois cargos ou empregos de


que decorra a sujeição do servidor a regimes de trabalho que
perfaçam o total de oitenta horas semanais, pois não se
considera atendido, em tais casos, o requisito da
compatibilidade de horários.
Gabarito: Errado
34)(2010/CESPE – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Um analista
da DPU pode acumular seu cargo público com um de técnico bancário
no Banco do Brasil, por se tratarem de regimes distintos.
Comentários:
Não importa o regime, a proibição de acumular se estende a
toda a Administração indireta, como é o caso do Banco do Brasil.
Vamos listar umas observações quanto à acumulação de cargos:
POSSIBILIDADES PERMITIDAS:
PROFESSOR PÚBLICO + PROFESSOR PÚBLICO +
PROFESSOR CLT
PROFESSOR + CARGOS TÉCNICO CIENTÍFICO
Cargo que admite qualquer formação pode ser
considerado técnico científico?
A regra neste caso é o não reconhecimento do caráter técnico
do cargo. Porém se o cargo não envolver atividade meramente
burocrática e for de atividade complexa admite o STJ a
acumulação.
OUTRAS SITUAÇÕES DE ACUMULAÇÃO
2 CARGOS PRIVATIVOS DE PROFISSIONAL DE SAÚDE
(médico e enfermeiro)
ART. 95 JUIZ + MAGISTÉRIO
ART. 128 MINISTÉRIO PÚBLICO + MAGISTÉRIO
ART. 73 TRIBUNAIS DE CONTAS + MAGISTÉRIO
ART. 38, III VEREADOR PODE ACUMULAR COM CARGO
ANTERIOR
Por falar em teto aí as parcelas que são consideradas extrateto:
PARCELA EXTRATETO
Verbas de caráter indenizatório.
Exemplos:
- diárias. É a indenização paga em razão do deslocamento
transitório e fora de sede. Não receberá diárias se for da
atribuição do cargo o constante deslocamento.
- Ajuda de custo – deslocamento permanente.

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- Auxílio transporte.
- Auxílio moradia. Ressarcimento funcional ou moradia
funcional. É pago depois da comprovação dos gastos.
Gabarito: Errado
35)(2010/CESPE – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A proibição
constitucional de acumular cargos públicos alcança os servidores de
autarquias e fundações públicas, mas não os empregados de
empresas públicas e sociedades de economia mista.
Comentários:
A proibição estende-se a toda a administração indireta também,
lembram aquela colinha? Quem não sabe que a proibição pega todo
mundo? Quem não sabia, agora já sabe! Vamos à CF, art. 37:
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e
funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
(Redação da EC 19/98)
Gabarito: Errado
36) (2010/CESPE – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) É vedada a
acumulação por um servidor de dois cargos públicos, sendo um de
médico e outro de enfermeiro.
Comentários:
A acumulação de cargos é considerada para profissionais da
saúde, tanto pode ser dois cargos de médico ou dois cargos de
enfermeiro, ou ainda como sugere a questão.
Vamos à CF:
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado
em qualquer caso o disposto no inciso XI:
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saúde, com profissões regulamentadas;
Gabarito: Errado
REGIME DISCIPLINAR

37)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) É cabível


aplicação de pena de demissão a servidor que atue de forma
desidiosa, isto é, que apresente conduta negligente de maneira
reiterada.
Comentários:
De fato, a demissão está prevista caso o servidor seja
desidioso. A questão é literal. Vamos ver o artigo que traz a previsão:

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Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:


XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
Artigo 117-
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
X - participar de gerência ou administração de sociedade
privada, personificada ou não personificada, exercer o
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
grau, e de cônjuge ou companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
estrangeiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV - proceder de forma desidiosa;
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição
em serviços ou atividades particulares;
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao
cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
transitórias;
Gabarito: Correto
38) (2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) Uma das
hipóteses de aplicação da pena de suspensão é a reincidência em
faltas punidas com a pena de advertência.
Comentários:
Correta a afirmação. Quando o servidor já tiver sido punido por
determinado comportamento e for reincidente será, no caso,
suspenso. Mais uma vez o artigo 130:
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de
reincidência das faltas punidas com advertência e de violação
das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a
penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
(noventa) dias.
Gabarito: Correto
(CESPE/2010 – ANEEL – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Em cada um
dos próximos itens, é apresentada uma situação hipotética, seguida

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de uma assertiva a ser julgada com relação às penalidades previstas


na Lei 8.112/1990.
39)Paulo, em função da reintegração de um colega, será reconduzido
ao cargo que anteriormente ocupava, cabendo-lhe devolver ao
erário os emolumentos percebidos no período.
Comentários:
A parte negritada é a parte errada da questão. A devolução dos
emolumentos recebidos legalmente, pela execução de efetiva de um
serviço não deve proceder. Isso caracterizaria enriquecimento ilícito
para o Estado.
Colinha de recondução:
Recondução: será reconduzido SOMENTE se estável.
O servidor inabilitado em estágio probatório –
O servidor quando retornar do cargo do reintegrado e o
seu cargo original ainda estiver vago.
De acordo com o STF, o servidor público estável em
estágio probatório em outro cargo pode desistir e ser
reconduzido ao cargo de origem.
Gabarito: Errado
40) João, servidor público da ANEEL, teve sua demissão invalidada
por decisão administrativa. Nessa situação, João deverá ser
reintegrado ao cargo anteriormente ocupado, estando sua
aposentadoria automaticamente sujeita a cassação.
Comentários:
A reintegração é uma das formas derivadas de provimento. O
servidor está fora e retorna à Administração Pública. No caso, trata-
se de reingresso de servidor que fora demitido, haja vista a
invalidação do ato demissório por sentença judicial ou pela própria
Administração, nesse último, com fundamento no princípio da
autotutela (Súmula 473 do STF, questão certa!).
Reintegração é o retorno do servidor demitido e não retorno do
servidor aposentado, logo está incorreta a afirmação de cassação de
aposentadoria. E mais: mesmo no caso de reversão (retorno do
aposentado), não haverá, propriamente, cassação de aposentadoria,
isso porque cassação é penalidade aplicável ao servidor aposentado
que durante a atividade cometeu ilícito que acarretaria a demissão.
Gabarito: Errado

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41)Nessa situação, caso Paulo não faça a devolução dos referidos


emolumentos no prazo de noventa dias, ele estará sujeito à
suspensão e ao pagamento de multa diária.
Comentários:
O quê? Isso foi totalmente maluco, ok? Primeiramente não há
de se devolver nenhum dinheiro ao Estado, afinal, o serviço foi
efetivamente desempenhado por Paulo. Isso geraria enriquecimento
sem causa do Estado.
Gabarito: Errado
42) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) De acordo
com o disposto na Lei n.º 8.112/1990, na hipótese de inassiduidade
habitual, a penalidade disciplinar a ser aplicada ao servidor público é
de
A multa.
B suspensão de até 15 dias.
C demissão.
D advertência.
E suspensão de até 30 dias.
Comentários:
Vamos direto à lei:
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na
repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular,
salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão
do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
públicas;
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XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.


Art. 117 –
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
X - participar de gerência ou administração de sociedade
privada, personificada ou não personificada, exercer o
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
grau, e de cônjuge ou companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
estrangeiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV - proceder de forma desidiosa;
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição
em serviços ou atividades particulares;
Acho interessante decorar esse artigo e também o que trata das
outras penalidades. O examinador adora perguntar esse tipo de
coisa. A bem da verdade a lista é meio óbvia, mas se você não acha,
use esse fato a seu favor e tente montar um mnemônico.
Gabarito: alternativa C
43) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Se
determinado servidor público participar de gerência ou administração
de sociedade privada, sem ser na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário, a administração deverá aplicar a penalidade de
advertência por escrito.
Comentários:
Não falei?? Adoram perguntar! Acho que não precisamos
recolocar o dispositivo, é só olhar na questão anterior. Caso de
gerência ou administração é cartão vermelho!
Gabarito: Errado
44) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Caso
servidor seja suspenso de suas atividades e posteriormente consiga
cancelar essa penalidade, o cancelamento deverá surtir efeitos
retroativos.
Comentários:

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Poderá haver cancelamento do registro de suspensão, mas isso


não significa que esse cancelamento surtirá efeitos retroativos.
Vamos ver o que diz o artigo:
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão
seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5
(cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o
servidor não houver, nesse período, praticado nova infração
disciplinar.
Lembrem-se de que ninguém deve pagar por um crime durante
toda a sua vida. Uma hora o crime deverá ser perdoado.
Gabarito: Errado
45) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Quando
servidor público federal recusar-se a se submeter à inspeção médica
determinada por autoridade competente, sua recusa fará com que
seja demitido do serviço público.
Comentários:
Cadê o nosso rol?? Ehhh acho que quando o examinador fica
cansado de pensar, ele acaba colocando essas perguntinhas
mixurucas... ☺ Mas vamos lá, está no artigo 130 da 8.112:
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o
servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a
inspeção médica determinada pela autoridade competente,
cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação.
Gabarito: Errado
46) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) É vedada à
administração pública converter qualquer penalidade disciplinar em
multa.
Comentários:
Pensem: na administração pública tem gente sobrando ou
faltando?? Depende, mais falta do que sobra. Uma maneira de punir
o servidor e de a administração não sofrer ainda mais pela falta do
servidor é aplicar-lhe uma multa e deixá-lo trabalhando.
E fala sério, deve ser ruim isso, não?? Trabalhar para pagar
multa, isso ninguém gosta. Mas a questão aqui envolve certa
ponderação. Às vezes, manter o servidor afastado traria um prejuízo
ainda maior para a Administração. Abaixo o parágrafo do artigo 130
da 8.112:
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade
de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50%
(cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração,
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

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Gabarito: Errado
47) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Servidor
público que adotar incontinência pública e conduta escandalosa, na
repartição, estará sujeito a ser demitido do serviço público.
Comentários:
Vamos combinar, esse examinador está muito cansado rsrs
Acho que não precisa colar o dispositivo aqui novamente né? Dá uma
olhadinha novamente algumas questões acima.
Gabarito: Correto
48) (2009/CESPE – ANTAQ) A exoneração não se caracteriza como
uma penalidade administrativa disciplinar aplicável aos servidores
públicos.
Comentários:
De fato exoneração não é penalidade. A penalidade é a
demissão.
A 8.112:
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do
servidor, ou de ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
I - quando não satisfeitas as condições do estágio
probatório;
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar
em exercício no prazo estabelecido.
Gabarito: Correto
49)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) Uma das
hipóteses de aplicação da pena de suspensão é a reincidência em
faltas punidas com a pena de advertência.
Comentários:
Apesar de eu achar o CESPE a banca mais criativa de todas, às
vezes, o examinador perde toda a criatividade e volta com quesito
quase idêntico, mas vamos lá! O artigo 130 não deixa o examinador
mentir:
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência
das faltas punidas com advertência e de violação das demais
proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de
demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
Gabarito: Correto
50) (2010/CESPE – MPS – ADMINISTRADOR) A exoneração não
possui caráter punitivo.

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Comentários:
De fato, exoneração não é punição. Vamos lembrar mais uma
vez que as punições ou penalidades encontram-se elencadas no
artigo 127, da Lei 8.112:
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Gabarito: Correto
51) (2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) A Procuradoria-Geral
Federal ingressou com ação executiva fiscal por crédito não tributário
no valor de R$ 200.000,00. Consta dos autos que esse crédito
corresponde a multa administrativa imposta pela ANVISA, no
exercício do poder de polícia, já que, no dia 2/4/2002, havia sido
praticada a infração administrativa respectiva, ficando paralisado esse
processo administrativo até 5/4/2006, quando então foi inscrita em
dívida ativa. Foram opostos embargos à execução, nos quais foi
proferida sentença extinguindo a ação, com fundamento na
prescrição.
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens seguintes.
(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) O fato de o servidor público
deixar de praticar, indevidamente, o ato de ofício constitui infração
administrativa prevista na Lei n.º 8.112/1990, mas não, ato de
improbidade administrativa.
Comentários:
Deixar de praticar, indevidamente, o ato de ofício é infração
prevista tanto na Lei 8.112 quanto na Lei 8.429.
Na 8.112: artigo 117 – Ao servidor é proibido:
IV - opor resistência injustificada ao andamento de
documento e processo ou execução de serviço;
A Lei de Improbidade prevê três categorias de infrações, entre
elas consta a categoria dos atos de improbidade administrativa que
atentam contra os princípios da administração pública:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que
atenta contra os princípios da administração pública
qualquer ação ou omissão que viole os deveres de

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honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às


instituições, e notadamente:
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
ofício;
Gabarito: Errado
ESTÁGIO PROBATÓRIO x ESTABILIDADE

52)(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) No que concerne aos


agentes públicos, julgue os itens subsequentes.
É constitucional o decreto editado por chefe do Poder Executivo de
unidade da Federação que determine a exoneração imediata de
servidor público em estágio probatório, caso fique comprovada a
participação deste na paralisação do serviço, a título de greve.
Comentários:
O fato de o servidor está em estágio probatório não o impede
de exercer seu direito de greve.
Vamos conferir a CF e a posição do supremo a respeito do
assunto:
“A simples circunstância de o servidor público estar em estágio
probatório não é justificativa para demissão com fundamento
na sua participação em movimento grevista por período
superior a trinta dias. A ausência de regulamentação do direito
de greve não transforma os dias de paralisação em movimento
grevista em faltas injustificadas.” (RE 226.966, Rel. p/ o ac.
Min. Cármen Lúcia, julgamento em 11-11-2008, Primeira
Turma, DJE de 21-8-2009.) Vide: ADI 3.235, Rel. p/o ac. Min.
Gilmar Mendes, julgamento em 4-2-2010, Plenário, DJE de 12-
3-2010.
Gabarito: Errado
53)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação
aos benefícios do servidor público civil, julgue o item.
Servidor público que se acidenta em serviço e entra em gozo de
licença pelo acidente receberá remuneração proporcional se estiver
em estágio probatório.
Comentários:
Será que o CESPE não gosta de funcionário em estágio
probatório rsrs. Primeiro queria mandar o coitado embora porque
participou de uma greve, agora quer condenar o coitado à
remuneração proporcional? Ficaria com quase nada, morreria de
fome antes de voltar ao serviço público se assim fosse. O dispositivo
colocado na questão anterior não fala em “estágio probatório”.

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E por falar em licença, vamos listar as licenças a que tem


direito o servidor em estágio probatório, os artigos estão resumidos,
leia a íntegra na Lei 8.112:
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão
ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos
nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim
afastamento para participar de curso de formação
decorrente de aprovação em concurso para outro cargo
na Administração Pública Federal.
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou
companheiro;
III - para o serviço militar;
IV - para atividade política;
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo
aplicam-se as seguintes disposições:
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País
para estudo ou missão oficial, sem autorização do
Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder
Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em
organismo internacional de que o Brasil participe ou com
o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.
Gabarito: Errado
54)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) É cabível a
exoneração de ofício quando não satisfeitas as condições do estágio
probatório.
Comentários:
Sim, é cabível. Lei 8.112, Artigo 20:
§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será
exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
anteriormente ocupado, observado o disposto no
parágrafo único do art. 29.
Efeitos da exoneração de ofício:
Se a pessoa tem apenas um cargo, e não é estável vai para
casa descansar;
Se a pessoa é servidor estável será reconduzido ao cargo de
origem; vamos ver a colinha de Recondução:
Recondução: será reconduzido SOMENTE se estável.

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O servidor inabilitação em estágio probatório


O servidor quando retornar do cargo do reintegrado e o
seu cargo original ainda estiver vago.
De acordo com o STF, o servidor público estável em
estágio probatório em outro cargo pode desistir e ser
reconduzido ao cargo de origem.
(ex. Pessoa fez concurso para auditor da Recita Federal e não
gostou e quer voltar ao cargo de analista, isto foi previsto pelo STF)
** O servidor, para se afastar e ter direito a voltar (reconduzido ou
por livre e espontânea vontade) não poderá pedir exoneração, ele
deverá pedir vacância para posse em cargo inacumulável.
Outros casos de Exoneração de ofício:
Comissionado, quando dispensado;
Aquele que não entrou em exercício dentro do prazo;
Aquele que foi inabilitado em estágio probatório;
Aqueles que foram desligados por excesso de despesa
(art.169,CF);
Detentores de cargos efetivos exercendo função em cargo
comissionado;
O não estável quando do retorno do reintegrado;
Avaliação periódica de desempenho.
Gabarito: Correto Al-
gumas observações:
ESTÁGIO PROBATÓRIO: período no qual o servidor é avaliado
no cargo, provadas suas qualificações. O prazo de estágio de 36
meses para o STJ, entendimento seguido pelo Cespe.
Itens verificados:
Assiduidade – comparecer e trabalhar.
Produtividade
Capacidade de iniciativa
Responsabilidade
Disciplina
1) Durante o estágio pode assumir cargo em comissão.
No órgão, qualquer cargo. E fora do órgão, para cargos mais
complexos (DAS 4, 5, 6 e classe especial).
2) Durante o estágio pode se afastar para fazer curso de
formação em outro concurso.

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Sim, mas o estágio fica suspenso.


3) Durante o estágio pode tirar licença para cuidar da saúde?
Só faltava negar, né! Pode.

Direitos e Deveres
55)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) As vantagens
pecuniárias não são computadas nem acumuladas para efeito de
concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob
o mesmo título ou idêntico fundamento.
Comentários:
Corretíssimo o CESPE. Há proibição expressa na Lei 8.112:
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas,
nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo
título ou idêntico fundamento.
Gabarito: Correto
56)(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) Carlos, servidor público
federal desde abril de 2000, jamais gozou o benefício da licença para
capacitação. Nessa situação, considerando-se que ele faz jus ao gozo
desse beneficio por três meses, a cada quinquênio, Carlos poderá
gozar dois períodos dessa licença a partir de abril de 2010.
Comentários:
Infelizmente, errado. As licenças não podem ser acumuladas.
Vamos ver o que diz a Lei 8.112:
Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o
servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-
se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva
remuneração, por até três meses, para participar de curso
de capacitação profissional.
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput
não são acumuláveis.
Gabarito: Errado
57)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação
aos benefícios do servidor público civil, servidora pública que tiver
parto múltiplo receberá auxílio-natalidade equivalente a um
vencimento por nascituro.
Comentários:
Olhem! Apesar de o item estar errado, acho o muito mais justo
do que a lei. Afinal, ninguém vai comprar meia fralda, meio litro de
leite, ou pagar meia babá!

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Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo


de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor
vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.
§ 1o Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido
de 50% (cinqüenta por cento), por nascituro.
Gabarito: Errado
58)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação
aos benefícios do servidor público civil, julgue o item.
Com base em perícia oficial, a administração pode conceder, tanto de
ofício quanto a pedido, licença para tratamento de saúde a servidor
público.
Comentários:
Vamos à situação hipotética: Caxias chega ao serviço todos os
dias a 7 horas da manhã, trabalha embaixo de sol, chuva, neve,
tempestade, até quando o Brasil está goleando a Argentina, Caxias
trabalha. Caxias andou trabalhando muito embaixo de chuva, e
acabou pegando uma pneumonia, que ameaça virar tuberculose. O
chefe anda observando Caxias, no íntimo o chefe sabe que Caxias
não gosta de ficar em casa, gosta mesmo é do trabalho. O chefe, que
não é bobo, acredita que se Caxias não se tratar imediatamente
deixará de ser “o” funcionário e será “o” falecido. Melhor do que um
bom funcionário, é um bom funcionário bem de saúde. Um artigo
vem proteger o chefe boa praça:
Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento
de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica,
sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Gabarito: Correto
59)(2010/CESPE – MPOG – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – ÁREA
1) Considere que servidora pública federal tenha filha com doença
rara, cujo diagnóstico foi feito por perícia médica oficial. Nessa
situação, considerando que a assistência dessa servidora, ao longo do
tratamento de sua filha, seja indispensável e que não seja possível a
manutenção de suas atribuições funcionais como servidora pública,
poderá ser-lhe concedida licença, por motivo de doença, pelo período
de doze meses, sem prejuízo da remuneração.
Comentários:
Essa questão parece tão justa que dá vontade de marcar
correto, o que vocês colocaram aí?? Rsrs
Olha lá, “doença rara”, coitadinha da menina!!! Gente! Aqui não
tem essa não!! Lembram: O servidor só pode fazer o que está na lei,

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ele pode ficar com pena da moça, mas isso é o máximo. A lei manda,
o servidor cumpre. O que diz a lei:
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por
motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais,
dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
dependente que viva a suas expensas e conste do seu
assentamento funcional, mediante comprovação por
perícia médica oficial.
§ 1o A licença somente será deferida se a assistência direta
do servidor for indispensável e não puder ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante
compensação de horário, na forma do disposto no inciso II
do art. 44. § 2º A licença de que trata o caput, incluídas
as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de
doze meses nas seguintes condições:
I - por até sessenta dias, consecutivos ou não, mantida
a remuneração do servidor; e
II - por até noventa dias, consecutivos ou não, sem
remuneração.
§ 3o O início do interstício de doze meses será contado
a partir da data do deferimento da primeira licença concedida.
Resumindo, a mãe poderá se afastar, recebendo remuneração,
durante o período máximo de 60 dias. E caso dispense a
remuneração, poderá se afastar por 90 dias. Lembrem que a
administração é obrigada a dar essa licença para mãe, caso ela prove
em junta médica oficial que a filha está doente.
Gabarito: Errado
60)(2010/CESPE – MPOG – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – ÁREA
1) Considere que Paulo, servidor público federal lotado em Brasília,
pretenda ser removido a pedido para o Rio de Janeiro,
independentemente do interesse da administração, para acompanhar
a esposa, servidora pública federal, aprovada recentemente em
concurso público, lotada no Rio de Janeiro. Nessa situação hipotética,
Paulo fará jus à citada remoção, conforme expressa autorização da
Lei 8.112.
Comentários: Vamos ao resuminho que preparei de remoção,
depois respondemos a pergunta.
Remoção: deslocamento do servidor.
Remoção de ofício: receberá ajuda de custo. Cônjuge servidor
deve acompanhar.

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Remoção a pedido: fica a critério da administração.


Remoção a pedido, independente da vontade da
administração:
Por razão de saúde própria.
Por razão de saúde de cônjuge ou qualquer dependente
econômico.
Concurso de remoção interna, a pedido
Acompanhar cônjuge removido de ofício
Nossa questão envolve o terceiro e o último item do resuminho:
é remoção a pedido e para acompanhar cônjuge, só que vejam,
nosso resumo é claro: “Acompanhar cônjuge removido de
ofício”, o que não é o caso do nosso herói. Nosso herói quer
acompanhar a esposa, que não foi removida, e sim, ela está sendo
lotada no Rio, é de livre, espontânea e muita vontade. Ela vai porque
quer. Nesse caso a administração deve decidir de acordo com o
interesse público, de forma discricionária.
Gabarito: Errado

O SISTEMA PREVIDENCIÁRIO DO SERVIDOR PÚBLICO


61)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação
aos benefícios do servidor público civil, para que um cônjuge receba
pensão vitalícia pela morte de servidor, deverá comprovar sua
dependência econômica.
Comentários:
A lei em nenhum momento desampara pessoas que não sejam
dependentes. Nesse caso a viúva alegre será “feliz para sempre” ☺
gente!! Vocês têm que concordar, homem sempre morre primeiro!!
Se ele morreu quem perdeu foi ele, a perua ops a viúva continua
viva!
Art. 217. São beneficiários das pensões:
I - vitalícia:
a) o cônjuge;
b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou
divorciada, com percepção de pensão alimentícia;
c) o companheiro ou companheira designado que
comprove união estável como entidade familiar;
d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica
do servidor;

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e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a


pessoa portadora de deficiência, que vivam sob a dependência
econômica do servidor;
II - temporária:
a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de
idade, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;
b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos
de idade;
c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido,
enquanto durar a invalidez, que comprovem dependência
econômica do servidor;
d) a pessoa designada que viva na dependência econômica
do servidor, até 21 (vinte e um) anos, ou, se inválida, enquanto
durar a invalidez.
Gabarito: Errado
62)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Servidor
público com quinze anos de serviço, acometido de moléstia
profissional grave e incurável, prevista em lei e aposentado por
invalidez permanente em função dessa doença, deverá receber
legalmente os proventos proporcionais aos anos de serviço.
Comentários:
Imagine que você tenha pilotado a máquina de raio-x de algum
hospital público, e agora tem um câncer. Não temos dúvida de que
sua doença é em função do seu trabalho perigoso. E, além da punição
de ter sua vida abreviada ou vivê-la com capacidade reduzida, ainda
terá a aposentadoria proporcional? Isso não é justo! Vamos
combinar: moléstia grave, e tudo que reduz sua capacidade, se for
“presente” da atividade profissional, será recompensada com
aposentadoria integral, combinados?
Art. 186. O servidor será aposentado:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos
integrais quando decorrente de acidente em serviço,
moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais
casos;
Gabarito: Errado
(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) José, que foi
aprovado em concurso público com apenas 20 anos de idade, após
dezoito meses de sua posse, sem estar em serviço, sofreu um
acidente, que o deixou acamado por dois meses.
Posteriormente, José retornou ao trabalho e
concomitantemente passou mais nove anos fazendo fisioterapia, sem

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mudança de cargo ou função. Por fim, ficou incapacitado para o


trabalho por invalidez permanente em decorrência daquele acidente.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item.
63)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Pode ser
concedida aposentadoria por invalidez com proventos integrais tendo
em vista que José tem mais de dez anos de contribuição no serviço
público.
Comentários:
Ei, finalmente o CESPE conseguiu um estagiário que não tem
muitos direitos... rsrsr Olha lá, o acidente não foi em virtude do
trabalho, perceberam? Dessa forma, o acidentado se aposenta com
proventos proporcionais. Veja que isso faz sentido galera.
Imaginem, algum desesperado, suicida, que queira ficar nas costas
do governo pelo resto da vida. O Joselito (sem noção) provoca um
acidente e pensa que vai receber proventos de auditor da receita pelo
resto da vida, imaginaram? E o pior é que se o sem noção morre
ainda deixa a perua com a pensão... O mesmo vale para os que
tenham doenças que não foram provocadas pelo trabalho, estão
pensando o que? Isso aqui não é casa de mãe-joana não rsrs
Gabarito: Errado
64)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) José pode se
aposentar por invalidez com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição.
Comentários: Agora ficou fácil não é? A banca foi perfeita!
Gabarito: Correto
65)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A
aposentadoria por invalidez pode ocorrer com proventos integrais.
Comentários:
Mais uma vez o acidente não foi durante o trabalho. Essa você
não erra mais, nem depois da balada dá pra errar essa questão,
atentos, ok?
Gabarito: Errado
66)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Por não
possuir idade mínima para aposentadoria no serviço público, José não
pode se aposentar. Contudo, poderá receber benefício social do INSS.
Comentários:
Ei galera! Acordaaaaaaaaa!!!! O que tem o INSS a ver com essa
história?? Servidor = RJU, estatutário!!! Agora quer dizer que o
governo tem o direito de jogar seus problemas ao vento e quem
quiser que assuma? Não tem isso não! O servidor contribuía para o
regime único, sendo assim, um abraço, já era, ele está protegido.

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Gabarito: Errado
67)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A
aposentadoria voluntária é cabível nessa situação, com proventos
proporcionais no regime geral de previdência, pois José cumpriu mais
de dez anos no exercício do serviço público e cinco anos no cargo
efetivo.
Comentários:
Mais uma vez o que disse no item anterior: cada um com seus
problemas, não se devem misturar os dois regimes, eles são
independentes. Além disso, temos alguns requisitos a cumprir quando
se tratar de aposentadoria voluntária: CF, artigo 40, § 1

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo


mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço
público e cinco anos no cargo efetivo em que se
dará a aposentadoria, observadas as seguintes
condições:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de


contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos
de idade e trinta de contribuição, se mulher;

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e


sessenta anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.

Gabarito: Errado
68)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) As normas regentes da
previdência dos servidores não se aplicam às aposentadorias e
pensões dos agentes públicos investidos em cargos vitalícios, tais
como magistrados e membros do Ministério Público, tendo em vista
que possuem regime constitucional diferenciado.
Comentários:
Mais uma questão literal. De acordo com o art. 40, as regras do
RPPS são extensíveis aos juízes, membros do MP e dos Tribunais de
Contas, sendo assim a questão está errada.
Gabarito: Errado
69)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) A lei pode estabelecer
formas de contagem de tempo de contribuição fictício, para fins de
aposentadoria.
Comentários:
Vamos direto à CF:

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Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do
respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem
de tempo de contribuição fictício. (EC nº
20/98)
"A CF estabelece tempo mínimo para a aposentadoria, não
podendo norma infraconstitucional reduzi-lo mediante a fixação
de tempo ficto." (ADI 404, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento
em 1º-4-2004, Plenário, DJ de 14-5-2004.)
Gabarito: Errado
70)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) Requerida a aposentadoria
voluntária, deverá o segurado se afastar do exercício de suas funções
a partir da data de protocolização do pedido, vigorando a
aposentação desde a data em que for deferido o pedido.
Comentários:
Direto à lei:
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará
a partir da data da publicação do respectivo ato.
É importante notar que apenas a publicação do ato deferindo o
pedido é que vale. A simples protocolização não diz absolutamente
nada.
Gabarito: Errado
71)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) Os servidores abrangidos
pelo RPPS que se aposentarem por invalidez permanente terão
proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Tal regra
somente pode ser afastada se a aposentadoria for exclusivamente
decorrente de acidente em serviço, de moléstia profissional ou de
doença grave ou contagiosa, na forma da lei.
Comentários: Aos servidores abrangidos pelo RPPS cabe a
regra da previdência geral, essa regra abrange tão somente os
servidores do regime único. Vamos à regra geral. CF, artigo 201, §1:
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos
beneficiários do regime geral de previdência social,
ressalvados os casos de atividades exercidas sob
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física e quando se tratar de segurados
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portadores de deficiência, nos termos definidos em lei


complementar.
Gabarito: Errado
72)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) São extensíveis aos
servidores inativos e aos pensionistas as vantagens concedidas aos
policiais militares ativos de forma geral, independentemente do
atendimento de qualquer requisito que não seja o mero exercício da
função policial.
Comentários:
Vamos à Constituição Federal novamente, artigo 40
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação da EC
41/03)
E de quebra vejam uma das muitas posições do
SUPREMO quanto à matéria:
"Estende-se aos servidores inativos a gratificação extensiva, em
caráter genérico, a todos os servidores em atividade,
independentemente da natureza da função exercida ou do local onde
o serviço é prestado (art. 40, § 8º, da Constituição)." (RE 590.260,
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 24-6-2009, Plenário,
DJE de 23-10-2009.) No mesmo sentido: AI 691.625-AgR, Rel. Min.
Ellen Gracie, julgamento em 25-8-2009, Segunda Turma, DJE de 18-
9-2009;
Gabarito: Correto
73)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) É vedada a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria
aos abrangidos pelo RPPS, ressalvados os casos de servidores
portadores de deficiência, de servidores que exerçam atividade de
risco ou de servidores que tenham cargo ou emprego privativo de
profissional de saúde.
Comentários:
Direto à Constituição Federal
Artigo 40 - § 4º É vedada a adoção de requisitos e
critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria
aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo,
ressalvados, nos termos definidos em leis
complementares, os casos de servidores: (Redação da EC
47/05)
I - portadores de deficiência; (EC nº 47/05)
II - que exerçam atividades de risco; (EC nº 47/05)

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III - cujas atividades sejam exercidas sob condições


especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
(EC nº 47/05)
Vejam que o texto não fala em cargo ou emprego privativo de
profissional da saúde. O texto fala em ATIVIDADES EXERCIDAS SOB
CONDIÇÕES ESPECIAIS QUE PREJUDIQUEM A SAÚDE OU A
INTEGRIDADE FÍSICA.
Gabarito: Errado
74)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) É vedada, em qualquer
circunstância, a percepção de mais de uma aposentadoria à conta
do RPPS dos servidores públicos.
Comentários:
Regra, é vedada a acumulação de aposentadorias. Entretanto,
sendo legal a acumulação dos cargos será legal a percepção das
aposentadorias. Assim, um professor receberá suas aposentadorias,
todas.
Um adendo, as regras de acumulação aplicam-se tão somente a
cargos e aposentadorias, essas regras não se estendem a pensões,
por exemplo.
Um caso triste: Seana é mãe de Lanlanzinha, uma bebezinha
fofa de 3 aninhos, Maranhão é o pai de Lanlanzinha. Um belo dia o
casal ia de férias à Europa, era o vôo Air France 447, já sabem do
final do lindo casal Seana e Maranhão? Pois é morreram! E deixaram
órfã a pequena Lanlanzinha, órfã sim, desamparada não. Lanlanzinha
terá direito às duas pensões, afinal o feliz casal é composto por dois
servidores do TCU.
Gabarito: Errado
75)(2009/CESPE – TRF-5 – Juiz) As regras sobre aposentadoria e
estabilidade, constantes dos artigos 40 e 41 da CF, se aplicam ao
pessoal das sociedades de economia mista que exercem atividade
econômica.
Comentários:
As regras dos artigos 40 e 41 aplicam-se tão somente aos
servidores públicos estatutários. Os servidores de sociedades de
economia mista são regidos pela CLT. E apesar de serem contratados
mediante concurso público eles não tem direito à estabilidade.
Gabarito: Errado
76)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Em
relação ao regime de previdência do servidor público, a aposentadoria
compulsória do servidor público ocorre aos setenta anos de idade,
com proventos integrais.
Comentários:

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O fato de a aposentadoria ser compulsória não define se a


aposentadoria vai ser ou não integral, o que define a integralidade do
provento é o tempo de CONTRIBUIÇÃO. Lembrando que não
importa se o tempo foi em esferas diferentes ou se foi na iniciativa
privada, o que importa é que ele trabalhava. O acerto de contas será
feito entre os sistemas previdenciários, o direito do trabalhador fica
resguardado. CF, ARTIGO 40, §1
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade,
com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
Gabarito: Errado
77)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Em
relação ao regime de previdência do servidor público, os proventos de
aposentadoria podem exceder a remuneração do respectivo servidor,
no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria.
Comentários:
Houve dias em que os servidores passavam para a inatividade
com proventos superiores aos valores da atividade. Como isso era
possível? Não sabemos explicar! Por isso, nosso legislador derivado
previu que as aposentadorias não podem ser superiores aos valores
da atividade. Podem ser iguais e menores, mas nunca superiores!
Gabarito: Errado
78)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Em
relação ao regime de previdência do servidor público, a lei pode
estabelecer forma de contagem de tempo de contribuição fictício,
desde que para servidores portadores de deficiência, que exerçam
atividades de risco ou prejudiciais à saúde.
Comentários:
Tempo fictício?! Como assim? Acabou a “mamata”. O sistema é
de previdência. Previdência é cautela. Logo, só terá aposentadoria se
houver cautela, se houver efetiva contribuição. Houve um dia em
que, na Administração Federal, o servidor que não gozasse a licença-
prêmio (hoje inexistente!), podia contar em dobro o tempo para
efeito de aposentadoria.
Nos termos do art. 40, o sistema é solidário e contributivo.
Quer se aposentar? Cuida de contribuir, viu! Nada de tempo fictício.
Gabarito: Errado
79)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Em
relação ao regime de previdência do servidor público, os requisitos de
idade e de tempo de contribuição são reduzidos em cinco anos para o
professor que comprove tempo de efetivo e exclusivo exercício das
funções de magistério na educação superior.
Comentários:

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Já falamos sobre isso hoje, lembram? Agora ficou mais fácil. O


benefício atinge exclusivamente professores de ensino infantil,
fundamental e médio.
Gabarito: Errado
80)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Em
relação ao regime de previdência do servidor público, ao servidor
ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão aplica-se o regime
geral de previdência social.
Comentários: Quesito quase literal.
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de
cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração bem como de outro cargo
temporário ou de emprego público, aplica-se o
regime geral de previdência social. (EC nº 20/98)
Gabarito: Correto
81)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao
servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser
concedida com remuneração, desde que justificada.
Comentários:
De forma alguma. O quesito está errado! Vamos ver o que diz a
lei em relação à licença para tratar de assuntos particulares:
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser
concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo,
desde que não esteja em estágio probatório,
licenças para o trato de assuntos particulares pelo
prazo de até três anos consecutivos, sem
remuneração.
Assim, além de ser a licença sem remuneração, ela ainda será a
critério da administração, ou seja, de acordo com sua conveniência.
Gabarito: Errado
82)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao
servidor público, para tratar de assuntos particulares, é concedida
sem remuneração e o servidor está proibido de participar da
administração de empresa privada ou de sociedade civil com fins
lucrativos, ou exercer o comércio, individualmente ou em sociedade,
exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário.
Comentários: O servidor poderá assumir gerência, desde que
não haja conflito de interesses.
Gabarito: Errado

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83)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao
servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser
interrompida a qualquer tempo no interesse do serviço.
Comentários:
Mais uma vez, recorremos a lei:
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a
qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do
serviço
Como se trata de licença que foi concedida em caráter
discricionário, ela poderá ser revogada a qualquer tempo.
Gabarito: Correto
84)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao
servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser
renovada indefinidamente, a critério da administração, desde que o
servidor renove a solicitação e apresente justificativa.
Comentários:
Opss! Exagerou aqui! A licença que tem essa previsão é a
licença para acompanhar cônjuge.
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para
acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado
para outro ponto do território nacional, para o exterior ou
para o exercício de mandato eletivo dos Poderes
Executivo e Legislativo.
§ 1o A licença será por prazo indeterminado e sem
remuneração.
No nosso caso, na licença para tratar de assuntos particulares,
a lei não fala que é improrrogável a licença.
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser
concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde
que não esteja em estágio probatório, licenças para o
trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos
consecutivos, sem remuneração.
Gabarito: Errado
85)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao
servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser
interrompida a pedido do servidor, apenas se ainda não tiver
transcorrido o 1.o mês de gozo.

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Comentários: Ei? De onde surge tanta criatividade? Rsrs.


A interrupção pode ocorrer a qualquer instante.
Gabarito: Errada
86)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em
relação aos deveres dos servidores públicos, a em respeito à
hierarquia, o servidor tem o dever de cumprir as ordens
superiores, cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais.
Comentários: Literal!
Art. 116. São deveres do servidor:
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais;
Gabarito: Correto
87(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em
relação aos deveres dos servidores públicos, o servidor tem o dever
de manter conduta compatível com a moralidade administrativa e
observar, nos atos de ofício, os princípios éticos.
Comentários:
O servidor deve sempre observar princípios éticos quando da
sua atuação na administração pública.
Gabarito: Correto
88)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em
relação aos deveres dos servidores públicos, a representação contra
ilegalidade, abuso de poder ou omissão no cumprimento da lei deve
ser formulada diretamente à autoridade representada, para que esta
explicite as razões da prática do ato tido como ilegal.
Comentários:
Isso tornaria muito fácil a vida do cidadão, convenhamos. A
representação deve acontecer a autoridade imediatamente superior
ao administrador representado:
Art. 116. São deveres do servidor:
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou
abuso de poder.
Parágrafo único. A representação de que trata o
inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e
apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é
formulada, assegurando-se ao representando ampla
defesa.
Gabarito: Errado

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89)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em


relação aos deveres dos servidores públicos, a enumeração dos
deveres previstos na referida Lei 8.112 é taxativa, ou seja, limita os
deveres inerentes à natureza da função do servidor aos previstos
nessa lei.
Comentários:
Questão tranquila. A lista de deveres não é taxativa. Outros
deveres podem ser traçados, por exemplo, em atos normativos
internos. No TCU, há deveres em Portaria do Ministro Presidente,
sabiam?
Gabarito: Errado
90)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em
relação aos deveres dos servidores públicos, é dever do servidor
atender com presteza ao público em geral, prestando todo tipo de
informação requerida.
Comentários:
“Todo” tipo de informação requerida é informação demais, não
acham? Apenas as informações inerentes ao cargos.
Gabarito: Errado
Direito de petição
91)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos
Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, o prazo de
prescrição é contado da data da publicação do ato ou, na falta desta,
da ciência pessoal do interessado.
Comentários:
Quesito literal!
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão
e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou
que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes
das relações de trabalho;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos,
salvo quando outro prazo for fixado em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado
da data da publicação do ato impugnado ou da data da
ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.
Gabarito: Correto
92)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos
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Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, para o


exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou
documento ao servidor ou a procurador por ele constituído, apenas
na repartição.
Comentários:
Questão bem interessante! Se o procurador constituído for
advogado, ele pode ter cargo do processo. Carga do processo? Que é
isso? É levar o processo para fora da repartição. O TCU garante a
carga de processo, mas o Ministro Relator do feito deve garantir a
saída do processo.
Gabarito: Errado
93)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO
ADMINISTRATIVO)Acerca do direito de petição, estabelecido no
Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações
posteriores, quanto aos atos que afetem interesse patrimonial, o
direito de requerer prescreve em 120 dias, salvo quando outro prazo
for fixado em lei.
Comentários:
Vamos à Lei:
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão
e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade,
ou que afetem interesse patrimonial e créditos
resultantes das relações de trabalho;
Gabarito: Errado
94)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO
ADMINISTRATIVO)Acerca do direito de petição, estabelecido no
Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações
posteriores, com relação aos atos que afetem créditos resultantes das
relações de trabalho, o direito de requerer prescreve em 2 anos,
salvo quando outro prazo for fixado em lei.
Comentários:
O artigo da lei que fala a respeito está na questão acima no
caso de dúvidas.
Gabarito: Errado
95)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO
ADMINISTRATIVO)Acerca do direito de petição, estabelecido no
Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações
posteriores, o direito de requerer prescreve em 2 anos no caso de
atos de demissão e de cassação de aposentadoria, e em 120 dias nos
demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

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Comentários:
Nada disso, vamos recorrer ao artigo mais uma vez:
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de
demissão e de cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial
e créditos resultantes das relações de trabalho;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais
casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será
contado da data da publicação do ato impugnado ou
da data da ciência pelo interessado, quando o ato
não for publicado.
Gabarito: Errado
Responsabilidades do servidor público

96)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A


respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei
8.112 e suas alterações posteriores, a responsabilidade civil não
decorre de atos omissivos, e sim de atos comissivos praticados no
desempenho do cargo, função ou emprego que causem prejuízo ao
erário público.
Comentários:
A responsabilidade decorre de ato omisso ou comissivo.
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato
omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
Gabarito: Errado
97)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A
respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei
8.112 e suas alterações posteriores, a responsabilidade penal
abrange apenas os crimes imputados ao servidor, nessa qualidade.
Comentários:
Sempre que vejo expressões como “sempre”, “apenas” e todas
as que restringem muito uma situação já fico desconfiada, e vocês? É
o caso da presente questão.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os
crimes e contravenções imputadas ao servidor,
nessa qualidade.
Gabarito: Errado

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98)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A


respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei
8.112 e suas alterações posteriores, a obrigação de reparar o dano
não se estende aos sucessores do servidor público que o causou.
Comentários:
Estende-se sim. Lembram? Até o limite da herança, afinal a
pena não passa de uma pessoa a outra.
Gabarito: Errado
99)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A
respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei
8.112 e suas alterações posteriores, o servidor público de provimento
efetivo ou em comissão, responde civil, penal e administrativamente
pelo exercício irregular de suas atribuições.
Comentários: Perfeita! Cópia e cola do artigo 121:
Art. 121. O servidor responde civil, penal e
administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.
Gabarito: Correto
100)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A
respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei
8.112 e suas alterações posteriores, a responsabilidade
administrativa é afastada na hipótese de absolvição criminal por
insuficiência de provas de autoria, declarada em sentença criminal,
transitada em julgado.
Comentários:
Não mesmo, insuficiência de provas não permite a absolvição.
Vamos ver o artigo:
Art. 126. A responsabilidade administrativa do
servidor será afastada no caso de absolvição
criminal que negue a existência do fato ou sua
autoria.
Gabarito: Errado
Penalidades

101) (2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


No que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de
acordo com a Lei 8.112, a advertência será sempre aplicada por
escrito.
Comentários: Perfeita! Aqui o “sempre” está valendo.
Art. 129. A advertência será aplicada por
escrito, nos casos de violação de proibição

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constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de


inobservância de dever funcional previsto em lei,
regulamentação ou norma interna, que não
justifique imposição de penalidade mais grave.
Gabarito: Correto
102)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No
que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo
com a Lei 8.112, o cancelamento do registro das penalidades de
advertência e de suspensão tem efeito retroativo.
Comentários: Percebam como o CESPE está trabalhando bem
o conteúdo da 8.112, veja que os quesitos são quase literais.
Art. 131. As penalidades de advertência e de
suspensão terão seus registros cancelados, após o
decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo
exercício, respectivamente, se o servidor não
houver, nesse período, praticado nova infração
disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade
não surtirá efeitos retroativos.
Gabarito: Errado
103)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No
que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo
com a Lei 8.112, apenas o cancelamento do registro da penalidade de
advertência tem efeito retroativo.
Comentários:
Nem mesmo o cancelamento do registro da advertência é
retroativo, ok? Mais uma vez:
Art. 131. As penalidades de advertência e de
suspensão terão seus registros cancelados, após o
decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo
exercício, respectivamente, se o servidor não
houver, nesse período, praticado nova infração
disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade
não surtirá efeitos retroativos.
Gabarito: Errado
104)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No
que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo
com a Lei 8.112, a pena de suspensão será aplicada por no mínimo 5
dias e no máximo 120 dias.
Comentários: A pena de suspensão será aplicada até o
máximo de 90 dias, a lei não fala em dias mínimos.
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Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de


reincidência das faltas punidas com advertência e de
violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo
exceder de 90 (noventa) dias.
§ 1o Será punido com suspensão de até 15
(quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-
se a ser submetido a inspeção médica determinada pela
autoridade competente, cessando os efeitos da
penalidade uma vez cumprida a determinação.
Gabarito: Errado
105)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No
que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo
com a Lei 8.112, a pena de suspensão será aplicada por no mínimo 5
dias e no máximo 90 dias.
Comentários:
Mais uma vez: a pena de suspensão será aplicada até o
máximo de 90 dias, a lei não fala em dias mínimos.
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de
reincidência das faltas punidas com advertência e de
violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo
exceder de 90 (noventa) dias.
§ 1o Será punido com suspensão de até 15
(quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-
se a ser submetido a inspeção médica determinada pela
autoridade competente, cessando os efeitos da
penalidade uma vez cumprida a determinação.
Gabarito: Errado
106)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, é prevista a
pena de suspensão ao servidor que exercer pressão sobre auxiliar,
com ameaça de preterições funcionais ou outros meios intimidativos,
para forçá-lo a consentir em relacionamento sexual.
Comentários:
Os casos de suspensão são apenas quatro. São eles:
- Reincidência em advertência;
- Entrega de atribuições a outro servidor estranhas ao cargo que
ocupa;
- Realizar, durante o expediente, atividades estranhas às funções do
cargo (vender quentinha ou docinhos na repartição, por exemplo),

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- Negar-se à inspeção médica oficial (suspensão até 15 dias).


Gabarito: Errado
107)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, é passível de
demissão o servidor que ocultar, na declaração apresentada
no ato da posse, bens ou valores que nela deviam constar.
Comentários:
No ato da posse em cargos efetivos ou comissionados, é dever
a apresentação da declaração de bens e de rendas. Qual o propósito?
Amigos! Só assim poderemos verificar se houve ou não, ao longo da
vida funcional, enriquecimento ilícito.
Gabarito: Errado.
108)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, pena de
demissão é cabível na hipótese de incontinência pública e
escandalosa na repartição, não gerando punição disciplinar sua
ocorrência fora do serviço.
Comentários:
Conduta escandalosa é um conceito indeterminado. No entanto,
há atitudes que são totalmente discrepantes com a atuação dos
servidores. Se o servidor der um tapinha no filho comete conduta
escandalosa? Claro que não! Afinal um tapinha não dói. Uma
servidora que trai o esposo comete conduta escandalosa? Claro que
não! Enfim, se você não é um bom pai ou não é uma boa esposa, isso
não repercutirá na vida funcional.
Agora, um juiz que sobe em uma mesa de bar e fica pelado
gritando que vai pagar a conta porque ganha muito bem, afinal é
juiz, esse sim comete conduta escandalosa, ainda que esteja fora da
Administração, daí a incorreção do quesito.
Gabarito: Errado.
109)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, ao servidor
que solicita vantagem (corrupção ativa) em razão de seu cargo, é
cabível a aplicação da pena de demissão. Já o servidor que aceita
vantagem oferecida (corrupção passiva) é passível de suspensão.
Comentários:
Qualquer posição que esteja o servidor, passivo ou ativo, estará
comente crime punível com demissão. Vamos relembrar:
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Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:


I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na
repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a
particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em
razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do
patrimônio nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou
funções públicas;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
Gabarito: Errado
110)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, quando houver
interesse do servidor, a pena de suspensão poderá ser convertida em
multa.
Comentários: Quando houver interesse da
ADMININSTRAÇÃO a pena poderá ser convertida em multa,
lembram? Já falamos de isso hoje.
Gabarito: Errado
111)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
(adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei
8.112 e suas alterações posteriores, na readaptação, se julgado
incapaz para o serviço público, o readaptando é exonerado.
Comentários:
Colinha primeiro:
Readaptação – O provimento do servidor em outro cargo com
atribuições compatíveis e remuneração equivalente, tendo em vista
uma debilidade de natureza física mental.

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Não havendo vaga exercerá as atribuições na condição de


EXCEDENTE. A situação é provisória, ele fica esperando que vague
um cargo.
Com a colinha fica mais fácil responder, servidor que seja
incapaz deve ser readaptado em cargo menos complexo, que
satisfaça suas limitações físicas ou mentais.
Gabarito: Errado
112)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
(adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei
8.112 e suas alterações posteriores, reversão é o retorno à atividade
de servidor aposentado por tempo de serviço, para provimento de
cargo em comissão.
Comentários:
Mais colinha!!
Reversão – retorno do aposentado, porque os motivos que
ensejaram a aposentadoria não mais existem.
Reversão de ofício: feita pela própria administração. Ato vinculado,
porque o servidor aposentado não pode escolher ficar em casa e nem
mesmo pode o administrador optar por isso. Quando a reversão é de
ofício, o servidor aposentado retorna ao cargo anterior, porém se
ocupado, ficará como excedente. Mesmo que o servidor que esteja
ocupando a cadeira não seja estável.
Gabarito: Errado
113)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
(adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei
8.112 e suas alterações posteriores, a reintegração é o retorno de
servidor estável ao cargo anteriormente ocupado quando invalidada a
sua demissão por decisão administrativa ou judicial, sem o
ressarcimento de vantagens pretéritas.
Comentários: Colinha outra vez:
Reintegração – é o retorno do servidor estável que teve invalidada
a demissão. Com base no princípio da autotutela, a administração
pode rever seu ato, e reintegrar o servidor, porém caso isso não
aconteça, o servidor pode procurar o judiciário e ser reintegrado.
STF: o servidor em estágio probatório também pode ser reintegrado,
caso este tenha sido demitido por um motivo injusto – banca
expressa – só vale se a banca for expressa, citar o STF, ou
falar em jurisprudência.
O reintegrado faz jus a todas as vantagens que deixou de receber.
Salário, carreira, contribuições, etc.
No caso da reintegração o servidor volta a seu cargo de origem
e o ocupante se não estável é desligado do serviço público – será

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ACOTE DE EXERCÍCIO
OS – TCU-T
TI

exonerado. Se o serrvidor é estável, será recconduzido o se o cargo


estiv
ver vazio
o e se nã
ão tiver cargo fica
ará em disponibilid
dade até seu
apro
oveitamento.
Pronto agora qu
ue a colin
nha está aí fica fá
ácil, ques
sito errad
do, o
serv
vidor fará
á jus a todas as s vantagens do cargo, ou seja, será
ress
sarcido.
Gabarito: Errad
do
114)(2010/CCESPE – UERN – AGENTE E TÉCNIC CO ADMIN NISTRATIIVO)
(ada
aptada)No que se refere ao concurs so público, estabe
elecido na
a Lei
8.11
12 e suass alteraçõ
ões posteeriores, na reconddução, se o cargo que
se pretende ocupar esstiver pro
ovido, o servidor é exonerad
d o.
Comen
ntários: Mais um
ma vez o resuminho:
Rec
condução
o: será reconduz
zido SOM
MENTE se
e estávell.
O serv
vidor inabilitação
o em estágio pro
obatório –
O serv
vidor quando rettornar do cargo do reintegrado e o
seu ca
argo orig
ginal aind
da estive
er vago.
De accordo coom o ST TF, o seervidor público estável em
estágiio proba
atório em
m outro cargo pode de esistir e ser
recondduzido ao cargo de orige
em.
(ex
x. Pessoa
a fez con
ncurso para audiitor da Recita Fe ederal e não
gos
stou e qu
uer volta
ar ao carg
go de an
nalista, is
sto foi previsto pelo
STF
F)
Gabarito: Errad
do
115)(2010/C
CESPE – UERN – AGENTE E TÉCNIC CO ADMIN NISTRATIIVO)
(ada
aptada)No que se refere ao concurs so público, estabe
elecido na
a Lei
8.11
12 e sua
as alteraç
ções postteriores, promoçã ão é a elevação o do
serv
vidor na carreira
a, pela passagem m à classse superiior imediata
da respectiv
va categgoria funcional.
Comen
ntários:

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CARREIRA: Cargos organizados em carreira.


O pulo de um padrão (degrau) para outro é chamado de
progressão funcional.
A passagem de uma classe para outra é chamada de
promoção.
Gabarito: Correto

That’s all galera. Espero que tenham curtido a aula, ela foi feita
com muito carinho.
Abraços a todos,

Lanlan, Maranhão e Sean


(Elaine Marsula, Sandro Bernardes, e Cyonil Borges)

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AULA 3 - ATOS ADMINISTRATIVOS

Olá gente, tudo bem? Quem escreve esta aula é o Sandro, com
a revisão dos demais colegas professores neste curso. Vocês já me
conhecem das aulas de licitações, então, dispensadas as
apresentações...
Essa semana o tema da aula seriam os atos administrativos e
processos. Toa, como a aula ficaria muito extensa, resolvemos
tratar só dos atos, e falar de processos na última aula, junto com
serviços públicos, encerrando o curso. Fica melhor assim, para não
ficar grande (e cansativo) demais.
No mais, vamos para o assunto. Carpe diem.

QUESTÕES EM SEQUÊNCIA
1 - (CESPE – TJBA/Juiz Substituto – 2005) Fatos jurídicos,
mesmo que independam da vontade e de qualquer participação dos
agentes públicos, podem ser relevantes para o direito administrativo.

2 - (2009/CESPE/MMA/Ag. Administrativo) Todo ato


praticado no exercício de função administrativa é considerado ato
administrativo.

3 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) Quando um
banco estatal celebra, com um cliente, um contrato de abertura de
conta-corrente, está praticando um ato administrativo.

4 - (2009/CESPE/PC-ES/Agente) A competência é requisito


de validade do ato administrativo e se constitui na exigência de que a
autoridade, órgão ou entidade administrativa que pratique o ato
tenha recebido da lei a atribuição necessária para praticá-lo.

5 - (2009/CESPE/PC-ES/Agente) Na delegação de
competência, a titularidade da atribuição administrativa é transferida
para o delegatário que prestará o serviço.

6 - (2009/AUGE/CESPE/Auditor Interno) Os atos


administrativos de caráter normativo não podem ser objeto de
delegação.

7 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Conforme afirma a


doutrina prevalente, o ato administrativo será sempre vinculado com
relação à competência e ao motivo do ato.

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8 - (2010/CESPE/INSS/Médico) A alteração da finalidade


do ato administrativo expressa na norma legal ou implícita no
ordenamento da administração caracteriza o desvio de poder.

9 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Existe liberdade de opção


para a autoridade administrativa quanto ao resultado que a
administração quer alcançar com a prática do ato.

10 - (2009/CESPE/TRT-ES/Analista Judiciário) De acordo


com a teoria dos motivos determinantes, os atos administrativos,
quando tiverem sua prática motivada, ficam vinculados aos motivos
expostos, para todos os efeitos jurídicos. Havendo desconformidade
entre os motivos e a realidade, ou quando os motivos forem
inexistentes, a administração deve revogar o ato.

11 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Os atos administrativos


gozam de presunção iuris et de iure de legitimidade.

12 - (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) O
ato administrativo, uma vez publicado, terá vigência e deverá ser
cumprido, ainda que esteja eivado de vícios.

13 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) No caso
de um administrado alegar a existência de vício de legalidade que
invalide determinado ato administrativo, esse indivíduo deverá
fundamentar sua alegação com provas dos fatos relevantes, por força
da obrigatoriedade de inversão do ônus da prova, originada no
princípio da presunção de legitimidade do ato administrativo.

14 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) Pelo


atributo da presunção de veracidade, a validade do ato administrativo
não pode ser apreciada de ofício pelo Poder Judiciário.

15 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Jud.) Um dos efeitos


do atributo da presunção de veracidade dos atos administrativos
reside na impossibilidade de apreciação de ofício da validade do ato
por parte do Poder Judiciário.

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16 - (2009/CESPE/MMA/Ag. Administrativo) Pelo atributo


da presunção de veracidade, presume-se que os atos administrativos
estão em conformidade com a lei.

17 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Nem
todos os atos administrativos possuem o atributo da
autoexecutoriedade, já que alguns deles necessitam de autorização
do Poder Judiciário para criar obrigações para o administrado.

18 - (2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) A autoexecutoriedade
é um atributo de todos os atos administrativos.

19 - (2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A prefeitura de


determinada cidade, por meio de seu órgão competente, fechou uma
casa de espetáculos que funcionava sem alvará e em dissonância com
as normas de ordem urbanísticas locais. O dono do estabelecimento
rebelou-se contra o ato, sob o argumento de que, para tanto, a
prefeitura deveria ter recorrido ao Poder Judiciário e pedido o
fechamento da casa e não agido por conta própria.
A situação hipotética descrita acima demonstra o atributo do ato
administrativo denominado
A autoexecutoriedade.
B presunção de legitimidade.
C estrita legalidade.
D discricionariedade.
E bilateralidade.

20 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) É permitido ao
Poder Judiciário avaliar e julgar o mérito administrativo de ato
proveniente de um administrador público.

21 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Para se chegar ao


mérito do ato administrativo, não basta a análise in abstrato da
norma jurídica, é preciso o confronto desta com as situações fáticas
para se aferir se a prática do ato enseja dúvida sobre qual a melhor
decisão possível. É na dúvida que compete ao administrador, e
somente a ele, escolher a melhor forma de agir.

22 - (2010/CESPE/TER-BA/Analista) Como exemplo da


incidência do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional

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sobre os atos administrativos no ordenamento jurídico brasileiro, é


correto citar a vigência do sistema do contencioso administrativo ou
sistema francês.

23 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) A aplicação do princípio


da proporcionalidade na administração pública envolve a análise do
mérito administrativo (conveniência e oportunidade). Diante disso, o
Poder Judiciário não pode se valer do referido princípio para
fundamentar uma decisão que analise a legitimidade do ato
administrativo.

24 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) No controle dos atos


discricionários, os quais legitimam espaço de liberdade para o
administrador, o Poder Judiciário deve, em regra, limitar-se ao exame
da legalidade do ato, sendo vedada a análise dos critérios de
conveniência e oportunidade adotados pela administração.

25 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) Os
atos administrativos discricionários, por sua própria natureza, não
admitem o controle pelo Poder Judiciário.

26 - (2010/CESPE/MP-ES/Promotor/Questão adaptada)
O controle judicial da administração é sempre posterior; somente
depois que os atos administrativos são produzidos e ingressam no
mundo jurídico é que o Poder Judiciário atua para, a pedido dos
interessados, examinar a legalidade desses atos.

27 - (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) O
ato discricionário permite liberdade de atuação administrativa, a qual
deve restringir-se, porém, aos limites previstos em lei.

28 - (2010/CESPE/INSS/Médico) O ato administrativo pode


ser perfeito, válido e ineficaz.

29 - (2010/CESPE/INSS/Médico) O ato administrativo


pendente pressupõe um ato perfeito.

30 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) O ato administrativo


pode ser inválido e, ainda assim, eficaz, quando, apesar de não se
achar conformado às exigências normativas, produzir os efeitos que

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lhe seriam inerentes, mas não é possível que o ato administrativo


seja, ao mesmo tempo, perfeito, inválido e eficaz.

31 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada)
Quanto à exequibilidade, o denominado ato administrativo perfeito é
aquele que já exauriu seus efeitos, tornando-se definitivo e não
podendo mais ser impugnado na via administrativa ou na judicial.

32 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista) Ato administrativo


complexo é aquele que resulta do somatório de manifestações de
vontade de mais de um órgão, por exemplo, a aposentadoria.

33 - (2007/CESPE/TCE-GO/Procurador) A aposentadoria
do servidor público pode ser corretamente classificada como ato
administrativo complexo, pois se forma pela manifestação de vontade
de órgãos administrativos diferentes, em concurso, para a formação
de um ato único, somente se aperfeiçoando com o registro pelo
tribunal de contas competente.

34 - (2008/CESPE/PGE-AL/PROCURADOR) A Afasta-se a
exigência da garantia do contraditório e da ampla defesa nos casos
em que o TCU, no exercício do controle externo, aprecia a legalidade
da concessão de aposentadoria ou pensão, uma vez que, em se
tratando de ato complexo, só após a aprovação do TCU se constitui
definitivamente o ato administrativo.

35 - (2008/CESPE/PGE-AL/PROCURADOR) A nomeação de
ministro do STF é um ato composto, pois se inicia pela escolha do
presidente da República e passa pela aprovação do Senado Federal.

Considere que a ANTAQ tenha editado resolução que exija,


como requisito para obtenção de autorização para o afretamento de
embarcações estrangeiras, a prévia consulta sobre a disponibilidade
de embarcações nacionais que possam fazer a navegação de
cabotagem. Acerca dessa situação hipotética e dos atos
administrativos a ela relacionados, julgue o item que se segue.
36 - (2009/CESPE – ANTAQ) Por serem consideradas atos
normativos primários, resoluções como a descrita poderão ser objeto
de controle concentrado de constitucionalidade.

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37 - (2007/CESPE/MP-AM/Analista Administrativo) A
portaria que dá exercício a um servidor empossado é um exemplo de
ato ordinatório.

38 - (2008_CESPE_PGE/PB_PROCURADOR) A licença não


pode ser negada quando o requerente satisfaça os requisitos legais
para sua obtenção.

39 - (2007/CESPE/SEGER-ES) A licença, ato administrativo


vinculado e definitivo, não pode ser negada caso o requerente
satisfaça os requisitos legais para sua obtenção.

40 - (2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) Entre as espécies de


atos administrativos, os atestados são classificados como
enunciativos, porque seu conteúdo expressa a existência de certo
fato jurídico.

41 (2007/OAB/EXAME DE ORDEM) Um parecer opinativo acerca


de determinado assunto emitido pela consultoria jurídica de órgão da
administração pública não é considerado, por parte da melhor
doutrina, ato administrativo, mas sim ato da administração.

42 - (2010/CESPE/INCA/Advogado/Questão Adaptada)E
No que se refere ao controle da atividade financeira do estado, vem
entendendo o STF que o jurista responsável pela emissão de parecer
que autorize a realização de ato que importe lesão ao erário também
pode ser responsabilizado pelo conteúdo de seu parecer. Assim, ainda
que a consulta ao parecerista seja facultativa, a autoridade
administrativa vincula-se ao emitir o ato tal como submetido à
consultoria, com parecer favorável ou contrário, tornando o
parecerista também responsável pelo ato, pois somente poderia
praticá-lo de forma diversa da apresentada à consultoria se o
submetesse a novo parecer.

43 - (2008/CESPE/TJ-RJ/Técnico) O ato se extingue pelo


desfazimento volitivo quando sua retirada funda-se no advento de
nova legislação que impede a permanência da situação anteriormente
consentida.

44 - (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) É
facultado ao Poder Judiciário, ao exercer o controle de mérito de um
ato administrativo, revogar ato praticado pelo Poder Executivo.

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45 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Jud.)52 Apesar de o


ato de revogação ser dotado de discricionariedade, não podem ser
revogados os atos administrativos que geram direitos adquiridos.

46 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada)
Valendo-se de seu poder de autotutela, a administração pública pode
anular o ato administrativo, sendo que o reconhecimento da
desconformidade do ato com a lei produz efeitos a partir da própria
anulação.

47 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) A anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, nos
processos que tramitem no TCU, deve respeitar o contraditório e a
ampla defesa, o que se aplica, por exemplo, à apreciação da
legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e
pensão.

AGORA É HORA DE MARCAR O GABARITO

1 (C) (E) (SR) 13 (C) (E) (SR) 25 (C) (E) (SR)

2 (C) (E) (SR) 14 (C) (E) (SR) 26 (C) (E) (SR)

3 (C) (E) (SR) 15 (C) (E) (SR) 27 (C) (E) (SR)

4 (C) (E) (SR) 16 (C) (E) (SR) 28 (C) (E) (SR)

5 (C) (E) (SR) 17 (C) (E) (SR) 29 (C) (E) (SR)

6 (C) (E) (SR) 18 (C) (E) (SR) 30 (C) (E) (SR)

7 (C) (E) (SR) 19 (C) (E) (SR) 31 (C) (E) (SR)

8 (C) (E) (SR) 20 (C) (E) (SR) 32 (C) (E) (SR)

9 (C) (E) (SR) 21 (C) (E) (SR) 33 (C) (E) (SR)

10 (C) (E) (SR) 22 (C) (E) (SR) 34 (C) (E) (SR)

11 (C) (E) (SR) 23 (C) (E) (SR) 35 (C) (E) (SR)

12 (C) (E) (SR) 24 (C) (E) (SR) 36 (C) (E) (SR)

37 (C) (E) (SR)

7
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38 (C) (E) (SR)

39 (C) (E) (SR)

40 (C) (E) (SR)

41 (C) (E) (SR)

42 (C) (E) (SR)

43 (C) (E) (SR)

44 (C) (E) (SR)

45 (C) (E) (SR)

46 (C) (E) (SR)

47 (C) (E) (SR)

48 (C) (E) (SR)

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CONFIRA SEU RESULTADO!

1 (C) (E) (SR) 13 (C) (E) (SR) 25 (C) (C) (SR)

2 (C) (C) (SR) 14 (C) (E) (SR) 26 (C) (C) (SR)

(C) (E) (SR)


3 (C) (C) (SR) 15 (C) (E) (SR) 27

(C) (E) (SR)


4 (C) (E) (SR) 16 (C) (C) (SR) 28

(C) (E) (SR)


5 (C) (E) (SR) 17 (C) (E) (SR) 29

6 (C) (E) (SR) 18 (C) (C) (SR) 30 (C) (C) (SR)

7 (C) (C) (SR) 19 LETRA A 31 (C) (C) (SR)

8 (C) (E) (SR) 20 (C) (C) (SR) 32 (C) (E) (SR)

9 (C) (C) (SR) 21 (C) (C) (SR) 33 (C) (E) (SR)

10 (C) (C) (SR) 22 (C) (C) (SR) 34 (C) (E) (SR)

11 (C) (C) (SR) 23 (C) (C) (SR) 35 (C) (C) (SR)

12 (C) (E) (SR) 24 (C) (E) (SR) 36 (C) (E) (SR)

37 (C) (E) (SR)

38 (C) (E) (SR)

39 (C) (E) (SR)

40 (C) (E) (SR)

41 (C) (E) (SR)

42 (C) (C) (SR)

43 (C) (C) (SR)

44 (C) (C) (SR)

45 (C) (E) (SR)

46 (C) (E) (SR)

47 (C) (E) (SR)

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QUESTÕES COMENTADAS
1 - (CESPE – TJBA/Juiz Substituto – 2005) Fatos jurídicos,
mesmo que independam da vontade e de qualquer participação dos
agentes públicos, podem ser relevantes para o direito administrativo.
1 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS – CONCEITOS INICIAIS
COMENTÁRIOS:
Nós bem que poderíamos começar essa aula diretamente com o
conceito de ato administrativo, já que esse é o nosso tema. Mas é
melhor falarmos um pouquinho sobre fatos jurídicos. Vejamos.
Em sentido AMPLO, fatos jurídicos são todos os eventos que
sejam relevantes e que produzam uma consequência jurídica, o que,
convenhamos, é um conceito QUASE do tamanho do mundo.
De fato, tem um monte de eventos NATURAIS que resultam em
consequências jurídicas. Exemplo: cai um meteoro no fusca de Sean
O’neal, reduzindo-o (o fusca) a cinzas. Consequências? CLARO! Foi
muito custoso a Sean comprar o veículo. O efeito jurídico? REDUÇÃO
DE PATRIMÔNIO, e nosso heroico Sean terá que juntar um bom
dinheiro para comprar um novo “Fusquinha” (...). Atenção: o caso é
hipotético, eu (Sean) tenho um Pálio EDX 1999 ☺.
Então, lá no Direito Civil é feita uma distinção: FATO JURÍDICO
ESTRITO e ATOS JURÍDICOS, os quais são as espécies do gênero
fato jurídico.
Fatos jurídicos ESTRITOS são eventos decorrentes da natureza
e que produzem efeitos no mundo jurídico. Exemplo disso:
catástrofes, a morte (natural), entre outros. Toa, tais eventos,
naturais, não são tão relevantes assim, para nossa matéria, a não ser
que o servidor MORRA, nesse caso, temos vacância, e para
suprimento da vaga, concurso.
Nessa hora, em aulas presenciais, alguns dizem: então, seria
bom que morresse um monte de servidor.. ☺. Vira essa boca pra lá!
Nós somos servidores e professores e precisamos terminar bem o
curso, não é verdade???!!!!
Podemos afirmar que atos jurídicos, sinteticamente, podem
ser definidos como uma manifestação da vontade humana que
importam em consequências jurídicas.

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Nessa linha, percebam que o ato administrativo também é fruto


da manifestação humana, razão pela qual a doutrina aponta ser o
ato administrativo uma das espécies de ato jurídico, ou seja,
sempre é praticado por um agente da Administração.
Esse tema é muito comum em prova. Até no TCU já caiu. Olha
a questão aí:
(2007/CESPE/TCU/Analista) O ato administrativo não
surge espontaneamente e por conta própria. Ele precisa
de um executor, o agente público competente, que recebe
da lei o devido dever-poder para o desempenho de suas
funções.
GABARITO: CERTO

Chamamos atenção para o fato de que ATOS JURÍDICOS não


se confundem com FATOS JURÍDICOS em sentido ESTRITO. Estes
últimos constituem eventos da natureza, não decorrentes da ação
humana, embora, igualmente, resultem (ou possam resultar) em
consequências jurídicas. Esqueminha básico, então:

Ato Jurídico manifestação de vontade HUMANA.


FATO JURÍDICO AMPLO Exemplo – ATOS ADMINISTRATIVOS.

Fato Jurídico ESTRITO Eventos naturais. Exemplo –


CATÁSTROFES

Assim, TODO ATO ADMINISTRATIVO É UM ATO JURÍDICO,


PODENDO SER VISTO, AINDA, COMO FATO JURÍDICO AMPLO.
Agora, o item: choveu, inundação. Cai uma ponte. Tem que
reconstruir. É claro que tal fato jurídico, que independe da vontade
humana, produzirá efeitos jurídicos para o direito administrativo, bem
como para a Administração. Tem que licitar para reconstruir a ponte;
tem que dar abrigo, eventualmente, para desabrigados; talvez fazer
uma contratação direta, para atender a situação, etc. Enfim, fatos
jurídicos podem ser relevantes para o direito administrativo. Por isso,
CERTO o item.

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2 - (2009/CESPE/MMA/Ag. Administrativo) Todo ato


praticado no exercício de função administrativa é considerado ato
administrativo.
2 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS – CONCEITOS INICIAIS
COMENTÁRIOS:
Com esta questão abordaremos o conceito inicial de atos
administrativos, especialmente com base na doutrina da Professora
Maria Sylvia Di Pietro.
Todo ato praticado no exercício da função administrativa pode
ser chamado de ato da Administração, correspondendo, portanto, a
figura bem mais ampla do que o conceito de ato administrativo. Se
pudéssemos traduzir em linguagem matemática, diríamos que o ato
administrativo é uma amostra do “universo” ato da Administração (o
ato administrativo está contido no conjunto dos atos da
Administração). Em outros termos, o ato administrativo é espécie do
qual o ato da Administração é gênero. Então, já matamos o item:
EXISTEM ATOS DA ADMINISTRAÇÃO (praticados na função
administrativa) QUE NÃO SERÃO ATOS ADMINISTRATIVOS. Logo,
ERRADO o item.
Bom, como já anotamos que a expressão ato da Administração
é figura mais ampla do que ato administrativo, agora, cumpre-nos
informar quais as demais espécies de ato da Administração. De
acordo com boa parte da doutrina (Di Pietro, em especial), dentre os
atos da Administração, incluem-se:
os atos de Direito Privado – que são as doações, a permuta, a
compra-e-venda, a locação, entre outros atos;
os atos materiais da Administração – que são atos os quais
envolvem apenas execução, como a demolição de uma casa, a
apreensão de mercadoria, a realização de um serviço, varrer o piso, e
outros;
os atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor – que são os
atestados, as certidões, os pareceres e votos;
os atos políticos – são os que estão sujeitos a regime
constitucional;
os contratos; e
os atos administrativos propriamente ditos.
Mas qual a razão de atos de Direito Privado, contratos, e outros
não serem considerados atos administrativos? Não são eles

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emanados pela Administração? Isso é verdade, mas para clarearmos


a mente do concursando, é nosso dever apresentá-los à definição de
ato administrativo, informando, de antemão, que o conceito de
institutos de Direito Administrativo sempre é relativamente
problemático, afinal o ramo jurídico que estamos estudando não tem
um texto único que consolide, em si, as principais definições da
matéria, ou seja, não temos um código de Direito Administrativo,
como possuem o Direito Penal e o Processual Civil, por exemplo. Mas
as dificuldades fazem a vida melhor. Então, partamos para conceituar
o ato administrativo na próxima questão.

3 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) Quando um
banco estatal celebra, com um cliente, um contrato de abertura de
conta-corrente, está praticando um ato administrativo.
3 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS – CONCEITOS INICIAIS
COMENTÁRIOS
Bom, para começar a história: ATO ADMINISTRATIVO É ATO,
CONTRATO ADMINISTRATIVO É CONTRATO. Este, a princípio, não
pode ser enquadrado como ato administrativo. O contrato pode ser
visto como ATO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, que é um conceito
bastante amplo, mas não como ato administrativo. Logo, o item está
ERRADO.
Aproveitando, pedimos atenção à aula de contratos
administrativos, terceira do curso, no que se refere a licitações e
contratos. Será bastante importante para esse concurso do Tribunal,
sobretudo pela possibilidade de exigência do assunto na prova
dissertativa.
Quanto ao conceito, o ato administrativo é abordado de
diversas maneiras pelos doutrinadores nacionais. Para esclarecer,
utilizaremos o dado pela professora Maria Sylvia Di Pietro, para quem
ato administrativo é:
A declaração unilateral do Estado ou de quem o represente
que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da
lei, sob o regime jurídico de Direito Público e sujeita a
controle pelo Poder Judiciário.
Não é costume citarmos o nome dos autores, porém, nesse
caso, pedimos licença para fazer menção à autora, porque os
examinadores, as bancas, adoram a professora Di Pietro!

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Vamos explorar um pouco mais o conceito. No entanto,


preferimos uma apresentação “isolada”, por compartimentos, para
que o conteúdo seja assimilado com mais naturalidade. Vamos para
as partes, então:
I) O ATO ADMINISTRATIVO É UMA DECLARAÇÃO: por
este trecho, o ato administrativo pode ser visto como uma
exteriorização de vontade advinda de alguém, que será o agente
público a quem a ordem jurídica (as normas) entrega a competência
para a prática do ato.
De fato, per si, o Estado não faz nada, dado que é um ser
abstrato. São necessários os agentes públicos para a materialização
da atuação estatal. Em razão desse trecho, destacamos também que
o ato administrativo pode ser visto como uma MANIFESTAÇÃO de
vontade. Assim, a ausência desta (a não-exteriorização da vontade),
ou seja, o silêncio (omissão) da Administração não pode ser reputado
como ato administrativo, ainda que, em algumas hipóteses possa
produzir efeitos jurídicos. Em síntese: o silêncio não é ato, é fato,
porém, pode produzir efeitos no Direito Administrativo, constituindo-
se fato administrativo.
Como exemplo de efeitos jurídicos decorrentes da omissão
podemos citar a decadência, a prescrição, a preclusão, e outros, que
são institutos, que, claro, serão vistos a seu tempo (na aula de
processos, que será a última do curso). Mas, GUARDE AÍ: o silêncio
da administração, a despeito de não ser ato, pode gerar
consequências jurídicas.
II) O ATO ADMINISTRATIVO PRODUZ EFEITOS
IMEDIATOS: a atribuição de efeitos imediatos estabelece uma
distinção geral entre o ato administrativo e a lei, dado que esta, em
razão de suas características de generalidade e abstração, não se
presta, regra geral, a gerar efeitos imediatos.
Por consequência, pelo conceito da autora (leia-se: conceito
restrito de ato administrativo) não se enquadrariam no conceito de
ato administrativo, por exemplo, os atos normativos (como decretos
e regulamentos), os quais, em seu conteúdo, assemelham-se à lei.
Contudo, os atos normativos apenas MATERIALMENTE não podem ser
considerados atos administrativos, mas, FORMALMENTE, o são, pelo
que, assim como os atos materiais ou enunciativos, devem ser
entendidos como atos administrativos FORMAIS. Isso será
essencialmente relevante quando tratarmos dos atos administrativos
que tenham a forma de “parecer” (mais à frente, noutras questões).
III) O ATO ADMINISTRATIVO É GERADO SOB O REGIME
JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO: a submissão do ato
administrativo a regime jurídico administrativo (de direito público)
evidencia que a Administração, ao produzir atos administrativos,
apresenta-se com as prerrogativas e as restrições próprias do poder

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público. Por esse motivo, não se encaixam no conceito de ato


administrativo que estamos estudando os produzidos sob o direito
privado.
IV) O ATO ADMINISTRATIVO NASCE EM OBSERVÂNCIA À
LEI: esse trecho do conceito é uma decorrência do Estado de Direito
enunciado no art. 1º da CF/1988. É fato que, se o Estado é de
Direito, ele cria a Lei para que todos a cumpram, mas, até para dar o
exemplo, deve ser o primeiro a cumpri-la. Assim, todo ato
administrativo, SEM EXCEÇÃO, contará com uma “presunção de
legitimidade”, ou seja, será tido como de acordo com o Direito. Por
razões óbvias, já antecipamos que a presunção de legitimidade
nos atos administrativos não é absoluta, ou seja, a despeito de
ser tido como em conformidade com a ordem jurídica, o ato
administrativo poderá (deverá) ser questionado judicialmente, desde
que por alguém possuidor de prerrogativa (possibilidade) para tanto.
V) O ATO ADMINISTRATIVO PODE SER QUESTIONADO
JUDICIALMENTE: este trecho é apenas para reafirmarmos o dito na
passagem anterior: O ato administrativo, embora manifestação da
vontade Estatal, não poderia deixar de estar submetido, quando
necessário, ao controle pelo Poder Judiciário, regra consagrada pelo
Estado de Direito, naquilo que a doutrina costuma chamar de
princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional (inc. XXXV do art.
5º da CF/1988).
A título de complementação às análises já indicadas, será
exposto, abaixo, o conceito de ato administrativo oferecido pelo (pai
da criança) Hely Lopes Meirelles, veja:
É toda manifestação unilateral de vontade da Administração
Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato
adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.
Perceberam a coincidência nos conceitos apresentados?
Vejam que ambos os autores afirmam ser o ato uma manifestação
de vontade humana, ou seja, ele não surgirá, claro,
espontaneamente, dependendo de alguém para produzi-lo.
Uma última informação. Na verdade, é mais uma lembrança,
respondam (rápido): apenas o Poder Executivo é quem edita
atos administrativos? A resposta é um sonoro NÃO!
Já está correndo em nosso sangue (em razão da aula 1): o
Brasil adota a clássica tripartição de Poderes (Executivo, Legislativo,
e Judiciário – art. 2º da CF/1988), a qual, diferentemente da
inicialmente desenhada por Montesquieu, não é rígida
(absoluta), de tal sorte a comportar situações em que os demais
Poderes (Legislativo e Judiciário) também administram
(atipicamente).

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Quem nega que o Legislativo também realiza concursos


públicos para provimento de seus cargos? Quem nega que o
Judiciário, tendente à aquisição de nova frota de veículos, se sujeita à
licitação? Quem nega que todos os Poderes diante de infrações
administrativas de seus servidores instauram processos
administrativos investigatórios?
Em suma, a exemplo do Executivo (quem edita atos
administrativos formais), os demais Poderes detêm competência
(dever-poder) de editarem atos administrativos (atos administrativos
materiais). Mas, BIZU: OS ATOS ADMINISTRATIVOS SÃO TÍPICOS
DO PODER EXECUTIVO, uma vez que tal Poder é o detentor do
encargo da realização das tarefas administrativas de Estado, E ATOS
ADMINISTRATIVOS SÃO ATÍPICOS EM RELAÇÃO AOS DEMAIS
PODERES (JUDICIÁRIO e LEGISLATIVO). De fato, não é
incumbência destes últimos produzirem atos administrativos, os
quais, se editados, são-lhes atípicos, como dito.
Visto o conceito da “figura” principal dessa aula, o ato
administrativo, vamos “decompô-lo” em partes, ou seja, os seus
elementos e depois “caracterizá-lo”, ou seja, tratar dos seus
atributos, tudo isso nas questões a seguir.

4 - (2009/CESPE/PC-ES/Agente) A competência é requisito


de validade do ato administrativo e se constitui na exigência de que a
autoridade, órgão ou entidade administrativa que pratique o ato
tenha recebido da lei a atribuição necessária para praticá-lo.
4 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS
COMENTÁRIOS:
Preparem o espírito, pois os comentários a essa questão são
looooongos. Nas próximas, em que continuamos a tratar dos
elementos, seremos breves, prometemos.
Eita assunto que cai em prova é este aqui: elementos. A gente,
quando tá no começo da nossa vida de concursando, aprende logo:
CO FI FO M OB – (cofifomob)
São os 5 elementos do ato administrativo (CO mpetência; FI
nalidade; FO rma; M otivo; OB jeto – COFIFOMOB!).
É mais um daqueles mnemônicos, palavrinhas para facilitar a
memorização, que surgem na nossa vida. Mas cuidado com essa
coisa aí, de memorizar a palavra, o mnemônico, sem ter o cuidado de
incorporar o que ele significa. Já pensou lembrar-se do mnemônico
na hora da prova sem lembrar o que ele significa? É de ficar doido...
rsrsrsrs...

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Assinalamos que há uma variação de nomenclatura de autor


para autor. É que alguns preferem a utilização do termo elementos,
outros requisitos e mesmo pressupostos. Adiantamos que nossa
preferência é a utilização de elementos, em razão de a Lei
4.715/1965 assim fazer referência.
Toa, tratando-se de concurso público, bom observar: a
própria Banca Cespe utiliza, sem distinguir, requisitos ou elementos,
enfim, utiliza-os como se fossem expressões sinônimas.
Sendo o ato administrativo uma espécie de ato jurídico
(manifestação de vontade humana que produz consequências
jurídicas), indicamos haver certa congruência, similitude, entre os
elementos de formação dos atos administrativos em comparação com
os atos de direito privado, são eles: agente, forma, e objeto. A
finalidade e o motivo somam-se a estes, que vem lá do Direito Civil.
Porém, como já observado, ao lado dos três elementos já
previstos na norma civilista (art. 104 do CC/2002), a Lei 4.717/65
(da Ação Popular), em seu art. 2º, ao tratar dos atos nulos, menciona
cinco elementos dos atos administrativos: competência; forma;
objeto; motivo; e finalidade. Vê-se que aos elementos típicos dos
atos jurídicos foram acrescidos dois: motivo e finalidade, os
“diferenciais” dos atos administrativos.
As bancas costumam indicar que o ato que deixe de atender um
dos elementos (ou requisitos de formação) será NULO. Prestem
atenção nisso, ok? Vai ser importante para algumas questões que
resolveremos mais adiante, quando falarmos de anulação...
Ah! Esses tais elementos de formação podem ser
VINCULADOS ou DISCRICIONÁRIOS. Nos vinculados, a norma é
dura, isso porque estabelece detalhadamente qual a “única saída” a
ser adotada, ou seja, descreve com minudência o que se requer
quanto aos elementos. Já nos elementos discricionários, a norma é
mãe, isso porque concede certas liberdades, flexibilidades, no
entanto, LIBERDADE COM LIMITES. Daí, duas coisas:
i) a discricionariedade, para efeitos de prova de concurso,
quando existente, reside em DOIS ELEMENTOS – MOTIVO E OBJETO.
Mesmo em atos discricionários, os elementos COMPETÊNCIA;
FINALIDADE e FORMA serão SEMPRE VINCULADOS. Assim, se
tivéssemos que fazer uma análise elemento a elemento para concluir
se o ato é discricionário, tal análise estaria resumida a estes dois
elementos: MOTIVO e OBJETO; e,
ii) discricionariedade é sinônimo de liberdade da administração,
MAS NÃO DE ARBÍTRIO. Com efeito, para a Administração Pública,
não existe ato arbitrário, pois a LEI determina a vontade
administrativa, com mínima liberdade (vinculação) ou maior liberdade
(discricionariedade), mas não concede arbítrio, pelo que, pode se

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afirmar, PARA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ATO ARBITRÁRIO É


IGUAL A ATO ILEGAL!
Outra questão importante diz respeito à convalidação de
eventuais vícios quanto a um elemento em análise.
Convalidar significa, sinteticamente, corrigir, aperfeiçoar um
vício, desde que este seja sanável. Alguns vícios quanto aos
elementos, portanto, podem ser convalidados, outros, não, como
veremos. Bom, feitos esses esclarecimentos, partamos para nossas
exposições teóricas.
A COmpetência pode ser entendida como o poder atribuído pela
norma ao agente da Administração para o exercício legítimo de suas
atribuições. Resulta daí que o ato emanado de agente incompetente
ou realizado além dos limites de sua competência é inválido, por
faltar-lhe legitimidade. Ressalvamos, desde logo, que o vício
(problema) de competência poderá, em algumas hipóteses, ser
corrigido, por intermédio do instituto da convalidação ( ou sanatória
– que parece nome de hospício, rsrs..., ou saneamento, para
outros), como veremos mais abaixo.
No exercício da atividade administrativa, o desempenho da
competência atribuída por lei não é algo passível de ser colocado de
lado pelo administrador público, haja vista ter dever de zelar não por
interesses próprios (nunca!), mas sim pela coisa pública (sempre!),
patrimônio alheio, de terceiros, enfim, da coletividade, do que
decorre, inclusive, o denominado princípio da indisponibilidade do
interesse público (o interesse público não está sujeito à barganha),
de tal sorte que não pode o Administrador Público simplesmente
renunciar a competência atribuída pela norma. Em síntese:
competência atribuída é competência a ser exercida, em razão,
sobretudo, do interesse público a ser atendido.
Outro ponto a ser realçado é que o exercício da competência,
embora seja elemento administrativo de ordem pública, pode ser
delegado (atribuída a outrem) e avocado (ato de trazer para si
competência de quem lhe é subordinado). Nesse sentido, lembramos
que a Lei nº 9.784/1999 (Lei de Processo Administrativo no âmbito
federal) estabelece:
A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos
administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os
casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
Além destas características (irrenunciabilidade; poder ser
delegada e avocada), observamos ser a competência, ainda:
I) intransferível: a competência não se transmite por mero
acordo entre as partes. Mesmo quando se permite a delegação, é
preciso um ato formal que registre a prática (ver caput do art. 14 da
Lei nº 9.784/1999);

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II) improrrogável: no processo civil, é comum ouvirmos falar


que se um determinado vício de incompetência relativa não for
alegado no momento oportuno, o juiz de incompetente passa a
competente, enfim, prorroga-se sua competência. No Direito
Administrativo, não é isso que acontece, os interesses em jogo não
são particulares como no Direito Civil. Assim, o mero decurso do
tempo não transmuda a incompetência em competência. Para a
alteração da competência, registre-se, é necessária a edição de
norma que especifique quem agora passa a dispor da competência; e,
III) imprescritível: o seu não-uso não torna o agente
incompetente. Não se pode falar, portanto, em “usucapião” de
competência.
Basicamente, pode-se afirmar, com base na doutrina, que a
competência dos agentes públicos é distribuída a partir de três
pontos, a saber:
a) em razão da matéria – leva-se em conta o grau
hierárquico e a possível delegação, como é exemplo da competência
entre os Ministérios, segundo o assunto que o é pertinente: saúde,
educação, transportes etc. Perceberam? Estamos diante de uma
forma de desconcentração por matéria;
b) em relação ao âmbito territorial – por exemplo, a
competência das delegacias policiais que adstringem o âmbito de sua
atuação a determinada circunscrição (localidade). Agora estamos
diante também de uma forma de desconcentração territorial; e
c) em relação ao limite de tempo – a competência tem início
a partir da investidura legal e término com o fim do exercício da
função pública.
Ressaltamos, ainda, que a expressão “competência”, dentro do
Direito Administrativo, não tem o sentido de capacidade ou habilidade
que detém um servidor público para editar um ato administrativo. De
outra forma, diferentemente do direito privado, a competência,
para o Direito Administrativo, deve ser entendida como A QUEM
COMPETE PRODUZIR O ATO, ou seja, um SUJEITO, UM ALGUÉM
que é responsável pela prática do ato. Não diz respeito, portanto, à
capacidade, mas sim ao PODER DE PRATICAR O ATO. Assim, como
dizem, não é competente quem quer, ou quem sabe fazer, mas sim
quem a norma determinar que é.
Já a Finalidade é o fim pretendido pela Administração.
Conforme parte da doutrina, a finalidade é elemento sempre
vinculado e, de forma ampla, deve ser idêntica para todo e qualquer
ato administrativo: a satisfação do interesse público. Apesar de
não gostarmos muito da afirmativa (a finalidade é elemento
vinculado), o CESPE tem adotado esse entendimento várias vezes.
Então, fica o BIZU: PARA EFEITOS DE PROVA DE CONCURSO, A
FINALIDADE É ELEMENTO VINCULADO!

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Tal objetivo (a finalidade, o interesse público) deve ser atingido


de maneira mediata (pro-futuro). Difere, desse modo, do efeito
jurídico imediato do ato administrativo, a ser buscado por
intermédio do objeto do ato, traduzido este na aquisição, na
transformação ou na extinção de direitos. Um exemplo deixa mais
claro.
Sabe aquela licença-gestante, a qual a servidora pública tem
direito, a partir do nono mês de gravidez? Qual seria o interesse
público a ser atingido? A gente gosta de dizer que o interesse público
começa com: É (éééé...) sabe quando a gente diz para si mesmo
peraí. Deixe-me pensar... éééé... provavelmente, essa será a
finalidade do ato, que é MEDIATA. No caso da licença-gestante,
alguns exemplos: proteção da infância, da lactância, preservação da
espécie humana, e outros. Notem que é “coisa grande”.
No caso do Objeto, o resultado é IMEDIATO. No caso da
licença-gestante: é retirar a servidora do contato com o trabalho por
120 dias consecutivos, a partir da concessão da licença.
Ei, a licença-gestante agora não é de 180 dias? Alguém já me
disse isso... Pois é: esses 60 dias a mais (na Lei 8.112 o prazo
continua a ser de 120 dias) vêm da Lei 11.770, de 2008. Daí é difícil
(mas não impossível!) o examinador tratar disso na prova.
Por enquanto, o que importa para guardarmos é: ENQUANTO
A FINALIDADE É O RESULTADO MEDIATO, O OBJETO DO ATO É
SEU RESULTADO IMEDIATO!
De modo restrito, a lei pode estabelecer objetivo específico para
o ato administrativo a ser praticado. Por exemplo: a remoção ex
officio (de ofício) de servidor público tem a finalidade específica de
atender a necessidade de serviço público. Assim, o ato de remoção,
por exemplo, não pode ser utilizado para punir quem cometera
infrações funcionais, sob pena de ser invalidado por desvio de
finalidade (espécie do vício de abuso de poder).
Infelizmente, não trataremos do abuso de poder no nosso curso
porque o assunto “Poderes Administrativos” simplesmente não é
exigido em concursos para o Tribunal. Alguns devem ter pensado:
infelizmente? FELIZMENTE, pois pelo menos uma coisa eu não tenho
de estudar... então, tá! Infeliz, ou FELIZMENTE, não cai o assunto
poderes...
A FOrma é um dos elementos do ato administrativo.
Tradicionalmente, a forma é indicada como sendo um elemento
vinculado e indispensável à validade do ato administrativo. Registre-
se: não basta que o ato tenha forma, mas que esta seja válida, ou
seja, em consonância com que preceitua a norma.
Por regra geral, os atos administrativos devem ter a forma
escrita. Porém, nosso concurso não é composto só de regras

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GERAIS. Aliás, o Direito, sobretudo o Administrativo, é a “ciência das


exceções”. Portanto, não se excluem os atos administrativos
praticados de forma não-escrita, consubstanciados em ordens
verbais, por meio de sinais etc. São exemplos de atos administrativos
não-praticados por escrito: ordens verbais de um superior ao
subordinado; sinais e placas de trânsito (formas pictóricas) etc.
No Direito Público, do qual o Direito Administrativo é um dos
ramos, impera o princípio da solenidade das formas, ao contrário
do princípio da liberdade (instrumentalidade) das formas, diga-se de
passagem, inerente ao direito privado.
Em realidade, por tratar de interesses públicos, o Direito
Administrativo deve preservar formas, ritos, permissivos do alcance
desse interesse. Pode-se dizer que a observância da forma prescrita
em lei constitui verdadeira garantia jurídica para a Administração e
para o administrado: pelo revestimento (forma) do ato administrativo
é que se perceberá a obtenção do resultado pretendido, servindo de
meio de controle, quer pela Administração, quer pelos destinatários,
quanto ao que se realizará.
Abrimos breve parêntese para explicar que o “império da
formalidade” vem sendo amenizado, moderado. Recentemente a Lei
nº 9.784/1999, em seu art. 22, estatuiu expressamente: os atos do
processo administrativo não dependem de forma determinada, a não
ser quando a lei expressamente a exigir.
A doutrina tem evoluído exatamente nesse sentido de
moderação. Aponta que as formalidades para a prática de qualquer
ato administrativo devem ser só aquelas estritamente essenciais,
desprezando-se procedimentos meramente protelatórios,
procrastinatórios. Percebemos o surgimento de um novo princípio: o
do FORMALISMO MODERADO PARA OS ATOS E PROCESSOS
ADMINISTRATIVOS.
Assim, caso não se tenha forma específica na norma para a
prática de um ato administrativo, este poderá ser praticado de mais
de uma forma (escrita, verbal, gestual etc.).
ATENÇÃO: a forma continua a ser vista, via de regra, como um
elemento VINCULADO do ato administrativo, uma vez que prevalece
nesse ramo do direito a forma prescrita em lei para os atos. Contudo,
a Lei nº 9.784/1999 atenua esse entendimento (mas não o afasta,
por completo), ao determinar que as formalidades para a prática
desses atos devem ser exigidas SOMENTE QUANTO AO ESSENCIAL.
Esse é o entendimento a ser mantido para fins de prova de
concurso!
Chegamos à “cerejinha do bolo” quanto aos elementos: o
Motivo.

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De cara, vamos fazer um pacto: NO DIREITO


ADMINISTRATIVO, QUASE SEMPRE, SE TEM NOME DIFERENTE, TEM
QUE TER DIFERENÇAS. SE AS COISAS TÊM SENTIDOS IGUAIS,
DEVEM (ou DEVERIAM) TER O MESMO NOME...
Assim, de acordo com nosso “pacto”, tem que ter diferenças
entre motivo (ELEMENTO do ato administrativo) e a motivação
(EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS). Vejamos.
Motivo é o que leva alguém a fazer alguma coisa.
Exemplo: por que os amigos estão fazendo este curso? Pelo prazer da
nossa companhia? Por que não tem muito que fazer? Ou para,
finalmente, resolver essa “parada” de Direito Administrativo em
concursos públicos? Provavelmente, deve ser por causa da última
situação, mas ATENÇÃO: MOTIVO É O QUE LEVA À PRÁTICA DE UM
ATO, ou, como prefere o examinador, pressupostos de fato e de
direito que levam a Administração Pública a agir.
Motivar é, em síntese, explicar, reduzir a termo, enunciar, por
no papel, enfim, EXPOR OS MOTIVOS QUE DETERMINARAM A
PRÁTICA DE UM ATO. É a exteriorização, a formalização, do que
levou à Administração produzir determinado ato administrativo. Um
exemplo prático torna mais clara a situação: na punição de um
servidor, praticante de infração funcional, o motivo (um dos
elementos dos atos administrativos) é a própria infração, enquanto a
motivação seria a capa, a formalização dos motivos, contida em ato
(ou atos) que indiquem as razões, a gradação da pena, o resgate a
atos precedentes e outros que permitam verificar a existência do
motivo indicado.
Então, um primeiro BIZU: MOTIVO E MOTIVAÇÃO, AINDA
QUE PRÓXIMOS, NÃO SÃO EXPRESSÕES SINÔNIMAS.
Lembramos que divergências doutrinárias também são
encontradas quanto à necessidade de motivação dos atos
administrativos. Mais uma vez, a interpretação da Lei nº 9.784/1999
resolve a questão.
Na citada norma (art. 50), expõe-se determinada lista
(exemplificativa) de atos administrativos que, obrigatoriamente,
deverão ser motivados, entre outros:
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção
pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo
licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou
convalidação de ato administrativo.

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Ora, se a lei determina que, nessas hipóteses, os atos


administrativos deverão ser motivados, conclui-se que em outras,
evidentemente, poderão deixar de ser. Assim, nem sempre a
motivação dos atos é obrigatória. Embora desejável e quase
sempre necessária (pois é um princípio da Administração), a
motivação poderá não ser expressamente exigida.
Nesse sentido, cite-se a possibilidade de exoneração “ad
nutum” de um servidor ocupante de cargo em comissão, para a qual
a Administração é dispensada de apresentar motivação expressa de
tal decisão. Em outros termos, embora existente o motivo, a
motivação não se faz necessária, regra geral. A homologação de
processo licitatório é outro exemplo de situação que prescinde de
motivação, uma vez que as leis não exigem para esta expressa
motivação.
Interessante ressaltar que, ainda que não obrigatória em todas
as circunstâncias, a regra geral é que haja motivação dos atos
administrativos praticados pelo Poder Público, já que a motivação é
um princípio LEGAL contido no caput do art. 2º da Lei nº 9.784/1999
(mas não é um princípio constitucional expresso para a Administração
Pública, observe-se).
Toa, quando os motivos qu e levaram à prática de um ato
forem expostos, deverão ser reais, existentes, amparando-se em
razões de interesse, sob pena de invalidação (anulação) do ato
amparado em motivo falso ou inexistente, dentro do que a doutrina
conhece como ‘Teoria dos Motivos Determinantes’. Um caso pitoresco
explica melhor o que se afirma.
A dispensa do servidor ocupante de cargo em comissão é uma
das, hoje, raras exceções em que se dispensa a motivação expressa
do ato praticado pela Administração, como dissemos. Suponhamos,
então, que um ocupante de cargo em comissão tem sua exoneração
ocorrida, conforme apontado pela Administração em despacho
fundamentado, pela sua inassiduidade habitual. O ex-comissionado
comprova, então, que jamais faltou um dia de trabalho. Sua dispensa
poderá (e mesmo DEVERÁ), em consequência, ser invalidada com
fundamento na “teoria dos motivos determinantes”.
Tal teoria (dos motivos determinantes) preceitua que a validade
do ato está adstrita aos motivos indicados como seu fundamento e
sua prática, de maneira que se inexistentes ou falsos os motivos, o
ato será nulo. Assim, mesmo se a lei não exigir a motivação, caso a
Administração a faça, estará vinculada aos motivos expostos.
Cuidado! Ao motivar o ato, não significa que a Administração
esteja “transformando” um ato de discricionário em vinculado. De
modo algum. O ato continua com sua mesma natureza, desde a
origem: o discricionário mantém-se assim. Acontece, tão-somente,

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que ficará a Administração, quando da motivação, vinculada aos


motivos declarados.
Ressalte-se que a Constituição não exige, direta e
expressamente, do ADMINISTRADOR, a motivação de seus atos
administrativos. Quem o faz, expressamente, indicando a motivação
como princípio é a Lei 9.784/1999, no art. 2º já citado, como
decorrência, por exemplo, de princípios constitucionais como o da
publicidade. Mas é bom lembrar que hoje, PARA AS DECISÕES
ADMINISTRATIVAS LEVADAS A EFEITO NO ÂMBITO DO PODER
JUDICIÁRIO, A NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO É EXPRESSA NA
CF/1988. A bem do esclarecimento, citamos o inc. X do art.93 da
CF/1988:
As decisões administrativas dos tribunais serão
motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.
Portanto, hoje, a motivação não é um princípio absolutamente
implícito no texto constitucional. Mas, como frisado, seu registro
constitucional expresso diz respeito às decisões administrativas dos
Tribunais Judiciais, não sendo diretamente relacionado, portanto, aos
administradores públicos, de modo geral.
Essa teoria, dos motivos determinantes, tem caído bastante em
prova. Normalmente o examinador faz isso:
(2007/CESPE/TCU/Técnico) A teoria dos motivos
determinantes cria para o administrador a necessária
vinculação entre os motivos invocados para a prática de
um ato administrativo e a sua validade jurídica.
GABARITO: CERTO

Tem razão o examinador quando afirma que os motivos


expostos para a prática de um ato estão ligados ao plano da
VALIDADE deste, ou seja, de sua LEGALIDADE, pois ato válido é ato
legal. Acrescemos que tais motivos não se ligam à EXISTÊNCIA do
ato. Falaremos mais sobre validade, existência e eficácia em outros
itens, ok? Mas, por ora, vamos continuar com nossas análises
relativas aos elementos.
Também denominado de conteúdo por alguns autores, o objeto
diz respeito à essência do ato administrativo, constituindo o efeito
jurídico imediato que tal ato produz.
Se os amigos não perceberam, há uma diferença fundamental
entre finalidade e objeto, no que diga respeito ao resultado
pretendido. Com efeito, a FINALIDADE TRADUZ O RESULTADO
MEDIATO, como dissemos, enquanto o OBJETO REFERE-SE AO

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RESULTADO IMEDIATO, ou seja, a mudança perceptível,


rapidamente, a partir do ato.
Sob determinadas circunstâncias, o objeto do ato deve
reproduzir aquilo que desejava o legislador. Noutras, permite-se, em
lei, ao agente ponderar quanto àquilo que pretende atingir com sua
manifestação volitiva (de vontade). No 1º caso, tem-se ato vinculado;
no segundo, ato discricionário. É preciso notar que o objeto guarda
íntima relação com o motivo do ato administrativo, constituindo,
estes dois elementos, o núcleo do que a doutrina comumente
denomina de mérito do ato administrativo, a ser visto em várias
questões que resolveremos mais à frente.
Por fim, pode-se dar como exemplo de objetos de ato
administrativo, os seguintes: uma licença para construção tem por
objeto permitir que o interessado possa edificar de forma legítima; no
ato de posse, é a investidura do servidor em cargo público; na
aplicação de uma multa, o objeto é punir o transgressor, etc. Vê-se
que o objeto é, repisando, aquilo que se pretende de forma imediata,
enquanto que, de forma mediata, a pretensão tem a ver com o
elemento finalidade: a satisfação do interesse público.
Como falaremos de convalidação dos atos mais para frente,
deixamos de enfatizar o assunto aqui nessa passagem, ok? Ufa,
depois de todo esse estirão, vamos para os outros itens relativos aos
elementos, que vão ter comentários mais curtos. Prometemos!

5 - (2009/CESPE/PC-ES/Agente) Na delegação de
competência, a titularidade da atribuição administrativa é transferida
para o delegatário que prestará o serviço.
5 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS
COMENTÁRIOS:
Opa! Na delegação, o que se transfere é a EXECUÇÃO, mas não
a TITULARIDADE. Olha só o que diz o art. 14 da Lei 9.784, de 1999:
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo
pela autoridade delegante.
Sabe qual a razão de poder se revogar a delegação de
competência? Porque ela continua a ser do titular, SEMPRE. Assim,
QUANDO HÁ DELEGAÇÃO,O QUE SE TRANSFERE É A EXECUÇÃO, NÃO
A TITULARIDADE! ERRADO o item!

6 - (2009/AUGE/CESPE/Auditor Interno) Os atos


administrativos de caráter normativo não podem ser objeto de
delegação.

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6 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS
COMENTÁRIOS:
Esse assunto é particularmente interessante à Lei 9.784/99.
Mas vale o registro: nem tudo pode ser delegado. Com efeito,
vejamos o art. 13 da referida norma:
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão
ou autoridade.
“Decorem” esse rol acima, pois ele sempre cai em prova. Mas
voltaremos a falar sobre ele na aula da Lei 9.784. E lembrem: nem
tudo pode ser objeto de delegação.

7 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Conforme afirma a


doutrina prevalente, o ato administrativo será sempre vinculado com
relação à competência e ao motivo do ato.
7 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS
COMENTÁRIOS:
Essa “provinha” do Ministério da Saúde foi uma das mais
interessantes aplicadas nos últimos tempos pelo CESPE, para quem
não é da área jurídica. Bem pé no chão e com questões muito boas.
Em realidade, a doutrina, unanimemente, entende que é
praticamente impossível vincular todos os motivos, ou seja, todas as
razões que levarão, algum dia, a Administração Pública a agir. Já
pensou: tentar prever tudo o que vai acontecer na vida da
Administração? Ou seja, vincular todos os motivos? Impossível...
Mas, só para lembrá-los: o elemento competência é vinculado,
também na visão da doutrina. Quem não é vinculado, é o motivo.
Daí, o erro da questão: dizer que o motivo é vinculado.

8 - (2010/CESPE/INSS/Médico) A alteração da finalidade


do ato administrativo expressa na norma legal ou implícita no
ordenamento da administração caracteriza o desvio de poder.
8 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS
COMENTÁRIOS:

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Esta questão é desencargo de consciência com relação a uma


mínima parte do assunto “Poderes Administrativos” que poderia cair
em prova, por conta de atos: a teoria do abuso de poder.
Os Poderes concedidos aos agentes para o bom desempenho de
suas atribuições de interesse público devem ser usados com
normalidade, dentro dos contornos da lei. Não pode a autoridade, por
achar-se no uso legítimo dos poderes que lhe foram cometidos,
desbordar (estar além) dos limites estabelecidos. Para que não sejam
invalidados, os atos das autoridades e dos agentes em geral devem,
então, ser legítimos, legais e morais, atendo-se aos interesses
públicos, da coletividade. Ao mau uso do poder, de forma
desproporcional, ilegal, ou sem atendimento do interesse público,
constitui o abuso de poder, que pode ocorrer de duas formas,
basicamente:
a) O agente atua fora dos limites de sua competência; e,
b) O agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do
interesse público que deve nortear todo o desempenho
administrativo.
No primeiro caso, verifica-se o excesso de poder, com o
agente público exorbitando das competências que lhe foram
atribuídas, invadindo competências de outros agentes, ou praticando
atividades que não lhe foram conferidas por lei. O vício aqui é de
competência, tornando o ato arbitrário, ilícito e nulo.
Na segunda situação, embora o agente esteja atuando no raio
de sua competência, pratica ato visando fim diverso do fixado em lei
ou exigido pelo interesse público. Ocorre, então, o que a doutrina
costumeiramente chama de desvio de poder ou de finalidade, que
é o assunto tratado neste item. Consequentemente, o vício do ato,
nesse caso, não é de competência do agente, mas de finalidade. Em
duas acepções pode ocorrer essa violação da finalidade: de forma
ampla, quando o ato praticado ofende genericamente o interesse
público, como a concessão de vantagens pecuniárias a um grupo de
servidores, ou de forma específica, quando o ato, por exemplo,
desatende o objetivo previsto em norma, tal como no já clássico
exemplo da remoção de ofício do servidor como forma de punição do
mesmo. Tal figura jurídica [a remoção] tem por fim o atendimento de
necessidade do serviço, e não poderia, com intuito diverso, ser
utilizada como forma de punição do servidor, sob pena de invalidação
por desvio de finalidade.
Então, em rápida síntese, o abuso de poder é gênero, do qual
são espécies o excesso de poder e o desvio de poder ou de finalidade,
com as características apontadas.
Voltando ao item, vimos nas questões anteriores, aliás, no
curso todo, que a Administração Pública só pode e deve e agir em
razão de interesses públicos. Desse modo, não pode haver por parte

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do agente responsável pela ação alteração da finalidade do ato, pois,


se não, incidiria em abuso de poder, na modalidade desvio de poder
(ou de finalidade).
Ah, um último detalhe: alguns autores expõe que a omissão
pode caracterizar abuso de poder. Um exemplo: o sujeito colou grau
em contabilidade. Vai ao conselho de sua categoria e solicita o
registro. O conselho se omite... Não tá abusando?!!! Pois é. É nesse
sentido que a omissão caracterizaria abuso.

9 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Existe liberdade de opção


para a autoridade administrativa quanto ao resultado que a
administração quer alcançar com a prática do ato.
9 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS
COMENTÁRIOS:
Questão de fixação: não há liberdade quanto ao resultado que
deve ser alcançado: serão sempre os interesses públicos. ERRADO o
item, portanto.

10 - (2009/CESPE/TRT-ES/Analista Judiciário) De acordo


com a teoria dos motivos determinantes, os atos administrativos,
quando tiverem sua prática motivada, ficam vinculados aos motivos
expostos, para todos os efeitos jurídicos. Havendo desconformidade
entre os motivos e a realidade, ou quando os motivos forem
inexistentes, a administração deve revogar o ato.
10 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS
COMENTÁRIOS:
Mas estava indo tão bem na questão... É que até antes do
termo “Havendo” a questão estava certa! Mas quando o examinador
diz que “Havendo desconformidade entre os motivos e a realidade, ou
quando os motivos forem inexistentes, a administração deve revogar
o ato” aí ele cometeu o erro. Na verdade, motivos falsos levam à
ANULAÇÃO do ato, por ilegalidade, e não sua revogação, que, como
sabemos, ocorre por motivos de conveniência e oportunidade. Mas
vamos falara mais sobre revogação em questões lá na frente, ok?

11 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Os atos administrativos


gozam de presunção iuris et de iure de legitimidade.
11 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS
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COMENTÁRIOS:
Bom, entramos noutro assunto relativo aos atos
administrativos: os atributos. Vamos fazer o mesmo “esquema” que
fizemos para os elementos: esclarecimentos teóricos todos de uma
vez, depois, mais objetividade nos comentários das questões que
falem sobre atributos a seguir.
Os atributos, junto com os elementos, são os temas que mais
caem em prova, no que se refere aos atos. Para boa parte da
doutrina, são três os atributos: presunção de legitimidade, auto-
executoriedade e imperatividade. Vamos, então, abordar
principalmente esses três, sem prejuízo de mencionar o que alguns
autores pensam a respeito de outros eventuais atributos. Vamos
começar com a presunção de legitimidade.
A palavra presunção denuncia (indica) que milita (conta em
favor) no ato administrativo do Estado a qualidade de terem sido
produzidos em conformidade com o Direito (presunção de
legitimidade), e, realmente, não poderia ser diferente, eis que em
toda sua vida funcional, o administrador fica preso ao cumprimento
estrito da lei, ou seja, ao princípio da legalidade (art. 37, caput, da
CF/88). Além disso, os fatos alegados pela Administração para a
prática do ato também são presumidos verdadeiros (presunção de
veracidade).
E o amigo questiona: isso significa que não posso me opor
à execução do ato, pois ele é presumido legítimo? Não é isso.
Obviamente, o particular, ao se sentir atingido pelo ato do Estado,
tem todo o direito de se socorrer no Poder Judiciário, utilizando, para
tanto, dos remédios jurídicos postos à sua disposição, afinal, como já
se disse, vigora entre nós o princípio da Jurisdição UNA (sistema
inglês), encontrado no inc. XXXV do art. 5º da CF/1988.
Logo, pelo fato de nós particulares podermos nos opor, é
possível dizer que a presunção que estamos tratando NÃO É
ABSOLUTA (JURE ET JURIS), mas sim RELATIVA (“juris tantum”). E
está resolvido o item, não é? O examinador disse que a presunção de
legitimidade é absoluta. Não é. É relativa.
Surge a questão: quem deve provar a suposta ilegalidade
do ato? A Administração que o executou? Ou os particulares
(administrados) que se opõem? A resposta é que a presunção de
legitimidade/veracidade inverte o ônus da prova, de tal forma que o
particular é quem tem a obrigação de demonstrar que o ato da
Administração foi produzido em descompasso com o direito
vigente e, ainda, que os fatos alegados não são reais, não são
adequados. Que confuso não?! Vamos a um exemplo, para que fique
um pouco mais claro.
SEAN, em alta velocidade, ao ultrapassar sinal vermelho, é
multado por MARANHÃO (agente de fiscalização do Estado). Depois

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de determinado prazo, chega à casa de SEAN multa pela


transgressão, ou seja, a Administração ALEGA que SEAN ultrapassou
o sinal vermelho. Será verdadeira a alegação da Administração?
Quem alega tem de provar? A resposta é que, embora a regra seja
de que quem alega é que tem de provar, tratando-se de Direito
Público, INVERTE-SE O ÔNUS DA PROVA, logo, SEAN é que tem de
provar o equívoco da Administração ao multá-lo, dado que, a
princípio, o ato administrativo é presumivelmente legítimo.
Destacamos ainda que a presunção de legitimidade decorre do
princípio da legalidade, do próprio estado de Direito, não sendo
necessária norma infraconstitucional que a reafirme. Com
outras palavras: não é preciso que uma Lei diga, por exemplo, “as
licitações são legítimas”. De fato, por se tratar de uma série de atos
administrativos, os processos licitatórios, assim como todos os atos
administrativos, são presumidos legítimos. Então, anota aí:
COMO VIVEMOS EM UM ESTADO DE DIREITO, UMA DAS
CONSEQUÊNCIAS DISSO É QUE TODOS OS ATOS DO
ESTADO SÃO PRESUMIDOS LEGÍTIMOS, OU SEJA,
EM CONFORMIDADE COM A ORDEM JURÍDICA.
Assim, podemos afirmar que a presunção de legitimidade é uma
decorrência do Estado de Direito mencionado logo no art. 1º da
CF/1988. De fato, se o Estado é de Direito, deve ser o primeiro a
cumprir o rito legal. Logo, PRESUMIDAMENTE, TODOS os atos que
venha a produzir estarão em conformidade com o ordenamento
jurídico. PERCEBAM: o que acabamos de dizer é que TODOS os atos
contam com uma presunção (relativa) de legitimidade, uma vez que
este atributo é uma decorrência do Estado de Direito. Isso será
diferente com os outros atributos, como veremos.
Detalhe: alguns autores costumam dividir a presunção de
legitimidade em dois aspectos: legalidade, em sentido estrito, e
veracidade.
Pela primeira (legalidade), a atuação do agente público é
suposta de acordo com a Lei. Pela segunda (veracidade), os FATOS
alegados pela Administração para a produção de um ato são
verídicos, ou seja, reais, existentes. Essa distinção não é muito
comum, mas o Cespe trata disso, como veremos.
O segundo atributo é a imperatividade, que é a característica
pela qual os atos administrativos se impõem como obrigatórios a
terceiros, independentemente da anuência destes, que, assim,
sujeitam-se à imposição estatal.
Se o concursando tivesse de traduzir a imperatividade em um
princípio só, qual seria este? A Resposta deveria ser: O
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE
O PARTICULAR, ou seja, o Estado determina ordens, de forma
unilateral, e nós, administrados (particulares) devemos acatá-

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las, sob pena de sanções. Notem que a supremacia traduz uma


ideia de verticalidade, de prerrogativa.
Importante perceber que os atos administrativos são tão
potentes, tão fortes, a ponto de seus efeitos serem sentidos por
particulares que não estão sujeitos à hierarquia da Administração, ou
seja, os atos são emitidos pelo Estado e ultrapassam sua esfera,
alcançando a esfera do particular sem qualquer vínculo especial,
enfim, extravasa o âmbito interno administrativo, é aquilo que a
doutrina denomina de Poder Extroverso.
ALERTA, ALERTA! Nem todos os atos são dotados de
imperatividade. Para encontrarmos os atos não-imperativos é só
procurarmos pelas situações em que o Estado encontra restrições em
sua atuação, eis que, como informamos, a imperatividade traduz
prerrogativa estatal. P. ex., se um servidor solicita uma certidão
por tempo de serviço, o Estado tem a prerrogativa de negar? Se o
Estado tem o desejo de contratar uma nova frota de veículos, poderia
forçar uma concessionária ao fornecimento? A resposta, para ambos
os casos, é que não. Daí porque concluímos que atos enunciativos
(certidões, atestados e outros) e atos negociais (autorização,
permissão e outros), não são dotados de imperatividade, porque
funcionam como uma restrição para o Estado e não prerrogativa.
Podemos dizer, então, que há imperatividade nos atos que imponham
deveres, obrigações e sanções aos destinatários, pois, nestes casos, o
Estado é dotado de suas prerrogativas típicas.
Terceiro atributo dos atos administrativos, a auto-
executoriedade é a prerrogativa de que certos atos administrativos
sejam executados imediata e diretamente pela própria Administração,
independentemente de ordem ou autorização judicial. Salientamos
que se garante até mesmo o uso da força física, se for necessária,
mas, sempre e sempre, com meios adequados, proporcionais. P.
ex.: estudantes da UNB, de forma pacífica, mantêm-se instalados em
determinado bem público de uso especial (reitoria da Faculdade),
seria possível a expulsão do grupo, sem a intervenção do Judiciário?
É claro que sim (apesar da grande timidez dos gestores públicos),
mas sem maus-tratos, sem violência desmedida, enfim, com
PROPORCIONALIDADE.
Assim como ocorre com o atributo da imperatividade, a auto-
executoriedade não existe em todos os atos administrativos.
Conforme a doutrina majoritária, só há auto-executoriedade quando:
a) expressamente prevista em lei; E/OU
b) tratar-se de medida urgente que, acaso não
adotada de imediato, pode ocasionar prejuízo maior
para o interesse público.
Aproveitamos do momento para sinalizar que o TCU tem,
constitucionalmente, competência para aplicação de multas. Seriam

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elas autoexecutórias? Não. A exemplo das multas aplicadas por


órgãos administrativos, as decisões do Tribunal que apliquem multas
serão executadas perante o Poder Judiciário, em ações específicas.
Ah, uma última nota: há autores que defendem outros
atributos para os atos administrativos. Por exemplo: há quem indique
o atributo da TIPICIDADE (Professora di Pietro, por exemplo). Em
razão de tal atributo, o ato administrativo deve corresponder a
figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir
determinados resultados.
Por este atributo afasta-se a possibilidade de produzir atos
administrativos unilaterais inominados, especialmente em
consequência direta do princípio da legalidade: para cada finalidade
pretendida pela Administração existe um ato definido em lei.
Duas consequências podem ser apontadas em razão do
princípio da tipicidade:
I) Impede que a Administração produza atos unilaterais e
coercitivos, sem expressa previsão legal, representando
verdadeira garantia ao administrado;
II) Impede a prática de atos totalmente discricionários,
porque a previsão legal define os contornos em que a
discricionariedade poderá ser exercida.
Destaque-se, por fim, que não há de se falar em tipicidade com
relação a todos os atos bilaterais, como é o exemplo clássico dos
contratos administrativos, pois, em relação a estes, não há imposição
da vontade administrativa. Assim, nestes acordos de vontades
(contratos), a vontade da Administração dependerá da aceitação do
particular, não havendo óbices à formalização de contratos
inominados, desde que haja o melhor atendimento do interesse
público e do particular. Obviamente, por vezes, mesmo nos contratos
administrativos, o princípio da tipicidade se fará presente, como é o
caso dos contratos de concessão de serviços públicos, já nomeados,
tipificados, na Lei nº 8.987/1995, por exemplo.
Enfim, os atributos, as notas peculiares, as características, aqui
apontados são os mais importantes para efeitos de concurso. Mas
nada impede que sejam citados outros, os quais, sendo bem sinceros,
dificilmente cairão na prova.
AH – responda rápido aí: são elementos do ato administrativo:
a imperatividade e autoexecutoriedade. Alguns talvez tenham dito
sim, isto está certo. NÃO TÁ !!!! Não são elementos, mas sim
ATRIBUTOS do ato administrativo. Então, para resumir, guarda a
informação:

ELEMENTOS: são partes do ATRIBUTOS: características

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ato do ato

COMPETÊNCIA: Poder atribuído Presunção de legitimidade:


sempre existe. É a conformidade
FINALIDADE: interesse público do ato com a ordem jurídica
(de modo amplo)

FORMA: exteriorizador do ato Autoexecutoriedade: permite que


(como este vem ao mundo) a Administração Pública aja,
independentemente de
MOTIVO: pressupostos de fato e autorização judicial
de direito

OBJETO: conteúdo (resultado Imperatividade:em razão dela, o


imediato) destinatário deve obediência ao
ato, independente de
concordância

E LEMBREM: um único atributo se faz presente em todos os


atos: a presunção de legitimidade.

12 - (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) O
ato administrativo, uma vez publicado, terá vigência e deverá ser
cumprido, ainda que esteja eivado de vícios.
12 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS
COMENTÁRIOS:
Particularmente, eu (Sandro) gosto muito dessa questão.
Explico.
Já falamos da publicidade, publicação, e outros aspectos
relacionados à necessidade de divulgação dos atos administrativos na
1ª aula do curso. Resumidamente: a publicação é um dos requisitos
de eficácia dos atos, isto é, é necessário que, em regra, o ato seja
publicado, para produzir efeitos jurídicos. A maldade (adoro...
rsrsrs...) do item é a parte final: um ato terá vigência, devendo ser
cumprido, mesmo que esteja com vícios???!!! SIM. Vejamos o
porquê.
Lembra aí: qual é o único atributo presente em todos os atos? A
presunção de legitimidade. Por que? O que ela significa,
resumidamente? Que se supõe o ato em conformidade com a ordem
jurídica. Pois é, aí está a nossa solução: como todos os atos
administrativos são presumidos legítimos, eles devem ser
observados, obedecidos. Caso alguém prejudicado, atingido, pelo ato
queira, pode questioná-lo, demonstrando que a pressuposição de
legitimidade era, na realidade, equivocada, MAS, nesse meio tempo,

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enquanto promove o questionamento, deve cumprir com o ato, pois,


afinal, esse (o ato) é pressuposto legítimo, tal como diz o item.
Quando anularem (se anularem), se for constatada, realmente, a
ilegalidade, daí sim, o ato pode deixar de ser cumprido. Muito bom,
não é? Nesse item é o Cespe que conhecemos...

13 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) No caso
de um administrado alegar a existência de vício de legalidade que
invalide determinado ato administrativo, esse indivíduo deverá
fundamentar sua alegação com provas dos fatos relevantes, por força
da obrigatoriedade de inversão do ônus da prova, originada no
princípio da presunção de legitimidade do ato administrativo.
13 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS
COMENTÁRIOS:
Como dissemos: se o destinatário, o atingido, pelo ato
administrativo está incomodado com este, pode questioná-lo, por
conta do princípio da inafastabilidade jurisdicional. Mas, em
compensação, verá o ônus da prova invertido: mesmo que a
Administração o acuse de algo, cabe ao particular demonstrar que o
ato contém vícios, em razão da presunção de legitimidade, a qual,
mera curiosidade, foi chamada de princípio neste item. Sem
problemas quanto a isso...

14 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) Pelo


atributo da presunção de veracidade, a validade do ato administrativo
não pode ser apreciada de ofício pelo Poder Judiciário.
14 - GABARITO: CERTO.
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS
COMENTÁRIOS:
Muito bom esse item! De fato, uma das razões que afasta a
atuação de ofício do Judiciário com relação aos atos da Administração
é a presunção de legitimidade, que contém a veracidade.
De acordo com este aspecto (veracidade), não há razão para
que o Judiciário indague, de ofício, a respeito da validade do ato, uma
vez que se entende que os fatos apontados pela Administração para a
tomada de decisão, a princípio, são reais, existem. Logo, CERTO o
item.

15 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Jud.) Um dos efeitos


do atributo da presunção de veracidade dos atos administrativos

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reside na impossibilidade de apreciação de ofício da validade do ato


por parte do Poder Judiciário.
15 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS
COMENTÁRIOS:
Questão muito boa, que é praticamente a repetição da questão
anterior! Primeiro, relembramos que pela presunção de veracidade os
fatos alegados pela Administração para a prática do ato são
presumidos verdadeiros. A presunção de veracidade é como se fosse
uma das “bandas” da presunção de legitimidade. E como pela
presunção em questão, a Administração Pública “não mente”, não
cabe ao Judiciário, de ofício, ficar “perturbando a vida” da
Administração. Na realidade, para que o Poder Judiciário possa se
pronunciar quanto à legitimidade, legalidade ou veracidade que diga
respeito aos atos administrativos, o Judiciário deve ser provocado, ou
seja, demandado a se pronunciar.

16 - (2009/CESPE/MMA/Ag. Administrativo) Pelo atributo


da presunção de veracidade, presume-se que os atos administrativos
estão em conformidade com a lei.
16 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS
COMENTÁRIOS:
Esses caras do Cespe são maus mesmo! Na realidade, pelo
conceito exposto acima, pela presunção de veracidade, os FATOS
ALEGADOS pela Administração para a prática de um ato são
verídicos, reais, existentes. A conformidade com a LEI diz respeito à
presunção de LEGALIDADE (ou legitimidade, por ser mais ampla) dos
atos administrativos. O que ocorreu neste item foi que o examinador
“embolou” os conceitos – chamou de presunção de veracidade o que,
de fato, diz respeito à presunção de legalidade, estrito senso, dos
atos administrativos. Daí o erro da questão.

17 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Nem
todos os atos administrativos possuem o atributo da
autoexecutoriedade, já que alguns deles necessitam de autorização
do Poder Judiciário para criar obrigações para o administrado.
17 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS
COMENTÁRIOS:

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Fixação: determinados atos não contam com


autoexecutoriedade. Exemplo disso: a COBRANÇA das multas
administrativas, tais como as aplicadas pelo TCU. Notaram a “caixa-
alta” para o termo cobrança? Pois é. Esta não é autoexecutória, mas
a APLICAÇÃO DA MULTA é autoexecutória, ou seja, o TCU, por
exemplo, aplica multa aos “maus gestores”. Mas se tiver que cobrar,
não vai conseguir fazer isso sozinho. Vai precisar de um (longo)
processo judicial...

18 - (2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) A autoexecutoriedade
é um atributo de todos os atos administrativos.
18 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS
COMENTÁRIOS:
LEMA DE CONCURSEIRO: repetição leva à perfeição (que no
Direito Administrativo é outro conceito. Aguardem...): nem todos os
atos administrativos são autoexecutórios. O único atributo presente
em todos os atos é a PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE.

19 - (2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A prefeitura de


determinada cidade, por meio de seu órgão competente, fechou uma
casa de espetáculos que funcionava sem alvará e em dissonância com
as normas de ordem urbanísticas locais. O dono do estabelecimento
rebelou-se contra o ato, sob o argumento de que, para tanto, a
prefeitura deveria ter recorrido ao Poder Judiciário e pedido o
fechamento da casa e não agido por conta própria.
A situação hipotética descrita acima demonstra o atributo do ato
administrativo denominado
A autoexecutoriedade.
B presunção de legitimidade.
C estrita legalidade.
D discricionariedade.
E bilateralidade.
19 - GABARITO: LETRA “a”
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS
COMENTÁRIOS:
Fato raro: provas de múltipla escolha feitas pelo Cespe. Mas
existe, viu? Aqui é para fechar: o atributo em questão é
autoexecutoriedade. Talvez alguns tenham confundido com a

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imperatividade. Normal. Acontece. Só não pode acontecer na prova...


rsrsrsrs...
O ponto central não é o fechamento do estabelecimento, que,
sim, é imperativo, pois obriga o dono do estabelecimento a mantê-lo
fechado. A questão é o argumento do dono do estabelecimento:
rebelou-se contra o ato, sob o argumento de que, para tanto, a
prefeitura deveria ter recorrido ao Poder Judiciário e pedido o
fechamento da casa e não agido por conta própria.
É o atributo da autoexecutorieade que dá possibilidade de a
Administração agir, independente de autorização ou intervenção do
Poder Judiciário. Logo, esse é o item que deve ser buscado, dentre as
alternativas colocadas à disposição. Letra ‘a’, portanto.

20 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) É permitido ao
Poder Judiciário avaliar e julgar o mérito administrativo de ato
proveniente de um administrador público.
20 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS – MÉRITO - CONTROLE
COMENTÁRIOS:
Outro dos nossos assuntos preferidos: o mérito do ato
administrativo. Vamos dar a tradicional “geral” no assunto, para
depois comentar de maneira mais curta as questões a seguir, ok?
Resumidamente, pode-se afirmar que o mérito administrativo
corresponde à liberdade (com limites) de a autoridade administrativa
escolher determinado comportamento e praticar o ato administrativo
correspondente, referindo-se ao juízo de valor sobre a
conveniência e a oportunidade da prática do ato
administrativo.
Em decorrência do mérito administrativo, a Administração
pode decidir ou atuar valorando internamente as consequências ou
vantagens do ato, traduzindo-se, pois, na valoração dos motivos e na
escolha do objeto do ato, feitas pela Administração incumbida de sua
prática, quando autorizada a decidir sobre a conveniência,
oportunidade e justiça do ato a realizar. Em síntese, o mérito
administrativo poderia ser definido com uma espécie de liberdade
administrativa, a qual, contudo, não é ilimitada.
De fato, a liberdade dada ao administrador público para tomar
determinadas decisões não pode ser entendida como arbítrio, ou
seja, irrestrita liberdade, dado que A LEI, direta ou indiretamente,
sempre constitui limite ao exercido da atividade administrativa.
Por consequência da definição de mérito, observamos que o
mesmo é ligado estreitamente ao ato discricionário, assim
entendido como aquele ato em que há liberdade, margem de
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flexibilidade de atuação, conferida legalmente à Administração, a qual


sempre imporá limites. Para que fique mais fácil: o ato é
discricionário quando há pelo menos duas alternativas juridicamente
válidas, encontrando-se a Administração Pública apta a valorar entre
ambas, ou seja, tem pelo menos duas saídas jurídicas admissíveis.
Como exemplo, tomemos a licença capacitação, prevista no art. 87
da Lei 8.112/90, o qual é citado para facilitar a explicação:
Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá,
no interesse da Administração, afastar-se do exercício do
cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três
meses, para participar de curso de capacitação profissional.
Sem dificuldade, percebe-se que cumpre à Administração
Pública deferir, ou negar, o pedido da licença capacitação, conforme
tenha interesse, ou não, no curso pretendido pelo servidor público.
Fica a pergunta, então: QUANDO A ATUAÇÃO É DISCRICIONÁRIA, E,
POR CONSEQÜÊNCIA, QUANDO HÁ MÉRITO NO ATO
ADMINISTRATIVO? Basicamente, pode-se apontar que há
discricionariedade, em situações de normalidade administrativa, em
três casos:
I) a própria lei concede a possibilidade à Administração de
agir de forma discricionária, como no caso de remoção de ofício do
servidor, para atender necessidade de serviço;
II) a lei é omissa, dado que não há viabilidade de se prever
por meio de normas de cunho geral e abstrato toda as hipóteses que
surgirão para a decisão administrativa. Assim, cabe à Administração
decidir, em razão do “vazio da norma”, sempre tendo em conta o
interesse público que deve ser atingido
III) a lei prevê certa competência, mas não a conduta a ser
adotada, diante de determinada situação. Melhor exemplo a ser dado
no que se refere a último caso é em matéria de poder de polícia, para
o exercício do qual é impossível traçar todas as condutas possíveis
diante de lesão ou ameaça de lesão à vida, à segurança pública etc.
Lembramos que a CF/1988 consagra a separação (não
absoluta) das funções de Estado, quando trata da independência dos
Poderes, em seu art. 2º. Nesse sentido, é clássica a afirmativa de que
não cabe ao Judiciário rever os critérios adotados pelo
administrador, a não ser que sob o rótulo de mérito administrativo
encontre-se inserida qualquer ilegalidade resultante de abuso ou
desvio de poder ou, ainda, falta de proporcionalidade, de
razoabilidade, de adequação entre os meios utilizados para os fins
que a Administração deseja alcançar. De fato, não fosse assim, seria
melhor o Juiz (o Poder Judiciário) substituir o administrador,
assumindo o papel deste. Caberia, por exemplo, ao Juiz determinar
por onde passará o ônibus e quais serão suas paradas, o que é
impensável.

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Toa, a doutrina mais modern a tem apontado estar cada vez


menor a discricionariedade da Administração, em razão da ampliação
dos fundamentos permissivos do controle judicial dos atos
administrativos. Embora permaneça válida, para fins de
concurso, que ao Poder Judiciário não é dado o exame do
mérito do ato administrativo, nota-se, atualmente, forte tendência
a reduzir-se o espaço entre a legalidade e o mérito, admitindo-se a
apreciação judicial sobre a legalidade da discricionariedade e dos
limites de opção do agente administrativo, sobremodo em face dos
novos princípios diretores da atividade administrativa e de teorias
que permitem a aferição da LEGALIDADE do ato discricionário. Mas,
retomando o comando do item: o examinador diz que o Judiciário
poderia avaliar e julgar o mérito de um ato provindo de um
Administrador. Não pode, como vimos. Daí, ERRADO o item.
Princípios como os da razoabilidade e da proporcionalidade e as
teorias como dos motivos determinantes e do desvio de finalidade
estreitam, cada vez mais, a faixa de liberdade concedida à
Administração Pública, enfim, o denominado mérito administrativo.
Assim, podemos afirmar que o controle judicial com relação aos
atos da Administração, em especial, os discricionários, é cada vez
mais amplo, sobretudo se o administrador alegar uma suposta
discricionariedade para praticar atos desviados de sua finalidade, qual
seja, o interesse público.
Nesse sentido, olha só a maldadezinha do CESPE nessa questão
abaixo:
(2008/CESPE/TJ-DF/Analista Administrativo) O
Poder Judiciário poderá exercer amplo controle sobre os
atos administrativos discricionários quando o
administrador, ao utilizar-se indevidamente dos critérios
de conveniência e oportunidade, desviar-se da finalidade
de persecução do interesse público.
GABARITO: CERTO
Na época, um monte de gente “encasquetou” com essa
questão, sobretudo por que ela diz que o Judiciário exerce um
controle cada vez mais amplo a respeito dos atos discricionários.
Gente, isso tá certo mesmo! É tanta teoria sendo criada para permitir
o tal do controle da discricionariedade que o Judiciário não tem armas
para tal tarefa, mas um verdadeiro arsenal! Só no nosso curso já
falamos de motivos determinantes, razoabilidade, proporcionalidade e
outros. Quando você recorre ao Direito Constitucional ainda tem
“reserva do possível”, jurisdição ativa, e outros. Enfim, cada vez
maior, mesmo, o controle do Judiciário com relação à Administração.
Agora, tal controle, sobretudo para efeitos de prova de concurso, diz
respeito a aspectos de legalidade, não mérito, dos atos da
Administração Pública, de modo geral.

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21 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Para se chegar ao


mérito do ato administrativo, não basta a análise in abstrato da
norma jurídica, é preciso o confronto desta com as situações fáticas
para se aferir se a prática do ato enseja dúvida sobre qual a melhor
decisão possível. É na dúvida que compete ao administrador, e
somente a ele, escolher a melhor forma de agir.
21 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS – MÉRITO
COMENTÁRIOS:
Outra ótima questão. Como dissemos na questão acima, há
limites para a atuação do Poder Judiciário. Aliás, com relação a tal
poder, tem muita gente que acha por aí que Juízes são “superseres”,
pairando além do bem e do mal. Ora, todos os poderes são
igualmente importantes, independentes, harmônicos, entre si.
Mas para fazer a análise quanto à LEGALIDADE do ato
administrativo, é necessário que o magistrado (o Judiciário, em
sentido amplo) aprecie a questão de fundo, o panorama, da atividade
da Administração. Concluindo o magistrado que a atuação da
Administração é legal, e que se encontra na faixa de liberdade que
lhe é concedida pela ordem jurídica, não cabe ao magistrado fazer
juízo de valor com relação a tal, pois, como dissemos, NÃO CABE AO
JUDICIÁRIO ADENTRAR QUESTÕES RELACIONADAS AO MÉRITO
ADMINISTRATIVO.

22 - (2010/CESPE/TER-BA/Analista) Como exemplo da


incidência do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional
sobre os atos administrativos no ordenamento jurídico brasileiro, é
correto citar a vigência do sistema do contencioso administrativo ou
sistema francês.
22 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS – MÉRITO – CONTROLE
COMENTÁRIOS:
Questão mais relacionada às nossas duas primeiras aulas –
vigora no Brasil o sistema de jurisdição UNA, INGLÊS, portanto.
Questão ERRADA, sem dúvida.

23 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) A aplicação do princípio


da proporcionalidade na administração pública envolve a análise do
mérito administrativo (conveniência e oportunidade). Diante disso, o
Poder Judiciário não pode se valer do referido princípio para

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fundamentar uma decisão que analise a legitimidade do ato


administrativo.
23 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS – MÉRITO – CONTROLE
COMENTÁRIOS
Muito bacana esse item...
Bom, já sabemos que se exige da Administração Pública uma
atuação proporcional, em conformidade com a ordem jurídica. Desse
modo, há de se ter uma adequação entre meios e fins
(proporcionalidade), para que uma decisão da Administração seja
considerada válida, legal. Em caso de ausência de proporcionalidade,
o Judiciário, como diz o item, pode se valer de tal princípio para
anular um ato administrativo, e por isso, claro o item está ERRADO.
Um exemplo esclarece ainda mais.
Imaginem um supermercado que tenha passado por dezenas de
fiscalizações. Nunca houve problemas com o estabelecimento. Em
determinada oportunidade, em mais uma fiscalização, os fiscais
responsáveis encontram 2 ou 3 quilos de carne estragada em 4.000
(4 toneladas) de carne que o supermercado tem em seus estoques.
Daí, o fiscal autua o supermercado, recolhe todo produto, determina
a interdição do estabelecimento, aplicando, ainda uma pesada multa.
O proprietário do supermercado, inconformado, vai ao Judiciário, e,
apresentando as provas, pleiteia a anulação da decisão, que não se
alinha a uma decisão que se espera de uma Administração cautelosa,
racional, enfim, que atue com proporcionalidade. O Juiz, então,
defere o pedido, pela notada ausência de proporcionalidade. Pode
fazer isso, o Magistrado: CLARO, pois os princípios, apesar de serem
de difícil conceituação, servem de instrumento de controle dos atos
da Administração. É isso!

24 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) No controle dos atos


discricionários, os quais legitimam espaço de liberdade para o
administrador, o Poder Judiciário deve, em regra, limitar-se ao exame
da legalidade do ato, sendo vedada a análise dos critérios de
conveniência e oportunidade adotados pela administração.
24 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS – MÉRITO – CONTROLE JUDICIAL
COMENTÁRIOS:
Esse item descreve o papel clássico do Poder Judiciário: o
controle da LEGALIDADE dos atos administrativos. Mesmo se
tratando de atos discricionários, tal controle pode ser feito. O que não
pode ocorrer, de acordo com a jurisprudência mais tradicional dos

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tribunais superiores, é o Judiciário apreciar questões de MÉRITO do


ato administrativo, pois isso não diz respeito às tarefas do Judiciário.

25 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) Os
atos administrativos discricionários, por sua própria natureza, não
admitem o controle pelo Poder Judiciário.
25 - GABARITO: ERRADO.
TEMA: ATOS – MÉRITO x DISCRICIONARIEDADE
COMENTÁRIOS:
ÔPA! Claro que o Poder Judiciário pode controlar os atos
discricionários. Mas não em todos os aspectos: o mérito não pode ser
invadido pelas instituições do Judiciário. ERRADO o item.

26 - (2010/CESPE/MP-ES/Promotor/Questão adaptada)
O controle judicial da administração é sempre posterior; somente
depois que os atos administrativos são produzidos e ingressam no
mundo jurídico é que o Poder Judiciário atua para, a pedido dos
interessados, examinar a legalidade desses atos.
26 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS – MÉRITO x DISCRICIONARIEDADE
COMENTÁRIOS:
Vem cá: medidas cautelares não existem mais? Ou seja, diante
de uma situação que notadamente causará prejuízos à Administração
o Judiciário (provocado, claro) não pode, por exemplo, determinar a
suspensão de uma licitação? Tem que esperar a mesma acabar,
resultar em prejuízos para Administração, para, posteriormente,
anular o processo???!!! Claro que NÃO. O Judiciário pode agir de
maneira preventiva, evitando, desde que provocado a se pronunciar,
que algo potencialmente danoso à Administração venha a “entrar” no
mundo jurídico. Não precisava saber muito de direito nesse item para
concluir que ele está ERRADO, não é? Pois é. Direito também pode
ser lógico...

27 - (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) O
ato discricionário permite liberdade de atuação administrativa, a qual
deve restringir-se, porém, aos limites previstos em lei.
27 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS – MÉRITO x DISCRICIONARIEDADE
COMENTÁRIOS:

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Lembrem-se: discricionariedade é liberdade para a


Administração. Mas liberdade (discricionariedade) tem limite: deve
estar nos limites da Lei. Se não houvesse limite, se fosse liberdade
ampla e irrestrita, a discricionariedade seria arbitrariedade. E, para a
Administração, arbítrio é sinônimo de ilegalidade.

28 - (2010/CESPE/INSS/Médico) O ato administrativo pode


ser perfeito, válido e ineficaz.
28 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – PERFEIÇÃO, VALIDADE E
EFICÁCIA
COMENTÁRIOS:
Esse é um dos assuntos prediletos das bancas em prova.
Vamos tratá-lo da maneira mais abreviada possível, então.
O ato é perfeito quando esgota as fases necessárias à sua
produção, completando o ciclo necessário à sua formação, tais como
assinatura, publicação etc. Não há apenas um ciclo de formação para
os atos administrativos, daí por que é desnecessário tentar saber
todos. O importante é o seguinte: ATO PERFEITO É AQUELE QUE JÁ
FOI PRODUZIDO, OU SEJA, O QUE JÁ EXISTE. Perfeição, desse
modo, é a situação do ato cujo processo de concepção está concluído.
Não se inclui no conceito de perfeição a adequação do ato às normas
jurídicas vigentes, isso se encaixa no conceito de validade.
Validade, então, diz respeito à conformação do ato com a lei,
ou seja, é válido o ato que se adequar às exigências do sistema
normativo. Ato praticado de forma contrária à lei é, portanto,
inválido.
Eficácia diz respeito à aptidão dos atos para a produção dos
efeitos típicos que lhe são inerentes, não estando a depender de
quaisquer tipos de eventos futuros. Se o ato depende de algum tipo
de evento futuro, para que possa produzir efeitos é tido por
INEFICAZ, ou seja, PENDENTE.
Assim, de acordo com tais definições o ato administrativo pode
ser:
a) Perfeito, válido e eficaz: quando cumpriu seu ciclo de
formação (perfeito), encontra-se em conformidade com a
ordem jurídica (válido) e disponível para a produção dos
efeitos que lhe são inerentes (eficaz);
b) Perfeito, inválido e eficaz: cumprido o ciclo de formação,
o ato, ainda que contrário à ordem jurídica (inválido,
portanto), encontra-se produzindo os efeitos que lhe são
inerentes. Como exemplo, LEIS INCONSTITUCIONAIS.
Destacamos que as Leis, em sentido estrito, não constituem
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atos ADMINISTRATIVOS, mas sim LEGISLATIVOS. Toa,


como é caso mais conhecido de nós, usemos de exemplo.
Imaginem que uma Lei “nasceu”, ou seja, foi concebida. Com
isso, ela é vista como PERFEITA, tão só por seu nascimento.
No texto da nossa hipotética Lei consta a seguinte
disposição: esta lei entrará em vigor na data de sua
publicação, ou seja, produzirá efeitos tão logo seja publicada.
Com a publicação, então, a Lei passa a ser EFICAZ. Toa,
imagine que esta Lei tenha um grave problema de
inconstitucionalidade, que vem a ser declarada algum tempo
depois (e às vezes esse tempo não é pequeno...). Pergunta:
esta Lei um dia foi válida? NUNCA, pois foi produzida em
desconformidade à ordem jurídica. Mas, então, como a Lei foi
tida por PERFEITA? Por ter nascido. FOI EFICAZ? SIM, por
ter, ao menos por um tempo, gerado efeitos.
E por que não pode ter sido considerada válida? Por ter
nascido com vícios na origem.
Ah – ressaltamos quanto à eficácia que esta decorre,
essencialmente, do atributo da presunção de legitimidade, o
qual resulta na produção imediata dos efeitos dos atos
administrativos, desde que não pendentes de eventos
futuros.
c) Perfeito, válido e ineficaz: cumprido o ciclo de formação,
encontra-se em consonância com a ordem jurídica, contudo,
ainda não se encontraria disponível para a produção dos
efeitos que lhe são próprios, por depender de evento futuro
para lhe dar validade. Aqui surgem nossos amigos
‘elementos acidentais’, mais próprios ao Direito Civil: termo
(fato futuro e certo), condição (termo futuro e incerto), e
encargo ou modo (tarefa a ser desempenhada). Nesse
sentido, Portaria (que é ato administrativo) editada em
janeiro de um ano para produzir efeitos em julho desse
mesmo ano, no período entre aquele e este mês, é ineficaz.
Uma observação importante: notem que o ato INEFICAZ
pressupõe um ato perfeito, ou seja, um ato que já foi
concebido. A partir da existência do ato é que podemos
tratar de seus efeitos;
d) Perfeito, inválido e ineficaz: cumprido o ciclo de
formação, o ato encontra-se em desconformidade com a
ordem jurídica, ao tempo que não pode produzir seus efeitos
por se encontrar na dependência de algum evento futuro
necessário a produção de seus efeitos, enfim, está
pendente do implemento, por exemplo, de determinada
condição suspensiva. Desnecessários exemplos, pois já os
vimos anteriormente.

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Se os amigos não perceberam, chamamos atenção para algo:


na análise da validade e eficácia partimos, sempre, da PERFEIÇÃO, ou
seja, da existência do ato, em si. De fato, só pode falar de
conformidade à ordem jurídica (validade) e de produção de efeitos do
ato caso este já exista, isto é, seja perfeito.
O item trata da combinação constante da letra ‘c’ acima, e está,
sem dúvida, correta, portanto.

29 - (2010/CESPE/INSS/Médico) O ato administrativo


pendente pressupõe um ato perfeito.
29 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – PERFEIÇÃO, VALIDADE E
EFICÁCIA
COMENTÁRIOS:
No item anterior dissemos que o ato pode ser perfeito,
inválido e ineficaz: cumprido o ciclo de formação, o ato encontra-se
em desconformidade com a ordem jurídica, ao tempo que não pode
produzir seus efeitos por se encontrar na dependência de algum
evento futuro necessário a produção de seus efeitos, enfim, está
pendente do implemento, por exemplo, de determinada condição
suspensiva. Ou seja, da forma que o examinador disse, ATO
PENDENTE pressupõe um ato PERFEITO, mas que depende um
evento futuro para resultar efeitos jurídicos. Deem atenção a todos os
detalhes, pois nestes é que mora a aprovação...

30 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) O ato administrativo


pode ser inválido e, ainda assim, eficaz, quando, apesar de não se
achar conformado às exigências normativas, produzir os efeitos que
lhe seriam inerentes, mas não é possível que o ato administrativo
seja, ao mesmo tempo, perfeito, inválido e eficaz.
30 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO- – PERFEIÇÃO, VALIDADE E
EFICÁCIA
COMENTÁRIOS
É só relembrar as combinações que vimos a partir do item 28.
Sinteticamente, a combinação dos conceitos de perfeição; validade e
eficácia pode resultar em um ato:
a) Perfeito, válido e eficaz;
b) Perfeito, inválido e eficaz;
c) Perfeito, válido e ineficaz; e,
d) Perfeito, inválido e ineficaz.

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Notem que a primeira parte do item, portanto, está correta: é


possível um ato inválido ser eficaz (exemplo: leis inconstitucionais).
Mas a última parte do item também está certa: é possível um ato
perfeito, inválido e eficaz (combinação ‘c’). logo, ERRADO o presente
item.

31 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada)
Quanto à exequibilidade, o denominado ato administrativo perfeito é
aquele que já exauriu seus efeitos, tornando-se definitivo e não
podendo mais ser impugnado na via administrativa ou na judicial.
31 - GABARITO: ERRADO.
TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – PERFEIÇÃO X ATO EXAURIDO
COMENTÁRIOS:
Como vimos, ato perfeito é aquele que nasceu. O ato que
exauriu seus efeitos é o dito ato consumado, conforme a doutrina da
Professora Di Pietro.
Ato consumado é que não pode mais ser impugnado, seja na
via administrativa, seja na via judicial. Assim, errado o item.

32 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista) Ato administrativo


complexo é aquele que resulta do somatório de manifestações de
vontade de mais de um órgão, por exemplo, a aposentadoria.
32 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – COMPLEXOS x COMPOSTOS
COMENTÁRIOS
Como diz a garotada por aí: “tema cabuloso”, que sempre cai
nas provas para Tribunais de Contas. Vamos repassar tudo que tem
de importante, então, quanto a essa classificação quanto à
manifestação de vontade.
Quanto à manifestação de vontade, os atos podem ser
classificados em simples, complexos, e compostos.
Os atos simples são aqueles produzidos pela manifestação de
um único agente ou órgão. Podem ser simples singulares e
simples colegiados. Na primeira hipótese, os atos são produzidos
por um único órgão e manifestação de uma única autoridade, p. ex.,
habilitação para dirigir emitida pelo DETRAN e Portaria de demissão
de servidor editada por Ministro de Estado. No segundo caso
(colegiados), o ato é emanado a partir da conjugação de uma
pluralidade de vontades dos membros do colegiado, como são as
decisões dos Tribunais de Contas, dos Conselhos etc. (lembrem:
surgirá a figura do quorum).

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Por sua vez, os atos complexos decorrem de duas ou mais


manifestações de vontade independentes, mas que se conjugam
(fundem) para a formação de um único ato (esta parte final é o
"bizu" a ser guardado, formação de um ato único). Exemplos: 1)
nomeação do Presidente da República de nome constante em lista
tríplice elaborada por Tribunal, a partir da aprovação do nome da
autoridade pelo Senado; 2) Ato de aposentadoria: na visão do STF,
é complexo, uma vez que emitido pelo órgão de lotação do servidor,
mas se sujeita ao registro (apreciação) pelo Tribunal de Contas
respectivo (inc. III do art. 71 da CF/1988). STOP! Volta lá no
comando do item. Lê. Então: dúvida? O examinador incorporou neste
item a visão do STF, para o qual a aposentadoria é ato COMPLEXO.
CERTO, portanto.
Mas, e se o examinador elaborasse a seguinte questão: para
PARTE da doutrina, atos sujeitos a registro, como as aposentadorias
são atos compostos... o que os amigos marcariam? DEVERIAM
MARCAR COMO CORRETO, pois para PARTE da doutrina isso é
correto, em especial no Manual de Direito Administrativo (editora
Atlas) da Professora Maria Sylvia di Pietro.
Para afastarmos qualquer chance de dúvidas, pedimos que
olhem esta questão realizada na prova para analista do Tribunal de
Contas do Acre em 2006, pelo CESPE:
O ato de aposentadoria de um servidor público é ato
composto, conforme entendimento da melhor doutrina, visto
que opera efeitos imediatos quando de sua concessão pelo
respectivo órgão, devendo apenas o Tribunal de Contas
ratificá-lo ou não. Esse entendimento, entretanto, não é
seguido pelo STF, o qual entende que a hipótese revela um
ato complexo, aperfeiçoando-se com o referido registro do
Tribunal de Contas.
O gabarito preliminar foi CERTO. No definitivo, contudo, a
questão foi ANULADA. Vejam as justificativas tecidas pelo CESPE para
a anulação: Anulado. O emprego da expressão “melhor doutrina”
sugere subjetividade, o que poderia prejudicar o julgamento objetivo
do item. Ou seja, não fosse pelo uso da expressão MELHOR
DOUTRINA o item estaria CORRETO! Assim, no que diz respeito aos
atos sujeitos a registro, tais como as aposentadorias, ficamos assim:
I) Para PARTE da doutrina é COMPOSTO;
II) Para o STF é ato COMPLEXO;
III) E se não citar doutrina ou STF? Sigam STF, pois, ao lado do
CESPE, também realiza papel de guardião, rsrs...
Já os atos compostos são aqueles que resultam da
manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é
instrumental em relação à de outro, que edita o ato principal,

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praticando-se, em verdade, dois atos: um principal e outro


acessório. Por exemplo, a homologação é ato acessório do
procedimento de licitação. De modo geral, os atos sujeitos a visto são
entendidos, para fins de concursos público, como atos compostos.
Em síntese, nos atos compostos, a vontade do órgão que
edita o ato acessório é instrumental em relação à vontade do outro
órgão que edita o ato principal, sendo, portanto, o acessório
complemento ou pressuposto do principal (as palavras-chave são: ato
principal, ato acessório, exeqüibilidade, operacionalidade); nos
complexos, as vontades são homogêneas (e independentes),
resultando da declaração de vários órgãos de uma mesma entidade
ou entidades distintas, portanto, com identidade de conteúdo e de
fins.
Para facilitar, vamos fazer uma “tabelinha” para deixar mais
claro o que queremos dizer com complexos e compostos
(resumidamente):

ATOS COMPLEXOS ATOS COMPOSTOS

Mais de uma vontade Vontade principal +


independente, que se conjugam Vontade acessória (que dá
para formar ATO ÚNICO. exequibilidade – que dá visto)

Exemplo: indicação de autoridade Exemplo: atos sujeitos a visto,


que passa pelo Senado (art. 52, como as homologações.
CF); atos sujeitos a registro (art.
71, inc. III, CF), etc

Ah – detalhe: é incorreto dizer que atos complexos ou


compostos são sinônimos de procedimento. Não são, pois
procedimentos, na verdade, são SÉRIE DE ATOS, ou seja, vários atos
que se somam, com vistas ao atingimento de um objetivo final. Daí,
um ato, como os complexos ou compostos, não podem ser dados
como exemplos de procedimentos. Dada a “geral”, vamos partir para
os próximos itens com comentários mais curtos.

33 - (2007/CESPE/TCE-GO/Procurador) A aposentadoria
do servidor público pode ser corretamente classificada como ato
administrativo complexo, pois se forma pela manifestação de vontade
de órgãos administrativos diferentes, em concurso, para a formação
de um ato único, somente se aperfeiçoando com o registro pelo
tribunal de contas competente.
33 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – COMPLEXOS x COMPOSTOS

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COMENTÁRIOS:
A parte inicial do item já foi comentada na questão acima. A
parte final (somente se aperfeiçoando com o registro pelo tribunal de
contas competente) diz respeito à jurisprudência do STF, que
resumimos com a seguinte passagem:
"O ato de aposentadoria configura ato administrativo
complexo, aperfeiçoando-se somente com o registro
perante o Tribunal de Contas. Submetido à condição
resolutiva, não se operam os efeitos da decadência antes
da vontade final da Administração."
Tal entendimento contas dos mandados de segurança de
número 24.997, 25.015, 25.036, 25.037, 25.090 e 25.095, todos
do STF. CERTO o item, dessa forma.

34 - (2008/CESPE/PGE-AL/PROCURADOR) A Afasta-se a
exigência da garantia do contraditório e da ampla defesa nos casos
em que o TCU, no exercício do controle externo, aprecia a legalidade
da concessão de aposentadoria ou pensão, uma vez que, em se
tratando de ato complexo, só após a aprovação do TCU se constitui
definitivamente o ato administrativo.
34 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – COMPLEXOS x COMPOSTOS
COMENTÁRIOS:
Este item diz respeito à súmula vinculante número 3, que é
mais pertinente, em nosso entendimento, à disciplina de controle
externo. De qualquer modo, olha ela aí:
“Nos processos perante o Tribunal de Contas da União
asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da
decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma e pensão.”
E, como dissemos, o ato de aposentadoria: na visão do STF, é
complexo, uma vez que emitido pelo órgão de lotação do servidor,
mas se sujeita ao registro (apreciação) pelo Tribunal de Contas
respectivo (inc. III do art. 71 da CF/1988). Assim, nos atos sujeitos a
registro, como aposentadorias e pensões, o ato só se completa, só se
aperfeiçoa, com o registro final perante o Tribunal de
Contas competente.
CORRETO o item, portanto.

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35 - (2008/CESPE/PGE-AL/PROCURADOR) A nomeação de
ministro do STF é um ato composto, pois se inicia pela escolha do
presidente da República e passa pela aprovação do Senado Federal.
35 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – COMPLEXOS x COMPOSTOS
COMENTÁRIOS:
Essa situação é um exemplo de ato COMPLEXO que demos na
questão 32. Vejam a tabela resumo de tal item: autoridades que tem
seu nome submetido à aprovação do Senado, como no presente caso,
é ato COMPLEXO, não composto. Este é o erro.

Considere que a ANTAQ tenha editado resolução que exija,


como requisito para obtenção de autorização para o afretamento de
embarcações estrangeiras, a prévia consulta sobre a disponibilidade
de embarcações nacionais que possam fazer a navegação de
cabotagem. Acerca dessa situação hipotética e dos atos
administrativos a ela relacionados, julgue o item que se segue.
36 - (2009/CESPE – ANTAQ) Por serem consideradas atos
normativos primários, resoluções como a descrita poderão ser objeto
de controle concentrado de constitucionalidade.
36 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS – ATOS EM ESPÉCIE –
NORMATIVOS
COMENTÁRIOS:
Primeiramente, registramos que essa questão fala de uma das
mais tradicionais classificações dos atos administrativos – os atos em
espécie, que a banca adora abordar a partir da obra de Hely Lopes
Meirelles, um clássico do Direito Administrativo Brasileiro.
Para o autor, basicamente são 5 (cinco) as espécies de atos
administrativos: normativos, ordinatórios, negociais, enunciativos, e
punitivos (BIZU: atos administrativos em espécie – NONEP, sigla
formada pela inicial de cada uma das espécies). Vejamos, uma a
uma, as espécies dos atos administrativos. O item trata da primeira
espécie, atos administrativos normativos, que são aqueles que
contêm comandos gerais e abstratos a serem aplicados a todos os
administrados, enquadrados nas situações neles previstas.
Se não notaram, percebam: os atos normativos guardam
semelhança com a lei (que não são atos administrativos, mas
legislativos), mas diferem essencialmente no que se refere aos
efeitos próprios de cada um: o ato administrativo normativo, regra
geral, não pode inovar no ordenamento jurídico (não é originário,
sem o atributo da novidade), tendo por fim explicitar o conteúdo e o

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alcance da lei em função da qual foi expedido. Assim o é em razão da


própria CF/1988, quando estabelece que ninguém é obrigado a fazer
ou deixar de fazer nada senão em virtude de LEI (inc. II do art. 5º da
CF/1988).
Distingue-se da Lei, portanto, por esta tratar de ato normativo
ORIGINÁRIO, não-administrativo, tendo por característica a novidade
jurídica, ou seja, traz algo diferente para o mundo do direito
(extinção, criação, alienação etc). De outra forma, os atos
administrativos normativos não possuem novidade jurídica, uma vez
que limitados por essa, sendo atos DERIVADOS, regra geral. Por
derivarem da Lei, os atos administrativos normativos não podem ir
contra ou além da Lei, mas sim apenas estabelecer a forma que a Lei
deva ser entendida ou cumprida.
No entanto, toda boa regra é acompanhada de uma ou mais
exceções, não é? Vamos a tais exceções, então.
Com a promulgação da EC nº 32/2001, o sistema constitucional
Brasileiro passou a admitir a existência de decretos autônomos ou
independentes, enfim, ato administrativo normativo que retira, extrai,
sua competência diretamente da Constituição, ou seja,
diferentemente do Decreto de Execução ou Regulamentar (inc. IV do
art. 84 da CF/1988), o qual encontra a LEI como parâmetro de
explicitação, de detalhamento, os AUTÔNOMOS (inc. VI do art. 84 da
CF/1988) dispensam a existência prévia de LEI, em verdade, são a
própria LEI (entenda-se: leis em sentido MATERIAL, afinal, não foi
produzido pelo Legislativo para ser considerada FORMAL).
É de suma importância conhecer as matérias que podem ser
tratadas por tal tipo de decreto e que se encontram fixadas no inc. VI
do art. 84 da CF/1988. São elas:
a) Organização e funcionamento da Administração Federal,
desde que não implique aumento de despesa nem criação/extinção
de órgãos públicos (a criação de órgãos públicos é matéria de
reserva legal, vejam o art. 88 da CF/1988); e
b) Extinção de cargos ou funções públicas, desde que VAGOS
(cargos públicos preenchidos, regra geral, só podem ser extintos
mediante lei). Percebam que decretos de extinção de cargos
públicos VAGOS não possuem generalidade. De outra forma:
trazem em si providência “concreta”, qual seja, extinção de cargo
público.
Alguns exemplos de atos normativos: decretos regulamentares
(atos privativos dos chefes dos Executivos – Presidente da República,
Governador de Estado e Prefeito); regulamentos, Instruções
normativas, etc.

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Pois bem. Retomando este ótimo item: o assunto principal diz


respeito, essencialmente, à jurisprudência do STF. Vamos a ela,
então:
ADI N. 3.691-MA
RELATOR: MIN. GILMAR MENDES
EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Portaria n°
17/2005, do Estado do Maranhão, que altera e fixa os horários
de funcionamento dos estabelecimentos que comercializam
bebidas alcoólicas no Estado. 3. Generalidade, abstração e
autonomia que tornam apto o ato normativo para figurar
como objeto do controle de constitucionalidade. 4.
Competência do Município para legislar sobre horário de
funcionamento de estabelecimentos comerciais (art. 30, I,
CF/88). Matéria de interesse local. Precedentes. Entendimento
consolidado na Súmula 645/STF. 5. Ação julgada procedente.
* noticiado no Informativo 477, do STF
O controle de constitucionalidade a respeito de ato
administrativo incide, então, sobre atos administrativos PRIMÁRIOS,
ou seja, que trazem alguma espécie de novidade jurídica, o que é
fato muito raro, como vimos. No mesmo sentido, vejam a
jurisprudência abaixo:
ADI N. 2.862-SP
RELATORA: MIN. CÁRMEN LÚCIA
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ATOS
NORMATIVOS ESTADUAIS QUE ATRIBUEM À POLÍCIA MILITAR
A POSSIBILIDADE DE ELABORAR TERMOS
CIRCUNSTANCIADOS. PROVIMENTO 758/2001, CONSOLIDADO
PELO PROVIMENTO N. 806/2003, DO CONSELHO SUPERIOR DA
MAGISTRATURA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO, E
RESOLUÇÃO SSP N. 403/2001, PRORROGADA PELAS
RESOLUÇÕES SSP NS. 517/2002, 177/2003, 196/2003,
264/2003 E 292/2003, DA SECRETARIA DE SEGURANÇA
PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. ATOS NORMATIVOS
SECUNDÁRIOS. AÇÃO NÃO CONHECIDA.
1. Os atos normativos impugnados são secundários e prestam-
se a interpretar a norma contida no art. 69 da Lei n.
9.099/1995: inconstitucionalidade indireta.
2. Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal pacífica
quanto à impossibilidade de se conhecer de ação direta
de inconstitucionalidade contra ato normativo
secundário. Precedentes.
3. Ação Direta de Inconstitucionalidade não conhecida.

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O negrito é nosso. Viram que o STF não admite o controle


direto de inconstitucionalidade com relação a atos administrativos
SECUNDÁRIOS? Guardem essa informação, pois ela sempre é
importante para as provas de direito constitucional...
É muito criticável dizer o que o examinador disse nesse item:
uma resolução de agência reguladora trazer algum tipo de novidade
para a ordem jurídica. A crítica principal é que a essas reguladoras
não foi dada possibilidade de editar atos dotados de autonomia. Mas,
deixando de lado a crítica, a norma em questão, de acordo com a
informação do item, atende o requisito para ser objeto de controle de
constitucionalidade concentrado por parte do STF: é ato primário.
Desse modo, CERTO esse complicado item...

37 - (2007/CESPE/MP-AM/Analista Administrativo) A
portaria que dá exercício a um servidor empossado é um exemplo de
ato ordinatório.
37 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS – ATOS EM ESPÉCIE –
NORMATIVOS
COMENTÁRIOS:
Segunda espécie de atos administrativos, na classificação que
estamos vendo: atos ordinatórios, os quais decorrem da hierarquia
com que age a Administração ao se auto-organizar. São de ordem
interna e têm por objetivo disciplinar o funcionamento da
Administração e a conduta de seus agentes. O próprio nome já
denuncia o seu conceito, ordinatório provém de ordem.
Os atos ordinatórios, por serem internos, não obrigam, nem
atingem os particulares, EM REGRA, tampouco outros servidores que
não estejam submetidos hierarquicamente àquele que expediu o ato,
o qual, normalmente, não cria direito para o administrado.
Questão interessante diz respeito à possibilidade de os atos
ordinatórios atingirem particulares: é possível sim, mesmo que tais
particulares não estejam submetidos à hierarquia administrativa.
Vejamos um exemplo.
Suponhamos que o TCU funcione de oito da manhã até as
catorze horas de cada dia. O Presidente da Corte de Contas baixa
ordem de serviço mudando tal horário de funcionamento, que passa a
ser de treze às dezenove horas. Isso atinge o particular? Aqueles que
desejarem obter alguma informação do TCU, por exemplo, sim, uma
vez que só poderão ir ao órgão nesse novo horário de funcionamento.
Hierarquicamente, os atos ordinatórios são inferiores à lei,
ao decreto, ao regulamento e ao regimento. É assim porque todos os
atos NORMATIVOS destinam-se ao regramento GERAL por parte do

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Estado, refletindo interesse público em sentido amplo. Já os


ordinatórios destinam-se ao regramento de situações ESPECÍFICAS
de atuação administrativa.
Como exemplo dos atos ora tratados podem ser citados:
portarias, circulares, avisos, ordens de serviço, etc.
Quanto ao item:quando a pessoa já está EMPOSSADA no cargo
é porque já manifestou sua anuência em ser servidor. Assim, já pode
ser visto como submetido à ordem administrativa interna, logo,
CORRETA a questão quando afirma que o ato que dá exercício ao
empossado no cargo é ato ordinatório.

38 - (2008_CESPE_PGE/PB_PROCURADOR) A licença não


pode ser negada quando o requerente satisfaça os requisitos legais
para sua obtenção.
38 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS – ATOS EM ESPÉCIE –
NEGOCIAIS
COMENTÁRIOS:
Terceira espécie: atos negociais, que são aqueles nos quais
ocorre coincidência da pretensão do particular com relação ao
interesse da Administração Pública, havendo interesse recíproco entre
as partes, sem, contudo, constituir contrato, que é ato bilateral,
excluindo-se, portanto, do conceito restrito de ato administrativo, já
visto por nós. De toda maneira, estabelecem efeitos jurídicos entre a
Administração e os administrados, impondo a ambos a observância
de seu conteúdo e o respeito às condições de sua execução.
Como se percebe, não há que se falar em imperatividade
em tal tipo de ato (o negocial), à vista da coincidência da vontade
administrativa com a do particular. Apontemos essa tal “coincidência
de vontades”.
Os amigos que ora se preparam para o concurso do TCU.
Certamente, alguns irão obter êxito neste certame. Pergunta: a
nomeação é IMPOSTA ao aprovado no concurso? Claro que não! Ela
ocorre porque conta com o interesse de ambos que concorrem para o
ato: da Administração Publica (por intermédio do TCU, que é órgão
da Administração DIRETA), desejoso de um novo servidor e do
pretendente ao cargo público, que quer extrair a partir do exercício
do cargo recursos e reconhecimento profissional.
Os atos negociais podem ser vinculados ou
discricionários, definitivos ou precários.
Na 1ª situação (negociais vinculados), há direito subjetivo do
particular à obtenção do ato. Dessa forma, cumprindo com requisitos
estabelecidos em lei, o administrado terá direito à produção do ato,
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cabendo à Administração agir de acordo com as disposições contidas


na norma. Nessa hipótese, enquadram-se as licenças para exercício
de atividade profissional (registro perante a Ordem dos Advogados do
Brasil, por exemplo), o que portanto leva ao ACERTO DA QUESTÃO:
as licenças são atos vinculados, tal como informa o item. Outro
exemplo de ato negocial vinculado: a admissão em instituição pública
de ensino, após a aprovação em exame vestibular (este último ato é
conhecido por ADMISSÃO).
Quando discricionários, os atos negocias poderão ou não ser
praticados pela Administração, a qual agirá sob juízo de conveniência
e oportunidade. Não há, assim, direito do particular à obtenção do
ato. Nesse sentido, os exemplos clássicos são: i) a autorização para
prestação de serviços de utilidade pública, como referentes ao serviço
de táxi, muitas vezes objeto de autorização e a autorização de porte
de arma; e, ii) permissão de uso de bens públicos, tal como para se
utilizar um espaço em praça para montagem de banca de revistas.
Em outra vertente, os atos negociais podem ser precários ou
definitivos.
Precários são os atos negociais em que predomina o interesse
do particular. Tais atos não geram direito adquirido ao administrado,
podendo ser revogados a qualquer tempo. Mais uma vez a
autorização pode ser citada. Por exemplo: um sujeito deseja colocar
um circo numa praça de um município qualquer, que é terreno
público. Para isso, demanda autorização do Poder Público, que se
reserva o direito de revogar a autorização quando bem entender.
Definitivos são os atos produzidos com base em direito
individual do requerente. Ainda que definitivos, os atos dessa
natureza, excepcionalmente, podem ser revogados, desde que
interesse público superveniente dê margem a isso. Ressalte-se que
essa revogação é de caráter excepcional (em razão da
definitividade do ato) e limitada: caso o ato tenha gerado direito
adquirido ao destinatário surgirá direito de indenização àquele que
tenha sofrido prejuízo com o desfazimento do ato. Por exemplo: o
Poder Público emite uma licença para um particular iniciar uma obra,
um edifício. Com esta em andamento, a Administração Pública
percebe que a referida edificação restringirá o arejamento de uma
praça ao lado. Pode revogar o ato? PODE, em caráter excepcional,
dado que a licença para construir é ato vinculado. Mas certamente a
Administração terá o dever de indenizar o particular pelos prejuízos
que lhe foram causados. Ressaltamos que, na visão do STF, é salutar
que a revogação, nesse caso concreto, concretize-se antes do início
de qualquer edificação pelo particular.
Não sei se os amigos perceberam, mas, basicamente, demos
três exemplos mais “contundentes” de atos negociais: as licenças, as
autorizações e as permissões. Apesar deste item cuidar só das

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licenças, vamos resumir os três, juntando outras informações que


ainda não vimos.

LICENÇAS PERMISSÕES AUTORIZAÇÕES

Tem por objeto uma Tem por objeto o Tem por objeto o
atividade material. uso de bens uso de bens
O bizu públicos. públicos; prestação
de serviços de
utilidade pública ou
atividade material.

São vinculadas São discricionárias São discricionárias

Não são revogáveis São revogáveis São revogáveis

Claro que a tabelinha acima, como sempre, é para facilitar a


vida dos amigos, mas cabem algumas considerações:
I) A licença tem por objeto uma atividade material. Aqui tem
um bizu básico: o objeto da licença é um “verbo”, ou seja, algo
dinâmico. Olhem só: TRABALHAR – para as profissões que são
regulamentadas por conselhos de fiscalização profissional, como
médicos, engenheiros, fisioterapeutas e outras, precisam de LICENÇA
para desempenho de atividade. DIRIGIR – a carteira de motorista é
uma LICENÇA. CONSTRUIR – temos a licença de construção. Enfim,
LICENÇA, enquanto ato administrativo, tem por objeto uma
ATIVIDADE MATERIAL (um verbo). E, claro, licenças de servidores é
outra história...
II) A licença é ato vinculado e não pode ser negada para quem
cumprir as condições necessárias para sua obtenção. As
licenças, portanto, são atos vinculados, e, do “jeitinho” que está na
questão, não podem ser negadas, se o interessado cumprir os
requisitos legais para sua obtenção, ou seja, se você cumprir tudo o
que tem cumprir, sua licença de atividade profissional não pode ser
negada. Logo, CERTO o item.
III) As permissões, COMO ATOS ADMINISTRATIVOS, tem por
objeto o uso de bem público. Daí, alguém se pergunta: e as
permissões que tem por objeto a prestação de serviços públicos? Pois
é, veremos ainda, tal matéria (última aula deste curso). Mas,
adiantamos: PERMISSÕES DE SERVIÇO PÚBLICO SÃO
FORMALIZADAS POR CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. Vejam o
que diz o art. 40, da Lei 8.987/1995, nossa Lei Geral de Concessões e
Permissões de Serviço Público:
Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada
mediante contrato de adesão, que observará os termos

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desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de


licitação, inclusive quanto à precariedade e à
revogabilidade unilateral do contrato pelo poder
concedente.
Então, podemos fazer o seguinte esquema:
De serviço público? SIM – formalizada por contrato
permissão administrativo.

De uso de bem público? SIM – formalizada por ATO


ADMINISTRATIVO.

INSISTIMOS: a permissão que tenha por objeto o USO DE BEM


PÚBLICO é um ATO ADMINISTRATIVO. Daí, na prova, tenham
cuidado com isso, hein? A permissão de SERVIÇOS PÚBLICOS é que
formalizado por contrato administrativo.
IV) A autorização pode ter por objeto o uso de bem público,
serviço de utilidade pública ou atividades materiais. Esse é um
dos “problemas” da autorização, que é o mais geral desses atos
negociais que estamos analisando, pois é a que cabe no maior
número. Especificamente quando estivermos falando de uso de bens
públicos, na aula de domínio público, voltaremos ao assunto.

39 - (2007/CESPE/SEGER-ES) A licença, ato administrativo


vinculado e definitivo, não pode ser negada caso o requerente
satisfaça os requisitos legais para sua obtenção.
39 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS – ATOS EM ESPÉCIE –
NEGOCIAIS
COMENTÁRIOS:
Antes que alguém ache que a questão é repetida, não é. A
questão ACIMA é de 2007, de outra prova... Mas como o direito é,
praticamente, o mesmo, as questões são muito parecidas...
Desnecessários outros comentários, cremos.

40 - (2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) Entre as espécies de


atos administrativos, os atestados são classificados como
enunciativos, porque seu conteúdo expressa a existência de certo
fato jurídico.
40 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS – ATOS EM ESPÉCIE –
ENUNCIATIVOS

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COMENTÁRIOS:
Penúltima espécie: atos enunciativos, que são aqueles que
contém opiniões, atestam ou certificam uma situação preexistente,
sem, contudo, haver manifestação de vontade estatal, propriamente
dita. Constituem, portanto, atos administrativos em sentido formal
(mas não material), que apenas trazem uma informação ou contém
uma opinião de alguém a respeito de algo que lhe fora submetido à
apreciação. Por esse motivo é que o STF, em acompanhamento à
parte da doutrina, entende serem atos da Administração e não
propriamente atos administrativos. Os atos enunciativos mais
conhecidos são as certidões, atestados, e pareceres.
As certidões são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas
extraídas de livros, processos ou documentos em poder da
Administração e de interesse do administrado requerente.
Destacamos, por correlato à nossa matéria, que a obtenção de
certidões em repartições públicas é direito constitucionalmente
assegurado, conforme se vê no inc. XXXIV do art. 5º da CF.
Não havendo prazo, as certidões terão de ser expedidas no
prazo de 15 dias, improrrogáveis, contados da data do registro do
pedido, sob pena de responsabilidade.
Os atestados constituem uma declaração da Administração
referente a uma situação de que tem conhecimento em razão de
atividade de seus órgãos. A diferença essencial com relação à
certidão é que o fato ou situação constante do atestado não consta
de livro ou arquivo da administração. Daí matamos o item: os
atestados são classificados como enunciativos, porque seu conteúdo
expressa a existência de certo fato jurídico. CERTO, portanto.
Já o parecer constitui manifestação de órgão técnico, de
caráter, regra geral, meramente opinativo, sobre assuntos
submetidos a sua manifestação. Não vincula, regra geral, a
Administração ou os particulares, enquanto não aprovado por um
outro ato subsequente. Para determinados processos, a emissão de
parecer é obrigatória e, excepcionalmente, até vinculantes. Para
outros, não. Vamos explorar um pouco mais os pareceres, uma vez
que se trata de assunto que vem sendo objeto de discussão no
âmbito do STF, que mudou recentemente sua posição. Vejamos.
Os pareceres podem ser obrigatórios ou facultativos. No
primeiro caso, a autoridade é obrigada a demandar a opinião do
parecerista, em virtude de disposição da norma nesse sentido. É o

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que acontece, por exemplo, em processos licitatórios, nos quais a


autoridade responsável deve, obrigatoriamente, demandar a opinião
da área jurídica do órgão a respeito da legalidade das minutas de
editais (parágrafo único do art. 38 da Lei nº 8.666/1993). Os
pareceres facultativos, claro, permitem à autoridade competente
demandá-los ou não.
Os pareceres, REGRA GERAL, não vinculam a autoridade
responsável pela tomada de decisão. Toa, em alguns casos, o
parecer pode contar com efeito vinculante. É o caso, por exemplo,
da hipótese de aposentadoria por invalidez. Para esta, a
Administração Pública deverá seguir a opinião da junta médica
oficial, a qual, portanto, produz parecer vinculante. ATENÇÃO:
OS PARECERES OBRIGATÓRIOS NÃO SÃO, NECESSARI-
AMENTE, VINCULANTES. Aliás, trouxemos à tona essa questão
porque ela é muito pertinente em concursos para os Tribunais de
Contas, sobretudo em razão da jurisprudência recente do STF.
Vamos ao caso.
Em uma licitação promovida por empresa estatal, o TCU
resolveu responsabilizar, solidariamente, a autoridade responsável
pelo processo (como não poderia deixar de ser) e um parecerista
jurídico que houvera opinado pela contratação direta (sem licitação),
multando este último, pela irregularidade ocorrida. O STF, naquele
tempo, tinha posição de que o parecerista, ao fim, não poderia ser
responsabilizado. Toa, o Supremo Tribunal mudou
flagrantemente sua posição. Olha só a notícia do informativo do STF,
de 09/08/2007?

O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou nesta tarde (9)


o julgamento do Mandado de Segurança (MS) 24584,
quando, por maioria, acompanhando o voto do ministrore-
lator Marco Aurélio, decidiu pelo seu indeferimento. O
pedido foi feito por procuradores federais contra ato do
Tribunal de Contas da União (TCU), que iniciou investigação
para fiscalizar atos administrativos que tiveram pareceres
jurídicos favoráveis.

Na mesma sessão, o Plenário, julgando agravo regimental


interposto, decidiu aceitar o pedido de desistência de
Cláudio Renato do Canto Farág e Antônio Glaucius, que
havia sido negado pelo relator, ministro Marco Aurélio.
Assim, o julgamento prosseguiu em relação a Ildete dos
Santos Pinto e aos demais impetrantes.

Os procuradores afirmavam que o TCU, ao realizar


auditoria e fiscalização sobre pareceres jurídicos que eles
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emitiram, responsabilizou-os por manifestações jurídicas,


proferidas no exercício de suas atribuições profissionais
relativas a custos dos serviços prestados pela Empresa de
Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev)
ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), bem como
em relação a um aditivo de convênio administrativo entre o
Ministério da Previdência e o Centro Educacional de
Tecnologia em Administração (CETEAD). Os impetrantes
alegaram que os atos praticados no legítimo exercício da
advocacia não podem gerar responsabilização.

O MS, cujo julgamento foi iniciado em novembro de 2003,


foi objeto de sucessivos pedidos de vista, culminando com o
voto-vista do ministro Gilmar Mendes, na sessão plenária
desta tarde.

Decisão

O relator do caso, ministro Marco Aurélio, indeferiu o


pedido. Ele entendeu que não seriam aplicáveis os
precedentes da Corte sobre a matéria (MS 24073). Segundo
Marco Aurélio, o artigo 38 da Lei 8.666/93 (Lei de
Licitações) imporia responsabilidade solidária aos
procuradores, quando dispõe que as minutas de
editais de licitação devem ser previamente
examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da
administração, assumindo responsabilidade pessoal
solidária pelo que foi praticado. Ainda neste sentido, os
ministros que acompanharam o voto de Marco Aurélio
determinaram que os procuradores, ao prestar as
informações ao TCU, poderão exercer o seu direito
constitucional da ampla defesa e do contraditório.

Os destaques são nossos, para deixar claro que, ao menos se


tratando de processos licitatórios, os pareceristas podem ser
responsabilizados por suas opiniões, a despeito de, na visão do
STF, parecer não se tratar de ato administrativo. Apenas como nota
de registro, a discussão principal do processo acima dizia respeito à
possibilidade de o TCU chamar ao processo os pareceristas para que
formulassem seus argumentos, ante as irregularidades pelo Tribunal.
Nem isso, na visão dos pareceristas, poderia ser feito. Só que o STF,
como dito, disse ser possível, e, en passant, deu possibilidade de,
sendo caso, serem responsabilizados os pareceristas.
Ainda sobre o tema, reproduzimos trechos do MS 24631, em
que assim se manifestou o STF:

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(i) quando a consulta é facultativa, a autoridade não se vincula


ao parecer proferido, sendo que seu poder de decisão não se
altera pela manifestação do órgão consultivo;
(ii) quando a consulta é obrigatória, a autoridade administrativa
se vincula a emitir o ato tal como submetido à consultoria, com
parecer favorável ou contrário, e se pretender praticar ato de
forma diversa da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo
a novo parecer;
(iii) quando a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de
parecer vinculante, essa manifestação de teor jurídico deixa de
ser meramente opinativa e o administrador não poderá decidir
senão nos termos da conclusão do parecer ou, então, não
decidir.
O parecer em licitações, exigido pelo parágrafo único do art. 38
da Lei 8.666, se enquadra na segunda hipótese: obrigatório e não
vinculante, e pode, na visão do STF, levar à responsabilização de
quem o emite. Guardem essa informação, pois ela pode ser
importante, em uma eventual prova dissertativa realizada pelo TCU.
Bom, para esta questão, ficamos assim, então: para parte da
doutrina (e até mesmo para o STF) os pareceres não são atos
administrativos, mas sim atos da administração. Assim os são
porque os atos opinativos, como os pareceres, são meras opiniões de
alguém a respeito de algo que lhe fora submetido à apreciação, não
produzindo efeitos típicos dos atos administrativos. Mesmo sendo
atos de Administração, podem levar à responsabilização daqueles que
os emitem. Para tanto, claro, deve-se demonstrar que houve “culpa”,
em sentido amplo, do emissor, do parecerista, que pode, por
exemplo, ser alcançado pelo TCU.

41 (2007/OAB/EXAME DE ORDEM) Um parecer opinativo


acerca de determinado assunto emitido pela consultoria jurídica de
órgão da administração pública não é considerado, por parte da
melhor doutrina, ato administrativo, mas sim ato da administração.
41 - GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
Esse examinador é malandro... o sujeito coloca parte da melhor
doutrina para não anularem o item... Pois é. Para, como ele diz,
PARTE DA MELHOR DOUTRINA, o parecer é ATO DA
ADMINISTRAÇÃO, como já dissemos na parte teórica, e não ATO
ADMINISTRATIVO. Lembramos que essa posição de o parecer ser
ATO DA ADMINISTRAÇÃO é compartilhada pelo STF. Revejam o
trecho desenvolvido por nós:
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para parte da doutrina (e até mesmo para o STF) os


pareceres não são atos administrativos, mas sim
atos da administração. Assim o é porque os atos
opinativos, como os pareceres, são meras opiniões de
alguém a respeito de algo que lhe fora submetido à
apreciação, não produzindo efeitos típicos dos atos
administrativos

42 - (2010/CESPE/INCA/Advogado/Questão Adaptada)E
No que se refere ao controle da atividade financeira do estado, vem
entendendo o STF que o jurista responsável pela emissão de parecer
que autorize a realização de ato que importe lesão ao erário também
pode ser responsabilizado pelo conteúdo de seu parecer. Assim, ainda
que a consulta ao parecerista seja facultativa, a autoridade
administrativa vincula-se ao emitir o ato tal como submetido à
consultoria, com parecer favorável ou contrário, tornando o
parecerista também responsável pelo ato, pois somente poderia
praticá-lo de forma diversa da apresentada à consultoria se o
submetesse a novo parecer.
42 - GABARITO: ERRADO.
TEMA: ATOS - CONTROLE
COMENTÁRIOS:
OPA! A autoridade não se vincula ao parecer se a consulta for
facultativa (leiam, se for o caso, o item 40 acima, novamente). A
posição é do STF é de que o parecer OBRIGATÓRIO faz com o que a
autoridade tenha de decidir conforme o parecer. Se quiser adotar
decisão diversa, deverá demandar novo parecer. MUITO BOM esse
item, hein?
Uhhh... Faltou falar sobre uma espécie de ato, qual seja, os
punitivos. Então, segue um resuminho, para a gente seguir com o
conteúdo, ok?
Atos punitivos. São aqueles que contêm sanções a serem
aplicadas a servidores ou a particulares, em decorrência de infrações
legais, regulamentares ou ordinatórias. Podem ser de ordem interna
ou externa.
Os atos punitivos internos são aplicados àqueles submetidos à
hierarquia administrativa, ou seja, à organização interna corporis do
órgão ou entidade da administração. Como exemplo de atos punitivos
internos podem ser citados a advertência, a suspensão (até 90 dias),
e a demissão.

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Ah – particulares, não integrantes da Administração Pública,


podem, ao menos por certo tempo, se submeter às punições internas
administrativas, ou seja, às vias disciplinares? SIM. Exemplo disso: o
contratado, que, com base na Lei 8.666/1993, pode sofrer as sanções
constantes do art. 87 da referida norma, a qual, aliás, é tema das
nossas próximas duas aulas... e é a cerejinha do bolo em provas do
TCU. Não deixem, POR NADA DESSE MUNDO, POR QUALQUER FORÇA
HUMANA, de ler, com atenção, o conteúdo das aulas de LICITAÇÕES
E CONTRATOS, ok?
Finalizando: os atos punitivos externos são aqueles aplicados
aos administrados em geral e se fundamentam no Poder de Império
que possui o Estado. São exemplos de atos punitivos externos os
decorrentes do exercício do Poder de Polícia: multas, interdição de
atividades e outros.

43 - (2008/CESPE/TJ-RJ/Técnico) O ato se extingue pelo


desfazimento volitivo quando sua retirada funda-se no advento de
nova legislação que impede a permanência da situação anteriormente
consentida.
43 - GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Estamos chegando “quase” ao fim dessa aula, pois estamos
adentrando as extinções dos atos administrativos. Conhecem o
conceito de CADUCIDADE, como forma de extinção, do ato
administrativo? Não? Apresentamos um, então:
“caducidade - quando a norma jurídica posterior torna
inadmissível a permanência do ato, pois este passa a ir de
encontro ao ordenamento jurídico.”
Exemplo: um sujeito vai colocar um circo em funcionamento em
uma das muitas megalópoles maranhenses. Daí, vai à Prefeitura,
pede autorização, que lhe é dada. Em seguida, uma lei é aprovada e
diz que não pode haver circos em áreas públicas urbanas da cidade
em questão. ZÁS, TRÁS! Eis a caducidade, uma vez que NORMA
NOVA (a Lei, no caso), impede que ato anterior (a autorização)
continue a produzir efeitos.
Assim, o desfazimento, a retirada, ao fim, a extinção do ato
administrativo, nesse caso, não se faz por vontade da Administração,
mas pela sobrevinda de norma nova. Logo, ERRADO o item.
Tem várias outras formas de extinção dos atos administrativos.
Vamos falar sobre elas no item a seguir, ok?

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44 - (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) É
facultado ao Poder Judiciário, ao exercer o controle de mérito de um
ato administrativo, revogar ato praticado pelo Poder Executivo.
44 - GABARITO: ERRADO.
TEMA: ATOS – MÉRITO – CONTROLE JUDICIAL
COMENTÁRIOS:
Bom, já falamos bastante sobre mérito. Já vimos que o
Judiciário não pode adentrá-lo, e, neste item, controlá-lo. Assim,
ERRADO.
Mas vamos aproveitar para falar sobre revogação, e, por
oportuno, anulação também, ok? As duas formas mais conhecidas de
extinção dos atos administrativos. Em seguida, falamos das outras
formas menos conhecidas.
A Anulação é o desfazimento do ato por razões de ilegalidade.
Não se pode, de maneira alguma, confundir-se anulação com
revogação (vista mais abaixo): a primeira, refere-se a critérios de
legalidade, e pode ser decretada pelo Judiciário ou por aquele que
expediu o próprio ato (princípio da autotutela); a segunda, insere-
se na esfera de competência apenas do Poder que expediu o ato, e
diz respeito a critérios de conveniência e de oportunidade em se
manter um ato legítimo no mundo jurídico. Por esse motivo, não
pode o Judiciário revogar atos de outro poder, mas tão somente
anulá-los, quando eivados de vício de ilegalidade. A propósito, cite-se
a consagrada Súmula/STF 473:
A Administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvados, em todos os casos, a apreciação judicial.
Há profunda divergência entre os autores brasileiros quanto à
atitude a ser adotada pela Administração Pública ao verificar a
ilegalidade de um ato que praticou: é seu dever anulá-lo ou é mera
faculdade?

O melhor entendimento que se faz é o seguinte: a


Administração, ao verificar ilegalidade em ato que praticara tem o
DEVER de anulá-lo. Contudo, tal obrigação poderá ser flexibilizada.
Em determinados casos, a Administração poderá deixar de anular
determinados atos, ainda que ilegais. O que explica a situação é a
prevalência do princípio do interesse público sobre a legalidade
estrita.

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De qualquer forma, a regra geral é que os atos nulos não


geram efeitos, com a anulação produzindo efeitos ex tunc, é dizer,
retroagindo à origem do ato viciado, fulminando o que já ocorreu, no
sentido de que se negam agora os efeitos de antes. Protegem-se,
ressalte-se, os efeitos decorrentes do ato posteriormente anulado: no
caso de atos produzidos por servidores nomeados ilegalmente
surtirão efeitos junto a terceiros de boa-fé, ainda que o desempenho
das funções do servidor ilegalmente investido no cargo tenha sido
ilegítimo.

Isso não implica dizer que os efeitos do ato nulo se


perpetuarão, podendo ser estendidos a terceiros. Não se pode, ao
amparo de ilegalidade, dar origem a outra ilegalidade. Garante-se o
que já se verificou, mas não situações futuras. Deve a Administração,
sob o fundamento do princípio da legalidade, proceder à anulação do
ato viciado, evitando que novas ilegalidades sejam perpetradas.

Quando o ato a ser anulado atingir direitos individuais deverá


ser aberto o contraditório aos atingidos pela anulação, conforme já
decidiu o STF, em razão dos princípios do contraditório e da ampla
defesa. Como exemplo de tal situação, pode-se citar o § 3º do art. 49
da Lei nº 8.666/1993, o qual determina a instauração do
contraditório antes da produção do ato administrativo que
determinará o desfazimento do processo licitatório por anulação.

Com relação ao direito da Administração de anular atos ilegais


que tenham produzido efeito favoráveis a terceiros (de boa-fé), o
prazo (DECADENCIAL) é de 5 anos contados da prática do ato, salvo
comprovada má-fé por parte do destinatário do ato. Exemplifique-se
essa última situação.

Suponhamos que um servidor apresente para a sua


aposentadoria uma certidão de tempo serviço em atividade rural,
que, 6, 7 anos depois, ou até mais, descobriu-se DOLOSAMENTE
falsificada pelo beneficiário do ato, o servidor aposentado. Nesse
caso, não ocorreria a decadência, em razão da má fé subjetiva do
servidor.

Já na Revogação a retirada do ato administrativo do mundo


jurídico se dá por razões de oportunidade e de conveniência. Na
revogação, um ato administrativo legítimo e eficaz (gerador de
efeitos), é suprimido pela Administração – e somente por ela – por
não mais lhe convir sua existência.

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A revogação pressupõe, portanto, um ato legal e perfeito,


mas que se tornou inconveniente ao interesse público, sendo certo
que é inerente ao poder discricionário da Administração. A
revogação do ato opera da data em diante, ou seja, tem efeitos ex
nunc (proativos).

Destacamos que há categorias de atos ditos irrevogáveis, desde


o seu nascedouro, ou assim se tornam por circunstâncias
supervenientes à sua edição, a exemplo dos que geram direitos
subjetivos (adquiridos) aos destinatários, os que exaurem (os
consumados ou exauridos) desde logo os seus efeitos, e os que
transpõem prazos dos recursos internos, decaindo a Administração do
poder de modificá-los ou revogá-los (espécie de preclusão
administrativa).

Sob esse aspecto, aliás, é de se ressaltar que é entendimento


pacífico da doutrina e na jurisprudência que a correta interpretação
do Enunciado nº 473 da Súmula do STF leva à conclusão de que não
pode ser revogado unilateralmente, sem ouvir os atingidos,
ato do qual resultaram direitos adquiridos.

Pensem aí na seguinte indagação: o Poder Judiciário tem


legitimidade para promover a revogação dos atos administrativos de
outros poderes? NÃO, dado que só a Administração pode promover a
revogação de um ato administrativo. Esse é o “erro maior” deste
item, que diz exatamente o contrário disso.

Mas analisemos essa afirmativa: O PODER JUDICIÁRIO NÃO


PODE, DE NENHUMA MANEIRA, REVOGAR UM ATO ADMINISTRATIVO.
ERRADO, pelo simples fato de que o Judiciário pode estar,
atipicamente, no desempenho da função administrativa. Neste caso,
só o Judiciário é quem poderá revogar tal ato, não como Estado-juiz,
mas sim como Estado-administrador.
Segue mais uma das nossas tabelinhas resumo, para facilitar a
vida dos amigos:
REVOGAÇÃO ANULAÇÃO

Quem faz? Quem editou o ato Quem editou o ato ou o


Judiciário

Em razão Conveniência/Oportunidad Ilegalidade controle de


de: e mérito legalidade

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Efeitos Ex nunc Ex tunc (retroativos)

Fundamen Poder Discricionário Princípio da Legalidade


to

Observaçõ Há atos irrevogáveis (ver Em regra, é obrigatória.


es abais) Contudo, alguns atos podem ser
convalidados

OBSERVAÇÕES:

I) Certos atos são irrevogáveis: os que exauriram seus


efeitos; atos vinculados (vide licença para exercício de
atividade profissional); os que geram direitos adquiridos,
gravados como garantia constitucional; os que integram
procedimento, à medida que ocorrem atos novos e os
meros atos administrativos (como os atos enunciativos).
II) Regra geral: a anulação é um dever e a revogação é uma
faculdade (ver art. 53, Lei 9.784/99)

45 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Jud.)52 Apesar de o


ato de revogação ser dotado de discricionariedade, não podem ser
revogados os atos administrativos que geram direitos adquiridos.
45 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS – EXTINÇÃO – REVOGAÇÃO
COMENTÁRIOS:
É, determinados atos não podem mesmo ser revogados, como
dissemos acima. Lembrando o rolzinho de atos que não podem ser
revogados:
- os que exauriram seus efeitos;
- atos vinculados (vide licença para exercício de atividade
profissional);
- os que geram direitos adquiridos, gravados como garantia
constitucional;
- os que integram procedimento, à medida que ocorrem atos novos;
e,
- os meros atos administrativos (como os atos enunciativos).
O negrito é para destacar o gabarito do item, que é, CLARO,
correto.

46 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada)
Valendo-se de seu poder de autotutela, a administração pública pode

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anular o ato administrativo, sendo que o reconhecimento da


desconformidade do ato com a lei produz efeitos a partir da própria
anulação.
46 - GABARITO: ERRADO.
TEMA: ATOS – EXTINÇÃO - ANULAÇÃO
COMENTÁRIOS:
Anulação tem efeito ex tunc, ou seja, retroativo. Não produz
efeitos a partir da anulação, mas sim a partir do tempo em que
nasceu o ato ilegal.

47 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) A anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, nos
processos que tramitem no TCU, deve respeitar o contraditório e a
ampla defesa, o que se aplica, por exemplo, à apreciação da
legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e
pensão.
47 - GABARITO: ERRADO
TEMA: ATOS x CONTROLE – ATOS SUJEITOS A REGISTRO.
COMENTÁRIOS:
Opa! No ato INICIAL sujeito a registro no TCU não é necessário
o contraditório, em razão do que dispõe a súmula vinculante 3 (ver
comentários da questão 34).

Bom, pessoal, por hoje, encerramos. Estamos caminhando para


o final do curso. Mas não para o final da estrada. Essa só acaba com
uma coisa: A APROVAÇÃO NO CONCURSO! Até lá, então!

Cyonil (Sean), Elaine (Lanlan) e Sandro (Maranhão).

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Olá amigos, vamos hoje falar da Organização da Administração


Pública. Assunto de suma importância para o concurso de acesso ao
Tribunal de Contas da União (TCU).
Então atenção à aula. Leiam e releiam até todas as dúvidas
serem sanadas, ok?
Uma pequena dica: nas questões do Cespe ele sempre adota
palavras chaves, tente percebê-las. Faça as associações e assim
conseguirá resolver mais eficazmente às questões.
Sem mais delongas, vamos ao encontro do dia!

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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Antes de entrarmos nas questões, é proposto atentarem a
algumas anotações interessantes sobre a matéria do dia. Depois de
repassar os principais conceitos será mais fácil resolver as questões.
Vamos lá concursandos?
O objetivo: a criação de novas entidades administrativas tem
por objetivo tornar a ação do estado mais ágil, especial, célere em
observância ao PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE.

Primeiro, umas das diferenças fundamentais na Organização da


administração é quanto ao regime jurídico.
1. Administração direta –

Órgãos – DESCONCENTRAÇÃO da atividade.

9 Não têm personalidade jurídica


9 Não têm capacidade judiciária (regra geral)
9 Não têm patrimônio
9 Não assumem deveres e obrigações -> não são pessoas!
9 Não assinam contrato administrativo ***¹
9 Controle hierárquico
9 Subordinação
9 Autotutela

*** ¹ ÓRGÃOS NÃO PODEM ASSINAR NENHUM TIPO DE CONTRATO?


Podem assinar contrato de gestão:::::Esta assinatura pode
ser com outro órgão ou com uma pessoa jurídica. O contrato de
gestão pode ser assinado porque os interesses são convergentes, isso
obedece ao princípio da eficiência. Vejam, se há um órgão
especializado em determinada matéria, deixe que ele faça, a coisa
toda fica mais eficiente.

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TI

A dou utrina entende que em mbora órgãos não tenham


sonalidad
pers de jurídiica pod dem co ontar com pe ersonalid
dade
judiiciária, ou seja, a capacid
dade de estar emj uízo. Po
orém, isso
o só
ocorrre quantto aos órg
gãos ind
dependen ntes e au
utônomo os na deffesa
de suas pre errogativvas consttituciona
ais.

ORIA SOB
TEO BRE ÓRG
GÃOS
9 Mandato – é a procuraçã
ão – não adotado pelo Brasiil.
sentação – alguém
9 Repres m para manifestarr a sua vo
ontade – não
do pelo Brrasil.
adotad
9 Órgão / imputa
a
ç ão volitiva – ad
dotado pelo Brasiil. TEORIA
A DE
OTTO GIERKE

Impputação Volitiva – de acord


do com ta
al teoria, seja
o ato lícitoo ou ilíícito, qu uando praticado por
vidor púb
serv blico con e como se foss
nsidera-se se o
prio Estad
próp do, em outros te ermos, a vontade e do
agennte e suas conse eqüências
s serão im
mputadas s ao
ado.
Esta
CRETO LE
DEC EI 200/1
1967
Só organiiza a admministraçã
ão públicaa da Uniãão – só fe
ederal – só o
Poder Executivo. Disp
põe sobre e a agilid
dade da Administrração. Deixa
de ser espe
ecialista e começ ça a cob brar serviidores coom múltiiplas
mpetências
com s, com várias ca apacidade es. Imporrtante essclarece que,
sar de dirigido ao Executtivo Fede
apes eral, é pllenamentte válido aos
mais Poderes, afina
dem al todos administraam.
2. Admin
nistração
o Indiretta - DESC CENTRALIZAÇÃO da atividad de
m persona
9 Têm alidade jurídica, são outras pessoas
em assum
9 Pode mir a form
ma de dire eito público ou direito priva
ado
m patrimô
9 Têm ônio próprrio
3
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9 Têm capacidade judiciária


9 Assumem deveres e obrigações -> são pessoas!
9 Assinam contrato administrativo
9 Controle finalístico
9 São vinculados
9 Tutela
AUTARQUIA realiza atividade típica de Estado.
AUTARQUIA FUNDACIONAL é o mesmo que fundação pública.
FUNDAÇÃO realiza atividade que existe paralelamente na iniciativa
privado.
Quando a Fundação é PÚBLICA de direito PÚBLICO a LEI CRIA.
Quando a Fundação é PUBLICA de direito PRIVADO a LEI
AUTORIZA.

Sociedade de economia mista –


Intervenção no Domínio Econômico
Serviço Nacional
Relevante Interesse Público
Monopólio

Empresas públicas
Intervenção no Domínio Econômico e
Prestação de Serviços Públicos.

Definições:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu
melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo
da União, autorizada por lei para a exploração de atividade
econômica que o Governo seja levado a exercer por força de
contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se
de qualquer das formas admitidas em direito.
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de
personalidade jurídica de direito privado, autorizada por lei para a
exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade

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anônima, cujjas ações


s com dire
eito a votto pertenç
çam em sua maioria à
Uniã
ão ou a entidade da Adminiistração Indireta.
IV - Fundação Pública - a entid dade dotaada de personalid dade
dica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude
juríd e de
autoorização legislativa
a, para o desenvollvimento de ativida ades que não
am execução porr órgãos ou entid
exija dades de direito público, com
autoonomia ad dministraativa, patrrimônio próprio ge
erido pelo
os respecttivos
órgããos de dirreção, e funcionammento cus steado po
or recurso
os da União e
de outras fonntes.

A lin
nha contín
nua referre-se à su
ubordinação hierárrquica.
A lin
nha tracejjada refere-se à vinculação
o.

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Questões em Sequência

CONCEITOS
1)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as normas
e princípios que regem a administração pública indireta, bem como o
entendimento do STF sobre a matéria, segundo o princípio da
legalidade, somente por lei específica podem ser criadas autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações,
cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação.
(Certo/Errado)
2)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico/Questão Adaptada) Denomina-se
controle por vinculação, e não por subordinação, o controle exercido
por um ministério sobre uma autarquia cujas atribuições lhe são
afetas. (Certo/Errado)
3)(2010/CESPE/TER-BA/Analista) A administração indireta (ou
descentralizada) é composta por entidades sem personalidade
jurídica. (Certo/Errado)
4)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) A administração pública, no exercício
do ius imperii, subsume-se ao regime de direito privado.
(Certo/Errado)
5)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) Administração pública em sentido
subjetivo compreende as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes
que exercem a função administrativa. (Certo/Errado)
6)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A criação de um ministério na
estrutura do Poder Executivo federal para tratar especificamente de
determinado assunto é um exemplo de administração
descentralizada. (Certo/Errado)
7)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A descentralização
administrativa ocorre quando se distribuem competências materiais
entre unidades administrativas dotadas de personalidades jurídicas
distintas. (Certo/Errado)
8)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) A administração pública direta, na
esfera federal, compreende os órgãos e as entidades, ambos dotados
de personalidade jurídica, que se inserem na estrutura administrativa
da Presidência da República e dos ministérios. (Certo/Errado)
9)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) O Estado Federal brasileiro é
integrado pela União, pelos estados-membros e pelo Distrito Federal,
mas não pelos municípios, que, à luz da CF, desfrutam de autonomia
administrativa, mas não de autonomia financeira e legislativa.
(Certo/Errado)
10)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) A prerrogativa de criar empresas
públicas e sociedades de economia mista pertence apenas à União,

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não dispondo os estados, o Distrito Federal e os municípios de


competência para tal. (Certo/Errado)
11)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas
públicas e das sociedades de economia mista e considerando a
atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo
o TCU, as empresas e as sociedades de economia mista que exploram
atividade econômica, ainda que pretendam celebrar contratos
diretamente relacionados com o exercício da atividade fim, estão
obrigadas a se submeter ao procedimento da licitação. (Certo/Errado)
12)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas
públicas e das sociedades de economia mista e considerando a
atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), a
vedação de acumulação de empregos, cargos ou funções públicas não
se aplica às sociedades de economia mista exploradoras de atividade
econômica, em razão do regime concorrencial a que se submetem.
(Certo/Errado)
13)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas
públicas e das sociedades de economia mista e considerando a
atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), as
empresas públicas, no que se refere a direitos e obrigações
comerciais, trabalhistas e tributários, possuem personalidade jurídica
de direito privado, não lhes sendo estendidas prerrogativas públicas,
ainda que se trate de atuação em regime não concorrencial para
prestação de serviços públicos. (Certo/Errado)
14)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas
públicas e das sociedades de economia mista e considerando a
atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo
o STF, o TCU não é competente para fiscalizar as sociedades de
economia mista exploradoras de atividade econômica, por entender
que os bens dessas entidades são privados. (Certo/Errado)
15)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas
públicas e das sociedades de economia mista e considerando a
atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), a
empresa pública pode adotar qualquer forma de organização
societária, inclusive a de sociedade anônima, enquanto a sociedade
de economia mista deve, obrigatoriamente, adotar a forma de
sociedade anônima. (Certo/Errado)
16)(2010/CESPE – INCA - Assistente em C&T Cargo 86 ) Considere
que o estado de Goiás, na vigência da atual CF e respeitando as
normas constitucionais aplicáveis, tenha criado uma autarquia

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estadual responsável por fomentar e regulamentar a comercialização


de produtos agrícolas. A respeito dessa situação hipotética, é correto
concluir que a referida autarquia foi criada por meio de uma lei
estadual. (Certo/Errado)
17)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) A administração indireta
é o conjunto de pessoas administrativas que, desvinculadas da
administração direta, exercem atividades administrativas.
(Certo/Errado)

ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL

18)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) O aparelho do


Estado, segundo a administração pública gerencial, divide-se em três
setores: núcleo estratégico, que é o governo em sentido lato; o setor
das atividades exclusivas, composto dos serviços que só o governo
pode realizar; e o setor de serviços não exclusivos, no qual o Estado
atua simultaneamente com outras organizações públicas não estatais
e privadas. (Certo/Errado)
19)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) Há diferenças
entre a administração de empresas e a administração pública
gerencial. Uma delas diz respeito à receita: a das empresas depende
dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de seus
produtos e serviços; a do Estado resulta principalmente de
contribuições obrigatórias, os impostos, sem contrapartida direta.
(Certo/Errado)
20)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A reforma
administrativa instituída pelo Decreto-lei nº200/1967 distinguiu
claramente a administração direta e a administração indireta no que
se refere às áreas de compras e execução orçamentária,
padronizando-as e normatizando-as de acordo com o princípio
fundamental da descentralização. (Certo/Errado)
21) (2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) Para a
administração pública burocrática, o interesse público é
frequentemente identificado com a afirmação do poder do Estado. A
administração pública gerencial nega essa visão do interesse público,
relacionando-o com o interesse da coletividade, e não do Estado.
(Certo/Errado)
22) (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) O denominado
primeiro setor corresponde às empresas, o segundo setor representa
o governo e o chamado terceiro setor compreende as organizações de
utilidade pública, que têm origem na sociedade e no governo,

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independentemente de possuírem ou não fins lucrativos.


(Certo/Errado)
23)(2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) Preconizando a necessidade
de modernizar a administração pública, com a melhoria de sua
eficiência e o aumento de sua eficácia, a legislação prevê a
qualificação de entidades como organizações sociais, voltadas para
atividades relacionadas à educação e saúde, entre outras. Assim,
enquadram-se quaisquer pessoas jurídicas de direito privado e fins
lucrativos, que exercem, mediante contrato de gestão, funções
inerentes à administração direta. (Certo/Errado)
24)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) A autonomia
gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante
contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público,
que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o
órgão ou entidade. (Certo/Errado)

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

25)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) Os órgãos públicos,


componentes da administração pública desconcentrada
descentralizada indireta, categorizados como independentes, no que
tange à posição estatal, caracterizam-se por serem originários da CF
e representativos dos poderes do Estado e por não possuírem
qualquer subordinação hierárquica. Além disso, seus agentes são
denominados agentes públicos. (Certo/Errado)
26)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Um órgão que integra
pessoas políticas do Estado, que têm competência para o exercício de
atividades administrativas é um órgão da administração direta.
(Certo/Errado)
27)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Por não possuírem
personalidade jurídica, os órgãos não podem figurar no polo ativo da
ação do mandado de segurança. (Certo/Errado)
28)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Segundo a teoria da
imputação, os atos lícitos praticados pelos seus agentes são
imputados à pessoa jurídica à qual eles pertencem, mas os atos
ilícitos são imputados aos agentes públicos. (Certo/Errado)
29)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Os órgãos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional são criados por lei,
não podendo ser extintos por meio de decreto do chefe do Poder
Executivo. (Certo/Errado)
30)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) A delegação de
competência, no âmbito federal, somente é possível se assim
determinar expressamente a lei. (Certo/Errado)

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31)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Quando as atribuições


de um órgão público são delegadas a outra pessoa jurídica, com
vistas a otimizar a prestação do serviço público, há desconcentração.
(Certo/Errado)
EMPRESAS PÚBLICAS e SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

32)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Segundo o princípio da


legalidade, somente por lei específica podem ser criadas autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações,
cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação.
(Certo/Errado)
33)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Sociedades de economia
mista devem, necessariamente, ter a forma de sociedades anônimas,
sendo reguladas basicamente pela Lei das Sociedades por Ações.
(Certo/Errado)
34)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Os empregados das
empresas públicas e sociedades de economia mista se submetem ao
regime trabalhista comum, cujos princípios e normas se encontram
na Consolidação das Leis do Trabalho, sendo de natureza contratual o
vínculo que se forma entre os empregados e tais pessoas jurídicas.
Por esse motivo, o seu ingresso nessas empresas e sociedades não
depende de prévia aprovação em concurso público. (Certo/Errado)
35)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Créditos de empresas
públicas e sociedades de economia mista são inscritos como dívida
ativa e podem ser cobrados pelo processo especial de execução fiscal,
tal como ocorre com os créditos da União, estados e municípios.
(Certo/Errado)
36)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) A Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos não goza de qualquer imunidade tributária, uma
vez que a CF veda que empresas públicas gozem de privilégios não
extensivos às do setor privado. (Certo/Errado)
37)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) As empresas públicas são
pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da administração
pública direta, que desempenham atividades de caráter econômico ou
de prestação de serviços públicos, cujos integrantes são denominados
servidores públicos. (Certo/Errado)
38)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos, apesar de ter sido constituída como uma
empresa pública federal, possui natureza tipicamente pública, por
prestar serviço público sujeito à responsabilidade exclusiva da
administração direta, e goza de imunidade tributária e
impenhorabilidade de seus bens. (Certo/Errado)
39)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as
normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem

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como o entendimento do STF sobre a matéria, sociedades de


economia mista devem, necessariamente, ter a forma de sociedades
anônimas, sendo reguladas basicamente pela Lei das Sociedades por
Ações. (Certo/Errado)
40)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A empresa pública é pessoa
jurídica de direito privado organizada exclusivamente sob a forma de
sociedade anônima. (Certo/Errado)
41)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as
normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem
como o entendimento do STF sobre a matéria, créditos de empresas
públicas e sociedades de economia mista são inscritos como dívida
ativa e podem ser cobrados pelo processo especial de execução fiscal,
tal como ocorre com os créditos da União, estados e municípios.
(Certo/Errado)
42)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as
normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem
como o entendimento do STF sobre a matéria, a Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos não goza de qualquer imunidade tributária,
uma vez que a CF veda que empresas públicas gozem de privilégios
não extensivos às do setor privado. (Certo/Errado)
43)(2010/CESPE – SERPRO – ADVOGADO) A empresa pública
caracteriza-se por ter a composição do seu capital social distribuído
entre pessoas jurídicas de direito público e de recursos da iniciativa
privada, de modo que a entidade criadora deve possuir,
obrigatoriamente, o domínio da maior parte do capital votante.
(Certo/Errado)
44)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) B As empresas públicas têm
natureza jurídica de pessoas jurídicas de direito público interno.
(Certo/Errado)
45)(2010/CESPE/Analista/Saúde) A criação e a extinção autorizadas
por lei e sujeitas ao controle estatal e a participação do capital
privado na composição do capital social são características comuns
das empresas públicas e das sociedades de economia mista.
(Certo/Errado)
46)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) As sociedades de economia mista
sob o controle da União devem ser criadas por lei. (Certo/Errado)
47)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A sociedade de economia
mista pode ser organizada sob quaisquer das formas admitidas em
direito. (Certo/Errado)
48)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A sociedade de
economia mista pode ser organizada sob quaisquer das formas
admitidas em direito. (Certo/Errado)
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49)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A empresa pública


é pessoa jurídica de direito privado organizada exclusivamente sob a
forma de sociedade anônima. (Certo/Errado)

AUTARQUIAS e FUNDAÇÕES

50)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Não colide


materialmente com a CF a determinação de que sejam previamente
aprovadas, pelo Poder Legislativo, as indicações dos presidentes das
entidades da administração pública indireta. (Certo/Errado)
51)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Devido à natureza
privada das empresas públicas e sociedades de economia mista
exploradoras de atividade econômica, não há espaço para que essas
entidades sejam fiscalizadas pelo TCU. (Certo/Errado)
52)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Prevalece o
entendimento de que as fundações públicas com personalidade
jurídica de direito público são verdadeiras autarquias, as quais devem
ser criadas por lei e não por ato infralegal. (Certo/Errado)
53)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) As autarquias são
caracterizadas pela sua subordinação hierárquica a determinada
pasta da administração pública direta. Dessa forma, contra a decisão
proferida por elas cabe recurso hierárquico próprio para o chefe da
pasta. (Certo/Errado)
54)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) O consórcio público,
mesmo com personalidade jurídica de direito público, não passa a
integrar a administração indireta de todos os entes da Federação
consorciados. (Certo/Errado)
55)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) As autarquias
estão sujeitas a controle administrativo exercido pela administração
direta, nos limites da lei. (Certo/Errado)
56)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A criação das autarquias é
feita por lei, ao passo que as empresas públicas e sociedades de
economia mista são criadas por meio do registro dos atos de
constituição no respectivo cartório. (Certo/Errado)
57)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) D As secretarias de estado e as
autarquias estaduais fazem parte da administração direta.
(Certo/Errado)
58)(2010/CESPE/INSS/Médico) As fundações autárquicas, as
empresas públicas e as sociedades de economia mista são espécies
de entidades paraestatais. (Certo/Errado)
59)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) As autarquias são criadas por lei
complementar e só por lei complementar podem ser extintas.
(Certo/Errado)

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60)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) A autarquia é uma


pessoa jurídica criada somente por lei específica para executar
funções descentralizadas típicas do Estado. (Certo/Errado)
61)(2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) A criação de uma autarquia para
executar determinado serviço público representa uma
descentralização das atividades estatais. Essa criação somente se
promove por meio da edição de lei específica para esse fim.
(Certo/Errado)
62)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) As autarquias e as fundações
públicas, como entes de direito público que dispõem de personalidade
jurídica própria, integram a administração direta. (Certo/Errado)
63)(2010/CESPE – SERPRO – ADVOGADO) De acordo com a
jurisprudência recente do STF, é possível a instituição de autarquias
interestaduais, desde que a execução dos serviços seja comum aos
referidos entes. (Certo/Errado)
64)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A administração pública
centralizada divide as suas atribuições e poderes necessários para a
efetiva prestação dos serviços públicos em uma estrutura interna
composta por centros de competência personificados e criados por
lei, denominados autarquias. (Certo/Errado)
65)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A autarquia é
uma pessoa jurídica criada por lei específica para executar funções
descentralizadas típicas do Estado. (Certo/Errado)
66)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A autarquia é pessoa jurídica
de direito público dotada de capacidade política. (Certo/Errado)
67)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A fundação instituída pelo
Poder Público detém capacidade de autoadministração, razão pela
qual não se sujeita ao controle por parte da administração direta.
(Certo/Errado)
68)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) As autarquias estão sujeitas a
controle administrativo exercido pela administração direta, nos limites
da lei. (Certo/Errado)
69)(2010/CESPE – AGU – PROCURADOR) As universidades públicas
federais, entidades da administração indireta, são constituídas sob a
forma de autarquias ou fundações públicas. Seus atos, além de
sofrerem a fiscalização do TCU, submetem-se ao controle interno
exercido pelo MEC, porque tais universidades são subordinadas a
esse ministério. (Certo/Errado)
70)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A autarquia é
pessoa jurídica de direito público dotada de capacidade política.
(Certo/Errado)

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71)( 2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Mesmo compondo a


administração indireta, a autarquia está subordinada
hierarquicamente à entidade estatal à qual pertence. (Certo/Errado)
72)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) As autarquias são entidades,
pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei para desempenhar
funções que sejam próprias e típicas do Estado, de caráter
econômico. (Certo/Errado)
73)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Ao ser instituída, uma
fundação pública de direito público passa a compor a administração
direta. (Certo/Errado)
74)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) É possível ao particular,
por ato seu em vida, caso aceito pela administração pública, instituir
patrimônio e criar uma fundação pública. (Certo/Errado)
75)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) As fundações públicas
não possuem finalidade de exploração econômica com fins lucrativos.
(Certo/Errado)
76)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Cabe ao Ministério
Público Federal o acompanhamento e controle de legalidade da
administração pública sobre as fundações públicas federais.
(Certo/Errado)
AGÊNCIAS EXECUTIVAS E AGÊNCIAS REGULADORAS

77)(2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) A atividade de
regulação exercida pelas agências reguladoras no Brasil é realizada
somente sobre os serviços públicos desestatizados, dos quais
depende a população. (Certo/Errado)
78)(2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) As agências reguladoras são
entidades que compõem a administração indireta e, por isso, são
classificadas como entidades do terceiro setor. (Certo/Errado)
79)(2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) Os contratos de
gestão das agências executivas são celebrados com o respectivo
ministério supervisor pelo período mínimo de um ano, estabelecendo
os objetivos, metas e indicadores de desempenho da entidade, bem
como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para
avaliação do seu cumprimento. (Certo/Errado)
PARAESTATAIS

80)(2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) No âmbito da
administração pública indireta, o contrato de gestão é o principal
instrumento de controle dos resultados de uma organização social.
(Certo/Errado)
81)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Busca-se, por meio
das organizações sociais, maior participação social, na medida em
que elas são instrumentos de controle direto da sociedade, mediante

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seus conselhos de administração, cujos membros são recrutados na


comunidade à qual a organização serve. (Certo/Errado)
82)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Entende-se por
contrato de gestão o instrumento firmado entre o poder público e
uma entidade qualificada como organização social, com vistas à
formação de parceria entre ambos para fomento e execução de
atividades relativas a ensino, pesquisa científica, desenvolvimento
tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e(ou)
saúde. (Certo/Errado)
83)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) Entidades paraestatais são pessoas
jurídicas de direito privado que colaboram com o Estado no
desempenho de atividades não lucrativas; elas não integram a
estrutura da administração pública. (Certo/Errado)

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Marque o seu gabarito

1 (C)(E)(SR) 21 (C)(E)(SR) 41 (C)(E)(SR) 61 (C)(E)(SR) 81 (C)(E)(SR)

2 (C)(E)(SR) 22 (C)(E)(SR) 42 (C)(E)(SR) 62 (C)(E)(SR) 82 (C)(E)(SR)

3 (C)(E)(SR) 23 (C)(E)(SR) 43 (C)(E)(SR) 63 (C)(E)(SR) 83 (C)(E)(SR)

4 (C)(E)(SR) 24 (C)(E)(SR) 44 (C)(E)(SR) 64 (C)(E)(SR)

5 (C)(E)(SR) 25 (C)(E)(SR) 45 (C)(E)(SR) 65 (C)(E)(SR)

6 (C)(E)(SR) 26 (C)(E)(SR) 46 (C)(E)(SR) 66 (C)(E)(SR)

7 (C)(E)(SR) 27 (C)(E)(SR) 47 (C)(E)(SR) 67 (C)(E)(SR)

8 (C)(E)(SR) 28 (C)(E)(SR) 48 (C)(E)(SR) 68 (C)(E)(SR)

9 (C)(E)(SR) 29 (C)(E)(SR) 49 (C)(E)(SR) 69 (C)(E)(SR)

10 (C)(E)(SR) 30 (C)(E)(SR) 50 (C)(E)(SR) 70 (C)(E)(SR)

11 (C)(E)(SR) 31 (C)(E)(SR) 51 (C)(E)(SR) 71 (C)(E)(SR)

12 (C)(E)(SR) 32 (C)(E)(SR) 52 (C)(E)(SR) 72 (C)(E)(SR)

13 (C)(E)(SR) 33 (C)(E)(SR) 53 (C)(E)(SR) 73 (C)(E)(SR)

14 (C)(E)(SR) 34 (C)(E)(SR) 54 (C)(E)(SR) 74 (C)(E)(SR)

15 (C)(E)(SR) 35 (C)(E)(SR) 55 (C)(E)(SR) 75 (C)(E)(SR)

16 (C)(E)(SR) 36 (C)(E)(SR) 56 (C)(E)(SR) 76 (C)(E)(SR)

17 (C)(E)(SR) 37 (C)(E)(SR) 57 (C)(E)(SR) 77 (C)(E)(SR)

18 (C)(E)(SR) 38 (C)(E)(SR) 58 (C)(E)(SR) 78 (C)(E)(SR)

19 (C)(E)(SR) 39 (C)(E)(SR) 59 (C)(E)(SR) 79 (C)(E)(SR)

20 (C)(E)(SR) 40 (C)(E)(SR) 60 (C)(E)(SR) 80 (C)(E)(SR)

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Confira o seu gabarito

1 (C)(E)(SR) 21 (C)(E)(SR) 41 (C)(E)(SR) 61 (C)(E)(SR) 81 (C)(E)(SR)

2 (C)(E)(SR) 22 (C)(E)(SR) 42 (C)(E)(SR) 62 (C)(E)(SR) 82 (C)(E)(SR)

3 (C)(E)(SR) 23 (C)(E)(SR) 43 (C)(E)(SR) 63 (C)(E)(SR) 83 (C)(E)(SR)

4 (C)(E)(SR) 24 (C)(E)(SR) 44 (C)(E)(SR) 64 (C)(E)(SR)

5 (C)(E)(SR) 25 (C)(E)(SR) 45 (C)(E)(SR) 65 (C)(E)(SR)

6 (C)(E)(SR) 26 (C)(E)(SR) 46 (C)(E)(SR) 66 (C)(E)(SR)

7 (C)(E)(SR) 27 (C)(E)(SR) 47 (C)(E)(SR) 67 (C)(E)(SR)

8 (C)(E)(SR) 28 (C)(E)(SR) 48 (C)(E)(SR) 68 (C)(E)(SR)

9 (C)(E)(SR) 29 (C)(E)(SR) 49 (C)(E)(SR) 69 (C)(E)(SR)

10 (C)(E)(SR) 30 (C)(E)(SR) 50 (C)(E)(SR) 70 (C)(E)(SR)

11 (C)(E)(SR) 31 (C)(E)(SR) 51 (C)(E)(SR) 71 (C)(E)(SR)

12 (C)(E)(SR) 32 (C)(E)(SR) 52 (C)(E)(SR) 72 (C)(E)(SR)

13 (C)(E)(SR) 33 (C)(E)(SR) 53 (C)(E)(SR) 73 (C)(E)(SR)

14 (C)(E)(SR) 34 (C)(E)(SR) 54 (C)(E)(SR) 74 (C)(E)(SR)

15 (C)(E)(SR) 35 (C)(E)(SR) 55 (C)(E)(SR) 75 (C)(E)(SR)

16 (C)(E)(SR) 36 (C)(E)(SR) 56 (C)(E)(SR) 76 (C)(E)(SR)

17 (C)(E)(SR) 37 (C)(E)(SR) 57 (C)(E)(SR) 77 (C)(E)(SR)

18 (C)(E)(SR) 38 (C)(E)(SR) 58 (C)(E)(SR) 78 (C)(E)(SR)

19 (C)(E)(SR) 39 (C)(E)(SR) 59 (C)(E)(SR) 79 (C)(E)(SR)

20 (C)(E)(SR) 40 (C)(E)(SR) 60 (C)(E)(SR) 80 (C)(E)(SR)

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Questões Comentadas
1)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as normas
e princípios que regem a administração pública indireta, bem como o
entendimento do STF sobre a matéria, segundo o princípio da
legalidade, somente por lei específica podem ser criadas autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações,
cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação.
Comentários: Informação equivocada. A necessidade de lei
específica se faz presente apenas para a criação das entidades de
direito público, que são as autarquias e fundações autárquicas.
Empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações
públicas de Direito Privado são apenas autorizadas por lei.
Gabarito: Errado
2)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico/Questão Adaptada) Denomina-se
controle por vinculação, e não por subordinação, o controle exercido
por um ministério sobre uma autarquia cujas atribuições lhe são
afetas.
Comentários: Exatamente, correta. A vinculação não é
hierarquia, trata-se de controle finalístico. As entidades que sofrem
subordinação são os órgãos.
Gabarito: Correto
3)(2010/CESPE/TER-BA/Analista) A administração indireta (ou
descentralizada) é composta por entidades sem personalidade
jurídica.
Comentários: Errado, a administração INDIRETA é composta
por entes COM personalidade jurídica.
Gabarito: Errado
4)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) A administração pública, no exercício
do ius imperii, subsume-se ao regime de direito privado.
Comentários: Negativo, no “ius imperi” a administração
sobrepõe-se ao particular independente de sua vontade, temos
prerrogativas estatais, é o próprio poder de império (poder
extroverso) subordinando o cidadão em nome do interesse público,
dessa forma essa subordinação só pode ser exercida mediante a
forma de direito público. Quando o regime é privado o Estado está no
mesmo nível que o cidadão, há negociação, não há imposição.
Gabarito: Errado

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5)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) Administração pública em sentido


subjetivo compreende as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes
que exercem a função administrativa.
Comentários: Perfeita! Apenas para acrescentar, subjetivo
pode ainda aparecer como ORGÂNICO ou FORMAL; O sentido
Objetivo é o que compreende o objeto, a ação: Serviços públicos,
Fomento, Intervenção, Poder de polícia. O sentido objetivo pode
ainda aparecer com MATERIAL OU FUNCIONAL.
Gabarito: Correto
6)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A criação de um ministério na
estrutura do Poder Executivo federal para tratar especificamente de
determinado assunto é um exemplo de administração
descentralizada.
Comentários: Temos aí um exemplo clássico de
DESCONCENTRAÇÃO
Gabarito: Errado
7)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A descentralização
administrativa ocorre quando se distribuem competências materiais
entre unidades administrativas dotadas de personalidades jurídicas
distintas.
Comentários: É verdade! Sempre que falarmos em
DESCENTRALIZAÇÃO deveremos compreender que haverá novas
pessoas jurídicas.
Gabarito: Correto
8)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) A administração pública direta,
na esfera federal, compreende os órgãos e as entidades, ambos
dotados de personalidade jurídica, que se inserem na estrutura
administrativa da Presidência da República e dos ministérios.
Comentários: Órgãos não possuem personalidade jurídica, são
membros de um ser, não têm vontade própria.
Gabarito: Errado
9)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) O Estado Federal brasileiro é
integrado pela União, pelos estados-membros e pelo Distrito Federal,
mas não pelos municípios, que, à luz da CF, desfrutam de autonomia
administrativa, mas não de autonomia financeira e legislativa.
Comentários: Absurda a questão, totalmente equivocada. São
entes do Estado Federal: A União, os Estados e os Municípios.
Gabarito: Errado

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10)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) A prerrogativa de criar empresas


públicas e sociedades de economia mista pertence apenas à União,
não dispondo os estados, o Distrito Federal e os municípios de
competência para tal.
Comentários: Não é verdade. Tanto União, quanto Estados e
Municípios têm autonomia administrativa e política. Todos os entes
legislam e podem se organizar e administrar da forma que melhor
satisfaça suas necessidades.
Gabarito: Errado
11)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas
públicas e das sociedades de economia mista e considerando a
atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo
o TCU, as empresas e as sociedades de economia mista que exploram
atividade econômica, ainda que pretendam celebrar contratos
diretamente relacionados com o exercício da atividade fim, estão
obrigadas a se submeter ao procedimento da licitação.
Comentários: As EPs e as SEM não se submetem a licitação
quando o objetivo for a atividade fim, devem licitar apenas a
contratação de serviços e bens relacionados à atividade meio, a não
ser que esta, igualmente, constitua um obstáculo à atividade
finalística.
Gabarito: Errado
12)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas
públicas e das sociedades de economia mista e considerando a
atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), a
vedação de acumulação de empregos, cargos ou funções públicas não
se aplica às sociedades de economia mista exploradoras de atividade
econômica, em razão do regime concorrencial a que se submetem.
Comentários: Opss! Errado! Todos os entes da administração
direta e indireta são obrigados a contratar mediante concurso público.
Gabarito: Errado
13)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas
públicas e das sociedades de economia mista e considerando a
atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), as
empresas públicas, no que se refere a direitos e obrigações
comerciais, trabalhistas e tributários, possuem personalidade jurídica
de direito privado, não lhes sendo estendidas prerrogativas públicas,
ainda que se trate de atuação em regime não concorrencial para
prestação de serviços públicos.

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Comentários: Atualmente, entende-se que as prerrogativas


sejam estendidas às entidades que atuam em serviços públicos. No
que tange aos bens, por exemplo, dos Correios eles foram tidos como
impenhoráveis, uma vez que os Correios prestam serviços públicos e
de natureza monopolística.
Gabarito: Errado
14)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas
públicas e das sociedades de economia mista e considerando a
atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo
o STF, o TCU não é competente para fiscalizar as sociedades de
economia mista exploradoras de atividade econômica, por entender
que os bens dessas entidades são privados.
Comentários: Imaginem! De jeito nenhum! A competência do
TCU é constitucional. “Todas” as pessoas que pertencem à
administração indireta estão sujeitas à fiscalização do TCU.
Gabarito: Errado
15)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas
públicas e das sociedades de economia mista e considerando a
atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), a
empresa pública pode adotar qualquer forma de organização
societária, inclusive a de sociedade anônima, enquanto a sociedade
de economia mista deve, obrigatoriamente, adotar a forma de
sociedade anônima.
Comentários: Verdade, a empresa pública pode adotar
qualquer forma permitida em lei, enquanto que as sociedades de
economia mista podem apenas adotar a forma de sociedade anônima.
Gabarito: Errado
16) (2010/CESPE – INCA - Assistente em C&T Cargo 86 ) Considere
que o estado de Goiás, na vigência da atual CF e respeitando as
normas constitucionais aplicáveis, tenha criado uma autarquia
estadual responsável por fomentar e regulamentar a comercialização
de produtos agrícolas. A respeito dessa situação hipotética, é correto
concluir que a referida autarquia foi criada por meio de uma lei
estadual.
Comentários: Sim, correto. Autarquias devem ser criadas por
lei. Se ela pertence à esfera estadual, a criação deverá ser mediante
lei estadual.
Gabarito: Correto

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17)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) A administração indireta


é o conjunto de pessoas administrativas que, desvinculadas da
administração direta, exercem atividades administrativas.
Comentários: A informação estaria correta se não fosse o
“desvinculadas”. Já dissemos que se trata de pessoas vinculadas à
administração direta.
Gabarito: Errado

ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL

18)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) O aparelho do


Estado, segundo a administração pública gerencial, divide-se em três
setores: núcleo estratégico, que é o governo em sentido lato; o
setor das atividades exclusivas, composto dos serviços que só o
governo pode realizar; e o setor de serviços não exclusivos, no qual o
Estado atua simultaneamente com outras organizações públicas não
estatais e privadas.
Comentários: A questão simplesmente “engoliu” o 4º setor. O
aparelho do Estado divide-se em 4 setores: núcleo estratégico, o
núcleo de atividades exclusivas de estado, o núcleo de serviços não
exclusivos e o núcleo de produção de bens e serviços. No 1º setor –
núcleo estratégico, temos as decisões das políticas públicas, temos a
lei. No 2º setor – as atividades exclusivas de estado, temos todas as
atividades que o estado exerce usando o poder de império –
segurança pública, cobrança de tributos, fiscalização. No 3º setor –
as atividades não exclusivas do estado, temos todos as entidades que
desenvolvem atividades interesse público paralelamente ao governo,
são as Organizações Não Governamentais, agindo na recuperação,
preservação, fomento de dos setores sociais entre eles: cultura,
saúde, educação, meio- ambiente, por exemplo. No 4º setor - núcleo
de produção de bens e serviços, temos as empresas privadas,
trabalhando na produção de bens e serviços, é o mercado
propriamente dito.
Gabarito: Errado
19)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) Há diferenças
entre a administração de empresas e a administração pública
gerencial. Uma delas diz respeito à receita: a das empresas depende
dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de seus
produtos e serviços; a do Estado resulta principalmente de
contribuições obrigatórias, os impostos, sem contrapartida direta.

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Comentários: Correta, o Estado age sob o manto do direito


público, em que não há espaço para negociação com o cidadão
contribuinte. Afinal, o Estado busca o atendimento ao interesse
coletivo. No caso das empresas privadas há negociação e o interesse
é a maximização dos lucros de seus sócios. É evidente que o Estado
desempenha funções sob o manto do direito privado, e nesses casos
relaciona-se com o cidadão assim como as outras empresas privadas.
Esclareça-se que, mesmo quando o Estado atua no mercado, não há
total desprezo às normas de direito público, tanto isso é verdade que
as EPs e as SEMs submetem-se ao dever de licitar e de concurso
público para acesso a seus empregos.
Gabarito: Correto
20)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A reforma
administrativa instituída pelo Decreto-lei nº200/1967 distinguiu
claramente a administração direta e a administração indireta no que
se refere às áreas de compras e execução orçamentária,
padronizando-as e normatizando-as de acordo com o princípio
fundamental da descentralização.
Comentários: Não, o decreto lei 200 chama de “administração
federal” a administração direta e a indireta. Subordina ainda a
“administração federal aos princípios fundamentais da reforma, quais
sejam:
Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos
seguintes princípios fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Controle.
O problema do item é que a propalada Reforma Administrativa
não distinguiu as normas. Esse foi o maior problema! A Administração
Indireta que deveria ser mais célere, mais ágil, com normas de
licitação, de contratação, de execução orçamentário-financeira,
distintas da Direta, foi bombardeada de entraves, idênticos aos
verificados na Administração Centralizada.
Gabarito: Errado
21) (2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) Para a
administração pública burocrática, o interesse público é
frequentemente identificado com a afirmação do poder do Estado. A

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administração pública gerencial nega essa visão do interesse público,


relacionando-o com o interesse da coletividade, e não do Estado.
Comentários: Afirmativa correta, a bem da verdade o
interesse público não pode ser confundido com o interesse do Estado.
Há uma inversão, na administração burocrática os meios justificavam
os fins, ou seja, o método, a rigidez mecanicista, era evidenciada e
todo o processo tinha tão grande importância que o fim público, que
era o atendimento ao cidadão, era olvidado. O conteúdo das políticas
públicas virava segundo plano. A administração gerencial de reforma
do estado elege o cidadão como contribuinte de impostos e como
cliente de seus serviços, atendê-lo é primordial.
Gabarito: Correto
22) (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) O denominado
primeiro setor corresponde às empresas, o segundo setor representa
o governo e o chamado terceiro setor compreende as organizações de
utilidade pública, que têm origem na sociedade e no governo,
independentemente de possuírem ou não fins lucrativos.
Comentários: Epa! Epa! Que balaio de gato é esse? Mais uma
vez:
Î 1º setor – Núcleo estratégico Æ Políticas públicas
Î 2º setor – Atividades Exclusivas de Governo Æ Segurança
pública, fiscalização, cobrança de tributos
Î 3º setor – Serviços não exclusivos – Organizações Não
Governamentais – SEM FINS LUCRATIVOS !!!
Î 4º setor – Produção de bens e serviços – o mercado
propriamente dito.
As Organizações não Governamentais NÃO PODEM (não devem)
ter fins lucrativos. Os interesses delas e do governo são
convergentes. Essas são as “ONGs”. Outra coisa, é diferente falar que
a ONG é bem sucedida em seus objetivos, e usar o termo a ONG “dá
lucro”. Ela pode até dar superávit, mas não lucro e, por isso, não há
como distribuir o que não tem, ela reaplica esse “lucro” na atividade
dela. Se vocês entenderam expliquem para os políticos “cara-de-
óleo-de-peroba” rsrs
Gabarito: Errado
23)(2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) Preconizando a necessidade
de modernizar a administração pública, com a melhoria de sua
eficiência e o aumento de sua eficácia, a legislação prevê a
qualificação de entidades como organizações sociais, voltadas para
atividades relacionadas à educação e saúde, entre outras. Assim,

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enquadram-se quaisquer pessoas jurídicas de direito privado e fins


lucrativos, que exercem, mediante contrato de gestão, funções
inerentes à administração direta.
Comentários: Veja como a questão generaliza o candidato a
Organização Social, muita restrição ou muita generalização,
desconfiem! “Quaisquer” é muita gente, “fins lucrativos” nem pensar!
Vamos ver o que diz a lei quanto à qualificação das OSs:

Art. 1o O Poder Executivo poderá qualificar como


organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam
dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação
do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos
requisitos previstos nesta Lei.
Art. 2o São requisitos específicos para que as entidades
privadas referidas no artigo anterior habilitem-se à
qualificação como organização social:
I - comprovar o registro de seu ato constitutivo,
dispondo sobre:
a) natureza social de seus objetivos relativos à
respectiva área de atuação;
b) finalidade não-lucrativa, com a
obrigatoriedade de investimento de seus
excedentes financeiros no desenvolvimento das
próprias atividades;
c) previsão expressa de a entidade ter, como órgãos
de deliberação superior e de direção, um conselho de
administração e uma diretoria definidos nos termos do
estatuto, asseguradas àquele composição e atribuições
normativas e de controle básicas previstas nesta Lei;
d) previsão de participação, no órgão colegiado de
deliberação superior, de representantes do Poder Público
e de membros da comunidade, de notória capacidade
profissional e idoneidade moral;
e) composição e atribuições da diretoria;
f) obrigatoriedade de publicação anual, no Diário
Oficial da União, dos relatórios financeiros e do relatório
de execução do contrato de gestão;
g) no caso de associação civil, a aceitação de novos
associados, na forma do estatuto;

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h) proibição de distribuição de bens ou de parcela


do patrimônio líquido em qualquer hipótese, inclusive em
razão de desligamento, retirada ou falecimento de
associado ou membro da entidade;
i) previsão de incorporação integral do patrimônio,
dos legados ou das doações que lhe foram destinados,
bem como dos excedentes financeiros decorrentes de
suas atividades, em caso de extinção ou desqualificação,
ao patrimônio de outra organização social qualificada no
âmbito da União, da mesma área de atuação, ou ao
patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
dos Municípios, na proporção dos recursos e bens por
estes alocados;
II - haver aprovação, quanto à conveniência e
oportunidade de sua qualificação como organização social,
do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da
área de atividade correspondente ao seu objeto social e
do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma
do Estado
Gabarito: Errado
24)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) A autonomia
gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante
contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público,
que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o
órgão ou entidade.
Comentários: Texto literal do artigo 37, §8º da CF
Gabarito: Correto

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

25)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) Os órgãos públicos,


componentes da administração pública desconcentrada
descentralizada indireta, categorizados como independentes, no que
tange à posição estatal, caracterizam-se por serem originários da CF
e representativos dos poderes do Estado e por não possuírem
qualquer subordinação hierárquica. Além disso, seus agentes são
denominados agentes públicos.
Comentários: Antes de identificarmos os erros, é preciso
esclarecer a classificação dos órgãos públicos quanto à posição
estatal. Para o autor Hely Lopes: “Órgãos independentes, autônomos,
superiores e subalternos: quanto à posição estatal, ou seja,
relativamente à posição ocupada pelos órgãos na escala
governamental ou administrativa, eles se classificam em:

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independentes, autônomos, superiores e subalternos, como veremos


a seguir.
Órgãos independentes são os originários da Constituição e
representativos dos Poderes de Estado - Legislativo, Executivo e
Judiciário -, colocados no ápice da pirâmide governamental, sem
qualquer subordinação hierárquica ou funcional, e só sujeitos aos
controles constitucionais de um Poder pelo outro. Por isso, são
também chamados órgãos primários do Estado. Esses órgãos detêm
e exercem precipuamente as funções políticas, judiciais e quase-
judiciais outorgadas diretamente pela Constituição, para serem
desempenhadas pessoalmente por seus membros (agentes políticos,
distintos de seus servidores, que são agentes administrativos),
segundo normas especiais e regimentais. (...)
De se incluir, ainda, nesta classe o Ministério Público federal e
estadual e os Tribunais de Contas da União, dos Estados-membros e
Municípios, os quais são órgãos funcionalmente independentes e seus
membros integram a categoria dos agentes políticos, inconfundíveis
com os servidores das respectivas instituições”
Voltando a questão, a redação está simplesmente horrível!
Órgãos públicos são criados a partir do processo de DesCOncentração
(lembram? CO – criação de órgãos! CEN – criação de entidades!). O
primeiro erro, portanto, é mencionar que são componentes da
Administração Indireta ou Descentralizada. Os componentes da
Administração Descentralizada são autarquias e as empresas
públicas, por exemplo. O segundo erro é que os agentes dos órgãos
primários (ou independentes) são chamados de AGENTES POLÍTICOS,
os quais, obviamente, são AGENTES PÚBLICOS.
Gabarito: Errado
26)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Um órgão que integra
pessoas políticas do Estado, que têm competência para o exercício de
atividades administrativas é um órgão da administração direta.
Comentários: As “pessoas políticas” são os “entes” – pessoas
jurídicas – a União, Estados e Municípios. Os órgãos que integram
esses entes são órgão da administração direta.
Gabarito: Correto
27)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Por não possuírem
personalidade jurídica, os órgãos não podem figurar no polo ativo da
ação do mandado de segurança. E
Comentários: Realmente, os órgãos não possuem
personalidade jurídica, mas sabemos que alguns, os independentes e
os autônomos, podem defender judicialmente suas prerrogativas
constitucionais, lembram?

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Gabarito: Correto
28)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Segundo a teoria da
imputação, os atos lícitos praticados pelos seus agentes são
imputados à pessoa jurídica à qual eles pertencem, mas os atos
ilícitos são imputados aos agentes públicos.
Comentários: Não, não. Tanto atos lícitos quanto ilícitos são
imputados à pessoa jurídica.
Gabarito: Errado
29)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Os órgãos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional são criados por lei,
não podendo ser extintos por meio de decreto do chefe do Poder
Executivo.
Comentários: O princípio da simetria das formas traduzido
seria o seguinte: se uma lei deu vida a uma situação, apenas ela
poderá tirar essa vida. Se um ato foi editado mediante decreto, o
decreto o extinguirá, e assim por diante. É algo nestes termos. Por
isso, como sabemos que a criação de órgão ou autarquia deve ser
feita por lei, sabemos que só a lei pode extingui-los. Agora há de se
observar alguns detalhes: Lei complementar que disciplina assunto
reservado à lei ordinária, nesse caso, não há impedimento algum,
afinal, quem pode mais pode menos, concordam? A revogação da LC,
nesse caso, não precisa necessariamente ser feita por LC, uma vez
que o assunto disciplinado não pedia a LC e sim a LO (lei ordinária).
Uma exceção encontramos na CF, nas atribuições do presidente
– a extinção de cargos públicos, quando vagos, pode ser feita por
decreto autônomo.
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando
vagos;
Gabarito: Errado
30)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) A delegação de
competência, no âmbito federal, somente é possível se assim
determinar expressamente a lei.
Comentários: Não é verdade, de acordo com a Lei de Processo
Administrativo Federal (Lei 9.784/1999), em não havendo
impedimento legal, é possível a delegação. Mais à frente,
voltaremos a comentar a Lei de Processo, ok?

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Gabarito: Errado
31)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Quando as atribuições
de um órgão público são delegadas a outra pessoa jurídica, com
vistas a otimizar a prestação do serviço público, há desconcentração.
Comentários: A brincadeirinha preferida das bancas é essa!
Falar que transferência de competência à “pessoa jurídica” é
desconcentração. Gente! Não caiam nessa, “pessoa jurídica” é
DESCENTRALIZAÇÃO!!! DESCONCENTRAÇÃO não há criação de nova
pessoa jurídica, é dentro da mesma pessoa! Ok? Pode, entretanto,
haver desconcentração dentro de outras pessoas jurídicas, que não o
ente político, pode, por exemplo, haver a desconcentração dentro de
uma autarquia. Mas veja, nesse caso não há transferência da
titularidade da competência é apenas uma desconcentração de
serviços.
Gabarito: Errado

EMPRESAS PÚBLICAS e SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

32)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Segundo o princípio da


legalidade, somente por lei específica podem ser criadas autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações,
cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação.
Comentários: Lei específica cria entidades de DIREITO
PÚBLICO. Todas as entidades citadas na questão são de DIREITO
PRIVADO. No caso de entidades de direito privado a lei AUTORIZA a
instituição. Devemos apenas lembrar que existem dois tipos de
fundação: as de direito privado e as de direito público. No caso das
fundações de direito privado a lei apenas autoriza a sua instituição.
Gabarito: Errado
33)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Sociedades de economia
mista devem, necessariamente, ter a forma de sociedades anônimas,
sendo reguladas basicamente pela Lei das Sociedades por Ações.
Comentários: Corretíssima, sem comentários!
Gabarito: Correto
34)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Os empregados das
empresas públicas e sociedades de economia mista se submetem ao
regime trabalhista comum, cujos princípios e normas se encontram
na Consolidação das Leis do Trabalho, sendo de natureza contratual o
vínculo que se forma entre os empregados e tais pessoas jurídicas.

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Por esse motivo, o seu ingresso nessas empresas e sociedades não


depende de prévia aprovação em concurso público.
Comentários: Nem pensar, toda a administração direta e
indireta contrata sob as regras do concurso público. A contratação
direta é exceção!
Gabarito: Errado
35)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Créditos de empresas
públicas e sociedades de economia mista são inscritos como dívida
ativa e podem ser cobrados pelo processo especial de execução fiscal,
tal como ocorre com os créditos da União, estados e municípios.
Comentários: Epa! Epa! Olha a festa do caqui chegando!
“Apenas”, e agora é apenas mesmo, ok? Apenas créditos cuja
cobrança seja instituída por lei!!
Olha o artigo 1º da lei:
Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas
autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código
de Processo Civil.
Tenham em mente o seguinte: O Estado tem duas faces, a face
Imperador, nessa face ele não perdoa, manda e o cidadão obedece,
se não obedecer é cacete! (rsrs) Sob vara as coisas se ajustam! A
outra face do Estado é a face empresário, nessa ele negocia, ele
compete com o empresário comum, nessa condição ele não pode
impor nada a ninguém, apenas quando o cidadão “acorda com o
Estado empresário”, permite, é que nasce a relação jurídica. Essa
relação jurídica é horizontal, ninguém pode mais. A lei de execução
fiscal veio para proteger o Estado imperador, não seria justo que sob
o manto do direito privado ele se valesse das prerrogativas estatais,
concordam?
Gabarito: Errado
36)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) A Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos não goza de qualquer imunidade tributária, uma
vez que a CF veda que empresas públicas gozem de privilégios não
extensivos às do setor privado.
Comentários: Olha lá que confusão agora hein, como será que
saio dessa rsrs, estão armando para mim... hehehe Deixa disso!
Vamos entender o que “Os Correios” é empresa pública, sim? Mas ele
exerce atividade de relevante interesse público, serviço público
essencial, que originalmente está a cargo da União. Os Correios não

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exercem atividade econômica em sentido estrito. Por isso aos


Correios estende-se a imunidade sobre impostos, como é o mesmo
caso das autarquias. Vamos ver o que fala o supremo com relação à
situação:

“A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é uma empresa pública,


entidade da Administração Indireta da União, como tal tendo sido criada
pelo decreto-lei nº 509, de 10 de março de 1969. Seu capital é detido
integralmente pela União Federal (artigo 6º) e ela goza dos mesmos
privilégios concedidos à Fazenda Pública, "quer em relação a imunidade
tributária, direta ou indireta, impenhorabilidade de seus bens, rendas e
serviços, quer no concerne a foro, prazos e custas processuais". Leia-se o
texto do artigo 12 do decreto-lei. No que concerne às obrigações
tributárias, a ela não se aplica o § 211. No que concerne às obrigações
tributárias, a ela não se aplica o § 2o do art. 173 da Constituição do
Brasil, na afirmação de que as empresas públicas e as sociedades de
economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às
do setor privado. O que resta definidamente evidente, neste passo, como
anotei em outra ocasião, é que tanto o preceito inscrito no § 1o quanto o
veiculado pelo § 2o do art. 173 da Constituição de 1988 apenas alcançam
empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem
atividade econômica em sentido estrito. Não se aplicam àquelas que
prestam serviço público, não assujeitadas (sic) às obrigações tributárias
às quais se sujeitam as empresas privadas. As empresas públicas,
sociedades de economia mista e outras entidades estatais que prestem
serviço público podem gozar de privilégios fiscais, ainda que não
extensivos a empresas privadas prestadoras de serviço público em regime
de concessão ou permissão (art. 175 da CF 88). Isso me parece
inquestionável.”

Gabarito: Errado
37)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) As empresas públicas são
pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da administração
pública direta, que desempenham atividades de caráter econômico ou
de prestação de serviços públicos, cujos integrantes são denominados
servidores públicos.

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Comentários: Existe uma impropriedade na questão quando


ela fala em “servidor público”.
O termo de agente público é forma ampla, nele está toda a
sorte de agentes que desempenham funções públicas. Servidor
público é subcategoria de agente público, e refere-se ao servidor
estatutário, ao agente administrativo. O empregado de empresa
pública é denominado “empregado público”, sua relação é
exclusivamente contratual (CLT).
Gabarito: Errado
38)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos, apesar de ter sido constituída como uma
empresa pública federal, possui natureza tipicamente pública, por
prestar serviço público sujeito à responsabilidade exclusiva da
administração direta, e goza de imunidade tributária e
impenhorabilidade de seus bens.
Comentários: Corretíssima, já falamos sobre isso agora
mesmo.
Gabarito: Correto
39)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as
normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem
como o entendimento do STF sobre a matéria, sociedades de
economia mista devem, necessariamente, ter a forma de sociedades
anônimas, sendo reguladas basicamente pela Lei das Sociedades por
Ações.
Comentários: Perfeito o quesito!
Gabarito: Correto
40)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A empresa pública é pessoa
jurídica de direito privado organizada exclusivamente sob a forma de
sociedade anônima.
Comentários: Não é verdade, essa obrigação é estendida tão
somente á sociedade de economia mista. As empresas públicas
podem ser instituídas sob qualquer forma permitida em lei.
Gabarito: Errado
41)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as
normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem
como o entendimento do STF sobre a matéria, créditos de empresas
públicas e sociedades de economia mista são inscritos como dívida
ativa e podem ser cobrados pelo processo especial de execução fiscal,
tal como ocorre com os créditos da União, estados e municípios.e

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Comentários: E aí? O que colocaram nessa? Errado não é?


Nada a acrescentar.
Gabarito: Errado
42) (2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as
normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem
como o entendimento do STF sobre a matéria, a Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos não goza de qualquer imunidade tributária,
uma vez que a CF veda que empresas públicas gozem de privilégios
não extensivos às do setor privado.
Comentários: Mais uma vez o artigo 173 da CF não alcança os
Correios.
Gabarito: Errado
43)(2010/CESPE – SERPRO – ADVOGADO) A empresa pública
caracteriza-se por ter a composição do seu capital social distribuído
entre pessoas jurídicas de direito público e de recursos da iniciativa
privada, de modo que a entidade criadora deve possuir,
obrigatoriamente, o domínio da maior parte do capital votante.
Comentários: As empresas públicas têm capital 100% público!
Gabarito: Errado
44)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) As empresas públicas têm
natureza jurídica de pessoas jurídicas de direito público interno.
Comentários: Viagem! As empresas públicas têm natureza
jurídica de pessoas jurídicas de direito privado.
Gabarito: Errado
45)(2010/CESPE/Analista/Saúde) A criação e a extinção autorizadas
por lei e sujeitas ao controle estatal e a participação do capital
privado na composição do capital social são características comuns
das empresas públicas e das sociedades de economia mista.
Comentários: Não mesmo, já vimos que não participam do
capital de empresa pública o capital privado, apenas o capital estatal.
Gabarito: Errado
46)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) As sociedades de economia mista
sob o controle da União devem ser criadas por lei.
Comentários: Negativo, as empresas públicas são
AUTORIZADAS por lei.
Gabarito: Errado

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47)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A sociedade de economia


mista pode ser organizada sob quaisquer das formas admitidas em
direito.
Comentários: Negativo, apenas sob a forma de Sociedade
Anônima.
Gabarito: Errado
48)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A sociedade de
economia mista pode ser organizada sob quaisquer das formas
admitidas em direito.
Comentários: Mais uma vez errado, apenas sob a forma de
Sociedade Anônima.
Gabarito: Errado
49)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A empresa pública
é pessoa jurídica de direito privado organizada exclusivamente sob a
forma de sociedade anônima.
Comentários: Trocaram os entes, o correto seria essa
afirmativa para sociedade de economia mista.
Gabarito: Errado

AUTARQUIAS e FUNDAÇÕES

50)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Não colide


materialmente com a CF a determinação de que sejam previamente
aprovadas, pelo Poder Legislativo, as indicações dos presidentes das
entidades da administração pública indireta.
Comentários: Afirmação equivocada, vamos ver o que diz a
CF:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da
República:
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a
direção superior da administração federal;
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os
Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-
Geral da República, o presidente e os diretores do banco
central e outros servidores, quando determinado em
lei;
Muito bem, essa determinação não é genérica, ela é uma
exceção à regra de livre nomeação pelo presidente da república. Esse
caso de aprovação pelo Senado é o caso das agências reguladoras.
Sem contar que isso seria uma “faca de dois gumes” na mão do

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Senado, essa atribuição congestionaria o Senado, e já imaginaram a


força que teria o Senado intrometendo-se a todo o momento nas
decisões do executivo. Nem pensar, essa exigência não faz sentido.
Gabarito: Errado
51)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Devido à natureza
privada das empresas públicas e sociedades de economia mista
exploradoras de atividade econômica, não há espaço para que essas
entidades sejam fiscalizadas pelo TCU.
Comentários: Acho que esse é o sonho de toda a
administração indireta. Não ser fiscalizada pelo TCU, esqueçam a
afirmativa está completamente equivocada. Toda a administração
direita e indireta, todos os administradores de bens públicos, estão
sujeitos à fiscalização do TCU.
Gabarito: Errado
52)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Prevalece o
entendimento de que as fundações públicas com personalidade
jurídica de direito público são verdadeiras autarquias, as quais devem
ser criadas por lei e não por ato infralegal.
Comentários: já falamos nisso hoje, como são fundações de
direito público, são consideradas “fundações autárquicas” ou
“autarquias fundacionais”. Deverão ser instituídas por lei.
Gabarito: Correto
53)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) As autarquias são
caracterizadas pela sua subordinação hierárquica a determinada
pasta da administração pública direta. Dessa forma, contra a decisão
proferida por elas cabe recurso hierárquico próprio para o chefe
da pasta.
Comentários: Lembrem-se das palavras chaves listadas no
começo da aula, se você verificar que existe “palavrinha maldosa”
mal empregada, descarte imediatamente a questão. Olhem a palavra
“subordinação” ela pode ser usada a seu favor ou contra você, se
você fizer a relação correta já descartará de cara a questão. Mas
vamos entrar mais um pouco nesse assunto. Por que uma autarquia
não é subordinada a administração direta? Olha só, lembram que as
competências foram transferidas por lei? Hummm e lembram que se
a criação de um PJ para exercer a função é porque ela é mais bem
preparada para exercer a dita função? O princípio da especialidade.
Ela é especialista no assunto. Como que um administrador que “não
entende” de feijoada vai apitar na feijoada da cozinheira? Não dá,
nem pensar, entendeu? Agora, o administrador entende de feijoada
salgada, ele pode interferir e puxar a orelha da cozinheira se ela
exagerar no sal. Assim pode-se até recorrer à administração direta,
mas esse seria o recurso impróprio. Porque a prerrogativa é da

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administração indireta, a competência lhe foi passada mediante lei.


Isso não se discute.
Gabarito: Errado
54)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) O consórcio público,
mesmo com personalidade jurídica de direito público, não passa a
integrar a administração indireta de todos os entes da Federação
consorciados.
Comentários: Errada a afirmativa, o consórcio público, quando
com personalidade jurídica de direito público, integra a administração
indireta de todos os entes consorciados. Mais à frente, na parte de
serviços, o assunto será detalhado, ok?
Gabarito: Errado
55)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) As autarquias
estão sujeitas a controle administrativo exercido pela administração
direta, nos limites da lei.
Comentários: Exatamente, sem palavras maldosas ou
perigosas. Existe controle administrativo finalístico, vinculação.
Gabarito: Correto
56)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A criação das autarquias é
feita por lei, ao passo que as empresas públicas e sociedades de
economia mista são criadas por meio do registro dos atos de
constituição no respectivo cartório.
Comentários: Sociedades de economia mista e empresas
públicas têm o registro dos atos constitutivos na junta comercial, e
não em cartório.
Gabarito: Errado
57)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) As secretarias de estado e as
autarquias estaduais fazem parte da administração direta.
Comentários: As secretarias de estado fazem parte da
administração direta, mas as autarquias fazem parte da
administração indireta.
Gabarito: Errado
58)(2010/CESPE/INSS/Médico) As fundações autárquicas, as
empresas públicas e as sociedades de economia mista são espécies
de entidades paraestatais.
Comentários: Não é verdade! As paraestatais não fazem parte
da administração indireta. Elas estão ao lado do Estado e não dentro
do Estado.
Gabarito: Errado
59)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) As autarquias são criadas por lei
complementar e só por lei complementar podem ser extintas.
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Comentários: As autarquias são criadas por lei ordinária e não


por lei complementar.
Gabarito: Errado
60)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) A autarquia é uma
pessoa jurídica criada somente por lei específica para executar
funções descentralizadas típicas do Estado.
Comentários: Perfeito o quesito!
Gabarito: Correto
61)(2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) A criação de uma autarquia para
executar determinado serviço público representa uma
descentralização das atividades estatais. Essa criação somente se
promove por meio da edição de lei específica para esse fim.
Comentários: Perfeito o quesito!
Gabarito: Correto
62)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) As autarquias e as fundações
públicas, como entes de direito público que dispõem de personalidade
jurídica própria, integram a administração direta.
Comentários: Negativo, elas integram a administração
indireta.
Gabarito: Errado
63)(2010/CESPE – SERPRO – ADVOGADO) De acordo com a
jurisprudência recente do STF, é possível a instituição de autarquias
interestaduais, desde que a execução dos serviços seja comum aos
referidos entes.
Comentários:
Responda rápido: para que servem as autarquias? Serviço
típico ou atípico? Obviamente, serviços típicos do Estado. Exatamente
por isso, o STF declarou inconstitucional a tentativa de se criar
autarquia interfederativa. Daí a incorreção da alternativa.
Gabarito: Errado
64)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A administração pública
centralizada divide as suas atribuições e poderes necessários para a
efetiva prestação dos serviços públicos em uma estrutura interna
composta por centros de competência personificados e criados por
lei, denominados autarquias.
Comentários: questão molezinha, não? Amigos, dentro da
estrutura interna, temos os órgãos, os quais não são
PERSONIFICADOS. E mais: autarquias não são órgãos, são pessoas
e, portanto, componentes da Administração Indireta. Essa questão
parece até jogo dos sete erros! Rsrs..

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Gabarito: Errado
65)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A autarquia é
uma pessoa jurídica criada por lei específica para executar funções
descentralizadas típicas do Estado.
Comentários: Quesito Perfeito!
Gabarito: Correto
66)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A autarquia é pessoa jurídica
de direito público dotada de capacidade política.
Comentários: Não há capacidade política.
Gabarito: Errado
67)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A fundação instituída pelo
Poder Público detém capacidade de autoadministração, razão pela
qual não se sujeita ao controle por parte da administração direta.
Comentários: A fundação pública se sujeita ao controle
finalístico pela administração direta
Gabarito: Errado
68)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) As autarquias estão sujeitas a
controle administrativo exercido pela administração direta, nos limites
da lei.
Comentários: Perfeito!
Gabarito: Correto
69)(2010/CESPE – AGU – PROCURADOR) As universidades públicas
federais, entidades da administração indireta, são constituídas sob a
forma de autarquias ou fundações públicas. Seus atos, além de
sofrerem a fiscalização do TCU, submetem-se ao controle interno
exercido pelo MEC, porque tais universidades são subordinadas a
esse ministério.
Comentários: Não há subordinação, e sim vinculação, controle
finalístico.
Gabarito: Errado
70)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A autarquia é
pessoa jurídica de direito público dotada de capacidade política.
Comentários: Negativo, não é dotada de capacidade política.
Gabarito: Errado
71)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Mesmo compondo a
administração indireta, a autarquia está subordinada
hierarquicamente à entidade estatal à qual pertence.

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Comentários: Negativo, não há subordinação hierárquica,


apenas vinculação.
Gabarito: Errado
72)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) As autarquias são entidades,
pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei para desempenhar
funções que sejam próprias e típicas do Estado, de caráter
econômico.
Comentários: Elas não desempenharam funções de caráter
econômico, atuam atividades típicas de estado.
Gabarito: Errado
73)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Ao ser instituída, uma
fundação pública de direito público passa a compor a administração
direta.
Comentários: Não compõe a administração direta, e sim a
direta.
Gabarito: Errado
74)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) É possível ao particular,
por ato seu em vida, caso aceito pela administração pública, instituir
patrimônio e criar uma fundação pública.
Comentários: É possível a criação por particular de fundação
privada, as públicas são criadas por lei.
Gabarito: Errado
75)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) As fundações públicas
não possuem finalidade de exploração econômica com fins lucrativos.
Comentários: Perfeito!
Gabarito: Correto
76)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Cabe ao Ministério
Público Federal o acompanhamento e controle de legalidade da
administração pública sobre as fundações públicas federais.
Comentários: Verdade! Ao ministério público cabe o controle
de legalidade e acompanhamento da administração pública sobre as
fundações públicas. Perfeito o item!
Gabarito: Correto
AGÊNCIAS EXECUTIVAS E AGÊNCIAS REGULADORAS

AGÊNCIAS EXECUTIVAS (ART.37 § 8)


A partir da assinatura de um contrato de gestão, pode receber
mais dinheiro, servidores e mais bens – isto para poder trabalhar
mais rápido e melhor – uma das aplicações do princípio da
eficiência.

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Podem assinar contrato de gestão firmado entre a


administração e um membro da administração indireta.
Agência Executiva: É uma antiga fundação ou autarquia que
apresenta um plano de reestruturação (simultaneamente) mais
assinatura de contrato de gestão; qualificação mediante decreto do
chefe do executivo. O prazo de validade do contrato de gestão é de,
no mínimo, 1 ano.
AGÊNCIAS REGULADORAS
CRIADAS COM OBJETIVO DE GARANTIR SERVIÇOS DE
QUALIDADE.
PRINCÍPIO DA EFICIÊNICA.
– Conceito: são autarquias sob um regime especial que foram
criadas, inicialmente, com objetivo de fiscalizar e regular a prestação
dos serviços públicos que antes eram prestados diretamente pelo
Estado.
– exemplos: ANATEL, ANP, ANA, ANCINE, ANS, ANVISA, ANEEL
Agências reguladoras atuam:
9 no serviço público
9 no fomento
9 poder de polícia
9 intervenção
Na esfera federal as agências são uni setoriais, para cada
atividade cria-se uma agência específica.
Por que Regime Especial?
A doutrina aponta 3 qualificadores:
9 Poder normativo
9 Não subordinação hierárquica **
9 Maior autonomia administrativa
9 Mandato fixo de seus dirigentes 100% PROVA !!!!

Por que a doutrina afirma que as agências reguladoras


têm funções quase judiciais??
As agências reguladoras podem funcionar como
mediadoras dos conflitos existentes no setor regulado. É o que
a doutrina chama de arbitragem, uma forma pacífica e extra

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Judicial de solução de conflitos. Estes conflitos podem ser


entre os prestadores de serviço, usuários, agentes, etc...
Pode ultrapassar a lei?
De acordo com o STF não pode criar direitos nem obrigações,
não é um ato primário.
O PODER NORMATIVO DAS AGÊNCIAS TEM MAIOR
DISCRICIONARIEDADE DO QUE O PODER REGULAMENTAR. É
uma função quase legislativa. Mas não é.

MANDATO FIXO DE SEUS DIRIGENTES.


Não podem exonerados ad nutum – deve-se observar a ampla
defesa e o contraditório.
Preferencialmente não devem coincidir com mandato
presidencial.
Quem escolhe os diretores? O Presidente da República,
para a aprovação serão sabatinados pelo Senado.
A Atividade das agências é EXCLUSIVAMENTE
administrativa.
O que é quarentena?
A QUARENTENA SÓ DEVE SER CUMPRIDA SE A PERMANÊNCIA
DO DIRETOR NA AGÊNCIA FOR SUPERIOR A 6 MESES.
É o tempo que o ex – dirigente da agência reguladora
ficará impedido de exercer suas atividades junto a iniciativa
privada, se a prova não for para uma agência específica o prazo é de
no mínimo 4 meses.
Durante este período fará jus a remuneração de dirigente, salvo
se for servidor público e a atividade não estiver em confronto com o
da agência. No caso de defender interesses privados durante a
quarentena incorrerá em ADVOCACIA ADMINISTRATIVA.

77)(2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) A atividade de
regulação exercida pelas agências reguladoras no Brasil é realizada
somente sobre os serviços públicos desestatizados, dos quais
depende a população.
Comentários: Negativo, é verdade que quando pensamos em
agência reguladora, logo vem em mente a ANATEL e a privatização

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dos sistemas de telefonia. Claro que os serviços públicos


desestatizados são regulados por nossas agências, mas não podemos
nos esquecer de que temos também agências trabalhando o poder de
polícia assim como a ANVISA – Vigilância Sanitária; A ANS –
Vigilância à saúde pública. Sendo assim o quesito está errado.
Gabarito: Errado
78)(2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) As agências reguladoras são
entidades que compõem a administração indireta e, por isso, são
classificadas como entidades do terceiro setor.
Comentários: Negativo, executam serviços exclusivos de
estado. Estão dentro do sistema estatal.
Gabarito: Errado
79)(2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) Os contratos de
gestão das agências executivas são celebrados com o respectivo
ministério supervisor pelo período mínimo de um ano, estabelecendo
os objetivos, metas e indicadores de desempenho da entidade, bem
como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para
avaliação do seu cumprimento.
Comentários: Quesito perfeito!
Gabarito: Correto

PARAESTATAIS

80)(2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) No âmbito da
administração pública indireta, o contrato de gestão é o principal
instrumento de controle dos resultados de uma organização social.
Comentários: só temos um erro na questão. É bem sutil.
Conseguiram notar? Então, a organização social não se encontra na
administração indireta, daí a incorreção da alternativa.
Gabarito: Errado
81)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Busca-se, por meio
das organizações sociais, maior participação social, na medida em
que elas são instrumentos de controle direto da sociedade, mediante
seus conselhos de administração, cujos membros são recrutados na
comunidade à qual a organização serve.
Comentários: Item perfeito!
Gabarito: Correto
82)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Entende-se por
contrato de gestão o instrumento firmado entre o poder público e
uma entidade qualificada como organização social, com vistas à
formação de parceria entre ambos para fomento e execução de

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atividades relativas a ensino, pesquisa científica, desenvolvimento


tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e(ou)
saúde.
Comentários: Gente, o CESPE anda facilitando rsrs
Gabarito: Correto
83)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) Entidades paraestatais são pessoas
jurídicas de direito privado que colaboram com o Estado no
desempenho de atividades não lucrativas; elas não integram a
estrutura da administração pública.
Comentários: Perfeito! O CESPE facilitou para nós nos itens
acima, pois trouxe apenas conceitos corretos.
Quando aparecem itens errados sobre as paraestatais o CESPE
adora dizer que elas fazem parte da estrutura da administração, ou
que fazem parte da administração indireta. Dizem que não podem
receber recursos públicos. Tudo isso está errado, ok?
Elas não fazem parte da administração (nenhuma) nem direta
nem indireta; elas podem receber recursos públicos; estarão sujeitas
a fiscalização do TCU (OS e não OSCIP), e licitam através de manual
próprio de licitação. Abaixo vou deixar um apanhado sobre o tema.
Gabarito: Correto

CARACTERISTÍCAS OS OSCIP

LEI 9637/98 9790/99

PERSONALIDADE DIREITO PRIVADO DIREITO PRIVADO

QUALIFICAÇÃO DECRETO EXECUTIVO MINISTÉRIO DA


JUSTIÇA

NATUREZA DO CONTRATO DE GESTÃO TERMO DE


ACORDO PARCERIA

FINALIDADE SEM FINS LUCRATIVOS SEM FINS


LUCRATIVOS

MINISTÉRIO MINISTÉRIO DA ÁREA MINISTÉRIO DA


PARTÍCIPE SUPERVISORA ÁREA SUPERVISORA

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PRERROGATIVA CESSÃO DE BENS E NÃO HÁ PREVISÃO


SERVIDORES LEGAL

PARTICIPAÇÃO DO PARTICIPAÇÃO PARTICIPAÇÃO


PODER PÚBLICO OBRIGATÓRIA FACULTATIVA

ÁREA DE ATUAÇÃO ROL EXAUSTIVO – ROL


PRESERVAÇÃO EXEMPLIFICATIVO –
AMBIENTAL, SAÚDE, INCLUI:
ENSINO, CULTURA, ASSISTÊNCIA
PESQUISA CIENTÍFICA, SOCIAL,
DESENVOLVIMENTO ASSISTÊNCIA
TECNOLÓGICO JURÍDICA
COMPLEMENTAR

CRIAÇÃO PROVÉM DA EXTINÇÃO NÃO PROVÉM DE


DE ÓRGÃO DA ÓRGÃO DA ADM, É
ADMINISTRAÇÃO ENTIDADE NOVA.

LICITAÇÃO NÃO USA 8.666 – DEVE NÃO USA 8.666 –


EDITAR REGULAMENTO DEVE EDITAR
PRÓPRIO. REGULAMENTO
PRÓPRIO.

DEVER DE PRESTAR DEVE PRESTAR CONTAS NÃO PRESTA


CONTAS AO MINISTÉRIO CONTAS.
SUPERVISOR – NÃO É JULGADA
ENCAMINHA TCU. PELO TCU

O ato de qualificação de uma OS e de uma OSCIP:


OS – DISCRICIONÁRIO.
OSCIP – VINCULADO.
Uma OSCIP pode ser OS?
O ato de desqualificação de OS e OSCIP deve ser precedido de
ampla defesa e contraditório.

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Uma OS não pode ser OSCIP, assim como partidos políticos,


sindicatos, sociedades comerciais, fundações públicas, cooperativas e
outras NÃO PODEM.
Porém, uma OSCIP pode ser OS, quando assina um contrato de
gestão e o executivo edita o decreto – será qualificada. No caso de
desqualificação, deixa de ser OS e volta automaticamente a ser
OSCIP.
CONTRATO DE GESTÃO e TERMO DE PARCERIA:
Qualificação:
OS – organização social – assina contrato de gestão.
OSCIPs – assinam termo de parceria.
É qualificada pelo Ministério da Justiça.
MAIORIA: É COM O DECRETO DO EXECUTIVO QUE A
ENTINDADE SERÁ QUALIFICADA.
PARA O CESPE: Determinada parte da doutrina entende que é
com o contrato de gestão que determinada entidade privada é
qualificada como OS.
O que uma OS faz que uma OSCIP não faz?
Assistência Jurídica.
Atividades:
O rol de atividades de uma OS é EXAUSTIVO
O rol de atividade da OSCIP é exemplificativo.

Por hoje é só pessoal! Bons estudos a todos!

Lanlan, Maranhão e Sean O’neal

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SERVICOS PÚBLICOS

Olá, pessoal, tudo bem? Bom, chegamos a nossa penúltima


aula de Direito Administrativo, nesse pacote para o TCU. Ah? Como
assim, penúltima? Calma, calma. Para aliviar, resolvemos não juntas
serviços e processos nessa aula aqui, para dar tempo de vocês lerem
com calma a última aula (a de processos), que será enviada na
quarta. É que as cargas de leitura estão enoooormes, e sabemos que
é desestimulante saber que tem de ler 80 páginas de uma tacada
só...
Assim, aproveitem bem o tempo, pois está chegando a hora
afinal. Separar meninos de “concurseiros” de verdade. Cartas na
mesa! E pé na tábua!

QUESTÕES EM SEQUÊNCIA
1 - (2010/CESPE/INSS/Médico) O serviço público, ao ser
concedido ao particular, que o executa por sua conta e risco,
remunerando-se por tarifas, passa a caracterizar-se como sendo
privado.

2 - (2010/CESPE/INSS/Médico) Os serviços públicos


propriamente ditos são aqueles em que a administração pública,
reconhecendo sua conveniência para os membros da coletividade,
presta-os diretamente ou permite que sejam prestados por terceiros,
nas condições regulamentadas e sob seu controle.

3 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A delegação ocorre


quando a entidade da administração, encarregada de executar um ou
mais serviços, distribui competências no âmbito da própria estrutura,
a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços.

4 - (2010/CESPE/INSS/Médico) A delegação do serviço


público pode ser feita sob as modalidades de concessão, permissão e
autorização.

5 - (2010/CESPE/ANEEL/Analista) - Aplica-se ao serviço


público o princípio da mutabilidade do regime jurídico, segundo o qual
é possível a ocorrência de mudanças no regime de execução do
serviço para adequá-lo ao interesse público, que pode sofrer
mudanças com o decurso do tempo.

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6 - (2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) Tendo em vista os


conceitos de autorização, permissão e concessão de serviço público,
assinale a opção correta.
A A autorização é ato administrativo vinculado por meio do qual a
administração consente que o indivíduo desempenhe serviço público
que não seja considerado de natureza estatal.
B Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa
física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho,
por sua conta e risco.
C A concessão pode ser contratada com pessoa física ou jurídica e por
consórcio de empresas.
D A concessão, caracterizando-se como contrato administrativo, pode
ser outorgada por prazo indeterminado.
E A permissão de serviço público, diferentemente da concessão,
configura delegação a título precário e não exige licitação.

7 - (2009/CESPE – SEFAZ/AC - FRE) As expressões serviço


público centralizado e serviço público descentralizado equivalem a
administração pública direta e administração pública indireta,
respectivamente. (Certo/Errado)

8 - (2009/ CESPE – ANAC – CARGO 5) A concessão de serviço


público deve ser necessariamente instrumentalizada por contrato

9 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Entre os
serviços públicos classificados como individuais, pode-se citar a
disponibilização de energia domiciliar.

10 - (2010/CESPE/INCA/Advogado/Questão Adaptada)
Em sua modalidade administrativa, PPP é a concessão de serviços
públicos ou obras públicas que envolvam, adicionalmente à tarifa
cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do poder público ao
parceiro privado. Caracteriza-se, assim, pelo fato de o concessionário
perceber recursos de duas fontes, uma decorrente do pagamento das
respectivas tarifas, e outra, de caráter adicional, oriunda de
contraprestação pecuniária devida pelo poder concedente ao
particular contratado.

11 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A natureza jurídica da


remuneração dos serviços de água e esgoto prestados por
concessionária de serviço público é de tarifa ou preço público.

12 - (2010/CESPE/INSS/Médico) A permissão é
discricionária e precária, embora possam esses atributos ser
mitigados em certos casos, diante do interesse administrativo.

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13 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3)
Segundo a CF, o serviço público de distribuição de gás canalizado é
privativo da União.

14 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) Compete à União


explorar diretamente, na forma da lei, ou mediante concessão, os
serviços de gás canalizado.

15 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Com o advento do termo


contratual tem-se de rigor a reversão da concessão e a imediata
assunção do serviço pelo poder concedente, incluindo a ocupação e a
utilização das instalações e dos bens reversíveis.

16 - (2003/Cespe – TST – Analista Judiciário) Caso haja previsão


no contrato de concessão de serviço público e autorização do poder
concedente, é admitida a subconcessão, atentando-se para o fato de que o
subconcessionário se sub-rogará em todos os direitos e obrigações da
subconcedente dentro dos limites da subconcessão, que poderá ser
outorgada de acordo com os critérios de oportunidade e conveniência
estabelecidos pelo próprio subconcedente. (Certo/Errado)

17 - (2008/DFTRANS – Cargo 7) Mesmo sendo uma


delegação a título precário, a rescisão de uma permissão de
transporte coletivo está sujeita às regras estabelecidas pela Lei das
Concessões de Serviços Públicos.

18 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) É legal a constituição


de um consórcio público cujos consorciados sejam, exclusivamente, a
União e dois municípios distintos, por exemplo.

19 - (2007/Cespe – TCM-GO/AUDITOR – com


adaptações) Em 2006, três municípios vizinhos, situados no estado de
Goiás, constituíram, na forma estabelecida na legislação civil, um consórcio
público para a realização de objetivos e interesses comuns e para a
prestação de serviços na área de saúde. Por disposição expressa da lei
federal que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios
públicos, o mencionado consórcio integra a administração indireta dos três
municípios consorciados.

20 - (2007/Cespe – TJ-TO/JUIZ) Os consórcios públicos são


acordos firmados por entidades públicas de qualquer espécie, ou
entre estas e organizações particulares, para a realização de
objetivos de interesse comum dos partícipes. (Certo/Errado)

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AGORA É HORA DE MARCAR O GABARITO

1 (C) (E) (SR) 13 (C) (E) (SR)

2 (C) (E) (SR) 14 (C) (E) (SR)

3 (C) (E) (SR) 15 (C) (E) (SR)

4 (C) (E) (SR) 16 (C) (E) (SR)

5 (C) (E) (SR) 17 (C) (E) (SR)

6 (C) (E) (SR) 18 (C) (E) (SR)

7 (C) (E) (SR) 19 (C) (E) (SR)

8 (C) (E) (SR) 20 (C) (E) (SR)

9 (C) (E) (SR)

10 (C) (E) (SR)

11 (C) (E) (SR)

12 (C) (E) (SR)

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CONFERE, AGORA, O RESULTADO:

1 (C) (E) (SR) 13 (C) (E) (SR)

2 (C) (E) (SR) 14 (C) (E) (SR)

3 (C) (E) (SR) 15 (C) (E) (SR)

4 (C) (E) (SR) 16 (C) (E) (SR)

5 (C) (E) (SR) 17 (C) (E) (SR)

6 LETRA B 18 (C) (E) (SR)

7 (C) (E) (SR) 19 (C) (E) (SR)

8 (C) (E) (SR) 20 (C) (E) (SR)

9 (C) (E) (SR)

10 (C) (E) (SR)

11 (C) (E) (SR)

12 (C) (E) (SR)

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QUESTÕES COMENTADAS
1 - (2010/CESPE/INSS/Médico) O serviço público, ao ser
concedido ao particular, que o executa por sua conta e risco,
remunerando-se por tarifas, passa a caracterizar-se como sendo
privado.
1- GA BARITO: ERRADO
TEMA: SERVIÇOS – CONCEITO – TITULARIDADE x EXERCÍCIO
COMENTARIOS
Vamos começar do começo...
Nossos eternos mestres, Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino,
ensinam que, no Brasil, segundo entendimento doutrinário
dominante, a atividade em si não permite decidirmos se um serviço é
ou não público, uma vez que há atividades essenciais, como a
educação, que são exploradas por particulares sem regime de
delegação, e há serviços totalmente dispensáveis, a exemplo das
loterias, que são prestados pelo Estado como serviço público.
O Direito Administrativo não é um dos mais digeríveis,
tragáveis (não é cigarro!☺), em época de concursos públicos,
especialmente em razão de sua não total codificação,
distintamente das matérias de Direito Constitucional, de Direito
Penal, de Civil etc. Por exemplo, a Constituição Federal e sequer
quaisquer normas infraconstitucionais trazem o conceito do que é
serviço público.
No entanto, hoje, pode-se afirmar que o serviço público não
conta com um conceito tão-somente doutrinário, isso porque,
na esfera federal, o Decreto n. 6.017/2007 traz a seguinte
definição (art. 2º, inc. XIV): “atividade ou comodidade material
fruível diretamente pelo usuário, que possa ser remunerado por meio
de taxa ou preço público, inclusive tarifa”.
Obviamente, os vários pontos lacunosos (não-codificados) do
direito administrativo não devem ser levados para o lado negativo.
Devemos sim utilizá-los como um diferencial, pois nem todos têm
acesso às informações. O que, sinceramente, esperamos ser uma
vantagem, tratando-se de Direito Administrativo.
Na verdade, pouco importa se a doutrina não caminha em uma
única direção e se a jurisprudência é discordante, o que vale é o
pensamento das bancas, e, nesse ponto da disciplina (serviços
públicos), as bancas costumam ser bem literais.
Com base na leitura, chegamos à conclusão de não há mesmo
definição infraconstitucional ou constitucional para serviços
públicos.

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Nesse instante, a cabeça do concursando pupila, pulsa,


lampeja: onde então encontrar a definição de serviços públicos? (In)
felizmente é essencialmente doutrinário, como quase todo o direito
administrativo, ressalvas feitas ao Decreto n. 6.017/2007.
Bom, antes de apresentarmos os critérios doutrinários para
a definição de serviços públicos, que tal explorarmos juntos
alguns detalhes constitucional e legal, sobre a disciplina.
Como sabemos, é do “tronco” Constitucional de onde brotam
todas as sementes dos demais ramos do Direito. Costumamos,
inclusive, exigir dos amigos alunos um estudo mais detido da
disciplina Direito Constitucional, hábil instrumento para acertarmos
questões de Administração Financeira, de Direito Penal, de Direito
Civil, e, como não poderia deixar de ser, de Direito Administrativo.
De início, encontramos dois grandes diplomas que preveem o
assunto “serviços públicos”. O primeiro deles é nossa Carta
Constitucional, mais precisamente no art. 175. O segundo, a Lei n.
8.987/1995 (Lei de Concessões de Serviços Públicos), a qual
traça, indica, enumera, AS REGRAS GERAIS em matéria de
concessões e de permissões de serviços públicos, sem que, no
entanto, seja apresentada qualquer conceituação para serviços
públicos, como já tivemos oportunidade de aprender.
Ah! Só um detalhe, entre muitos a serem apresentados. Apesar
de nacional, a Lei de Concessões (a 8.987) não se aplica aos serviços
de radiodifusão sonora e de sons e imagens, como determina o art.
41 da Lei.
Cabe aqui um breve parêntese. Ao se falar em regras gerais,
é importante ter em mente o conceito da aula de licitações, vale
relembrar, norma editada pela União (art. 22, inc. XXVII, da
CF/1988), porém, válida para todos os entes políticos (a própria
União, estados, Distrito Federal, e municípios) – norma Nacional ou
geral, como costuma pontuar a doutrina.
Em livro de Licitações e Contratos, publicado pela Ed. Campus,
houve o esmiuçamento do alcance da Lei n. 8.666/1993 e o
posicionamento do STF a respeito. Ah! Recomendo a leitura da obra,
isso porque dizem, por aí, que os autores são feras, por que será?
São eles: Cyonil Borges e Sandro Bernardes ☺.
Dentro de um critério formal (tranquilidade... abaixo
comentarei quais os critérios de definição de serviços públicos), a
Constituição dispõe que o Estado é titular dos serviços públicos
(sem abrir qualquer exceção), no entanto, a prestação, a execução
deles, não precisa ser necessariamente direta, ou seja, não há
necessidade de o Estado utilizar do próprio aparato, órgãos,
instrumentos, ou agentes.

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Em outros termos, a prestação pode, ainda, ser indireta,


sendo neste último caso viabilizada por meio de concessão ou de
permissão, sempre (e sempre!) precedidas de licitação. Abaixo,
vejamos o dispositivo Constitucional correspondente:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias
de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de
sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
Da leitura do artigo, podemos extrair algumas conclusões.
A primeira é a de que a menção a Poder Público inclui tanto a
Administração Direta como Indireta. Alguém duvida que a
Empresa de Correios e Telégrafos é prestadora de serviços públicos,
embora detenha a natureza de empresa pública, enfim, entidade da
Administração Indireta? Mas, obviamente, frisamos que, tratando-
se de entidades da Administração Indireta, o Estado outorga os
serviços públicos mediante lei. Com outras palavras, a prestação
continua sendo DIRETA, porém, com a participação da
Administração INDIRETA.
Nota: só a título de lembrança, na outorga (prestação
direta), a descentralização dos serviços ocorre mediante
lei, transferindo-se a titularidade e a execução; enquanto
na delegação (prestação indireta), procedida por ato ou
contrato, transfere-se apenas a execução.
A segunda conclusão (extraída implicitamente) é a de que,
além da concessão e da permissão, perceberemos que o Estado
pode prestar indiretamente serviços mediante autorização de
serviços públicos, sem previsão, obviamente, no art. 175, mas sim
conforme disposto no art. 21, inc. XII, da Constituição.
Assinalamos, de antemão, que as autorizações de serviços
públicos são formalizadas por ato administrativo e não contratos
administrativos, como são as concessões e as permissões de serviços
públicos. Além disso, a CF/1988 dispõe que apenas as concessões e
as permissões é que serão precedidas de licitação, ou seja, as
autorizações dispensam procedimento prévio de licitação, de uma
forma geral.
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Bom, as exposições até agora colocadas são suficiente para


gabaritarmos o item: não é por que o serviço foi delegado a um
particular, no item, concedido, que este (o serviço público) passa a
ser privado. Não passa. Como dissemos, delega-se a execução, mas
não a titularidade dos serviços públicos. ERRADO, portanto.
Ah – o particular que é concessionário passa a ser remunerado
por tarifas públicas, mesmo, que é espécie de preço público
(controlado pelo Estado). Não por taxas. Mas falaremos sobre isso
mais adiante, em outras questões.

2 - (2010/CESPE/INSS/Médico) Os serviços públicos


propriamente ditos são aqueles em que a administração pública,
reconhecendo sua conveniência para os membros da coletividade,
presta-os diretamente ou permite que sejam prestados por terceiros,
nas condições regulamentadas e sob seu controle.
2 - GABARITO: ERRADO
TEMA: SERVIÇOS – CONCEITO
COMENTARIOS
Neste item, o CESPE se valeu de um conceito doutrinário.
Vejamos.
Os serviços de utilidade pública são os serviços que a
Administração, reconhecendo sua conveniência, MAS NÃO SUA
NECESSIDADE E ESSENCIALIDADE, ou presta-os diretamente à
sociedade ou delega sua prestação a terceiros (p. ex:
concessionários, permissionários e autorizatários). São exemplos de
serviços de utilidade pública: transporte coletivo, energia elétrica,
telefonia etc.
Ah! Ao lado de serviços públicos privativos do Estado (art. 21,
XI e XII, por exemplo), prestados direta ou indiretamente
(concessão, permissão, e autorização), em que se pressupõe o uso
de atos de império, destacam-se os serviços públicos não-privativos.
Vale dizer, aos particulares é lícito o desempenho de tais serviços,
independentemente de delegação do Poder Público, por meio dos
instrumentos contratuais (permissão e concessão) ou atos
administrativos (autorizações).
O amigo se questiona: quais são esses serviços? Conforme o
texto constitucional, podemos citar, pelo menos, quatro serviços em
que o Estado não detém a titularidade para prestação: educação,
previdência social, assistência social, e saúde. Apenas para ilustrar,
vejamos o último caso:
- Saúde:
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

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No caso de serviços de saúde prestados por particular não se


fala em delegação, mas de outros requisitos estabelecidos em leis
específicas, o que não vem ao caso para a preparação em concursos
públicos de uma forma geral.
Observa-se que, embora não sejam serviços delegados pelo
Estado, ficam sujeitos por este ao rigor do controle, por meio do
exercício regular do poder de polícia administrativa. Há, inclusive,
agência reguladora federal com competência para tanto, a ANS –
Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Por fim, os serviços próprios e impróprios. Na visão de parte
da doutrina administrativista (exemplo da Maria Sylvia), serviços
próprios são aqueles que, atendendo a necessidades coletivas, o
Estado assume como seus e os executa diretamente (por meio de
seus agentes) ou indiretamente (por meio de concessionários e
permissionários).
Já os impróprios, embora atendam necessidades coletivas,
não são de titularidade do Estado e nem por ele executados, porém,
não fogem da proteção do Estado no uso Poder de Polícia, enfim,
devem ser autorizados, regulamentados, e fiscalizados, não
passam, portanto, de verdadeiras atividades privadas.
Inclusive, por esse motivo, parte da doutrina sequer os
reconhece como serviço público em sentido jurídico, são exemplos:
serviços prestados por instituições financeiras e os de seguro e
previdência privada.
Essa última classificação no clássico livro do Hely Lopes
Meirelles aparece como serviços públicos autorizados: serviços de
táxi, de despachantes, de pavimentação de ruas por conta dos
moradores, de guarda particular de estabelecimentos e de
residências.
Em concursos públicos não existem verdades absolutas! O
Cespe, para esta classificação, pautou-se nos ensinamentos do autor
Hely Lopes, para quem os serviços Públicos PRÓPRIOS são os
serviços públicos “propriamente ditos”, ou seja, aqueles prestados
diretamente pela Administração à própria comunidade, por
reconhecer serem essenciais e necessários à sobrevivência da
coletividade e do próprio Estado. Por serem considerados
próprios do Estado, só por este podem ser prestados, sem
possibilidade de delegação a terceiros. São exemplos de tais
tipos de serviço: a defesa nacional e a atividade policial. Assim,
nosso item está ERRADO, pois, em conformidade com a doutrina do
mestre, serviços públicos, PROPRIAMENTE DITOS, não podem ser
executados por particulares.
Já os serviços de utilidade pública (IMPRÓPRIOS) são os
serviços que a Administração, reconhecendo sua conveniência, MAS
NÃO A SUA NECESSIDADE E ESSENCIALIDADE, presta-os
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diretamente à sociedade ou delega sua prestação a terceiros (p. ex:


concessionários, permissionários e autorizatários).
Ressaltamos que, em qualquer caso, as condições de prestação
e o controle são sempre do Poder Público, embora o risco da
atividade possa ser assumido pelos prestadores do serviço, os quais
serão remunerados pelos usuários. São exemplos de serviços de
utilidade pública: transporte coletivo, ENERGIA ELÉTRICA,
telefonia, etc.
O mais difícil não é fazer o concurso público, em si, é ainda ter
de contar com a boa-vontade do examinador em adotar
entendimentos unânimes ou, pelo menos, majoritários na doutrina
ou na jurisprudência. Mais tudo bem, vamos fazer nosso papel –
passarmos logo no concurso! Por exemplo: na visão do Cespe,
energia elétrica é serviço público impróprios, porque podem ser
delegados; na visão da Esaf, energia elétrica é serviço próprio,
porque o Estado é titular. Durma-se com um barulho desses!

3 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A delegação ocorre


quando a entidade da administração, encarregada de executar um ou
mais serviços, distribui competências no âmbito da própria estrutura,
a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços.
3 - GABARITO: ERRADO
TEMA: SERVIÇOS PÚBLICOS x ADM. PÚB.
COMENTARIOS
Sinteticamente: este tema é mais da aula de Administração
Pública do que de serviços. Na verdade, na DESCONCENTRAÇÃO o
que ocorre é a distribuição INTERNA de competências. Esse o erro do
item.

4 - (2010/CESPE/INSS/Médico) A delegação do serviço


público pode ser feita sob as modalidades de concessão, permissão e
autorização.
4 - GABARITO: CERTO
TEMA: SERVIÇOS – DELEGAÇÃO – MODALIDADES
COMENTARIOS
Aqui é só para “firmar” o que foi dito no item 1: é possível que
a delegação de serviços públicos seja objeto de autorização, além da
concessão e permissão. Apesar da crítica doutrinária de alguns
autores quanto à autorização, o Cespe entende assim. E se a
instituição acha isso, nós também acharemos, pelo menos até passar
na prova...

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5 - (2010/CESPE/ANEEL/Analista) - Aplica-se ao serviço


público o princípio da mutabilidade do regime jurídico, segundo o qual
é possível a ocorrência de mudanças no regime de execução do
serviço para adequá-lo ao interesse público, que pode sofrer
mudanças com o decurso do tempo.
5 - CORRETO.
TEMA: SERVIÇOS – PRINCÍPIOS-
COMENTARIOS
Um monte de gente errou esse item na prova da ANEEL esse
ano, por não ter ouvido falar desse princípio: a mutabilidade do
regime jurídico.
Bom, primeiro, relembremos o que é regime jurídico. Depois,
falemos sobre mutabilidade.
Regime jurídico é um conjunto de normas aplicável a uma
situação específica. No que se refere aos serviços públicos, o regime
jurídico predominante é o Direito Público, claro.
O que o examinador quer dizer com mutabilidade do regime
jurídico é que o serviço público não é “petrificado” com as normas
que o regem. Pode ser que tenham de ser promovidas alterações
normativas, para adequação da prestação dos serviços públicos. Daí,
o acerto da questão. Mas vamos aproveitar o item para destacar os
princípios que constam do art. 6º da Lei 8.987/1995, nossa lei geral
de concessões e permissões de serviços públicos.
Como se sabe, por serem destinados à coletividade, os serviços
públicos sob a incumbência do Estado ou de seus agentes
delegatários (concessionárias e permissionárias, por exemplo) devem
ser prestados com observância de determinados padrões, enfim, o
serviço público prestado aos usuários, aos cidadãos, deve ser
adequado.
A doutrina, em tradução aos requisitos do serviço adequado
(art. 6º da Lei n. 8.987/1995 – Lei das Concessões de Serviços
Públicos), costuma apontar múltiplos princípios inerentes à prestação
dos serviços públicos. São eles:
- Continuidade
Também denominado de Princípio da Permanência, é um
forte item de prova. O Princípio da Continuidade estabelece que
os serviços públicos não podem sofrer interrupção indevida. Ou seja,
não devem sofrer solução de continuidade em sua prestação, a não
ser em razão de situações excepcionais.
Nesse sentido, não caracteriza descontinuidade a interrupção
da prestação do serviço:

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Em razão de situação emergencial, e


No caso de interrupção, APÓS AVISO PRÉVIO, quando:
a) motivada por razões de ordem técnica ou de
segurança das instalações; e
b) por inadimplemento do usuário, considerado o
interesse da coletividade.
Veremos, mais à frente, que, em nome do princípio da
continuidade, é permitido ao Estado o resgate (encampação ou
retomada) do serviço público concedido, com vistas ao atendimento
do interesse da coletividade.
A partir da leitura, podemos verificar que os serviços podem
ser interrompidos em caso de inadimplência, com um detalhe: o
corte de energia elétrica pressupõe o inadimplemento de conta
relativa ao mês do consumo, sendo inviável a suspensão do
abastecimento, em razão de débitos antigos, como entende o STJ
(Resp 865.841):
Não é lícito à concessionária interromper o fornecimento de
energia elétrica por diferença de tarifa, a título de recuperação
de consumo de meses, em face da essencialidade do serviço,
posto bem indispensável à vida.
É que resta cediço que a 'suspensão no fornecimento de
energia elétrica somente é permitida quando se tratar de
inadimplemento de conta regular, relativa ao mês do
consumo, restando incabível tal conduta quando for relativa a
débitos antigos não-pagos, em que há os meios ordinários de
cobrança, sob pena de infringência ao disposto no art. 42 do
Código de Defesa do Consumidor.
Cumpre observar que a vedação da suspensão dos serviços
não diz respeito, obviamente, ao desvio do serviço de forma
fraudulenta (o vulgo “gato”). Ressalte-se que o débito decorrente
de suposta fraude no medidor não pode ser apurada unilateralmente
pela concessionária, sob pena de ser ilegítima a suspensão do
fornecimento, pelo fato de não se garantir ao usuário o exercício da
ampla defesa e do contraditório.
Já em termos doutrinários, o amigo concursando deve saber
distinguir serviços compulsórios de serviços facultativos.
Compulsório? Facultativo? Que isso quer dizer?
Facultativos são os serviços prestados pelas concessionárias e
pelas permissionárias. São os serviços regidos pela Lei n.
8.987/1995, em que a remuneração é formalizada por TARIFA (o
cidadão usa se e quando quiser). Nesse caso, como vimos (§3 do art.
6º da Lei n. 8.987/1995), a concessionária pode suspender a

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prestação do serviço. Esse é o entendimento do STJ, inclusive (RESP


510478-PB).
Enquanto isso, os serviços compulsórios, impostos de forma
coercitiva pelo Estado e cobrados mediante TAXA (exemplo: taxa de
incêndio, taxa judiciária), não poderão sofrer solução de
continuidade, pois a Fazenda Pública conta com instrumentos
hábeis de cobrança, como a inscrição em dívida ativa para futura
execução do devedor.
Nesse contexto, pergunta-se: é possível o corte do
fornecimento de água? Sim, é possível. O Supremo Tribunal
Federal – STF sinalizou que a cobrança de água pode ser
formalizada por preço público, logo, não tem caráter tributário.
Sendo assim fixado por Decreto do Poder Concedente, admitindo-se
a interrupção em virtude do inadimplemento do usuário, nos termos
do §3º do art. 6º da Lei n. 8.987/1995.
Para afastar quaisquer dúvidas, ressaltamos que o
entendimento do STF é acompanhado pelo Superior Tribunal de
Justiça em diversos julgados (RESP 363.943-MG e RESP 337.965-
MG, por exemplo).

E como fica o inadimplemento das pessoas jurídicas de


Direito Público?
No Recurso Especial 649746. o Superior Tribunal de Justiça
– STJ entendeu que, tratando-se de pessoa jurídica de direito
público, prevalece nesta Corte a tese de que o corte de energia é
possível (Lei
9.427/96, art. 17, parágrafo único), desde que não aconteça
indiscriminadamente, preservando-se as unidades públicas
essenciais, como hospitais, pronto-socorros, escolas e creches.
Assim, seria lícito à concessionária interromper o fornecimento
de energia elétrica se, após aviso prévio, determinado Município
devedor não solvesse a dívida oriunda de contas geradas pelo
consumo de energia. Entretanto, para que não seja considerado
ilegítimo, o corte não pode ocorrer de maneira indiscriminada.
Fica o recado:
- De acordo com o REsp 594095, o STJ é legal o corte da
energia, desde que não sejam atingidas áreas cujo corte de energia
possa acarretar perigo à segurança da população ou demasiado
prejuízo à coletividade, tais como delegacias, ruas, hospitais e
escolas públicas. É bom o TCU ficar de olho e pagar regularmente
suas contas ☺.

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- No RE 649746, a suspensão do fornecimento de energia


elétrica de alguns trechos de ruas e não de um bairro ou todo o
município, não se qualifica como suspensão indiscriminada.
- Generalidade
Por força dos princípios da generalidade, da igualdade, da
universalidade, os serviços públicos devem ser prestados, sem
qualquer discriminação, a todos que satisfaçam as condições para
sua obtenção, sendo imprescindível a observância de um padrão
uniforme em relação aos administrados.
Nota-se, assim, um duplo sentido quanto ao princípio. De um
lado, os serviços públicos devem ser prestados ao maior número
possível de usuários, é dizer, deve ter o máximo de amplitude.
Por outro lado, a prestação de serviço público não deve conter
discriminações, quando, é claro, as condições entre os usuários
sejam técnica e juridicamente equivalentes. Afinal, como já
dizia Aristóteles, devemos tratar os iguais na medida de suas
igualdades e os desiguais à medida que se desigualam.
– Atualidade
Os serviços públicos devem ser continuamente atualizados,
assimilando novas tecnologias e tendências, evitando-se, assim, a
obsolescência. A doutrina costuma denominá-lo, ainda, de princípio
do aperfeiçoamento ou da adaptabilidade.
Tal requisito guarda estreita relação com o princípio da
eficiência, como se vê, mas com ele não se confunde. Dos
requisitos de serviço adequado é o único que tem definição na
Lei n. 8.987/1995!
Percebemos, claramente, que a atualidade vem a ser uma das
aplicações do princípio da eficiência, no sentido de que o
progresso da qualidade das prestações ao usuário deve ser
considerado como um dos direitos do cidadão, de modo que o
Estado, ao assumir um serviço como público, impõe-se também
correlato dever de zelar pelo seu aperfeiçoamento, para que os frutos
da ciência e da tecnologia sejam distribuídos.
– Modicidade das Tarifas
O prestador do serviço público deve ser remunerado de
maneira razoável. Contudo, os usuários não devem ser onerados de
maneira excessiva. Nesse sentido, o Poder Público deve aferir
(mensurar, medir) o poder aquisitivo dos usuários, para que estes
não sejam alijados do universo de beneficiários. Inclusive, o
Legislador prevê as chamadas receitas alternativas ou
complementares, com o propósito de manter a tarifa cada vez mais
atrativa, acessível.

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O amigo concursando, ao longo da presente aula, já teve e terá


outros sinais de que a forma de remuneração das concessões ocorre
por meio de tarifas, que é espécie de preço público, e não por taxas
(espécie tributária). Assim, de modo geral, a tarifa deve se
destinar à manutenção do serviço, bem como ao seu contínuo
aperfeiçoamento, proporcionando a justa remuneração ao
concessionário, de acordo com o estabelecido no contrato firmado.
Para que mantenham o equilíbrio financeiro inicialmente
estabelecido, estipulado, as tarifas deverão ser revisadas
periodicamente, para mais ou para menos, em razão do evento
verificado (art. 9º da Lei 8.987/1995).
Voltando um pouco: o que são receitas alternativas? Vai
dizer que não ficou com dúvidas?
Bom, ninguém duvida que a prestação dos serviços públicos
seja pautada na modicidade da tarifa, isto é, as tarifas devem ser
módicas o suficiente para permitir a inclusão de um maior número de
usuários quanto à utilização do serviço concedido. Pergunta o amigo
concursando: mas o que isso tem a ver com receita alternativa?
Tudo, respondemos.
Para o cálculo das tarifas devem se consideradas, ainda, outras
fontes provenientes de receitas alternativas, complementares,
acessórias ou de projetos associados que poderão ser gerados
com a concessão (art. 11 da Lei). Quem nunca percebeu, por
exemplo, ao longo das estradas tarifadas (Via Dutra ou Carvalho
Pinto ou Bandeirantes ou qualquer rodovia tarifada), terrenos
públicos sendo explorados por particulares? Isso gera receitas
alternativas, em razão da exploração dos espaços comerciais, e tais
valores devem ser utilizados com a finalidade de ajudar no custo do
serviço, revertendo em redução da tarifa para o usuário.
Por fim, registre-se que o reajuste e revisão das tarifas são
cláusulas essenciais nos contratos de concessão as que se refiram à
revisão e ao reajuste das tarifas (inc. IV, art. 23), as quais, ainda,
poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e
dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos
segmentos de usuários (art. 13). Essa última passagem reforça a
idéia de as tarifas serem diferenciadas não importa ofensa ao
princípio da igualdade (da universalização), estando fora de questão,
portanto, admitir-se a prestação gratuita dos serviços.
– Cortesia
Um breve parêntese. Este princípio talvez seja o que menos
sentimos a presença no mundo real, não é verdade? Porém, é dever
do prestador do serviço tratar com civilidade, com urbanidade, os
usuários-cidadãos do serviço público, dado que sem os usuários o
que seria do serviço público?

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Pode-se afirmar que o destinatário do serviço público tem o


direito de ser tratado com urbanidade e cortesia, mesmo porque a
prestação que lhe é ofertada não consubstancia um favor que lhe é
generosamente concedido, mas se trata da consecução (execução)
de um dever (encargo público – múnus público), bem como de um
direito do cidadão, já afirma a doutrina.
- Segurança
Os serviços públicos devem ser prestados sem riscos ao
usuário, devendo o prestador adotar as providências necessárias
para minimizar estes riscos. Obviamente, essas medidas possuem
uma relação de custo-benefício que deve ter em conta não só fatores
econômicos, mas também a dignidade do destinatário do serviço.
– Eficiência
O Princípio, ou dever, de eficiência encontra embasamento
constitucional (art. 37, caput, da CF/1988), como tivemos
oportunidade de estudar. Ao se proceder a avaliações quanto à
eficiência, o Poder Público poderá aperfeiçoar suas alocações de
recursos, aportando recursos de maneira adequada entre o serviço a
ser prestado e a demanda social.
A lista completa dos requisitos do serviço adequado está na Lei
n. 8.987/1995, em seu art. 6º: regularidade, continuidade,
eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na
sua prestação e modicidade das tarifas. E, LEMBREM-SE: serviço
PÚBLICO ADEQUADO É O QUE CUMPRE COM TODOS OS PRINCÍPIOS
DISPOSTOS NA LEI.

6 - (2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) Tendo em vista os


conceitos de autorização, permissão e concessão de serviço público,
assinale a opção correta.
A A autorização é ato administrativo vinculado por meio do qual a
administração consente que o indivíduo desempenhe serviço público
que não seja considerado de natureza estatal.
B Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa
física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho,
por sua conta e risco.
C A concessão pode ser contratada com pessoa física ou jurídica e por
consórcio de empresas.
D A concessão, caracterizando-se como contrato administrativo, pode
ser outorgada por prazo indeterminado.
E A permissão de serviço público, diferentemente da concessão,
configura delegação a título precário e não exige licitação.
6 - GABARITO: LETRA B
TEMA: SERVIÇOS PÚBLICOS – CLASSIFICAÇÃO
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COMENTARIOS
Provas múltiplas escolhas do Cespe são raridade, mas
existem...
Vamos partir direto para o comentário dos itens:
- Letra A: ERRADO. O erro desse item foi tratado na aula de atos
administrativos: autorizações são atos DISCRICIONÁRIOS, de modo
geral. Detalhe: tem uma esdrúxula autorização vinculada na Lei
9.472/1997, a Lei Geral de Telecomunicações. Mas como isso não cai
em prova, desencanem...
- Letra B: CERTO. É, basicamente, o conceito dado às permissões
pelo art. 40 da Lei 8.987/1995. Notem que o item fala em “título
precário” para a autorização. Com efeito, pois as permissões de
serviço público, a despeito de serem contratos administrativos,
podem ser revogadas. Isso que, em linhas gerais, diz respeito à
precariedade citada.
- Letra C: ERRADO. OPA! Concessão de serviços públicos pode ser
contratada com pessoas jurídicas ou consórcios de empresa. Todavia,
NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL PARA QUE PESSOA FÍSICA POSSA SER
CONCESSIONÁRIA. Esse é o erro do item: dizer que pessoa física
pode ser concessionária. NÃO PODE! Basta ver o que diz a Lei
8.987, ao conceituar, no art. 2º, a concessão de serviço público:

Concessão de serviço público: a delegação de sua


prestação, feita pelo poder concedente, mediante
licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e
por prazo determinado;

Para quem não reparou, tem dois negritos destacados por nós:
i) no primeiro, percebam que, de acordo com a 8.987,
concessionário de serviço público deve ser precedida de
licitação na modalidade CONCORRÊNCIA. Todavia, tal
concorrência tem suas peculiaridades, ou seja, normas
próprias, colocadas na própria 8.987;
ii) no segundo, e é disso que trata o item, PESSOAS JURÍDICAS
OU CONSÓRCIO DE EMPRESAS PODEM SER
CONCESSIONÁRIOS. PESSOAS FÍSICAS NÃO PODEM SER
CONCESSIONÁRIOS, CONSEQUENTEMENTE. Gravem
isso, pois é importante.

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- Letra D: ERRADO. A concessão de serviços públicos não pode ter


prazo indeterminado. Apesar de a 8.987 não ser muito clara quanto
ao prazo máximo das concessões de serviço público, ela diz
Concessão de serviço público: a delegação de sua
prestação, feita pelo poder concedente, mediante
licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e
por prazo determinado
Concessão de serviço público, portanto, não pode ser por prazo
indeterminado.
- Letra E: ERRADO. Permissão também passa por licitação. Basta ver
o que diz o art. 175 da CF para chegar a tal conclusão:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos
Interessante, ainda, notar que a 8.987 é clara QUANTO À
CONCESSÃO: esta passa por licitação na modalidade
CONCORRÊNCIA. Já quanto à permissão, a Lei não estabelece, com
clareza, qual seria a modalidade aplicável. Vejamos o conceito dado
às permissões pelo art. 2º da 8.987:
IV - permissão de serviço público: a delegação, a título
precário, mediante licitação, da prestação de serviços
públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou
jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho,
por sua conta e risco.

Então, permissão passa por LICITAÇÃO, mas poderia ser por mais de
uma modalidade. Já concessões de serviço passam por licitação,
também, mas por CONCORRÊNCIA, em razão do conceito que vimos
anteriormente.

7 - (2009/CESPE – SEFAZ/AC - FRE) As expressões serviço


público centralizado e serviço público descentralizado equivalem a
administração pública direta e administração pública indireta,
respectivamente. (Certo/Errado)
7 - GABARITO: ERRADO
TEMA: SERVIÇOS PÚBLICOS – CLASSIFICAÇÃO
COMENTARIOS
Como sabemos, os serviços públicos são de titularidade do
Poder Público (art. 175, CF). De sua parte, o Poder Público pode
optar pela prestação direta, por entidades ou órgãos administrativos,
ou indireta, por intermédio de concessionários ou permissionários.

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O serviço centralizado corresponde à Administração Direta, ou


seja, aos órgãos componentes da estrutura da própria pessoa
política. Já o serviço descentralizado é todo aquele em que o Poder
Público transfere a titularidade e execução por lei ou, tão-somente, a
execução por contrato ou ato administrativo a outras pessoas
jurídicas, traduzindo-se, respectivamente, em Administração Indireta
(descentralização por outorga) e em Administração por Colaboração
(descentralização por delegação). Cita-se, ainda, a descentralização
territorial ou geografia (hoje inexistente), em que se outorga a
capacidade genérica administrativa às autarquias territoriais.
Desse modo, o item está resolvido: serviço CENTRALIZADO –
Administração Direta; serviço público DESCENTRALIZADO –
INDIRETA ou DELEGATÁRIOS. Logo, ERRADO o item, pois não diz que
serviço descentralizado pode corresponder aos delegatários.

8 - (2009/ CESPE – ANAC – CARGO 5) A concessão de serviço


público deve ser necessariamente instrumentalizada por contrato
8 - GABARITO: CERTO
TEMA: SERVIÇOS PÚBLICOS – CLASSIFICAÇÃO
COMENTARIOS
Essa é relativamente fácil: concessões e permissões de serviço
público constituem CONTRATOS administrativos. Já as autorizações,
como dissemos, são ATOS administrativos. CERTO, portanto, o item.

9 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Entre os
serviços públicos classificados como individuais, pode-se citar a
disponibilização de energia domiciliar.
9 - GABARITO: CERTO
TEMA: SERVIÇOS PÚBLICOS – CLASSIFICAÇÃO
COMENTARIOS
Essa talvez seja a classificação mais “usual” em provas do
Cespe quanto a serviços públicos: individuais e coletivos. Vejamos,
então, o que há de mais importante a respeito do assunto.
Esta divisão ocorre com base no alcance de destinatários.
Assim, os serviços podem ser uti universi e uti singuli.
Serviços uti universi (ou gerais) são os serviços públicos prestados a
grupos indeterminados de indivíduos, a toda a coletividade, não se
distinguindo os potenciais usuários, portanto, serviços indivisíveis. Não é
possível mensurar (medir) sua utilização pelos usuários (por cabeça),
devendo ser financiados pelos impostos (quando for o caso), dado o caráter
não-contraprestacional de tal tributo (exemplos: segurança pública; saúde;
iluminação pública – hoje custeada mediante contribuição de
iluminação pública; saneamento básico etc.).
Já os serviços uti singuli, individuais ou singulares, tema tratado no
item, são os serviços que se dirigem aos destinatários individualizados,
nomeados, sendo possível medir, caso a caso, quanto do serviço está

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sendo consumido, logo, são serviços medidos “por cabeça”. Quando postos
em operação, geram direito ao indivíduo que se apresenta em condições
técnicas adequadas ao seu recebimento na área de prestação do serviço.
Distintamente dos serviços uti universi, os uti singuli, pelo fato de
admitirem mensuração individualizada, dão ensejo à cobrança de exação
tributária taxa, caso o serviço seja prestado pelo Estado (caput do art.
77 do Código Tributário Nacional: “serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”), ou tarifa (espécie do
gênero preço público cobrada por particulares – p.ex.: concessionárias e
permissionárias), ambas as espécies de natureza contraprestacional,
aquilo que os tributaristas costumam chamar de prestações
sinalagmáticas (o usuário só pode exigir a continuidade da prestação
quando estiver cumprindo regularmente sua obrigação).

Outro ponto de relevo é que as taxas, pelo fato de decorrerem


de lei, detêm caráter obrigatório (diz o Código Tributário – tributo é
toda prestação compulsória (...) – art. 4º). Assim, embora os
serviços não sejam utilizados, o administrado não tem a faculdade de
não quitar o débito junto ao Estado, achando-se os serviços, por
óbvio, em pleno funcionamento.
Com outras palavras, os serviços individuais caracterizam-se
pela obrigatoriedade, pois o contribuinte não tem opção, porque,
mesmo que dele não se utilize, é obrigado a remunerá-lo, e pela
continuidade, mesmo ocorrendo a inadimplência do usuário, é
dever do Estado a prestação dos serviços. Trava-se, então, entre o
contribuinte e o Poder Público, uma relação administrativo-
tributária, solucionada pelas regras do Direito Administrativo (Resp
460271-SP – STJ).
Por sua vez, as tarifas serão cobradas no caso de utilização efetiva
de serviços públicos facultativos, como os de energia elétrica domiciliar,
tal como tratado neste item, o qual, evidentemente, ESTÁ CERTO: energia
elétrica domiciliar é serviço individualizado.

10 - (2010/CESPE/INCA/Advogado/Questão Adaptada)
Em sua modalidade administrativa, PPP é a concessão de serviços
públicos ou obras públicas que envolvam, adicionalmente à tarifa
cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do poder público ao
parceiro privado. Caracteriza-se, assim, pelo fato de o concessionário
perceber recursos de duas fontes, uma decorrente do pagamento das
respectivas tarifas, e outra, de caráter adicional, oriunda de
contraprestação pecuniária devida pelo poder concedente ao
particular contratado.
10 - GABARITO: ERRADO
TEMA: SERVIÇOS PÚBLICOS – CLASSIFICAÇÃO
COMENTARIOS

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Essa questão é mais desencargo de consciência do que


qualquer outra coisa: particularmente, vemos pouca probabilidade de
cair Parcerias Público-Privadas em provas do Tribunal, sobretudo
questões que envolvam maior complexidade. Mas vamos explorar,
teoricamente, esse prazeroso assunto – as PPP, em seus conceitos
mais básicos, que serão suficientes para resolvermos o item.
A ementa da Lei da PPP, a Lei 11.079/2005, estabelece:
“Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria
público-privada no âmbito da administração pública”, o que vem a
ser confirmado pelo art. 1º da Lei:
Art. 1o Esta Lei institui normas gerais para licitação e
contratação de parceria público-privada no âmbito dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Esta Lei se aplica aos órgãos da Administração
Pública direta, aos fundos especiais, às autarquias, às
fundações públicas, às empresas públicas, às sociedades de
economia mista e às demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.

Todavia, pedimos a atenção dos amigos para não efetuar uma


leitura apressada da norma, pois, se assim procedermos, seríamos
levados a considerar toda a Lei da PPP como sendo norma geral, não
é?
Mas isso não corresponde à verdade, pelo menos em termos
absolutos, pois existem dispositivos aplicados apenas à União,
isto é, a Lei da PPP é híbrida, parte nacional, parte federal, como
podemos perceber no capítulo VI da referida norma (“disposições
aplicáveis à União”). Exemplo:
Art. 22. A União somente poderá contratar parceria público-
privada quando a soma das despesas de caráter continuado
derivadas do conjunto das parcerias já contratadas não tiver
excedido, no ano anterior, a 1% (um por cento) da receita
corrente líquida do exercício, e as despesas anuais dos
contratos vigentes, nos 10 (dez) anos subseqüentes, não
excedam a 1% (um por cento) da receita corrente líquida
projetada para os respectivos exercícios.

No art. 15 da Lei, há a disposição de competência dos


Ministérios e das Agências Reguladoras submeterem o edital de
licitação ao órgão gestor, proceder à licitação etc. Detêm, ainda, a
atribuição de encaminhar, com periodicidade semestral, relatórios

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circunstanciados acerca da execução dos contratos de PPP. Portanto,


mais uma norma válida (adstrita) para União.
Por fim, no art. 25 da Lei da PPP, há o estabelecimento de
competência da Secretaria do Tesouro Nacional para a edição de
normas gerais relativas à consolidação das contas públicas aplicáveis
aos contratos de parceria público-privada.
Em síntese: a Lei da PPP é mista, havendo dispositivos
aplicáveis tão somente à União.
Conforme os §§1º e 2º do art. 2º da Lei n. 11.079/2004,
percebemos duas modalidades de PPP: patrocinada e
administrativa.
A patrocinada não oferece problemas, afinal, o próprio nome
já denuncia seu significado: é a concessão de serviços públicos ou de
obras públicas simples (regida pela Lei n. 8.987/1995), com
cobrança de tarifas, e ADIÇÃO da contraprestação pecuniária do
parceiro público ao parceiro privado (TARIFA + CONTRAPRESTAÇÃO
PECUNIÁRIA). Ou seja: há uma espécie de PATROCÍNIO por parte do
poder público concedente.
Noutras palavras: se não houver contraprestação do
Poder Concedente, teremos uma concessão COMUM (leia-se:
regida pela Lei n. 8.987/1995).
Já a PPP concessão administrativa refere-se a contrato de
prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária
direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens.
Uma dúvida que ronda os amigos concursandos: usuária
direta, indireta, o que isso representa?
Imaginem. Serviços prestados em um presídio, pergunta-se: a
população é usuária direta? Não, o Estado usa do serviço
diretamente, sendo sentido apenas indiretamente pelos cidadãos.
Agora. Serviços prestados em Hospital à população. Nesse
caso, a população recebe-os diretamente, sendo indiretamente
prestados ao Estado.
Em outros termos, se os serviços são internos à Administração,
o Estado é usuário direto; agora, se de efeitos externos, o Estado é
usuário indireto do serviço prestado. Tudo é uma questão de ponto
referencial, como dizia Newton.

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Pois bem. Retomemos agora o item. Basta ler a parte inicial


para concluirmos que está ERRADO: Em sua modalidade
administrativa, PPP é a concessão de serviços públicos ou obras
públicas que envolvam, adicionalmente à tarifa cobrada dos
usuários, contraprestação pecuniária do poder público ao
parceiro privado.
Ora, essa modalidade de PPP não é a administrativa. É a
PATROCINADA. Mais uma vez: essa questão é mero desencargo de
consciência, uma vez que nunca caiu em prova questões a respeito
de PPP em provas para auditor do TCU. Mas ficam aí os registros.

11 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A natureza jurídica da


remuneração dos serviços de água e esgoto prestados por
concessionária de serviço público é de tarifa ou preço público.
11 - GABARITO: CERTO
COMENTARIOS
Taxa?! Concessionárias cobram tarifas, daí a incorreção da
alternativa. Por oportuno, deixamos registrado a decisão do STF que
tratou do assunto:
“O quantitativo cobrado dos usuários das redes de água e
esgoto é tido como preço público. Precedentes.” (RE
544.289-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento
em 26-5-09, 1ª Turma, DJE de 19-6-09)
Simbora para o próximo item.

12 - (2010/CESPE/INSS/Médico) A permissão é
discricionária e precária, embora possam esses atributos ser
mitigados em certos casos, diante do interesse administrativo.
12 - GABARITO: CERTO
TEMA: SERVIÇOS – PERMISSÃO
COMENTARIOS
Inicialmente, notem que a questão não fala de permissão de
serviços públicos. Fala tão só PERMISSÃO. Nesse sentido, lembremos
o que dissemos na aula de atos administrativos: PERMISSÕES DE
USO DE BEM PÚBLICO SÃO ATOS ADMINISTRATIVOS. A luz dessa
informação, vamos a uma breve exposição teórica.
A doutrina costumava conceituar a permissão como o ato
administrativo unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, pelo
qual a Administração Pública faculta ao particular a execução de serviço
público ou a utilização privativa de bem público.
Todavia, após a edição da Lei n. 8.987/1995, a definição ganhou
novos contornos, isso porque, de acordo com o art. 40 da Lei, a permissão
de SERVIÇO PÚBLICO será formalizada mediante CONTRATO
ADMINISTRATIVO DENOMINADO “DE ADESÃO”, que observará os

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termos da Lei n. 8.987/1995 e as demais normas pertinentes e do edital de


licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral
do contrato pelo Poder Concedente.
Portanto, depreende-se que existem, pelo menos, dois tipos
de permissões:
As formalizadas por atos administrativos (utilização privativa de
bem público), e
As instrumentalizadas por contrato de adesão (execução de
serviço público).
Por relevante, aponte-se a imprecisão terminológica do dispositivo no
que se refere à “revogabilidade” unilateral do contrato. Amigos, não
seria mais adequado o uso do termo rescisão unilateral? Sim, afinal
de contas contratos são rescindidos, sendo a revogabilidade instituto
inerente a atos administrativos. Mas, tratando-se de concurso, sejam
“decoradores” e não muito críticos. Assim, fixem: é possível a revogação
do contrato de permissão, ante o que dispõe a Lei n. 8.987/1995.
O conceito legal de permissão de serviços públicos é dado pelo inc.
IV do art. 2º da Lei n. 8.987/1995, a saber: a delegação, a título precário,
mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco.
Da leitura do conceito, a cabeça do amigo palpita: qual será a
diferença entre permissão e concessão?
Informamos que, embora o STF tenha afastado qualquer distinção
conceitual (ADin 1.491/98 – DF), a doutrina costuma apontar para os
seguintes itens, e que nos serve “como uma luva” a título de concurso,
vejamos:
- Quanto ao executor do serviço público: na concessão, o
contrato só pode ser firmado com pessoa jurídica ou consórcio
de empresas; na permissão, com pessoa física ou pessoa
jurídica. Conclui-se, portanto, que não há concessão para pessoa
física, ou permissão para consórcio de empresas;
- Quanto à precariedade: a permissão é dotada de precariedade,
característica não encontrada na concessão. Por conseguinte, a
permissão é passível de revogação (mesmo sendo contrato); a
concessão, não.
Especificamente quanto ao item, destaque-se que as
permissões, a despeito de serem revogáveis, podem ser
condicionadas, ou seja, dada desde que o permissionário atenda
determinados requisitos, como, por exemplo, no caso de permissão
de uso de bem público, para colocar um bar na praia de São Luís do
Maranhão (terra do Sandro...) o sujeito terá de limpar o terreno,
mantê-lo limpo, fazer um banheiro, etc.

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Detalhe: este item possui um problema em sua formulação –


não esclarece se trata de permissão de SERVIÇO PÚBLICO ou de USO
DE BEM PÚBLICO. Se os amigos não repararam, o item é exatamente
o conceito antigo dado às permissões pela doutrina: discricionários e
precárias. Todavia, HOJE, não podemos dizer que as permissões DE
SERVIÇOS PÚBLICOS são discricionárias, uma vez que passarão por
licitação. Daí, o concessionário será, necessariamente, aquele que
vencer a licitação. Só, parceiro, que se não fizer recurso contra o
item, e caberia, por ser dúbio, o gabarito será mantido. Assim, pós-
prova, se for o caso, recorram, não deixem por menos, se a banca
não for clara na construção do assunto, ok?

13 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3)
Segundo a CF, o serviço público de distribuição de gás canalizado é
privativo da União.
13 - GABARITO: ERRADO
TEMA: SERVIÇOS – REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS - GÁS
COMENTARIOS
Essa é um dos itens mais “clássicos” em provas do Cespe, no
que se refere a serviços públicos e repartição de competências dos
entes federativos: quem é que tem competência para prestar
(distribuir) gás canalizado. Como já nos é costumeiro, vamos
“enveredar” pelo assunto principal do item: as competências
materialmente estabelecidas no texto constitucional aos entes
federados, no que diz respeito à prestação de serviços públicos.
De pronto, em resgate ao Direito Constitucional, relembre-se que a
repartição de competências segue o princípio da predominância do
interesse. EITA! QUE PALAVRÃO É ESSE? Calma, é simples.
A União tem competência para assuntos de interesse Nacional; os
estados, de interesse regional; os municípios, de interesse local; e o
Distrito Federal (em razão de seu hibridismo), cumulativa ou múltipla
(Local + Regional).
Assim, constitucionalmente, compete privativamente:
- À União a prestação de serviços de telecomunicações, de energia
elétrica, de transporte interestadual ou internacional, de radiodifusão
sonora e de imagens etc. (competência enumerada).
- Aos estados, os serviços de interesse regional. Aqui destacamos
que os serviços do Estado são achados por exclusão, ou seja, de forma
residual ou remanescente, à exceção do serviço de gás canalizado
(competência enumerada, nesse ponto) e dos prestados nas Regiões
Metropolitanas, nas Aglomerações Urbanas, e nas Microrregiões, de
acordo com Lei Complementar, veja o que estabelece o §3º do art. 25:

§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar,


instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e

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microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios


limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse comum.
O que quer significar competência remanescente? Vamos à
explicação. Responda rápido: a quem compete prestar serviços de
transporte coletivo intermunicipal?
União? Não, porque à União competem os serviços de natureza
interestadual ou internacional.
Municípios? Não, porque são responsáveis pelos serviços
intramunicipais, regra geral. Logo, em razão do resíduo, do que sobra, a
competência só pode ser do Estado.
Alerto que existem serviços intramunicipais também de competência
dos Estados. Por exemplo: o Metrô de São Paulo é uma Sociedade de
Economia Mista prestadora de serviço público de transporte urbano
coletivo, porém, do Estado de São Paulo e não do Município. É do
Estado porque é uma Companhia METROPOLITANA. Como vimos, cabe ao
Estado a organização dos serviços situados nas regiões metropolitanas, nos
termos do §3º do art. 25 da CF/1988. Antes de falarmos dos municípios,
reitere-se que o serviço de gás canalizado é competência dos ESTADOS,
não da União. Então, o item está ERRADO. Agora sim, vamos falar dos
municípios.
- Aos municípios, os serviços de transporte coletivo urbano (leia-
se: intramunicipais); ensino infantil e fundamental; funerários. Esse último
serviço (o funerário) é legal lembrar só em dias de prova ☺, com o
destaque que não estão constantes do texto constitucional, evidencia
de que a enumeração dos serviços na CF/1988 é meramente
exemplificativa (não é exaustiva) para os municípios e Estados, assim
podem os entes federados criar outros serviços, em observância, é claro,
ao princípio da predominância do interesse.
- Ao Distrito Federal, os serviços de competência dos Estados e
dos municípios, em razão da competência cumulativa ou múltipla. No
entanto, nem todos os serviços de competência Estadual são de atribuição
Distrital. Vamos à leitura do art. 21, incisos XIII e XIV, da CF/1988:

XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a


Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência
financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos,
por meio de fundo próprio;

Perceberam? Isso mesmo, nem todos os serviços dos Estados são de


competência do Distrito Federal. Isso já até caiu em prova do TCU. Uma
“galera” se deu mal no item, pois não lembrou que tem coisas que os
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Estados fazem e que o DF não faz. Exemplo: serviços de manutenção de


ordem pública, prestados pela polícia militar do DF, que, na realidade, é da
União, mas atua no DF. O examinador é maldoso... Lembrem disso.
Até aqui tivemos contato com a competência privativa quanto à
prestação de serviços públicos. Porém, não só de competência privativa
executam-se serviços públicos.
É oportuno registrarmos que o Legislador Constituinte também
previu a execução comum (competência comum) pelos Entes Políticos de
determinados serviços públicos, exatamente segundo disposto no art. 23
da CF/1988: É competência comum da União, do Distrito Federal, e dos
Municípios.
De acordo com a doutrina, a competência comum é de natureza
administrativa e, diga-se de passagem, garantidora do exercício
concomitante por todos os Entes Federados, de tal sorte que os
serviços públicos serão prestados (executados) de forma paralela, em
condições de igualdade, sem nenhuma relação de subordinação, em
síntese, a atuação (ou omissão) de um não impossibilita a atuação
do outro. O exercício da competência comum não está sujeito à
regulamentação do serviço publico exclusivamente pela esfera federativa
de nível mais elevado.
Continuemos.
Dos serviços decorrentes da competência comum, podem ser
citados:

I - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das


pessoas portadoras de deficiência;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à
ciência;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria
das condições habitacionais e de saneamento básico;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança
do trânsito.

Por fim, chame-se a atenção do amigo concursando para


recente alteração pela Emenda Constitucional n. 53/2006. Houve a
inserção de leis complementares (plural) no lugar de lei
complementar (singular) no parágrafo único do art. 23 da CF/1988,
com o propósito de se evitar conflitos no âmbito da competência
comum ou, mesmo, evitar a prestação duplicada. Vejamos a nova
redação:

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Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a


cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e
do bem-estar em âmbito nacional.
Finalmente, observe-se que a competência comum não importa
subordinação entre os diferentes entes federativos, ou seja, não pode o
ente de nível mais elevado regular os serviços de forma compulsória para
os demais.

14 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) Compete à União


explorar diretamente, na forma da lei, ou mediante concessão, os
serviços de gás canalizado.
14 - GABARITO: ERRADO
COMENTARIOS
Mera fixação: gás canalizado é competência dos ESTADOS
MEMBROS, não da União.

15 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Com o advento do termo


contratual tem-se de rigor a reversão da concessão e a imediata
assunção do serviço pelo poder concedente, incluindo a ocupação e a
utilização das instalações e dos bens reversíveis.
15 - GABARITO: CERTO
COMENTARIOS
Opa! Caminhamos para a extinção dos contratos
administrativos.
Diversas são as formas de extinção das concessões, de acordo
com a Lei n. 8.987/1995. Para a felicidade de todos e para o bem
geral dessa nação de concursandos, comentaremos, uma a uma, as
hipóteses de desfazimento contratual.
A primeira delas é o Advento do Termo Final, que o assunto do
item. É certamente a forma mais natural de extinção da concessão. É
conhecida, doutrinariamente, como reversão da concessão. É bem
simples: ocorrido o prazo final (termo) conforme estabelecido no
instrumento contratual, a extinção ocorrerá naturalmente (de pleno
direito), sem necessidade de avisos anteriores ou notificações.
Pelo fato de a extinção pelo tempo não decorrer de vícios ou
ilegalidades, os efeitos da extinção ocorrerão daí por diante (ex nunc –
efeitos não-retroativos), sem que, logicamente, a responsabilidade do
concessionário seja afastada por atos praticados quando o contrato ainda
se encontrava vigente.

Por que razão a doutrina denomina REVERSÃO essa


forma de extinção?

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É porque com o término da concessão, os bens ditos


reversíveis deverão retornar à Administração, ou seja, aqueles de
propriedade da própria Administração, bem como aqueles vinculados
aos serviços objeto da concessão e que se encontravam na posse do
concessionário, ainda que tenha sido este quem os tenha adquirido.
Importante frisar que a indicação dos bens reversíveis é
cláusula essencial nos contratos de concessão (inc. X do art. 23
da Lei n. 8.987/1995).
Todavia, embora alguns (muitos) bens sejam reversíveis, o
Poder Concedente deverá indenizar o concessionário com relação aos
investimentos realizados em bens ainda não-amortizados ou
não-depreciados ao fim do contrato. Essa medida visa a evitar
que o executante do serviço fique “desestimulado” em realizar novos
investimentos quando a concessão estiver próxima de seu término.
Obviamente, a indenização deverá ser pelas parcelas restantes dos
bens, ou seja, pelo valor que falta para sua total amortização ou
depreciação. Sendo necessário, é feita, ainda a ocupação das
instalações à concessão. Enfim, por tudo, o item está CORRETO. Mas
vamos continuar com as “amigas” formas de extinção.
A segunda das formas de desfazimento é a caducidade. Bom, antes
de tratarmos da caducidade do contrato de concessão, pede-se toda
atenção do amigo concursando para o fato de que a CADUCIDADE DO
CONTRATO não se confunde com a CADUCIDADE DO ATO
ADMINISTRATIVO.
Essa última ocorre em razão de norma superveniente que torna a
situação anterior com ela incompatível, não decorre de ato volitivo (de
vontade) da Administração, mas sim do Legislador (a título de recordação:
lei de Zoneamento Urbano que proíbe a colocação de publicidade em vias
públicas).
Feita essa observação, passe-se à caducidade do contrato de
concessão.
De acordo com o art. 38 da Lei n. 8.987/1995, a inexecução total ou
parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração
de caducidade da concessão. A caducidade, portanto, diz respeito ao
rompimento do contrato por culpa (em sentido amplo) do concessionário.
Como aponta a doutrina, a caducidade é modalidade de
encerramento da concessão por ato do Poder Concedente, antes da
conclusão do prazo inicialmente fixado, em razão de inadimplência do
concessionário; isto é, por motivo de fato comissivo ou omissivo, doloso
ou culposo, imputável ao concessionário.
No caso, por ter sido o concessionário quem deu causa à extinção da
concessão, enfim, quem violou as obrigações contratuais, o Poder Público
não tem que indenizá-lo, senão com relação à parcela não-amortizada do

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capital representada pelos equipamentos necessários à prestação do


serviço e que reverterão ao concedente e, ainda assim, A POSTERIORI.
Os motivos que podem levar à decretação de caducidade, de
acordo com o art. 38 da Lei n. 8.987/1995, são os seguintes:

I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou


deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e
parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições
legais ou regulamentares concernentes à concessão;
III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto,
ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;
IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou
operacionais para manter a adequada prestação do serviço
concedido;
V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por
infrações, nos devidos prazos;
VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente
no sentido de regularizar a prestação do serviço; e
VII - a concessionária for condenada em sentença transitada em
julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais.

Da leitura acima, tudo indica que a caducidade é sempre ato


discricionário (“acarretará, a critério do poder concedente”). No entanto,
existe uma única exceção legal, enfim, em que a caducidade será ATO
VINCULADO. Por ser hipótese excepcional, pedimos toda cautela. Vejamos
o que diz o art. 27 da Lei:

A transferência de concessão ou do controle societário da


concessionária sem prévia anuência do poder concedente implicará
a caducidade da concessão (leia-se: ato vinculado).

A decretação de caducidade deve observar as formalidades


contidas na Lei n. 8.987/1995. O rito a ser seguido para a
decretação da caducidade, quando esta vier a ocorrer, é o
seguinte:
a) O concessionário deve ser comunicado quanto ao
descumprimento contratual que poderá dar motivo à possível
decretação da caducidade. Nesse particular, concede-se prazo ao
concessionário para que a irregularidade seja sanada;
b) Não sanada a citada irregularidade, instaura-se o devido
procedimento administrativo, por meio do qual se deve abrir o
contraditório, com os meios que lhe são inerentes (ampla defesa)
ao concessionário;

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c) Constatada a inadimplência, a caducidade deve ser declarada por


decreto do Poder Concedente (Ah! Nos dias atuais,
determinadas Agências Reguladoras podem funcionar
como Poder Concedente). Além da caducidade, outras sanções
poderão ser impostas ao concessionário, conforme previsão
contratual.
Não há dúvidas, então, de que a caducidade constitui
penalidade imposta ao concessionário em razão de sua
inadimplência. Contudo, será devida indenização ao concessionário
em relação aos investimentos não-amortizados ou não-depreciados,
até para que evitemos o injusto enriquecimento sem causa por parte
do Estado.
De toda forma, o montante das multas contratuais e os danos
causados pelo concessionário devem ser descontados dos valores a
serem indenizados (observação: temos aqui uma exceção à regra
de que a cobrança de multa não tem caráter auto-executório). Não
há, obviamente, a necessidade de a indenização ser prévia à
decretação da caducidade, ao contrário, a indenização será calculada
no curso do processo (§4º do art. 38).
Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente
qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus,
obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da
concessionária (§6º do art. 38). Frise-se que a Lei n. 8.987/1995,
diferentemente da Lei de Licitações (Lei n. 8.666/1993 – art. 71),
não faz ressalva nem mesmo à responsabilidade solidária quanto aos
débitos previdenciários.
A terceira (e uma das mais importantes) formas de extinção é
a encampação. Também chamada por alguns doutrinadores de
resgate ou de retomada, a encampação encontra previsão no art.
37 da Lei n. 8.987/1995, que assim a define: a retomada do serviço
pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de
interesse público, mediante lei autorizativa específica e após
prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.
Notem que a encampação em nada se confunde com a
caducidade, pois ocorre não em razão de inadimplência do
concessionário, mas sim do interesse da Administração em retomar o
serviço. Por força de tal interesse, o concessionário não pode se opor
à encampação.
Outros dois pontos distintivos com relação à caducidade é que
a encampação depende de LEI AUTORIZATIVA específica e DO
PRÉVIO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO ao concessionário, tal
como estabelecem os artigos 36 e 37 da Lei n. 8.987/1995, que
constituem condição de validade do ato de encampação.
Por fim, que tal mais um quadro-resumo, agora sobre as principais
diferenças entre a caducidade e a encampação:

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SERVIÇOS PÚBLICOS

Encampação (ou Caducidade (ou


resgate) decadência)

Conveniência e
Motivo oportunidade Inexecução do contrato

Natureza Ato discricionário Ato discricionário*

Indenização Sempre prévia Se houver, a posteriori

Autorização
legislativa Sempre prévia Dispensada

*Existe caso em que a caducidade é ato vinculado (art. 27).

Embora a Lei n. 8.987/1995 cuide de concessões e de


permissões, não chega a tratar minuciosamente das permissões,
remetendo às regras das concessões, no que couber. Por exemplo,
as formas de desfazimento utilizadas para as concessões são
estendidas, em quase sua maioria, às permissões, como é o caso
da rescisão.
A rescisão é a forma de extinção da concessão por iniciativa
do concessionário. Difere essencialmente da caducidade e da
encampação, que são formas de extinção da concessão unilaterais,
ou seja, viabilizadas diretamente pela Administração.
O pressuposto básico para a rescisão é o descumprimento por
parte do concedente das normas legais, regulamentares ou
contratuais. De acordo com a Lei n. 8.987/1995 (art. 39), a
rescisão depende de ação judicial especialmente intentada
com esse objetivo.
Atente, ainda, que a rescisão do contrato de concessão é
absolutamente diferente da rescisão dos contratos decorrentes da Lei
n. 8.666/1993. Nesta última norma são dezoito motivos diferentes
para a rescisão dos contratos administrativos (releiam o art. 78 da
Lei n. 8.666/1993), podendo ser: unilateral, amigável, e judicial. Já
nos contratos de concessão de serviços públicos, o motivo de
rescisão é um só: descumprimento de obrigações por parte da
Administração Pública.
Agora, adivinhem em que prazo pode a empresa
concessionária suspender a prestação de serviços públicos?

Em razão da necessidade de continuidade dos serviços


públicos, a prestação não poderá ser interrompida até o trânsito em
julgado da sentença judicial, reconhecendo a inadimplência da
Administração. A continuidade dos serviços públicos, que constitui

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verdadeiro princípio administrativo, torna extremamente rígida a


oponibilidade da exceção do contrato não cumprido pelo
concessionário. Seria um ótimo item de prova!
Por fim, acrescentemos ao rol de formas de desfazimento (já vistas)
a anulação e a falência.

A anulação é nossa (velha) conhecida, consistindo na


invalidação (na retirada) do contrato de concessão por motivo de
ilegalidade. A ilegalidade tanto pode estar presente
supervenientemente à assinatura do contrato como ter sua
origem na etapa da licitação, procedimento prévio à celebração do
contrato de concessão.
Os amigos devem estar lembrados que os efeitos da decretação
de nulidade são ex tunc, ou seja, efeitos retroativos ao momento
da ocorrência do vício. A anulação da concessão encontra previsão
no inc. V do art. 35 da Lei n. 8.987/1995 e terá por consequência a
responsabilização de quem houver lhe dado causa.
Não se pode confundir a anulação com as formas de extinção já
expostas, as quais pressupõem um contrato válido, mas mal
executado (inadimplência) ou cuja execução pelo concessionário
tenha se tornado inconveniente ao interesse público.
A falência, ao lado da extinção da empresa concessionária e
falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual, é
forma de desfazimento (de pleno direito) do contrato de concessão.
Abrimos um parêntese para esclarecer que a empresa (ou firma) individual
não é pessoa jurídica, mas sim o nome adotado pela pessoa física para uso
em seu comércio. Em razão disso, o falecimento ou incapacidade do titular,
no caso de empresa individual, aplica-se só às permissões, haja vista
somente pessoas jurídicas ou consórcios de empresas acharem-se aptas à
celebração de concessão de serviço público. Ufa! Quanto às extinções, era
isso!

16 - (2003/Cespe – TST – Analista Judiciário) Caso haja previsão


no contrato de concessão de serviço público e autorização do poder
concedente, é admitida a subconcessão, atentando-se para o fato de que o
subconcessionário se sub-rogará em todos os direitos e obrigações da
subconcedente dentro dos limites da subconcessão, que poderá ser
outorgada de acordo com os critérios de oportunidade e conveniência
estabelecidos pelo próprio subconcedente. (Certo/Errado)
16 - GABARITO: CERTO
COMENTARIOS
Essa questão é mais antiguinha, mas tá valendo para tratarmos
desse assunto importante: subconcessão. Vejamos.

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A Lei n. 8.987/1995 (Lei de Concessões de Serviços Públicos) trata


do instituto da subconcessão no art. 26:

Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato


de concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder
concedente.
§ 1o A outorga de subconcessão será sempre precedida de
concorrência.
§ 2o O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e
obrigações da subconcedente dentro dos limites da subconcessão.

Em síntese, são os seguintes os requisitos a serem observados para a


subconcessão:
Previsão contratual (contrato de concessão);
Autorização do poder concedente;
Deve ser precedida de licitação pública (modalidade
concorrência); e
Transferência de todos os direitos e obrigações, dentro dos
limites da subconcessão.
Que tal avançar em outras oportunas observações sobre o
assunto?
A subconcessão não se confunde com a cessão (ou transferência da
concessão), isso porque a concessionária originária, apesar da
subconcessão, mantém-se vinculada ao Poder Concedente, não sendo
afastado, portanto, seu dever de manter a prestação do serviço adequado.
Já na transferência (ou cessão), o contrato de concessão é
entregue nas mãos de terceiros, havendo a substituição da empresa
originalmente vencedora da licitação.
O art. 27 da Lei n. 8.987/1995 trata da transferência, a qual é
antecedida, necessariamente, da anuência do Poder Concedente, sob pena
de decretação de caducidade, observadas ainda as seguintes condições:
Atendimento às exigências de capacidade técnica;
Idoneidade financeira;
Regularidade jurídica e fiscal; e
Cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor.
Há doutrinadores que defendem a inconstitucionalidade da
transferência, afinal de contas, distintamente do que ocorre com a
subconcessão, é promovida sem que haja o prévio procedimento de
licitação.
O §2º do art. 27 autoriza também a assunção do controle da
concessionária por seus financiadores (não é propriamente um caso de

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transferência), com o propósito de reestruturação financeira e assegurar a


continuidade da prestação dos serviços, com uma particularidade: são
indispensáveis as exigências de regularidade fiscal e jurídica, podendo,
assim, o Poder Concedente alterar ou dispensar os demais. Apesar da
transferência do controle, não haverá alteração das obrigações da
concessionária e de seus controladores ante ao Poder Concedente.
Interessante notar que o item diz que a subconcessão depende de
análise de acordo com os critérios de oportunidade e conveniência
estabelecidos pelo próprio subconcedente. É isso mesmo. A
subconcessão depende de “juízo de valor” por parte do concessionário.
Enfim, por tudo, está CERTO o item.

17 - (2008/DFTRANS – Cargo 7) Mesmo sendo uma


delegação a título precário, a rescisão de uma permissão de
transporte coletivo está sujeita às regras estabelecidas pela Lei das
Concessões de Serviços Públicos.
17 - GABARITO
COMENTARIOS
Os amigos acreditam em sonhos? Então olha lá, fiquem de
olhos bem abertos na apresentação das formas de desfazimento dos
contratos de prestação de serviços que expusemos na questão 15.
Essa parte da matéria costuma ser uma questão certa em prova,
quiçá na prova subjetiva (discursiva).
Vamos analisar a questão. As regras aplicadas para as
concessões aplicam-se, no que couber, às permissões (parágrafo
único do art. 40 da Lei 8.987/1995). Assim, as formas de extinção de
concessões são extensíveis às permissões, logo, CERTO o quesito
proposto pela Banca.
Pedimos que o amigo concursando releia as formas de
desfazimento mais uma vez, antes de prosseguir na presente
aula.

18 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) É legal a constituição


de um consórcio público cujos consorciados sejam, exclusivamente, a
União e dois municípios distintos, por exemplo.
18 - GABARITO: ERRADO
COMENTARIOS
Mais uma questão de “desencargo de consciência”: consórcios
públicos.
De pronto, vejamos o que estabelece expressamente a CF/1988,
em seu art. 241:

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de

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cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada


de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de
encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos
serviços transferidos. (Redação dada pela Emenda Constitucional 19,
de 1998)

Sabemos que os examinadores são orientados a criarem 25% de


questões facílimas, 50% de questões de nível médio, e 25% para os
alunos-cão ☺. Bom, as questões sobre consórcios públicos têm sido para
alunos não-cães... rsrsrs...
Vejamos alguns detalhes sobre os consórcios públicos. No entanto,
prefiro, por amor ao pragmatismo, não tecer profundas considerações
sobre o tema, por acreditar que não será exigido com elevado grau de
dificuldade. Na dúvida, seguem brevíssimas considerações:
a) A Lei n. 11.107/2005, que regula a contratação de consórcio, é
Lei Nacional, enfim, é editada pela União estendendo seus efeitos
a todos os entes políticos, o que não afasta, sobremaneira, a
competência de os entes legislarem sobre o tema. Os demais
entes federativos, inclusive, deverão adaptar as legislações
próprias, acaso já editadas, às regras gerais da referida Lei;
b) Tais ajustes são contratos administrativos celebrados por entes
políticos, apenas (leia-se: federados – União, estados, DF,
municípios). Quer dizer, não existem consórcios públicos
celebrados entre entes administrativos (autarquias,
fundações, e empresas governamentais);
c) São pessoas jurídicas, ou de direito público ou de direito privado.
Quando de direito público, integram a Administração Indireta de
todos os entes consorciados, de acordo com a Lei, na qualidade
de ASSOCIAÇÃO PÚBLICA. Na última situação, consórcio
público de Direito privado, são constituídos sob a legislação civil,
não fazendo parte da Indireta;
d) A União só formará consórcio público com o município se o
Estado deste município também estiver participando, logo, não
pode participar isoladamente com municípios. Exemplo: União e
município de BH, só se o Estado de MG estiver participando.
AGORA: volta ao comando do item. Alguma dúvida? TÁ ERRADO
MESMO, pois no consórcio em questão só estariam presentes a
União e dois municípios. Não pode. Teria que ter a presença do
Estado de localização dos municípios;
e) Tais consórcios podem ser contratados diretamente sem licitação
pelos entes da Administração; e
f) O limite para a dispensa de licitação em razão do valor (art. 24,
parágrafo único, da Lei de Licitações) é de 20% da modalidade
convite, a exemplo do que ocorre com as Agências Executivas,
Sociedades de Economia Mista, e Empresas Públicas.
Resta claro que os consórcios públicos tanto podem ser pessoas
jurídicas de direito público ou de direito privado. Quando de direito público,

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integram a Administração Indireta de todos os entes consorciados, de


acordo com a Lei, isso na qualidade de ASSOCIAÇÃO PÚBLICA. Porém,
tratando-se de consórcio público constituído nos termos da legislação civil,
a personalidade será de direito privado.

19 - (2007/Cespe – TCM-GO/AUDITOR – com adaptações)


Em 2006, três municípios vizinhos, situados no estado de Goiás,
constituíram, na forma estabelecida na legislação civil, um consórcio público
para a realização de objetivos e interesses comuns e para a prestação de
serviços na área de saúde. Por disposição expressa da lei federal que dispõe
sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos, o mencionado
consórcio integra a administração indireta dos três municípios consorciados.
19 - GABARITO: ERRADO
COMENTARIOS
Na forma da legislação civil e integrante da administração indireta?!
Opa, segundo a Lei de Consórcios, apenas as associações públicas (leia-se:
os consórcios com personalidade jurídica de direito público) é que compõem
a Administração Indireta, daí a incorreção da alternativa.

20 - (2007/Cespe – TJ-TO/JUIZ) Os consórcios públicos são


acordos firmados por entidades públicas de qualquer espécie, ou
entre estas e organizações particulares, para a realização de
objetivos de interesse comum dos partícipes. (Certo/Errado)
20 - GABARITO: ERRADO
COMENTARIOS
Os consórcios públicos são formados exclusivamente entre entes
políticos, daí a incorreção da alternativa.

Bom, por hoje é só. Nos vemos na próxima aula, NA QUARTA


QUE VEM, com o tema final: processos administrativos, na Lei
9.784/1999.

Abraço e bons estudos a todos,


Cyonil (Sean), Elaine (Lan) e Sandro (Maranhão).

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PROCESSOS ADMINISTRATIVOS FEDERAIS – A LEI 9.784 DE


1999.
Bom, pessoal, chegamos à “última canção” de nosso curso.
Será boa, temos certeza, mas vamos ficar com saudades. Trataremos
da (linda!) Lei Geral do Processo administrativo federal, a conhecida
por muitos 9.784, de 1999. De leitura fácil, praticamente um texto
corrido, a 9.784 é bem tranquila, se comparada à (ensandecida!)
8.666.
Então vamos lá para esse nosso último “encontro”.

QUESTÕES EM SEQUÊNCIA
1 - Com a publicação da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo
administrativo no âmbito da administração pública federal, houve
significativa melhoria na proteção dos direitos dos administrados e na
execução dos fins da administração pública. Com relação aos agentes
administrativos, aos direitos e deveres dos servidores públicos e ao
processo administrativo, julgue os próximos itens.
(2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) A lei mencionada
estabelece normas básicas acerca do processo administrativo
somente na administração federal e estadual direta.

2 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) O processo
administrativo estabelece uma relação bilateral, de um lado o
administrado, que deduz uma pretensão, e de outro a administração,
que, quando decide, não age como um terceiro, estranho à
controvérsia, mas como parte.

3 - (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) Carlos, servidor


da Justiça Federal, responde a processo administrativo nesse órgão e
requereu a aplicação da Lei n.º 9.784/1999 no âmbito desse
processo. Nessa situação, é correto afirmar que tal aplicação é
cabível.

4 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) Aos processos


administrativos disciplinares instaurados para apurar infração
disciplinar praticada por servidor público civil da União serão
aplicadas, de forma subsidiária, as normas insertas na Lei n.º
9.784/1999 (lei que regula o processo administrativo no âmbito da
administração pública federal).

5 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O
denominado princípio da oficialidade não tem aplicação no âmbito do
processo administrativo, pois a instauração do processo depende de
provocação do administrado.


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6 - (2010/CESPE/ANEEL/Analista) A administração
pública pode, independentemente de provocação do administrado,
instaurar processo administrativo, como decorrência da aplicação do
princípio da oficialidade.

7 - (2010/CESPE/MP-ES/Promotor/Questão adaptada)
O processo administrativo, como o judicial, somente se instaura por
provocação do administrado, ainda que a administração possa, de
ofício, adotar as medidas necessárias à sua adequada instrução.

8 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Jud.) A doutrina


destaca a aplicação do princípio da pluralidade de instâncias ao
processo administrativo como decorrência do poder de autotutela da
administração pública. Sua aplicação, contudo, não autoriza o
administrado a alegar em instância superior o que não foi arguido no
início do processo.

9 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O
princípio da gratuidade não se aplica ao processo administrativo,
considerando-se a necessidade de cobertura das despesas
decorrentes da tramitação.

10 - (2009/CESPE – TCU – AFCE – OBRAS) No âmbito do


processo administrativo, não pode o administrador deixar de aplicar
lei já em vigor, sob o argumento da existência de mudança de
entendimento acerca da sua interpretação e aplicação. Nesse caso, a
nova interpretação deve ser aplicada aos casos já analisados, sob
pena de violação ao princípio constitucional da legalidade.

11 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O
princípio da obediência à forma e aos procedimentos tem aplicação
absoluta no processo administrativo, razão pela qual os atos do
referido processo sempre dependem de forma determinada.

12 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) Os atos do
processo administrativo dependem de forma determinada apenas
quando a lei expressamente a exigir.

13 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) Se um parecer
obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o
processo pode ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa,
sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.

14 - (2010/CESPE/MS/Técnico) É possível que um órgão


administrativo e seu titular, se não houver impedimento legal,
deleguem parte da sua competência a outros órgãos ou titulares,
desde que estes lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando

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for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,


econômica, jurídica ou territorial.

15 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) A delegação
não transfere a competência, mas somente o exercício de parte das
atribuições do delegante.

16 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) O ato de delegação


não retira a atribuição da autoridade delegante, que continua
competente cumulativamente com a autoridade delegada para o
exercício da função.

17 - (2010/CESPE/MS/Técnico) No processo
administrativo, pode ser arguido o impedimento de autoridade ou
servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum
dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros,
parentes e afins até o terceiro grau.

18 - (2010/CESPE/MP-ES/Promotor/Questão adaptada)
Está impedido de atuar no processo administrativo o servidor ou
autoridade que tenha interesse direto ou indireto na matéria ou que
esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado;
entretanto, não constitui suspeição a relação de amizade íntima com
os cônjuges, companheiros, parentes e afins com algum dos
interessados.

19 - (2010/CESPE/MS/Técnico) Quando do início do


processo, se os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um
único requerimento, salvo preceito legal em contrário.

20 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A lei que regula o


processo administrativo no âmbito da administração pública federal
assegura ao administrado a possibilidade de fazer-se assistido por
advogado.

21 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) O princípio da
acessibilidade aos elementos do expediente significa que deve ser
facultado à parte o exame de toda a documentação constante dos
autos do processo administrativo.

22 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A administração decai


do direito de anular atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis aos destinatários após três anos, contados da data em que
foram praticados.


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23 - (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) Antônio José


moveu, na justiça comum, ação para responsabilização civil contra o
cônjuge de Sebastião. Nesse mesmo período, no órgão federal da
administração direta em que trabalha, surgiu a necessidade de
Antônio José presidir processo administrativo contra Sebastião. Nessa
situação, Antônio José está impedido de atuar nesse processo
administrativo.

24 - (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) Pedro Luís,


servidor público federal, verificou, no ambiente de trabalho,
ilegalidade de ato administrativo e decidiu revogá-lo para não
prejudicar administrados que sofreriam efeitos danosos em
consequência da aplicação desse ato. Nessa situação, a conduta de
Pedro Luís está de acordo com o previsto na Lei n.º 9.784/1999.

25 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) Cabe
convalidar o vício da forma, nos atos administrativos, ainda que a lei
faça previsão expressa quanto à forma.

26 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) Interposto recurso


administrativo, a autoridade julgadora federal, que não pode ter
recebido essa competência por delegação, pode, desde que o faça de
forma necessariamente fundamentada, agravar a situação do
recorrente.

27 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) No processo
administrativo, eventual recurso deve ser dirigido à própria
autoridade que proferiu a decisão, podendo essa mesma autoridade
exercer o juízo de retratação e reconsiderar a sua decisão.

28 - (2010/CESPE/INCA/Advogado) É constitucional a
exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens
para admissibilidade de recurso administrativo.


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AGORA É HORA DE MARCAR O GABARITO

(C) (E) (SR) 13 (C) (E) (SR) 25 (C) (E) (SR)

2 (C) (E) (SR) 14 (C) (E) (SR) 26 (C) (E) (SR)

3 (C) (E) (SR) 15 (C) (E) (SR) 27 (C) (E) (SR)

4 (C) (E) (SR) 16 (C) (E) (SR) 28 (C) (E) (SR)

5 (C) (E) (SR) 17 (C) (E) (SR)

6 (C) (E) (SR) 18 (C) (E) (SR)

7 (C) (E) (SR) 19 (C) (E) (SR)

8 (C) (E) (SR) 20 (C) (E) (SR)

9 (C) (E) (SR) 21 (C) (E) (SR)

10 (C) (E) (SR) 22 (C) (E) (SR)

11 (C) (E) (SR) 23 (C) (E) (SR)

12 (C) (E) (SR) 24 (C) (E) (SR)


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ENTÃO, CONFIRA O (BOM) RESULTADO!


1 E 13 E 25 E

2 C 14 E 26 C

3 C 15 C 27 C

4 C 16 C 28 E

5 E 17 E

6 C 18 E

7 E 19 C

8 E 20 C

9 E 21 C

10 E 22 E

11 E 23 C

12 C 24 E


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QUESTÕES COMENTADAS
1 - Com a publicação da Lei n.º 9.784/1999, que regula o
processo administrativo no âmbito da administração pública federal,
houve significativa melhoria na proteção dos direitos dos
administrados e na execução dos fins da administração pública. Com
relação aos agentes administrativos, aos direitos e deveres dos
servidores públicos e ao processo administrativo, julgue os próximos
itens.
(2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) A lei mencionada
estabelece normas básicas acerca do processo administrativo
somente na administração federal e estadual direta.
1 - GABARITO: ERRADO
TEMA: PROCESSOS – APLICAÇÃO DA 9784
COMENTARIOS:
Nesse primeiro item vamos tratar do campo de aplicação da
Lei 9.784, de 1999, a Lei Geral do Processo Administrativo Federal.
Por tudo que foi exposto no curso até agora, sabemos que os
entes da federação possuem competência para se auto-organizar, ou
seja, são autônomos nesse aspecto, nos termos da CF/1988 (art.
18).
Assim, cada um dos entes federativos tem competência para
legislar sobre algumas matérias referentes ao seu próprio
funcionamento, como servidores públicos e processos
administrativos, por exemplo.
Em razão disso, a União, quando cria, por exemplo, sua própria
norma a respeito de servidores, tal norma não se estenderá,
automaticamente, aos estados e aos municípios da Federação. Estes
(estados e municípios), bem como o DF, estabelecem suas próprias
normas (leis) a respeito de servidores. É o que ocorre com a Lei
8.112/1990, por exemplo, que vale tão só para servidores FEDERAIS.
Nessa mesma linha, a Lei 9.784/1999 vale só para a UNIÃO, não se
estendendo aos demais integrantes da Federação. Logo, o item está
ERRADO, pois diz ser a norma em referência aplicável aos estados-
membros. Não é. Aplica-se a 9.784 às instituições FEDERAIS, ok?
BIZU: a Lei 9.784/99, chamada de “geral dos processos
administrativos federais” vale para Administração Indireta também.
Além disso, vale para todos os poderes, no desenrolar de processos
administrativos. Vejamos o que diz o § 1º do art. 1º da citada norma:


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Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos


Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no
desempenho de função administrativa.
Registra aí, então: a Lei 9.784/99 vale para a Administração
Direta e Indireta, para todos os Poderes, no que diga respeito aos
processos administrativos FEDERAIS que sejam desenvolvidos, MAS
NÃO VALE PARA OS ESTADOS, MUNICÍPIOS E PARA O DISTRITO
FEDERAL.
Etimologicamente, processo indica algo que caminha para
adiante, voltado para objetivo certo.
Juridicamente, processo normalmente é visto como algo
relacionado à função jurisdicional, ou seja, é instrumento da
jurisdição, por intermédio do qual os magistrados (ou Tribunais)
resolvem litígios entre os interessados. Todavia, na esfera
administrativa, também temos processos, os quais, pelas suas
peculiaridades, devem ser diferenciados com relação aos processos
judiciais.
Os processos judiciais contêm o exercício da função
jurisdicional, havendo, normalmente, um conflito de interesses a ser
resolvido. Dizemos “normalmente” que há um conflito, pois há
situações em que não há. Isso é raro, mas pode acontecer (na
chamada jurisdição voluntária, por exemplo). Como a matéria não é
nosso interesse aqui, deixaremos de aprofundá-la, ok?
No processo judicial a relação é trilateral: há partes
(interessados) diferentes envolvidas, além da presença do “Estado-
Juiz”, ao qual incumbe a tutela jurisdicional (noutras palavras,
resolver o problema). No processo administrativo nem sempre
ocorrerá conflito a ser resolvido, e, por vezes, o processo
administrativo implica mero desempenho de atividade administrativa,
como nos processos administrativos licitatórios.
Diferentemente dos processos judiciais, os processos
administrativos, quase sempre, são “bilaterais” (os judiciais são
trilaterais), dado que, havendo conflito, de um lado estará o
interessado e de outro o Estado, o qual será parte e “juiz”. De fato,
lembrando os Processos Administrativos Disciplinares, que estudamos
na aula referente aos agentes públicos, recordaremos que nestes (os
PAD), a Administração Pública, a qual integra a relação como parte
interessada, é que “dirá o direito”, ou seja, tomará a decisão quanto
à responsabilidade do servidor potencialmente infrator.
Ressaltamos, ainda, que o processo judicial culmina em uma
decisão que restará imodificável e definitiva, após o trâmite natural
do assunto. Já no processo administrativo, as decisões decorrentes
poderão ainda ser questionadas no Poder Judiciário, ante o princípio
da inafastabilidade de jurisdição, estabelecido no inc. XXXV do art. 5º

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da CF/88 (a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão


ou ameaça a direito). Lembramos, por oportuno, que o Poder
Judiciário não possui um “amplo e irrestrito” poder para adentrar no
exame das decisões proferidas em processos administrativos. Apenas
para relembrar: O Judiciário não pode invadir o mérito das decisões
administrativas (qualquer coisa, recordem-se com mais detalhes na
aula de atos administrativos), por mais que tenha legitimidade para
apreciar os atos dessa natureza, quando demandado a tanto.
É útil destacarmos que, ADMINISTRATIVAMENTE, tanto faz
utilizarmos os termos processos ou procedimentos administrativos.
Dessa forma, podemos falar processo licitatório ou procedimento
licitatório. Ambas as formas estão corretas.
Todavia, na esfera judicial, as expressões (processo e
procedimento) guardam distinções. O procedimento, judicialmente,
constitui um conjunto de formalidades e de medidas que devem ser
observados para a prática de certos atos; equivale a rito, a forma de
proceder. Os procedimentos, portanto, desenvolvem-se dentro dos
processos, via de regra (há exceções, desnecessárias para o presente
curso). Dessa forma, um processo, na via judicial, possui vários
procedimentos. Processos é o “principal”, isto é, o meio para a
solução da lide (litígio, problema), é meio para a tomada de decisão
jurisdicional. Procedimentos são os “acessórios”, ou seja, são os
instrumentos que constam de um processo, fazendo parte destes, e
necessários para que, ao fim, um processo possa ter andamento.
Para fins de fixação, é possível conceituar processo (ou
procedimento) administrativo como uma série de atos tendentes a
um resultado final único pretendido pela Administração Pública, com
vistas ao melhor atendimento do interesse público.
Interessante notar, antes de finalizarmos esse item, que a lei
do processo administrativo estabelece, além de normas a respeito do
assunto, proteção aos administrados, ou seja, particulares que
sujeitem a processos administrativos federais. Vejamos o art. 1º da
norma:
Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo
administrativo no âmbito da Administração Federal direta
e indireta, visando, em especial, à proteção dos
direitos dos administrados e ao melhor cumprimento
dos fins da Administração.
Mas não é só: a norma estabelece deveres desses mesmos
administrados, os quais, em resumo, constam do art. 4º, transposto
a seguir para facilitar a vida:
Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem
prejuízo de outros previstos em ato normativo:
I - expor os fatos conforme a verdade;

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II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;


III - não agir de modo temerário;
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e
colaborar para o esclarecimento dos fatos.
Assim, finalizando, podemos dizer que A 9.784 ESTABELECE
NORMAS GERAIS A RESPEITO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
FEDERAL, ALÉM DE DIREITOS E DEVERES DOS ADMINISTRADOS.

2 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) O processo
administrativo estabelece uma relação bilateral, de um lado o
administrado, que deduz uma pretensão, e de outro a administração,
que, quando decide, não age como um terceiro, estranho à
controvérsia, mas como parte.
2 - GABARITO: CERTO
TEMA: PROCESSOS – CONCEITO INICIAL
COMENTARIOS:
Questão de fixação: no processo ADMINISTRATIVO,
diferentemente do processo judicial, temos tão só DOIS PÓLOS, ou
seja, dois pontos: a Administração, de um lado, que age como parte
e como “julgadora” e o interessado, que seria a “parte” interessada.
CERTO o item, portanto.

3 - (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) Carlos, servidor


da Justiça Federal, responde a processo administrativo nesse órgão e
requereu a aplicação da Lei n.º 9.784/1999 no âmbito desse
processo. Nessa situação, é correto afirmar que tal aplicação é
cabível.
3 - GABARITO: CERTO
TEMA: PROCESSO – APLICAÇÃO DA 9784
COMENTARIOS:
Outra de fixação. Vejamos, novamente, o Vejamos o que diz o
§ 1º do art. 1º da citada norma:
Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no
desempenho de função administrativa.
Então, nosso amigo Carlos, do item, tem aplicado a si, na
situação, a 9.784, uma vez que se trata de processo
ADMINISTRATIVO, tramitando no Judiciário. CERTO O ITEM.

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4 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) Aos processos


administrativos disciplinares instaurados para apurar infração
disciplinar praticada por servidor público civil da União serão
aplicadas, de forma subsidiária, as normas insertas na Lei n.º
9.784/1999 (lei que regula o processo administrativo no âmbito da
administração pública federal).
4 - GABARITO: CERTO
TEMA: PROCESSOS – CONCEITO INICIAL
COMENTARIOS:
Essa questão é mais de interpretação jurídica do que de
Direito Administrativo, em si. Podemos falar de 3 critérios para
solucionar eventuais “conflitos” entre normas.
O primeiro deles é o hierárquico. Entre normas de maior ou
menor envergadura, prevalecem as primeiras. Exemplo: uma lei que
não está conforme a CF. Prevalece a última, por ser “maior”.
O segundo é o critério material: entre o geral e o específico,
se houver conflito, prevalecerá a norma que cuida especificamente da
matéria, pois é mais própria para o assunto. Todavia, se não houver
conflito, aplicam-se as duas normas “em jogo”, isto é, primeiro, a
específica; depois, em caráter subsidiário, a GERAL. É disso que trata
esse item. A 9.784 é GERAL para os processos administrativos. Logo,
SUBSIDIÁRIA à 8.112, que estabelece normas ESPECÍFICAS quanto
aos processos administrativos disciplinares instaurados para apurar
infração praticada por servidor público civil da União. Logo,
CORRETO, o item, claro.
O terceiro e último critério interpretativo diz respeito à
temporaneidade: entre norma nova e “velha” que cuide do mesmo
assunto, aplica-se, primordialmente, a primeira, por ser mais próxima
do interesse público.

5 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O
denominado princípio da oficialidade não tem aplicação no âmbito do
processo administrativo, pois a instauração do processo depende de
provocação do administrado.
5 - GABARITO: ERRADO.
TEMA: PROCESSOS – PRINCÍPIOS - OFICIALIDADE
COMENTARIOS:
Bom, vamos falar um pouco sobre os princípios que orientam
os processos administrativos, de modo geral.

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Vamos percorrer, então, aquele looongo caminho da exposição


teórica, e, depois resolver vários itens que cuidam desse assunto
(princípios no processo administrativo).
Inicialmente, não custa nada ler a íntegra do artigo art. 2º da
9.784:
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre
outros, aos princípios da legalidade, finalidade,
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
público e eficiência.
Notaram o negrito no dispositivo? É nosso. É para realçar que o
legislador resolveu apontar DENTRE OUTROS alguns princípios para
os processos administrativos federais. Assim, essa lista aí não é
exaustiva, mas meramente EXEMPLIFICATIVA dos princípios que
valem para os processos administrativos federais, ok?
Outra coisa interessante é que o parágrafo único do artigo em
referência estabelece vários “critérios” a serem observados nos
processos administrativos federais. Na verdade, esses critérios são os
princípios, desdobrados. Vamos fazer o seguinte: vejamos o artigo
2º, os critérios dos processos administrativos e associemos aos
princípios, em um rápido comentário. De vez em quando, o melhor
método de estudar a Lei é esse mesmo: lendo a Lei. Vamos lá para o
nosso “exercício de associação”.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados,
entre outros, os critérios de:
I - atuação conforme a lei e o Direito:
Princípio mais diretamente associado: LEGALIDADE.
Comentário: salta aos olhos que o critério em referência diz
respeito à legalidade. A curiosidade é que o legislador,
acertadamente, vai mais além do cumprimento da Lei. Nos processos
administrativos é necessário se observar o DIREITO, com todos os
seus preceitos e fundamentos, ou seja, a moralidade, a legitimidade,
e outros, que vão além do cumprimento da Lei, em sentido formal;
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia
total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em
lei;
Princípio mais diretamente associado: INDISPONIBILIDADE
DO INTERESSE PÚBLICO.
Comentário: desse trecho, interessante notar que as
competências e os poderes para a Administração são irrenunciáveis.
Noutras palavras – competência distribuída, competência a ser
exercida. Já falamos um pouco sobre isso em atos administrativos,

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mas como nunca é demais, voltaremos ao assunto em itens mais á


frente. Aguardem.
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a
promoção pessoal de agentes ou autoridades;
Princípio mais diretamente associado:
IMPESSOALIDADE/FINALIDADE.
Comentário: muito bom para relembrar que a divulgação das
ações do Estado devem ser impessoais, para evitar essa confusão
que muitas vezes se faz entre o público e privado.
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e
boa-fé;
Princípio mais diretamente associado: PROBIDADE.
Comentário: é o velho e bom princípio da probidade
evidenciado neste dispositivo, claro. Vocês já perceberam como o
legislador insiste em reforçar o dever de probidade? Pois é, essa coisa
da repetição é boa. Quanto mais você repete, maior a tendência de a
ideia ser fixada. É igual vida de concursando: repetir quantas vezes
for necessário, até aprender o assunto. Esperemos que alguns
agentes públicos, então, estejam atentos ao dever de probidade, já
que tão repetido nas normas...
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as
hipóteses de sigilo previstas na Constituição;
Princípio mais diretamente associado: PUBLICIDADE.
Comentário: ei, atenção em prova! São possíveis atos sigilosos
por parte de Administração, desde que se trate de uma das hipóteses
de previsão constitucional, como cita o dispositivo em análise. Mas se
o examinador disser que TODOS os atos da Administração têm que
ser públicos, tá errado, claro.
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;
Princípio mais diretamente associado:
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE.
Comentário: praticamente desnecessários comentários aqui...
Mas não custa reforçar: tudo o que a Administração Pública fizer deve
encontrar conformidade no que diga respeito à proporcionalidade. É o
velho ditado: os fins não justificam os meios...
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que
determinarem a decisão
Princípio mais diretamente associado: olha a MOTIVAÇÃO
na prática aí, gente!

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Comentário: nesse ponto, cabe reforçar a mensagem dada na


aula de atos – motivação é regra, um princípio, mas com exceções.
Ou seja: há atos que não precisam ser motivados. Mas são poucos
esses atos que não precisam de motivação, pois o rol do art. 50 da
Lei 9.784 tem um número razoável de hipóteses em que a motivação
é necessária. BIZU: leiam o art. 50 da Lei referenciada. Volta e meia
tem caído em prova...
Motivar significa expor pressupostos de fato e de direito que
suportaram a prática do ato. A Lei 9.784/99 aponta em seu art. 50
situações em que é obrigatória a motivação dos atos administrativos,
tal como se vê:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados,
com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos,
quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou
sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou
seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo
licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a
questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e
relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou
convalidação de ato administrativo.
A Lei indica, ainda, que a motivação deve ser explícita, clara e
congruente, podendo consistir em declaração de concordância com
fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou
propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato e que, na
solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado
meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde
que não prejudique direito ou garantia dos interessados.
Observe-se, como já fizemos na aula de atos, que não são
todos os atos que exigem motivação, ainda que seja desejável a
realização desta. De fato, certos atos discricionários não necessitam
de motivação. O mais clássico exemplo é a nomeação e exoneração
ad nutum de servidor para cargos em comissão. Contudo, afirme-se
que, a despeito de nem sempre exigirem motivação, todos os atos
administrativos, vinculados ou discricionários, não dispensam a
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existência de motivo, que é diverso da motivação, também como já


analisado no capítulo referente aos atos administrativos.

VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos


direitos dos administrados
Princípio mais diretamente associado:
INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS.
Comentário: formas são meios, não a própria razão de ser da
Administração. Daí, sempre que possível, a Administração deve
procurar “facilitar”, ou seja, adoção de formas simples, de maneira
que as decisões sejam céleres, e voltadas ao melhor atendimento dos
interesses públicos.
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar
adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos
administrados;
Princípio mais diretamente associado:
INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS.
Comentário: valem os comentários do inciso anterior.
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de
alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos,
nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de
litígio
Princípio mais diretamente associado: CONTRADITÓRIO E
AMPLA DEFESA;
Comentário: este é de índole constitucional também (vejam,
se for o caso, art. 5º, inc. LV). Notem que este inciso é aplicável em
situações que possam resultar em SANÇÕES e quando possa ocorrer
LITÍGIO. Assim, não é em todo processo administrativo que é
aplicável.
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas
as previstas em lei
Princípio mais diretamente associado: GRATUIDADE.
Comentário: falaremos mais um pouco da gratuidade dos
processos administrativos quando falarmos de recursos. Mas já fica o
registro: em regra, os processos administrativos são gratuitos.
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem
prejuízo da atuação dos interessados;
Princípio mais diretamente associado: IMPULSO OFICIAL
OU OFICIALIDADE.
Comentário: interessante perceber, de cara, que esse princípio
não citado no caput do art. 2º. Mas é unânime na doutrina: nos
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processos administrativos, o impulso (andamento) do processo, ainda


que provocado pelo particular, compete à Administração, uma vez
que esta tem o dever de tutelar o interesse público, independente do
interesse daquele particular responsável pela “provocação” que
resultou na instauração do processo administrativo.
Já nos processos ocorridos no âmbito judicial, o impulso
processual, via de regra, é de incumbência das partes, as quais
devem tomar providências para a movimentação do processo,
restando graves consequências para a parte que permaneça inerte.
Diz-se, então, que Juiz se move em razão do “impulso das partes”,
daí sua inércia: se não for provocado, nada fará. Agora, releiam o
item (o comando). Dúvidas? Esperamos que não... Pois é! Claro que
o princípio da oficialidade TEM APLICAÇÃO no processo
administrativo, uma vez que a instauração deste (processo
administrativo) independe de qualquer provocação por parte dos
interessados. Logo, ERRADO o item.
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que
melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada
aplicação retroativa de nova interpretação.
Princípio mais diretamente associado: SEGURANÇA
JURÍDICA.
Comentário: muito bom esse dispositivo. Dá para brincar
bem... Notem que a lei veda aplicação RETROATIVA de nova
interpretação, MAS NÃO VEDA NOVA INTERPRETAÇÃO, ou seja, a
interpretação muda, mas não para o passado. Isso, claro,
proporciona segurança (em termos jurídicos) a todos – sabedores
que somos de que o passado não muda por mera interpretação,
podemos dormir tranquilos...

6 - (2010/CESPE/ANEEL/Analista) A administração
pública pode, independentemente de provocação do administrado,
instaurar processo administrativo, como decorrência da aplicação do
princípio da oficialidade.
26 - CORRETO.
TEMA: PROCESSOS – PRINCÍPIOS – OFICIALIDADE
COMENTARIOS:
Mais uma sobre o princípio da oficialidade. A Administração
pode, sim, dar início ao processo, mesmo que não haja provocação
por quem quer que seja. Logo, CORRETO o item.

7 - (2010/CESPE/MP-ES/Promotor/Questão adaptada)
O processo administrativo, como o judicial, somente se instaura por

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provocação do administrado, ainda que a administração possa, de


ofício, adotar as medidas necessárias à sua adequada instrução.
7 - GABARITO: ERRADO.
TEMA: PROCESSSO – PRINCÍPIOS - OFICIALIDADE
COMENTARIOS:
Fixação: o processo administrativo é diferente do processo
judicial quanto a sua instauração. Os administrativos independem de
provocação para serem instaurados. O mesmo não ocorre quanto ao
judicial, que será instaurado quando tal poder for provocado,
demandado, a se pronunciar. Logo, ERRADO o item, pois o processo
administrativo pode ser instaurado de ofício.

8 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Jud.) A doutrina


destaca a aplicação do princípio da pluralidade de instâncias ao
processo administrativo como decorrência do poder de autotutela da
administração pública. Sua aplicação, contudo, não autoriza o
administrado a alegar em instância superior o que não foi arguido no
início do processo.
8 - GABARITO: ERRADO
TEMA: PROCESSOS ADMINISTRATIVO – PRINCÍPIOS -
REVISIBILIDADE
COMENTARIOS:
Esse princípio, da pluralidade de instância, é similar ao do duplo
grau de jurisdição, da esfera judicial. Só que não se pode falar de
duplo grau na esfera administrativa, uma vez que nem jurisdição, em
sentido estrito, existe na esfera administrativa, a qual, todavia,
garante a “revisibilidade” das decisões administrativas, a partir das
normas que cuidam do assunto. Interessante notar o que diz o art.
56 da 9.784:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em
face de razões de legalidade e de mérito.
O destaque negritado é nosso: o questionamento, em sede de
recurso, discutirá a legalidade e o mérito da decisão inicial (ou
anterior). Não há limites para o questionamento no recurso. Noutras
palavras: não há impedimento para que se discuta no recurso o que
não fora discutido anteriormente. Item ERRADO, portanto.

No que se refere ao processo administrativo e aos poderes da


administração, assinale a opção correta.
9 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O
princípio da gratuidade não se aplica ao processo administrativo,
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considerando-se a necessidade de cobertura das despesas


decorrentes da tramitação.
9 - GABARITO: ERRADO.
TEMA: PROCESSOS – PRINCÍPIOS - GRATUIDADE
COMENTARIOS:
De modo geral, processos administrativos são gratuitos. Esse,
aliás, é um dos critérios dos processos administrativos, colocados da
seguinte forma no parágrafo único do art. 2º da 9.784:
XI - proibição de cobrança de despesas processuais,
ressalvadas as previstas em lei;
Logo, ESTÁ ERRADO O ITEM, pois a gratuidade é um dos
princípios aplicáveis aos processos administrativos. Interessante
notar que tal princípio, o da gratuidade, não é chamado de princípio
pela 9.784, ou seja, não é um princípio explícito, mas sim
reconhecido doutrinariamente. Ah – voltaremos a falar de gratuidade
mais adiante, quando falarmos de uma súmula recente editada pelo
STF. Mas tudo tem seu tempo, não é verdade? Então, vamos deixar
maiores detalhes para mais adiante.

10 - (2009/CESPE – TCU – AFCE – OBRAS) No âmbito do


processo administrativo, não pode o administrador deixar de aplicar
lei já em vigor, sob o argumento da existência de mudança de
entendimento acerca da sua interpretação e aplicação. Nesse caso, a
nova interpretação deve ser aplicada aos casos já analisados, sob
pena de violação ao princípio constitucional da legalidade.
10 - GABARITO: ERRADO
TEMA: PROCESSOS – PRINCÍPIOS – INSTRUMENTALIDADE DAS
FORMAS
COMENTARIOS
Fixação: vimos no inc. XIII do parágrafo único do art. 2º da
9.784 que deve ser garantida a interpretação da norma
administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação. O que a lei veda é a aplicação RETROATIVA de nova
interpretação, MAS NÃO VEDA NOVA INTERPRETAÇÃO, ou seja, a
interpretação muda, mas não para o passado. Assim, diferentemente
do que diz o item, pode haver mudança de interpretação, MAS ISSO
NÃO SE APLICARÁ AOS CASOS JÁ ANALISADOS. Item ERRADO,
então.

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11 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O
princípio da obediência à forma e aos procedimentos tem aplicação
absoluta no processo administrativo, razão pela qual os atos do
referido processo sempre dependem de forma determinada.
11 - GABARITO: ERRADO.
TEMA: PROCESSOS – PRINCÍPIOS – INSTRUMENTALIDADE
DAS FORMAS
COMENTARIOS:
A obediência à forma é algo que a professora Di Pietro chama,
em linhas gerais, de tipicidade dos atos administrativos.
Sinteticamente, para a referida autora, cada ato administrativo
corresponde a uma forma específica, típica para o ato, algo próximo
ao processo de “tipificação” do Direito Penal. Lá, no penal, cada crime
tem um tipo específico. Noutras palavras, a conduta típica
corresponderá a uma figura qualificada como crime no Direito Penal.
Todavia, o art. 22 da Lei 9.784/99 indica que os atos do processo
administrativo não dependem de forma determinada senão quando a
lei expressamente a exigir. Há, portanto, um “formalismo moderado”
para a Administração, o que significa dizer que a Administração não
deve se apegar aos “detalhismos” exagerados, mas sim buscar as
melhores soluções para o atendimento dos interesses públicos.
Assim, o princípio da obediência de forma não é absoluto, uma vez
que formas específicas só devem ser exigidas quando expressamente
previstas em Lei. Logo, ERRADO o item.

12 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) Os atos do
processo administrativo dependem de forma determinada apenas
quando a lei expressamente a exigir.
12 - GABARITO: CERTO
TEMA: PROCESSOS - FORMALIDADES
COMENTARIOS:
Fixação: como dissemos no item anterior, o art. 22 da Lei
9.784/99 indica que os atos do processo administrativo não
dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente
a exigir, exatamente como diz o item.

13 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) Se um parecer
obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o
processo pode ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa,
sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.
13 - GABARITO: ERRADO

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TEMA: PROCESSOS - FORMALIDADES


COMENTARIOS:
Com relação à produção de pareceres, que podem ser
produzidos na instrução do processo por órgãos consultivos, o art. 42
da Lei 9.784/99 indica que:
I) É de 15 dias o prazo para emissão de parecer, salvo
norma especial ou necessidade comprovada de maior
prazo;
II) Caso o parecer não seja emitido no prazo fixado, poderão
ser havidas as seguintes consequências:
a) Parecer obrigatório e vinculante: se não emitido no prazo
correto, o processo deverá ser paralisado, com a decorrente
responsabilização de quem der causa ao atraso. Logo,
diferentemente do que diz o item, o processo administrativo
não pode ter prosseguimento sem que um parecer
obrigatório e vinculante tenha sido emitido. Além disso,
deve-se responsabilizar o omisso com relação a tal parecer.
O item está ERRADO, então, claro;
b) Parecer obrigatório e não vinculante: se não emitido no
prazo certo, o processo poderá ter prosseguimento e ser
decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade
de quem se omitiu no atendimento.
c) Parecer não obrigatório: a lei não trata especificamente
dessa situação, mas neste caso o processo segue, podendo
ser proferida a decisão. Aquele que der causa ao
descumprimento da emissão do parecer, claro, deverá ser
responsabilizado.

14 - (2010/CESPE/MS/Técnico) É possível que um órgão


administrativo e seu titular, se não houver impedimento legal,
deleguem parte da sua competência a outros órgãos ou titulares,
desde que estes lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando
for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial.
14 - GABARITO: ERRADO
TEMA: PROCESSO ADMINISTRATIVO – DELEGAÇÃO
COMENTARIOS:
Muito bem, neste item trataremos de um dos temas mais
comuns nas provas que tratam da Lei 9.784: a delegação de
competências. Vamos lá para o nosso tradicional passeio a respeito

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do assunto essencial: competência, que é tratado na Lei 9.784, no


essencial, do art. 11 ao 17, a qual estabelece, de pronto (art. 11), a
irrenunciabilidade da competência. Portanto, a competência deve ser
exercida a quem foi atribuída, ressalvas feitas às possibilidades de
delegação e avocação. Olha só o que diz o dito art. 11º:
A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos
administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos
de delegação e avocação legalmente admitidos.
A leitura do dispositivo reconstruído fica assim: a competência
para a prática de atos em processos administrativos deve ser
exercida pelos órgãos a que foi atribuída como própria, permitindo-se
a delegação e a avocação nos casos juridicamente admissíveis.
Todavia, não se permite a renúncia de competência, uma vez que
isso seria como renunciar ao interesse público.
Esse esclarecimento tem que ser feito, pois, pela redação do
dispositivo, muitos têm impressão que seria possível a renúncia de
competências. JAMAIS (para efeito de prova de concurso, ao menos)!
O que a Lei admite é a delegação e avocação de competência. Mas
prossigamos.
Já o artigo 12 da Lei 9.784 estabelece:
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão,
se não houver impedimento legal, delegar parte da
sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda
que estes não lhe sejam hierarquicamente
subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica,
jurídica ou territorial.
Façamos a leitura do dispositivo, do nosso modo: um órgão
administrativo e quem o titulariza podem, desde que não haja
proibição legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos
ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente
subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de
índole técnica, social, econômica, jurídica, ou territorial (não é
política e sequer moral!).
Duas observações adicionais:
I) não pode haver delegação de toda competência. Vejam que
o primeiro trecho negritado fala em delegação de parte. Só não diz
qual o tamanho dessa “parte”, o que pode levar a problemas no
cotidiano do mundo real.
Se houver delegação de 99% da competência, teremos
delegação de parte? Mas deixa pra lá. Isso é procurar “chifre em
cabeça de cavalo” e o examinador, normalmente, não faz isso...

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II) pode haver delegação, mesmo que não haja subordinação


direta entre aqueles envolvidos (é o segundo trecho negritado).
O ato delegatório, quando for possível, deverá especificar os
poderes transferidos, podendo ser revogado a qualquer tempo pelo
delegante (é a qualquer tempo mesmo!). Um exemplinho básico,
para entender: Sean Oneal é diretor de uma área do TCU, e deve
realizar determinada tarefa administrativa. Lan Laine é Diretora de
outra área, no mesmo nível hierárquico de Sean, que está muito
ocupado e não tem tempo para promover as diligências e outros atos
necessários para resolver a tarefa administrativa que tem que fazer.
Zás, trás! Sean delega os atos para Lan, e não há nenhuma
irregularidade nisso, dado que a Lei permite a delegação, mesmo que
não haja hierarquia direta entre Sean e Lan. Então, gente, o item
está ERRADO, pois diz que tem de haver hierarquia, para que permita
a delegação. Não precisa não, pelo que demonstramos. Mas vamos
continuar com as análises.
Pergunta interessante: Lan pratica o ato em razão da delegação
de Sean. Afinal, quem será responsabilizado, se for o caso, pelas
consequências do ato?
O ato praticado sob o manto da delegação reputa-se praticado
pelo delegado, é dizer, por quem efetivamente o praticou, e quem,
inclusive, responderá por eventuais irregularidades no exercício da
competência delegada. É isso o que diz o art. 14. Vejamos:
§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo
delegado.
Todavia, não são todos os atos administrativos que podem ser
delegados. O art. 13 da Lei n. 9.784/1999 é o que estabelece a
indelegabilidade de competência para alguns atos.
O primeiro desses atos indelegáveis é a apreciação de recursos
administrativos. Aliás, essa é uma das boas passagens da Lei, pela
seguinte razão: imaginemos que uma autoridade qualquer tome uma
decisão que tenha sido potencialmente prejudicial a um particular.
Este então recorre (há uma nuance interessante no andamento do
recurso administrativo que veremos mais para frente). O recurso
administrativo é encaminhado, então, pela via hierárquica para a
autoridade. Suponhamos que essa autoridade superior pudesse
delegar a competência para a apreciação do recurso.
Resultado: a autoridade hierárquica superior poderia delegar
para a autoridade que adotou a decisão administrativa inicial, decisão
esta que o potencial prejudicado quer ver reformulada. Daí, uma
grande chance de “não valer nada” o recurso, pois este seria
apreciado pelo mesmo responsável pela apreciação inicial.

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Em síntese: permitir a delegação da apreciação de recursos


administrativos poderia simplesmente “fulminar” o “duplo grau
administrativo”. Preferimos outra construção: duas cabeças
pensam melhor do que uma. É preciso que mais de uma
autoridade tenha possibilidade de se pronunciar quanto a situações
que tenham de ser decididas pela Administração.
Outras vedações de delegação são, igualmente, extraídas do
art. 13 da Lei n. 9.784/1999:
- a edição de atos de caráter normativo; e
- as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
No que se refere à necessidade de divulgação do ato de
delegação, diz a 9.784:
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser
publicados no meio oficial.
§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os
objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter
ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo
pela autoridade delegante.
Os negritados são nossos destaques. Vamos lá para
esclarecimentos adicionais.
I) tanto o ato inicial de delegação como sua revogação devem
ser publicados em meio oficial (leia-se: não é, necessariamente,
Diário Oficial, pode ser um Boletim Interno do órgão/entidade).
E qual a utilidade desta publicação? Principalmente para
efeito de controle por outras autoridades e órgãos, isso porque as
decisões adotadas serão consideradas editadas pelo delegado.
Ponto de interesse: é possível a delegação com reserva de
poderes? A resposta é positiva, segundo previsto no §1º do art. 14
da Lei n. 9.784/1999. Leiam de novo, se for o caso. Mas a delegação
com reserva de poderes garante que a autoridade (delegante)
conjuntamente com delegado exerça a competência. Em havendo
reserva de poderes, é desnecessário que a autoridade delegante
primeiro revogue a delegação para depois exercer a competência. E
notem que a revogação pode ser feita a qualquer tempo, em razão do
que diz o § 2º do art. 14.
Finalmente, para fecharmos esse trecho, a avocação, que é
abordada no art. 15 da Lei n. 9.784/1999. O dispositivo será
reproduzido para ser explorado um pouco mais:

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Será permitida, em caráter excepcional e por motivos


relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
Os destaques que fazemos desse dispositivo referente à
avocação são os seguintes:
I) caráter excepcional: a avocação não deve ser prática, mas
exceção. Não é desejável que a norma atribua competência a um
órgão/agente e o superior hierárquico, então, retire tal competência.
Além disso, imagina a situação do sujeito que tem sua competência
avocada. Acabaria sendo marcado em seu local de trabalho. Mais ou
menos assim: olha, lá vai ele. O sujeito que teve sua competência
avocada...
II) motivos relevantes, justificados: não poderia ser
diferente. Se a avocação é excepcional, tem de ser explicada quando
de sua ocorrência. Daí, sua necessária motivação;
III) temporária: o tempo certo é necessário. Caso contrário,
é melhor que a competência passe a ser do avocante; e
IV) com relação a órgão inferior: imagine diferente – avocar
competência de quem é hierarquicamente superior. Não há sentido
nisso, não é?

15 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) A delegação
não transfere a competência, mas somente o exercício de parte das
atribuições do delegante.
15 - GABARITO: CERTO
TEMA: PROCESSOS – DELEGAÇÃO
COMENTARIOS
Questão de fixação de conteúdo, mas é útil reforçarmos: é
desnecessário que a autoridade delegante primeiro revogue a
delegação para depois exercer a competência. Como dissemos, a
revogação pode ser feita a qualquer tempo, em razão do que diz o §
2º do art. 14. Assim, o titular da competência quando delega
transfere a EXECUÇÃO do ato, mas não a titularidade da
competência, pois esta continua sendo sua. O que “muda de mãos” é
o exercício das atribuições.

16 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) O ato de delegação


não retira a atribuição da autoridade delegante, que continua
competente cumulativamente com a autoridade delegada para o
exercício da função.
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16 - GABARITO: CERTO
TEMA: ATOS x PROCESSOS - COMPETÊNCIA
COMENTARIOS
Reforço: delega-se a EXECUÇÃO, mas não a titularidade da
competência. Logo, o delegante permanece competente para a
prática do ato, junto com a autoridade delegada. CORRETO o item,
então.

17 - (2010/CESPE/MS/Técnico) No processo
administrativo, pode ser arguido o impedimento de autoridade ou
servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum
dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros,
parentes e afins até o terceiro grau.
17 - GABARITO: ERRADO
TEMA: PROCESSO ADMINISTRATIVO – SUSPEIÇÃO
COMENTARIOS
Neste item vamos tratar de duas figuras “clássicas” quanto
aos processos de modo geral e que constituem aplicação direta do
princípio da impessoalidade. – impedimentos e suspeições.
Como já sabemos a essa altura do curso, os atos da
Administração devem ser fundamentados, motivados, livres de
imoralidades, de subjetivismos, cercados da imparcialidade.
Nos processos administrativos, como conjunto de atos
interligados logicamente para um resultado final, a história não pode
(deve) ser diferente, por contarmos, inclusive, com o agravante de
que a Administração funciona (a um só tempo) como julgadora
e parte. Assim, se houver tendência de se prejudicar ou de se
favorecer o administrado, é dever da Administração afastar seus
servidores da condução do processo.
Logo, com a tentativa de se evitar o desvio de finalidade, a
ofensa ao princípio da impessoalidade, a Lei n. 9.784/1999 trouxe
regras sobre os impedimentos e as suspeições.
O art. 18 lista os casos de impedimento, vejamos:
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;
II - tenha participado ou venha a participar como perito,
testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem
quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o
terceiro grau;
III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o
interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

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Percebam que as hipóteses de impedimentos são de natureza


bem objetivas, aferíveis (medidas, detectadas) pelas circunstâncias
apresentadas. Por exemplo: Ministro da Fazenda recebe pedido de
servidores sobre concessão de determinada gratificação, a qual,
igualmente, lhe será favorável. Nesse caso, em razão do interesse na
matéria, deve comunicar (não é facultativa a comunicação) o fato
ao Presidente da República, abstendo-se de atuar.
Vamos acrescentar mais um detalhe sobre a regra de
impedimento: o grau de parentesco.
O grau de parentesco gerador do impedimento é
consangüíneo e por afinidade até o 3º grau, por exemplo:
- Consangüíneo: pais, filhos, netos, avós, irmãos, tios, e
sobrinhos;
- Por afinidade: sogros, genros, sobrinhos, tios do cônjuge,
cunhados.
E os primos? Esses podem participar de um processo
administrativo, sem impedimento, porque são parentes colaterais
de 4º grau.
Relativamente à suspeição, vale, mais uma vez, a
transcrição da norma:
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor
que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos
interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros,
parentes e afins até o terceiro grau.

Diferentemente do impedimento – o qual deve ser informado


pelo servidor, sob pena de incidir em falta grave–, a suspeição não
será, necessariamente, declarada pelo próprio servidor, podendo,
inclusive, ser arguida pelas partes interessadas, ocasião que
indeferida a alegação, poderá ser objeto de recurso, sem efeito
suspensivo.
Os fundamentos para a aplicação da suspeição são: a amizade
íntima ou a inimizade notória.
Bom, antes que alguém pergunte o que é amizade íntima... já
registramos que não vem ao caso, sinceramente. O examinador,
claro, é cuidadoso com as afirmativas em prova.
Quanto ao item: o que deve ser arguido, neste caso, é
SUSPEIÇÃO, pois envolve amizade/inimizade.
BIZU FINAL: nós vimos que as situações de IMPEDIMENTO são
OBJETIVAS. Já as de suspeição são SUBJETIVAS, noutras palavras,
importam certo juízo de valor quanto à amizade ou inimizade.

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18 - (2010/CESPE/MP-ES/Promotor/Questão adaptada)
Está impedido de atuar no processo administrativo o servidor ou
autoridade que tenha interesse direto ou indireto na matéria ou que
esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado;
entretanto, não constitui suspeição a relação de amizade íntima com
os cônjuges, companheiros, parentes e afins com algum dos
interessados.
18 - GABARITO: ERRADO
TEMA: PROCESSO – IMPEDIMENTO
COMENTARIOS
Fixação: bom, a primeira parte do item está certo, pois, de
fato, uma autoridade que tenha interesse direto ou indireto na
matéria ou que esteja litigando judicial ou administrativamente com o
interessado encontra-se em IMPEDIMENTO. O erro é a parte final: a
suspeição se estende aos cônjuges, parentes, consaguíneos ou por
afinidade, etc.
Nunca é demais reler a 9.784. Lá vai:
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor
que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos
interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros,
parentes e afins até o terceiro grau.
Assim, sem dúvida, o item está ERRADO.

19 - (2010/CESPE/MS/Técnico) Quando do início do


processo, se os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um
único requerimento, salvo preceito legal em contrário.
19 - GABARITO: CERTO
TEMA: PROCESS ADMINISTRATIVO - TRÂMITE
COMENTARIOS
Vejamos o art. 9º da 9.784:
Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados
tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser
formulados em um único requerimento, salvo preceito
legal em contrário.
Alguma dúvida quanto ao item? TÁ CERTO mesmo, pois repete
a literalidade da Lei. Detalhe: se os pedidos são realmente iguais, é
até útil para a Administração que venham em um único

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requerimento, pois isso poupará tempo ao Estado, na análise dos


argumentos.

20 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A lei que regula o


processo administrativo no âmbito da administração pública federal
assegura ao administrado a possibilidade de fazer-se assistido por
advogado.
20 - GABARITO: CERTO
TEMA: PROCESSO– TRÂMITE x DEFESA TÉCNICA
COMENTARIOS
Teve gente que errou esse item, temos certeza...
Seguinte: a 9.784, que a Lei que regula o processo
administrativo no âmbito da administração pública federal, assegura
ao administrado, realmente, o DIREITO de ser assistido por um
advogado nos processos administrativos. Só não há a
OBRIGATORIEDADE dessa assistência. Lembrem-se que a
Administração não é o Judiciário. Lá, sim, de modo geral, o
interessado DEVE ser assistido por advogado (mas há exceções que
não vem ao caso agora). Para fechar, vejamos os direitos garantidos
ao administrado nos processos administrativos:
Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos
perante a Administração, sem prejuízo de outros
que lhe sejam assegurados:
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e
servidores, que deverão facilitar o exercício de seus
direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II - ter ciência da tramitação dos processos
administrativos em que tenha a condição de interessado,
ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles
contidos e conhecer as decisões proferidas;
III - formular alegações e apresentar documentos antes
da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo
órgão competente;
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por
advogado, salvo quando obrigatória a
representação, por força de lei.
Os negritos são para evidenciar a correção do item.

21 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) O princípio da
acessibilidade aos elementos do expediente significa que deve ser

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facultado à parte o exame de toda a documentação constante dos


autos do processo administrativo.
21 - GABARITO: CERTO
TEMA: PROCESSO - PRINCÍPIOS
COMENTARIOS
Novo nome, para coisa velha. A doutrina é assim mesmo, vive
“rebatizando” as coisas... rsrsrs...
Pois é. Em razão do “sagrado” direito à defesa, claro que deve
ser assegurado ao interessado o acesso aos autos, para que possa se
informar, e, consequentemente, se defender. Aliás, oportuno repetir
um trechinho do art. 3º da 9.784, que transcrevemos acima:
Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a
Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam
assegurados:
(...)
II - ter ciência da tramitação dos processos
administrativos em que tenha a condição de interessado,
ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles
contidos e conhecer as decisões proferidas;
Assim, é direito do interessado ter acesso aos autos. Ah –
detalhe: muito ruim o item quando fala de “parte” no processo
administrativo. A 9.784 quase não lança mão dessa expressão
(parte). A norma fala muito mais em “interessado” do que em parte,
pois esta expressão traz, quase sempre, a ideia de litígio, problemas.
E isso nem sempre acontece em processos administrativos. Mas,
deixa pra lá... o examinador não é divino (apesar de ser às vezes...),
e erra também...

22 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A administração decai


do direito de anular atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis aos destinatários após três anos, contados da data em que
foram praticados.
22 - GABARITO: ERRADO
TEMA: PROCESSO - DECADÊNCIA
COMENTARIOS
Bom, vamos falar de um dos institutos mais debatidos do
Direito, de modo geral, a decadência.
Sinteticamente, pode-se dizer que a decadência é a perda de
um direito. Muitos confundem decadência com a prescrição. Essa
última é mais “fraquinha”, pois significa a perda do direito de agir.
Um exemplinho mostra mais fácil o que se quer dizer. Sean O’neal foi
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multado por uma instituição pública. Passado um bom período, a


multa prescreveu. Daí, o heroico (e incauto) Sean vai ao órgão e
paga o valor da multa (que já estava prescrita). Certo dia,
conversando com um amigo, Sean descobre que a multa já estava
prescrita. Retorna ao órgão e reclama a um servidor: quero meu
dinheiro de volta! Paguei uma multa prescrita! O servidor, carioca
como Sean, responde: Perdeu, Mané! A multa prescrita poderia ser
RECEBIDA, pois com a prescrição a Administração perdeu o direito de
cobrar de você a multa (perda do direito de agir), mas não o direito
de receber o valor, o que só ocorreria com a decadência (perda do
próprio direito). Tristonho, nosso heroico Sean retorna para casa e
vai afagar suas mágoas em seu passatempo predileto: ver os jogos
do flamengo... (lamentável essa preferência! Rsrsrsrs...).
Pois bem. Contada a historinha, vamos voltar ao conteúdo do
item: diz que a Administração decai do direito do anular seus atos
administrativos dos quais decorram efeitos favoráveis aos
administrados após três anos. Não são três, mas cinco anos o prazo
decadencial na 9.784. É só conferir o que diz o art. 54 da 9.784.
Transcorrido tal prazo (cinco anos) sem manifestação da
Administração, o ato administrativo restará convalidado e definitivos
serão os efeitos dele decorrentes, salvo no caso de má-fé
comprovada. Exemplo de má-fé, para ficar mais fácil – particular
apresenta certidão falsa, para usufruir de um direito. 10, 15, tanto
faz, anos depois, a Administração Pública descobre isso. Nesse caso,
em razão da má-fé do particular, não corre o prazo decadencial de 5
anos. É isso que a Lei quer dizer. Enfim, guardem a informação: o
prazo decadencial na 9.784 é de cinco anos, ok?

23 - (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) Antônio José


moveu, na justiça comum, ação para responsabilização civil contra o
cônjuge de Sebastião. Nesse mesmo período, no órgão federal da
administração direta em que trabalha, surgiu a necessidade de
Antônio José presidir processo administrativo contra Sebastião. Nessa
situação, Antônio José está impedido de atuar nesse processo
administrativo.
23 - GABARITO: CERTO
TEMA: PROCESSO - IMPEDIMENTO
COMENTARIOS
Fixação do conteúdo tratado na questão 17. Estará impedido
de atuar nos processos administrativos, conforme previsão expressa
do art. 18 da 9.784, aquele que:
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

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II - tenha participado ou venha a participar como perito,


testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem
quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o
terceiro grau;
III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o
interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.
No nosso item: Antônio moveu a ação contra o cônjuge de
Sebastião. Logo, Antônio estará IMPEDIDO, em razão da restrição
imposta no inc. III do art. 18. CORRETO o item, portanto.

24 - (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) Pedro Luís,


servidor público federal, verificou, no ambiente de trabalho,
ilegalidade de ato administrativo e decidiu revogá-lo para não
prejudicar administrados que sofreriam efeitos danosos em
consequência da aplicação desse ato. Nessa situação, a conduta de
Pedro Luís está de acordo com o previsto na Lei n.º 9.784/1999.
24 - GABARITO: ERRADO
TEMA: PROCESSO – REVOGAÇÃO
COMENTARIOS
Já falamos um bocado sobre anulação e revogação na aula de
atos. Mas como recordar é viver, vamos repassar alguns pontos
importantes do conteúdo, ok?
A anulação do ato, conforme já apontado em momento anterior
(aula de atos), decorre de ilegalidade, podendo ser realizada pela
própria Administração ou pelo Poder Judiciário. Aqui, vale a regra
geral: ato nulo não gera efeitos, ou seja, o efeito da anulação é ex-
tunc, retroagindo ao momento de edição do ato, resguardando-se,
contudo, terceiros de boa-fé, alcançados pelo efeito do ato produzido.
Ressalte-se que a anulação é dever da Administração, tal como se
extrai do art. 53 da 9.784, que diz:
a Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos (grifo nosso).
A exceção a essa regra é a convalidação. Neste caso, um ato
que contém um vício será mantido. O “aproveitamento” de tal ato,
claro, só será legítimo se não se referir a algo insanável, ou seja, um
vício “menor”, que permita que o ato seja mantido. Em algumas
situações, portanto, não é permitida a convalidação.
A revogação é a retirada do mundo jurídico de atos válidos,
legítimos, que se tornaram inconvenientes, inoportunos, em resumo,
desnecessários ao Poder Público.
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Dentre muitos conceitos, a revogação pode ser entendida como


o instrumento jurídico através do qual a Administração Pública
promove a retirada de um ato administrativo por razões de
conveniência e oportunidade. Como fica fácil de ver, a revogação tem
íntima correlação com atos produzidos no exercício do Poder
Discricionário. De fato, são, sem dúvida, revogáveis os atos
discricionários. Agora, volta e lê o comando do item. O servidor viu
ILEGALIDADE no ato. Pergunta-se: revoga-se ou anula-se? ANULA-
SE, e não se revoga, como diz o item, que está ERRADO.
Aproveitando, pode-se afirmar que existem atos que são
irrevogáveis. Vejamos:
9 Atos que se exauriram seus efeitos (ato que concedeu férias,
por exemplo, não podem ser revogados)
9 Atos vinculados: posto que, com relação a estes, o
administrador não goza de liberdade de atuação.
IMPORTANTE: pelo menos um ato vinculado pode ser
revogado, conforme a jurisprudência dos Tribunais Judiciais:
a licença para a construção de obras, quando esta ainda não
tenha sido iniciada. Aliás, este item até caiu em uma prova
recente realizada pela FUNIVERSA, que é uma instituição
que faz concursos e tem sede no DF. Um monte de gente
errou, pois não conhecia essa ligeira exceção. Mas, de modo
geral, o examinador pode, com razão, afirmar que atos
vinculados não se revogam, que tá certo mesmo;
9 Atos que geram direitos adquiridos garantidos
constitucionalmente;
9 Atos que integram procedimento administrativo, à medida
que ocorre o ato posterior. Exemplo clássico é o dado por
Celso Antônio Bandeira de Mello, ao apontar que o ato de
adjudicação da licitação não pode ser revogado, após a
firmatura do contrato; e,
9 Meros atos administrativos, como certidões, pareceres e
atestados.

25 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) Cabe
convalidar o vício da forma, nos atos administrativos, ainda que a lei
faça previsão expressa quanto à forma.
25 - GABARITO: ERRADO
TEMA: PROCESSOS – CONVALIDAÇÃO
COMENTARIOS
Convalidação... Figurinha boa!
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A Lei 9.784/99 estabelece importantes regras a respeito da


convalidação, que inclusive vimos na aula de atos administrativos.
Autores de grande importância para o Direito Administrativo
Brasileiro anteriormente à vigência da 9.784 defendiam a
impossibilidade de correção (convalidação, para ser mais técnico) dos
atos administrativos. Não existiriam, assim, atos anuláveis, mas tão
só atos administrativos válidos ou nulos, estes últimos impassíveis de
correção ou de produção de efeitos, resguardando-se, obviamente,
efeitos produzidos quanto a terceiros de boa-fé. A partir da vigência
da Lei 9.784/99 passou a ser possível o aproveitamento de atos
administrativos com vícios ditos superáveis (sanáveis). Desse modo,
hoje não há dúvida: é possível a convalidação dos atos
administrativos, a qual produz efeitos, é bom que se relembre, ex
tunc, isto é, os efeitos da correção retroagem ao momento da edição
do ato.
Destaque-se que nem todos os vícios são sanáveis, como
também já visto no capítulo referente aos atos administrativos. Só o
são vícios quanto à competência e forma. Mas há restrições.
De fato, pois, primeiro, atos de competência exclusiva que
tenham sido praticados por outras autoridades não podem ser
convalidados. Se a norma jurídica atribuiu, DE FORMA EXCLUSIVA,
competência a alguém somente aquele que detém tal autorização
poderá praticar o ato. Segundo: O vício de forma pode ser objeto de
convalidação, desde que ela não seja essencial à validade do ato. Por
forma essencial entenda-se forma necessária à validade do ato e
determinada pela norma. Nos termos do art. 22 da 9.784:
Os atos do processo administrativo não dependem de forma
determinada senão quando a lei expressamente a exigir.
Muito bem. O item diz que pode ser convalidado o vício de
forma, ainda que a Lei faça previsão expressa quanto a esta. Não
pode não. Se a Lei fizer previsão expressa quanto à forma, esta é
ESSENCIAL, e não pode ser “desdenhada”. Assim, ERRADO o item,
pois se a norma faz previsão expressa quanto à forma, esta deve ser
observada necessariamente.

26 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) Interposto recurso


administrativo, a autoridade julgadora federal, que não pode ter
recebido essa competência por delegação, pode, desde que o faça de
forma necessariamente fundamentada, agravar a situação do
recorrente.
26 - GABARITO: CERTO
TEMA: PROCESSO – RECURSOS ADMINSTRATIVOS –
REFORMA EM PREJUÍZO

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COMENTARIOS
Lá vem o passeio...
O recurso em um processo, qualquer um, diz respeito a nossa
própria natureza inconformista de homens (em sentido amplo, seres
humanos). Um exemplo ilustra melhor: uma pessoa que nos é
querida está doente. Na consulta com o médico, o profissional nos diz
que a situação é muito grave. O que fazemos, então? RECORREMOS
a uma segunda opinião, pois temos uma tendência natural de não
acreditarmos naquilo que não é o “melhor dos mundos”. Com o
direito não é diferente.
A Lei 9.784 cuida, nos arts. 56 ao 65, dos recursos e da
revisão. Os recursos podem ser interpostos por razões de legalidade
e de mérito. Regra geral, o prazo a interposição de recursos
administrativos é de dez dias, salvo disposição legal específica em
sentido diverso. O prazo é contado a partir da ciência ou da
divulgação oficial do ato. Agora, PRESTEM ATENÇÃO: vejam que são
possíveis recursos administrativos com outros prazos, DESDE QUE
LEI ESPECÍFICA ASSIM ESTABELEÇA. Exemplo disso: os prazos
recursais contidos no art. 109 da Lei 8.666/1993, que cuida
especificamente de recursos em processos licitatórios. Então, ficamos
assim quanto aos prazos para recursos administrativos: É DE DEZ
DIAS, SALVO SE LEI ESPECÍFICA ESTABELECER PRAZO
DIVERSO.
Cabe à autoridade decidir o recurso no prazo de trinta dias, a
partir do recebimento da peça recursal, prazo o qual pode ser
prorrogado por igual período, desde que justificado pela autoridade.
Exponha-se que o descumprimento pela Administração do prazo para
decidir (julgamento a destempo) não implicará nulidade da decisão,
mas poderá resultar na responsabilidade funcional de quem houver,
de maneira injustificada, dado vazão ao atraso.
Também por regra, o recurso não tem efeito suspensivo, isto é,
não suspende a executoriedade da decisão recorrida. Costuma-se
dizer, então, que, em regra, os recursos administrativos possuem
efeito devolutivo, mas não suspensivo. Ah – como funcionam um e
outro? Vejamos.
O efeito suspensivo é como se fosse um efeito “para tudo”, o
que deve ser entendido como exceção para os recursos
administrativos. De fato, a Administração Pública deve empreender,
dentro do possível, celeridade à sua atuação. Daí, fato raro o efeito
suspensivo aos recursos administrativos, uma vez que tal situação
acabaria obstando dita celeridade. Todavia, a autoridade competente
(ou aquela imediatamente superior) para apreciação do recurso
administrativo poderá, de ofício ou a pedido, de modo excepcional,
conceder efeito suspensivo ao expediente recursal, se houver justo
receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da
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decisão recorrida. Por oportuno, citamos que, em alguns casos, a


Legislação reconhece a necessidade de efeito suspensivo para alguns
recursos administrativos, em razão do potencial prejuízo que poderia
ser resultante da não atribuição de tal efeito. É o que ocorre, por
exemplo, quanto aos recursos administrativos quanto às fases de
habilitação e julgamento, os quais têm efeitos suspensivos por
determinação expressa da Lei 8.666/93 nesse sentido (§ 2º do art.
109 da Lei 8.666/93).
Destaque-se que, de modo preliminar à apreciação do recurso
pela autoridade superior, a Lei estatui a possibilidade de
reconsideração, no prazo de 5 dias, por parte da autoridade que
tenha proferido a decisão recorrida (art. 61).
Em alguns casos, o recurso administrativo não deve ser
conhecido. É o que acontece quando os recursos são interpostos:
I - fora do prazo;
II - perante órgão incompetente;
III - por quem não seja legitimado;
IV - após exaurida a esfera administrativa.
No caso do item II acima, a autoridade responsável pelo
recebimento do recurso deverá indicar ao interessado a autoridade
competente, devolvendo o prazo ao interessado, para que não sofra
prejuízo na sua pretensão de recorrer.
Interessante regra está contida no art. 64, que estabelece o
órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar,
anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a
matéria for de sua competência. O §1° do mesmo artigo estabelece a
possibilidade de agravamento da situação inicial, no caso de
RECURSO intentado. Admite-se, assim, a reforma em prejuízo
(reformatio in pejus) do recorrente, o que não é permitido na revisão.
Esta, possível a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, ocorre quando
há fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
inadequação da sanção aplicada, não podendo resultar em
agravamento da sanção inicial. Veda-se na revisão, portanto, a
reformatio in pejus.
Agora, volte ao item. Veja que ele diz, CORRETAMENTE, que o
recurso pode agravar a situação do recorrente, e tá CERTO isso, de
acordo com a Lei! Ah – essa possibilidade de agravamento decorre,
basicamente, do princípio da verdade real, material, dos processos
administrativos, ok? E já que estamos resolvendo o item, vamos
“matar” logo tudo: decisão de recursos administrativos é mesmo
indelegável, como vimos no item 14, em razão do art. 13 da 9.784.
logo, o item que estamos analisando está CORRETO mesmo. Mas

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vamos continuar a tratar dos recursos administrativos aqui, para


depois fazermos nossas duas últimas questões do curso.
O art. 57 estabelece o limite máximo de três instâncias
administrativas, salvo se a lei dispuser de forma contrária. Ou seja,
caso não haja nenhuma outra disposição de lei, o recurso caminhará
por, no máximo, três instâncias administrativas. Passadas estas três
instâncias, a matéria não poderá mais ser discutida NA VIA
ADMINISTRATIVA. O destaque é para lembrar que nada impede o
inconformado com a decisão de recorrer à via judicial, claro. Na VIA
ADMINISTRATIVA É QUE, SUPERADAS AS 3 INSTÂNCIAS, NÃO CABE
DISCUSSÃO NA VIA DE RECURSO.
Em razão de decisões recentes do STF, vejamos que o dispõe o
§ 2º do art. 56 da Lei 9.784/1999:
§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso
administrativo independe de caução.
De acordo com o dispositivo em referência, caso houvesse
disposição legal específica, poderia ser exigida caução para que
recorresse administrativamente.
Ocorre que o STF tratou da gratuidade em processos
administrativos em duas Adin’s apreciadas em conjunto, a 1.976 e a
1.922. A questão essencial tratava da possibilidade (ou necessidade)
de depósito de valores (ou arrolamento de bens) para que um
interessado pudesse recorrer administrativamente.
Na oportunidade, o STF entendeu que tal providência (exigência
de bens arrolados ou de depósito de recursos) criaria um obstáculo
injustificável para a impetração do recurso administrativo, mudando,
totalmente, a posição do STF. O entendimento foi se consolidando e
culminou na súmula vinculante nº 21, recém editada, que diz:
é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento
prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de
recurso administrativo.

Dessa forma, devemos levar para a prova que, DE ACORDO


COM O STF (atualmente): É INCONSTITUCIONAL A EXIGÊNCIA DE
DEPÓSITO DE RECURSOS FINANCEIROS OU ARROLAMENTO DE BENS
PARA QUE ALGUÉM POSSA APRESENTAR UM RECURSO
ADMINISTRATIVO.
PERGUNTA: há despesas processuais cuja cobrança é
permitida? SIM. Exemplo: as referentes a cópias do processo e outras
assemelhadas, por exemplo. Mas não a cobrança de depósito de
recursos financeiros ou a necessidade de arrolamento de bens. É isso.
Outro dispositivo importante é o § 1º do art. 56 da Lei
9.784/1999. Vejamos:
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§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a


decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco
dias, o encaminhará à autoridade superior.
Então, os recursos administrativos são dirigidos à autoridade
que proferiu a decisão inicial, a qual, SENÃO A RECONSIDERAR, ou
seja, se não se retratar, encaminhará para a autoridade
imediatamente superior. Então, imaginemos a seguinte situação:
uma autoridade administrativa do TCU aplica, administrativamente,
uma punição administrativa a servidor do Tribunal, o qual (o
servidor), inconformado, intenta um “recurso” perante a dita
autoridade, a qual deve conhecer do pedido como PEDIDO DE
RECONSIDERAÇÃO. A autoridade, então, denega o pedido. Daí, agora
sim, a autoridade encaminhará o pedido, EM GRAU DE RECURSO, a
uma autoridade hierarquicamente superior. Assim, ERRADA a
questão, pois o pedido de reconsideração é apresentado A MESMA
AUTORIDADE QUE PROFERIU A DECISÃO ADMINISTRATIVA INICIAL.
Em síntese: sempre há possibilidade de o próprio órgão prolator da
decisão administrativa reavaliar a decisão que fora tomada
anteriormente, sob o manto do recurso, do pedido de reconsideração,
da revisão, ou de outros. Isso se dá em razão do princípio da
autotutela, consagrado na súmula 473 do STF e que já estudamos na
aula de atos.
Informamos, ainda, que há possibilidade do acesso à via
judicial, da qual não tratamos aqui por não ser interesse específico
dessa aula.
Pois bem, falemos um pouco mais da revisão.
A revisão é possível a qualquer tempo, a pedido ou de ofício,
ocorrendo quando há fatos novos ou circunstâncias relevantes
suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada, não
podendo resultar em agravamento da sanção inicial. Veda-se na
revisão, portanto, a reformatio in pejus.
Interessante observar que o fundamento da revisão é o FATO
NOVO, AS CIRCUNSTÂNCIAS RELEVANTES, que justifiquem a
inadequação da penalidade aplicada. Não cabe revisão, portanto, por
conta de alegação de injustiça, ou à luz das provas que já foram
produzidas e constam do processo. NOTEM: em sede de recurso cabe
a reforma em prejuízo do interessado (reformatio in pejus), o que
não ocorre na revisão.
Última forma: novidade!!!!
Vimos, nas aulas iniciais, que o Brasil adota o sistema inglês ou
de jurisdição una ou única, para controle judicial de atos jurídicos, no
sentido de que todos os atos administrativos, guardados certos
limites, podem ser apreciados judicialmente.

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No entanto, a adoção da jurisdição una não impede que a


Administração Pública instaure processos administrativos visando à
tomada de decisões dessa natureza (administrativas), as quais,
contudo, não serão dotadas da definitividade típica das decisões
judiciais, em razão da unicidade (ou inafastabilidade) da jurisdição do
Poder Judiciário.
Também foi destacado que a qualquer instante uma matéria
pode ser levada à apreciação judicial, ainda que já instaurado,
ou já decidido, um processo administrativo. Isso se dá em razão
da unicidade de jurisdição, própria do Poder Judiciário. Todavia, há
situações em que, primeiro, a via administrativa deve ser exaurida,
para que se possa levar a matéria para a via judicial.
O primeiro caso é a justiça desportiva. Esse já tá sem graça. Já
vimos. O outro é mais interessante. Vamos ver.
No contexto da reforma do judiciário, deflagrada a partir da
Emenda Constitucional n. 45/2004, foi aprovada a Lei n.
11.417/2006, para a regulamentação das (já famosas) Súmulas
Vinculantes. No art. 7º da norma assim está estabelecido:
Art. 7º Da decisão judicial ou do ato administrativo que
contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência
ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo
Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios
admissíveis de impugnação.
§ 1o Contra omissão ou ato da administração pública, o
uso da reclamação só será admitido após esgotamento
das vias administrativas.
§ 2o Ao julgar procedente a reclamação, o Supremo Tribunal
Federal anulará o ato administrativo ou cassará a decisão
judicial impugnada, determinando que outra seja proferida com
ou sem aplicação da súmula, conforme o caso.
Para esclarecimento: a reclamação é o instrumento de previsão
constitucional (alínea “l” do inc. I do art. 102 da CF) utilizado para
preservação da competência e garantia da autoridade das decisões do
STF.
Assim, mais um caso de necessidade de esgotamento da
instância administrativa para acrescentarmos a nossa vida
“concursística”: para impetração de Reclamação junto ao STF em
razão de uma ação/omissão da Administração Pública só após o
exaurimento da via administrativa.
Ah! Em pesquisa ao sítio eletrônico do STF, encontramos outra
forma de necessidade de exaurimento das vias administrativas. Na visão
do STF, para que se receba a acusação penal pelo ilícito tributário
capitulado no art. 1º da Lei n. 8.137/90, é de se aplicar o
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entendimento no HC 81.611, no sentido de se aguardar o


esgotamento da via administrativa.
Para finalizar, lembrem-se das três situações colocadas à disposição
para “brigar” por seus direitos:
I) Partir direto para uma ação judicial;
II) Provocar a instauração de um processo administrativo e
aguardar a solução do feito para, se for o caso, ir ao judiciário;
III) Provocar a instauração de um processo administrativo e,
no curso deste, ir ao Judiciário, provocando também lá
uma discussão.

27 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) No processo
administrativo, eventual recurso deve ser dirigido à própria
autoridade que proferiu a decisão, podendo essa mesma autoridade
exercer o juízo de retratação e reconsiderar a sua decisão.
27 - GABARITO: CERTO
TEMA: PROCESSOS – RECURSOS
COMENTARIOS
Ai, ai, ai, ai... tá chegando a hora... tá acabando... penúltimo
item! É de fixação: o recurso deverá ser encaminhado à própria
autoridade que proferiu a decisão inicial, como vimos no item
anterior. Se esta não reconsiderar, se não se retratar, como diz o
item, encaminhará os argumentos, agora em grau de recurso, a uma
autoridade superior, para que profira decisão. CERTO, portanto.

28 - (2010/CESPE/INCA/Advogado) É constitucional a
exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens
para admissibilidade de recurso administrativo.
28 – GABARITO: ERRADO
TEMA: PROCESSOS – RECURSOS – DEPÓSITO EM DINHEIRO.
COMENTARIOS:
Releiamos a súmula vinculante 21, do STF:
é inconstitucional a exigência de depósito ou
arrolamento prévios de dinheiro ou bens para
admissibilidade de recurso administrativo.
Direto e reto: ERRADO, portanto, o item, pois é
INCONSTITUCIONAL a exigência de depósito ou arrolamento prévios
de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

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Pois é, pessoal, acabamos. Dever cumprido. Fim de jornada;


começo de outra: se tudo der certo, em breve, muitos de vocês
estarão aqui conosco no Tribunal. Outros, em outros órgãos. Mas,
sinceramente, esperamos que todos felizes. No mais, eu, Sandro,
gostaria de deixar um texto que gosto muito, a respeito da
individualidade. Perdi um amigo um dia desses e refleti muito sobre
isso. Muitos me consolaram. Estou confortado. Mas este texto diz
muito para mim. E, espero, seja uma mensagem boa para todos.
Bons estudos,

Cyonil + Elaine + Sandro (trio parada dura!)

Ninguém é Insubstituível – Celia Spangher

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com


sua equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um,


ameaça: "ninguém é insubstituível".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao


silêncio.

Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa


falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara
para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E Beethoven ?

- Como? - encara o gestor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu


Beethoven?

Silêncio.....

O funcionário fala então:

- Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que


conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas,


no fundo, continuam achando que os profissionais são peças dentro
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da "máquina" (organização) e que, quando sai um, é só encontrar


outro para pôr no lugar.

Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi?


Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis
Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger
Woods? Albert Einstein? Picasso? etc...

Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o


que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E,
portanto, são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento


direcionado para alguma coisa.

Está na hora de os líderes das organizações reverem seus conceitos e


começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe
focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em
reparar seus "erros/deficiências".

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se


Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis
paranóico.

O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de


arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de
seus talentos.

Cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e


voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro.

Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se o gerente/coordenador, ainda está focado em "melhorar as


fraquezas" de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de
líder/técnico que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert
Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E,
na gestão dele, o mundo teria perdido todos esses talentos.

Seguindo esse raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os


rios seriam retos, não haveria montanhas, nem lagoas nem cavernas,
nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem
subordinados . . . apenas peças.

Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões "foi pra


outra morada". Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em
cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com
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a "partida" de nosso irmão Zacarias, e hoje, para substituí-lo,


chamamos:... . Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível".

Portanto, nunca esqueça: Você é um talento único. Com toda certeza


ninguém substituirá você!

Sou um só, mas, ainda assim, sou um. Não posso fazer tudo, mas
posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei
a fazer o pouco que posso.

No mundo sempre existirão pessoas que vão amar você pelo que
você é, e outras que vão odiá-lo pelo mesmo motivo. Acostume-se a
isso e viva sempre de cabeça erguida e com muita paz de espírito.

Todo ser humano deveria olhar o lado bom das pessoas, deixar que
suas qualidade se aflorem para que os talentos apareçam. Olhar o
outro com um olhar sincero, buscar qualidades, fazer elogios sinceros
e com fundamentos parece algo bobo e banal, mas que faz milagres,
muda em 100% os relacionamentos

Texto Original escrito por Celia Spangher - Diretora de Gestão do


Talento da Maxim Consultores
http://celiaspangher.wordpress.com/2010/06/21/ninguem-e-
insubstituivel

QUE ESSA EQUIPE QUE PREPARAMOS BRILHE!!! MUITO!!!!


BOA PROVA A TODOS!!!!

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