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NASCIMENTO DO TEATRO

MATERIAL TEÓRICO

Termo teatro (theatron), do grego, significa “local onde se vê” ou “lugar para olhar”.

Grécia Antiga - 536/534 a.C.


Os gregos cultuavam vários deuses e para cada um se tinha um tipo de ritual para agradecer ou
agradar para que a vida funcionasse.
O Ditirambo era um ritual em forma de procissão até o templo do deus Dionísio, o deus do vinho, da
fertilidade, da natureza e da alegria. Nestes rituais 50 homens se fantasiavam como bodes, 49 deles eram os
Coreutos, que formavam um coro e 1 de Corifeu (líder do coro), este coro realizava danças circulares, cantos e
oferendas.
Um tempo depois, surgiu Téspis, homem considerado o primeiro ator, pois dentro do ritual ele coloca
uma máscara e fala como se fosse o próprio deus, ele interpreta um papel.

Máscaras
As máscaras eram instrumentos essenciais no figurino dos atores, sendo muito utilizadas no teatro grego.
Muitas delas possuíam um buraco na parte da boca, esse design auxiliava na projeção da voz.
As mulheres não participavam das atuações, pois não eram consideradas cidadãs. Dessa forma, as máscaras,
antes utilizadas como artefatos ritualísticos, podiam representar personagens de ambos os sexos.

Edifícios Teatrais
A arquitetura dos teatros gregos possuía como característica marcante as construções ao ar livre,
chamadas de teatros de arena. Eles eram construídos no início de uma montanha, assim o palco ficava na parte
plana e a plateia sentava-se na parte inclinada. Em forma de meia-lua, para uma melhor acústica, eles possuíam
uma grande arquibancada para a plateia.
Nascimento dos gêneros teatrais: Tragédia - 550 a.C.
A Tragédia Grega foi o primeiro gênero teatral que surgiu em Atenas, na Grécia. As tragédias eram
textos teatrais que apresentavam histórias trágicas e dramáticas derivadas das paixões humanas as quais
envolveriam personagens nobres e heróicos: deuses, semideuses e heróis mitológicos. Todas elas possuíam
uma característica comum: tensão permanente e o final infeliz e trágico. Impulsionado pelos democratas
gregos Sólon e Péricles, este gênero teatral é composto inicialmente por protagonista e coro.

Elementos da Tragédia
Abordar conflitos universais: Seus temas são universais, mesmo quando baseados na mitologia clássica. Essa
universalidade se deve ao fato de que a tragédia se reflete na natureza humana e na condição de sua
existência, interpretada no sentido de “o trágico”.

Violação da ordem (falha trágica): É estabelecida através de uma ação que desafia os poderes instituídos (leis
dos deuses, leis da cidade, leis da família, leis da natureza) e cria o caos. Existe apenas quando a ordem
estabelecida é desafiada pela ação humana. Tal desafio desencadeia consequências terríveis e exige reparação
para restaurar a ordem.

Fatalidade do destino: Seu destino é inevitável independentemente de qual seja. Por isso, o destino está
relacionado ao restabelecimento da ordem primordial. Encontra-se acima dos próprios deuses, que não podem
contrariá-lo.

Propósito do cidadão: A tragédia grega foi dirigida aos cidadãos, pois tinha um propósito de ensinar. Transmitiu
o universo de valores cívicos e religiosos que unificaram a polis grega. Por exemplo, as tensões entre tirania e
democracia, ou entre a vontade dos deuses e as ações humanas. Assim, a tragédia grega teve um papel na
construção social.

Catarse: É a liberação e o alívio dos sentimentos que a ação dramática provoca no espectador, movido pela
compaixão e pelo horror. A identificação do público com o herói trágico.

Coro e personagens: Entre os elementos da tragédia grega estão os personagens e coro. Os personagens
geralmente são nobres, heróis e deuses, precisamente por causa de seu caráter pedagógico. Por sua vez, o
coro tem a função de girar a história e sancionar as ações dos personagens.

Estrutura da tragédia grega (texto dramático):


Prefácio: É uma espécie de resumo que conta o pano de fundo da história.
Párados: é o momento em que entra o refrão, com o qual começa a ação dramática.
Episódios: são as próprias cenas, onde acontecem os diálogos dos personagens.
Estásimos: são as canções do coro que, ao longo da peça, aparecem para explicar a sequência de ações ou
sancionar as ações dos personagens.
Êxodo: o êxodo é o resultado do conflito dramático. Quase sempre representa a queda do herói, embora em
algumas ocasiões, o herói possa se encontrar redimido.

Principais dramaturgos e suas obras:


- Ésquilo: Prometeu Acorrentado
- Sófocles: Édipo Rei, Antígona
- Eurípedes: Medeia

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