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ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TERAPAUTAS

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FITOTERAPIA BRASILEIRA
TERAPIAS DAS ERVAS

INSTRUTOR E COORDENADOR
Dr. CARLOS ANTONIO FIRMINO
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INSTITUTO FOLHA VERDE – Escola de Formação de Terapeutas – Mogi Guaçu/SP PABX (19) 3841-2186
FITOTERAPIA

HISTÓRICO DO USO DOS FITOTERÁPICOS

O Conhecimento histórico do uso de plantas medicinais se dá ao longo da História da


Humanidade que pela própria necessidade humana, as plantas foram os primeiros
recursos terapêuticos utilizados.

Estudos arqueológicos têm mostrado através da análise de pólens e outros materiais, que
os homens das cavernas já utilizavam plantas medicinais. As as primeiras testemunhas do
uso das plantas na medicina, foram os papiros egípcios, os escritos chineses nas folhas de
bambu e as taboas de argila dos Sumérios. No Papiro de Ebers, de 1550 a. C. descoberto
em meados de século passado em Luxor, no Egito, foram mencionadas cerca de 700
drogas diferentes, incluindo extratos de plantas, metais (chumbo e cobre) e veneno de
animais (Almeida, 1993 in Carneiro, S. M. de B, 1997).

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Entre as mais antigas civilizações, a medicina, através das plantas medicinais, já era
praticada e transmitida desde os tempos mais remotos: nas antiguidades egípcia, grega e
romana, quando acumularam-se conhecimentos empíricos e foram transmitidos
posteriormente, através dos Árabes à seus descendentes europeus (Alzugary e Alzugary,
1983 in Silva, Édina B., 1997).

A arte de embalsamar cadáveres foi desenvolvida pelos antigos egípcios, evitando que
estes entrassem em estado de putrefação. Foram necessários vários experimentos com
muitas plantas para dar conhecimento ao mundo e deixar tal arte como herança (Alzugary
e Alzugary, 1983 in Silva, É. B.,1997).

No ano 3.000 a.C., os países orientais praticavam o cultivo de plantas medicinais tendo
como iniciante SHE UING (Alzugary e Alzugary op. cit.in Silva, É. B.,1997).

Assírios e Hebreus também se dedicaram ao cultivo de várias plantas consideradas úteis


(Balbach, op. cit.in Silva, É. B.,1997).

A Índia foi considerada por alguns autores como o Eldorado dos Medicamentos Ativos, pela
riqueza de sua flora medicinal (Delaveau, 198? in Silva, É. B., 1997). O primeiro Tratado de
Medicina só aparece mil anos antes de Jesus Cristo no vale do Tigre e Eufrates (atual Irã e
Iraque).

Posteriormente vieram os estudos de Hipócrates (460-377 AC), Dioscorides (100 DC) e


Galeno (130-200 DC). Hipócrates, considerado “o pai da medicina”, com a publicação da
“Corpus Hippocraticum”, consagrando a existência da terapia com os vegetais. Sucedeu-o
Dioscoride que, com seu famosos trabalho “ De Matéria Médica”, constitui para o aumento
do arsenal fitoterápico. Mais tarde, já nos anos 160 e 180 D. C., surge o médico grego
Galeno, que inicia a “Farmácia Galênica” utilizando somente os vegetais. A medicina deixa
o esoterismo e a imprevisibilidade dos caprichos divinos e avança cientificamente no
terreno da terapêutica, classificação das doenças, posologia e diagnóstico. Durante mil
anos, porém, fez-se trevas na Europa, e só em 1220 nasce a primeira Grande Escola de
Medicina da Idade Média, em Salerno, perto de Roma, fundada por Carlos Magno.
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Os estudos de Farmácia avançaram celeremente neste período. Extratos alcoólicos, como
o vinho ou os destilados como a vodka e o gim, já eram bem conhecidos na Europa para
extrair o "espírito das plantas".

A partir do início da sinterização de substâncias de estrutura química definida e de ação


farmacológica iniciou a Fitoterapia um ciclo declinante, com a diminuição da prescrição
médica de produtos vegetais. As plantas medicinais foram praticamente esquecidas,
cedendo lugar às sintéticas. Tal fase percorre o início da década de 50 até o final dos anos
70. Os grandes centros de pesquisas em todo mundo direcionaram, com o vivo
entusiasmo, vultosos recursos, tanto governamentais como de iniciativa privada, para a
pesquisa de propriedades curativas das plantas medicinais. Multiplicaram-se na imprensa
informações sobre as vantagens da farmacobotânica. Tal movimento naturalmente
acompanhado pelo surgimento de um número expressivo de estabelecimentos comerciais
especializados em ervas.

Quando o Brasil foi descoberto, a Fitoterapia reinava praticamente sozinha, não havia
vacinas nem os medicamentos sintéticos, que só aparecem no final do século XIX com a
aspirina. É essencial não esquecer que o grande mestre de Piso, foi o Índio brasileiro, e ele
honestamente em mais de uma passagem reconheceu a superioridade da terapêutica
indígena sobre a européia. Note-se o testemunho de Piso em Pernambuco: "Os Índios
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precedem de laboratórios, ademais, sempre tem à mão sucos verdes e frescos de ervas.
Enjeitam os remédios compostos de vários ingredientes, preferem os mais simples, em
qualquer caso de cura, visto que por este medicamentos os corpos não ficam tão irritados."
(Pereira, op. cit in Silva, Édina B., 1997).

Estima-se que somente de 1% a 3% das espécies vegetais conhecidas foram estudadas.


Com a redução progressiva de grande parte desta biodiversidade, ocorrerá também uma
enorme perda científica e econômica, principalmente para os países menos desenvolvidos.
No comércio de plantas medicinais e produtos fitoterápicos encontra-se em expansão em
todo o mundo em razão de diversos fatores, como o alto custo dos medicamentos
industrializados ou o próprio modismo. A má qualidade destes produtos no Brasil, no
entanto, é um fato conhecido (Stelfelld, 1955; Farias et al., 1985), razão pela qual
constantemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA tem elaborado
legislações para a produção destes medicamentos. E apesar do crescimento de programa
de farmacovigilância, a atividade de farmacovigilância para estes produtos ainda é
pequena no Brasil.
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O MERCADO DAS PLANTAS MEDICINAIS

O Brasil é um dos 14 países com grande biodiversidade contendo mais de 10% de todos
os organismos descritos na Terra. Das plantas floríferas conhecidas, aproximadamente
55.000 espécies, cerca de 22% destas ocorrem no Brasil, principalmente nas regiões da
floresta amazônica, mata atlântica e cerrado. Estima-se que aproximadamente 1,25% da
pesquisa científica no país se destina a plantas medicinais. Dos medicamentos atualmente
produzidos, cerca de 25% têm componentes químicos de plantas. Nossa flora tem cerca de
120 mil espécies vegetais, de aplicações terapêuticas. O alto custo dos medicamentos
fabricados pela indústria farmacêutica, dentre outros motivos, têm aumentado o interesse
das pessoas nesse tipo de terapia. A OMS estima que mais de 3 bilhões de pessoas em
todo o mundo confiam nas "medicinas tradicionais", onde as ervas têm grande emprego.
Entre as plantas silvestres e algumas poucas cultivadas, os índios brasileiros, além de as
usarem para a construção de suas casas, na confecção de ferramentas e utensílios delas
obtiveram fibras, gomas, colas, combustíveis, pigmentos, tinturas, sabões, borracha,
bebidas, alimentos veneno de flechas para a guerra e caça e pesca e também produziam
substâncias estimulantes, alucinógenas medicamentosas.
Dados da Organização Mundial da Saúde(OMS) mostram que cerca de 80% da população
mundial faz uso de algum tipo de erva para tratar doenças ou aliviar sintomas. "O Brasil
apresenta uma grande diversidade de plantas medicinais em seus biomas. Entretanto, com
o extrativismo descontrolado e com a excessiva fragmentação dos ecossistemas, em
virtude da ampliação das áreas agrícolas, tem ocorrido aceleração na extinção das
espécies", alerta.
O mercado mundial de medicamentos fitoterápicos cresce desde a década de 80,
movimentando algo em torno de US$ 20 bilhões ao ano. Em 1996, na Europa, as vendas
foram estimadas em US$ 7 bilhões, e nos Estados Unidos o valor situava-se entre US$ 2 à
3,4 bilhões. No Brasil em 1998, o mercado de medicamentos fitoterápicos foi estimado em
US$ 566 milhões. Considerando o mercado informal nos países em desenvolvimentos e do
“terceiro mundo” esta cifra deva ter alcançado centenas de bilhões de dólares por ano.
Estimativas não oficiais relatam que o mercado global de bioprodutos é na faixa de US$
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500 bilhões/ano. Segundo informações da Bioamazônia (2001), o setor de fármacos
apontou uma receita de US$ 300 bilhões neste mercado, vale lembrar que 40 % dos
medicamentos em uso teve origem direta ou indiretamente, em produtos naturais e estes
representam 17% deste mercado.

CONCEITOS IMPORTANTES

A RESOLUÇÃO-RDC Nº 48, DE 16 DE MARÇO DE 2004, que dispõe sobre os


medicamentos fitoterápicos traz importantes conceitos que precisamos saber antes de
prosseguir:
· Adjuvante - substância de origem natural ou sintética adicionada ao medicamento com a
finalidade de prevenir alterações, corrigir e/ou melhorar as características organolépticas,
biofarmacotécnicas e tecnológicas do medicamento.
· Droga vegetal - planta medicinal ou suas partes, após processos de coleta, estabilização
e secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada.
· Derivado de droga vegetal - produtos de extração da matéria prima vegetal: extrato,
tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros.
· Fitoterápico - medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas
vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim
como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é
validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações
tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento
fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer
origem, nem as associações destas com extratos vegetais.
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· Fórmula Fitoterápica - Relação quantitativa de todos os componentes de um
medicamento fitoterápico.

· Formula Mestra ou Fórmula Padrão - documento ou grupo de documentos que


especificam as matérias-primas e os materiais de embalagem com as suas quantidades,
juntamente com a descrição dos procedimentos e precauções necessárias para a produção
de determinada quantidade de produto terminado. Além disso, fornece instruções sobre o
processamento, inclusive sobre os controles em processo.
· Marcador - componente ou classe de compostos químicos (ex: alcalóides, flavonóides,
ácidos graxos, etc.) presente na matéria-prima vegetal, idealmente o próprio princípio ativo,
e preferencialmente que tenha correlação com o efeito terapêutico, que é utilizado como
referência no controle de qualidade da matéria-prima vegetal e dos medicamentos
fitoterápicos.
· Matéria prima vegetal - planta medicinal fresca, droga vegetal ou derivados de droga
vegetal .
· Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnósticos.
· Nomenclatura botânica oficial completa - gênero, espécie, variedade, autor do binômio,
família .
· Nomenclatura botânica oficial - gênero, espécie e autor.
· Nomenclatura botânica - gênero e espécie .

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· Princípio ativo de medicamento fitoterápico - substância, ou classes químicas (ex:
alcalóides, flavonóides, ácidos graxos, etc.), quimicamente caracterizada, cuja ação
farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos terapêuticos
do medicamento fitoterápico.

FITOCOSMÉTICOS

A fitocosmética pode ser definida como o segmento da ciência cosmetológica que se


dedica ao estudo e à aplicação dos princípios ativos extraídos dos vegetais, em proveito da
higiene, da estética, da correção e da manutenção de estado normal e sadio da pele.
O emprego dos produtos vegetais para fins de embelezamento encontra referências há
milhares de anos.
A grande incidência de plantas aromáticas na China e Índia, levou às extrações de óleos
essenciais. Também o Egito e, depois a Mesopotâmia, se destacaram no conhecimento e
emprego destes óleos e extratos vegetais em preparações de ungüentos e bálsamos com
finalidade cosméticas.
Cleópatra, com sua conhecida vaidade, motivou a pesquisa cosmética e, um primeiro
formulário Cleopatre Gynoecirium Libri foi editado durante seu reinado. Neste formulário
foram descritos cuidados higiênicos e tratamentos de diversas afecções da pele, sem, no
entanto, dispensar pomadas coloridas e linimentos à base de plantas e óleos vegetais, com
finalidade terapêutica e cosmética.
Do Oriente, o uso de produtos naturais difundiu-se para o mundo grego. O formulário “Os
cosméticos de Ovídio”, no que são mencionadas receitas e pomadas da época à base de
vegetais, surge no ano IV.
Arnauld de Villeneuve, um alquimista e médico catalão do século XIII, deixou em seus
manuscritos registros dos primeiros ensaios de destilação de vegetais.
Dessa época, até os dias atuais, o estudo dos vegetais e a aplicação dos seus ativos, seja
na forma de extratos ou os princípios ativos isolados, vem ganhando cada vez mais espaço
na indústria moderna.

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MÉTODOS DE COLETA DE PLANTAS MEDICINAIS PARA IDENTIFICAÇÃO

Para a coleta de plantas medicinais, é importante o seu estádio desenvolvimento pois


planta deve estar de preferência fértil (florida ou frutificada), independente de seu habitat
(Macedo et al. , 1998). Lembramos que o uso de plantas medicinais para fins de
comercialização na forma de medicamentos fitoterápicos, devem obedecer legislação
específica da área, a ser discutida nos módulo seguintes. Ming (1996) informa que, para
amostras de plantas medicinais devesse coletar a parte utilizada da planta e recomenda
que as plantas herbáceas ou pequenos arbustos devem ser coletados inteiros incluindo
ramos, folhas, flores e partes subterrâneas inteiras (tubérculo, bulbo ou rizoma) , sendo
que estas devem ser retiradas com equipamentos adequados como a pá e devem estar
limpas devidamente preparadas para a prensagem.
Já arbustos maiores e, árvores ou cipó devem ser coletados em amostras com cerca de 30
a 40 cm, acondicionando-os ao tamanho do jornal. Esta mesma fonte recomenda que é
necessário coletar também nas plantas:
Dióicas – as flores (masculina e feminina) em pés diferentes. Parasitas – incluir também o
hospedeiro.
Trepadeiras- a amostras devem conter partes especializadas como: gavinhas, unhas
espinhos, raízes adesivas atentando para sua disposição e origem.
Dimorfismo foliar – folhas em ramos jovens diferentes das dos ramos adulto. Para que a
coleta atinja o seu controle de qualidade (Martins et al.1998), indica em que fase ótima da
planta deve ser colhida: casca e entrecasca na floração ; flores no início da fenofase; frutos
e sementes quando maduro raízes somente em plantas adultas ; Talos e folhas antes do
seu florescimento. De acordo com o Manual de Herbário (1998), a coleta para estudos
fitoquímicos deve envolver vários órgãos como: folha, flor , raiz , casca e fruto. Isto porque
agentes químicos secundários podem variar muito dependendo das condições,
especialmente do tecido vegetativo.
O lugar onde pretendemos plantar a horta medicinal deve:
Observar as características de cada planta.
Ter água em abundância e disponível,
Ter boa incidência de sol.
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Observar o espaçamento entre linhas e plantas exigidas por cada espécie que deseja
plantar. Sugere-se 30 cm de largura por 30 cm de comprimento e 30 de profundidade.
Os canteiros devem ter 1 a 1,2 metros de largura e 2 de altura.
A terra das sementeiras deve ser bem fofa e as sementes devem ser cobertas com areia
bem fina e peneirada.
O solo deve ser fértil, com terra bem fofa. Fazer uma limpeza da área, revolvendo o solo,
retirando todas as plantas indesejáveis.
Planejar a distribuição das espécies e a formação dos canteiros para evitar a erosão.
É recomendável que se faça a análise do solo.

ADUBAÇÃO

Uma adubação equilibrada proporcionará plantas resistentes a pragas e doenças.


Recomenda-se:
Usar 150g de fosfato por metro quadrado de canteiro
Fazer a correção básica do solo usando 150g de cal dolomítico por m2 de canteiro.
Acrescentar 2 litros de humus por m2 de canteiro.
Colocar 1/4 das dosagens recomendadas para cada m2 de canteiro.
Adubar as sementeiras com a mesma dosagem que os canteiros.
As plantas medicinais, em geral, apresentam muita resistência ao ataque de pragas num
ambiente equilibrado. O uso de agrotóxico é desaconselhado para evitar alterações das
propriedades das plantas.

COLETA

Pela manhã, logo que secar o orvalho das plantas.


É sempre melhor colher as plantas medicinais em dias amenos, sem chuva, no período de
estio, em horário de sol fraco e suave. As raízes podem permanecer por algum tempo ao
sol.
As folhas, brotos e talinhos devem ser escolhidos antes das floradas.
Flores como camomila e rosa-branca, devem ser colhidas antes da maturação completa.
Espere que o botão se abra pela metade e então colha.
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Coletar frutos e sementes quando atingirem a maturação total.
Casca e entrecasca devem ser colhidos quando a planta estiver florida.
Evite a coleta de plantas com manchas, terra, poeira, órgãos deformados, etc.
Nunca use água para lavar folhas e raízes que você pretende conservar.
Estenda fios de náilon em local livre de poeira e insetos, arejado e banhado pelo sol.
Prenda as ervas separadas, deixando-as secar de dia, e recolhendo-as à noite para evitar
o sereno.
É aconselhável renovar o estoque de ano em ano.

SECAGEM

Recomenda que a secagem seja feita ao ar livre, fora da luz direta do sol ou preservar em
álcool. Macedo et al. (1998), informa que após a coleta a planta deve ser
prensada entre folhas de jornais, papelão e/ou alumínio enrugado, em seguida deve
coloca-la e amarra-la em prensas (grades de madeira) com cordões incluindo a ficha de
coleta com as características do material botânico colocando-a na estufa para
desidratação.
Após a desidratação as prensas são retiradas e o material desidratado é amarrado apenas
no jornal e é conduzido para descontaminação da amostra em freezer (18ºC).
A partir destas etapas o material é enviado para herbários para ser identificado.
Antes de fazer a secagem, observe os seguintes cuidados:
Nunca lave as plantas antes da secagem, com exceção das raízes e rizomas. Use água
limpa para efetuar a lavagem das partes aéreas das plantas, efetuando uma agitação
branda dos ramos em seguida para eliminar a maior parte da água sobre a superfície da
planta.
Separe as plantas de espécies diferentes.
Plantas que são colhidas inteiras devem ter suas partes colocadas para secar em
separado, e serem conservadas em recipientes separados.
Espalhe a planta ou suas partes sobre um pano ou plástico:
secar o material à sombra, evitando secagens ao sol e ao fogo, que alteram a qualidade da
planta;
Raízes, caules e cascas podem ser secos ao sol;
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As flores precisam secar sem receber luz solar direta;
Brotos, folhas e plantas inteiras são secos à sombra, em lugares arejados;
Quando se tornarem quebradiças, as plantas estarão prontas para uso, devendo serem
guardadas em vidros fechados, longe da luz, pó e umidade.

ARMAZENAMENTO

Após a identificação, o armazenamento deve ser feito rapidamente, evitando assim a perda
dos princípios ativos das plantas, preferencialmente em ambiente arejado e seco, sem
acesso de poeira ou animais. Pequenas quantidades podem ser colocadas em potes de
vidro ou sacos (polietileno ou polipropileno). É recomendável evitar colocar embalagens de
espécies diferentes perto uma das outras ou coloca-las diretamente sobre o solo.
Devido à ação de uma espécie sobre o desenvolvimento da outra, recomenda-se algumas
vezes o plantio de duas ou mais espécies diferentes.Exemplos de associações benéficas:
· Manjerona - Melhora o aroma das plantas
· Catinga-de-mulata - seu aroma afasta insetos voadores
Funcho e Losna - Não devem ser plantadas perto de nenhuma outra planta
Hortelã - Pode ser plantada como bordadura
· Alfavaca - Não deve ser plantada perto da Arruda. Seu cheiro repele moscas e mosquitos
Tomilho - Seu cheiro mantém afastada a borboleta-da-couve
Mil-folhas - Serve como bordadura aumentando a produção de óleos essenciais quando
plantadas perto de ervas aromáticas

COMBATE DE PRAGAS COM SOLUÇÕES NATURAIS

Alguns métodos naturais, embora sem ter 100% de eficácia, tem trazido bons resultados no
combate de pragas, tais como:
Doenças no viveiro: tintura de camomila - 50 gs de flores em 1 litro de água fria. Descansar
2 dias. No terceiro filtrar. Aplicar sobre mudas recém tansplantadas também.
Fungicidas do solo - Calda bordalesa, enxofre, chá de cavalinha (200 gramas de caules
fervidos em 10 litros de água por 20 minutos).

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Fungos: 100 gramas de sulfato de cobre bem triturado num saco de fralda e ponha o saco
em 5 litros de água. À parte, misture 5 litros de água com 100 gramas de cal virgem (leite
de cal). Junte-os para usar depois.
Fungos: 2: 200 gs de sulfato de cobre/ 200 gs de cal/20 litros de água e um saco de pano.
Preparar um sachê com o sulfato e o saco e mergulhar em 18 litros de água por 4 horas.
Misture à parte a cal em 2 litros de água e despeja na solução mexendo. Coloque cal até
não escurescer a Lâmina de ferro, para não prejudicar o jardim.
Desinfetantes de canteiros : Folhas secas de sálvia incorporadas aos canteiros.
Nematóides: Plantar pés de tagetes pelos canteiros ajuda manter afastados nematóides e
afídeos.
Macerado de urtiga: 100 gs de urtiga previamente secas por 7 dias. Colocar em 10 litros de
água macerando por 8 dias. Juntar mais 100 litros de água após coar.
Trips: 50 gramas de pimenta malagueta esmagada em 1 litro de água, deixar curtir 24
horas. Após esse período, mexa bem e coe. Adicione 1 col de sopa de sabão e mexa.
Pulverize sobre as plantas, repetindo a cada 5 dias até acabar.

Você irá se surpreender com a Fitoterapia, em caso de dúvidas entre em contato


com seu Instrutor.

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FORMA E UTILIZAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS

Para alcançar sua ação medicinal, uma planta deve ser tratada de tal forma que se
obtenham produtos derivados com ação específica.
Com uma mesma planta, ou com a mesma parte da planta, pode-se preparar diversos
derivados levando-se em consideração:

 Modo de preparação
 As propriedades físicas
 Aspecto
 As características organolépticas
 A concentração dos princípios ativos
 As propriedades farmacológicas
 Sua finalidade

As diferentes formas de apresentação dos derivados das plantas medicinais podem


classificar-se da seguinte forma:

a) Produtos obtidos por tratamentos mecânicos

- Plantas empregadas in natura


- Pós vegetais
- Polpas
- Produtos líquidos obtidos por expressão (suco fresco de planta)

b) Produtos obtidos por ação do calor

 Por destilação:
-Óleos essenciais
-Águas destiladas
-Alcoolatos

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c) Produtos obtidos utilizando a ação de um solvente:

 Álcool  alcoóleos: - Tinturas


- Tinturas mães
- Alcoolaturas
- Suco fresco da planta
 Água  Hidróleos: -.tisanas: - infusos e decoctos
 Solução açucarada - Sacaróleos: - xaropes e melitos
 Solventes diversos  - Vinhos
- cervejas
- vinagres
- óleos
- propilenoglicol
- glicerina

d) Produtos obtidos por concentração das soluções extrativas:

- extratos fluídos
- extratos moles
- extratos secos

PÓS VEGETAIS

Os vegetais na forma de pó possuem uma grande aplicação no arsenal terapêutico,


podendo ser incorporados facilmente às formas galênicas secas como cápsulas e
comprimidos. Possuem também grande importância como matéria-prima para a
preparação de outras formas galênicas.
Após a eliminação dos corpos estranhos e das partes inertes, as ervas devem ser
secas a uma temperatura de 25ºC a 45ºC.
As ervas são trituradas em moinhos de diversos modelos e peneiradas, tendo então a
sua granulometria padronizada.

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Sendo todas estas operações realizadas de maneira correta, não haverão diferenças
notáveis nas diversas partes da erva, mesmo apresentando texturas diferentes.
As vantagens de utilizar os vegetais na forma de pó são diversas, como: administração
da droga relativamente segura, ajuste ou eventual concentração do princípio ativo e
manipulação simples, possibilitando misturas.

HIDROLATOS, ALCOOLATOS E ALCOÓLEOS

A separação do óleo essencial da água, constitui o hidrolato, que é a água destilada

contendo cerca de 0,2 g/l de óleo essencial disperso na forma ionizada, não decantável.

Os hidrolatos possuem grandes quantidades de produtos voláteis como ácidos,

aldeídos e aminas.

São preparadas por simples destilação com vapor de água, e plantas frescas ou secas.

As plantas rasuradas são maceradas por horas com uma quantidade relativamente

grande de água e depois destiladas. A destilação é suspensa quando se obtém uma

quantidade razoável de destilado. O excesso de essência é separado por decantação

ou filtração.

Para preparação do hidrolato são utilizadas de preferência as plantas frescas. O Codex

preconiza, por exemplo, para a água de hortelã a utilização de 1.000 g de planta fresca

ou 200 g de planta seca para obter 1000 g de hidrolato. Os hidrolatos de plantas

aromáticas contêm geralmente de 0,05 a 0,20 g de óleo essencial por litro.

A conservação dos hidrolatos é delicada, pois se contaminam com facilidade.

Os hidrolatos são utilizados, por suas propriedades aromáticas para a preparação de

xaropes; e em cosmetologia, por suas propriedades adstringentes, calmantes e

antipruriginosas, sob a forma de loções e cremes.

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Os alcoolatos são preparados pela maceração com álcool das plantas frescas seguida

por uma destilação.

Atualmente a denominação alcoolato foi substituída no Codex por soluções alcoólicas

de essências ou tinturas de essências. Foram mantidos, porém, alguns nomes como o

alcoolato de Garus, base do elixir de Garus e o alcoolato de Fioravanti.

O alcoolato de mirtilo, por exemplo, é preparado da seguinte forma:

- Macera-se por 24 horas 2.000 g de mirtilo fresco mais 1.000 g de álcool a


70%.
- Destila-se e recolhe-se 1.000 g de alcoolato
- .
Xaropes

É a forma na qual se emprega 2/3 do peso da planta ou fruto em açúcar ou mel


preferencialmente. Coloca-se para ferver, não permitindo o aumento da temperatura
superior a 80ºC. Após solubilizado, filtrar sobre gaze conservando em frasco âmbar (
escuro). Existem xaropes específicos para pacientes diabéticos.

Elixires

Elixires são líquidos hidroalcoólicos, adicionados, destinados ao uso oral contendo,

Geralmente glicerina, sorbitol ou xaropes simples.

Alcoóleos

Os alcoóleos são preparações líquidas resultantes da ação dissolvente do álcool,

empregado em quantidade determinada a um título definido sobre as matérias vegetais.

O título do álcool utilizado estará na função dos princípios ativos a dissolver ou de

textura do material a tratar.

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TINTURAS VEGETAIS

As tinturas vegetais são preparadas à temperatura ambiente pela ação do álcool sobre

uma erva seca (tintura simples) ou sobre uma mistura de ervas (tintura composta). São

preparadas por solução simples, maceração ou percolação.

A tintura simples corresponde a 1/5 do seu peso em erva seca, quer dizer que 200 g de

erva seca permitem preparar 1.000 g de tintura. Na maioria das vezes se utiliza um

álcool a 60º G.L.

Existem algumas exceções, como as tinturas de materiais resinosos como o tolú, ou

drogas ricas em essências ou resinas como o boldo, canela, eucalípto, grindélia, ou

ricas em mucilagens como casca de laranja amarga, onde o título do álcool é de 80º

G.L..

As drogas muito ativas (heróicas), como o acônito e a beladona são preparadas por

percolação com álcool 70º G.L.

As tinturas de ópio e noz-vômica são preparadas por simples dissolução do extrato

correspondente em um álcool a 70º G.L., obtendo-se um título final de

aproximadamente 10% de planta seca.

As tinturas-mãe são definidas como preparações líquidas resultante da ação

dissolvente de um veículo alcoólico sobre drogas de origem vegetal ou animal.

As tinturas-mãe de drogas vegetais são obtidas pela maceração em álcool de diferentes

títulos, da planta fresca, da planta fresca estabilizada ou, raramente, da planta seca.

Correspondem a 1/10 de seu peso em droga desidratada, com algumas exceções como

a calêndula e o mirtilo que correspondem a 1/20.

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O título alcoólico das tinturas-mãe são geralmente de 45 +/- 5º GL como é o caso da

camomila e da aveia, ou de 65º +/- 5, como é o caso da calêndula e da noz-vômica.

Para a preparação das tinturas-mãe devem ser observados alguns cuidados na hora da

colheita, levando-se em consideração a parte da planta a ser utilizada. Por exemplo,

caso das folhas, deve-se colher após o seu desenvolvimento completo, antes da

floração. As tinturas-mãe são mais utilizadas como forma galênica, na homeopatia.

ALCOOLATURAS, SUCO, HIDRÓLEO

As alcoolaturas são obtidas pela ação do álcool sobre drogas frescas que não podem

sofrer processos de estabilização e secagem, pois perdem a sua atividade.

Na alcoolatura, são empregadas partes iguais em peso de planta fresca e de álcool a

um título elevado para evitar uma diluição elevada pela água liberada pela planta.

O modo de preparação é muito simples, basta macerar por 8 dias a droga fresca

rasurada em um recipiente fechado, com álcool fazer uma expressão e logo após uma

filtração.

O suco da planta fresca é a suspensão da planta, com seus constituintes ativos e

inativos, em álcool a 30º G.L. . Por diversos processos modernos, são estabilizados,

inativando as enzimas e evitando uma degradação rápida dos princípios ativos.

Essa forma nova de apresentação das plantas permite a utilização de todo o

fitocomplexo da planta fresca sem perda de nenhum princípio ativo.

Os hidróleos são derivados obtidos pela dissolução em água de uma substância

medicamentosa. Os hidróleos são conhecidos pela população pelo nome de tisanas, e

são obtidos por infusão, decocção ou maceração.

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INFUSÃO

A infusão é preparada jogando-se água fervente sobre as partes ativas do vegetal,

geralmente as folhas ou as flores. É o modo tradicional de preparar o chá. Deve-se

deixar as plantas dentro da água quente por 5 a 10 minutos, e depois filtrar. A

quantidade de erva varia segundo a espécie, sendo normalmente de 5 g para cada 100

ml de água.

DECOCÇÃO

Na decocção, geralmente coloca-se a erva em água fria, que, em seguida, se aquece

até a ebulição num recipiente fechado, deixando ferver por alguns minutos.

MACERAÇÃO

É uma preparação líquida que requer longa imersão. Põe-se a planta em água fria,
cobre-se o recipiente e deixa-se repousar em lugar fresco durante uma noite. Em geral
segue-se a regra de 7 horas para folhas e flores; 12 horas para raízes e cascas e 24
horas para a planta inteira

EXTRATOS

EXTRATOS GLICÓLICOS

Os extratos glicólicos são obtidos por processo de maceração ou percolação de uma

erva em um solvente hidro-glicólico, podendo ser este o propilenoglicol ou a glicerina.

Estes extratos normalmente são utilizados nos fitocosméticos. A relação erva/solvente

varia, sendo que normalmente se utiliza a relação indicada para as tinturas vegetais.

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EXTRATOS FLUIDOS

Segundo a farmacopéia brasileira, os extratos fluidos dão preparações oficinais, obtidas

de drogas vegetais manipuladas, de forma que 1.000 g de extrato contenham o

equivalente a 1.000 g de erva seca. Por não terem sofrido ação do calor, seus

princípios ativos são exatamente os mesmos encontrados nos fármacos respectivos.

Os extratos fluidos apresentam uma relação ponderal simples entre droga e extrato, o

que facilita a posologia e a prescrição.

- 1 g de extrato fluido equivale a: -1 g de droga seca

- 5 g de tintura ou alcoolatura

- 10 g de tintura-mãe
-50 g de xarope

 EXTRATOS MOLES
Os extratos moles são soluções extrativas que possuem consistência de mel, que,
quando dessecados a 105ºC perdem entre 15 e 20% de água.

EXTRATOS SECOS
Os extratos secos ou pulverentos se apresentam sob a forma de pó e perdem de 5 a
8% de água.

Os extratos secos podem ser facilmente manipulados, apesar de muito higroscópicos.


A posologia é a mesmo dos extratos moles. São conservados em recipientes
herméticos, em presença de desidratantes e ao abrigo da luz.
Os extratos secos obtidos por atomização são conhecidos também por nebulizantes.
O princípio da nebulização consiste em dispersar a solução extrativa a dessecar em
minúsculas gotículas sob uma corrente de ar quente. As gotículas são secas

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instantaneamente e transformadas em um pó finíssimo. Os fenômenos de oxidação e
desnaturação pelo calor são reduzidos ao mínimo.
Os nebulizantes se apresentam sob a forma de pó tênue, aromático e de coloração
mais clara que o extrato seco correspondente. No microscópio se apresenta como
minúsculos glóbulos de aspecto esponjoso e irregulares. O volume específico aparente
é muito elevado.
Os nebulizantes, a grosso modo, substituem peso por peso os extratos semi-sólidos. A
água residual destes é substituída por adjuvantes como aerosil, amido, celulose
modificada e outros.
Atualmente os extratos secos na forma de nebulizantes são amplamente utilizados, e os
laboratórios farmacêuticos procuram desenvolver vários tipos de extratos com os seus
princípios ativos titulados.

 OS EXTRATOS NA FITOCOSMÉTICA

Os extratos glicólicos são indicados para aplicação em soluções aquosas, géis sem
álcool, emulsões água/óleo e tensoativos (sabões, banhos de espuma, xampus).
Extratos fluidos podem ser utilizados em soluções alcoólicas, géis com álcool e
emulsões alcoólicas. Os extratos moles apresentam as mesmas aplicações do extrato
fluido, com a vantagem de possuir uma concentração maior. Estes extratos podem ser
facilmente diluídos antes do uso.
Os extratos secos podem ser usados nos produtos para banho, como sais, e em
máscaras cosméticas.

AS MEDIDAS

Apresentamos a seguir uma relação de medidas aproximadas:

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Medida Volume em ml

1 colher de sopa 15
1 colher de sobremesa 10
1 colher de chá 05
1 colher de café 02
1 cálice de licor 30
1 copo 150

COMPRESSAS, LOÇÃO, U NGÜENTO, CATAPLASMA, LINIMENTOS

Compressas

São feitas com pedaços de pano limpo, algodão ou gazes embebidos em


chá ou sumo de plantas aplicadas quente s ou frias no local afetado. Uso
externo.

Loção
São líquidos aquosos, soluções coloidais, emulsões e suspensões empregadas de
acordo com a solubilidade do fármaco destinado as aplicações sobre a pele.

Ungüento
Prepara-se com o sumo de erva ou chá mais for te misturado em óleo
vegetal. Aplicação externa

Cataplasma
São formas constituídas por massa úmida e mole de materiais sólidos. compões-se de
pó, farinha ou semente diluídas em cozimento ou infusão de plantas até adquirirem
consistência de uma pasta. A planta medicinal pode ser incorporada por trituração à
pasta mole. Aplica-se quente, morna ou fria entre 2 tecidos, para reduzir a inflamação
ou exercer ação revulsiva.

Linimentos
São preparações líquidas contendo geralmente óleos ou álcoois, que se destinam à
aplicação cutânea por fricção. Podem ser incorporadas plantas específicas com o
objetivo de serem friccionadas.

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PRINCIPIOS ATIVOS VEGETAIS

Os princípios ativos das plantas medicinais são substâncias que a planta sintetiza e
armazena durante o seu crescimento. No entanto, nem todos os produtos metabólicos
sintetizados possuem valor medicinal. Em todas as espécies existem ao mesmo tempo
princípios ativos e substâncias inertes. Estas últimas, determinam a eficácia da erva
medicinal acelerando ou retardando a absorção dos princípios ativos pelo organismo.

Geralmente, numa mesma planta, encontram-se vários componentes ativos, dos quais
um ou um grupo determinam a opção principal.
Quando isolado este princípio ativo, normalmente apresenta ação diferente daquela
apresentada pelo vegetal inteiro, ou seja, pelo seu fitocomplexo.
Os princípios ativos não se distribuem de maneira uniforme no vegetal. Concentram-se
preferencialmente nas flores, folhas e raízes, e, às vezes nas sementes, nos frutos e na
casca.
Outra característica dos vegetais é que não apresentam uma concentração uniforme de
princípios ativos durante o seu ciclo de vida, variando com o habitat, a colheita e a
preparação.
Para uma compreensão melhor dos componentes vegetais e de sua ação,
apresentamos a seguir um breve resumo dos principais princípios ativos:

 ALCALÓIDES
Os alcalóides formam um grupo heterogêneo, de substâncias orgânicas, definido pela
função amina, raramente amida, que dá a seus constituintes propriedades químicas
próprias, as quais se aliam uma toxidade elevada e, muitas vezes, uma atividade
farmacológica notável.

Como exemplo de alcalóides podem se citadas a atropina, a morfina, a cafeína e a


quinina.

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Fenilalaninas capsicina da pimenta, colquicina ou colchichina
do cólquico (Colchium autumnale).
Alcalóides isoquinoleicos morfina, etilmorfina, codeína e papaverina contidas no
ópio da dormideira ou papoula-dormideira(Papaver
somniferum).
Alcalóides indólicos ergometrina, ergotamina, ergotoxina da
cravagem dos cereais
Alcalóides quinoleicos: caule folhoso da arruda comum (Ruta graveolens)

Alcalóides piridínicos e ricinina do rícino (Ricinus communis), trigonelina


piperidínicos do feno-grego, conina (veneno violento) da cicuta
(Conium maculatum)

Alcalóides derivados do escopolamina e atropina da beladona


tropano (Atropa belladonna)
Alcalóides esteróides raiz do veratro (Veratro viride), doce-amarga (Solanum
dulcamara), aconito (Aconitum napellus - aconitina).

Fonte: Adaptado de Rocha (1998)

PRINCÍPIOS AMARGOS

ROCHA (1998) cita que estas substâncias apresentam um gosto amargo, excitam as
células gustativas, estimulam o apetite e aumentam a secreção dos sucos gástricos. A
farmacologia agrupa, sob o nome de princípios amargos, as substâncias vegetais
terpênicas susceptíveis de libertar azuleno, assim como glucosídeos de diversas
estruturas bioquímicas. O primeiro grupo engloba, por exemplo, os sucos amargos do
absinto e do cardo-santo. O segundo grupo é o mais comum: reúne os sucos das
gencianáceas (genciana, trifólio), da centáurea, entre outros. Apresentando os óleos
essenciais atividade antisséptica.

 TANINOS

Os taninos são componentes vegetais que possuem a propriedade de precipitar as


proteínas da pele e das mucosas, transformando-as em substâncias insolúveis.

Os taninos possuem ação adstringente, anti-séptica e antidiarréica.

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 HETEROSÍDEOS

São substâncias amplamente distribuídas no reino vegetal. Apresentam ações e efeitos


tão diversos que é difícil agrupá-las sob um conceito químico.

Todos os heterosídeos possuem em comum a característica de, por hidrólise, se


desintegrarem em um açúcar e uma porção aglicona. A glicona é que determina,
geralmente, a ação do heterosídeo.

Os primeiros heterosídeos isolados eram produtos condensados da glicose, motivo pelo


qual foram chamados de glicosídeos; termo depois generalizado para todos os
heterosídeos e hoje reservado somente para aqueles derivados da glicose.
reconheceram-se vários compostos da natureza análoga, mas derivados de oses
designados de galactosídeos, ramnosídeos, etc.

Como por exemplo, podemos citar as substâncias cardioativas da digitalis, os princípios


ativos da uva-ursi e o efeito sudorífico das flores de tília.

 FLAVONÓIDES

Os flavonóides foram um grupo muito extenso, pelo número dos seus constituintes
naturais e ampla distribuição no reino vegetal. São substâncias diferentes com uma
composição química base, que compreende fundamentalmente os derivados flavônicos
(flavos-amarelo), os derivados antociânicos (anthos-flor e kyanus-azul), as catequinas
ou catecóis e outros constituintes com eles relacionados.

As propriedades físicas e químicas são muito variáveis, no entanto, podem ser


relacionadas algumas propriedades farmacológicas do grupo como:

 Ação sobre os capilares


 Ação em determinados distúrbios cardíacos e circulatórios
 Ação antiespasmódica

 SAPONINAS

As saponinas ou saponosídeos formam um grupo particular de heterosídeos.

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O seu nome provém da propriedade de formar espuma abundante, quando agitadas
com água, à semelhança do sabão, que emulsionam o óleo na água e que possuem um
efeito hemolítico.

As plantas que contém saponinas são utilizadas também por sua ação mucolítica,
diurética e depurativa.

As saponinas favorecem a ação dos demais princípios ativos da planta e em excesso


podem ser irritantes da mucosa intestinal.

 MUCILAGENS

No sentido botânico-farmacológico entende-se por mucilagens as substâncias


macromoleculares de natureza glicídica e que incham quando em contato com a água
proporcionando um líquido viscoso.

As plantas com mucilagens estão amplamente distribuídas no reino vegetal, mas


somente algumas espécies possuem aplicação terapêutica como a malva e o linho.

As mucilagens agem protegendo as mucosas contra os irritantes locais, atenuando as


inflamações.

 ÁCIDOS ORGÂNICOS

Diversos vegetais apresentam ácidos orgânicos, que lhes conferem sabor ácido e
propriedades farmacêuticas características, como ação refrescante e laxativa. Dentre os
ácidos presentes pode-se destacar o tartárico, málico, cítrico e o silícico.

As plantas das famílias das borraginácias, das equisetáceas e das gramíneas absorvem
grande quantidade de sais orgânicos do solo, principalmente o silícico, armazenando-o
nas membranas das células ou no seu protoplasma. Este ácido é um elemento
fundamental para o tecido conjuntivo, pele, cabelos e unhas. As plantas ricas em ácidos
orgânicos são muito utilizadas na fitocosmética.

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 ÓLEOS ESSENCIAIS
Os óleos essenciais são compostos aromáticos, geralmente voláteis, retirados dos

vegetais, onde são encontrados pré - formados ou na forma combinada. São extraídos

por destilação, por expressão ou por extração por solventes.

Os medicamentos magistrais à base de óleos essenciais variam com as propriedades

químicas e físicas, em particular a solubilidade. Com um excipiente alcoólico ou oleoso,

se trabalha por simples dissolução.

Uma técnica nova de micro-encapsulação dos óleos vegetais permite a utilização dos

óleos essenciais sob a forma de pó acondicionado em cápsulas. Com excipientes não

graxos pode-se utilizar externamente, na forma de géis ou emulsionados com

emulsionantes não iônicos, que fornecem emulsões estáveis.

Os óleos essenciais, nas suas diferentes apresentações, são muito utilizados na


perfumaria e também na aromaterapia.

As hormonas vegetais (fito-hormonas)

Segundo ROCHA (1998), são substâncias de composição química muito complexa,


geralmente biocatalisadores que atuam sobre o crescimento e as trocas metabólicas
(biostimulantes). Existem, por exemplo, no lúpulo, no anis, na salvia, na sorveira, na
altéia, na bolsa-de-pastor, na aveia e na cenoura.

Os anti-sépticos vegetais

Segundo Rocha (1998), são substâncias antibióticas produzidas pelos vegetais


superiores, exercendo uma ação antimicrobiana de largo espectro, na maior parte dos
casos instáveis e voláteis. Atuam mesmo em aerossol, por via respiratória. Existem no

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alho, na cebola, na mostarda, no rábano silvestre, no sabugueiro, no zimbro, no
pinheiro, na tanchagem, entre outros. Continuam a ser estudadas nos nossos dias.

Resumo dos Princípios Ativos

Atuam no sistema nervoso central (calmante, sedativo,


estimulante, anestésico, analgésicos). Alguns podem ser
ALCALÓIDES cancerígenos e outros antitumorais. Ex.: Cafeína do café e
guaraná, teobromina do cacau, pilocarpina do jaborandi, etc.

Cicatrizante, antinflamatório, laxativo, expectorante e


MUCILAGENS
antiespasmódico.Ex.: babosa e confrei.

Antinflamatório, fortalece os vasos capilares, antiesclerótico,


anti-dematoso, dilatador de coronárias, espasmolítico,
FLAVONÓIDES
antihepatotóxico, colerético e antimicrobiano. Ex.: rutina
(em arruda e favela).
Adistringentes e antimicrobianos (antidiarréico). Precipitam
TANINOS
proteínas. Ex.: barbatimao e goiabeira.

Bactericida, antivirótico, cicatrizante, analgésico, relaxante,


expectorante e antiespasmódico. Ex.: mentol nas hortelãs,
ÓLEOS ESSENCIAIS
timol no tomilho e alecrim pimenta, ascaridol na erva-de-
santa-maria, etc.

Fonte: Adaptado de MARTINS (1995)

CONTROLE DE QUALIDADE DE PLANTAS MEDICINAIS

Desde a década de 30, os autores brasileiros discutem o problema da qualidade dos


fitoterápicos e plantas medicinais, relacionando, desde então, o conjunto de fatores que
influenciam na qualidade de um produto desta natureza. Ainda hoje esta situação
persiste, pois a qualidade das drogas oferecidas no mercado ao consumidor é
preocupante.
Entende-se por qualidade o conjunto de critérios que caracterizam a matéria-prima para
o uso ao qual se destina. A partir do estabelecimento dos parâmetros de qualidade para
a matéria-prima, e considerando-se um planejamento adequado e um controle do
processo de produção do medicamento, a qualidade do produto final estará em grande
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parte, assegurada. Portanto, a qualidade da matéria prima vegetal é a determinante
inicial da qualidade do fitoterápico.
A segurança e a eficácia dependem de diversos fatores, como a metodologia de
obtenção, a formulação e a forma farmacêutica, entre outros e, portanto, devem ser
definidas para cada produto, estabelecendo-se parâmetros de controle de qualidade do
produto final.
Na análise de plantas medicinais os problemas mais freqüentes são as adulterações, a
não uniformidade da composição e as contaminações, por isso, é imprescindível que
todo material adquirido pelo laboratório, farmácia, e outros estabelecimentos devem ser
analisados por profissionais capacitados, atestando a autenticidade e a qualidade da
matéria prima.
É muito importante saber que no caso de plantas medicinais é muito utilizado o mito de
que produto natural não apresenta efeitos indesejáveis e contra-indicações. No entanto,
é ou deveria ser do conhecimento geral que muitas plantas são potencialmente tóxicas,
inclusive algumas utilizadas na terapêutica.
Os procedimentos descritos abaixo seguem a seqüência de controle de qualidade.

1. Dados da Amostragem
A analise da qualidade de um lote de matéria prima é realizada por
amostragem, sendo a tomada da amostra um fator determinante para a confiabilidade
do resultado. A amostra deve ser, por definição, representativa do todo.
Segundo a Farmacopéia Alemã (Deustches,1991) para ate 3 recipientes, todas a
embalagens devem ser amostradas e, no caso de um numero superior a 3, é
preconizado o emprego da formula (n+1)
2. Pesagem (deve-se pesar toda a amostra, embalar e rotular).
3. Caracterização
 Organoléptica (cheiro, cor, textura...).
 Macroscópica (examinar toda a amostra, separar matéria orgânica
estranha e matéria inorgânica, observar a presença eventual de fungos, insetos...).
 Microscópica (cortes histológicos).
4. Pesquisa qualitativa e quantitativa de princípios ativos
Feito através de métodos cromatográficos.
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5. Pesquisa de impureza
 Determinação de material estranho.
Separa-se manualmente os materiais estranhos da planta inicialmente a olho
nu, em seguida com auxilio de lentes de aumento. Pesar o material separado e
determinar sua porcentagem com base no peso da tomada do ensaio.
 Determinação de cinzas totais.
A determinação de cinzas totais destina-se a estabelecer a quantidade de
substâncias residual não volátil. As cinzas totais incluem as derivadas de tecido vegetal
(cinzas fisiológicas) e de materiais estranhos, especialmente areia e terra aderente a
superfície da droga (cinza não fisiológica)
O método utilizado é:
Pesar e distribuir uniformemente em cadinho, incinerá-la a uma temperatura
não superior a 450oC, até que todo o carvão seja eliminado.
 Determinação de umidade.
A presença de quantidade excessiva de água em drogas vegetais propicia o
desenvolvimento de microorganismos, insetos e hidrolise, e conseqüentemente
deterioração de constituintes de drogas.
O limite de umidade para drogas vegetais varia de 8 a 14%.
Um dos métodos empregados é o gravimétrico.
6. Pesquisa de falsificação
Deve-se sempre fazer um parâmetro comparativo com o padrão da planta,
isto para verificar a autenticidade da planta.
7. Conclusão
Depois de feito todos os procedimentos citados, podemos demonstrar a
qualidade ou não do produto.

RECOMENDAÇÕES GERAIS

Abaixo colocamos algumas recomendações feita pelo Núcleo de Ciências

Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais a respeito do uso de plantas


medicinais:

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 O uso fitoterápico de plantas medicinais na saúde deve ser feito com critérios. As
plantas medicinais devem ser escolhidas em função do conhecimento disponível a
respeito delas. Assim, estão aptas a ser utilizadas pela população aquelas que tenham
conhecidas sua eficiência terapêutica e sua toxicologia ou segurança de uso. Por isso,
deve-se evitar o uso de plantas cujas informações sejam provenientes de “modas ou
popularismos”; tem-se que duvidar sempre das plantas tidas como “milagrosas”.
 Toda planta que venha a ser utilizada deve ter sido identificada corretamente: Os
nomes populares variam muito de um lugar para outro. Por exemplo, a “artemísia”
conhecida em Viçosa pode não corresponder àquela encontrada no Nordeste brasileiro.
Assim, as plantas apresentadas nesta publicação vêm com um ou mais nomes
populares seguidos do nome científico, sendo este último importante para consulta em
outras publicações, com fotos coloridas ou desenho que permitam identificar melhor as
espécies utilizadas na região, para o que os botânicos são os profissionais mais
competentes.
 Jamais colete plantas medicinais em locais próximos a lavouras que possam ter
recebido defensivos agrícolas, agrotóxicos ou venenos.
 Após a secagem, guardar em vidro fechado, em local escuro; coloque um rótulo com
nome da planta e a data da coleta, para evitar problemas com o uso de plantas
trocadas ou envelhecidas. As plantas guardadas por muito tempo podem perder a ação
medicinal decorrente da iluminação de seus princípios ativos.
 Tenha cuidado ao comprar plantas medicinais. Verifique sua identidade e o estado de
conservação ( umidade, mofo, insetos). Somente compre plantas de fornecedores de
sua confiança.
 As plantas medicinais, como medicamentos têm limitações próprias, isto é, não
resolvem todos os problemas de saúde. O acompanhamento médico é muito importante
para o diagnóstico correto e a determinação da gravidade do caso, bem como para a
indicação do medicamento mais adequado. Como todo medicamento, o uso em
excesso de algumas plantas pode ocasionar intoxicações, portanto é necessário
observar bem a dosagem, indicações, toxicologia e técnicas de preparo dos
fitoterápicos. Alguns destes não devem ser utilizados por mulheres grávidas,
especialmente nos três primeiros meses de gestação, por isso recomenda-se consultar
sempre um médico nestes casos. As dosagens de fitoterápicos apresentadas nesta
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publicação foram compiladas da literatura consultada, listada no final do presente
trabalho, e se destinam a adultos; para crianças, devem ser feitos ajustes de acordo
com o peso.
 Recomenda-se somente adquirir plantas medicinais de empresas idôneas, pois são
muito comuns as falsificações e a má qualidade dos produtos comercializados.
 É importante ressaltar que “o melhor remédio é a prevenção”. Por exemplo, nada
adianta ter uma planta altamente eficiente contra verminoses quando não se utiliza de
práticas de higiene para evitá-las.

Se prepare para o módulo II de Fitoterapia Brasileira, na próxima aula!!!

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